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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia

Estudo de Plantas com Propriedades Fitoterapêuticas no tratamento da Asma- Caso de estudo


na Localidade de Nomiua, distrito da Maganja da Costa

Discente:

Ibraimo António Ricardo Rodrigues

Quelimane, Fevereiro de 2022


Estudo de Plantas com Propriedades Fitoterapêuticas no tratamento de Asma- Caso de estudo
na localidade de Nomiua, distrito da Maganja da Costa

Projecto dirigido ao Curso de Licenciatura em


ensino de Biologia, para autorização na realização
da Monografia.
NTRODUҪÃO
1. Introdução

Desde os tempos imemoriais, o homem busca, na natureza, recursos que melhorem sua
condição de vida para assim, aumentar suas chances de sobrevivência pela melhoria de sua
saúde. Em todas as épocas e culturas, ele aprendeu a tirar proveito dos recursos naturais
locais. O uso da medicina tradicional e das plantas medicinais em países em desenvolvimento
como Moçambique tem sido amplamente observado como base normativa para a manutenção
da saúde. A medicina, nesses países, valendo-se de tradições e crenças locais, ainda é o
suporte de cuidados com a saúde embora tenha seus impactos.

Este trabalho cujo o tema é estudo de plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento
da asma, caso de estudo na localidade de Nomiua no distrito da Maganja da Costa aborda
aspectos vividos dia pós dia no local em estudo, visto que a asma é um sério problema de
Saúde a nível mundial afectando todos os grupos etários e raças, assim como diferentes etnias.
E esta por sua vez tem se apresentado de forma mais frequente e severa nas crianças e idosos.

Nos países com escassos recursos económicos, como é o caso de Moçambique, espera-se um
aumento do número de casos devido ao crescimento demográfico, numa pirâmide
populacional ainda invertida pelo predomínio das faixas etárias mais jovens, aumento da
urbanização, industrialização e mudanças no estilo de vida.

Em Moçambique o estudo ISAAC (2007), reportou uma prevalência da Asma estimada entre
13% nas crianças dos 6–7 anos e adolescentes dos 13–14 anos sendo significativamente mais
frequente e grave nas áreas suburbanas e semi-rurais provavelmente como resultado das
precárias condições sociais. No Serviço de Pneumologia do HCM, nos últimos 5 anos, a
Asma constituiu a primeira causa das consultas e a terceira causa de internamento.

A Asma é responsável a nível mundial, por mais de 250 mil óbitos ao ano. Nos países
industrializados, a mortalidade é cerca de 1 por 100 mil habitantes mas pode atingir os 9 por
100 mil habitantes. Pelo contrário, em países de baixo recurso económico como o caso de
Moçambique, a falta de informação estatística torna difícil a estimativa da sua mortalidade.

E para combater esta doença, a população da localidade de Nomiua, por insuficiência de


meios para se deslocar até ao posto de saúde, por este se encontrar distante recorrem a meios
alternativos para o tratamento da asma plantas com Propriedades fitoterapêuticas para tratar a
asma.

Embora a maioria dos programas estaduais e municipais de fitoterapia em funcionamento nas


regiões do país (Moçambique) respeita a obrigatoriedade da necessidade de indicação médica,
ou seja, as plantas medicinais e os fitoterapêuticos devem ser prescritos para que a unidade de
saúde realize a dispensação. Há casos, porém, de programas públicos em que essa premissa
não é respeitada, ocorrendo a distribuição de plantas medicinais sem receita médica e tal fato
pode acarretar problemas, uma vez que as plantas medicinais e os seus derivados não estão
isentos de reacções adversas, efeitos colaterais e interacções entre outras plantas medicinais,
medicamentos e/ou alimentos.
Neste sentido, este trabalho tem como principal objectivo analisar o impacto de plantas com
propriedades Fitoterapêuticas no tratamento da asma na localidade de Nomiua e para o efeito,
o trabalho esta dividido em três capítulos dentre os quais Introdução, embaçamento teórico e o
terceiro que corresponde a metodologias.

1.1. Problematização

A asma juntamente com tantas outras doenças respiratórias, constituem um problema de saúde
pública em muitos países subdesenvolvidos donde Moçambique faz parte. Esse facto faz com
que a procura de cuidados sanitários seja cada vez mais crescente, numa realidade em que o
rácio unidade sanitária/habitantes está muito longe do desejado.

A asma é uma doença inflamatória crónica, que representa um problema de saúde pública
com altos números de óbitos e elevado impacto socioeconómico. A patologia é caracterizada
pela fase imediata, mediada pela resposta aguda de células inflamatórias, e a tardia, que é
responsável pela resposta com envolvimento de células específicas do sistema imunológico.
Actualmente, os principais tipos de fármacos utilizados no tratamento da asma são os bronco
dilatadores e agentes anti-inflamatórios, que aliviam os sintomas de bronco espasmo e
diminuem a inflamação das vias aéreas. Entretanto, terapias com esses medicamentos não são
totalmente eficazes e provocam efeitos adversos. A escassez de fármacos seguros e o baixo
acesso da população carente aos tratamentos utilizados estimulam a busca de novas
substâncias potencialmente úteis no tratamento da asma. Produtos naturais de origem vegetal
representam um grande potencial farmacológico contra asma, uma vez que podem fornecer
moléculas diversas com mecanismos específicos para tratamento e controle da patologia. A
busca por terapias mais eficientes e específicas para o processo asmático mostra que a procura
nos produtos naturais é promissora e possui um papel importante para a descoberta de novas
terapias contra a asma.

A localidade de Nomiua, distrito de Maganja da Costa não foge dessa regra se tomarmos em
consideração os dados do Ministério da Administração Estatal (MAE, 2014), que indicam a
existência de uma unidade sanitária por cada 19.083 pessoas, podendo percorrer
aproximadamente 15 km para alcançar essas unidades.

