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net/publication/282672848
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Damaris Silveira
University of Brasília
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Activity of crude extracts from Brazilian cerrado plants against clinically relevant Candida species View project
All content following this page was uploaded by Damaris Silveira on 05 July 2016.
RESUMO
As plantas medicinais foram a primeira forma de terapêutica usada pelo ser humano, sobretudo na forma
de chás. Tentando retomar essa forma tradicional de utilização, foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n.o 10, em 10 de março de 2010, que regulamenta a produção
de drogas vegetais no Brasil. Essa norma traz uma lista de 66 drogas vegetais, para as quais foram padroniza-
das forma de uso, posologia, alegações terapêuticas embasadas no uso tradicional, possíveis reações adversas
e contraindicações. A norma foi elaborada com base na normativa alemã para os “Chás Medicinais”, seguindo-
se os requisitos de qualidades citados naquela legislação. A RDC 10/2010 atende à Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos ao promover a produção e a comercialização de drogas vegetais que atendam aos
requisitos de eficácia, segurança e qualidade. Apesar de ser norma voltada à indústria farmacêutica, produtores e
distribuidores de drogas vegetais, as orientações que contém podem auxiliar o profissional da saúde a orientar o
usuário quanto à forma correta e segura de utilização de plantas medicinais.
Palavras-chave. Fitoterapia; droga vegetal; planta medicinal; medicina tradicional.
ABSTRACT
Medicinal plants are considered the first therapeutical resource used by mankind, and the knowledge about
medicinal teas is a cultural heritage passing through the generations. The Agência Nacional de Vigilância Sanitária
published the College Board of Directors’ Resolution (RDC) 10, in March 2010, which normalizes the production of
herbal drugs (dried and stable medicinal plant). This guideline was based on the German rule for “Herbal Teas” and
follows the global regulation trend for traditionally used plants for medicinal purposes. The RDC 10/2010 lists 66
medicinal plants selected and standardized about the correct usage form, doses, therapeutic claims, contraindica-
tions and potential adverse effects, all based on traditional use. This guideline was published in order to regulate the
herbal drugs notification at the Agência Nacional de Vigilância Sanitária. However, the RDC 10/2010 brings informa-
tion about medicinal plants that can help the health professional to inform and advise the patients about the safety,
efficacy and quality of them.
Key words. Phytotherapy; herbal drug; medicinal plant; traditional medicine.
1
Farmacêutica, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB). Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa.
2
Farmacêutica-Bioquímica, professora da Faculdade de Ciências da Saúde, UnB, e da Faculdade de Ceilândia, Campus UnB- Ceilân-
dia. Correspondência: Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, CEP 70910-900, Brasília, DF. Telefone: 61 33072979. Fax: 61
33402134. Internet: damaris@unb.br
Recebido em 5-5-2010. Aceito em 25-5-2010.
advêm, direta ou indiretamente, de produtos naturais, a saúde do usuário. Relatos de acidentes com a admi-
especialmente de plantas superiores.4,5 nistração de plantas medicinais e fitoterápicos que
Produtos obtidos de plantas medicinais têm sido não tenham sido corretamente identificados ou apre-
usados com sucesso para os mais diferentes agravos à sentem boa qualidade, têm sido frequentes na litera-
saúde desde os tempos pré-históricos.6 Em meado do tura científica. Como exemplo, pode ser citada a ocor-
século XX, com o desenvolvimento da síntese orgâ- rência de fibrose intersticial renal após a ingestão de
nica e das técnicas analíticas, a utilização de plan- fitoterápicos da medicina chinesa: ao menos setenta
tas para fins de prevenção e cura foi drasticamente pacientes belgas e vinte chineses tiveram nefropatia
reduzida nos países desenvolvidos, mas permaneceu e foram submetidos a transplante renal e ou diálise.17
intensa nos países em desenvolvimento e subdesen- Nos Estados Unidos, a efedra, planta tradicionalmente
