Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Púnguè
Chimoio
2022
Isaías João Daniel
Universidade Púnguè
Chimoio
2022
Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................3
1.2.Problematização.........................................................................................................................4
1.3.Hipóteses....................................................................................................................................5
1.4.Objectivos..................................................................................................................................5
Fundamentação teórica....................................................................................................................6
1.5.Metodologia de pesquisa...........................................................................................................9
1.6.Delimitação do tema................................................................................................................10
1.7.Enquadramento do tema..........................................................................................................10
1.Introdução
O gengibre (Zingiber officinale) é uma monocotiledônea descrita em 1807 pelo botânico inglês
Willian Roscoe. O nome do gênero, Zingiber, tem origem em uma palavra em sânscrito que
significa “em forma de chifre”, em referência às protuberâncias na superfície do rizoma.
Originário da Ásia e cultivado em regiões tropicais e subtropicais, o gengibre vem sendo
amplamente utilizado tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Seu principal produto é
o rizoma, onde concentram-se seus principais componentes como óleos voláteis, que lhe
conferem sabor e aroma característicos, e compostos farmacológicos como o 6-gingerol, 10-
gingerol e o 6-shogaol (FUZER et al., 2017). Registros históricos indicam que o gengibre é
utilizado como fitoterápico, no Oriente, há mais de 2000 anos, sendo que seu uso se difundiu
junto ao de outras plantas medicinais já utilizadas por indígenas, europeus e africanos (NICÁCIO
et al., 2018; SOUZA et al., 2019).
relacionados ao tema, com vista a oferecer uma maior compreensão e bases científicas; no
Capítulo IV são apresentadas as referências citadas no trabalho.
1.2.Problematização
Segundo (LORENZI, MATO, 2008) citado por (PENHA, 2021), As plantas medicinais são
aquelas que possuem compostos activos em sua composição com poder de aliviar ou curar
doenças em conformidades com tradição de uso por diferentes comunidades e culturas. Fica
evidente que o emprego de plantas medicinais para a prevenção e o tratamento de doenças está
ligado ao conhecimento adquirido através de experiências passadas de gerações para gerações.
Um dos grandes problemas encontrados para se merecer fazer esta pesquisa é a situação de que
muitas das doenças que a comunidade vem enfrentado, que de uma ou de outras vezes deixam
5
passar naturalmente e por vezes até chega-se ao agravamento das mesmas por falta de
medicamentos que é desencadeada pela distância de cerca de 6-7 km entre o Bairro Agostinho
Neto e o Hospital, e a indisponibilidade de alguns medicamentos no posto de saúde que lá se
encontra mas em contraste a esta situação, neste bairro há sempre a disponibilidade do gengibre e
algumas pessoas usam com maior frequência para tratar doenças gastrointestinais, microbianos,
inflamatórios, diuréticos e oxidantes no ceio das suas famílias ou com seus vizinhos, mas a outra
parte da população que não tem acesso a essas informações terapêuticas do gengibre por vezes
deixam as doenças agravarem-se devido a falta de medicamentos que é justificada pela distancia
de cerca de 6-7 km entre o Bairro Agostinho Neto e o Hospital, e a indisponibilidade de
medicamentos no posto de saúde.
1.3.Hipóteses
Hipótese nula
Hipótese alternativa
A população do bairro Agostinho neto não utiliza o gengibre para o tratamento de muitas
doenças
1.4.Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
6
Fundamentação teórica
Etnobotânica
A etnobotânica é a ciência que estuda o uso das plantas pelos povos. O termo foi utilizado pela
primeira vez em 1895 por John William Harshberger, botânico americano especializado em
geografia vegetal, ecologia e patologia vegetal, que apontou as várias maneiras pelas quais a
etnobotânica poderia ser útil a investigação científica. Seu caráter versátil possibilita o
desenvolvimento de estudos em várias direções, associando-os a fatores culturais e ambientais, e
aos conhecimentos gerados sobre as plantas e a utilização destas (MACIEL; PINTO; VEIGA JR,
2002).
Zingiber officinale
7
Zingiber officinale foi primeiramente descrito, em 1807, pelo botânico inglês William Roscoe
(1753-1813). Está inserido na família Zingiberaceae, grupo tropical especialmente abundante na
região Indo-Malásia que engloba mais de 1200 espécies de plantas incluídas em 53 gêneros. O
gênero Zingiber inclui aproximadamente 85 espécies. O nome deste gênero, Zingiber, deriva de
uma palavra em sânscrito que significa em forma de “chifre” em referência às protuberâncias na
superfície do rizoma (SOARES et al., 2015).