O que tem se constatado é que para contornar essa situação de insuficiência de centros de
saúde agudizada com as distâncias que devem ser percorridas, parte da população daquela
localidade recorre a outras alternativas, recorrendo a plantas com propriedades
fitoterapêuticas como solução para o tratamento de doenças respiratórias como asma,
constipação entre outras. Entretanto, tomando em consideração a prática de uso de plantas
medicinais para fins terapêuticos é frequente e legal no nosso país, mas nem toda a população
tem o domínio do seu uso e pelo desconhecimento dos princípios activos e da dosagem,
embora seja observável o seu uso de forma indiscriminada, levanta-se a seguinte questão:

Qual é o impacto do uso de plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma


na localidade de Nomiua?

1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto de plantas com propriedades Fitoterapêuticas no tratamento da
asma na localidade de Nomiua.
1.2.2. Objectivos Específicos
 Aferir o grau de aderência da população de Nomiua a uso de plantas com propriedades
fitoterapêuticas no tratamento da asma;
 Identificar as plantas com propriedades Fitoterapêuticas no tratamento da asma na
localidade de Nomiua;
 Mencionar as plantas com propriedades fitoterapêuticas que servem para o tratamento
da asma;
 Explicar os impactos provocados por plantas com propriedades fitoterapêuticas no
tratamento da asma;
 Averiguar a dosagem aplicada pela população da localidade de Nomiua ao ingerir o
medicamento extraído de plantas com propriedades fitoterapêuticas;
1.3. Perguntas de Partida
 Qual é o impacto de plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma
na localidade de Nomiua?
 Quais são as plantas com propriedades fitoterapêuticas usadas no tratamento da asma
na localidade de Nomiua?
1.4. Justificativa e relevância de estudo

A escolha do tema deveu-se pelo facto do autor ter constatado que parte da população da
localidade de Nomiua, distrito de Maganja da Costa, na impossibilidade de tratar doenças
respiratórias, aliado a longas distâncias e falta de recursos para se deslocar aos centros de
saúde, tem como alternativa o uso de plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento
da asma. Motivou-me também o facto de que sempre que passei as minhas férias estudantis
naquela região, por ser funcionário de lá e parte da minha família se encontrar residindo nessa
localidade, as folhas de plantas com propriedades medicinais serviam de recurso para o
tratamento de eventuais casos dessa doença no seio da família por se encontrar residindo lá.

A nível pessoal: a pesquisa ajudará o autor a compreender de forma clara, o estudo de plantas
com propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma na localidade de Nomiua no distrito
da Maganja da Costa. Igualmente, esta pesquisa conduzira a busca e solidificação do
conhecimento científico, pois permitira a aplicação do aprendizado (aspectos teóricos) no
campo de pesquisa (aspectos práticos).

A nível social: Por se tratar de uma pesquisa científica que procura perceber e contribuir para
a resolução do problema em benefício de um bem comum, ou seja satisfação da colectividade,
a pesquisa permitira minimizar os impactos provocados por plantas com propriedades
fitoterapêuticas no distrito da Maganja da Costa.

Na ordem académica, essa pesquisa poderá trazer a tona à realidade ali vivida, ocasionando
uma crítica construtiva para a melhoria de saúde do distrito da Maganja da Costa. Além disso,
despertará a atenção das autoridades locais, para o alinhamento de estratégias de prevenção, e
também para a realização de futuras pesquisas naquele ou em outros locais com as mesmas
características.

1.5. Delimitação espacial, temporal e temática do estudo.

Segundo Marconi e Lakatos (2012, p. 118):

"O processo de delimitação de tema só é dado por concluído quando se faz limitação
geográfica e espacial do mesmo, com vista na realização da pesquisa. Muita das vezes
as verbas disponíveis determinam ma limitação maior do que o desejado pelo
coordenador, mas se pretende um trabalho científico, é preferível o aprofundamento".

No que diz respeito a delimitação espacial, a pesquisa será desenvolvida na Província da


Zambézia, distrito de Maganja da Costa no período compreendido entre 1 a 2 Meses, entre os
dias 01 Fevereiro à 30 de Março de 2022.
Por fim no que diz respeito a delimitação temática, esta investigação é realizada com suporte
científico e instrumentos adquiridos durante os estudos desenvolvidos nos módulos estudados
no curso de Biologia, de forma concreta na cadeira Botânica.

1.6. Enquadramento disciplinar

De acordo com o tipo de pesquisa, o problema e os objectivos do mesmo encaixam-se no


curso de biologia especificamente na cadeira de Botânica.

1.7. Questões Éticas

Ética é um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos


outros homens na sociedade em que vive, garantindo, o bem-estar social, ou seja, Ética é a
forma que o homem deve se comportar no seu meio social (Glock & Goldim, 2003).

É de extrema importância ter em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas
nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as actividades que uma
pessoa pode exercer como a generosidade, cooperação, não fazer somente o que lhe é
imposto, mas buscar ir sempre além e um constante aprendizado e melhora. Independente da
profissão que optamos por seguir é necessário estar sempre aberto e receptivo, além de tentar
ser melhor a cada dia (Glock & Goldim, 2003).

CAPITULO II: EMBASSAMENTO TEORICO

2. Literatura Conceptual
A fitoterapia é uma medicina tradicional, ou seja, ela é utilizada desde os primórdios
ancestrais em diversas culturas, transmite seu conhecimento através dos tempos, tem como
característica o aspecto forte em meio a integração social que facilita aceitação e adesão
terapêutica no tratamento de doenças. Através disso, esse carácter é atribuído por meio da
integração social para aceitação terapêutica, com que faz que contribua para o sucesso do
tratamento. Teve seu surgimento em meio ao ser humano, em função de suas necessidades
básicas, compondo uma gama terapêutica (MARQUES, 1997).