volvidos, representando, em alguns casos, a única usada para tratar congestão respiratória, levou à morte
forma terapêutica disponível.7 Contudo, desde o perí- pelo menos doze pessoas, além de provocar diversos
odo final do século XX, tem sido observado o retorno ataques cardíacos.18
às práticas complementares de cuidados à saúde Nas últimas décadas, o uso de plantas medicinais
com ênfase na fitoterapia. Tal tendência é atribuída, e fitoterápicos cresceu significativamente no mundo.19
ao menos em parte, a mudanças ocorridas no modo O valor comercial desse mercado está cada vez maior,
de vida e nas características da população mundial. fazendo a segurança, eficácia e qualidade dos produ-
Com o aumento da expectativa de vida, tem ocorrido tos se tornarem preocupações constantes das autori-
o envelhecimento da população e, consequentemente, dades reguladoras.20 No Brasil, o setor fitoterápico
o aumento das doenças crônicas que, por sua vez, conta com duzentas empresas, que movimentam em
requerem o uso constante de medicamentos para seu torno de quatrocentos milhões de dólares, o que repre-
controle.8 Por outro lado, esse paciente, muitas vezes senta 6,7% das vendas de medicamentos em toda sua
submetido a um regime de polifarmácia,9,10 considera cadeia produtiva e emprega mais de cem mil pessoas
insatisfatória a maioria dos tratamentos convencio- no País.21
nais e tem se recusado a ingerir mais e mais fárma- O Ministério da Saúde estabeleceu a Política
cos ditos “químicos”, os “remédios de farmácia”, Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
que podem apresentar uma série de efeitos colaterais (PNPMF) e a Política Nacional de Práticas
danosos. Assim, questiona seus médicos sobre opções Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema
naturais e vê a fitoterapia como opção mais amena Único de Saúde (SUS), que tratam da implementa-
para o cuidado de sua saúde.11 ção de ações e serviços relativos a práticas medicinais
De acordo com a Organização Mundial da Saúde complementares, que abrangem fitoterapia, medicina
(OMS) estima-se que, mesmo com os avanços alcan- tradicional chinesa ou acupuntura, homeopatia e ter-
çados nos últimos trinta anos correlatos a políticas malismo social. A PNPIC tem papel importante na
públicas, uma grande parte da população mundial saúde pública brasileira, pois fortalece e amplia as
ainda não tem acesso regular a serviços convencio- ações voltadas para a utilização racional das práticas
nais de assistência e a medicamentos essenciais, par- complementares.22 Entretanto, o uso das plantas medi-
ticularmente em países considerados de desenvolvi- cinais e de fitoterápicos no Brasil, estimulado pela
mento reduzido.12 Assim, o uso de plantas medicinais PNPMF, ainda requer cuidados, regulação e atenção
e seus derivados é visto como alternativa viável à da parte de governo, órgãos reguladores, pesquisado-
terapêutica convencional, e as agências governamen- res e profissionais da saúde de forma geral.
tais internacionais têm envidado esforços no sentido
de garantir que seja segura e eficaz.13
ALGUNS ASPECTOS DA REGULAÇÃO BRASILEIRA REF-
Outra estimativa da OMS é que 65% a 80% da ERENTE A MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E PLANTAS
população que vive nos países em desenvolvimento MEDICINAIS.
dependem das plantas medicinais para seus cuidados No Brasil, produtos obtidos de plantas medici-
primários de saúde. No Brasil, isso não é diferente14,15 nais trazem diversas definições na área farmacêutica
o que emana inquietação, pois esse uso nem sem- a depender de sua etapa técnica de processamento.
pre ocorre de forma segura.16 Tal segurança depende A primeira é a própria planta medicinal, definida
essencialmente da garantia que efeitos adversos não como uma espécie vegetal, cultivada ou não, usada
comprometam a terapêutica, ou mesmo prejudiquem com propósitos terapêuticos. A planta medicinal pode
estar no estado fresco, que é a coletada no momento ser usadas como ativos nos medicamentos fitoterápi-
do uso ou seco.23 Quando a planta é seca e triturada, cos, desde que sua eficácia seja comprovada por estu-
podendo ser estabilizada ou não, é denominada droga dos clínicos.
