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Cadernos Camilliani

V. 16 n.1, 2019

A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS


COMO TERAPIA ALTERNATIVA E SEUS RISCOS À SAÚDE
THE USE OF MEDICINAL PLANTS AND PHYTOTHERAPY AS ALTERNATIVE THERAPY AND ITS
RISKS TO HEALTH

Mayana Altoé Alves 1, Sara Silva de Siqueira2, Gyovanna Pavani Martins3 Camilla Dellatorre Teixeira4

Resumo

Fitoterápicos são medicamentos oriundos de componentes bioativos de plantas medicinais.


Apesar de serem naturais, existem riscos associados a utilização destes sem orientação médica
ou farmacêutica. Este estudo objetivou orientar a população sobre a ingestão indiscriminada de
plantas medicinais e fitoterápicos, visando a conscientização acerca dos seus riscos. Além disso,
destacar a fitoterapia como uma forma alternativa de tratamento, enaltecendo seus benefícios
em relação aos medicamentos alopáticos. A pesquisa foi realizada durante o período de
Março/2019 até Junho/2019, reunindo artigos científicos e periódicos que abrangem diferentes
estudos importantes e que servem de base para esta pesquisa. Constatou-se que o
desenvolvimento de mais pesquisas na área de botânica e fitoquímica no Brasil, com foco em
potencial terapêutico de plantas medicinais, é uma medida crucial para descobrir seus benefícios
e garantir a segurança e minimização dos riscos, visto que muitas plantas são utilizadas mesmo
sem estudos sobre estas.
Palavras-Chave: Fitoterapia; Plantas medicinais; Intoxicação por plantas; Saúde pública.

Abstract

Phytotherapics are medicines derived from bioactive components of medicinal plants.


Although they are natural, there are risks associated with their use without medical or
pharmaceutical orientation. This study aimed to inform the population about the indiscriminate
ingestion of medicinal plants and phytotherapics, aiming to raise awareness about its risks. In
addition, highlight phytotherapy as an alternative form of treatment, praising its benefits in
relation to allopathic medicines. The research was accomplished during the period of
March/2019 until May/2019, gathering scientific and periodical articles that cover different
important studies and that serve as the basis for this research. It was found that the development
of more research in the area of botany and phytochemistry in Brazil, focusing on the therapeutic
potential of medicinal plants, is a crucial measure to discover its benefits and to ensure the
safety and minimization of the risks, since many plants are used even without studies on them.
Keywords: Phytotherapy; Medicinal plants; Intoxication by plants; Public health.

1. Introduçã o

1 Graduanda do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – mayana.altoe@gmail.com;


2 Graduanda do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – sarahsiqueira27@gmail.com;
3 Graduanda do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo-ES – gyopmasc@gmail.com;
4 Professora orientadora. Mestre em Patologia Clínica pela Universidade Federal Fluminense – UFF. Centro
Universitário São Camilo-ES – camilladellatorre@saocamilo-es.br

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A UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMO TERAPIA
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Medicamentos fitoterápicos têm como principal matéria prima as plantas,


e seus princípios ativos (TEIXEIRA; SANTOS, 2011). São compostos por partes
subterrâneas ou aéreas de plantas, ou outra matéria-prima vegetal, ou ainda a
associação entre estes, com finalidade paliativa, profilática ou curativa (RATES,
2001). Estes compostos podem ser responsáveis por diversas ações no
organismo gerando interações medicamentosas potencializadas ou retardadas,
mais conhecidas como sinergismo e antagonismo. Geralmente, seu grau de
classificação é caracterizado pela forma como este pode interagir com o corpo
humano e promover a cura da patologia ou mal-estar (TEIXEIRA; SANTOS,
2011).
Consoante a RDC N° 26/2014, as plantas medicinais constituem espécies
vegetais dotadas de potencial para serem utilizadas com finalidades
terapêuticas, devido a suas propriedades; enquanto os medicamentos
fitoterápicos são produtos com fins profiláticos, curativos ou paliativos, advindos
de matérias-primas ativas vegetais, sem a utilização de substâncias isoladas,
podendo ser simples ou composto, a depender da quantidade de espécies
vegetais das quais são provenientes (BRASIL, 2014).
Com a ampliação da indústria farmacêutica e alopata, simultaneamente
com os avanços tecnológicos, houve uma decadência da prática da fitoterapia. A
ausência de pesquisas científicas sobre os efeitos das plantas medicinais no
organismo, também foi o motivo da diminuição dessa prática (TEIXEIRA, et al.
2012).
Com o passar dos anos, a busca por terapias alternativas com produtos
naturais teve um grande aumento, principalmente devido à influência da mídia
(RATES, 2001). Com isso, foi despertado maior interesse em pesquisas nessa
área, o que foi crucial para comprovação de eficácia e ações terapêuticas de
várias plantas, dentre elas, as principais e mais utilizadas pela população para
fins medicinais (TEIXEIRA; et al. 2012). A eficácia é comprovada através de bases
populares e científicas, além de ensaios clínicos devidamente registradas pela
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (TEIXEIRA; SANTOS, 2011).


