Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DO NOROESTE FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS

FELIPE ALVES

O conhecimento popular acerca do uso de plantas medicinais por


idosos da comunidade do Bairro Cidade Nova

Santo Antônio de Pádua, RJ


2023
FELIPE ALVES

O conhecimento popular acerca do uso de plantas medicinais por


idosos da comunidade do Bairro Cidade Nova

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Licenciatura em
Ciências Naturais como requisito parcial
para a obtenção do grau de Licenciado
em
Ciências Naturais

ORIENTADOR:
PROF. DR. ANDRÉ LUIZ GOMES DA SILVA

Santo Antônio de Pádua, RJ


Fevereiro 2023
FELIPE ALVES

O conhecimento popular acerca do uso de plantas medicinais por


idosos da comunidade do Bairro Cidade Nova

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Licenciatura em
Ciências Naturais como requisito parcial
para a obtenção do grau de Licenciado em
Ciências Naturais
Dedico este trabalho a Deus e agradeço a ele por
te chegado até aqui e que ele sempre continue me
dando forças para continua com meus objetivos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que esteve sempre ao meu lado nesse caminho e nunca deixou que
desistisse. A meu avô Jocino Alves (in memorian) que sempre esteve ao meu lado me dando
carinho, amor, compreensão e sempre me apoiou em todas as decisões que tomei.
A minha avó Maria Alves e uma mãe para mim que continua ao meu lado sempre
torcendo por mim e minha melhor amiga nas horas difíceis e obrigado por cuidar de mim.
Ao meu orientador André Luiz Gomes da Silva, que acabou se tornando um grande
amigo, quero dizer que sou muito grata. Grata pela paciência, pelos conselhos
Eu quero deixar aqui a minha gratidão a UFF onde foi a minha segunda casa durante
toda minha caminhada até aqui. Foi aqui que aprimorei meus conhecimento e conheci pessoas
que hoje fazem parte da minha vida e que sempre me ajudaram para meu crescimento pessoal e
acadêmico.
Ao meu orientador professor dr adre Luiz omes da silva, sou rato a ele por me ajudar a
desenvolver esse trabalho obrigado pela paciência os conselhos e um dos professores que vou
levar pelo resto da vida no meu coração um exemplo de pessoa e amigo.
Agradeço a professora dr Celia Maria januzzi uma ótima amiga, uma pessoa que tenho
enorme carinho tive o prazer de conhecer seus trabalhos de perto no desenvolvimento acadêmico
ode comecei a gostar de plantas e ter a vontade de conhecer e pesquisar
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

1.1 Título
Nome: O conhecimento popular acerca do uso de plantas medicinais: O
caso da comunidade do Bairro Cidade Nova
Linha de pesquisa:

1.2 Instituições proponentes


Universidade Federal Fluminense
Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior.
Curso de Licenciatura Ciências Naturais