A fitoterapia é considerada um método terapêutico, que pode ser utilizada não somente pela
indústria farmacêutica, mais também por outras especialidades médicas. Com isso, para que
seja utilizada de maneira correta é necessário que tenha indicação médica, por pressupor a
elaboração de um diagnóstico e avaliação de técnicas convencionais, podendo ser executada
quando há prescrição e supervisão médica (REIS; BOORHEM, 1998).
Plantas Medicinais

As plantas medicinais em relação ao seu conceito, Rizzini e Mors (1995), definem como
aquelas que tem efeito sobre alguma doença ou sob algum sintoma, que apresentem
resistência a experimentação científica, tendo princípios activos conhecidos em sua acção
farmacológica, vindo a produzir matéria prima para a indústria farmacêutica.

Who (1978), menciona que planta medicinal é qualquer planta que contenha substâncias
biologicamente activas, que possam ser usadas como fins terapêuticos ou que possam servir
de matérias primas ou precursores para síntese químico farmacêutica.

Propriedade, em sentido amplo, é entendida como a qualidade inerente aos corpos. Nesse
caso, implica as características essenciais que compõem algo. Para a Declaração de Direitos
do homem e do cidadão, a propriedade é um direito inviolável e sagrado, isto é, ninguém pode
ser dela privado a não ser quando uma necessidade pública, legalmente constatada, exigi-lo de
modo evidente e sob condição de uma indemnização justa e prévia

Segundo Longo (2015). Chama-se doença ao processo e ao estado causado por uma afecção
num ser vivo, que altera o seu estado ontológico de saúde. Este estado pode ser provocado por
diversos factores, podendo ser intrínsecos ou extrínsecos ao organismo enfermo. Estes
factores denominam-se noxas (do grego nósos).

A asma (também conhecida como “bronquite asmática” ou como “bronquite alérgica”) é uma
doença que acomete os pulmões, acompanhada de uma inflamação crónica dos brônquios
(tubos que levam o ar para dentro dos pulmões). Os conhecimentos iniciais sobre a doença
eram restritos, mas com os avanços da medicina nas últimas décadas, passou-se a conhecer
melhor suas causas, mecanismos envolvidos, surgindo novos medicamentos e tratamentos. No
entanto, apesar de todos os progressos, a asma ainda hoje é uma doença problemática e que
pode levar à morte (World Heaith Organization, 2008).

2.2. Fitoterapêuticos
Segundo Santos (s.d). Os medicamentos fitoterapêuticos são definidos pela ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como aqueles que são obtidos a partir de
derivados vegetais e que os riscos, os mecanismos de acção e onde agem no nosso corpo são
conhecidos. Esses medicamentos são feitos exclusivamente de matéria-prima vegetal. É
importante destacar que não é considerado um fitoterapêutico aquele medicamento que
contém substâncias activas isoladas, bem como sua associação com extractos vegetais.

Ainda Santos (s.d) diz que todo fitoterapêutico deve ter sua acção comprovada através de
estudos farmacológicos e toxicológicos. Além disso, deve-se fazer um levantamento dos
artigos publicados, bem como do conhecimento tradicional sobre determinada espécie
vegetal. Só após confirmadas sua acção e qualidade, ele é registrado.

2.3. Literatura Focalizada


Em Mocambique são poucos ainda os estudos feitos na área de plantas medicinais, podendo
por isso se mencionar como se segue:

Jansen e Mendes (1983a, 1983b, 1990, 1991), compilaram essencialmente apartir do materoal
do herbário quatro tomos contendo informações valiosas sobre plantas medicinais para o
tratamento da asma.

As doenças e infecções do trato respiratório podem afectar tanto os órgãos das vias aéreas
superiores (vias nasais), quanto inferiores (brônquios e pulmões). Entre as infecções do
sistema respiratório que podem ocorrer nas vias superiores, as mais comuns são: resfriado,
infecção de garganta e sinusite, e as infecções das vias inferiores, causam doenças como:
gripe, pneumonia, tuberculose e bronquiolite (Azevedo et al., 2015).

Segundo o Ministério da Saúde as doenças respiratórias crónicas reflectem um dos maiores


problemas de saúde mundial e causam grande impacto económico e social já que geram
limitações físicas, emocionais e intelectuais aos indivíduos afectados. As doenças
respiratórias crónicas fazem mais de quatro milhões de vítimas por ano (Who, 2007).

Entre as doenças crónicas que acometem o trato respiratório, as mais frequentes em


Moçambique são a Asma, a Rinite alérgica, a Tuberculose, Gripe, Pneumonia, e a doença
pulmonar obstrutiva crónica. Segundo a OMS 235 milhões de pessoas sofrem de asma, e é a
doença crónica mais comum entre crianças.

A Asma é uma doença heterogénea usualmente caracterizada por um processo inflamatório


crónico das vias aéreas. É definida por uma história de sintomas respiratórios recorrentes de
pieira, aperto torácico, dispneia e tosse que variam de intensidade ao longo do tempo
associado a uma limitação variável do fluxo aéreo expiratório (GINA 2016)

ASMA
Asma

Inflamação Sintomas limitação


Heterogénea Crónica das variado ao variável
vias aéreas longo dos
LAMAÇÃO do fluxo
FLAMAÇÃO anos aéreo
CRÓNICA

Diz a OMS que a asma é uma doença muito comum em crianças do sexo masculino e ocorre
devido a uma inflamação nas partes internas do pulmão, provocando inchaço e reduzindo a
passagem do ar nestas estruturas (Arias, 1999).