As plantas medicinais possuem características histoquímicas que são
utilizadas para obtenção de fitoterápicos. Essas características, em contato com
o organismo do paciente, podem ou não causar efeitos colaterais, se este fazer
uso de fitoterápicos de forma indiscriminada. Diante disso, como o uso

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indiscriminado de plantas medicinais e fitoterápicos pode oferecer riscos à saúde


da população? Além disso, sabe-se que a alopatia é a forma mais comum de
farmacoterapia. A fitoterapia pode ser considerada uma forma alternativa eficaz
de tratamento, substituindo alguns medicamentos alopáticos?
Os fitoterápicos e as plantas medicinais apresentam em sua composição
uma diversidade de substâncias complexas capazes de provocar diversas reações
benéficas ou maléficas ao organismo, além de serem responsáveis por ocasionar
efeitos sinérgicos e antagônicos quando associadas a outros medicamentos. Com
isso, as interações medicamentosas, juntamente com as intoxicações,
constituem os maiores riscos do uso indiscriminado destes medicamentos como
efeitos adversos, visto que, a maior parte destes, possuem efeitos adversos
desconhecidos (TEIXEIRA; SANTOS, 2011).
Dessa forma, a utilização irracional de plantas medicinais e fitoterápicos
pode acarretar diversos riscos à saúde, devido ao desconhecimento de possíveis
agentes tóxicos presentes nas plantas, sua forma de cultivo, bem como a
comprovação de sua capacidade terapêutica. Portanto, é necessário salientar a
importância da capacitação dos profissionais de saúde, a fim de prestar
orientações corretamente a população acerca do uso racional deste tipo de
medicamentos com intuito de fazer com que os riscos advindos da utilização
indiscriminada destes possam ser evitados (FONTENELE; et al. 2013).
A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos em tratamentos, sem
orientação adequada de profissionais da saúde, aumenta a probabilidade de
ocorrência de patologias na população. No entanto, se utilizada de forma
orientada, a fitoterapia é uma alternativa natural e de baixo custo em relação
aos medicamentos alopáticos. Diante disso, objetiva-se destacar a prática da
fitoterapia como uma forma alternativa aos medicamentos alopáticos, bem como
advertir a população sobre os riscos do uso indiscriminado de plantas medicinais
e fitoterápicos.
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2. Metodologiã

Trata-se de uma abordagem qualitativa de pesquisa, permitindo uma


análise detalhada das informações sob diferentes perspectivas. Essa análise visa
a discussão significativa e abrangente sobre o conteúdo. Ademais, trata-se de

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uma pesquisa descritiva de dados já analisados, pois reúne informações que já


foram estudadas anteriormente (GIL, 2010).
Além disso, a pesquisa é uma revisão integrativa, possuindo como
característica uma abordagem ampla de revisões bibliográficas, reunindo ideias
e dados teóricos de diferentes estudos para definir conceitos e evidências sobre
o problema da pesquisa (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
A base de dados utilizada para a pesquisa de artigos científicos e periódicos
que serviram de base para este estudo foi, principalmente, a SciELO, além de
outras plataformas de pesquisa pertinentes ao estudo. O referencial teórico foi
realizado durante o período de março/2019 até junho/2019, utilizando as
palavras-chaves “fitoterapia”, “saúde pública” e “riscos”. Como critério de
aceitação, foram escolhidos os artigos que tinham objetivos de pesquisa
semelhantes. Como critério de eliminação, foram excluídos os artigos que não
foram de interesse ao assunto da pesquisa.