1.3 Discentes: Felipe Alves

1.4 Orientador:
Nome: André Luiz Gomes da Silva

1.5 Duração
2. RESUMO

A proposta deste estudo é a de conhecer algumas plantas medicinais utilizadas


por pessoas de uma determinada comunidade do município de Santo Antônio
de Pádua, envolvendo idosos desta comunidade, a fim de identificar as plantas
comumente utilizadas por tais pessoas para fins curativos. Para tanto, será
conceituado o que entendemos por plantas medicinais, sustentado com o
referencial teórico adequado sobre essa temática. A seguir construiremos um
instrumento dentro da abordagem da pesquisa qualitativa que crie
possibilidades para a consulta aos sujeitos envolvidos nesse estudo. Após a
consulta aos sujeitos analisaremos suas respostas e, concomitantemente,
buscaremos identificar através de consultas bibliográficas as espécies
utilizadas.
Palavras-chave: Plantas medicinais. Idosos. Cidade Nova.
3. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Na maioria das vezes, comunidades com baixo poder aquisitivo veem nas
plantas medicinais a única alternativa para amenizar os efeitos ou encontrar a
cura para muitas de suas enfermidades (ANTÔNIO et.al, 2013; LACERDA et.al,
2013).
Deste modo, plantas são usadas como o único recurso terapêutico de uma
parcela da população brasileira e de mais de 2/3 da população do planeta. Os
principais fatores que influenciam na manutenção desta prática são o baixo
nível de vida da população e o alto custo dos medicamentos. (NEWALL et al.,
2002)
O uso de plantas no tratamento de enfermidades vem sendo incentivado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), que conceitua planta medicinal como
toda e qualquer planta que contenha em seus órgãos elementos que possam
ser utilizados para fins terapêuticos ou sirvam para a fabricação de produtos
químicos e farmacêuticos (MONTARI Jr, 2002; FIRMINO & BINSFELD, 2013)
Durante séculos, o uso de plantas medicinais foi o único recurso terapêutico
disponível para tratar a saúde das pessoas. Com o caminhar do conhecimento
e dos avanços técnico-científicos, em especial no âmbito das ciências da
saúde, novas terapêuticas foram surgindo, dentre delas, a introdução gradual
do uso de medicamentos alopáticos no dia a dia das pessoas modernas, que
vem substituindo o uso das plantas medicinais, principalmente nas regiões
mais urbanizadas (BADKE et al., 2011; KORCZOVEI; ROMAGNOLO, 2013).
A medicina moderna se desenvolveu na maior parte do mundo, porém a
Organização Mundial de Saúde (OMS) “reconhece que ainda grande parte da
população dos países em desenvolvimento depende da medicina tradicional
para sua atenção primária, sendo que 85% da população que utiliza práticas
tradicionais faz uso de plantas ou preparações destas” (BRASIL, 2016, p. 16).
O Brasil tem importante papel no uso de plantas medicinais, pois é o país que
detém a maior parte da biodiversidade mundial, cerca de 20% a 15%, além
desse acervo genético, o Brasil também possui abundante diversidade cultural
e étnica, que permitiu o agrupamento dos diferentes conhecimentos e
tecnologias tradicionais, entre os quais se destaca o acervo de saberes sobre o
uso terapêutico de plantas medicinais. De acordo com a Política e Programa
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2016, p. 18), “o Brasil
com seu amplo patrimônio genético e sua diversidade cultural, tem em mãos a
oportunidade para estabelecer um modelo de desenvolvimento próprio e
soberano na área de saúde e uso de plantas medicinais”.
O cuidado através das plantas medicinais é favorável à saúde, desde que a
pessoa possua autonomia de escolhas para o cuidado, além de possibilitar
menor dependência médica e medicamentosa (BADKE et al., 2011;
MACHADO; PINHEIRO; GUIZARDI, 2004)
Já em minha experiência de vida, sempre me chamou atenção o emprego
terapêutico de plantas medicinais, que geralmente os idosos utilizam, exemplo
de minha avó que faz uso destes conhecimentos em plantas medicinais há
anos. Outro ponto que observei a respeito do uso de plantas medicinais, foi o
fato de ser uma terapêutica de baixo custo, ou seja, acessível às pessoas, e o
porquê dessa prática não ser mais disseminada, principalmente aos jovens,
mesmo com a implantação da política e programa nacionais a partir do ano de
2006.
Todos estes questionamentos me incitaram a necessidade de aprender mais
sobre o tema, meses depois tive a oportunidade de participar de um projeto
ensino de botânica, junto ao curso de Ciência, Naturais onde pude observar os
trabalhos feitos com as plantas. No entanto, ainda senti que precisava
aprimorar meus conhecimentos a respeito do uso terapêutico das plantas.

História sobre o uso de plantas medicinais


A evolução do homem através do tempo sempre esteve acompanhada do
conhecimento das plantas. Desde que começaram a aparecer as doenças, os
homens trataram de combatê-las da forma que sabiam, sendo a natureza o
primeiro remédio e a primeira farmácia a que o homem recorreu, além de
utilizar as plantas também como alimento. Imagina-se que foi através da
observação dos animais, que buscavam nas ervas cura para suas afecções,
que o homem passou a utilizar as plantas medicinais. Todo esse conhecimento
de início foi transmitido verbalmente por gerações, para depois, com o
aparecimento da escrita, em caracteres cuneiformes, passar a ser registrado e
guardado como um tesouro (FERRO, 2008; FRANCESCHINI FILHO, 2004).
Consideram-se como primeiros documentos escritos as placas/tábuas de barro,
atualmente conservadas no British Museum, onde se encontraram diversas
receitas e referências a medicamentos de ervas. Ainda na mesopotâmia, em
2700 a.C. foi descoberta Pen T’asso, a primeira obra sobre plantas medicinais,
que descreve o uso da cânfora, efedra e ginseng. Ao longo da história muitos
foram os documentos sobre plantas medicinais, como o Papiro de Erbs, o
Tratado de Odores, Tratado de Matéria Médica, a obra De Rustica, a
publicação Corpus Hippocratcum, Dicionário de Drogas Simples, além da
criação de diversas teorias, como Teoria da Assinatura, Teoria dos Sinais ou
Teoria da Similitude, entre tantas outras (FERRO, 2008).
Na Idade Média adventos históricos que ocorreram na Europa, tais como a
ascensão e queda do Império Romano e o fortalecimento da Igreja Católica,
provocam um período de ciência estagnada, em que somente a Igreja tinha
acesso ao conhecimento. Dessa forma o uso de plantas medicinais era restrito
aos monges e sacerdotes da Igreja Católica, que redefini as concepções de
doenças como pecado ou mal dos céus e qualquer prática realizada fora de
instituições religiosas eram consideradas como práticas de bruxarias ou
alquimia (BADKE, 2008; FERRO, 2008; HOFFMANN; ANJOS, 2018). Ainda na
Idade
Média, durante a conquista da América, os sacerdotes da Igreja Católica que
se dirigiram para o Novo Mundo, puderam ensinar e aprender com os xamãs
indígenas, seus saberes referentes ao uso de plantas medicinais (ALONSO,
2008).
Já na Era Moderna, no período do Renascimento ocorre a retomada dos
estudos e valorização da experimentação e da observação direta, dando
origem a um novo progresso no conhecimento das plantas medicinais e suas
aplicações. (BADKE, 2008; FERRO, 2008). Cabe salientar que o recurso
terapêutico era unicamente realizado por meio do uso de plantas medicinais,
minerais e animais, até o século XIX, quando Friedrich Wohler sintetizou a
ureia a partir de uma substância inorgânica (cianato de amônia), inaugurando a
indústria de síntese química (HOFFMANN; ANJOS, 2018; ALONSO, 2008).

