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MARINGÁCAMPUS CURITIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
CURITIBA-PR
2023
ESTEFANI DOS SANTOS DE SOUZA
FELIPHE DA SILVA DE AQUINO
DJEICE DE PAULA
KLEYDSON DOS SANTOS REIS
CURITIBA-PR
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 2
A Hanseníase é uma das doenças mais antigas que existe e que ainda acomete
a população mundial. No Brasil, a Hanseníase é uma questão de saúde pública, sendo
o segundo a país mais afetado pela doença no mundo, onde a Índia ocupa o primeiro
lugar. Doença esta que acomete áreas mais carentes com condições desfavoráveis ao
ser humano. Dados epidemiológicos entre 2017 e 2022 confirmam casos de hanseníase
na região do Nordeste do país, com faixa etária entre 40 a 49 anos sendo homens mais
afetados do que mulheres.
Em 2022 houve 14.962 casos de hanseníase no Brasil. O Maranhão apresentou
o maior número de casos novos na população geral, seguido de Mato grosso,
Pernambuco, Bahia e Pará. O que torna a região do Nordeste mais afetada pela doença
designa do clima tropical da região, sendo úmido e de altas temperaturas, facilitando a
infestação da doença. A Hanseníase, é uma enfermidade causada pela bactéria
Mycobacterium leprae. Esta doença infectocontagiosa causa lesões na pele, quando se
não tratada deixará sequelas irreversíveis. O objetivo do trabalho, é apresentar um
possível tratamento para a doença por meio da fitoterapia, com extrato de canabidiol e
terramicina.
2 OBJETIVO GERAL
Observar e estudar uma possível cura para doença por meio de fitoterapicos e
esclarecimento da doença e dos princípios ativos utilizados para o tratamento
3 MÉTODOS DE CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
como mucosas, testículos, ossos, baço, fígado, os olhos também podes ser
prejudicados pela doença.
a bactéria causadora.
Pacientes com a forma Paucibacilar (PB) (entre 1-5 manchas) da doença são
tratados da seguinte forma:
fará novamente o teste mas sem que o paciente observe, fazendo com que o
paciente aponte se sentiu ou não o toque. Se a resposta for não para as duas vezes, é
muito provavél o diagnóstico para hanseníase.
Até a década de 1930, as doenças eram tratadas, no mundo inteiro, por meio
de medicamentos produzidos à base de substâncias presentes na natureza, algumas
já elaboradas química e biologicamente nos laboratórios farmacêuticos.
A utilização de plantas e outros elementos naturais é uma prática milenar que
perpassa culturas e sociedades e está na base dos próprios saberes médicos das
sociedades ocidentais atuais.
A partir da década de 1940, a intensificação das técnicas de produção sintética
de substâncias químicas e de moléculas transformou o processo de fabricação
de medicamentos nos países industrializados mais capacitados no setor
químico-farmacêutico (Fernandes, 2004).
Uma das matérias utilizadas no tratamento de hanseníase até a década de
1940, foi o óleo de chaulmoogra, que advém de uma tradição hindu, que conta a
história de um rei que contraiu a doença,
abandonou o trono e escondeu-se na floresta, onde se curou comendo as
sementes do fruto de kalaw (nome dado pelos birmanenses e siameses para a
chaulmoogra Taraktogenos kurzii), segundo o artigo dos historiadores Fernando
Dumas e Letícia Pumar, desde
o século 6, as chaulmoogras já eram citadas em importantes compêndios,
como a farmacopeia chinesa Pê-ts’ao-kang-mu (1552-1578), além da Farmacopea
venezolana (1898) que marcaram a inclusão das chaulmoogras nas farmacopéias de
países ocidentais.
Logo, o uso do óleo da Chaulmoogra para o tratamento de doenças de pele se
tornou comum entre cientistas e médicos ocidentais, a ação terapêutica do óleo
passou a ser observada, e ele foi, de fato, muito importante para os estudos de
doenças
de pele, porém, ao final da década de 40, o óleo foi substituído por sulfonas,
que são oriundas da química sintética.
Hoje, existem fitoterápicos que podem ser importantes adjuvantes ao
tratamento de Hanseníase, atuando na melhora dos sintomas e diminuição da dor,
como por exemplo, a Cannabis.