vegetal.24 Droga, conforme a definição legal, é qual- O comércio de plantas medicinais é regulamen-
quer substância ou matéria-prima que tenha finalidade tado no País por intermédio da Lei 5.991/73, que
medicamentosa ou sanitária.25 determina, no artigo 7.º, que “a dispensação de plan-
Para classificar os produtos iniciais usados na pro- tas medicinais é privativa das farmácias e ervanarias,
dução de medicamentos fitoterápicos, dá-se a deno- observados o acondicionamento adequado e a clas-
minação geral de matéria-prima vegetal, que compre- sificação botânica”, ou seja, plantas medicinais não
ende tanto a planta medicinal como a droga vegetal.24 podem ser comercializadas como medicamentos e
O derivado vegetal, por sua vez, é o produto obtido não se pode alegar indicações terapêuticas em suas
por processo extrativo da matéria-prima vegetal, que embalagens.25 Apesar de ter sido publicado há mais
pode ser obtido da planta fresca ou seca, por processo de trinta anos, esse artigo não havia sido ainda regu-
extrativo ou por prensagem, como ocorre nos casos lamentado, deixando em aberto os requisitos de qua-
dos óleos. Diversas técnicas de extração podem ser lidade, segurança e eficácia para plantas medicinais.
usadas para sua obtenção, como maceração, percola- Isso posto, a RDC 10/2010 vem cobrir essa lacuna e
ção, extração por soxhlet dentre outros. estabelece norma para o comércio das drogas vegetais
O produto industrializado, tecnicamente elabo- obtidas dessas plantas medicinais.
rado com uso de matérias-primas ativas vegetais com
finalidade profilática, curativa ou paliativa, é deno- A NOTIFICAÇÃO DE DROGAS VEGETAIS
minado medicamento fitoterápico. É caracterizado Considerando-se que o uso de drogas vegetais é a
pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, forma mais tradicional de uso das plantas medicinais,
assim como pela reprodutibilidade e constância de e o incentivo, pelo Ministério da Saúde, para a inser-
sua qualidade. Não podem ser incluídos nessa cate- ção da Fitoterapia no SUS,22 a Anvisa publicou uma
goria substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, norma para a notificação de drogas vegetais, denomi-
nem as associações destas com extratos vegetais. O nada RDC 10, publicada em 10 de março de 2010,
medicamento fitoterápico pode ser simples, quando para regulamentar a produção e o uso das drogas
tem como ativo apenas uma planta medicinal e com- vegetais, tanto pelas empresas produtoras como pela
posto quando é elaborado com uso de mais de uma população. Para cada espécie foram padronizadas
espécie vegetal.24 indicações terapêuticas, forma de uso, posologia e os
A fitoterapia é a prática terapêutica caracterizada cuidados e restrições a serem observados no seu uso.
pela utilização de plantas medicinais em suas diferen- É importante ressaltar que esses produtos não
tes preparações farmacêuticas, sem uso de substân- foram enquadrados como medicamentos.29 Um dos
cias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.16 O diferenciais entre a RDC 10/10 e o artigo 7.º da Lei
Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. 5.991/73 reside no fato de a obrigatoriedade de drogas
Conta com um valor aproximado de mais de 20% vegetais notificadas serem comercializados em far-
do número total de espécies do planeta. O País tem mácias e drogarias e não em ervanarias como ocorre
a mais diversa flora, com número superior a 55 mil com as plantas medicinais. Ervanaria é um estabele-
espécies descritas, o que corresponde a 22% do total cimento que pode fazer o comércio apenas de plantas
mundial.26 Esta rica biodiversidade é acompanhada medicinais. Além disso, antes da publicação da RDC
por uma longa aceitação de uso de plantas medicinais 10/10, mesmo sendo comercializadas em farmácias,
e conhecimento tradicional associado.27,28 plantas medicinais não poderiam apresentar em seu
Com a legislação anterior para registro de medi- rótulo nenhuma alegação terapêutica. Apesar de a
camentos fitoterápicos, as plantas medicinais não comercialização de plantas medicinais em farmácias
podiam ser registradas como medicamentos fitoterá- e ervanarias estar respaldada legalmente, o controle
picos, sendo permitido o registro apenas de deriva- sobre sua produção era inexistente, e a ocorrência de
dos vegetais, o que deixou vários produtos fora desse falsificações da espécie comercializada, de alta carga
mercado.24 A norma para registro de medicamentos bacteriana e fúngica e contaminações diversas foram
fitoterápicos, RDC 14/2004, regrediu nesse sentido, frequentes.30-32 Com a nova resolução, a produção de
permitindo que as drogas vegetais também possam drogas vegetais deve obedecer às Boas Práticas de
Fabricação e Controle (BPFC) específicas, reduzindo Ambos são obtidos de plantas medicinais, porém ela-
desse modo a possibilidade da ocorrência de falsifica- borados de forma diferenciada, ou seja, enquanto as
ções e contaminações. drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira
A RDC 10/10 foi elaborada com base na nor- ou rasurada, partida em pedaços menores e utilizadas
mativa alemã para os “chás medicinais”, seguindo na preparação dos populares “chás”, os medicamen-
os requisitos de qualidades citados naquela legisla- tos fitoterápicos são produtos tecnicamente mais ela-
ção.33 Também foi determinado o limite máximo de borados, apresentados na forma final de uso, isto é,
carga bacteriana, fúngica e de aflatoxinas, que pode comprimidos, cápsulas e xaropes.
