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TÍTULO DO PROJETO: Farmácia viva: Caracterização Etnobotânica, Química e


Avaliação das Atividades Medicinais das plantas Oriundas da Serra da Ibiapaba.

LINHA DE PESQUISA: Produtos Naturais

RESUMO

Resumo: O nordeste brasileiro na região do semi-árido e da Serra da Ibiapaba apresenta uma


vegetação em que os seus moradores utilizam para diversas atividades, incluindo medicinais. Sabe-
se que o uso empírico de plantas medicinais pela população tem demonstrado a existência de
constituintes bioativos em todas as partes de plantas. Observa-se uma dificuldade na aquisição por
parte da população de medicamentos para uso diversos, devido aos altos custos dos mesmos. As
plantas e os alimentos naturais são possuidores compostos bioativos capazes de produzir ações
curativas, mantendo uma perfeita homeostase, desde que ingeridos e preparados de forma correta.
Objetiva-se com esse projeto desenvolver um espaço para o cultivo de plantas medicinais indicada
por populares e especificamente fazer a análise sensorial das plantas cultivadas; desenvolver
processos de higienização para a distribuição na comunidade e produzir sachês além de estimular a
preservação por parte da população de tais plantas. O horto medicinal, foi instalado e o cultivo foi
feito direto no solo e em vasos. Foi realizado um questionário para o levantamento de dados a
respeito das espécies mais usadas pela população de Ubajara, assim como a parte utilizada e o modo
de preparo de medicamentos caseiros ou associação com alimentos. O questionário constou de 07
perguntas a respeito da utilização das plantas medicinais locais. Foram investigados 100 pessoas de
forma aleatória. A aplicação do questionário foi realizada na primeira quinzena do mês de agosto de
2015. Em seguida foi realizado um estudo etnobotânico das plantas que serão cultivadas, assim
como a indicação terapêutica, a forma como é preparada, assim como estímulos na preparação de
alimentos associados com esses fitoterápicos. Como conclusão do projeto pretendeu-se investigar o
poder farmacológico e terapêutico de algumas plantas além de descrever e caracterizar etnobotanica
e quimicamente as plantas medicinais no município de Ubajara no estado do Ceará.

Palavras-chave: ORTO MEDICINAL, FITOTERÁPICOS, ALIMENTOS


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1. INTRODUÇÃO

Diante da rica biodiversidade vegetal do nordeste brasileiro, esta proposta busca


investigar o poder farmacológico e terapêutico de algumas plantas da Serra da Ibiapaba no Ceará.
Nesse contexto, sabe-se que o uso empírico de plantas medicinais pela população tem
demonstrado a existência de constituintes bioativos em todas as partes de plantas com poder de
curar diversas enfermidades, suscitando assim grande interesse no estudo científico destes
componentes. Ademais, um quarto dos medicamentos do mercado farmacêutico possui bioativos
extraídos de plantas em sua composição, alguns dos quais têm sido usados como matéria-prima de
drogas semi-sintéticas (ROSSI-BERGMANN et al., 1997).
A natureza, de forma geral, tem produzido a maioria das substâncias orgânicas
conhecidas. A grande variedade e complexidade de metabólitos secundários e especiais
biossintetizados pelas plantas teriam se formado e evoluído como mecanismo de defesa desses
vegetais e para a adaptação as condições ambientais (MONTANARI et al, 2001).
A química de produtos naturais está inserida no contexto da biodiversidade, pois além
do conhecimento dos constituintes químicos relacionados às espécies em estudo, gera também
informações para o entendimento de outras áreas de conhecimento como tecnologia de alimentos,
etnofarmacologia, genética, farmacologia, bioquímica, entre outras ciências (SILVA, 2006).
Desta forma este projeto visa descrever e caracterizar etnobotanica e quimicamente as
plantas medicinais na Serra da Ibiapaba no estado do Ceará, buscando novos princípios ativos
realmente efetivos no tratamento de enfermidades
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2. JUSTIFICATIVA

Observa-se uma dificuldade na aquisição por parte da população de medicamentos para


uso diversos, devido aos altos custos dos medicamentos. Desta forma extratos e constituintes da
semente e das folhas de algumas plantas medicinais oriundas da Serra da Ibiapaba constituem
produtos vegetais bioativos que poderiam contribuir para a ação medicamentosa. Acredita-se que
70% dos medicamentos derivados de plantas tenham sido desenvolvidos com base no conhecimento
popular (GARCIA et al., 2003). O conhecimento popular é adquirido e repassado por gerações em
comunidades que não possuem acessos a medicamentos já processados e comercializados em
farmácias. A valorização de plantas medicinais pelas comunidades tem sido estimulada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) desde a declaração de Alma Ata1, em 1978, em que estudos
mostravam que, 80% da população mundial utilizam essas plantas para tratamento de patologias
diversas (SILVA, 2003).

