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TOXICOLOGIA
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
FITOTERAPIA ....................................................................................... 23
CURIOSIDADE ...................................................................................... 27
REFERÊNCIA ........................................................................................ 41
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Há muito tempo as plantas medicinais vêm sendo estudadas na tentativa
de descoberta de novos princípios ativos. Plantas medicinais são assim
chamadas por apresentarem propriedades curativas e/ou preventivas para
determinadas doenças.
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opção terapêutica de aproximadamente 80% da população mundial (Pinto et al.,
2002).
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evitando que o uso incorreto possa causar efeitos indesejáveis e toxicidade
(ANVISA, 2010).
O uso de plantas medicinais não pode mais ser considerado apenas como
cultura de povos ou tradição, mas como ciência que vem sendo estudada,
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aperfeiçoada e utilizada por grande parte da população mundial, como terapia
alternativa, a qual pode trazer inúmeros benefícios aos usuários (Tomazzoni et
al., 2006). Isto é comprovado em relação ao Guaco, através de estudos sobre
sua farmacobotânica, composição química e ações biológicas.
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por 16 subtribos e 170 gêneros, com aproximadamente 2.400 espécies,
disseminadas pela América Central e pela América do Sul (Bautista,
2000). Mikania é um dos gêneros mais estáveis dessa tribo, embora as
espécies sejam de difícil delimitação, devido à grande variabilidade
morfológica que estas plantas apresentam. O gênero Mikania conta com
aproximadamente 430 espécies distribuídas nas regiões tropicais e
subtropicais da América, sendo que 171 espécies são encontradas no
Brasil (King & Robinson, 1987).
Farmacobotânica do Guaco
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plantio de estacas do caule, preferencialmente em terrenos arenosos e úmidos
(Cabrera & Klein, 1989; Ritter & Miotto, 1992).
Fitoquímica do Guaco
Biossíntese da cumarina
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A junção do ácido chiquímico com uma molécula de fosfoenolpiruvato dá
origem ao ácido corísmico, ou corismato, dando continuidade à via. A partir
deste, há a formação de aminoácidos aromáticos, precursores de alcaloides, tais
como os essenciais triptofano, fenilalanina e o não-essencial tirosina.
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Em condições normais, a enzima EPSP catalisa, na planta, a reação que
envolve a transferência do enolpiruvil do fosfoenolpiruvato (PEP) para o
chiquimato-3-fosfato (S3P), formando 5-enolpiruvil-chiquimato-3-fosfato (EPSP)
e fosfato inorgânico, Pi (Coutinho & Mazo, 2005).
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matéria seca), caules (1,05 mg g-1 de matéria seca) e raízes (0,11 mg g-1 de
matéria seca).
Ações biológicas
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Dentre os metabólitos encontrados no Guaco se destacam a cumarina e
o ácido caurenoico pelas ações farmacológicas, tais como anti-inflamatória e
expectorante. Acredita-se que o ácido caurenoico tenha a propriedade de inibir
o crescimento de Staphylococcus aureus e Candida albicans, podendo ser este,
juntamente com o ácido cinamolgrandiflórico os responsáveis pela atividade
antibiótica (Soares et al., 2006).
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induzida pelo pó de carvão, o que aponta o fitoterápico como preventivo de lesão
pulmonar oxidativa (Freitas et al., 2008).
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metabólitos secundários com ação biológica pode auxiliar na modulação de
efeitos farmacológicos e toxicológicos do extrato de Guaco. Isto se torna possível
por meio da inibição de determinada via biossintética, o que consequentemente
acarretaria inibição de determinado metabólito.
Era natural
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Era sintética
Era Biotecnológica
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DESTINO DOS FÁRMACOS NO ORGANISMO
Qualquer substância que atue no organismo vivo pode ser absorvida por
este, distribuída pelos diferentes órgãos, sistemas ou espaços corporais,
modificada por processos químicos e finalmente eliminada.