 Sintomas

Segundo Ministério de Saúde (2012). Caracteriza-se por um processo que afecta todo o
organismo e não somente as vias aéreas inferiores, que aumentam a produção de secreções e
prejudicam a passagem de ar. O asmático tem tosse frequente, prolongada, geralmente durante
a noite, nem sempre com catarro; chiado, cansaço, opressão no peito com dificuldade para
respirar. Esses sintomas podem aparecer juntos ou ocorrer isoladamente. A existência de tosse
crónica ou falta de ar ao praticar exercícios físicos podem ser sintomas de asma.

 Diagnóstico

Diz ainda Ministério de Saúde (2012) que pela história que o paciente conta para o médico e
por observações feitas durante o exame clínico, tais como: chiado, tórax exageradamente
cheio de ar, presença de rinite alérgica (espirros repetidos, nariz escorrendo, entupimento e
coceira do nariz, que pode ser intensa) e existência de familiares com doenças alérgicas e
asma. Exames para alergia e provas de função respiratória auxiliam no diagnóstico.

 O que desencadeia a asma:


De acordo com Ministério de Saúde (2012). A asma pode ser causada por vários factores,
como:

 alergia: poeira, ácaro, pólen, fezes de barata, pêlos de animais;


 infecções: viroses, como gripes e resfriados, ou ainda as sinusites;
 mudanças de tempo;
 fumaças;
 poluição;
 cheiros fortes;
 esforço físico;
 aspectos emocionais;
 exposição ao ar frio;
 outras causas: alguns tipos de medicamentos, alguns alimentos, causas hormonais,
factores relacionados ao trabalho.

Prevenção:

 deixar o ambiente de convívio diário, principalmente o quarto, bem limpo e arejado;


 a limpeza deve ser diária com aspirador de pó (de preferência que tenha o Filtro
HEPA) e pano húmido, sem produtos com cheiro forte.
 não usar vassouras nem espanadores, pois espalham a poeira fina, que ficará em
suspensão e voltará a se depositar;
 retirar tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, estantes com livros, enfim, tudo que
facilite o acúmulo de pó

Na maioria dos países, a população mais carente é a que mais está sujeita ao desenvolvimento
de doenças respiratórias crónicas e mortes prematuras decorrentes destas, devido às
dificuldades no acesso aos serviços de saúde e maior exposição aos factores de risco como
combustíveis sólidos dentro de casa e ambientes profissionais pouco seguros. Pessoas que
sofrem com doenças como a asma perdem muita qualidade de vida, tendo menos
possibilidades de trabalhar ou cuidar da família, levando ao ciclo (Who, 2008).

No trabalho de Silva Filho et al. (2017), com o objectivo analisar as principais infecções
respiratórias de importância clínica e os principais agentes etiológicos, identificou-se que o
agente etiológico de maior prevalência das infecções são os vírus, presentes em mais de 70%
dos casos de infecções respiratórias, com ênfase no vírus da Influenza como sendo o mais
predominante. O autor aponta a importância de um diagnóstico correto visto que muitas
infecções virais tem sido tratadas como infecções bacterianas, confirmando a existência de
negligencia por parte dos órgãos de saúde quanto à gravidade das doenças respiratórias.

No entanto, não a vendo acesso a serviços de saúde básico em algumas zonas recondidas de
Moçambique, maior numero das populações da zonas rurais recorrem a moda dos nossos
antepassados para o tratamento de doenças respiratórias, como é o caso do distrito da
Maganja da costa que usa plantas com propriedades fitoterapêuticas para o tratamento de
doenças respiratórias.

Breve historial do uso de plantas medicinais para o tratamento da asma

A utilização das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o
aparecimento do próprio homem. A evolução da arte de curar possui numerosas etapas,
porém, torna-se difícil delimitá-las com exactidão, já que a medicina esteve por muito tempo
associada às práticas mágicas, místicas, ritualísticas e envolvendo a religião. O uso de plantas
medicinais pela população tem sido muito significativo nos últimos tempos. E a preocupação
com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre se fez presente (PIVA,
2002).

Os registros de utilização de plantas como remédio datam da era paleolítica, pela identificação
de pólen de plantas medicinais em sítios arqueológicos. Relatos escritos mais sistematizados
foram encontrados na Índia, na China e no Egipto e datam de milhares de anos antes da
civilização cristã (SAAD et al., 2009). A utilização de medicamentos fitoterápicos, com
princípios de serem utilizados com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de
diagnósticos passou a ser oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) no ano de 1978, sendo recomendado a sua difusão em nível mundial do conhecimento
necessário para o seu uso (SILVA et al, 2014).

Moçambique não é excepção aos factos acima apresentados pois, até aos dias actuais, as
práticas de cura, também conhecidas pelo nome de medicina tradicional, são solicitadas por
pessoas de variadas classes, moradoras das zonas rurais ou urbanas. Embora se trate de uma
experiência mundial, inclusive na Europa, entre os discursos médicos vigentes, ainda se faz
notar a ideia de que o seu uso é mais abundante e inerente ao continente africano
(SANTANA, 2011 apud PEMBELANE, 2015:5)

Dessa forma, SANTANA (2011) apud PEMBELANE (2015:5), argumenta que na segunda
metade dos anos 70 a medicina tradicional começou a ganhar espaço e valorização nas
políticas e estratégias de saúde no país, altura em que foi criado em 1977, no Ministério da
Saúde, um Gabinete de Estudos de Medicina Tradicional, com o objectivo de recolher
espécimes de plantas utilizadas pelos praticantes de medicina tradicional, e recolher
informações sobre as patologias tratadas com as mesmas plantas assim como a metodologia
utilizada, mas sem objectivo de integrá-los nos programas preventivos ou de tratamentos de
doenças, mesmos as consideradas endémicas.

As plantas medicinais representam a principal matéria médica utilizada pelas chamadas


medicinas tradicionais, ou não ocidentais, em suas práticas terapêuticas, sendo a medicina
popular a que utiliza o maior número de espécies diferentes (LÉVÊQUE, 1999:90)

De acordo com KROG et al., (2006:2) apud SENKORO et al., (2012), em Moçambique cerca
de 15% do total dos recursos genéticos vegetais (estimado em cerca de 5. 500 espécies de
plantas) são usados pelas comunidades rurais para fins medicinais e desempenham um papel
fundamental nos cuidados de saúde básicos.