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Alma Ata : Primeira conferência internacional sobre cuidados primários de saúde
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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


 Desenvolver um espaço em forma de horto para o cultivo de plantas medicinais indicada
inicialmente por conhecimento populares.

3.2 Objetivos Específicos


 Fazer a análise sensorial das plantas cultivadas.
 Desenvolver processos de higienização para a distribuição na comunidade das plantas
pesquisadas.
 Recolher entre a população a indicação das plantas usadas popularmente para gripes,
inflamações, cicatrização, problemas de digestão, circulação, além de muitos outros
desequilíbrios da saúde, realizar estudos e observar a sua comprovação científica de seus
efeitos.
 Estimular a preservação por parte da população de tais plantas.
 Orientar as comunidades interessadas em plantá-las;
 Desenvolver mini-cursos para a população relacionado ao condicionamento, higienização e
utilização dos produtos naturais.
 Realizar pesquisa fitoquímica para determinar os principais constituintes das plantas
cultivadas;
 Distribuir mudas para a população.
 Promover a aproximação do campus com a comunidade.
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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Durante séculos tem-se buscado nas plantas medicinais alternativas para o tratamento de
diversas doenças (HSU, 2005).
Observa-se que o conhecimento tradicional sobre plantas e seus usos medicinais são
resultados de experiência passada por gerações e é muito importante para a sustentabilidade das
espécies na região (CALIXTO, 2005 e SIGNORINI et al., 2009).
Existem em torno de 250.000-500.000 espécies de plantas superiores e cerca de 80% da
população em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento são dependente da medicina caseira
(MORAIS e BRÁS-FILHO, 2007)
Alguns estudos etnobotânicos no Nordeste brasileiro mostram a importância do uso de
plantas medicinais na região semi-árida (ALBUQUERQUE et al, 2007;. ARAÚJO et al, 2008).
Produtos naturais e pesquisas com plantas medicinais têm ajudado bastante na
descoberta de vários compostos bioativos e contribuído na elucidação dos seus mecanismos de ação
(CANALES et al., 2005).
A pesquisa com plantas e a produção de medicamentos oriundos de vegetais com
atividade medicinal comprovada envolve várias etapas desde a seleção da planta, até a
comercialização do produto final (CAMURÇA-VASCONCELOS et al., 2005).
O Ministério da Saúde através da Portaria nº 971 de 3 de maio de 2006 disponibiliza
opções terapêuticas e preventivas aos usuários do SUS, dentre elas o uso de plantas medicinais e
medicamentos fitoterápicos além de afirmar, baseado em levantamento realizado em 2004, que 116
municípios de 22 estados brasileiros fazem uso da fitoterapia (BRASIL, 2006).
Faz-se necessário que os profissionais de saúde conheçam as atividades farmacológicas
e a toxicidade das plantas medicinais de cada bioma brasileiro, de acordo com os costumes,
tradições e condição sócio-econômica da população (SILVA et al., 2006).
Com a finalidade de instituir o programa Farmácia Viva no Sistema Único de Saúde
(SUS) em 2010 foi aprovada a Portaria nº 886/GM/MS. O programa Farmácia Viva foi criado pelo
professor Francisco José de Abreu Matos da Universidade Federal do Ceará, que estudou por mais
de 50 anos plantas medicinais. Entre outras aplicações do programa, tinha-se como objetivo
produzir medicamentos fitoterápicos acessíveis à população e realizar todas as etapas do cultivo,
coleta, processamento, armazenamento de plantas medicinais, manipulação, dispensação de
preparações magistrais até oficinas de plantas medicinais e produtos fitoterápicos (SIMONI, 2010).
Os profissionais da área de química de produtos naturais, tecnologia de alimentos
sempre deram atenção ao estudo das substâncias micromoleculares, mas ultimamente têm
produzido trabalhos com estruturas mais complexas, não se limitando às substâncias elaboradas via
processos do metabolismo especial. O avanço tecnológico tem permitido o aperfeiçoamento da
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ligação entre os trabalhos de química de produtos naturais, bioquímica, farmacologia e tecnologia


de alimentos (SUZART, 2007).