3. Resultãdo e Discussã o

1. Biodiversidade brasileira e potencial para novas pesquisas


O Brasil possui a maior porcentagem de biodiversidade mundial, haja vista
os diversos climas e tipos de vegetação nacional. Com isso, é comum a presença
e o uso de plantas medicinais no cotidiano das pessoas (TEIXEIRA; et al. 2012).
A grande diversidade e volume de flora, além de reservas naturais como a
Amazônia, faz do Brasil um país ideal para pesquisas envolvendo plantas
medicinais, propiciando a descoberta e desenvolvimento de fitoterápicos novos.
Esse tipo de pesquisa também é crucial em fitoterápicos já conhecidos, pois,
apesar de já existirem estudos sobre as plantas medicinais utilizadas, estes
ainda precisam ser aprofundados em relação ao uso das plantas a fim de
comprovar e garantir sua segurança e eficácia terapêutica (SANTOS; et al.2011).
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Em 2006, houve a aprovação da “Política Nacional de Plantas Medicinais


e Fitoterapia”, base para que em 2009 houvesse a criação do “Programa Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterapia” (PNPMF). O principal objetivo com a criação
do PNPMF é a promoção do uso sustentável e racional dos principais
componentes da flora brasileira (TEIXEIRA; et al. 2012). No entanto, apenas 8%

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da flora brasileira foram utilizadas para pesquisas científicas e avaliadas pelas


suas características histoquímicas (BRASIL, 2006).
Diante disso, observa-se que o Brasil tem grande potencial para realizar
pesquisas com plantas medicinais, a fim de descobrir novos princípios ativos e
desenvolver medicamentos fitoterápicos. Tal diversidade dá ao Brasil a
oportunidade de promoção e desenvolvimento de lucros (BRASIL, 2006).

2. Utilização indiscriminada de plantas medicinais e fitoterápicos e seus


riscos à saúde
Desde a antiguidade, a flora mundial tem sido explorada em busca do
tratamento de inúmeras patologias que acometiam a sociedade e dessa forma
foram descobertas diversas plantas com potencial medicinal para cura e
profilaxia de determinadas doenças. A partir daí os conhecimentos populares
foram transmitidos através das gerações, fundamentando-se em diversas
informações e, atualmente, as plantas medicinais são essenciais para a indústria
farmacêutica, pois fornecem fármacos que dificilmente poderiam ser obtidos por
síntese química e fornecem compostos que podem tornar-se mais eficazes ou
menos tóxicos ao serem modificados (TUROLLA; NASCIMENTO, 2006).
Entretanto, embora apresente elevada relevância, poucos estudos são
realizados no Brasil e no mundo com intuito de comprovar a eficácia e segurança
das plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos. Com isso, muitos
desses produtos ainda são utilizados baseados apenas em conhecimentos
populares, juntamente com a crença de que aquilo que é natural não causa
efeitos adverso (TUROLLA; NASCIMENTO, 2006).
A propaganda, através dos meios de comunicação, tem disseminado
amplamente informações acerca da utilização de plantas medicinais e
fitoterápicos como uma alternativa terapêutica, livre de efeitos adversos
(SILVEIRA; BANDEIRA; ARRAIS, 2008). Com isso, tais produtos têm sido muito
utilizados por automedicação para fins de tratamento, profilaxia e cura, devido
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à facilidade de acesso e, muitas vezes, sem conhecimento sobre a toxicidade,


contraindicações, efeitos adversos e interações medicamentosas, a que estão
expostos, dependendo da quantidade e circunstância empregada, dentre outros
fatores (RESENER; SCHENKEL; SIMÕES, 2006).