2.3.1. Plantas usadas no tratamento da asma


Inúmeras são as indicações e propriedades das plantas medicinais, visto que apresentam uma
enorme diversidade de princípios activos, e uma mesma espécie pode ser indicada para
diferentes sistemas e tratamentos. Grande parte das espécies possuem 19 propriedades que
tem acção no tratamento de doenças do sistema respiratório, que são responsáveis por grande
parte do adoecimento e morte em adultos e crianças no mundo todo. (Toyoshima et al., 2005).

Dentre as plantas que são utilizadas em Moçambique pela população para o tratamento de
doenças da asma, podemos citar:

 A Goiabeira

A goiabeira pertence à família Myrtaceae, sendo amplamente distribuída em países de clima


tropical, subtropical e mesmo em países de clima mais frio, sem geadas (MEDINA, 1991).

Myrtaceae é uma família de plantas dicotiledóneas e composta por cerca de 130 géneros e
3.800 espécies de árvores e arbustos que se distribuem por todos os continentes, à excepção
da Antártica, 27 mas com nítida predominância nas regiões tropicais e subtropicais do mundo,
principalmente na América e na Austrália (GRESSLER et al., 2006).

Os espécimes de Myrtaceae compreendem em plantas lenhosas, arbustivas ou arbóreas, com


folhas inteiras, de disposição alternada ou oposta e às vezes oposta cruzada, com estipulas
muito pequenas. Suas flores são em geral brancas ou às vezes vermelhas, efémeras
hermafroditas, de simetria radial e frutos geralmente do tipo globulosos (ALVES et al., 2008).

Dentre os géneros desta família, destaca-se o género Psidium que apresenta cerca de 150
espécies, e podem ser encontrados ao longo dos trópicos e subtópicos da América e da
Austrália. As espécies do género Psidium podem ser caracterizadas por árvores e arbustos que
possuem folhas simples, opostas, geralmente cruzadas, com típica venação broquidódroma;
flores solitárias, axilares ou pequenos racemos, dicásio ou botrioides (geralmente com 1-3
flores); as flores são pentámeras em que os botões maduros variam de a 15 milímetros; cálice
possui morfologia variável, oscilando de cupuliforme até caliptrado, raramente apendiculado;
as pétalas são livres e alternadas de cor branca ou creme, há muitos estames, ovário ínfero,
com dois a cinco lóbulos (SOARES-SILVA & PROENÇA, 2008).

Diferentes partes desta planta são utilizadas na medicina popular para o tratamento de várias
doenças, as cascas têm sido empregadas no tratamento de diarreia em crianças; as folhas são
usadas para o alívio da tosse, distúrbios pulmonares, feridas e úlceras e o fruto utilizado como
tónico, laxante e anti-helmíntico (LEEA et al.,2012).

Classificação científica da goiabeira

Dominio: Eukarya

Regnum: Plantae

Subregnum: Tracheobionta

Divisio: Magnoliophyta

Classis: Magnoliopsida

Subclassis: Rosidae

Ordo: Myrtales

 Aboboreira
Segundo Patro, Raquel (2013), Aboboreira é a designação comum atribuída aos membros
da espécie Cucurbita pepo, pertencente à família Cucurbitaceae e ao género Cucurbita. Esta
espécie pertencem à mesma família que a melancia, o melão, a curgete entre muitos outros.

As suas folhas são normalmente bastante grandes e com coloração verde. As suas flores são
muito grandes, frágeis e possuem coloração amarela, sofrendo polinização cruzada,
normalmente com o auxílio de insectos polinizadores. Uma aboboreira produz flores com
ambos os sexos, isto é, o mesmo individuo apresenta dois tipos de flores, umas femininas e
outras masculinas. Os seus frutos possuem geralmente casca dura e polpa pouco consistente
de cor alaranjada..

As diferentes partes da aboboreira podem possuir utilizações medicinais, como as


suas sementes após serem fervidas com um bocado de agua serve para tratar a asma. Não so,
as outras partes servem para o tratamento de determinadas infecções entre diversos outros
problemas de saúde.

Características

 Anatómicas: Folhas grandes, flores amarelas grandes e frágeis.


 Tamanho: No máximo 2,5 metros de altura.

Classificação Científica

Reino: Plantae

Filo: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Violales

Família: Cucurbitaceae

Género: Cucurbita

Espécie: Cucurtiba pepo


2.3.1. Impacto de uso de plantas com propriedades fitoterapêuticas
Devido à falta de estratégias para o controle e prevenção de intoxicações, processos de
intoxicação humana por diversos agentes, inclusive as plantas, têm representado um grande
problema de saúde pública (Vasconcelos et al., 2009).

Com as evidências do crescente uso da medicina natural entre a população Moçambicanas,


estudos e comprovações científicas de sua eficácia são de imensa importância para se evitar
intoxicações e tratamentos sem eficácia, portanto, seu uso envolve cuidados essenciais (Vieira
et al., 2016). Como diz o velho ditado, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose,
portanto diversos são os cuidados que devem ser tomados, como dosagens, forma de uso,
ciclo de vida e parte da planta a ser utilizada (Vieira et al., 2016).

As plantas, assim como outros seres vivos, produzem inúmeras substâncias químicas, que
nem sempre vão agir apenas de forma benéfica com outros organismos. É necessário que as
espécies sejam estudadas sob pontos de vista químico, farmacológico e toxicológico para se
assegurar o seu uso medicinal (Ritter et al., 2002).

