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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

COORDENAÇÕES INTEGRADAS DE EXTENSÃO, PESQUISA E


PÓS-GRADUAÇÃO - UNIDADE DE DIVINÓPOLIS

LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DAS PLANTAS


MEDICINAIS UTILIZADAS NA COMUNIDADE DE
BURITIS PERTENCENTE AO MUNICÍPIO DE
DIVINÓPOLIS-MG

FLÁVIA DANIELLE VIEIRA SOUSA


SULA LORENA GONTIJO

DIVINÓPOLIS
2017
FLÁVIA DANIELLE VIEIRA SOUSA
SULA LORENA GONTIJO

LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS


UTILIZADAS NA COMUNIDADE DE BURITIS PERTENCENTE AO
MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS-MG

Relatório Final de Projeto de Extensão


apresentado às Coordenações Integradas
de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação
da Universidade do Estado de Minas –
Unidade Divinópolis.

Professores orientadores: Dra. Andreia


Aguiar Vieira/ Dr. Fernando César Silva
Professor co-orientador: Alexssandro
Antônio de Avelar
Aluna Bolsista: Flávia Danielle Vieira
Sousa
Aluna Voluntária: Sula Lorena Gontijo

Divinópolis
2017
1 INTRODUÇÃO

O “poder” de cura das plantas é tão antigo quanto ao aparecimento da


humanidade na Terra. As primeiras civilizações perceberam que as plantas
possuíam princípios ativos e essências que quando usadas combatiam
doenças e durante muito tempo esse foi o principal recurso terapêutico que
possuíam para tratar a saúde (BADKE et al., 2011).
Plantas medicinais eram cultivadas desde 3000 a.C na China, onde se
testava a eficácia da planta no próprio corpo, por meio dos efeitos que ela
causava. Existem registros que mostram, em placas de barro, a importação de
ervas da China para a Babilônia. Os egípcios usavam plantas para o
embalsamamento de cadáveres (JORGE, 2016).
No século XIX o uso de medicamentos obtidos em processos industriais
cresceu e o uso de plantas ficou um pouco restrito. No entanto, com a
ocorrência das guerras mundiais, a necessidade de se obter remédios que
fossem eficazes para combater múltiplas enfermidades, fez com que o
interesse nas plantas voltasse a aumentar, pois a economia dos países estava
comprometida em adquirir material bélico, deixando a saúde da população de
lado (JORGE, 2016).
Após esse tempo de guerras, a indústria farmacêutica trabalhou com
campanhas publicitárias para que o uso de medicamentos industrializados
entrasse cada vez mais no cotidiano das pessoas, prometendo curar as mais
diversas doenças. No Brasil, mesmo com esse incentivo, grande parte da
população ainda usa plantas medicinais como tratamento complementar ou
prioritário, principalmente nas comunidades rurais (BADKE et al., 2011).
Acredita-se que existam aproximadamente 250 mil espécies de plantas
no mundo, e que apenas 10% delas tenham sido avaliadas cientificamente. O
Brasil é um dos mais ricos em biodiversidade do planeta, com grande
aceitabilidade do uso de plantas pela população, fazendo com que seja um dos
maiores fontes de produtos farmacêuticos do mundo (SOARES & COSENZA,
2011).
Uma planta é classificada como medicinal quando possui substâncias
que têm ação farmacológica. Estas substâncias ativas são chamadas de
princípios ativos, sendo que a planta pode possuir diversas substâncias em sua
composição, porém somente uma ou algumas dessas atuarão no organismo
(FURLAM, 1998).
Quando se iniciou os estudos dos efeitos farmacológicos das plantas, os
químicos analisavam aquelas que eram mais conhecidas e mais utilizadas pela
população, se limitando ao isolamento e determinação de substâncias. As
plantas se tornaram tão importantes para a cura de doenças que a Química e a
Medicina se tornaram mais próximas, permitindo o conhecimento de diversas
substâncias ativas e sua introdução na terapêutica (VIEGAS, BOLZANI &
BARREIRO, 2006).
O desenvolvimento de fármacos a partir de produtos naturais foi
marcado pelo isolamento de diversos princípios ativos, como por exemplo, os
salicilatos de Salix alba. Os extratos dessa planta possuem propriedades
analgésicas e antipiréticas e, posteriormente foi produzido o ácido
acetilsalicílico, que possuía efeitos adversos menos intensos e propriedade
analgésica preservada. Até hoje o ácido acetilsalicílico é um fármaco utilizado
como anti-inflamatório, analgésico, antipirético e antiplaquetário, sendo um dos
medicamentos mais conhecidos e consumidos do mundo (VIEGAS, BOLZANI
& BARREIRO, 2006).
Os produtos naturais vêm ganhando espaço e sendo cada vez mais
utilizados no setor industrial como matéria prima de novos produtos. Suas
diversas classes de metabólitos secundários são conhecidos pela sua
diversidade química e pelas suas propriedades biológicas. Muitas das vezes o
conhecimento sobre plantas é o único recurso terapêutico para muitas
pessoas, principalmente a população de comunidades rurais (JUNIOR et al.,
2014).
Em decorrência da importância dos produtos naturais fez-se necessário
um estudo mais aprofundado do uso de plantas medicinais pela população. O
local do estudo foi a comunidade de Buritis, localizada a aproximadamente 16
km do centro do município de Divinópolis e possui aproximadamente 100
famílias.