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1. Distribuição - Uma vez na corrente sanguínea o fármaco, por suas
características de tamanho e peso molecular, carga elétrica, pH,
solubilidade, capacidade de união a proteínas se distribui pelos distintos
compartimentos corporais.
2. Metabolismo ou Biotransformação - Muitos fármacos são transformados
no organismo por ação enzimática. Essa transformação pode consistir em
degradação (oxidação, redução, hidrólise), ou em síntese de novas
substâncias como parte de uma nova molécula (conjugação). O resultado do
metabolismo pode ser a inativação completa ou parcial dos efeitos do
fármaco ou pode ativar a droga como nas "pródrogas" p.ex: sulfas. Ainda
mudanças nos efeitos farmacológicos dependendo da substância
metabolizada. Alguns fatores alteram a velocidade da biotransformação, tais
como, inibição enzimática, indução enzimática, tolerância farmacológica,
idade, patologias, diferenças de idade, sexo, espécie e o uso de outras
drogas concomitantemente.
3. Excreção - Finalmente, o fármaco é eliminado do organismo por meio de
algum órgão excretor. Os principais são rins e fígado p.ex: através da bile,
mas também são importantes a pele, as glândulas salivares e lacrimais,
ocorre também a excreção pelas fezes.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE UM FÁRMACO EM HUMANOS
ORAL
Cutânea:
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-Transdérmica: ação sistêmica de efeitos prolongados, são necessariamente
lipossolúveis e relativamente caros. Ex.: contraceptivo hormonal, Nicotina.
Ocular: através de colírios, possui ação local sem efeitos colaterais sistêmicos.
Ex.: Dorzolamida
Inalação: De absorção rápida, ajuste fácil, possui ação sistemática (usado para
aplicação de anestésicos voláteis e gasosos (ex.: óxido nitroso (N2O)) e ação
local (minimizar efeitos colaterais sistêmicos (ex.: Salbutamol (broncodilatador)).
Injeção
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Intravenosa: Via mais rápida e confiável, o fármaco entra diretamente na
circulação sistêmica, a velocidade depende diretamente da forma de
administração (dose única ou infusão contínua).
-Oral (gavagem)
-Subcutânea
-Intramuscular
-Intreperitoneal
-Intravenosa
DIVISÕES DA FARMACOLOGIA
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Farmacoterapia: união da farmacodinâmica e a farmacocinética para
desenvolver uma terapia medicamentosa;
Toxicologia: diz respeito às ações tóxicas não só dos fármacos usados como
medicamentos, mas também de agentes químicos que podem ser causadores
de intoxicações domésticas, ambientais ou industriais.
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SUBSTÂNCIAS INERTES
Quer dizer são substâncias que não possuem valor medicinal, ou não
possuem ação farmacológica sobre o organismo humano. Obs. Destaca-se que
as substâncias inertes determinam a eficiência medicinal do vegetal e dos
princípios ativos. Um exemplo: o ginkgo biloba que no extrato seco estão
presentes todas as substâncias da planta e que apresentam a propriedade
terapêutico de promover a vaso dilatação. Contudo, quando os princípios ativos
e suas substâncias são separadas perde-se a eficiência terapêutica ou ação da
vasodilatação.
Morfologia
-Algas Pluricelulares: São também chamadas Talófitas, por não possuírem raiz,
caule e folha. Não apresentam tecido ou vasos condutores. Sua reprodução
pode ser sexuada ou assexuada (por fragmentação ou esporos). Utilidades das
algas: Para alimentação, Matéria-prima para indústria (ágar-ágar e algina).
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-Pteridófitas: Apresentam raiz, caule e folhas. Vivem em locais sombrios.
Apresentam vasos condutores de seiva. Ex.: Samambaias e avencas.
FITOTERAPIA
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Além de garantir que não seja agredido o caquizeiro garante sua
perpetuação, pois as sementes estão contidas no fruto da árvore, e somente
quando está maduro, suas sementes estão prontas para a perpetuação da
espécie. Estas substâncias são conhecidas pela ciência como Princípios Ativos.
