Você está na página 1de 36

1.

INTRODUÇÃO

Os Fitoterápicos são substâncias adquiridas a partir de plantas que podem ser usados
como remédios artesanais sob a forma de chás, soluções, comprimidos, dentre outros. O uso
destas plantas no tratamento e na melhora de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana
e os conhecimentos de seus efeitos foram passados pelas gerações, considerando um importante
papel científico e histórico, colaborando inclusive no desenvolvimento de algumas nações ¹,².
O emprego de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a recuperação da
saúde é uma prática comum, o ser humano percebeu os efeitos curativos dos vegetais, visto que
de algum jeito a utilização destes proporcionavam a recuperação da saúde do indivíduo. Um dos
fatores que contribui para a utilização de plantas para fins medicinais no Brasil é o grande
número de espécies vegetais encontradas no país. Nos últimos anos, tem aumentado a aceitação
da fitoterapia no Brasil, resultado do crescimento da produção industrial dos laboratórios.
Constata-se também o surgimento de cultivos caseiros e de novos usuários, havendo
necessidades de orientação à população ³,4.
A condecoração oficial da fitoterapia na odontologia do Brasil chegou acompanhada de
diversas falhas na pesquisa científica sobre plantas medicinais, especificamente para espécies
vegetais com indicação para problemas bucais. Há muita desinformação sobre o assunto e na
prática, o uso de plantas medicinais tem sido alvo de estudo das ciências farmacêuticas e
médicas. Embora as inúmeras possibilidades de uso de plantas medicinais na Odontologia, estas
têm sido pouco exploradas, seja para tratar doenças bucais ou para tratar doenças sistêmicas que
refletem em alterações na saúde bucal 5.
O aumento progressivo do uso da fitoterapia, aliado à existência de poucas pesquisas de
qualidade nesta área, quando se compara as intervenções da medicina convencional e do difícil
acesso à literatura sobre este assunto, surgem questionamentos acerca da eficácia e segurança da
utilização de fitoterápicos. O desconhecimento acerca das informações mínimas necessárias ao
uso correto de plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos, aliados às dificuldades
encontradas pelos profissionais da saúde para obtenção de informações de qualidade, tornam a
fitoterapia um alvo fácil para a automedicação sem responsabilidade 4.

12
Por sugestão do Governo Federal, no ano de 2006, algumas práticas integrativas e
complementares (PIC) foram incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), através da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), na qual se inclui a Fitoterapia,
surgindo como opção preventiva e terapêutica aos seus usuários. Diversos objetivos desta
inclusão visam contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema de saúde e a ampliação do
acesso da população às PIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso 6.
As doenças bucais podem ser evidenciadas por sintomas característicos de diversas
etiologias, dentre elas as mais comuns são as cáries, a gengivite, a periodontite, estomatite aftosa
e herpes simples. Algumas dessas doenças vêm sendo tratadas com a fitoterapia. Espécies como
cravo da índia, romã, malva, tanchagem, amoreira, sálvia, camomila, entre outras, são indicadas
nos casos de gengivite, abscesso na boca, inflamação e aftas 24.
Devido a grande utilização de plantas medicinais e fitoterápicos, o objetivo deste trabalho
é buscar indicações para o uso na odontologia. De maneira a contribuir para pesquisa de novos
fitoterápicos eficazes e validos para doenças bucais.

13
2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 PLANTAS MEDICINAIS: ASPECTOS HISTÓRICOS

O uso de plantas medicinais vem sendo passado de geração a geração (inclusive com o
aval de Hipócrates, há mais de 300 a.C., cuja expressão clássica “a natureza que cura” fez dela
seu aliado), chegou até nossos dias na forma de uma nova ciência, a fitoterapia. A importância
fundamental do estudo das plantas que curam é, possivelmente, maior que o próprio
conhecimento das doenças, considerando que grande parte das substâncias aplicadas no preparo
e na elaboração dos produtos farmacêuticos é extraída do reino vegetal 7.
As plantas sempre estiveram ligadas ao cotidiano do homem, servindo de alimento e
remédio aos seus males. Com o passar do tempo, ao longo das civilizações, o conhecimento
sobre o uso de plantas medicinais organizou-se, originando a disciplina de farmacognosia, ramo
da farmacologia ensinado nas escolas de farmácia. Entretanto, com a industrialização no início
do século XX, surgiram os fármacos sintéticos, que aos poucos substituíram as plantas e
atualmente dominam o mercado farmacêutico. Hoje em dia, a venda de produtos ditos
“fitoterápicos” no mercado informal representa grande perigo à saúde da população, pois
comercializam-se drogas vegetais sem controle fitossanitário, de identidade e de pureza. Há
exigência de uma fiscalização maior e melhor desse setor, já que as plantas representam uma
alternativa economicamente mais viável à população e por razões de resgate histórico do
conhecimento. No Brasil, apenas em 1995 passou a existir normatização oficial sobre os
medicamentos fitoterápicos 8.
Deste modo, a utilização de plantas sob a forma medicinal se entrelaça diretamente com a
própria história da civilização humana (FIGURA 1). Por muito tempo, produtos minerais,
vegetais e animais constituíram o arsenal terapêutico de escolha para diversos povos. Os
pensamentos populares sobre o uso e a eficácia de plantas contribuem de modo relevante, para a
divulgação das qualidades medicinais dos vegetais a confirmam as informações terapêuticas que
são acumuladas ao longo dos séculos 9.

14
Entre os séculos XIV a XVI apareceram as primeiras farmacopéias, sua finalidade era
padronizar a composição e a forma de preparações prescritas pelos médicos da época. A primeira
farmacopéia europeia (“Nuovo Receptario Compositio”) foi publicada em 1498, em Florença e,
a segunda (“Concordie apothecariorum Barchinone medicines Compositis”) foi publicada em
Barcelona, no ano de 1511 10.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária qualifica como medicamentos fitoterápicos,
apenas aqueles obtidos através do emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais e que
tenha comprovado, através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização de ensaios
clínicos de fase 3 ou de documentação técnico-científica em publicações, a eficácia e os riscos de
seu uso, assim como a reprodutibilidade e constância de sua qualidade 11.
Neste sentido, Lorenzi & Matos (2008) afirmam que, no Brasil, a validação de uma
planta como medicinal requer a comprovação da propriedade terapêutica que lhe é atribuída, bem
como do seu grau de toxidade em doses compatíveis com o seu emprego medicinal, através de
estudo farmacológico pré-clínico com avaliação da toxicidade, seguido de ensaio clínico 12.
A utilização de plantas como remédio é muito antigo quanto à própria humanidade. A
convicção popular de que as plantas não fazem mal é uma realidade distorcida. Existia um
conceito popular de que vem da natureza não faz mal. Isso não é correto. Todo fitoterápico deve

15
ser usado segundo a orientação de um profissional. Existem ainda muitas plantas cujos efeitos
são desconhecidos e seu uso pode prejudicar a saúde. Entretanto, existem vários estudos
científicos que comprovam que a fitoterapia pode oferecer soluções eficazes e mais baratas para
diversas doenças 39.

