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Instituto Metropolitano de Educação e Cultura LTDA

F.A.M.A. - Faculdade Metropolitana Anápolis


Curso: FARMÁCIA

Levantamento Etnobotânico do Uso


de Plantas Medicinais Pela
População da Cidade de Anápolis -
Goiás
Acadêmicas: Danielle Christinne Tres
Wanessa Maria de Souza Diniz

Orientador: MSc. Elaine Ferreira Oliveira

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Farmácia da Faculdade Metropolitana de Anápolis para obtenção
do título de bacharel em Farmácia
1- INTRODUÇÃO
● As Plantas Medicinais faz parte da biografia da
humanidade, datados de 5000 a. C. (FRANÇA et al., 2008).

● Utilização de Plantas Medicinais no Brasil é


uma atividade comum, resultado de uma
intensa interferência de várias culturas (SILVA, 2012).

● Apresentam princípios ativos com propriedades


preventivas ou curativas (FRANÇA et al., 2008).

Fonte: www.saudedica.com.br

Fonte: http://www.sementerara.com.br Fonte: www.tuasaude.com/boldo


1- INTRODUÇÃO
● Os estudos etnobotânicos tem aumentado,
assim como a quantidade de pesquisadores
preocupados com esta área (VEIGA JUNIOR, 2008).

● Principal e mais importante o progresso da


ciência farmacológica (MADEIRO; LIMA, 2015).

Fonte: www.cpt.com.br Fonte: www.saudedica.com.br


1- INTRODUÇÃO
● O objetivo deste trabalho foi pesquisar o
uso e conhecimento de plantas medicinais
pela população da cidade de Anápolis-Goiás,
além de destacar a indicação e ação das
plantas mais citadas.

Fonte: www.tuasaude.com Fonte: www.tuasaude.com


2- MATERIAIS E MÉTODOS
● Trata-se de uma pesquisa de campo com
abordagem quali-quantitativa sobre o uso de
plantas medicinais, realizado no mercado
municipal do setor central da cidade de
Anápolis.
2.1 - Foram selecionadas 100 participantes
aleatoriamente, atendendo a parâmetros de
estar na faixa etária entre 18 e 65 anos de
idade.
● Utilizou-se para coleta de dados um
questionário estruturado.
3 - RESULTADOS
Tabela 1. Informação antropológica dos entrevistados.

O questionário foi aplicado a 100 pessoas, sendo que


38% eram do sexo masculino e 62% do sexo feminino. Destes,
9% das pessoas apresentavam idade entre 18 e 28 anos, 27%
de 29 a 39 anos, 29% de 40 a 50 anos, 35% 51 a 65 anos. Em
relação ao nível de escolaridade, 12% afirmou ter apenas o
Ensino Fundamental, 63 % ter o Ensino Médio e 25% afirmaram
ter Ensino Superior. A centralização da informação no intervalo
etático acima dos 50 anos e o acontecimento de que esta
informação não está mais sendo relembrada (RODRIGUES; ANDRADE,
2014).
3 - RESULTADOS
Figura 2. Através de quem o conhecimento sobre Plantas Medicinais foi repassado

Através do questionário pudemos observar como aprenderam a


utilizar plantas medicinais, e 27% responderam que aprenderam
através dos pais, 41% aprenderam com os avós, 4% com
vizinhos, 14% com amigos, 2% em livros, 1% com a televisão e
11% responderam que aprenderam com profissionais da saúde
(Figura 2). O Ministério da Saúde elucida que as plantas
medicinais são de profunda relevância no descobrimento de
recentes fármacos e também fitoterápicos (TEIXEIRA et al., 2008).
3 - RESULTADOS
Figura 3. Espécies mais conhecidas de Plantas Medicinais