estar presente nesses produtos, conforme determina a A forma de uso de cada droga vegetal também
OMS.7 Outros controles preconizados são da quanti- foi determinada na RDC 10/10, com a orientação
dade de outros contaminantes, tais como metais pesa- quanto a serem preparadas imediatamente antes do
dos, partes não permitidas da própria planta, outras uso, na quantidade necessária para a dose recomen-
plantas medicinais e outros casos. dada e quanto a não serem armazenadas, mesmo em
As plantas contêm numerosos constituintes quí- geladeira. As formas de uso preconizadas são infusão,
micos diversos, e diferentes partes da planta contêm decocção e maceração, a saber, infusão, que consiste
variados perfis de constituintes33,34 que podem ser em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em
influenciados por uma série de fatores, tais como seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período
época e local de coleta, formas de cultivo, condições determinado. A infusão é indicada para partes de dro-
climáticas, idade do material vegetal, período e con- gas vegetais de consistência menos rígida tais como
dições de coleta, entre outros, afetando diretamente folhas, flores, inflorescências e frutos ou com substân-
a qualidade da matéria-prima vegetal.35 Por conse- cias ativas voláteis, como o capim santo (Cymbopogon
guinte, o controle da qualidade na produção de drogas citratus); decocção, que consiste em ferver a droga
vegetais deve ser realizado com cuidado semelhante e vegetal em água potável por tempo determinado. Esse
seguindo um maior número de parâmetros definidos, método é indicado para partes de drogas vegetais com
que aqueles requeridos para o controle da qualidade consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas,
de fármacos e medicamentos sintéticos. caules, sementes e folhas coriáceas, como ocorre com
Outra característica importante da RDC 10/10 é a goiabeira (Psidium guajava); e maceração, que
o fato de esses produtos serem restritos a 66 espécies consiste no contato da droga vegetal com água, à tem-
vegetais (tabela), para as quais foram padronizadas a peratura ambiente, por tempo determinado para cada
parte da planta a ser usada, conforme disposto na litera- droga vegetal. Esse método é indicado para drogas
tura científica, considerada como aquela que apresenta vegetais que contenham substâncias que se degradam
a maior concentração dos ativos na matéria-prima vege- com o aquecimento, como o alho (Allium sativum).
tal, a posologia e a indicação de uso, com base no uso O tempo de uso das drogas vegetais também foi
tradicional relatado em literatura da área, especialmente determinado, sendo a orientação geral de não usar o
de serviços de fitoterapia instituídos no País, como os produto por mais de uma semana a não ser por orien-
dos Estados do Rio de Janeiro, do Ceará e do Distrito tação de profissionais da saúde.