É comum a concepção de que fitoterapêuticos não provocam nenhum risco a saúde, devido ao
fato de se originarem das plantas, no entanto, assim como qualquer outro medicamento, estes
produtos possuem efeitos colaterais e podem ser até tóxicos, já que a maior parte das plantas
ainda não possuem eficácia comprovada, sendo assim, o ideal é que o uso seja feito a partir de
orientações médicas (Franco et al., 2011).

O uso de plantas pode ocasionar reacções alérgicas potenciais ou outras doenças devido às
interacções com medicamentos prescritos, e segundo Allen, Bond e Main (2002) alguns dos
venenos mais potentes já conhecidos, são derivados directamente de plantas.

2.4. Literatura Empírica


Segundo Oliveira (2007), em seu estudo investigativo do conhecimento sobre plantas
medicinais e fitoterápicos e potencial de toxicidade por usuários de Belo Horizonte – MG, a
maioria dos entrevistados não reconhecem os efeitos colaterais, contra-indicações, efeitos
tóxicos e reacções adversas advindos do uso das terapias naturais, sendo comum o emprego
de frases como: “é natural, não tem química”, “se bem não fizer, mal não faz”, “tudo sem
efeito colateral, não é igual ao da Farmácia”, “não tem contra-indicação” e “é bom porque
posso tomar quantas vezes eu quiser”, sendo assim imprescindível a implementação de
medidas educativas e informativas para o uso racional de plantas medicinais (Oliveira, 2007)

No estudo de França et al. (2008), com objectivo de verificar se os herbolários oferecem


informações corretas quanto a utilização das plantas medicinais e orientações acerca de
possíveis intoxicações e interacções medicamentosas, verificou-se que, apesar dos
participantes apresentarem bom conhecimento dos princípios activos, observou-se falta de
coerência e padronização em algumas indicações, e também a falta de capacitação destes
herbolários em orientar sobre as possibilidades de interacções medicamentosas e intoxicação,
além de formas de preparo, limpeza, armazenamento e tempo de vida útil das ervas (França,
2008).

No Brasil, o uso de plantas com finalidades terapêuticas e em rituais religiosos, têm sua
origem advinda de diversas culturas, representada pelas tradições dos indígenas brasileiros
(povos originários) e das culturas africanas e europeias (Silva et al., 2001). Algumas espécies
foram trazidas pelos escravos africanos e daí veio a contribuição destes povos. Quanto aos
indígenas, por meio dos pajés, passaram a sabedoria das ervas locais para seus descendentes e
os europeus, quando vieram, absorveram as informações dos nativos, unindo assim com o
conhecimento das espécies europeias que foram também trazidas e introduzidas no país
(Vieira, 2012).

As plantas medicinais são usadas como uma prática comum no Brasil, sendo transmitida de
gerações, essas práticas são repassadas e realizadas por meio do extrativismo, a sua cultura
tem fundamento por meio da cultura indígenas que habitaram o Brasil, que tinham suas
tradições, após posteriormente o uso da cultura de europeus e africanos que vieram ao país
posteriormente (SIMÕES, 1998).

As plantas medicinais são úteis no tratamento de diversas doenças, a fitoterapia brasileira


passou por um desenvolvimento no século XX, quando a atenção farmacêutica passou a
utilizar plantas consagradas pelo uso popular (ABMC, 2002).

A erva Tanchagem, nome científico como Plantago Major, é uma planta que pode ser
utilizada no tratamento de asma, possui propriedades expectorantes que auxiliam na retirada
das secreções típicas de alergias respiratórias como asma, a sinusite e a renite, para este
tratamento deve ser utilizado o chá da planta. Essa planta também pode ser utilizada para
alergias na pele, deve-se aplicar sob a pele a cataplasma com folhas amassadas e deixá-las
actuar por cerca de dez minutos. A Plantago possui em sua composição acções que diminuem
a irritação na pele e pode ser utilizada após queimaduras ou exposição solar (BIAZZI, 2004).

O Sabugueiro é uma planta aliada no tratamento de doenças como a asma, seu nome científico
é Sambucue Nigra, suas flores podem ser utilizadas para preparo de chás que auxiliam no
tratamento de sintomas alérgicos (BIAZZI, 2004).

No período colonial, diante da escassez de remédios empregados na Europa, os primeiros


médicos portugueses que chegaram no Brasil, logo se atentaram a importância do uso de
espécies vegetais para tratamento e cura de enfermidades, método conhecido e utilizado pelos
povos nativos (Brasil, 2012)

Há Registro de estudos etnobotânicos relativamente antigos, feito por cientistas como Carl
Friedrich Philipp von Martius e Joahnn Baptist Ritter von Spix, que mostraram interesse por
estes saberes e no século XIX notificaram o uso de plantas por indígenas brasileiros. Com o
intuito de conhecer melhor as medicinas e rituais dos diversos povos étnicos em nosso país,
realizou-se vários estudos nesta área nos últimos anos, desenvolvendo trabalhos como o de
Morais e colaboradores (2005) que fizeram um levantamento das plantas medicinais usadas
pelos índios Tapebas do Ceará e Coutinho e colaboradores (2002), com um estudo
etnobotânico de plantas medicinais utilizadas por comunidades indígenas no estado do
Maranhão, promovendo maior conhecimento da flora do Brasil e evidenciando a diversidade
de espécies de uso terapêutico (Franco et al., 2011).

Gottlieb (1996) apud Villas Boas e Gadelha (2007), afirma que, de toda a flora mundial, cerca
de um terço está representada no Brasil. Apesar de haver diversas plantas medicinais muito
bem estudadas e investigadas na biota brasileira, a maioria delas ainda não possuem nenhum
estudo científico (Silva, 2010).