16
2.2 PLANTAS MEDICINAIS E SAÚDE BUCAL

2.2.1 PRINCIPAIS AGRAVOS EM SAÚDE BUCAL

As doenças odontológicas podem ser evidenciadas por sintomas característicos de


diversas etiologias, é característico da atenção prestada nos serviços de Atenção Básica que estes
se ocupem das patologias mais prevalentes nas comunidades. Os principais agravos que
acometem a saúde bucal e que têm sido objeto de estudos epidemiológicos em virtude de sua
prevalência e gravidade são: (1) cárie dentária; (2) doenças periodontais – (a) gengivite e (b)
periodontite; (3) câncer de boca; (4) traumatismos dentários; (5) fluorose dentária; (6)
edentulismo; (7) má oclusão, 13
dentre elas também estão a (8) estomatite aftosa; , e (9)herpes
simples 13,16.
O Levantamento Epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde em nível nacional, o
SB Brasil, finalizado em 2003, demonstrou a importância desses agravos e reforçou a
necessidade de que os serviços de saúde estejam organizados para intervir e controlá-los. É de
fundamental importância a responsabilização da equipe de saúde do nível local pela interferência
positiva no quadro sanitário da saúde bucal brasileira 13.

1. Cárie dentária- Principalmente as superfícies dos elementos dentários são colonizadas


por bactérias que formam a placa bacteriana. Em situações específicas alguns tipos de
bactérias da placa podem eliminar, na superfície dentária, substâncias ácidas que
desmineralizam a estrutura mineral. Esta acidificação do meio bucal ocorre devido ao
metabolismo de carboidratos, principalmente açúcares refinados, por bactérias da placa
bacteriana. Porem, após uma acidificação ocorre o retorno os níveis de pH iniciais, no
meio bucal, cessando a desmineralização e passando a um processo de remineralização,
com a estrutura dentária recebendo mineral. Assim, é necessário que haja exagerada
disponibilidade de substratos para que ocorram frequentes processos de desmineralização
superando a remineralização subsequente. É o desequilíbrio neste processo DES-RE
(desmineralização - remineralização) que promove a cavidade da cárie 14.

17
2. Doenças Periodontais - Afecções periodontais, incluindo gengivite e periodontite, são
infecções sérias que, se não tratadas, podem causar a perda dentária. A palavra
periodontal significa literalmente "ao redor do dente". A doença periodontal é uma
infecção bacteriana crônica que afeta as gengivas e o osso que suporta os dentes 15.

a) Gengivite: Acontece quando a placa bacteriana se deposita entre a gengiva e os


dentes produzindo subprodutos que agridem a gengiva, fazendo com o que ela fique
mais avermelhada e sangre com facilidade. Nessa fase, a remoção da placa bacteriana
conduz a cura da inflamação, tornando a gengiva saudável novamente 17.
b) Periodontite: A periodontite é definida como “uma doença inflamatória dos tecidos
de suporte dos dentes, causada por microrganismos específicos ou grupos de
microrganismos específicos, resultando em uma destruição progressiva do ligamento
periodontal e osso alveolar com formação de bolsa, retração ou ambas” 18.

3. Câncer de Boca – Algumas substancias chamadas de co-carcinógenas estão relacionadas


como prováveis causas do câncer de boca. As principais são: 19.
 Luz solar - O período de exposição á luz solar (influenciado por determinados
fatores) pode desencadear o câncer do lábio inferior.
 Fumo – Não há mais dúvida quanto à correlação entre o hábito de fumar e o
câncer do pulmão, esôfago, bexiga, laringe e boca.
 Cachimbo e charuto – normalmente, estão relacionados com o aparecimento de
câncer na boca, esôfago e laringe.
 Álcool – o consumo crônico de álcool também é um fator causal que deve ser
considerado no desenvolvimento do câncer de assoalho da boca e língua.
 Irritações mecânicas - há controvérsias quanto a este item, muito embora
estudos demostram que muitos canceres de assoalho de boca, bochecha, gengivas
e céu da boca se relacionam com irritações de próteses.
 Em certas regiões é comum encontrar-se uma cavidade no palato da prótese,
denominada câmara de sucção, que é um agente desencadeante de câncer.
 Dentes cariados, com pontas irritantes, podem ser também agentes
desencadeantes.

18
 Deficiências nutricionais, ocasionadas por carência ou por alterações metabólicas
do indivíduo, podem alterar as mucosas tornando-as suscetíveis aos agentes
desencadeantes do câncer 19.

4. Traumatismo dentário – O traumatismo dentário pode ser determinado como uma


injuria térmica, química ou mecânica sofrida pelo dente e estruturas adjacentes, cuja
magnitude supera a resistência encontrada nos tecidos ósseos e dentários, sendo que a sua
extensão tem relação direta com a intensidade, tipo e duração do impacto 25.

5. Fluorose dentária – O consumo de quantidades exageradas de flúor pode resultar em


significativos defeitos do esmalte conhecidos como fluorose dentária 20.

6. Edentulismo - O edentulismo é derivado de diversos e complexos determinantes, tais


como: as precárias condições de vida, a baixa oferta e cobertura dos serviços, o modelo
assistencial predominante de prática mutiladora aliadas às características culturais que
exercem significativa influência sobre o modo como a perda dentária é assimilada 21.

7. Má oclusão - A má oclusão é a malformação dento-facial que, normalmente não provêm


de um único processo patológico específico. Mas é uma variação clínica significativa do
crescimento normal, resultante da interação de vários fatores durante o desenvolvimento,
tais como a interação entre influências ambientais e congênitas. Se considerarmos que a
má oclusão é o resultado de um desvio morfofuncional de natureza biofísica do aparelho
mastigatório, pode-se dizer que todo e qualquer fator que interfira na formação do
esqueleto crânio-facial resultará em alteração de forma e função. A falha no mecanismo
de funcionamento do conjunto pode produzir, segundo a adaptação do indivíduo, uma
transformação da situação harmoniosa, ocasionando um primeiro sinal de crescimento
físico, ou seja, uma lesão primária 22.

8. Estomatite aftosa – Na estomatite aftosa há o desenvolvimento de ulcerações


recidivantes dolorosas, solitárias ou múltiplas na mucosa bucal. Herpes simples é uma

19
doença infecciosa comum, causada pelo vírus do herpes simples (HSV). Existem dois
tipos, mas é o tipo 1 que afeta geralmente a região da boca 23.

9. Herpes Simples – Herpes simples é uma contaminação causada pelo vírus herpes
humano (HSV 1 e 2) que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas bolhas agrupadas
especialmente nos lábios e nos genitais, mas que podem surgir em qualquer outra parte
do corpo.
O contágio se dá pelo contato direto das lesões com a pele ou a mucosa de uma
pessoa não infectada. O vírus de herpes humano pode permanecer latente no organismo e
provocar recidivas de tempos em tempos.
Nas crianças, é causa de lesões dolorosas na boca, às vezes confundidas com
aftas, mas que são sinais de uma doença conhecida como estomatite herpética 24.
Algumas dessas afecções vêm sendo tratadas com a fitoterapia 23.

20
2.3 PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS NA
ODONTOLOGIA.