Federal, bem como literatura científica. Em todos os
produtos, a indicação é dada como “Usado tradicional-
O PROFISSIONAL DA SAÚDE VERSUS A RDC 10/10: O
mente para o alívio sintomático de”, acompanhado da IMPACTO NA CLÍNICA
alegação descrita para cada droga vegetal (tabela). As drogas vegetais foram classificadas como pro-
As drogas vegetais industrializadas e notificadas dutos de venda livre, isentos de prescrição médica, e
na Anvisa, conforme essa norma, são destinadas ao com indicação para doenças consideradas de baixa
uso episódico, oral ou tópico, para o alívio sintomá- gravidade.29 Mesmo sendo considerados produtos de
tico das doenças, devendo ser disponibilizadas exclu- baixo risco, devem ser usados com cuidado. Assim,
sivamente na forma de droga vegetal para o preparo na própria embalagem, são apresentadas várias orien-
de infusões, decocções e macerações. Vale ressaltar tações, como a informação que, caso os sintomas per-
que cápsula, tintura, comprimido, extrato, xarope, sistam ou piorem, ou apareçam reações indesejadas
entre outras formas farmacêuticas não se enquadram não descritas na embalagem ou no folheto informa-
nessa categoria, ou seja, drogas vegetais não podem tivo, o uso da droga vegetal deve ser interrompido e
ser confundidas com medicamentos fitoterápicos. deve ser buscada orientação de profissional de saúde.
1 a 2 g (1 a 2
1 xícara de Falta de apetite, Não deve ser usada por pessoas com
-aer colheres de
chá 3 a 4 Oral A/I dispepsia, febre, úlcera gástrica ou duodenal ou com
-Inf chá) em 150 mL
vezes por dia inflamação e cólicas oclusão das vias biliares
(xícara de chá)
Má digestão e
1,5 g (meia
1 xícara de cólicas intestinais,
-flo colher de sopa)
chá 4 vezes Oral A/I como sedativo Não relatadas
-inf em 150 mL
por dia leve e como anti-
(xícara de chá)
inflamatório
(Continuação)
Dispepsia. Diurético.
1 xícara de
Anti-inflamatório nas
chá 2 a 3 Oral A
dores articulares
2,5 g (2,5 vezes por dia
(artrite)
-rz colheres de
Não relatadas
-dec chá) em 150 mL
(xícara de chá) Compressas
Dermatites.
na pele lesada
Tópico A Antisséptico e anti-
3 vezes por
inflamatório
dia
2 g (1 colher de
1 xícara de
-fol sobremesa) em
chá 4 vezes Oral I Icterícia Não usar na gravidez
-inf 150 mL (xícara
por dia
de chá)
1 a 2 g (1 a 2 Compressa na
Inflamações e
-flo colheres de região afetada
Tópico A/I lesões, contusões e Não relatadas
-fnf chá) em 150 mL 3 vezes por
queimaduras
(xícara de chá) dia
7,5 g (2,5
Compressa na Lesões. Adstringente,
colheres de
-fav região afetada hemostático,
sopa) em 150 Tópico A Não relatadas
-dec 2 a 3 vezes cicatrizante e
mL (xícara de
por dia antisséptico
chá)
2 a 4 g (1 a 2 Dor e lesões.
colheres de Tópico A/I Antisséptico e
1 xícara de
-fol sobremesa) em cicatrizante tópico
chá 3 a 4 Não usar na gravidez ou na lactação
-inf 150 mL (xícara
vezes por dia
de chá)
Dispepsia, gastrite e
Interno A/I
halitose
(Continuação)
Falta de apetite,
perturbações
0,5 a 2 g (1 a
1 xícara de digestivas com Não usar na gravidez
-cas 4 colheres de
chá 2 a 6 Oral A cólicas leves, Podem ocorrer reações alérgicas de pele
-dec café) em 150 mL
vezes por dia flatulência e e mucosas
(xícara de chá)
sensação de
plenitude gástrica
1 xícara de
Oral
chá 3 vezes
3 g (1 colher de por dia
-fol sopa) em 150 Inflamação em
Compressa na A Não relatadas
-inf mL (xícara de contusões e dor
chá) região afetada
Tópico
3 vezes por
dia
Cymbopogon citratus (capim santo, capim limão, capim cidró, capim cidreira, cidreira)62,66-69,74,76,77,80-85
Cólicas intestinais
1 a 3 g (1 a 3
1 xícara de e uterinas. Quadro
-fol colheres de Pode aumentar o efeito de medicamen-
chá 2 a 3 Oral A/I leve de ansiedade
-inf chá) em 150 mL tos sedativos
vezes por dia e insônia, como
(xícara de chá)
calmante suave
(Continuação)
4 a 6 g (2 a 3
Quadro leve de
colheres de 1 xícara de
-cas ansiedade e insônia,
sobremesa) em chá 2 a 3 Oral A Não usar por mais de três dias seguidos
-dec como calmante
150 mL (xícara vezes por dia
suave
de chá)
1 cálice (30
3 g (1 colher de
mL) após a
-fol sopa) em 150 Diarreia não
evacuação no Oral A Não relatadas
-inf mL (xícara de infecciosa
máximo 10
chá)
vezes por dia
(Continuação)
3 a 6 g (1 a 2
Compressas Não ingerir, pois pode, eventualmente,
colheres de Inflamações da
-cas na região provocar irritação gástrica e vômitos
sopa) em 150 Tópico A/I pele e mucosas.