A Idade Contemporânea, marca a liderança dos produtos de síntese química,


relegando as plantas medicinais a uma prática médica menor. Os produtos
sintéticos no entanto continuaram surgindo do meio natural, entre eles:
aspirina, penicilina, vincristina, reserpina, atropina, entre outras. (ALONSO,
2008). No final dos anos 50 ocorreu a tragédia da talidomida, que havia sido
apresentada (com pelo menos 52 nomes comerciais) ao mundo como uma
droga mágica e por fim acometeu milhares de seus usuários, causando
anormalidades, malformação em crianças e taxa de mortalidade entre as
vítimas que variou entre 40% e 45%, constituindo o ponto de partida para a
aplicação dos conceitos de segurança e dando origem aos primeiros
departamentos de farmacovigilância dos medicamentos. (MORO; INVERNIZZI,
2017)

O Governo Federal Brasileiro então aprovou a Política Nacional de Plantas


Medicinais e Fitoterápicos, por meio do Decreto nº 5.813, de 22 de junho de
2006, tendo suas diretrizes detalhadas no Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), aprovado pela Portaria Interministerial nº
2.960, de 09 de dezembro de 2008. O objetivo da Política e do PNPMF é
“garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas
medicinais [...] promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o
desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional” (BRASIL, 2009,
p. 12).

Sobre o uso de plantas medicinais, o Brasil tem importante papel, pois é o país
que detém a maior parte da biodiversidade mundial, cerca de 20% a 15%, além
desse acervo genético, o Brasil também possui abundante diversidade cultural
e étnica que permitiu o agrupamento dos diferentes conhecimentos e
tecnologias tradicionais, entre os quais se destaca o acervo de saberes sobre o
uso terapêutico de plantas medicinais.
De acordo com a Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos (BRASIL, 2016, p. 18), “o Brasil com seu amplo patrimônio
genético e sua diversidade cultural, tem em mãos a oportunidade para
estabelecer um modelo de desenvolvimento próprio e soberano na área de
saúde e uso de plantas medicinais”.

4. OBJETIVOS

Geral

Verificar o conhecimento e o uso terapêutico de plantas medicinais utilizadas


por idosos de uma comunidade do município de Santo Antônio de Pádua para
fins curativos.

Específicos

Caracterizar o tipo de conhecimento que determinadas pessoas da


comunidade possuem sobre plantas medicinais;

Identificar as espécies mais utilizadas no tratamento de enfermidades e as


suas razões para tais usos;

Verificar em textos acadêmicos a eficiência de tais plantas e seu respectivo


uso.