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Ao utilizar plantas medicinais para fins terapêuticos, devem ser levados


em conta os fatores capazes de interferir na composição química destas plantas,
como a sazonalidade e as condições de cultivo, tendo em vista que estes são
capazes de alterar a quantidade e qualidade dos princípios ativos das plantas
cultivadas, podendo tornar a terapia ineficaz e arriscada (SILVEIRA; BANDEIRA;
ARRAIS, 2008).
Além disso, sabe-se que muitas plantas medicinais são constituídas por
diferentes substâncias capazes de provocar reações adversas, portanto, torna-se
indispensável a realização de um rigoroso controle de qualidade durante toda a
cadeia produtiva, além da execução de análises farmacológicas, fitoquímicas e
toxicológicas dentre outras, para que as plantas possam ser utilizadas de forma
segura e eficaz (TUROLLA; NASCIMENTO, 2006).
Uma questão muito alarmante é baseada no fato de que população que
não faz uso racional dos produtos medicinais, somente consegue reconhecer a
toxicidade por meio de sinais muito evidentes, como convulsões, diarreia,
alergia, dentre outros. Em casos com toxicidade tardia, dificilmente os usuários
identificam a ofensividade do produto utilizado e dão continuidade ao uso,
propagando informações (RATES, 2001).

3. A aplicação da fitoterapia na saúde pública


Pesquisas constataram que uma parcela da população atendida pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), utiliza plantas medicinais como terapia por conta
própria (FONTENELE; et al., 2013). Em geral, adultos e idosos que fazer uso de
outros medicamentos alopáticos para tratar doenças crônicas, constituem a
faixa etária de maior predominância quanto ao uso de medicamentos
fitoterápicos (TEIXEIRA; SANTOS, 2011).
Visando uma forma de integralizar o acesso das pessoas aos
medicamentos e, concomitantemente, buscar uma alternativa de baixo custo
para isso, em alguns municípios a Estratégia Saúde da Família (ESF) oferece
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programas, através da Atenção Básica à Saúde, que têm como base o uso de
plantas medicinais, visto que a eficácia terapêutica é semelhante à obtida com o
uso de medicamentos na maioria dos agravos à saúde, sendo esta uma forma de
diminuição do excesso de medicamentos consumidos pela população
(FONTENELE; et al., 2013).

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Além disso, os efeitos adversos e elevado custo dos medicamentos


alopáticos colocam novamente a fitoterapia no mercado, visto que, estes são
produzidos a partir de plantas medicinais e, portanto, tem custo de produção
reduzido, configurando um benefício relevante para o SUS (TEIXEIRA; et al.,
2012).
É indiscutível que se faz necessária a ampliação das alternativas
terapêuticas para a promoção e recuperação da saúde no SUS, tendo em vista
que, os usuários deste sistema se deparam, constantemente, com a escassez de
medicamentos básicos. Pensando nisso, a proposta da fitoterapia e plantas
medicinais se torna muito viável a saúde pública, visto que são mais acessíveis
à população devido ao baixo custo e possuem potencial eficácia terapêutica,
quando utilizados de forma correta e com as orientações necessárias (PETRY;
JÚNIOR, 2012).
Contudo, para que os fitoterápicos possam ser, de fato, inclusos como uma
nova proposta terapêutica na saúde pública, é indispensável que sejam
realizadas capacitações dos profissionais da área da saúde, de forma que estes
adquiram conhecimento acerca das atividades farmacológicas e toxicológicas das
plantas medicinais para que, assim, possam aconselhar os pacientes de forma
correta e segura sobre o uso destes como terapia alternativa (SANTOS; et al.,
2011).
Além disso, é essencial que dentro da equipe multidisciplinar da saúde
pública sempre haja um farmacêutico para prestar serviços de assistência
farmacêutica, afim de melhor orientar acerca do uso e associação de
fitoterápicos, evitando riscos de intoxicações e diferentes efeitos adversos. Em
continuação, o farmacêutico poderia contribuir também promovendo ações
voltadas ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, com intuito de
sensibilizar a população sobre os riscos da utilização indiscriminada.

4. Parâmetros que Influenciam a utilização de fitoterápicos


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Atualmente, os meios de comunicação têm exercido forte influência sobre


o incentivo ao consumo das plantas medicinais, propagando informações sobre
propriedades milagrosas de algumas espécies de plantas, com ausência de
possibilidade de reações adversas e contraindicações, sem o conhecimento sobre
a toxicidade das substâncias que compõe o produto, as quais podem acarretar

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diversos problemas ao indivíduo, como reações tóxicas e alérgicas (COELHO;