As plantas medicinais vêm sendo as responsáveis pela descoberta de um grande número


de substâncias medicamentosas de grande importância para a Medicina. O seu destaque tem sido
tão grande nas últimas décadas que um grande número de substâncias de origem vegetal tem
entrado na composição das receitas dos médicos. O homem, durante toda sua transformação,
utilizou-se de plantas para a cura de seus males e injurias, mesmo que empiricamente 26.
As plantas medicinais vêm sendo usadas pelo homem ao longo de toda a história da
humanidade no tratamento e cura de enfermidades. É uma prática que nasceu provavelmente na
pré-história, quando, a partir da observação do comportamento dos animais na cura de suas
feridas e doenças, os homens descobriram as propriedades curativas das plantas e começaram a
utilizá-las, levando ao acúmulo de conhecimentos empíricos que foram passados de geração para
geração 30. 
Muitos profissionais de saúde julgam a prática do uso das plantas medicinais por não
haver comprovação científica do potencial curativo das mesmas, a utilização das plantas
medicinais na odontologia é uma alternativa terapêutica de primeira linha, visando atender
amplas camadas da população 26.
Nos dias de hoje, no Brasil, há mais de 2.000 municípios trabalhando com as plantas
medicinais no SUS 26.
Desde a antiguidade as plantas têm sido, um recurso ao alcance do ser humano. O homem
encontrou nas chamadas plantas medicinais, virtudes que foram transmitidas de geração a
geração. Essas plantas têm significado um marco na história do desenvolvimento de nações. Até
nas sociedades mais industrializadas, o uso de vegetais in natura pela população vem cada vez
mais se intensificando 27.
Buffon et al., (2001)16 afirma que com base no uso e conhecimento popular, o importante
crescimento mundial da fitoterapia dentro de programas preventivos e curativos tem estimulado
a avaliação da atividade de diferentes extratos de plantas para o controle do biofilme dental, bem
como de outras afecções bucais. O biofilme dental parece ser o fator determinante da cárie e
doença periodontal, justificando desta maneira, a utilização de medidas para o seu controle.
21
Normalmente todas as pessoas possuem algum conhecimento sobre plantas medicinais.
Independentemente da classe social e econômica, todos reconhecem como uma espécie vegetal,
uma planta com certa propriedade medicinal, é empregada para aliviar algum sintoma, prevenir
ou tratar alguma doença. No geral, muitas e importantes características e conceitos envolvidos
com as plantas medicinais normalmente não são de conhecimento comum, o que pode gerar
conceitos errados ou até mesmo certo preconceito 28.
Desconhecer as características de um produto de consumo generalizado pode causar
problemas sérios de saúde, pelo uso exagerado ou errado. Normalmente esses problemas
ocorrem tanto pela falta de conhecimento por parte do usuário, que geralmente se automedica
sem o devido conhecimento, como por parte de profissionais da saúde que, sem ter o
entendimento correto para o uso de uso das plantas medicinais como medicamento, podem fazer
uso errado destas. A população do mundo todo está a procura de terapias com menores efeitos
tóxicos e colaterais, eficazes especialmente quando ao seu uso prolongado 28.
As Plantas são reconhecidas como uma espécie vegetal rasteira, herbácea ou arbustiva. O
termo medicinas vem para explicar justamente o uso que se faz dessa espécie, sua utilidade
terapêutica, ou seja, voltada à prevenção ou tratamento de uma doença, ou ainda para o alivio de
determinado sintoma decorrente de uma doença 28.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere-se às plantas medicinais como espécie
vegetais a partir das quais produtos de interesse terapêutico podem ser obtidos e usados na
espécie huamba como medicamento. A OMS inclui em sua lista de plantas medicinais também
outras espécies vegetais, fonte de compostos ativos com propriedade terapêutica, e faz isso
independentemente do fato de a planta ser a mesma usada pela população como medicinal ou
não 28.
As plantas medicinais apresentam princípios ativos, ou seja, compostos químicos
produzidos durante o metabolismo da planta que lhe dão a ação terapêutica. Há várias formas de
utilização, que dependem da parte do vegetal a ser utilizada, do tipo de efeito desejado e da
doença a ser tratada. As plantas medicinais podem ser usadas sobe a forma de infusão, decocção,
maceração, tintura, extratos fluido, mole ou seco, pomadas, cremes, xaropes, inalação,
cataplasma, compressa, gargarejo ou bochecho 29.
Na odontologia diversas plantas provam o seu valor e ganham o apoio da ciência para
deixar nosso sorriso mais bonito.

22
A fitoterapia tem se tornado cada vez mais popular entre os povos de todo mundo sua
aprovação popular leva a agradáveis perspectivas no mercado de produtos odontológicos que
contém substâncias naturais, e estes podem ser introduzidos desde que abrangentemente
amparados por estudos laboratoriais e clínicos específicos. Há muitos medicamentos no mercado
que usa, em seus rótulos, o termo “produto natural”. Produtos á base de alho, aroeira, juá,
barbatimão, romã, cajueiro, hortelã e malva são apenas alguns exemplos. É essa utilização da
splantas para o tratamento de doenças que constitui, hoje, um ramo da medicina conhecido como
“FITOTERAPIA” 22,39.
A fitoterapia, phyton (planta) e therapia (tratamento) é descrita como uma prática antiga,
e o primeiro relato manuscrito foi intitulado Papiro de Ebers, datado de 1500 a. C. Desde então, a
fitoterapia apresentou-se como um recurso terapêutico no qual a própria natureza pode- ria
oferecer a cura e sua utilização como a base da terapia medicamentosa vigorou até meados do
século XX 22.
Quando usadas de forma adequada, as ervas e plantas apresentam efeitos terapêuticos às
vezes superiores aos dos medicamentos convencionais, com efeitos colaterais minimizados.39
Com o aumento mundial da fitoterapia entre os programas preventivos e curativos tem
estimulado a analise dos extratos de plantas para utilização na odontologia como controle do
biofilme dental e outras doenças bucais. A odontologia é beneficiada pela riqueza em recursos
naturais oferecidos pela flora brasileira, pois os produtos naturais estão cada vez mais presentes
nos consultórios médicos e odontológicos, apesar de a fitoterapia ser pouco difundida fora do
meio acadêmico 22.
O Fitoterápico consiste em produtos de origem vegetal, dotado de propriedades
medicamentosas. Esta substancia atuante é denominada genericamente de principio ativo,
podendo ser uma ou várias substancias, atuando isolada ou sinergicamente (complexo
fitoterápico), támbem é definido como o medicamento obtido empregando-se unicamente
matérias-primas ativas de vegetais, caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de
seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e
segurança são determinadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização,
documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos. Não se considera
medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de

23
qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. No Brasil, apenas em 1995
passou a existir normatização oficial sobre os medicamentos fitoterápicos 42,43.
Cabe ressaltar a diferença que existe entre fitoterápico e fitofármaco : o fitoterápico é
uma substancia produzida a partir da planta inteira, sem manipulação química, enquanto o
fitofármaco é um medicamento feito com os princípios ativos, manipulados, retirados das plantas
.
42,43

Na Odontologia existe expectativa crescente no uso dos fitoterápicos, já comercializados


em diferentes formas farmacêuticas incluindo colutórios, soluções, tinturas e como constituintes
de dentifrícios 42.
A inclusão dos Fitoterápicos utilizados nos procedimentos odontológicos no Sistema
Único de Saúde e como parte dos cuidados primários da atenção básica em nível público, no
Programa de Saúde da Família terá efeito multiplicador nesta ciência na Odontologia 42.
Na atualidade, a pesquisa científica e órgãos financiadores priorizam a descoberta de
novos fármacos, os biomateriais e patentes de novas moléculas. Os estudos que testam
fitoterápicos como novos biomateriais ou como auxiliar na terapêutica dos novos biomateriais
têm um espaço cada vez maior em publicações no meio cientifico. Outro ponto a ser levado em
conta reporta à acessibilidade e aos custos dos medicamentos fitoterápicos. As pesquisas com
plantas medicinais geralmente originam medicamentos em menos tempo, com custos muitas
vezes inferiores e, consequentemente, mais acessíveis 42.
Desse modo a Fitoterapia na Odontologia assegura-se em perspectivas reais de
crescimento e desenvolvimento, funcionando como auxiliares no tratamento das doenças oro-
bucais e como alternativas eficazes, de menor custo e, em futuro próximo, seguras para o uso
como medicamentos de primeira escolha para o Cirurgião Dentista 42.
Ultimamente, tem-se observado um crescente interesse dos profissionais de saúde pelas
criações fitoterápicas, visto que são viáveis, considerando-se a grande variedade de plantas
medicinais com atividade antimicrobiana, antiinflamatória, ansiolítica ou sedativa, demonstradas
em estudos clínicos 44.
As partes das plantas podem ser utilizadas na fabricação de fitoterápicos são as flores,
folhas, sementes, frutos, raízes, rizomas, bulbo, caule e casca 45.
A qualidade dos chás utilizados como medicamento vem sendo muito discutida nos
meios de saúde. Via de regra, para fins medicinais, os chás deverão ser adquiridos em