2 JUSTIFICATIVA

Considerando que a maioria da população da zona rural faz uso de


plantas medicinais, torna-se necessário fazer um levantamento de quais
plantas são usadas, qual a indicação do uso, o modo de preparo e se há uso
de medicamentos fitoterápicos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). Isso proporciona a formação das estudantes, aliando o conhecimento
popular e científico. Além disso, o enfoque social do projeto, visto que, o local
escolhido é composto de famílias carentes, que na maioria das vezes não tem
acesso a medicamentos industrializados, e utilizam-se de plantas em um
primeiro momento para curar enfermidades.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivos gerais

a) Fazer um levantamento das plantas cultivadas e usadas na


comunidade rural de Buritis, com a sua indicação e modo de preparo.
b) Comparar as espécies identificados no estudo com a literatura.
c) Informar a população no que diz respeito a algum uso
equivocado, interação de princípios ativos etc.

3.2. Objetivos específicos

a) Colaborar para o conhecimento das plantas medicinais cultivadas


e coletadas na comunidade rural de Buritis.
b) Aliar a pesquisa, o ensino e extensão na UEMG, por meio da
divulgação dos resultados obtidos.
a) Instruir, informar e alertar a comunidade sobre o conhecimento,
uso adequado e manipulação das plantas medicinais.
c) Contribuir para que a população entenda os riscos associados ao
uso inadequado de plantas medicinais.

4 METODOLOGIA

4.1 Criação e aplicação do questionário e material de informação

Inicialmente preparou-se uma apresentação, discutindo sobre o que são


plantas medicinais, formas usuais de preparo, o que são fitoterápicos etc. Um
questionário também foi construído, para investigar quais plantas utilizadas e
para que finalidade, quais medicamentos a pessoa utilizava e se tinha alguma
doença.
A direção da Escola Municipal Benjamin Constant apoiou o projeto e
cedeu o espaço para os encontros com a comunidade.

4.2 Tratamento do questionário e consulta a literatura

Todos os questionários foram analisados. As plantas e suas indicações


foram listadas e verificadas na literatura. As formas de preparo também foram
analisadas e verificadas em livros e artigos.