5. METODOLOGIA

5.1 Área de Estudo


O presente trabalho está em desenvolvimento desde abril de 2021 na área
urbana do município de Santo Antônio de Pádua. Este município encontra-se
localizado na região noroeste do estado do Rio de Janeiro, que é composta por
13 municípios e fica à 260 km da capital Rio de Janeiro. Sua área territorial é
de 669 km² e altitude de 86 metros em relação ao nível do mar.
O clima da região é quente e úmido e classificado como Aw de acordo com
Köppen e Geiger. No Município de Santo Antônio de Pádua a temperatura
média anual é de 22.9 °C e a pluviosidade média anual é 1.234 mm
(CLIMARTE-DATA.ORG, 2017) além de apresentar uma estação seca
pronunciada entre maio e agosto e uma estação chuvosa entre novembro e
março, esta última sujeita a veranicos, que podem atingir 20 dias. (TEIXEIRA
de ANDRADE et al, 2009).
O relevo de Santo Antônio de Pádua é ondulado com altitudes que variam
entre 35 e 680 metros. Geomorfologicamente o município se insere no Domínio
Morfoclimático de Mares de Morros, apresentando colinas em formato de “meia
laranja” e algumas serras, sendo as principais as serras do Catete e do Bonfim.
Este domínio percorre a faixa litorânea do Brasil indo do Sul até o Nordeste do
País (SILVA, 2011). A vegetação da região é composta de Florestas
Semidecíduas que está inserida no Bioma da Mata Atlântica (IBGE, 2017). No
entanto, a maior parte da cobertura vegetal de Santo Antônio de Pádua foi
suprimida nos últimos anos pela ação da agropecuária, diminuindo em mais de
90% a cobertura vegetal original da cidade (PEITER et al., 2005 ), restando
apenas fragmentos de florestas em vários níveis de sucessão ecológica.

5.2 coleta de dados


Para obtenção das informações, foram realizadas entrevistas com moradores
residentes do bairro, de forma aleatória. Alguns informantes foram indicados
pelos moradores da residência como conhecedores das plantas medicinais.
Os dados foram obtidos através de entrevistas estruturadas, com a utilização
de questionário, composto por cinco questões. As categorias e aspectos
analisados foram: perfil socioeconômico (idade, sexo, escolaridade e profissão),
plantas utilizadas, indicação terapêutica, parte utilizada (folha, casca, raiz etc),
modo de armazenamento antes e depois do preparo, de que forma adquirem e
qual o estado vegetal da planta (verde ou seco), forma de utilização (chá, suco,
banho etc) e proporção utilizada.
Os dados foram obtidos através de entrevistas estruturadas, com a utilização
de questionário dividido em tres partes. A primeira, contendo questões sobre os
dados de identificação e socioeconômicos dos entrevistados como: sexo, idade,
naturalidade, renda familiar mensal entre outros. A segunda formada por duas
questões, sobre as comorbidades e as medicações de uso contínuo dos idosos
entrevistados, a fim de identificar possíveis interações entre medicações e
plantas medicinais. A terceira parte é composta de questões mais abertas sobre
os saberes e práticas do uso de plantas medicinais pelos idosos, com afins de
deixar o entrevistado mais à vontade no momento de respondê-las, com isso
tornando mais tranquilo no momento das entrevistas.
6. RESULTADOS ESPERADOS

Com a realização desta pesquisa com o povo da comunidade pesquisada


espera-se saber com que frequencia e quais tipos de ervas medicianis utilizam
como recursos terapêuticos, principalmente para enfermidades menos
emergenciais, tais como, gripe, dores de cabeça e alterações gastrointestinais.
E qual o conhecimento que essas pessoas tem quanto ao uso das plantas
medicinais.
Observa-se que o uso de plantas medicinais por idosos é muito mais do que
uma prática popular, atualmente existem políticas e programas que promovem
essa alternativa terapêutica, o que exige dos profissionais de saúde,
principalmente os profissionais enfermeiros, para uma melhor e mais profunda
compreensão deste tópico.
Os profissionais de saúde precisam enfatizar os cuidados com plantas
medicinais, pois nem todas as apresentam os efeitos terapêuticos esperados
pelos praticantes, é importante que os cuidadores conheçam o contexto em
que estão atuando. Tolerar o conhecimento popular sem compreender as
crenças subjacentes de pacientes não possibilita o cuidado integral. Ao
contrário, a sociedade permanece presa a um modelo tradicional de cuidado
em que o profissional é o proprietário do conhecimento e portanto o
conhecimento fornecido pelo cliente não tem relevância para o processo
terapêutico. Apenas 12 fitoterápicos são distribuídos nos postos de saúde,
considerando que é um número muito pequeno, o que contribui para o
desconhecimento por parte dos profissionais de saúde, visto que um número
reduzido desses medicamentos disponíveis, possivelmente pouco prescritos
são pelo mesmo desconhecimento dos profissionais de saúde que prejudicam
a população porque poderiam utilizar recursos eficazes e acessíveis com
mais frequência e segurança.
O uso de fitoterápicos e plantas medicinais no Brasil é bastante difundido, mas
o que acaba complicando essa questão é o conhecimento dos constituintes
químicos exatos dados seus efeitos e a toxicidade de cada planta, que
poucos são descritos. Portanto, com essa alternativa de tratamento, sem o
conhecimento adequado do , não há como capacitar os profissionais de saúde
para orientar e prescrever adequadamente o SUS, muito menos prever os
resultados seguros e adequados desse tratamento.
Os próprios profissionais de saúde orientam a população de a continuar
usando plantas medicinais, dizendo que "os chás da avó podem ser bebidos"
ou "que as plantas medicinais não fazem mal". Essas frases preocupantes
mostram que os profissionais de saúde desconhecem os riscos inerentes a
plantas e os riscos de seu uso indiscriminado . abordagem aos profissionais de
saúde imersos em uma sociedade normativa, com tendência a desqualificar
os valores e práticas do conhecimento não científico, a ignorar o conhecimento
popular nesse sentido e a privar os indivíduos da oportunidade de expressar
eles próprios a sua singularidade; apenas visíveis para a ciência como
números a serem somados, que fazem parte de uma categorização de
diagnósticos já estabelecidos e de uma padronização da terapia que lhes é
imposta.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTONIO, G.D.; TESSER, C.D.; MORETTI-PIRES, R.O. Contribuições das plantas