24
estabelecimentos que sejam controlados pela ANVISA - Agência de Vigilância Sanitária e que
possuam as Boas Práticas de Fabricação estabelecidas, entre elas farmácias, hervanários e
indústrias de medicamentos fitoterápicos 45.
O Brasil tem um amplo potencial para o desenvolvimento da Fitoterapia aplicada
inclusive à Odontologia, já que apresenta a maior diversidade vegetal do mundo, ampla
sociodiversidade, com o uso de plantas medicinais vinculados ao conhecimento tradicional e
tecnologia para validar cientificamente este conhecimento 24.
Embora a tendência de crescimento exista, o uso e a receitas de fitoterapicos nos
consultórios ainda esbarra na falta de divulgação do assunto entre dentistas 24.
Outro obstáculo para que os dentistas ampliem o uso de fitoterápicos é a falta de
comprovação cientifica da eficácia e segurança desses compostos 24.
Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde no ano de 2005 (Ministério da
Saúde 2005,) em todos os municípios brasileiros, verificou-se que a fitoterapia está presente em
116 municípios, contemplando 22 unidades federadas (Brasil, 2004). Atualmente a Fitoterapia
faz parte do Sistema Único de Saúde, sendo possível a sua inclusão médica e odontológica 24.
Lima et al.9 (2002) concluíram em seu estudo, que grande parte da população emprega
fitoterápicos no tratamento dos agravos à saúde, muitas vezes para tratar afecções bucais. As
principais indicações de uso estavam relacionadas ao controle da dor, da inflamação e reparo
tecidual, sendo que as formas de utilização mais comuns dos fitoterápicos foram a decocção, a
maceração e a infusão 44.
Alho, aroeira, juá, barbatimão. Romã, cajueiro, hortelã, malva… Se fizesse a relação
completa, a lista das plantas medicinais que contribuem para a saúde bucal passaria de 500
espécies. As plantas que mais são utilizadas são as conhecidas pelas atividades analgésica,
cicatrizante e anti-inflamatória 30.
Extratos de plantas como sálvia, menta, camomila têm sido incluído a fórmulas de
dentifícios com o objetivo de diminuir a halitose e combater a gengivite. Os princípios ativos
desses produtos atuam sobre a formação da placa bacteriana. Além destes agentes fitoterápicos
incorporados aos dentifrícios a babosa (Aloe Vera) merece destaque por suas ações anti-
inflamatória e antisséptica, por conter de diversos elementos nutricionais que agem
sinergicamente nos tecidos epiteliais e no sistema imunológico onde, por sua ação anti-

25
inflamatória e antimicrobiana, induz o crescimento celular, favorecendo a recuperação do tecido
agredido 22.
Os óleos, de cajueiro (Anacardium occidentale) e do cravo (Eugenia caryophyllata T.)
podem ser utilizados em caso de dor de dente. Patel et al. (2006) compararam a atividade de um
extrato alcoólico das raízes de Piretro (Anacyclus pyrethrum ) com xilocaína e constataram a
eficácia do extrato quando em baixas concentrações (menos de 2%). O extrato apresentou efeito
simultâneo, prolongando o efeito da anestesia quando comparado ao efeito da xilocaína, para
cirurgias reconstrutivas orais prolongadas, não indicando quaisquer efeitos secundários 22.
Na odontologia a babosa (aloe vera) é apresentada em forma de dentifrícios no combate a
sangramentos, gengivite e no controle à sensibilidade dentária. A babosa misturada a jojoba
ajuda a eliminar o ressecamento labial e as aftas bucais 46.
O pó de joá é eficiente na remoção da placa bacteriana quando utilizado como bochecho e
escovação. A substância responsável por esta propriedade é a saponina, de ação detergente e
bactericida, encontrada na planta 46.
As plantas medicinais mais indicadas para doenças odontológicas foram a Punica
granatum L., Althaea officinalis L., Salvia officinalis L., Calendula officinalis L., Malva
sylvestris L e Plantago major L.23.

26
2.3.1 Punica granatum

Punica granatum popularmente conhecida como Romãzeira, Romã, Romeira, é uma


espécie pertencente à Família Punicaceae, é uma arvore, originaria da região do mediterrâneo,
suas partes (folhas, casca de caule e frutos) são utilizadas no tratamento de infecções da
garganta, rouquidão e febre. Também, podem ser usadas como antisséptico e antiviral em
processos inflamatórios da mucosa oral. Este vegetal tem ação cicatrizante e normalmente é
utilizado no tratamento de doenças bucais como a gengivite, tem seu uso muito difundido na
odontologia. Tem apresentado ação bactericida e bacteriostática sobre bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas presentes na placa bacteriana podendo ser utilizada para casos de periodontite,
como antioxidantes e de estomatites, como antissépticos. Ao analisar o efeito antiplaca e
antigengivite de um gel contendo extrato de romã a 10% em 23 indíviduos, Salgado et al. (2006)
mostraram que o gel contendo extrato de romã não foi eficiente para evitar a formação de placa
bacteriana na supragengival e prevenir a inflamação gengival 23,32.
Pereira, 2004; Pereira et al., (2006) estudou a ação antibacteriana do extrato
hidroalcoólico da casca de romã, frente a diferentes bactérias. Esta ação antibacteriana foi ainda
comparada à atividade antibacteriana da clorexidina. Foi verificado que todas as linhagens
bacterianas se mostraram sensíveis ao extrato ativo de romã 23.
Nos taninos são encontradas as propriedades antimicrobianas, concentradas
principalmente na casca do caule e do fruto. Sendo munido ainda de poderes antiinflamatórios e
antibacterianos, contendo ainda substancias capazes de estancar hemorragias. O suco é usado
contra úlceras na boca. As flores são utilizadas no tratamento das gengivas, prevenindo a perda
dentária. Em experimentos, o extrato da casca de romã mostrou-se tão eficaz no combate a placa
bacteriana quanto a clorexidina, composto muito usado e antissépticos bucais e assepsias pré-
cirúrgicas 31.

2.3.2 Althaea officinalis

A espécie Althaea officinalis, conhecida popularmente como malvavísco, pertencente à


família Malvaceae é uma planta herbacia euro-asiatica; desde a antiguidade cultivada por suas
propriedades medicinais. São usadas, as folhas, flores e raiz do Malvavísco por terem

27
propriedades medicinais, vem sendo testada quanto a atividade antibacteriana e tem demonstrado
eficácia contra bactérias periodontopatogênicas. O chá tem propriedades expectorantes,
diuréticas e emolientes. Hoje é consumida especialmente para aliviar a uretrites e os cálculos
renais. Também utilizada em picaduras de insetos, é usada para lavar feridas ou queimaduras por
suas propriedades ligeiramente antissépticas e analgésicas 32,33.

2.3.3 Salvia officinalis L

A infusão preparada com a Sálvia, Salvia officinalis L. vem sendo estudada quanto à sua
atividade antioxidante, antimicrobiana e hipoglicemiante. O poder da sálvia no combate à
doenças é grandioso, considerando as inúmeras condições de saúde abrangidas para o tratamento
com esta erva. Pode ser usada também como ansiolítico natural, como calmante, diurético,
expectorante, ou estimulante. No tratamento para afta, bronquite, caspa, catarro, gengivite e
outras alterações nas mucosas 32, 34,35.