4.1 Plantas Medicinais

4.1.1 Arruda
A arruda (Ruta graveolens L.), também conhecida como arruda-fedorenta, arruda-
doméstica e arruda-dos-jardins é uma espécie perene pertencente à família Rutaceae (Lorenzi e
Matos, 2002). É uma planta muito utilizada como na medicina popular em todo o Brasil (Souza et
al., 2007). Forma arbustos de ramos e folhas de coloração verde-azulada, apresentando flores
pequenas e amarelas. Na medicina popular, é muito utilizada contra, desordens menstruais,
inflamações na pele, câimbras, dor de ouvido e dente . Ensaios farmacológicos comprovaram seu
efeito como antihelmíntica, febrífuga, emenagoga e abortiva (Lorenzi & Matos, 2002), Anti-
hemorrágica, vermífuga, enxaqueca, abortiva, carminativa, emoliente, antiespasmódica, analgésica,
folhas e sementes possuem propriedades antiparasitárias (contra sarna e piolhos) ( DI STASI,
2002). As folhas são as partes da planta mais utilizado na medicina caseira e são usadas em forma
de chá e extratos. Como compostos bioativos é encontrado na arruda vitamina C, rutina,
furanocumarina, heterosídeosanticiânios e oléo essencial também lactonas aromáticas como a
cumarina, bergapteno, xantotoxina e rutarena, além de alcaloides como a rutamina, resina, goma e
taminos (COUTO, 2006).

Figura 01: Arruda (Ruta graveolens L.)

4.1.2 Malva
A Malva sylvestris é utilizada para muitos fins benéficos para o ser humano desde
tempos remotos, mas sua comprovação científica tem ocorrido atualmente, mostrando e provando a
veracidade de suas vantagens na saúde e no tratamento de patologias (Ecker et al, 2015).
O uso do chá de malva (Malva sylvestris) sempre foi considerado benéfico para a saúde
na opinião popular contra inflamações e infecções. A Malva sylvestris é uma planta da famílias das
Malvaceas e se apresenta como benéfica em amplos aspectos para a saúde, pode ser usada como
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fins quimioterápicos, anti-oxidantes, antirrugas, anti-complementares, anti-cancros, anti-ulcerosas e


antiinflamatórios em diversas terapias contra infecções na mucosa oral e vaginal, aparelho auditivo
e faringe. Ressalta-se o cuidado com o uso da erva durante a gestação, pois a planta possui
propriedades que são maléficas para esse grupo de pessoas, as quais não foram citadas nem espe-
cificadas no artigo estudado (Gasparetto, et al 2012). É indicada como calmante, expectorante e
antiflamatória, além de ser anti-séptica. A parte da planta utilizada é a folha e é usada em forma de
chá e extrato. Apresenta como compostos bioativos antioxidantes, tais como polifenóis, vitamina C,
vitamina E, betacaroteno, taninos e oléos essenciais e outros fitoquímicos identificados como os
principais constituintes flavonoides da Malva sylvestris.( Marouane et al, 2011;Cogo et al, 2010;
Farina et al., 2005).
A Malva sylvestris possui importantes substâncias antiinflamatórias tanto para o trato
respiratório como para a epiderme, podendo ser utilizada como banho para tratar abcessos, con-
tusões, queimaduras, dermatite, inchaço e lesões ulcerosas (Razavi et al, 2011). Em enxaguantes
bucais atua como um forte agente antibacteriano e antifúngico frente às cepas da Cândida albicans,
C. krusei, C. tropicalis e C. stelatoidea. Como perspectiva para potencializar o efeito an-
timicrobiano dos antissépticos bucais (FONSECA e BOTELHO, 2010).
A Malva sylvestris possui também aspectos adstringentes por ser considerada uma erva
mucilaginosa (substância viscosa, secreção decorrente da solução de determinadas matérias da
água). Devido a isso, a literatura etnofarmacologia (ciência que investiga o saber popular sofre
fármacos) defende que pode-se aliviar irritações nos tecidos e combater inflamações na mucosa
oral, pele e garganta com a sua utilização (Filter et al, 2014).
Autores relatam que a planta apresenta aspectos antibacterianos e uma elevada atividade
citotóxica, obtendo assim um potencial elevado no combate da cárie e placa dental e no controle do
biofilme nos seres humanos. A planta também inibe a proliferação dos fungos da candidíase oral,
devido a ação anti-microbiana, anti-fúngica e anti-aderente (Alves et al, 2009).