4.3. Trabalho com alunos e resposta à comunidade

Em uma conversa com a direção da Escola Municipal Benjamin


Constant, percebeu-se a necessidade de fazer um trabalho com os alunos da
escola, já que eles mostraram-se interessados em plantas medicinais desde a
apresentação do projeto e aplicação do questionário. No dia 27 de agosto, com
a ajuda e instrução das alunas envolvidas no projeto, os alunos do 9º ano
construíram uma horta.
Os recursos utilizados para a horta foram: garrafas PET, terra, tesoura,
arame, alicate, pregos, pneus e mudas de plantas. Primeiramente, as garrafas
foram cortadas e fixadas em árvores com a ajuda de pregos e arames, depois
a terra foi preparada e colocada nas garrafas junto com as mudas e regadas
com água. Foram plantadas algumas mudas em pneus e colocadas
identificações e indicações da planta. As plantas escolhidas foram: hortelã,
manjericão roxo e branco, coentro, orégano, pimenta biquinho, alecrim e salsa.
Foram dadas as instruções de como cuidar para os alunos.
No dia 12 de novembro de 2016 uma resposta foi levada a comunidade,
baseado na análise dos questionários e consulta à literatura. Os alunos
assistiram a apresentação e ao final, eles confeccionaram cartazes baseado no
que aprenderam sobre plantas medicinais.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No total foram 50 pessoas que responderam ao questionário, sendo 10%


homens e 90% mulheres. Os adultos, na faixa etária de 19 a 59 anos,
representavam um percentual de 86%, 2% adolescentes, 4% acima de 60 anos
e 8% omitiram a idade.
Quanto ao uso de medicamentos 16% fazem uso frequente de
medicamentos fitoterápicos, e 14% de medicamentos alopáticos e possuem
alguma doença, como hipertensão, diabetes, depressão etc.
Foram citadas 38 tipos de plantas diferentes, utilizadas principalmente
para o tratamento de gripes, resfriados, afecções estomacais e intestinais. As
partes mais utilizadas no preparo de chás são as folhas e cascas. As plantas
mais citadas foram Hortelã, Capim-limão, Alfavaca, Funcho e Gengibre. Para
verificação da indicação de uso da planta a literatura foi consultada e todos as
indicações citadas estão de acordo com a descrição de artigos e livros. Várias
formas de preparação foram encontradas.
A horta proporcionou um estímulo ao senso de exploração, de
criatividade, de participação e a interação social aos alunos. Além dos alunos
que tiveram contato direto com o ambiente de uma forma sustentável, é notório
a participação e o empenho de outros membros da escola, como a direção,
professoras e cantineiras, que se comprometeram em utilizar as plantas
cultivadas na merenda escolar.
O trabalho foi realizado com alunos do 9º ano e com eles foram
trabalhados a importância de se conhecer aquilo que se utiliza como remédio, a
importância do cultivo e preservação e questões referentes a educação
ambiental. Com o projeto os alunos conseguiram uma aproximação maior com
o ambiente, e com a utilização de garrafas e pneus para o cultivo, souberam
dar mais valor a reutilização de materiais que muitas vezes são considerados
como lixo ou sem utilidades e buscaram a sustentabilidade em tudo o que foi
realizado.

Lista de plantas citadas:


Abacateiro (folha) Arruda
Acerola (folha) Bactrim
Alecrim Balsamo
alfavaca Banana
Algodão (folha) Boldo
amor-deixado Camomila
canela Limão
Capim-limão (capim-cidreira) Losna
carqueja Manjericão
cervejinha do campo Marcela
Cha verde Melissa
Erva doce Mentrasto
Funcho Orégano
Gengibre Quebra-pedra
Goiabeira (folha) Sabugueiro (flor)
Guaco Salsa
Hortelã Sene
Laranja (casca e folhas) Tanchagem
Levante Vick (hortelã-brava ou hortelã-doce)

6 CONCLUSÃO

Percebeu-se que a população da comunidade de Buritis faz uso de


plantas variadas. Eles conhecem bem a indicação de cada planta citada, mas
quando se diz respeito a forma de preparo apenas 32% deles sabem a forma
correta de preparo. Não foram encontradas plantas que não são descritas na
literatura.
Quanto ao trabalho com os alunos do 9º ano, observou-se que o
trabalho na construção de uma horta proporcionam um aumento do interesse
dos alunos pela questão ambiental.
A partir da implantação da horta foi possível acrescentar conceitos
importantes na formação dos alunos, proporcionando uma visão mais ampla do
meio ambiente, além de estimular o plantio e conhecimento de plantas
medicinais.