2.3.4 Calendula officinalis 

A Calendula officinalis conhecida como calêndula ou margarida é uma plantas do gênero


Calendula. Era usada na Grécia, Roma, Arábia e Índia antida como planta medicinal bem como
corante têxtil, corante alimentar e em cosméticos, é uma espécie exótica empregada na
cicatrização de feridas com ação antiinflamatória e antibacteriana. Na Odontologia está sendo
experimentada no controle de crescimento de bactérias em biofilme dental, contra bactérias
periodontopatogênicas, entre outros 24.
Pesquisas demonstraram uma atividade inibitória de bactérias orais, bem como resultado
clínico positivo do uso desse vegetal. Uma averiguação clínica feita com um enxaguatório bucal
fitoterápico contendo tintura de Calendula officinalis foi testado e comparado a um placebo em
indivíduos com gengivite, tendo como parâmetro o Índice Gengival. Chegou-se à conclusão de
que houve uma resposta positiva dos tecidos gengivais do grupo que utilizou o fitoterápico, pois
houve melhora na maioria dos participantes. Outro estudo realizado por Amoian  et  al.24 (2010)
verificou o efeito de um creme dental contendo extrato de Calendula officinalis em pacientes
com gengivite, por meio dos Índices de Placa, Gengival e sangramento marginal. Verificou-se

28
que houve uma redução significante dos índices analisados com a utilização da calêndula no
creme dental 36.
Garcia et al.29, em 1998, demonstraram melhora em pacientes com gengivite que
utilizaram um medicamento fitoterápico de calêndula com a eliminação dos sinais e sintomas
clínicos da gengivite; a presente pesquisa demonstrou que houve melhora mediante o uso do
fitoterápico, mas não a total eliminação de sinais de gengivite, visto que ainda havia participantes
com sangramento marginal. Os autores, portanto, sugerem a utilização do fitoterápico como
coadjuvante na melhora da inflamação gengival 36.

2.3.5 Malva sylvestris

A Malva (Malva sylvestris) esta espécie é conhecida por suas propriedades


antiinflamatórias, antimicrobianas, antibacterianas, antifúngicas e cicatrizantes, presença de
mucilagens, taninos, óleos essenciais, glicolipídios e flavonóides e vem sendo testada no controle
de crescimento de bactérias presentes no biofilme dental e citada em diferentes levantamentos
etnobotânicos. A infusão ou tintura das folhas secas, flores e raízes ajuda a tratar gengivites e dor
de dente. Podendo ser usada sob a forma de bochechos para inflamações na boca, porem em
doses excessivas pode ter efeito laxante 24, 31.

2.3.6 Plantago Major L.

A tanchagem, cientificamente chamada Plantago Major L. é conhecida popularmente


como acatá, carrajá, tanchagem-terrestre ou erva-de-ovelha, é uma espécie com importância na
terapêutica e vem sendo introduzida a ensaios de atividades farmacológica, inclusive de
atividade sobre o crescimento bactérias envolvidas na formação da placa bacteriana 24,37.
A tanchagem tem propriedades Antibacteriana, adstringente, redutora da irritação,
desintoxicante, expectorante, analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante, depurativa,
descongestionante, digestiva, diurética, tônica, sedativa, laxativa. O chá das folhas serve como
cicatrizante; combate diarreia, problemas gastrointestinais e dores de dentes; desinflama os
gânglios; faz parar o catarro dos brônquios e desinflama boca e garganta. É um excelente
cicatrizante. Para aftas, esse chá em bochechos é um grande remédio38.

29
Em estudo realizado na região sul de Cuiabá, percebeu-se a grande utilização do chá das
folhas da Tanchagem, Plantago major, para se fazer gargarejos principalmente. Esta espécie
possui indicações para amigdalite, estomatite, faringite, e de uso externo para úlceras e feridas,
sob a forma de emplastro podendo agir como cicatrizante (Bieski, 2005) 24.

2.3.7 Euterpe oleracea

Euterpe Olerace mais conhecido como açaí, além de gostoso e energético agora virou
“evidenciador de placa bacteriana” – aquele corante que aponta o acúmulo de bactérias no
esmalte dos dentes. A dentista Danielle Emmi, da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi
quem teve o insight para desenvolver o corante natural, ao observar que a fruta deixa a boca e os
dentes coloridos de vermelho. Obra da antocianina, a mesma substância que dá cor às uvas
rubras. Ao testar um concentrado do corante de açaí, a pesquisadora confirmou a suspeita e ainda
teve uma boa surpresa. “O açaí consegue detectar as áreas comprometidas já a partir do momento
em que o biofilme começa a se formar, algo que os corantes hoje disponíveis no mercado não
fazem”, diz Danielle. “A eficácia do corante natural chegou a ser 90% superior à dos corantes
sintéticos em uso hoje”. O concetrado, que está patenado, foi desenvolvido para consultórios,
mas, segunda Danielle, nada impede que ele entre na composição de produtos acessíveis à
população 31.

2.3.8 Eugenia caryophyllata

O cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata) é quem ainda, mas reina nos consultórios, suas


propriedades antissépticas, aromáticas, analgésicas, cicatrizantes e antifúngicas são conhecidas,
literalmente, há séculos. Em 1728, o francês Pierre Fauchard, considerado o pai da odontologia
moderna, já indicava o óleo do cravo para o tratamento da dor de dente e da cárie dentária. E
dele que se extrai o eugenol seu princípio ativo mais importante, óleo fundamental na preparação
do óxido de zinco é usado em restaurações desde o final do século 19. A população usa o dente
de cravo-da-india triturado para dor de dente, aftas e mau hálito e estomatites. É ele, aliás, o
responsável pelo cheiro típico dos consultórios de dentista. Esta planta e originaria da Ásia e
aclimatada na África( em Moçambique) e no Brasil (no estado do Pará) 31,40.

30
O óleo de cravo, embebido em pelota de algodão, pode ser colocado diretamente no dente
cariado dolorido. O chá pode ser utilizado contra a dor e também para halitose, estomatite e
gengivites, o cravo-da-índia seja adotado como símbolo universal da odontologia 31.

2.3.9 Copaifera langsdorffii

A Copaíba de nome científico Copaifera langsdorffii, é uma planta medicina muito


utilizada para aliviar inflamações, problemas de pele e também serve como anti-séptico de
feridas e machucados abertos. A copaíba é a planta com a maior concentração de cariofileno, o
que potencia os efeitos anti-inflamatórios da planta medicinal, tem ação antibacteriana e
analgesica garantindo o alívio de dores, úlceras e até bronquites. O óleo dessa arvore faz parte da
composição de um cimento odontológico desenvolvido na Universidade Federal da Amazonia
(UFAM) e é usado para preencher o canal radicular. Para se obturar um canal o produto ideal
não pode escoar ou se retrair, deve preencher o canal sem falhas para não entrar umidade e ainda
possuir atividade antimicrobiana, pois fica em contato com células do paciente. O cimento à base
do óleo de copaíba cumpre tudo isso e ainda é mais barato, o óleo natural não irrita os tecidos e
não causa inflamações, um efeito colateral comum dos cimentos já utilizados. O produto foi
patenteado e guarda liberação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária para chegar ao
mercado. A copaíba pode ser utilizada pura ou pode ser encontrada em farmácias ou em lojas de
produtos naturais em forma de cremes, loções, xampus, pomadas e sabonetes 31, 41.