LOPES JR, 2015).
A comercialização de plantas medicinais em feiras e mercados ainda é um
fato preocupante para a saúde da população (SANTOS; 2011). O uso
indiscriminado destes produtos pode acarretar diversos problemas associados a
forma de cultivo da planta, colheita, armazenamento, conservação, preparo e até
mesmo por erro ao identificar a espécie de interesse (COELHO; LOPES JR, 2015).
A grande maioria desses produtos não são adequados quanto à segurança e
eficácia exigidas pelo controle de qualidade da farmacovigilância.
Consequentemente, essa situação gera o uso inadequado das plantas pelo
consumidor (SANTOS; et al. 2011).
Alguns fatores como a eficácia das plantas, baixo risco do seu uso,
constância da qualidade, fácil acesso, e até o baixo custo, estão aplicados como
características desejáveis desta para o uso dos fitoterápicos, não obstante, é
preciso que seja levado algumas estratégias para a formulação do fitoterápico,
não deixando de lado os estudos e avaliações dos compostos, bem como os
princípios ativos, visando os cuidados para cultivo, colheita e seleção correta do
vegetal, para que a manipulação, e a terapêutica ocorram de forma a não agredir
ou provocar danos ao organismo, como o envenenamento por intoxicação
(BONIL; BUENO, 2017).

5. Benefícios da fitoterapia em relação aos alopáticos


A fitoterapia, como já mencionada, trata do estudo do uso de
medicamentos fabricados a partir de plantas, ou partes das plantas, desta forma,
utilizando seu princípio ativo oriundo de uma base natural, eliminando a ideia
que apenas medicamentos fabricados de forma sintética, realizam o efeito
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desejado para combater o desequilíbrio homeostático do organismo.


Os medicamentos fitoterápicos possuem a capacidade de realizar o efeito
desejado de forma eficaz, tanto como um medicamento sintético. Por possuir sua
fabricação associada a extração de componentes químicos naturais, associados
exclusivamente da manipulação e extração natural, tem propriedades

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terapêuticas que podem alterar o funcionamento de uma célula, e não provocar


tantos danos e/ou efeitos adversos ao organismo do paciente, haja visto que, a
utilização de plantas como terapêutica farmacológica, possui a capacidade de
reconectar o ser humano ao ambiente, e assim, ajuda o organismo a recuperar,
e normalizar suas funções fisiológicas, restaurando a imunidade, promovendo a
desintoxicação, quando utilizados de maneira correta (FRANÇA; et al. 2007).
Após a implementação de síntese química, os medicamentos com origem
vegetal, foram drasticamente substituídos por outros medicamentos que
possuem seu princípio ativo extraídos deles próprios ou derivados sintéticos.
Podemos associar simultaneamente isto, a implementação de alopáticos. Os
medicamentos alopáticos, são conceituados de forma que possuem seu efeito
indo de forma contrária a patologia, são sintéticos, sendo hoje em dia, os
medicamentos mais utilizados, em combate as várias doenças que afligem a
população. Tecnicamente, nada mais são que extratos vegetais manipulados de
forma a terapêutica farmacêutica, totalmente industrializada, com aplicação de
sintetização da matéria prima, para derivação de um fármaco sintético (DAS-
DÔRES; et al. 2003).
É importante lembrar que, os alopáticos, devido suas propriedades
terapêuticas, também age na célula de forma farmacológica, porém, pode causar
danos e/ou efeitos adversos, como a intoxicação, ao organismo do paciente, uma
vez que seu princípio ativo altera o funcionamento de uma célula, quando
encontra receptores, porém, após o efeito, devido a sua meia vida plasmática,
pode ainda circular no organismo, e causar efeitos tóxicos.
6. A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos na gravidez
A utilização de plantas medicinais e a prática da fitoterapia têm crescido
cada vez mais nos últimos anos, principalmente com base na crença de que por
ser um método natural e associado ao poder de cura, configura um tipo de
medicamente não tóxico. A questão a ser descrita baseia-se justamente no fato
de que realizar a associação que um medicamento natural possui um teor de
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toxidade baixo é um equívoco, haja vista que a fitoquímica comprova que dentre
as substâncias presentes em plantas, algumas possuem propriedades
terapêuticas em determinadas partes botânicas, mas em outras partes há alto
teor de toxicidade, sendo totalmente nociva ao ser humano. Além disso, grupos
mais sensíveis como idosos, crianças, e gestantes estão expostos a um risco