medicinais: o saber sustentado na prática do cotidiano popular. Escola Anna Nery.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v15n1/19.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022.

CLIMART-DATA.ORG. Dados climáticos para cidades mundiais. Disponível em <


https://pt.climate-data.org/> acessado em 11 jul. 2022.

COUTINHO, D. F.; TRAVESSOS, L. M. A; AMARAL, F. M. M. Estudo etnobotânico de


plantas medicinais no Brasil. Visão Acadêmica, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 7-12, Jan.-Jun./
2002. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/academica/article/viewArticle/
493. Acesso em: 14 jul. 2022.

FIRMINO, F.C. BINSFELD, P.C. A biodiversidade brasileira como fonte de


Hamilton, A.C. 2004. Plantas medicinais, conservação e preservação. Biodiversidade e
Conservação 13: 1477-1517.

IBGE, Instituto brasileiro de Geografia e Estatística: cobertura vegetal. Disponível em:


http://www.ibge.gov.br. Acesso em 10 jul. 2022.

LACERDA et.al, 2013. medicamentos para o SUS. Disponível em: http://


www.cpgls.ucg.br Acesso em 23 jul. 2022.

NEWALL, Plantas Medicinas: Guia para profissional de saúde. Ed. Premier, 2002.

OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Traditional medicine strategy 2002- 2005.


Geneve, 2002. p 65. Disponível em:
http://www.wpro.who.int/health_technology/book_who_traditional_medicine_strategy_2002
_ 2005.pdf. Acesso em: 13 jul. 2022.

SAMPAIO, L.A.; OLIVEIRA, D.R.; KERNTOPF, M.R.; BRITO-JUNIOR, F.E; MENEZES,


I.R.A. Percepção dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre o uso da
fitoterapia. 17(1): 76-84, REME, 2013. Disponível em:
http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/580. Acesso em: 05 ago. 2022.
9. ANEXO

QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTA


Nome: Data: Nº do questionário:
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E SOCIOECONÔMICOS
1.1 Data de nascimento Idade
1.2 Sexo Feminino Masculino
1.3 Naturalidade
1.4 Cor/Raça Branca Negra Parda Outro
1.5 Estado civil Casado(a) Solteiro(a) Divorciado(a) Viúvo(a)
1.6 Renda família mensal Até 1 1 a 3 3 a 5 Mais de 5 Sem
Salário mínimo nacional de salário salários salários salários rendimento
R$ 998,00 reais s
1.7 Grau de Escolaridade
1.8 Profissão
2. DADOS CLÍNICOS
2.1 Apresenta comorbidades
(autorreferidas)
2.2 Medicações de
uso contínuo (nome e
posologia)
3. SABERES E PRÁTICAS EM RELAÇÃO AO USO DE PLANTAS MEDICINAIS
3.1 Utiliza plantas medicinais Não Sim
3.2 Obtenção das plantas Comprada Cultivada Colhida Ganhada
3.3 Fale-me sobre o que o sr(a) conhece sobre plantas medicinais?

3.4 Como o sr(a) começou a utilizar as plantas medicinais?

3.4 Quais plantas medicinais o sr(a) faz uso e para qual finalidade terapêutica?

3.5 Comparações que o sr(a) faz entre remédios de farmácia e o uso das plantas

3.6 Recebe orientações fitoterápicas Não Sim De quem e quando?

Você também pode gostar