2.3.10 Spilanthes oleracea

Spilanthes oleracea mais conhecida como Agrião-do-Pará, também conhecido como


agrião-do-brasil e jambu-açu: de sabor picante, quando mastigado, provoca salivação.
Considerando sucedâneo do agrião comum pode ser utilizado para as mesmas finalidades, com
especial atenção aos casos de escorbuto, anemia e dispepsia. As folhas podem ser consumidas
cruas, em saladas, misturadas com outras ervas para rebater o sabor acre, ou, ainda ensopadas. O
extrato das flores é empregado contra dor de dente: mergulha-se um pedacinho de algodão no
extrato e, com um palito, aplica-se o líquido na carie 49.

31
2.3.11 Própolis

A própolis é uma resina natural, produzida pelas abelhas e uma mistura de substâncias
colhidas do pólen e das árvores com as secreções da própria abelha, Apis melífera, é bastante
conhecida na medicina popular por não ser toxica, mas, estudos mostram que altas doses podem
intoxicar, ela também é conhecida pelas atividades biológicas e terapêuticas que incluem as
ações antimicrobianas, anti-inflamatória, anestésica e propriedades citostáticas. Aliás, essa
substancia mostra uma composição bastante complexa, na qual já foram identificados mais de
300 componentes químicos, variando de acordo com sua origem botânica 22.
A importância da própolis em Odontologia pode ser verificada em trabalhos pertinentes a
várias áreas tais como a cariologia, endodontia, periodontia e patologia oral. Posto que esse
composto seja usado com frequência no tratamento de lesões bucais pelas pessoas, ainda não
foram estipuladas normas adequadas de uso e indicação e não tem conhecimento certo da ação
desta substancia sobre os microrganismos e/ou hospedeiro 22.

2.3.12 Allium sativum

O alho (Allium sativum) é outro produto muito utilizado na cultura popular, demonstrou
atividade contra bactérias orais, no entanto os resultados de alguns estudos mostraram que há
uma diminuição do numero de bactérias quando os pacientes são submetidos ao uso de
enxaguatórios contendo este produto 22.
A ANVISA tem o papel de regulamentar todos os medicamentos, incluindo os
fitoterápicos, e fiscalizar as indústrias farmacêuticas com o intuito de proteger e promover a
saúde da população. Sendo assim, a ANVISA controla a produção, a liberação para consumo
(registro) e acompanha a comercialização dos medicamentos, podendo retirá-los do mercado
caso seu consumo apresente risco para a população 50.
Entretanto muitos trabalhos demostram o efeito dos fitoterápicos na odontologia, a
utilização dos mesmos deve ser feita sob conhecimento e responsabilidade do cirurgião dentista,
pois se trata de um contrassenso o uso indiscriminado de produtos naturais sem a consciência.
Por isso, alguns profissionais acreditam que há a necessidade da inserção da fitoterapia como

32
matéria básica na graduação do curso de Odontologia 5. Diante da necessidade de recursos de
menor custo para atender as comunidades mais carentes, a fitoterapia surge como alternativa 22.

As formas farmacêuticas mais citadas para utilização das espécies foram decocto,
infusão, gargarejo e chá. Outras também foram indicadas como emplastro, maceração, tintura e
creme tópico24.
Algumas formas farmacêuticas para o uso odontológico:47,48
 Tintura: é feita a partir da planta seca, deixando-a em maceração ou correndo o
liquido extrator em um aparelho de percolação.
 Alcoolatura: é feita deixando- se a planta fresca em maceração com álcool por um
período pré-determinado.
 Infusão: é feita vertendo-se água fervente sobre a planta.
 Solução para bochecho: são soluções feitas com água a partir da planta fresca ou
seca através da infusão ou decocção utilizando-se 2 colheres da planta viva ou 1
colher da planta seca em 1 copo com água 3 a 4 vezes ao dia.
 Gel: é feito através da incorporação de qualquer das formas acima em um gel base
(carbopol, CMC, natrosol).
 Decocção: é feito o cozimento da planta por um período de 5 a 20 minutos (em
fervura).

33
2.3.1 DIFERENÇA ENTRE PLANTAS MEDICINAL E FITOTERÁPICOS

As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm


tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade.  De acordo com a legislação
brasileira (Lei 5991/73), plantas medicinais podem ser vendidas apenas em farmácias ou
herbanários. Nesses locais, devem estar corretamente embaladas e acompanhadas da
classificação botânica (nome científico) no rótulo. A embalagem de uma planta medicinal não
pode apresentar indicações para uso terapêutico. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber
onde colhê-la e como prepará-la. Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um
medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. É o medicamento que tem a planta
medicinal como matéria-prima. Ele é obtido usando derivados extraídos da planta (extrato,
tintura, óleo, cera, suco, etc.) que são industrializados. Esse processo evita contaminações por
agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve
ser usada, garantindo a qualidade e permitindo uma maior segurança de uso. Todo medicamento
fitoterápico deve ser produzido em laboratório autorizado e obter registro na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA/Ministério da Saúde) antes de ser comercializado. Não são
considerados fitoterápicos: chás, partes ou pó de plantas medicinais, homeopatia, florais,
medicamentos manipulados, e própolis. 50,51

34
2.3.2 EFEITOS COLATERAIS E CONTRA INDICAÇÕES DOS
FITOTERÁPICOS E PLANTAS MEDICINAIS.

Quando utilizadas de maneira adequada, as ervas e plantas medicinais apresentam efeitos


terapêuticos às vezes superiores aos dos medicamentos convencionais, com efeitos colaterais
minimizados. No entanto, se ingerida em grandes quantidades e por tempo prolongado, ela pode
ser toxica.39
A utilização de plantas medicinais não é livre de efeitos colaterais, interações
medicamentosas ou contra-indicações. Apresentam substâncias que podem ser tóxicas,
desencadeando reações adversas. Além disso, a utilização da dose incorreta, da parte da planta
indevida ou automedicação errada podem causar efeitos colaterais indesejáveis. 30
São necessárias medidas de conscientização da população e educação dos profissionais de
saúde para que o uso racional das plantas medicinais seja disseminado. Há
grupos como crianças, idosos, lactantes, gestantes e portadores de doenças graves que merecem
atenção especial e não podem utilizar a Fitoterapia de maneira indiscriminada, devendo levar em
consideração as dosagens e contra-indicações. Além disso, é importante ressaltar que há
possibilidades de interação medicamentosa entre a Fitoterapia e o uso de alopáticos, tornando
ainda mais necessária a conscientização da população e o cuidado com a automedicação.30
A automedicação é um grande problema, porque muitas pessoas utilizam plantas que
crescem nos próprios quintais ou as coletam em terrenos baldios ou florestas, Por vezes, essas
plantas são confundidas com outras que possuem características semelhantes, como o mesmo
tipo de folhas, flores, frutos, caules ou raízes. E as plantas que crescem próximas a rodovias
pode, apresentar concentração elevada de metais como chumbo, zinco e alumínio, entre outros,
cujos efeitos são indesejáveis. 39
Com o aumento da popularidade dos medicamentos à base de plantas medicinais exige
que os cirurgiões dentistas tenham um maior conhecimento dos seus efeitos, para evitar
interações indesejáveis quando administrados simultâneos com outros fármacos utilizados na
clínica odontológica. Também é comum a crença de que medicamentos de origem natural são
destituídos de perigo e de riscos para o consumidor. Nada poderia estar mais distante da verdade,
principalmente por existir o perigo de se colher a planta errada, muitas vezes tóxica, ou ainda,