7 REFERÊNCIAS

BADKE, M.R, BUDÓ, M.L.D, SILVA, F.M, RESSEL, L.B. Plantas medicinais: o
saber sustentado na prática do cotidiano popular. Esc Anna Nery. 2011;
15:132-9.

FURLAM, M. R. Cultivo de Plantas Medicinais. Coleção Agroindústria, v.13.


Ed. SEBRAE-Cuiabá. Mato Grosso. 1998, 137p.
GRANDI, T. S. M. Tratado de plantas medicinais mineiras, nativas e
cultivadas. Pdf. Disponível em:
<https://plantasmedicinaismineiras.wordpress.com/livro/> acesso em 10 de
maio de 2016.

JORGE, S. S. A. Plantas Medicinais: Coletânea de Saberes. Pdf. Disponível


em:<http://pcisudimg.webnode.com/news/plantas-medicinais%3A-colet
%C3%A2nea-de-saberes-/> acesso em 28 de Dezembro 2016.

JUNIOR, R.G.O., FERRAZ, C.A.A., NUNES, X.P., ALMEIDA, J.R.G.S.


Utilização de flavonoides no setor industrial farmacêutico: um estudo de
prospecção tecnológica. Revista GEINTEC. 2014; Vol. 4/n.2/ p.859-866

SOARES, D.G., COSENZA, G.P. Ensinando sobre plantas medicinais na


escola. Pdf, Belo Horizonte 2011. Disponível em:
<http://www.ceplamt.org.br/wp-content/uploads/2014/02/pag_1_pag_18-1.pdf>
Acesso em 28 de Dezembro de 2016

VIEGAS, C. J, E BOLZANI, V.S., BARREIRO, E.J. Os produtos naturais e a


química medicinal moderna. Quim. Nova. 2006; v.29 (2), 326-337.
ANEXOS
ANEXO A: QUESTIONÁRIO APLICADO
Questionário
Seminário de plantas medicinais

Nome:__________________________________ Data: ________________

Endereço: ________________________________Idade: _______________

Ocupação: _________________________________________

Você faz ou já fez uso de plantas medicinais? ( ) Sim ( ) Não ( ) as vezes

( ) nunca

Quais e para que utiliza essas plantas?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Faz uso de medicamentos fitoterápicos? ( ) Sim ( ) Não ( ) as vezes ( )


nunca

Quais?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Faz uso de algum outro medicamento (alopático)?

( ) Sim ( ) Não ( ) as vezes ( ) nunca

Quais?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Possui alguma doença? Qual?


ANEXO B: FOTOS

PRIMEIRA AÇÃO E APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO


CONSTRUÇÃO DA HORTA
RESPOSTA A COMUNIDADE E TRABALHO COM OS ALUNOS
ANEXO C: PLANTAS CITADAS, NOME CIENTÍFICO, PARTE USADA,
PREPARO E INDICAÇÃO

Abacateiro(folha) inflamações do fígado dos rins.