O gengibre é uma planta perene herbácea cultivada anualmente, constituída por um caule
subterrâneo espesso com raízes fibrosas que emergem dos ramos dos rizomas após cerca de 6
semanas da sua plantação. O crescimento vegetativo é maximizado até ao início da floração,
entre Setembro e Outubro, em que ocorre o início da maturação dos rizomas e o aumento do
desenvolvimento do tecido fibroso. O gengibre (Zingiber officinale Roscoe) pertence à família
das Zingiberacea e é provavelmente originário da Índia, onde é cultivado a nível comercial
(Folorunso Solomon & Adenuga Korede, 2013). A família Zingiberaceae diferencia-se de outras
famílias da ordem Zingiberales pelas suas propriedades aromáticas, sendo considerada a maior
família da ordem Zingiberales, com 53 géneros e mais de 1200 espécies. Considerada como uma
especiaria ou como uma erva fresca na cozinha, é também usada na medicina tradicional para
tratar várias doenças (SOARES et al., 2015).
Reino: Pantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Zingiberales
Origem e Distribuição
8
O gengibre é uma erva rizomática originária do sudoeste da Ásia e do Arquipélago Malaio, onde
a sua cultura tem grande importância, não somente para o consumo local da população indígena,
como também para a exportação, destinada a países ocidentais que o consomem em grandes
quantidades (SOARES et al., 2015).
Descrição Geral
O gengibre é uma planta herbácea, perene, de rizoma articulado, septante, carnoso, revestido de
epiderme rugosa e de cor pardacenta. Na parte superior, possui pequenos tubérculos anelados,
resultantes da base de antigos caules aéreos. Na parte inferior, possui muitas raízes adventícias,
cilíndricas, carnosas e de cor brancacentas. Os caules são eretos, formados por muitas folhas
dísticas, sendo as basilares simples com bainhas glabras e estriadas no sentido longitudinal. As
bainhas superiores são amplexicaules na base e terminam com um limbo, linear e lanceolado. As
inflorescências com espigas ovóides ou elipsóides formam-se no ápice dos pedúnculos que saem
do rizoma, revestidos por escamas invaginantes e imbricadas, obtusas, decrescentes da base para
o ápice. As flores apresentam₋se zigomorfas, hermafroditas, com coloração amarelo-esverdeado.
As brácteas florais orbiculares possuem cálice e corola denteados que envolvem uma só flor. O
fruto é uma cápsula que se abre em três lóculos e abriga sementes azuladas com albúmen carnoso
(SOARES et al., 2015).
1.5.Metodologia de pesquisa
Abordagem
A pesquisa irá apresentar uma abordagem qualitativa. Onde irá se investigar e compreender em
profundidade fenómenos de cunho social, voltada para a percepção, intuição e subjectividade e
busca trabalhar com descrições, interpretações e comparações em sua total riqueza, com
fidelidade na forma de registo (PENHA, 2021).
Terá como requisito inicial ser morador/a do bairro Agostinho Neto, ser maior de idade que
reflete a faixa etária de 30 á 70 anos, que cultiva ou faça uso de plantas medicinais especialmente
do gengibre e que estejam dispostos a participar da pesquisa. A selecção de cada um se dará pelo
método de amostragem probabilística aleatória simples com entrevistas formais.
A colecta de dados
Revisão bibliográfica
Entrevista
Ira-se caracterizar por uma conversa entre o pesquisador e alguma parte da população
pertencente ao Bairro Agostinho Neto que será preferencialmente os idosos, com o objectivo de
busca de informações por parte da população de idosos.
1.6.Delimitação do tema
O presente trabalho intitulado “ Etnoconhecimento do Uso Medicinal de Gengibre (Zingiber
officinale) da População no Bairro Agostinho Neto-Chimoio” na província de Manica ira
decorrer num período de 4 meses (Dezembro-Fevereiro), o público-alvo para esta pesquisa serão
os idosos que moram neste bairro que compreendem a faixa etária de 50-70 anos do género
masculino e feminino.
1.7.Enquadramento do tema
O presente tema “Etnoconhecimento do Uso Medicinal de Gengibre (Zingiber officinale) pela
População no Bairro Agostinho Neto-Chimoio” enquadra-se no plano curricular do curso de
licenciatura de ensino de biologia nas Cadeiras de Botânica, Educação ambiental e saúde
pública, na medicina quando se trata de patologia etnofarmacologia, e na sociologia.
Orçamento
Encadernação 45 2 90
Passagem 5 15 75
4.2.Cronograma
Actividades Meses
1 Novembro
2 Dezembro X
3 Janeiro X
4 Fevereiro X
12
Bibliografia
FUZER, A. M.; LEE, S.; MOTT, J. D.; COMINETTI, M. R. Gingerol Reverts Malignant
Phenotype of Breast Cancer Cells in 3D Culture. Journal of cellular biochemistry. Brasil, 2017.
SILVA et al. Propriedades Terapêuticas (Zingiber officinale R.). Portal de Plantas Medicinais e
Fitoterápicas - Boletim Fitoterápico Gengibre. 2017.
13