35
obter-se preparados à base de ervas, comercializados após a adição intencional de potentes
substâncias sintéticas não declaradas.44
Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicos e também de plantas
medicinais. Determinadas plantas medicinais e fitoterápicos podem ser utilizados sem a
orientação médica para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos
de tempo. No entanto, caso os sintomas persistam por mais de sete dias, ou apareçam reações
indesejadas, o uso deve ser interrompido e deve ser procurada orientação médica. Pode ocasionar
problemas à saúde, como por exemplo: alterações na pressão arterial, problemas no sistema
nervoso central, fígado e rins, que podem levar a internações hospitalares e até mesmo à morte,
dependendo da forma de uso.52,53

36
2.3.3 CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS EM RELAÇÃO AOS
FITOTERÁPICOS E AS PLANTAS MEDICINAIS:

 Buscar informações com os profissionais de saúde;


 Informar ao seu médico qualquer reação desagradável que aconteça enquanto estiver
usando plantas medicinais ou fitoterápicos;
 Observar cuidados especiais com gestantes, mulheres amamentando, crianças e idosos;
 Informar ao seu médico se está utilizando plantas medicinais ou fitoterápicos,
principalmente antes de cirurgias;
 Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias, e que tenha o registro na
ANVISA (Vigilância Sanitária);
 Seguir as orientações da bula e rotulagem;
 Observar a data de validade – Nunca tomar medicamentos vencidos;
 Seguir corretamente os cuidados de armazenamento;
 Deve-se ter cuidado ao combinar determinados medicamentos e plantas medicinais, o
que pode promover a diminuição dos efeitos ou provocar reações indesejadas.
 Ao contrário da crença popular, nem todo chá é benéfico à saúde.
 O uso indiscriminado e sem conhecimento pode acarretar efeitos indesejados.
 Dependendo da combinação, pode-se aumentar os efeitos de alguns fármacos ou pelo
contrário, reduzir o efeito esperado ou  mesmo sem ação terapêutica.
 Deve-se ter cuidado ao associar medicamentos, ou medicamentos com plantas
medicinais, o que pode promover a diminuição ou aumento dos efeitos terapêuticos dos
medicamentos em uso ou provocar reações indesejadas.
 Os fitoterápicos são medicamentos alopáticos, possuindo compostos químicos que
podem interagir com outros medicamentos. As plantas medicinais também possuem
compostos químicos ativos que podem promover este tipo de interação.
 Deve-se sempre observar as informações contidas nas bulas disponibilizadas nos
medicamentos e questionar o seu médico, farmacêutico ou profissional de saúde sobre
possíveis interações.
 Como exemplo de interações, podemos citar:

37
 Camomila e sedativos como Gardenal, em que há o aumento do efeito sedativo
desse medicamento;
 Maracujá e antidepressivos, tais como Sertralina e Fluoxetina, também é
observado aumento do efeito sedativo;
 Quebra-pedra, Chapéu de Couro e diuréticos tais como Furosemida e
Hidroclorotiazida, promovendo aumento da excreção de eletrólitos e podem
resultar em arritmias provocadas por desequilíbrios eletrolíticos severos;
 Boldo do Chile e antiplaquetários, tal como Acido Acetilsalicílico, resultando
em aumento da ação antiplaquetária dos medicamentos;
 Maracujá e Benzodiazepínicos, tais como Diazepam e Clorazepam, aumentando
a intensidade da sonolência;
  Hortelã-pimenta e Sulfato Ferroso, diminuindo a absorção de ferro.52, 53,54

38
2.4 A INTRODUÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
NA ATENÇÃO BÁSICA NO SISTEMA PÚBLICO.

A Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no sistema único de


saúde, introduziu as plantas medicinais e os fitoterápicos na atenção básica no sistema publico.
O interesse popular e institucional vem crescendo no sentido de fortalecer a Fitoterapia
no SUS. A partir da década de 80, diversos documentos foram elaborados enfatizando a
introdução de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica no sistema público, entre os
quais destacam-se:54
 A Resolução Ciplan Nº 8/88, que regulamenta a implantação da Fitoterapia nos
serviços de saúde e cria procedimentos e rotinas relativas a sua prática nas
unidades assistenciais médicas;
 O Relatório da 10a Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1996, que
aponta no item 286.12: "incorporar no SUS, em todo o País, as práticas de saúde
como a Fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias
alternativas e práticas populares" e, no item 351.10: "o Ministério da Saúde deve
incentivar a Fitoterapia na assistência farmacêutica pública e elaborar normas para
sua utilização, amplamente discutidas com os trabalhadores em saúde e
especialistas, nas cidades onde existir maior participação popular, com gestores
mais empenhados com a questão da cidadania e dos movimentos populares".
 A Portaria nº 3916/98, que aprova a Política Nacional de Medicamentos, a qual
estabelece, no âmbito de suas diretrizes para o desenvolvimento científico e
tecnológico: "... deverá ser continuado e expandido o apoio às pesquisas que
visem o aproveitamento do potencial terapêutico da flora e fauna nacionais,
enfatizando a certificação de suas propriedades medicamentosas".
 O Relatório do Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e
Assistência Farmacêutica, realizado em 2003, que entre as suas recomendações,
contempla: "integrar no Sistema Único de Saúde o uso de plantas medicinais e
medicamentos fitoterápicos".

39
 O Relatório da 12ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 2003, que aponta
a necessidade de se "investir na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para
produção de medicamentos homeopáticos e da flora brasileira, favorecendo a
produção nacional e a implantação de programas para uso de medicamentos
fitoterápicos nos serviços de saúde, de acordo com as recomendações da 1ª
Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica".
 A Resolução nº 338/04 do Conselho Nacional de Saúde que aprova a Política
Nacional de Assistência Farmacêutica, a qual contempla, em seus eixos
estratégicos, a "definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à
utilização das plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos no processo de
atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com
embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda,
com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em
saúde no processo de incorporação dessa opção terapêutica e baseada no incentivo
à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País".
 2005 - Decreto presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo de Trabalho para
elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Atualmente, existem programas estaduais e municipais de Fitoterapia, desde
aqueles com memento terapêutico e regulamentação específica para o serviço,
implementados há mais de 10 anos, até aqueles com início recente ou com
pretensão de implantação. Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde
no ano de 2004, em todos os municípios brasileiros, verificou-se que a Fitoterapia
está presente em 116 municípios, contemplando 22 unidades federadas

40
3. CONCLUSÃO

O uso de plantas medicinais vem sendo passado de geração a geração, chegou até
nossos dias na forma de uma nova ciência a fitoterapia. Que apesar do seu uso ser desda
antiguidade ainda é muito discriminado por grande parte dos profissionais de saúde.
Apesar do preconceito e da falta de conhecimento algumas afecções bucais vem sendo
tratadas com a fitoterapia. Tal fato pode ser atribuído ao pequeno incentivo dado à
pesquisa nesta área, tanto pelo setor publico, como pelo privado.
Pode- se concluir também que o aumento da popularidade e dos medicamentos
feitos a partir de plantas medicinais fazem que os cirurgiões dentistas tenham maior
conhecimento sobre risco ∕ beneficio do emprego destes compostos e a interação
medicamentosa que pode ocorrer quando associados a outros remédios, evitando os
efeitos adversos.

41
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Calixto JB. Efficacy, safety, quality control, market- ing and regulatory guidelines
for herbal medicines (phytotherapeutic agents). Braz J Med Biol Res.
2000;33(2):179-89. 2.

2. Maciel MAM, Pinto, AC, Veiga Jr VF, Grynberg NF, Echevarria A. Plantas
Medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Quim Nova.
2002;25(3):429-38.

3. BORBA, A. N.; MACEDO, M. Plantas mediciais usadas em saúde bucal pela


comunidade do bairro Santa Cruz, Chapada dos Guimarães, MT, Brasil. Acta.
Boct. Bras., v.20, n.4, p.771-782, 2006.