Figura 02: Malva santa (Malva sylvestris)


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4.1.3 Boldo
O boldo (Peumus boldus Mold) é uma espécie arbórea, pertencente à família
Monimiaceae e nativa das regiões central e sul do Chile. Suas folhas são usadas na medicina
popular para tratamento de problemas digestivos e hepáticos. Além do uso popular, preparações a
base de boldo são descritas em vários textos farmacognósticos (Agra et al., 2007).
As folhas de boldo contêm entre 0,4 e 0,5% de alcalóides pertencentes à classe dos
benzoquinolínicos, sendo boldina o principal alcalóide, representando cerca de 12 a 19% do
conteúdo total de alcalóides (O’Brien et al., 2006). As folhas apresentam ainda taninos, óleo
essencial, flavonóides e glicolipídios (Mendes et al., 2006). Vila et al. (1999) obtiveram um óleo
contendo limoneno como o componente majoritário.
Os estudos farmacológicos encontrados, em sua maioria, descrevem as atividades
observadas para o alcalóide boldina, descrito como o principal componente do chá de boldo
(Jiménez et al. 2000). O extrato bruto de boldo, assim como suas frações ricas em alcalóides e em
Flavonóides, comprovou uma boa capacidade antioxidante e que essa capacidade deve-se
principalmente à presença de flavonóides (Quezada et al., 2004).
O boldo é indicado para má digestão, distúrbios hepáticos, manifestações reumáticas e
inflamações do trato urinário. Alcalóides (boldina) com atividade antioxidante), taninos, esteróides,
ácidos graxos, flavonoides (quercetina e canferol e derivados flavônicos (boldosídio, peumosídio),
Eugenol (Matsubara, 2006). A parte da planta utilizada é a folha e é usado em forma de chá. Possui
como compostos bioativos Alalóides( boldina) com atividade antioxidante, taninos, esteroides,
ácidos graxos, flavonoides ( quercetina e canferol e derivados flavônicos, eugenol (MORAIS e
BRAZ-FILHO, 2007).

Figura 03: Boldo (Peumus boldus Mold)

4.1.4 Babosa
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A Aloe vera (L) Burm. f. pertence à família Aloaceae que inclui cerca de 15 gêneros e
800 espécies. É uma planta herbácea com folhas verdes, grossas, suculentas e medem de 30 a 60
centímetros de comprimento. Popularmente é chamada de babosa (Lorenzi & Matos, 2008).
Da parte mais externa pode se extrair um suco que flui espontaneamente das folhas
cortadas e possui cor marrom escura, além de forte odor e sabor muito amargo. É composto
principalmente por derivados antracênicos sendo as aloínas (barbaloína e isobarbaloína) os mais
conhecidos (WHO, 1999).
Após a eliminação dos tecidos mais externos da folha, obtêm-se um gel mucilaginoso
com aparência viscosa e incolor que recebe o nome de gel de A. vera. Constitui-se principalmente
por água e polissacarídeos, além de 70 outros componentes, tais como, vitamina A,B,C e E, cálcio,
potássio, magnésio e zinco, diversos aminoácidos, enzimas e carboidratos (Surjushe, 2008). O gel é
muito utilizado como matéria prima na indústria cosmética, alimentícia e farmacêutica como
Cicatrização antiinflamatória e antiartrítica (Cunha, 2005).

Figura 04: Babosa (Aloe vera)

4.1.5 Manjericão
O manjericão possui elevado poder antioxidante (Gülçin et al., 2007). Os compostos
fenólicos responsáveis pela atividade antioxidante do manjericão estão presentes em ácidos
fenólicos, como o ácido rosmarínico derivado do ácido caféico (Melo et al., 2006).
O manjericão (Ocimum basilicum L) pertence à família Lamiaceae, podendo ser
encontrado na Ásia Tropical, África, América Central e América do Sul. Dentre as espécies do
gênero Ocimum, a espécie O. basilicum L. é a mais cultivada comercialmente devido às suas folhas
verdes e aromáticas que são utilizadas secas ou frescas como condimento ou na obtenção de óleo
essencial. O seu óleo, que é obtido das folhas e flores, contém pelo menos cinco ácidos graxos:
palmítico, esteárico, oléico, linólico e linoléico. Entre os principais compostos bioativos são
encontrados os Óleos essenciais (eugenol, estragol, linalol, lineol, alcanfor, cineol, pineno e timol),
taninos, saponinas, flavonóides, ácido cafeíco e esculosídeo (MACHADO et al, 2011).
Estudos in vitro demonstram que o óleo de Ocimum é capaz de inibir mediadores
envolvidos na resposta inflamatória (MACHADO et al, 2011).
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As Partes da planta usada, são as Folhas, sementes e raízes. E recomenda-se utilizar a