TOXIDADE E A FITOTERAPIA
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CONCEITOS ESPECÍFICOS
DIFERENÇA FUNDAMENTAL
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O QUE SE ENCONTRA NA PLANTA? Ao longo da vida da planta e a
relação com o meio em que vive, ela sintetiza substâncias que podem ser
divididas em: Apresentam material seco e duro.
Podem ser:
Frutos compostos: Originam-se de uma única flor que tem vários ovários.
Ex: Framboesa.
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CURIOSIDADE
Estar em solo fértil, com água e ar como ocorre a dispersão dos frutos e
das sementes:
- Na alimentação.
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PROCESSOS EXTRATIVOS E FORMAS FARMACÊUTICAS
Colheita
Como cada planta tem suas partes especificadas para uso, também cada
planta tem seu tempo de colheita estabelecido em compêndios especializados.
Deve-se sempre verificar quando é o melhor momento para se retirar as partes
a serem utilizadas da planta para garantirmos a máxima quantidade de princípios
ativos disponíveis para extração. Por exemplo, no Guaco a parte utilizada são
as folhas, e a maior concentração de princípios ativos se dá na primavera,
principalmente no mês de outubro.
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as folhas de Guaco transformam essa Cumarina em Decumarol que é utilizado
como veneno de ratos.
2. Secagem por aspersão: Spray drier: passagem de ar quente pelo vegetal com
exaustão constante e por arraste, o vegetal vai perdendo a umidade. O ar quente
atinge neste método até 95 °C, e o material chega a aprox. 60 a 70 °C.
Podem ser:
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Bagas – têm uma ou mais sementes livres. Exs.: Melancia, mamão.
Raiz
Caule
Funções do caule:
- Para alimentação.
a) Caules eretos Tronco. Ex.: Sequoia Haste. Ex.: Salsa. Estipe. Ex.: Palmeira.
Colmo. Ex.: Bambu.
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c) Caules trepadores. Ex.: Maracujá. Caules subterrâneos
f) Bulbos. Ex.: Cebola. Caules aquáticos - Ex: Elódea Corte de caule A Folha
Funções da folha: - Respiração A respiração ocorre com todas as células vivas.
É o processo realizado para se obter energia. O² + Nutrientes = Energia + H²O
+ CO² -
Fotossíntese
À medida que a planta perde água pelas folhas, ela vai sugando água do
solo pelas raízes. Importância da folha para alimentação.
Partes da flor
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Originam-se de um só ovário. Frutos carnosos cagem simples: Exposição
do material ao calor do sol, quando partes duras. Em caso de partes tenras, a
exposição ao tempo deve ser feita à sombra em ambiente arejado.
Pontos a considerar:
REDUÇÃO OU TRITURAÇÃO
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Discos: (materiais moles) dois discos montados em um eixo, um fixo e outro
móvel, girando e moendo as partes da planta como faríamos girando as palmas
de nossas mãos uma sobre a outra em movimento inverso;
PROCESSOS EXTRATIVOS
Maceração
A maceração pode ser feita a quente e a frio. O liquido extrator pode ser: a água,
álcool, óleo e glicerol.
Maceração aquosa
Neste caso o vegetal pode ser fresco ou seco. Pode ser de 2 tipos: Frio e quente
a- Frio
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coloca-se a erva de “molho” no líquido extrator escolhido e côa- se. Tempo de
maceração:
Chá serenado: Preparado com plantas verdes geralmente frutas, que ficam
macerando em água por um período de aproximadamente 8 a 10 horas e são
utilizados como refresco.
A maceração, além de usar água também pode usar: álcool, leite, óleo e vinho.
b- Quente
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Há milhares de anos, o homem vem utilizando os recursos da flora no
tratamento de diversas patologias. Gurib-Fakim (2006) afirma que os primeiros
registros sobre a utilização de plantas foram escritos em placas de argila,
oriundas da Mesopotâmia, e datados por volta de 2600 a.C.