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ainda maior quanto à toxicidade de plantas medicinais e fitoterápicos, quando


estes são utilizado de forma indevida (CARDOSO; AMARAL, 2017).
O maior risco associado ao uso da fitoterapia pelas gestantes é o uso
destes, concomitantes a medicamentos, sendo fitoterápicos ou não. O risco de
interações medicamentosas entre ambos pode ser estritamente prejudicial ao
desenvolvimento embrionário, principalmente nas primeiras semanas de
gestação (CARDOSO; AMARAL, 2017).
O uso dos medicamentos fitoterápicos sem indicação, sem orientação, ou
supervisão por um profissional da saúde, é altamente perigoso, visto que a
terapêutica e o teor toxico é desconhecido pela gestante. O perigo consiste em
saber que existem muitas plantas que são altamente tóxicas para o bebê, em
muitos casos abortivas, ou até mesmo se configuram em um exemplo de agente
teratogênico, como já mencionado (DUARTE; et al. 2018).
Embora existam os riscos, alguns desses medicamentos são utilizados
para tratar desconfortos ocasionados pela própria gestação, constipação
intestinal, náuseas e pirose. Não obstante, é um lapso considerar que o uso dos
fitoterápicos ou plantas medicinais é totalmente viável em uma gestação, devido
aos problemas que esse uso sem orientação por parte de um profissional da
saúde, pode ocasionar, no início, durante, e até mesmo após a gestação
(amamentação), por exemplo. Com isso, é preciso considerar o uso de
fitoterápicos, somente quando devidamente orientados por profissionais
capacitados, desde que não associados e uso concomitante a outros, com doses
seguras, pensando no bem da gestante e, principalmente, do bebê (DUARTE; et
al. 2018).

7. A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos por idosos


Desde as gerações passadas, tornou-se cultural a utilização de plantas
medicinais para tratamento de diversas patologias, principalmente por idosos,
que são os principais usuários destes medicamentos alternativos. No entanto,
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sabe-se que a maior parte deste grupo etário também faz uso de outros
medicamentos alopáticos de acordo com a necessidade e condição de saúde,
compondo graves riscos associados à polifarmácia, devido à alta possibilidade
de efeitos adversos em relação a possíveis interações medicamentosas, efeitos
sinérgicos e antagônicos (MACHADO, 2014).

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Com o aumento da longevidade e, consequente envelhecimento, há uma


crescente taxa de utilização de diferentes medicamentos por grande parte da
população idosa, com intuito de realizar a recuperação e/ou manutenção da
saúde (BADANAI, 2011). A possibilidade de efeitos adversos, entretanto, não
decorre somente devido a possibilidade de interações entre os constituintes das
plantas medicinais com os medicamentos alopáticos, mas também pode ter
relação com as características fisiológicas do paciente (MACHADO, 2014), visto
que, devido à idade, por exemplo, a quantidade de enzimas e receptores
farmacológicos também diminuem, favorecendo a intoxicação por choque
anafilático.

4. Conclusã o

De modo geral, os produtos constituídos por plantas medicinais são


considerados seguros à saúde, desde que tenham eficácia terapêutica
comprovada e sejam utilizados de forma correta e segura, mediante as
orientações necessárias. Contudo, de acordo com a pesquisa realizada, espera-
se que o uso irracional de plantas medicinais e fitoterápicos como terapia
alternativa, sem a orientação adequada dos profissionais da saúde, possa
acarretar diversos riscos à saúde, devido ao desconhecimento sobre possíveis
agentes tóxicos presentes nas plantas, dentre outros fatores.
Além disso, sabe-se que deve ser estimulada a realização de mais
pesquisas sobre o potencial terapêutico das plantas medicinais, com intuito de
realizar um levantamento de dados sobre os benefícios, a toxicidade e os efeitos
adversos, destacando os riscos das possíveis interações. Assim, seria possível
garantir, de forma mais segura e racional, a prevenção de riscos à saúde e a
eficácia terapêutica. Ademais, também se faz necessária a realização da
capacitação dos profissionais da saúde, para que se tornem aptos a orientar
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corretamente a população sobre o uso racional das plantas medicinais e


fitoterápicos.

5. Referenciãs
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