Sendo um dos países de maior biodiversidade mundial, aliado a grande quantidade de


espécies não exploradas e ao elevado grau de conhecimento tradicional no uso de plantas que
está associado com a diversidade cultural e étnica, o Brasil tem enorme potencial para o
desenvolvimento de pesquisas académicas nas áreas de biodiversidade e etnobotânica (Brasil,
2006).
Factores como o desenvolvimento de fitoterápicos seguros e eficazes, resultado de avanços na
área científica e a busca por terapias menos agressivas, levaram a um crescimento no uso
destes produtos pela população brasileira (Yunes et al., 2001).

Segundo Cunha (2003) diversos produtos com propriedades medicinais extraordinárias,


importantes para toda a humanidade, como os curares, a emetina e a pilocarpina foram
desenvolvidos a partir de pesquisas feitas no Brasil, no entanto menos de 1% das espécies
vegetais brasileira foram analisadas quanto aos compostos químicos e farmacológicos (Cunha,
2003).

Linhares (2014), enfatiza a importância dos raizeiros em comunidades de baixa renda e


confirma que o conhecimento tradicional é mais comum em regiões mais pobres. A
importância das actividades económicas 12 relacionadas a venda de plantas medicinais,
proporcionando melhores condições na renda destas famílias também foi enfatizada,
observando esta mesma realidade em outros países em desenvolvimento.

Entretanto, com base nas ideias acima deu para perceber que o uso de plantas com
propriedades fitoterapêuticas é algo muito antigo e muito frequente nas zonas que carecem de
serviços básicos de saúde e medicamentos.

2.4.1. Contra-indicações no uso de plantas medicinais


Ritter et al. (2002), em um estudo das plantas usadas como medicinais no município de Ipê -
RS, confirmou-se que a maioria das plantas utilizadas ainda não foram estudadas
cientificamente, com referências de segurança e eficácia para apenas 11 das 105 espécies
apresentadas, e os resultados também demonstraram que a população faz uso de cerca de 11
espécies ou mais que podem gerar efeitos colaterais e/ou efeitos tóxicos.

Campos (2016), em uma levantamento bibliográfico de espécies vegetais, brasileiras e


exóticas aclimatadas, citadas como tóxicas, registou algumas espécies muito 17 comuns para
usos medicinais, como por exemplo Luffa operculata Cogn., utilizada para tratar Asma,
uretrites, edemas, sinusite, rinite, descongestionante nasal e abortivo, que apresenta uma
substância tóxica conhecida como cucurbitacina, em que os efeitos colaterais podem incluir
hemorragia nasal após inalação, náuseas, vómitos, dores abdominais e dores de cabeça
podendo também levar ao coma e óbito.
Outra espécie registada foi a Ruta graveolens L. que tem efeitos colaterais abortivo,
hemorrágico, inflamações epidérmicas, vómitos, gastroenterites, sonolência e convulsões.
Esta planta é utilizada para tratar problemas gástricos, calvice, varizes, pneumonia e cefaleias.

Veiga Júnior (2008) em seu estudo sobre o uso e os costumes de utilização de plantas
medicinais pela população e sua aceitação e conhecimento pelos profissionais de área da
saúde no interior do estado do Rio de Janeiro, revelou uma grande aceitação da população
para a utilização de plantas e fitoterápicos com indicação médica, no entanto, este tipo de
terapia tradicional ainda está bem atrás dentre as indicadas por estes especialistas, devido à
falta de conhecimento e especialização entre os profissionais de saúde quanto ao uso destes
medicamentos, demonstrando assim a enorme importância da inclusão desta área na formação
dos profissionais de saúde para a disseminação do uso correto e seguro destas terapias visto
que a fitoterapia e as espécies medicinais já são amplamente utilizada pela população através
da automedicação.

CAPITULO III: METODOLOGIAS


3. Metodologias

Na visão de Carvalho (2009, p. 156), a metodologia corresponde à fundamentação teórica da


investigação. Implica o desenho da investigação, com indicação do método de abordagem e as
técnicas utilizadas, consubstanciadas cientificamente no percurso da investigação. Para o
trabalho em destaque, intitulado estudo de plantas com propriedades fitoterapêuticas no
tratamento da asma autor utilizou as metodologias abaixo:

3.1. Método Indutivo


O método indutivo é aquele que procede inversamente ao dedutivo, este parte do particular e
coloca a difusão como um produto subsequente do trabalho de colecta de dados particulares.
Segundo Gil (2008, p. 10) no raciocínio indutivo, a generalização não deve ser buscado
aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente
confirmadores dessa realidade.
Entretanto, o método indutivo nesta pesquisa será empregado em função dos objectivos, onde
partindo da entrevista estruturada dirigida a população da Localidade de Nomiua e os líderes
locais e, observação não participativa referente ao Estudo de plantas com propriedades
fitoterapêuticas no tratamento de asma na localidade de Nomiua.

3.2. Abordagem Qualitativa


De acordo com Fonseca (2002). A pesquisa qualitativa se preocupa com aspectos da realidade
que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das
relações sociais.

Para este trabalho, será utilizado uma pesquisa qualitativa por ela permitir interpretar o mundo
real das experiências de vida da populacao da localidade de Nomiua, a partir da hermenêutica.
Trazendo a vista às percepções, hábitos, costumes, e os comportamentos que os caracterizam.
Além disso, esse método revela conteúdos não quantificáveis, possibilitando compreender as
causas, e o porquê desses comportamentos.

3.3. Pesquisa Exploratório


A pesquisa exploratória é muito utilizada para realizar um estudo no qual o principal
objectivo da pesquisa que será realizada, ou seja, familiarizar-se com o fenómeno que está
sendo investigado, de modo que a pesquisa subsequente possa ser concebida com uma maior
compreensão, entendimento e precisão (Gil, 1999).