Nome Científico: Persea americana
Miller Alfavaca (alfavaca de vaqueiro)
Partes usadas: folhas, sementes, Nome Científico: Ocimum
frutos, cascas ou brotos. gratissimum L.
Preparo: infuso, decocto, óleo, Partes usadas: sumidades floridas,
xarope, tintura ou pó, extrato fluido). folhas ou flores.
Utilização: óleo ação antibacteriana, Preparo: infuso, decocto, xarope,
o extrato da semente tem atividade sumo, maceração ou emplasto.
contra Escherichia Coli, Utilização: gripe, resfriados,
Staphylococcus aureus, emenagogo, expectorante.
diuréticos.
Algodão (folha)
Acerola (folha) Nome Científico: Gossypium
Nome Científico: Malpighia hirsutum L.
emarginata DC Partes usadas: cascas da raiz,
Partes usadas: fruto, folhas. Preparo: semente e seus pelos ou folhas.
sumo. Preparo: extrato fluido, decocto,
Utilização: como suplemento de algodão hidrófilo, óleo ou sumo.
vitamina C no organismo. Possui Utilização: Chá das folhas é utilizado
ação antioxidante, auxiliando na para tratamento de disenterias e
manutenção do crescimento e hemorragias uterinas, cataplasma
regeneração celular. das folhas como cicatrizante.

Alecrim Amor–deixado (Macaé)