Com essa teoria, acreditava-se que a forma, a cor, o sabor e o odor das
plantas estavam relacionados com as suas propriedades terapêuticas, podendo
dar indícios de seu uso clínico.
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de controle químico, físico-químico, farmacológico e toxicológico dos extratos
vegetais até então utilizados impulsionaram a substituição desses por fármacos
sintéticos (RATES, 2001).
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populações carentes, que vão desde o acesso aos centros de atendimento
hospitalares à obtenção de exames e medicamentos. Esses motivos, associados
com a fácil obtenção e a grande tradição do uso de plantas medicinais,
contribuem para sua utilização pelas populações dos países em
desenvolvimento (VEIGA JÚNIOR et al., 2005).
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Como atualmente ainda grande parte da comercialização de plantas e
extratos ou óleos vegetais é feita em farmácias e lojas de produtos naturais, onde
preparações vegetais são comercializadas com rotulação industrializada e, em
geral, essas preparações não possuem certificado de qualidade e são
produzidas a partir de plantas cultivadas, este capítulo abordará os compostos
ativos, sua utilização em cosméticos, uma introdução ao controle de qualidade
de matérias-primas vegetais e de produtos acabados contendo extratos ou óleos
vegetais, além das técnicas de identificação e monitoramento de sua
constituição química descritas em Farmacopeias e Códigos oficiais, os testes
empregados nos ensaios de controle de qualidade para o produto acabado, além
de uma série de formulações cosméticas empregando ativos encontrados nas
plantas, na obtenção de diferentes tipos de fitocosméticos.
� os produtos naturais podem sofrer contaminação por pesticidas, uma vez que,
no Brasil, o uso desses produtos químicos ainda é prática costumeira;
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� os produtos naturais podem conter substâncias tóxicas, cancerígenas e
alergizantes, que não foram identificadas em função da grande quantidade de
substâncias presentes nos extratos vegetais;
� são mais baratos. Isso pode ser exemplificado com o óleo essencial extraído
das flores do jasmim, para fabricação de perfumes: um caminhão de flores
fornece cerca de 40ml
� podem ter fabricação seletiva, para fins específicos. Isso permite a definição,
exata, da atividade do fitocosmético proposto;
� podem ter sua ação ou efeito secundário identificados com maior facilidade,
uma vez que os contaminantes presentes em decorrência da síntese química
são mais facilmente identificados;
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cosméticos de origem vegetal devem apresentar disponibilidade, ou seja, devem
estar disponíveis em função de sua incorporação no veículo/excipiente. Devem,
também, apresentar uma ação, seja em função de sua permeação cutânea,
proteção à pele ou mesmo por permanecer na superfície da pele.
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REFERÊNCIA
BETONI, J.E.C. et al. Synergism between plant extract and antimicrobial drugs
used on Staphylococcus aureus diseases. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz,
v.101, n.4, p.387-90, 2006.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) no 10, de 10 de março de 2010. Dispõe
sobre a FIGURA 6. Estrutura química da varfarina (12), cumarina (13),
acenocumarol (14), femprocumona (15) e dicumarol (16). Rev. Bras. Pl. Med.,
Botucatu, v.14, n.2, p.400-409, 2012. 408 notificação de drogas vegetais. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, março, 2010.
DORTA, E.J. Introdução: especial de plantas medicinais. Escala Rural, v.1, n.4,
p.1-62, 1998. DUARTE, M.C. et al. Anti-Candida activity of Brazilian medicinal
plants. Journal of Ethnopharmacology, v.97, n.2, p.305-11, 2005.
FALCÃO, H.S. et al. Review of the plants with antiinflammatory activity studied in
Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.15, n.4, p.381-91, 2005.
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Graduação em Ciências Ambientais) - Universidade do Extremo Sul
Catarinense, Criciúma.
JOLY, A.B. Botânica: introdução a taxonomia vegetal. 7.ed. São Paulo: Cia
Editora Nacional, 1967.159p.
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