Quanto as espécies de plantas de maior consumo, quando perguntados quais


as plantas medicinais mais conhecidas por eles, 100% dos entrevistados responderam
que conhecem o capim-cidreira, camomila, canela e erva-doce, 84% conhece a
catuaba, 91% conhece a arnica, 77% conhece a copaíba, 54% o assa-peixe, 82% o
guaco, 93% a hortelã, 66% o barbatimão, 38% a alfavaca, 88% a romã, 99% o cravo,
86% a pedra ume, 91% a babosa, 24% a valeriana, 98% o boldo-do-chile, 93% o
gengibre, 79% a erva de santa maria, 12% o chapéu de couro, 35% o ginseng, 93% o
alecrim, 7% o dente de leão, 16% a cavalinha, 49% a carqueja, 33% a malva, 28% a
mama-cadela, 86% a sucupira e 84% conhece o louro (Figura 3). Conforme afirma
Tresvenzol et al., (2006) as plantas medicinais vem sendo encontradas com mais
facilidade e está mais acessivel a população.
3 - RESULTADOS
Figura 4. Plantas Medicinais mais citadas pelos entrevistados

Quando questionados sobre qual a planta medicinal


mais utilizada por eles 100% responderam que utilizam a
camomila e o capim-cidreira, 80% utiliza a erva-doce, 56%
utiliza o guaco, 41% o boldo-do-chile, 92% a arnica, 13% o
gingko biloba, 87% a hortelã, e 72% respondeu que utiliza a
canela (Figura 4). Em vários estudos é colocado que se é
natural não faz mal, mas a população não tem ídeia que a
isenção de risco e incorreto (FILHO et al., 2009).
3 - RESULTADOS
Figura 5. Plantas utilizas antigamente difíceis de encontrar atualmente.

Ao indagar se existe alguma planta que era utilizada


antigamente e hoje é difícil ser encontrada 2% responderam que
sim, sendo que destes, 1% informou que o Cambuci não é
encontrado facilmente e 1% que o Capim Gordura é difícil de ser
encontrado. 86% respondeu que não e 12% responderam que
não sabem (Figura 5). É de grande importância conservar o meio
ambiente também ser fixada na consciência de todos (NEVES, 2013).
3 - RESULTADOS
Figura 6. Formas de utilização das Plantas Medicinais

Foi perguntado aos entrevistados de qual forma eles


utilizam as plantas medicinais e 72% responderam que utilizam
na forma de chás, 11% na forma de infusão, 6% na forma de
garrafadas, 7% na forma de pomadas e 4% na forma de
compressas(Figura 6). Os remédios preparados a partir de
vegetais e os medicamentos fitoterápicos, ambos são obtidos
de plantas medicinais, porém diferem na elaboração. (FLOR;
BARBOSA, 2015).
3 - RESULTADOS
Figura 7. Utilização de Plantas Medicinais por indicação médica

Quando questionados se já fizeram o uso de plantas


medicinais por indicação médica, 86% dos entrevistados
responderam que não 14% responderam que sim (Figura 7).
Este estudo mostrou que grande parcela da população ainda
faz uso de plantas medicinais, algumas vezes até em
substituição aos medicamentos alopáticos (LOPES et al., 2015).
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
● A população utiliza plantas medicinais
como recurso terapêutico independente de
escolaridade, faixa etária, mas demostram que
a maioria não tem prescrição e utilizam por
coloquialismo ou cultura, e analisando sobre o
entendimento foi adquirido dos pais, avós e
cultura. As plantas medicinais mais utilizadas
foram a camomila e o capim cidreira, e as
formas de utilização mais citada foi o chá.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NEVES, M. F. Educação Como Base Para A Inovação Em


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TEIXEIRA, J. B. P.; BARBOSA, A. F.; GOMES, C. H. C.; EIRAS, N. S. V.


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pelo Ministério da Saúde. Minas Gerais: Universidade Federal de
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TRESVENZOL, L. M.; PAULA, J. R.; RICARDO, A. F.; FERREIRA, H. D.;


ZATTA, D. T. Estudo sobre o comércio informal de plantas medicinais
em Goiânia e cidades vizinhas. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 3,
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VEIGA JUNIOR, V. F. Estudo do consumo de plantas medicinais na


Região Centro Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos
profissionais de saúde e modo de uso pela população. Revista
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3013, jun. 2008.
OBRIGADA!

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