Nome Científico: Rosmarinus Nome Científico: Leonurus sibiricus
officinalis L. L.
Partes usadas: flores, sumidades Partes usadas: folhas, sumidades
floridas ou toda planta. floridas ou todo o vegetal.
Preparo: água, infuso, decocto, Preparo: infuso, decocto, tintura,
extrato fluido, tintura. extrato fluido e principalmente
Utilização: estomacal, estimulante, maceração.
sob forma de decocto contrata Utilização: Aromático, amargo,
estomacal, o decocto da planta estomago, dores de ouvido.
inteira é usado como antigripal,
estomacal, digestivo, curando ainda Banana
febrite, hemorroidas e traumatismos. Nome Científico: Musa paradisíaca
L.
Arruda Partes usadas: seiva do caule ou
Nome Científico: Ruta graveolens L. fruto natural.
Partes usadas: planta florida, folhas Preparo: o fruto pode ser consumido
ou toda planta. cru, assado, frito, seco, em compota,
Preparo: infuso decocto, tintura, geleia ou pasta.
extrato fluido, pó alcoolato, Utilização: para diarreias crônicas e
maceração ou colírio. nefrites com retenção de urina.
Utilização: emenagogo, hemostático, Boldo
toda planta sob a forma de infuso, Nome Científico: Plecthantus
decocto, maceração ou colírio é barbathus Andrews, Plecthantus
usada como emenagoga, nas ornatos Codd, Plecthantus grandis,
doenças cardíacas, nas otites e nas R.H. Wellenze.
infecções oculares.. Partes usadas: folhas.
Preparo: folhas maceradas em água
Bactrim ou infuso.
Nome Científico: Alternanthera Utilização: Nas dores de cabeça e
brasiliana (L.) Kuntze mal-estar, após a ingestão de
Partes usadas: Folhas bebidas alcoólicas e nos problemas
Preparo: infuso. estomacais e digestivos, é usada
Utilização: antibiótico, anti- também na hipotensão arterial.
inflamatório, cistite, dor de cabeça,
estômago, febre. Camomila
Nome Científico: Chamomila recutita
Balsamo (L) Rauschert.
Nome Científico Sedum Partes usadas: flores.
dendroideum Moc & Sessé ex DC Preparo: infuso, decocto, tintura,
Partes usadas: folhas e talas em extrato fluido, soluto concentrado ou
salada ou sumo. cataplasma.
Preparo: sumo, decocto. Utilização: Estomáquico, carminativo,
Utilização: ulcéras, dores de calmante para excitação nervosa e
insônia. Partes usadas: Toda a planta
principalmente as raízes.
Canela (Canela-da-china) Preparo: infuso decocto, tintura ou
Nome Científico: Cinnamomum alcoolatura.
aromaticum Nees. Utilização: afecções na pele
Partes usadas: Cascas do caule. (dermatite e furunculose), picadas de
Preparo: infuso, decocto, pó, tintura, inseto(abelha, aranha e
extrato fluido ou xarope. escorpiões)sendo, ainda, citada nas
Utilização: Aromática, carminativa, e doenças do fígado e rins,
emenagoga, febrífuga, principalmente como litagogo.
condimentícia.
Chá verde
Capim-Limão(capim-cidreira) Nome Científico: Camellia sinensis
Nome Científico: Cymbopogon Partes usadas: folhas.
citratus (DC.)Stapf. Preparo: infuso.
Partes usadas: folhas ou rizoma. Utilização: emagrecedor, reduz
Preparo: infuso, decocto, maceração pressão arterial e colesterol.
ou essência.
Utilização: Aromático, diaforético, Erva doce
estimulante, emenagogo, contra Nome Científico: pimpinela anisum
febres intermitentes. L.
Partes usadas: frutos com semente.
Carqueja Preparo: infuso, decocto, extrato
Nome Científico: Baccharis trimera fluido ou tintura.
(Less.)DC Utilização: estimulante, carminativo.
Partes usadas: planta florida ou toda
planta. Funcho
Preparo: Infuso, decocto ou toda Nome Científico: Foeniculum vulgare
planta Mill
Utilização: diurética, tônica, amarga, Partes usadas: frutos ou folhas.
febrífuga e eupéptica. Preparo: infuso, decocto, tintura,
Cervejinha do campo (Botica- extrato fluido, xarope ou cataplasma.
inteira) Utilização: estomáquico, estimulante,
Nome Científico: Bredmeyera aromático, expectorante, suas folhas
floribunda Wild são ricas em fibras, importante para
o bom funcionamento intestinal. béquico nas bronquites, asmas e
gripes.
Gengibre
Nome Científico: Zingiber officinale Hortelã (Hortelã picante)
Roscoe Nome Científico: Plecthanus
Partes usadas: rizomas, raízes ou ambonicus (Lour) Spreng
folhas. Partes usadas: folhas ou sumo.
Preparo: infuso, decocto, tintura, Preparo: decocto, xarope, infuso,
alcoolato, extrato fluido, pó, cozida em saladas ou bala.
fragmentos dessecados salgados ou Utilização: vermífugo expectorante,
doces (pérolas). calmante, para infecções de
Utilização: excitante, estomacal, estômago, carminativo cólica
carminativo, contra rouquidões e menstrual, dor e tosse.
tosse.
Laranja (casca e folha)
Goiabeira (folha) Nome Científico: Citrus auratium L.
Nome Científico: Psidim guayava L Partes usadas: folhas ou flores,