planta fresca de preferência, pois há perda de seus princípios ativos ao secar e ferver. O manjericão
é usado como Banho, xarope, infusão, cataplasma, decocção (raízes). Apresenta indicações para
bronquites, é estimulante digestiva, antiespasmódica, antifebril, sudorífico, diurético, aumenta
asecreção do leite, antitussígeno, mau-hálito. E na ciência dos alimentos é utilizado no preparo de
fitoterápicos e pela indústria alimentícia em molhos e temperos e ainda fornece aroma aos pratos do
dia a dia (DI STASI et al, 1989).

Figura 05: Manjericão (Ocimum basilicum L)

4.1.6 Xambá (Justicia pectoralis Jacq.)


A espécie Justicia pectoralis, conhecida popularmente como xambá pertencente à
família Acanthaceae e é utilizada na medicina popular contra dores e inflamações (MORAIS e
NETO 2003). Tem amplo aspecto quanto ao tratamento de diversas afecções, entre elas podemos
citar de forma seletiva as seguintes: cura de feridas, úlceras, enfermidades nervosas, hipocondríacas
e digestivas, entre outras. O alto percentual de compostos polifenólicos em sua composição sugere a
presença de uma adequada atividade antioxidante (TRUEBA et al., 2001).
É utilizada na medicina para o tratamento de doenças do aparelho respiratório
(OLIVEIRA e ANDRADE, 2000). Estudos fitoquímicos das folhas mostraram presença de
cumarinas, flavonóides, saponinas e taninos, sendo sua atividade antiinflamatória e
broncodilatadora confirmada experimentalmente (MORAES et al., 2005).
As partes utilizadas são as Folhas e flores e é indicado popularmente para problemas
respiratórios como inflamações pulmonares, tosse, como expectorante, sudoríficae útil em crises de
asma, bronquite e chiado no peito. Sedante do sistema nervoso, para dores no estômago Contra
reumatismo, cefaléia, febre, cólicas abdominais, como afrodisíaca e contra coqueluche. É usado na
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forma de infusão das folhas frescas ou secas. Xarope, inteira, macerada, é aplicada sobre ferimentos
e torções (Lorenzi& Matos, 2002).
Os principais compostos bioativos do xambá são flavonoides, contém traços de
alcaloides indólicos, cumarina, dihidrocumarina, umbeliferona, beta-sitosterol, lignanas (Alonso,
2004).

Figura 06: Xambá (Justicia pectoralis Jacq.)

4.1.7 Alecrim
A espécie Rosmarinus officinalis L., conhecida popularmente como alecrim, é originária
da Região Mediterrânea. Apresenta folhas são lineares, coriáceas e muito aromáticas, medindo 1,5 a
4 cm de comprimento por 1 a 3mm de espessura (LORENZI, H.; MATOS,F., 2006).
É indicado para uso tópico local, como cicatrizante, antimicrobiana (Staphylococus) e
estimulante do couro cabeludo. (LORENZI, H.; MATOS,F.,2006). Os extratos de alecrim são
utilizados na indústria agro alimentícia por suas propriedades antioxidantes e conservantes
(ARUOMA et al. 1996).
Os resultados de sua análise fitoquímica designaram-na como uma droga derivada do
ácido cafeico. Os compostos fenólicos se encontram representados por flavonóides (esteróides do
luteol, diosmetol) e ácido rosmarínico. Além das substâncias citadas acima, foram encontradas
ainda taninos, que podem desintoxicar substâncias carcinogênicas e combater os radicais livres
(BRUNETON, J. 2001).
O ácido rosmarínico é anti-inflamatório e antioxidante (HOPIA, 1996).
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Figura 07: Alecrim (Folhas) Figura 08: Horto medicinal – Alecrim (Rosmarinus
officinalis L.)

4.1.8 Erva – cidreira (Melissa officinalis L)


A Melissa officinalis L. popularmente chamada de erva-cidreira, pertencente à família
Laminaceae, originária da Ásia. Esta planta teve excelente adaptação em todo território brasileiro,
sendo encontrada até mesmo na região do semi-árido (Lima, 1988). Muitas propriedades
farmacológicas são descritas para a Melissa, sendo a principal sua atividade ansiolítica (Pereira et
al, 2005).
É indicada em crises nervosas, taquicardia, melancolia, histerismo e ansiedade),
combate dores de cabeça, problemas digestivos e cólicas intestinais, também é utilizas no combate
aos ferimentos. São utilizadas as folhas para fazer infusão e chá (LORENZI; MATOS, 2002).
A principal classe de compostos que formam o óleo essencial da Melissa são os
terpenos (Hay & Waterman, 1993).