-dec afetada 2 a 3 Nunca usar continuamente por mais de
mL (xícara de Hemorroidas
vezes por dia quatro semanas
chá)
5 g (5 colheres
1 xícara de Pacientes com problemas de coagulação
-aer de chá) em 150 Tosse. Expectorante
chá 2 a 3 Oral A/I e em uso de anticoagulantes e analgé-
-inf mL (xícara de e broncodilatador
vezes por dia sicos
chá)
2 g (1 colher
1 xícara de Afecções
sobremesa) em
chá 4 vezes Oral respiratórias.
150 mL (xícara
por dia Expectorante
-fol de chá)
flo A Não relatadas
-inf 6 g (2 colheres Contusões
de sopa) em 150 Aplicar 3 a 4 e processos
Tópico
mL (xícara de vezes por dia inflamatórios da boca
chá) e garganta
(Continuação)
Dispepsia, azia e
gastrite. Não deve ser usado por crianças meno-
Coadjuvante no res de seis anos.
1 a 2 g (1 a 2
1 xícara de tratamento episódico Grávidas até o terceiro mês de gestação
-fol colheres de
chá 3 a 4 Oral A de prevenção de e lactantes não devem utilizar, pois pro-
-inf chá) em 150 mL
vezes por dia úlcera quando move a redução do leite
(xícara de chá)
em uso de anti- Pode provocar secura, gosto estranho na
inflamatórios não boca e náuseas
esteroides
2 a 4 g (1 a 2
Cólicas abdominais. Não deve ser usada por pessoas com
colheres de 1 xícara de
-sum Quadro leve de hipotireoidismo
sobremesa) em chá 2 a 3 Oral A
-inf ansiedade e insônia. Pessoas hipotensas devem utilizá-la com
150 mL (xícara vezes por dia
Calmante suave cuidado
de chá)
Afecções
respiratórias. Não deve ser utilizada na gravidez, lacta-
1 xícara de Expectorante. ção e por crianças menores de 6 anos.
1 g (1 colher de chá 2 a 3 Estimulante do Contraindica-se o uso prolongado e a
-aer sobremesa) em vezes por apetite. inalação
Oral A/I
-inf 150 mL (xícara dia, durante Perturbações A administração em doses e tempo de
de chá) ou após as digestivas, espasmos uso acima dos recomendados pode
refeições gastrointestinais, promover danos no fígado e ocasionar
cálculos biliares e problemas na gravidez
colecistite
(Continuação)
Aplicar
nos locais Pode interagir com hipoglicemiantes.
-fol
afetados 2 Não usar por via oral, pois pode causar
-fru Dermatites e
3 g em 1 litro vezes por dia Tópico A coma hipoglicêmico e convulsões em
-sem escabiose
ou banhar-se crianças; problemas hepáticos e dor de
-dec
uma vez por cabeça
dia
(Continuação)
1,5 g (3 colheres
1 xícara de Dispepsia, cólicas
-fru de café) em 150 A droga vegetal deve ser amassada
chá 3 vezes Oral A/I gastrointestinais e
-dec mL água (xícara imediatamente antes de usar
por dia como expectorante
de chá).