(goiaba branca), Psidium guayava L. epicarpo fresco.
var.pomifera (goiaba vermelha). Preparo: decocto, alcoolatura,
Partes usadas: casca do caule ou alcoolato e extratos fluidos
folhas. compostos. Utilização: tétano, gripes,
Preparo: infuso, decocto, tintura ou expectorantes, calmante.
extrato fluido.
Utilização: estomáquico, Laranja amarga (Laranja da terra)
adstringente, antidiarreico, Nome Científico: Citrus auratium var.
antidisentérico. amara L.
Partes usadas: epicarpo.
Guaco Preparo: infuso, decocto, tintura,
Nome Científico: Mikana glomerat extrato fluido, xarope e água.
Spreng Utilização: estomacal, carminativo,
Partes usadas: folhas. febrífuga, antirreumática,
Preparo: infuso, decocto, tintura, antisséptica, prisão de ventre,
extrato fluido, elixir, vinho ou xarope. taquicardia.
Utilização: tônico, depurativo,
febrífugo, peitoral, expectorante Levante
Nome Científico: Mentha sylvestris L. Partes usadas: sumidades floridas.
Partes usadas: folhas e sumidade Preparo: infuso, decocto, extrato
florida. fluido, xarope e tintura.
Preparo decocto, infuso, sumo e óleo Utilização: digestivo, carminativo,
essencial. edulcorante.
Utilização: gripes e resfriados, como
expectorante e vermífuga, na Manjericão (Manjericão roxo)
hepatite. Nome Científico: Ocimum basilicum
L. var. purpureum Hort.
Limão Partes usadas: toda a planta.
Nome Científico: Citrus limon (L.) Preparo: decocto ou infuso.
Burman F. Utilização: palpitação, má circulação,
Partes usadas: frutos, cascas do dispneia, angina pectoris e como
fruto, folhas. tempero.
Preparo: sumo espírito e decocto.
Utilização: gripes, rouquidão, Marcela
bronquites, como aperitivo ou Nome Científico: Achyrocline
refresco. satureides (Lam.) DC
Partes usadas: flores.
Losna Preparo: infuso, decocto, tintura e
Nome Científico: Artemisia extrato fluido.
absinthium L. Utilização: tônica, amarga,
Partes usadas: folhas ou sumidade sudorífera, estomacal.
florida.
Preparo: infuso, decocto, tintura, Melissa (Erva-cidreira verdadeira)
extrato fluido, xarope ou macerado. Nome Científico: Melissa officianalis
Utilização: antiespasmódica, L.
emenagoga, antiemética, é usada Partes usadas: planta florida ou
também contra problemas de folhas.
estômago e fígado ou como Preparo: infuso, decocto, tintura ou
vermífuga. extrato fluido.
Utilização: carminativo, estimulante,
Manjericão (Manjericão branco) tônico, sedativo.
Nome Científico: Ocimum selloi
Benth Mentrasto (Erva de são João)
Nome Científico: Ageratum Preparo: infuso, decocto, tintura ou
conyzoides L. extrato fluido.
Partes usadas: toda a planta. Utilização: diurético.
Preparo: infuso, decocto, tintura e
extrato fluido Salsa
Utilização: tônico, excitante, Nome Científico: Petroselium
diurético, carminativo, crispum (Miller) Nyman & A.W. Hill
antiespasmódico, estomáquica Partes usadas: raízes ou toda a
emenagoga. planta.
Preparo: decocto, vinho ou
Orégano cataplasma.
Nome Científico: Origanum vulgare Utilização: toda planta tem
L. propriedades diuréticas, aperitivas
Partes usadas: toda a planta ou aromáticas, carminativas,
sumidade florida. vasodilatadoras e vulnerarias, as
Preparo: infuso decocto, tintura, pó raízes são usadas no tratamento de
xarope ou pomada. inflamações uterinas, como tônico
Utilização: tônico, digestivo, uterino, regulador das menstruações.
aromático, nas gripes de criança,
expectorante, bronquite, asma, Sene
problemas de pele, estimulante de Nome Científico: Senna catártica (L.)
secreções estomacais. H. Irvin & Barneby.
Partes usadas: folhas ou flores.
Quebra-pedra Preparo: decocto, infuso, pó, tintura
Nome Científico: Phyllanthus niuri L. ou extrato fluido.
Partes usadas: toda a planta. Utilização: laxativo, purgativo, como
Preparo: decocto ou infuso. depurativo no sarampo, doenças
Utilização: diurético, desobistruente e venéreas e também gripes e
nas moléculas do fígado. cefaleias.

Sabugueiro (flor) Tanchagem


Nome Científico: Sanbus australis Nome Científico: Plantago major L.,
Cham & Schtdl Plantago lanceolata L.
Partes usadas: flores secas ou Partes usadas: toda a planta.
folhas. Preparo: infuso decocto, tintura,
extrato fluido ou emplasto.
Utilização: tônico, febrífugo,
adstringente, sendo as folhas frescas
utilizadas diretamente nas feridas.
Anti-inflamatória, principalmente em
dores de garganta, inflamações
uterinas e nas doenças da pele e
expectorante.

Vick (hortelã-brava, hortelã doce


ou Vique)
Nome Científico: Mentha arvense
L.var.piperaceum Holmes
Partes usadas: folhas.
Preparo: infuso, tintura, alcoolatura.
Utilização: calmante, estomáquico,
descongestionante nasal,
carminativa.

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