4.1.9 Gengibre (Zingiber officinale)


O gengibre (Zingiber officinale), uma das especiarias mais utilizadas em alimentos, é
reconhecido por suas propriedades curativas na medicina tradicional. É indicado em doenças
gastrointestinais, como náuseas, vômitos, desconfortos abdominais, diarréia, para o tratamento de
artrite, reumatismo, dor, desconforto muscular, para a alívio de várias doenças cardiovasculares e
doenças metabólicas, também apresenta atividades anticâncer (Tuntiwechapikul et al, 2014).
O rizoma seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria desde a antiguidade, na
culinária e na preparação de medicamentos, sendo o gengibre uma planta medicinal das mais
antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias
substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e
zingerona. Os rizomas dos gengibre são constituidos de 1% a 2,5% de óleo essencial, sendo esses
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contituintes químicos presentes nos rizomas frescos, que são responsáveis pelo odor forte, picante e
pela ação antimicrobiana (LORENZI & MATOS,2002).

Figura 09: Gengibre (Zingiber officinale)


4.1.10 Courama
A Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz, planta da família Crassulaceae, é popularmente
conhecida como courama, folha-da-fortuna. O local de origem dessa planta é incerto, sendo usada
pela população como antidiurético, no tratamento de úlceras, doenças cutâneas de origem fúngica e
problemas respiratórios.
A courama apresenta como composição química flavonoides, cálcio, ácido succínico,
ácido málico, esteróis, ácido cítrico, ácido lático, triterpeno, taninos, arginina, glicina, histidina
(Okwu & Josia, 2006) e terpenos (Siddiqui et al., 1989). Alguns estudos tem mostrado também que
a Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz possui capacidade antiinflamatória (Sousa et al., 2005),
cicatrizante (Suárez et al., 2001), depressora do sistema nervoso central (Salahdeen e Yemitan,
2006), antinociceptiva (Ojewole, 2005), antimicrobiana, antioxidante (Tatsimo et al., 2012) e
antiulcerogênica (Adsanwo et al., 2007). A propriedade antiulcerogênica é presente no extrato
metanólico das folhas de Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz.

Figura 10: Courama (Bryophyllum pinnatum (Lam.)


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4.1.12 Hortelã Menta (Mentha L.)

A hortelã é uma planta herbácea da família Lamiaceae. É originária da Ásia, atualmente


cultivada em todo o mundo. É utilizada como tempero em inúmeros pratos, como planta medicinal
em infusão e também fornece óleos essenciais que podem ser extraídos da planta. Na fitoterapia, é
indicada informalmente como estimulante gástrico nas atonias digestivas, flatulências, vômitos,
vermífugo, cólicas uterinas, expectorante, antisséptico bucal, aftas, infecções da boca (bochechos) e
garganta (gargarejos), tremores nervosos e calmante (LEMOS JUNIOR e LEMOS, 2012).

Figura 11: Menta

4.1.13 Alfavaca (Ocimum gratissimum Lineu)


A espécie Ocimum gratissimum Lineu, conhecida como alfavaca, alfavaca-cravo ou
alfavacão, é um subarbusto aromático, originário da Ásia e África e subespontâneo em todo o
território brasileiro (LORENZI & MATOS, 2002). Suas folhas são usadas na medicina popular. A
bioatividade do óleo essencial encontrado nas folhas dessa espécie tem sido verificada sobre
organismos de elevada patogenicidade, como Staphylococcus aureus, Bacillus spp, Pseudomonas
aeruginosae, Klebisiella pneumoniae, Proteus mirabilis e Leishmania amazonenses (MATASYOH
et al., 2007).
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Figura 12: Alfavaca (Ocimum gratissimum Lineu)


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5. METODOLOGIA

O horto medicinal, foi instalado e o cultivo dos vegetais foi feito direto no solo em
formato retangular, onde ficaram duas plantas em cada retângulo. O local foi escolhido onde se
incidisse pelo menos cinco horas de sol, durante todo o ano.

