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FARMÁCIA

MAGNO TEIXEIRA BRUNO DA GAMA

SAULO DOS SANTOS LIMA

HISTÓRIA DA FARMÁCIA DESDE A ANTIGUIDADE ATÉ OS DIAS ATUAIS

Medida de eficiência
apresentada como requisito
parcial de avaliação da disciplina
introdução à farmácia,
ministrada pela Prof. Ana Paula,
no 1° semestre de Farmácia.

Aracaju - SE
2013
História da fármácia desde a antiguidade até os dias atuais
A história da farmácia iniciou-se com os chineses, que extraiam medicamentos
de plantas. Na antiguidade, não existia “diferença” entre farmácia e medicina,
mais através da civilização greco-roma começou a separação daqueles que
diagnosticavam a doença, e dos que misturavam matérias para produzir os
denominados porções de cura.

Os árabes criaram a primeira escola de farmácia no século I, e a partir do


século X, foram criadas as primeiras bóticas na Espanha e na França, os
boticários tinham a responsabilidade de conhecer e curar as doenças. Após
uma temporada de estudos sobre medicamentos, chegou-se a conclusões
sobre princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças,
visto também a existência de microorganismos úteis e outros que
prejudicavam.

Com o tempo foi implantada no mundo a indústria farmacêutica e, com ela,


novos medicamentos são criados e estudos realizados, processo esse que
cresce a cada vez mais, como dizia Eclesiástico: “O farmacêutico faz misturas
agradeveis, compõe aguentos úteis à saúde e seu tabalho num terminará até
que a paz divina se estenda na face da terra”, então chega os séculos XX e
XXI, quando acontece a evolução dos medicamentos. O mundo está sempre
em transformação: evoluindo em uns casos e retrocedendo em outros casos.
Algumas vantagens da evolução foram à diminuição da Morbimortalidade e a
melhoria da qualidade de vida. Já algumas desvantagens foram o aumento do
uso irracional de medicamentos e as reações adversas a medicamentos.

A partir daí, surgiram conceitos e normas que juntos fortaleceram o


desenvolvimento da assistência farmacêutica, com isso passou então a crescer
com a farmacoepidemiologia, farmacovigilância, e dentre elas várias outras, em
foco ao uso racional de medicamentos. Deixa claro que um terco das
internações de pacientes, são causas do uso incorreto de medicamentos,
chegando levar a morte por intoxicação. Nota-se várias mudanças que
aconteceram: Venda de alguns medicamentos apenas com receitas médicas,
como por exemplo taja preta , lei do Genérico medicamento de mesma
substância ativa, forma farmacêutica e dosagem, porém de custo mais baixo
que o medicamento de marca.

A organização mundial de Saúde definiu em 1996 a missão da prática


Farmacêutica, que é prover de medicamentos, de outros produtos e de
serviços de saúde, além de ajudar os pacientes e a sociedade a fazer o melhor
uso desses.

A farmácia no Brasil:
Thomé de Souza trouxe de Portugal o primeiro Boticário para o Brasil, onde se
vendia medicamentos e outros produtos com fins terapêuticos. Os Jesuítas
instituíram enfermarias e boticas em seus colégios, tornando-se especialistas
em preparo de remédios oriundos de plantas medicinais. Com a autorização
das Bóticas funcionarem como comércio, mutiplicaram por toda a colônia e
com o tempo surgiram outros componentes de remédios. O Biotônico Fontoura
foi um dos primeiros medicamentos a investirem em publicidade. Em suas
capas de revistas e jornais, apareciam constantemente pessoas felizes,
famosos e fortes. Isso passava uma imagem de que o remédio não
apresentava riscos para as pessoas. Era o chamado "Se não faz bem, mal não
pode fazer".

A industrialização no Brasil introduziu rapidamente os antibióticos no mercado


Brasileiro. A abertura de nossa economia ao capital estrangeiro fez com que as
indústrias nacionais emergentes fossem compradas pelas grandes indústrias
internacionais do medicamento. O foco deixou de ser o farmacêutico e passou
a ser o médico, o que acabou afastando o farmacêutico para outras áreas.
Devido à pressão das associações de donos de farmácias além da indústria
farmacêutica, foi aprovada uma lei (Lei 5991/73) que admitiam a abertura de
farmácia por leigos, a farmácia foi caracterizada por comércio.

Na década de 80 surge o projeto biomédico, que mobilizou a categoria


farmacêutica para preservar a profissão farmacêutica. Esse projeto lutava para
que o Biomédico não tomasse sua área de trabalho e retomar também a
identidade do Farmacêutico que estava se afastando do seu principal eixo de
atuação, que é o medicamento.

O papel do farmacêutico no mundo é nobre e vital. O seu lema é servir à


humanidade, sem nenhuma discriminação. Conhecedor das fórmulas, detentor
da sabedoria das misturas curativas e sintetizador de substâncias, o
farmacêutico é o único capaz de dar o direcionamento correto diante do
tratamento solicitado por médicos, dentistas e demais profissionais de saúde
habilitados para prescrever.

A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil:

A profissão farmacêutica vem sofrendo transformações desencadeadas pelo


desenvolvimento e mecanização da indústria farmacêutica, aliada à
padronização de formulações para a produção de medicamentos em larga
escala e à descoberta de novos fármacos.

Diante desta condição tecnológica avançada, o farmacêutico, na farmácia,


passou a ser visto pela sociedade como um mero vendedor de medicamentos
ou até como um simples atendente de balcão. A insatisfação dos estudantes e
profissionais farmacêuticos da Universidade de São Paulo, levou à criação do
movimento denominado Farmácia Clínica. Este movimento tinha o objetivo de
aproximar o farmacêutico ao paciente e à equipe de saúde, possibilitando o
desenvolvimento de habilidades relacionadas à farmacoterapia.

Após o movimento da Farmácia Clínica na década de 1970, alguns autores se


dedicaram e redefinir o papel do farmacêutico em relação ao paciente, pois
segundo eles a Farmácia Clínica estava restrita ao ambiente hospitalar.
Visando ampliar a atuação do farmacêutico, iniciaram a construção do conceito
de Atenção Farmacêutica. Nesse artigo, os autores afirmavam que o
farmacêutico deveria prestar "a atenção que um dado paciente requer e recebe
com garantias do uso seguro e racional dos medicamentos".

Posteriormente, autores foram ampliando e adaptando esse conceito até


chegar ao conceito definido pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica
em 2002: Um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da
Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos,
comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na
prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada
à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando
uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e
mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação
também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas
especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de
saúde.

Apesar desta definição ser a mais recente, a mais aceita é a de 1990 na qual
diz que a prática da atenção farmacêutica permite interação entre o profissional
e o paciente, com o objetivo de atender de acordo com as necessidades do
paciente relacionadas aos medicamentos.

No Brasil, o modelo do SUS implantado inicial afastaram o farmacêutico dos


pacientes, pois ele não participa da equipe de saúde. No final da década de
1980, o SUS foi implantado com os princípios de Integralidade, Universalidade,
Equidade e Participação Social; O que fez crescer a necessidade da
participação do farmacêutico nas equipes de saúde.

No dia 20 de Março foi aprovado um projeto de Lei que obrigava a presença do


Farmacêutico nas unidades do Sistema Único de Saúde. Todas as Unidades
que dispõem de farmácias, drogarias ou dispensários de medicamentos, terão
que contar com a presença do profissional farmacêutico. Uma vitória para a
profissão, por mais um espaço conquistado, e uma vitória para a saúde, com a
assistência farmacêutica completa e com o profissional do medicamento.

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