4,5 g (1 e 1/2
1 xícara de Congestão Altas doses produzem efeito emetizante
-rz colher de sopa)
chá 3 a 4 Oral A respiratória. e diarreias, além de problemas gastrin-
-inf em 150 mL
vezes por dia Expectorante testinais
(xícara de chá)
3 g (1 colher de Aplicar na
-aer sopa) em 150 região afetada Varizes e úlceras
Oral A Gravidez
-inf mL (xícara de 2 vezes por varicosas
chá) dia
(Continuação)
Aplicar na Distúrbios
região afetada circulatórios. Não deve ser utilizado por pessoas
3 a 6 g (1 a 2 Tópico com doença prostática, gastroenterites,
2 vezes por Antisséptico e
colheres de dia cicatrizante dermatoses em geral e com história de
-fol
sopa) em 150 A convulsão
-inf
mL (xícara de Usado cronicamente, ou em doses ex-
chá) 1 xícara de cessivas, pode causar irritação renal e
Dispepsia (distúrbios
chá 1 a 2 Oral gastrointestinal
digestivos)
vezes por dia
Aplicar no local
3,5 g (7 Não usar na gravidez e na lactação,
afetado, em Inflamações da
colheres de insuficiência renal e tumores mamários
bochechos e Tópico boca e garganta,
café) em dependentes de estrogênio
gargarejos 2 gengivites e aftas
150 Não engolir a preparação após o bo-
vezes por dia
checho e gargarejo, pois pode causar
-fol
A/I náusea, vômitos, dor abdominal, tonturas
-inf 1,5 a 2 g (3
e agitação.
a 4 colheres
Dispepsias e Pode elevar a pressão em pacientes
de café) 1 xícara de chá 2
Oral transpiração hipertensos.
em 150 mL a 3 vezes por dia
excessiva Em altas doses, pode ser neurotóxica e
(xícara de
hepatotóxica
chá)
(Continuação)
Aplicar na
região afetada Inflamação vaginal,
-cas 2 vezes leucorreia.
caule 1 g em 1 litro por dia, em Tópico A Hemostático, Não relatadas
-inf compressas, cicatrizante
banhos de adstringente
assento
(Continuação)
1 xícara de
3 g (1 colher de
chá antes
-fol sopa) em 150
das principais Oral A Dor e dispepsia Não relatadas
-inf mL (xícara de
refeições 3
chá)
vezes por dia
Gargarejar e,
em seguida,
Bronquite e tosse
ingerir 1 xícara Oral A
persistente
de chá 3
3 g (1 colher de vezes por dia
-fol sopa) em 150
Não deve ser utilizada via oral durante a
-inf mL (xícara de
Aplicar sobre gravidez e a lactação
chá)
a área afetada
2 vezes por
Tópico A Dores musculares
dia por 2
horas de cada
vez
A-Adulto; I- Infantil; aer- partes aéreas; bul – bulbo; en-c – entrecasca; cas – cascas; fav – favas; fll – folíolos; fol – folhas; flo – flores; per
– pericarpo (casca do fruto); pla – planta inteira; riz- rizomas; rz – raízes; sem – sementes; sum – sumidades floridas; dec – decocção;
mac – maceração; inf – infusão.
Obs.: as doses descritas devem ser ajustadas para crianças e idosos: crianças de 3 a 7 anos de idade devem usar 25% da dose reco-
mendada, e de 7 a 12 anos e pessoas acima de 70 anos de idade devem usar 50% da dose recomendada.