Figura 13: Horto medicinal do IFCE Campus Ubajara

Teve-se o cuidado de analisar informações das exigências climáticas, das plantas que
serão cultivadas, para identificar aquelas que se adaptam bem ao clima local.

Figura14: Horto medicinal do IFCE Campus Ubajara (Arruda)

O projeto iniciou com a aplicação de um questionário para levantar dados a respeito das
espécies mais usadas pela população, assim como, parte usada, modo de preparo, indicação
terapêutica. A partir desta pesquisa foi traçado o perfil do usuário de plantas medicinais no
município de Ubajara.
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O questionário constará de 10 perguntas a respeito utilização dos plantas medicinais


locais. Foram investigados 100 pessoas de forma aleatória. A aplicação do questionário será
realizada na primeira quinzena do mês de agosto de 2015.
Em seguida foi realizado um estudo etnobotânico das plantas que serão cultivadas,
assim como a indicação terapêutica e a forma como é preparada a substância usada pelas pessoas da
cidade.
Teve-se o cuidado de analisar informações das exigências climáticas, das plantas que
serão cultivadas, para identificar aquelas que se adaptam bem ao clima local.

Figura15: – Hortelã pimenta (Mentha piperita L) Processo de irrigação do horto


medicinal do IFCE Campus Ubajara
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6. RESULTADOS
Foram entrevistados 100 pessoas de forma aleatória, sendo que 38% foram do sexo
masculino e 62% foram do sexo feminino, como mostra a figura 01. Esse resultado mostra a
hegemonia do sexo feminino no cuidado com a saúde da família, as quais dedicam grande parte do
tempo em contato direto com o quintal da casa, produzindo e beneficiando alimentos e remédios
para a família (AGUIAR, BARROS et al. 2012).

62,00%
70,00%
60,00%
50,00% 38,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Masculino Feminino

Figura 16: Sexo dos entrevistados

Entre os entrevistados 36% iniciaram o ensino fundamental, porém não concluíram,


28% não foram alfabetizados, 14% concluíram o ensino fundamental, 12% possui o ensino médio
incompleto, 7% concluíram o ensino médio, 2% apresentam o ensino superior incompleto e apenas
1% possui o ensino superior completo, como mostra a figura 2.

36,00%
40,00%
35,00% 28,00%
30,00%
25,00%
20,00% 14,00% 12%
15,00% 7,00%
10,00% 1,00% 2,00%
5,00%
0,00%

Figura 17: Escolaridade dos entrevistados

No município de Ubajara entre as pessoas entrevistadas 62% sobrevivem com até um


salário mínimo como renda familiar, 29% relataram receber entre 2 e 3 salário mínimo, 2%
afirmaram receber mais de 4 salário mínimo e 7% não responderam, como está mostrado na figura
3.
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70% 62%
60%
50%
40% 29,00%
30%
20% 7,00%
10% 2,00%
0%
1 SM 2-3 SM > 4 SM Não
Respondeu

Figura 18: Renda familiar

Foram investigadas possíveis patologias apresentadas pelos entrevistados e os


resultados mostrou que 29,38% dos entrevistados apresentaram pressão arterial alta, 11,88%
afirmaram ser portador de Diabetes mellitus, 5,60% são portadores de gastrites, 2,10% são
portadores de asma brônquica, 1,40% afirmaram possuir doenças reumáticas, 26,57% afirmaram
serem portadores de outras patologias que não quiseram informar, porém 23,07% declaram não
possuir doenças, como mostra a figura 4. Na maioria dos tratamentos medicamentosos são
utilizados paralelamente remédios caseiros a base de plantas medicinais (VEIGA JR. et al./2005).

29,38%
30,00% 26,57%
23,07%
25,00%
20,00%
15,00% 11,88%

10,00% 5,60%
5,00% 2,10% 1,40%
0,00%

Figura 19: Patologias


Resultado impressionante foi verificado ao ser perguntado aos participantes da pesquisa
sobre a utilização de plantas medicinais e foi comprovado que 99% utilizam essas medidas
terapêuticas (figura 5). Cerca de 80% da população de países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento, são quase completamente dependente da medicina caseira (Morais 2007).
20

99%
100%
80%

60%
40%

20% 1%
0%
Sim Não

Figura 20: Utilização de plantas medicinais

Os participantes da pesquisa indicaram as principais plantas utilizadas como medicinal,


entres as mais indicadas, o boldo foi mencionado 27,6%, a malva 16,7%, o capim-santo 14,58%, a
cidreira foi citado 10,93%, hortelã 9,89% e o eucalipto foi mencionado 9,37% das vezes, todos os
resultados estão representados na figura 6.