O Canabidiol possui fortes propriedades analgésicas, anti-oxidantes e anti-
inflamatórias. Uma das principais sequelas da hanseníase é a inflamação dos nervos
de todas as partes do corpo e neurite, que acabam por causar intesa dor.
A dor chega a ser tão forte, que mesmo com psicotrópicos e cortcóides, a dor
não é amenizada. Porém, há diversos relatos de melhora significativa dos sintomas
através do uso de Canabidiol.
Utilizando este analgésico, pacientes relatam também uma melhora no sono,
além da facilidade de realizar taréfas diárias, nas quais eram quase impossíveis de
se realizar devido a gravidade da dor.
Podem ser administradas via oral, inalatória ou sublingual. As doses devem
ser ajustadas de acordo com o quadro do paciente.
Outro fitoterápico que pode auxiliar no tratamento da doença, é o antibiótico
natural alternanthera brasiliana, popularmente conhecida como terramicina, que
possui fortes propriedades antibacterianas, visto que pacientes que possuem
o diagnóstico para hanseníase, são infectados por uma bactéria que é a
causadora da doença.
Estudos feitos no Instituto Lauro de Souza Lima, que é referência nas áreas
de ensino e combate a hanseníase, demonstram a eficácia da medicação através de
um estudo, onde foram escolhidos 22 pacientes portadores de lepra lepromatosa
avançada. Foi administrada a oxitetraciclina (Princípio ativo da terramicina) na dose
de 100 mg cada 12 horas, por via intramuscular, durante 12 meses.
Para o controle do tratamento foram realizados: 1) Exames dermatológicos
iniciais e mensais; 2) Exames baciloscópicos iniciais e mensais de muco e lesão
cutânea; 3) Exames histopatológicos de biopsias retiradas no início e após 6 e 12
meses de tratamento; 4) Fotografias coloridas iniciais e cada 6 meses, eventualmente
mensais; 5) Exames de sangue (contagem de glóbulos vermelhos e dosagem de
hemoglobina); exame de urina e de fezes.
A avaliação dos resultados foi feita através de um "Blind test" por uma equipe
do Departamento de Profilaxia da Lepra do Estado de São Paulo.
Diante do uso do princípio ativo, foram relatadas diminuição de tubérculos e
manchas, além da melhora na sensibilidade.
Segundo os estudiosos, dentre esses 22 pacientes, somente um dos casos
não demonstrou melhora significativa dos sintomas. Após todos os testes feitos, de
acordo com os resultados clínicos obtidos, a conclusão foi que oxitetraciclina possui
indiscutivelmente atividade antilepródica.
Abaixo, todos os 22 casos clínicos em detalhes.
http://hansen.bvs.ilsl.br/textoc/producao2009_nao_usar/BRAS%20LEPROLO
GIA/1965/PDF/v33n1-4/v33n1-4a01.pdf
Sobre a Canabidiol
Estudos realizados, demonstram que pacientes com hanseníase, após o uso
da Canabidiol como adjuvante para os sintomas, demonstraram melhora significativa
tanto na dor causada pela inflamação dos nervos periféricos, que levam a edemas e
neurite extremamente dolosa e sensível, como nas lesões cutâneas, pois a canabidiol
age induzindo estímulos nocivos, promovendo analgesia pela inibição da progressão
da mensagem de dor, além de atuar nos queratinosos da pele.
ALMEIDA, M. Z. de. Plantas medicinais [online]. 3. ed. Salvador: EDUFBA, 2011. 221 p
CORREIA, Francisco Lucas Pereira. O uso do canabidiol como potencial insumo cosmético:
legalidades e perspectivas. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
CLARO, Lenita Barreto Lorena. Hanseníase: representações sobre a doença. In:
Hanseníase: representações sobre a doença. 1995. p. 110-110.
https://doi.org/10.1590/S0100-40422010000300038
Http:www.Google.acadêmico/p.ativos.com
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim_hanseniase-
2023_internet_completo.pdf#:~:text=Nos%20%C3%BAltimos%20cinco%20anos%20(2017,55%2
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