Da mesma forma que medicamentos fitoterápi- fitoterápicos. Algumas plantas, por exemplo, o alho
cos, gestantes, lactantes e crianças menores de 3 anos (Allium sativum), são dotados de propriedades anti-
de idade não devem usar drogas vegetais, já que não coagulantes, devendo ser descontinuado seu uso pelo
existem estudos que mostrem a segurança de uso nes- menos dez dias antes de cirurgias.40
sas situações. O gengibre (Zingiber officinalis) é a Outras drogas vegetais podem interferir com a
exceção, pois para essa planta medicinal existem evi- ação terapêutica de medicamentos sintéticos, e o
dências clínicas que corroboram o uso em cinetose na paciente deve ser alertado quanto ao uso concomi-
gravidez.36-39 tante, como a castanha da índia (Aesculus hippocas-
Como a população pode adquirir e usar esses pro- tanum) e a cúrcuma (Curcuma longa), esta também
dutos sem orientação de profissional especializado conhecida no Brasil como açafrão, que não devem ser
é de alta importância que o profissional da saúde, utilizadas por pacientes em uso concomitante de anti-
principalmente o prescritor, esteja atento à possível coagulantes;41-43 o cajueiro (Anacardium occidentale),
utilização desses produtos por seus pacientes. Deve que pode apresentar interações relevantes com anti-
estar preparado para orientar o doente tanto quanto inflamatórios anticoagulantes, e corticosteroides;44 a
ao uso de drogas vegetais como de medicamentos carqueja (Baccharis trimera), que deve ser evitada
quando são usados medicamentos para hipertensão e papel do profissional da saúde é fundamental, visto
diabetes;45,46 o maracujá (P. alata, P. edulis e P. incar- como o acompanhamento dos pacientes em uso dessa
nata) que apresenta interações relevantes com medi- alternativa terapêutica permite a detecção de problemas
camentos sedativos e depressores do sistema ner- relacionados à qualidade, cuja notificação pode auxiliar
voso central;47,48 o guaraná (Paullinia cupana), que as ações de vigilância sanitária.
não deve ser associado a outras drogas vegetais com Outro ponto a ser considerado é que não há como
bases xânticas (café, noz de cola, mate), nem com garantir que o usuário da droga vegetal siga correta-
anti-hipertensivos;49 o boldo nacional (Plectranthus mente as instruções de uso, o que é essencial para o
barbatus), que não pode ser associado a metronidazol sucesso terapêutico e para evitar efeitos indesejáveis
ou dissulfiram;50 e a unha de gato (Uncaria tomen- oriundos da droga vegetal per se, ou por interações
tosa), que deve ser evitada concomitantemente com fármaco-planta, planta-planta, planta-alimento.57
imunossupressores e em pacientes que tiveram ou Novamente, o profissional da saúde, destaca-se aqui
esperam transplantes.51 o médico, deve acompanhar de perto o assistido,
Algumas drogas vegetais também não devem ser pois tais efeitos podem causar impacto significativo
usadas por populações específicas, como a mil-folhas no regime terapêutico, especialmente nos processos
(Achillea millefolium) e a curcuma (Curcuma longa), crônicos.15
que devem ser evitadas por pessoas com úlcera gás- Por fim, o profissional de assistência deve estar
trica ou duodenal ou com oclusão das vias biliares;52,53 atento à ocorrência do uso da droga vegetal pelo
o mentrasto (Ageratum conyzoides), que não deve paciente e estar apto e disposto a fornecer orientação
ser usado por enfermos com problemas hepáticos;54 quanto ao uso seguro. De forma indireta, tais cuidados
a laranja amarga (Citrus aurantium), que não deve poderão favorecer a relação médico-paciente, melho-
ser usada por pessoas com distúrbios cardíacos;55 ou rar os resultados do tratamento e, considerando-se
a alcachofra (Cynara scolymus), que não deve ser uma maior abrangência, a saúde pública perceberá os
usada por indivíduos com doenças da vesícula biliar benefícios.
e cujo uso deve ser monitorado em casos de hepatite
grave, falência hepática e câncer hepático.56
CONFLITOS DE INTERESSES
É importante que o profissional da saúde, em par-
Nada a declarar pelas autoras.
ticular o prescritor, indague ao paciente quanto ao
uso da fitoterapia. Tal informação poderá fornecer
subsídios para a prescrição, bem como pode servir
como indicativo da origem de determinado sintoma REFERÊNCIAS
ou efeito adverso relatado pelo doente. Infelizmente,
em muitos casos, o paciente tem receio de informar ao 1. Fabricant DS, Farnsworth NR. The value of plants used
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médico que está em uso de alguma planta medicinal
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