4. ALEXANDRE, R. F.; GARCIA, F. N.; SIMÕES, C. M. O. Fitoterapia Baseada


em Evidências. Parte 1. Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com Ginkgo,
Hipérico, Kava e Valeriana. Acta Farm. Bonaerense, v.24, n.2, p. 300-9, 2005.

5. SANTOS, E. B; DANTAS, G. S; SANTOS, H. B.; DINIZ, M. F. F. M.;


SAMPAIO, F. C. Estudo etnobotânico de plantas medicinais para problemas
bucais no município de João Pessoa, Brasil. Rev. Bras. Farmacogn. v.19, n.1B, p.
321-324, jan./mar. 2009a.

6. Barros NF. Política Nacional de Práticas Integrati- vas e Complementares no


SUS: uma ação de in- clusão. Ciênc saúde coletiva. 2006;11(3):850.

7. Xavier MN. A Fitoterapia no Combate às Afecções Bucais. João Pessoa: Idéia;


1995

42
8. Bendazzoli WS. Fitomedicamentos: perspectivas de resgate de uma terapia
histórica. Mundo Saúde 1995; 24(2): 123-6

9. MACIEL, M.A.M. et al. Plantas medicinais: a necessidade de estudos


multidisciplinares. Química Nova, v.25, n.3, p.429-38, 2002.

10. LÓPES-MUÑOZ, F.; ALAMO, C.; GARCÓA, P. “The herbs that have the
property of healing...,”; The phytotheraphy in Don Quixote. J. Ethnopharmacol,
V. 106, n. 3, p. 429 – 41, 2006.

11. LORENZI. H.; MATOS,F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.


ed. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2008, 576p.

12. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil – Lei n°. 5.991, de 17 de


dezembro de 1973 - Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas,
Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de dezembro de 1973.
______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA). – Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 18 de março de 2004a.

13. SAÚDE BUCAL Caderno de Atenção Básica, nº17 Brasília – DF 2008


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf

14. MATSON MR, BELAN B. Cáries incipientes, como controlar- uma abordagem
atual. In: Rielson JAC, Elenice ANG, organizadores. Dentística Laser. São Paulo:
Artes Médicas Ltda; 2002. p. 96

43
15. http://www.ibraperio.com.br/periodontia/doencas.htm acesso em 15/05/2013 as
10:58

16. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
695X2007000300022 acesso em 14\06\13 as 13:04

17. Buischi Y, Siqueira T, Bonecker M. Abra boca sem vergonha. São Paulo: Artes
medicas. 2004. p. 37-39

18. N, T, K, C. Periodontia Clinica. Rio de Janeiro: Elsevier. 2007. p. 104

19. M. Estomatologia Estudo Simplificado da Boca Prevenção Bucal. Rio de Janeiro:


Fisica. 2006. p. 30;31

20. Neville WB, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 58

21. http://www1.saude.ba.gov.br/saudebucal/forumsb/arquivos/Capitulo_III.pdf
acessado em 16\05\13 as 17:09

22. Francisco KSF. Fitoterapia: uma opção para o tratamento odontológico. Rev
Saúde. 2010;4(1):19-21

23. http://www1.saude.ba.gov.br/saudebucal/forumsb/arquivos/Capitulo_III.pdf
acessado em 16\05\13 as 17:09

24. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
695X2007000300022 Espécies vegetais indicadas na odontologia acesso no dia
16-05-13 as 23:55

44
25. http://drauziovarella.com.br/sexualidade/herpes-simples/ acesso 22-05-2013 as
11:15

26. http://www.ccs.ufpb.br/dor/templates/joomla-vortex/TCC/10.1/16.pdf

27. F, Azevedo WF, M, Reis MMM, L, Lins KD, M E. Terapêutica com plantas
medicinais nas doenças bucais: a percepção dos profissionais no Programa de
Saúde da Família do Recife, Recife: Odontol.clín.-cient, 2007. 6(3): 233-237

28. Miguel MD, Miguel OG 1999. Desenvolvimento de fitoterápicos. São Paulo:


Editora Robe. 

29. Stasi LCD, Plantas Medicinais Verdades e Mentiras. São Paul: Unesp, 2007. p.
13,14,16,21,22

30. http://www.apanat.org.br/site/fitoterapia/ acesso 05-06-13 as 01:23

31. http://www.revistaherbarium.com.br/as-boas-da-boca-2/ acesso 13-06-13 as 22:29

32. Francisco KSF. Fitoterapia: uma opção para o tratamento odontológico. Rev.
Saúde. 2010; 4(1): 21

33. http://plantamundo.com/produto_completo.asp?IDProduto=798 acesso dia 27-06-


2013 as 01:07

34. http://www.tuasaude.com/salvia/ acesso dia 27-06-2013 as 01:25

35. http://www.outramedicina.com/699/o-poder-da-salvia-no-combate-a-doencas
acesso dia 27-06-2013 as 01:25

36. http://rou.hostcentral.com.br/PDF/v40n1a06.pdf acesso dia 27-06-2013 as 02:00

45
37. http://www.tuasaude.com/tanchagem/ acesso dia 27-06-13 as 13:58

38. http://curapelanatureza.blogspot.com.br/2012/03/propriedades-e-beneficios-da-
tanchagem.html acesso dia 27-06-13 as 13:59

39. Rezende A.O poder das ervas. São Paulo: Ibrasa. 2006 p. 13

40. Assis C. Plantas Medicinais na Odontologia. Rev bras. Odontol., Rio de Janeiro,
2009;66(1):72-75

41. http://www.tuasaude.com/copaiba/ acesso em 27-06-13

42. Lopes HP. Fitoterapia na Odontologia. Rev. ABO Nac, v.66, n.1, 2009.

43. Salvi RM, Heuser ED. Interações Medicamentosas Fitoterápicos em busca de


uma prescrição racional. 1ª ed. São Paulo: ediPUCRS; 2008.

44. Pinheiro MLP, Andrade ED. Fitoterápicos como alternativa ao uso de


medicamentos convencionais em odontologia. Rev. ABONac, v.16, n.2,2008.

45. http://www.abifisa.org.br/faq.asp#1 acesso 13-06-13 as 23:33

46. http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosINIC/
INIC1211_02_A.pdf acesso 29-05-2013 as 13:56

47. https://sites.google.com/site/fitoterapiaocidental/formas-farmaceuticas acesso 28-


06-13 as 13:42

48. DANTAS, Ivan Coelho. O raizeiro. Campina Grande: EDUEP, 2007.

46
49. Júnior AB. Guia Prático de Plantas Medicinais descubra o que os vegetais podem
fazer pela sua saúde. 1ª ed. São Paulo: universo dos livros; 2009.

50. http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/fitoterapicos/poster_fitoterapicos.pdf
acesso 28-05-13 as 02:07

51. http://saude.ig.com.br/bemestar/guiaplantasmedicinais/entenda-a-diferenca-entre-
planta-medicinal-e-fitoterapico/n1597687081923.html acesso 28-06-2013 as
14:32

52. http://camilamouranut.blogspot.com.br/2010/06/plantas-medicinais-x-
fitoterapicos.html acesso 28-06-2013 as 12:03
53. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?
idtxt=30779 acesso 28-06-2013 as 12:05

54. http://www.prace.ufop.br/centrodesaude/index.php?
option=com_content&view=article&id=21&Itemid=60 acesso 28-06-2013 as
13:09

55. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf Politica Nacional de Práticas


Integrativas e Complementares no SUS acesso 26-05-2013 as 22:00

47

Você também pode gostar