27,6
30
16,7 14,58
20 10,93 10,93 9,89 9,37
10
0

Figura 21: Plantas medicinais utilizadas pela população de ubajara


21

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O horto medicinal constitui uma importante ferramenta para o processo ensino


aprendizagem no IFCE de Ubajara. É importante que propostas pedagógicas como a horto
medicinal se tornem vigentes no ensino de ciências para quebrar a barreira existente entre teoria e
prática, além de contribuir com a aproximação do campus com a comunidade.
Dessa forma, tais plantas podem ser vistas como um elo entre o conhecimento
acadêmico (científico) e o empírico (popular), colaborando assim com a busca de alternativas para
os impasses do momento, além de inserirem-se na interface das especificidades científicas. Propõe-
se a continuidade desse projeto na instituição e que o horto escolar seja aplicado de forma integral
no IFCE do campus de Ubajara e este venha a contribuir com a proliferação do uso de tais plantas
pela comunidade local.

AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao IFCE campus Ubajara por acolher o projeto farmácia viva, a
Pró-reitora de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
- PRPI e a contribuição dos funcionários da instituição na construção do horto medicinal.
22

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26

APÊNDICE I
27

QUESTIONÁRIO

SEXO
M[ ]
F[ ]

IDADE: ___________________

ESCOLARIDADE:
[ ] Não Alfabetizado
[ ] Ensino fundamental incompleto
[ ] Ensino fundamental completo
[ ] Ensino médio incompleto
[ ] Ensino médio completo
[ ] Ensino superior incompleto
[ ] Ensino superior completo

1. Quantas pessoas moram na casa?


_____________________________________

2. Qual é a renda da família aproximadamente? (salário mínimo = SM):


[ ] 1 SM [ ] 2-3 SM [ ] ≥ 4 SM ( ) não sabe/não respondeu

3. O sr (a) tem algum problema de saúde crônico?


[ ] Pressão alta [ ] Diabetes [ ] Gastrite/úlcera [ ] Asma [ ] Artrite, Tendinite ( )
Outro____________________________________________________
[ ] NÃO

4. Você utiliza plantas com finalidade medicinais?


[ ] Sim
[ ] Não

6. Qual a finalidade que você utiliza plantas medicinais?


28

________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________

7. Como você adquire essas plantas?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________

8. Como você prepara essa substância?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
__________________________________________________
________________________________________________________________________________
____________________________________________________________

9. Quais plantas medicinais você conhece e utiliza?


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________

10. Como o senhor (a) faz o prepar_

o dessa substância?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________

10. O (a) sr (a) toma outros medicamentos?


( ) Sim; Quais: _____________________________________
( ) Não
29

Nome da Nome Quem Onde Pra que Como se


planta científico indicou consegue serve prepara
30

APÊNDICE II
31

ORTO MEDICINAL: FARMÁCIA VIVA

ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Título da pesquisa:
Farmácia viva: Caracterização Etnobotânica, Química e Avaliação das Atividades Medicinais das
plantas Oriundas da Serra da Ibiapaba.
Aluno Pesquisador: Daiane Silva Azevedo; Andressa
Professor Responsável: Prof. Msc. José Eranildo Teles do Nascimento; Msc. Francisca Edneide
Barbosa

O senhor (ou a senhora) está sendo convidado(a) a participar de uma pesquisa que tem por objetivo
avaliar e caracterizar a utilização de plantas medicinais e fitoterápicos pela população do município
de Ubajara.
Esta pesquisa faz parte do trabalho de Pesquisa do Instituto Federal do Ceará.
Programa de Ensino Técnico em Alimento.
No caso de o(a) senhor(a) precisar de esclarecimentos posteriores, os telefones de contato estão ao
final deste termo.
Esclarecemos ainda que não serão divulgados quaisquer dados que possam identificá-lo(a) e que o
único inconveniente desta pesquisa será o tempo despendido para que o(a) senhor(a) responda às
perguntas do questionário. O(a) senhor(a) pode desistir da entrevista a qualquer momento que
desejar. Os dados levantados serão divulgados, desde que cumpridos os critérios éticos de
esclarecimento e compromisso pelos responsáveis pela pesquisa.
Agradecemos a sua participação.

Ubajara, ________________, de 2015.


________________________________
Prof. Msc. José Eranildo Teles do Nascimento
Endereço:
Fone:
Eranildo.teles@ifce.edu.br

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