Para este trabalho, será utilizada uma pesquisa de cunho exploratória, porque ela envolve
levantamento bibliográfico que abordam o estudo de plantas com propriedades
fitoterapêuticas no tratamento da asma e a realização de uma entrevistas estruturada com
pessoas da localidade de Nomiua que tiveram, ou têm, experiências práticas com uso de
plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma e análise de exemplos que
estimulem a compreensão. Pois, as pesquisas exploratórias visa também proporcionar uma
visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo.

3.4. Quanto a Natureza


Quanto a natureza trata-se de uma pesquisa Básica visto que, a sua finalidade não é imediata.
Segundo Michel (2005), na pesquisa básica todos os resultados gerados devem ser divulgados
para a sociedade em geral na forma de publicações bem com artigos científicos, livros,
monografias, dissertações, teses e cadernos didácticos, pois todos têm direito ao
conhecimento.

3.5. Pesquisa Bibliográfica


A pesquisa bibliográfica é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a
junção, ou reunião, do que se tem falado sobre determinado tema.

Para o trabalho destacado, serão utilizadas varias pesquisa bibliográfica, para subsidiar o
estudo de plantas com propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma na localidade de
Nomiua. Assim como principais exemplos as investigações sobre ideologias ou aquelas que se
propõem à análise das diversas posições acerca do estudo de plantas medicinais para
tratamento da asma.

3.6. Universo
Para Gil (2008),“universo é um conjunto de elementos ou objectos que possui a informação
procurada pelo investigador e sobre a qual as inferências vão ser efectuadas”. Assim sendo,
este estudo contou com um universo de 19.770 habitantes da localidade de Nomiua,
especificamente dos bairros de Magodo e Nomiua respectivamente, conforme os dados
estatísticos fornecidos pela Localidade de Nomiua.

Neste contexto, tendo em conta que a população de Nomiua que é estimada em 19,770
habitantes com um rácio de uma unidade sanitária por cada 19.770 pessoas, onde verifica-se
uma distância de aproximadamente 15 km para chegarem a uma unidade sanitária mais
próxima. Portanto, está pesquisa contou com uma amostra de cerca de 30 pessoas de ambos os
sexos da localidade de Nomiua, tomando-se o individuo como unidade amostral.
O autor fez dentre vários bairros a selecção de dois bairros da localidade em causa,
nomeadamente Magodo e Nomiua Sede, que apresentam maior distanciamento entre hospital-
comunidade, levando em consideração que os sujeitos inquiridos representam um julgamento
da população - alvo, numa idade compreendida entre 20 a 60 anos para ambos os sexos, visto
ser na óptica do autor uma faixa activa e que mais tem experiências sobre a prática dessas
actividades.
Os participantes do estudo foram abordados verbalmente pelo pesquisador, com um breve
relato sobre a finalidade e objectivos da pesquisa e quando o sujeito aceitava participar da
pesquisa, tomava conhecimento do termo de consentimento livre e esclarecido. Os sujeitos
tiveram o direito de desistir de participar da pesquisa em qualquer momento, o anonimato dos
participantes foi garantido e os dados foram usados somente para finalidade científica.

A amostragem é não-probabilística intencional, pois trilhando na abordagem de Mulenga e


Jequessene (2016), esta técnica, consiste em usar um determinado critério, e escolher
intencionalmente um grupo de elementos que irão compor a amostra.

Todavia, a escolha por este tipo de amostragem, justifica-se pelo autor ter constatado que
todos os participantes serem usuários de plantas com propriedades fitoterapêuticas no
tratamento da asma, pois conforme a pretensão do autor em obter dados precisos em torno do
tema em estudo, entrou em contacto com pessoas que já padeceram de asma e tem recorrido a
práticas tradicionais, especificamente o uso de plantas.

3.7. Participantes
O critério a obedecer na selecção dos participantes é por acessibilidade ou por conveniência
que de acordo com Gil (2008, p. 94) constitui o menos rigoroso de todos os tipos. Por isso
mesmo é destituída de qualquer rigor estatístico.

É de extrema importância frisar que faram parte deste estudo 30 participantes, sendo 21 do
sexo masculino e 9 do sexo feminino. Dentre os participantes podemos destacar dois tipos de
camadas tais como Os Jovens, os Adultos e os velhos. O pesquisador selecciona os elementos
a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo.

3.8. Técnicas de Recolha de Dados


Para a recolha de dados relacionados a essa pesquisa, o autor usara os seguintes instrumentos:
3.8.1. Inquérito

O instrumento de recolha de dados usado nesta pesquisa foi inquérito sob a forma de
questionário estruturado, que consistiu numa série ordenada de perguntas fechadas, que foram
respondidas de forma objectiva pelo inquirido, de acordo com as instruções que de forma
detalhada esclarecem o propósito de sua aplicação. Tendo como principais variáveis colhidas,
a forma de preparo do medicamento, a dosagem usada e o tempo de uso até sanar a asma.

Com a técnica acima mencionada, as pessoas foram abordadas nas suas unidades residenciais
em Nomiua, para obter-se informações relacionadas com o estudo de plantas com
propriedades fitoterapêuticas no tratamento de asma, cujas perguntas fechadas tem em vista,
obter dos inquiridos, resposta para o alcance dos objectivos do estudo. E para maior êxito do
inquérito, o autor fez um contacto inicial com as autoridades locais especificamente o
secretário do bairro Magodo e Nomiua de modo a explicar a finalidade da pesquisa,
ressaltando a necessidade da sua colaboração.
O guião do inquérito foi preenchido pelos inquiridos e em casos de individuo não
escolarizados o próprio pesquisador procedeu o preenchimento para permitir que as famílias
analfabetas aderissem ao inquérito.

O inquérito foi realizado nos dias laborais da semana bem como aos finais de semana, em
horários variados de 7:00 às 16:00 horas e teve a duração média de 25 minutos, variando de
15 a 30 minutos em alguns casos.

3.8.2. Observação directa

Segundo Richardson (1989) a observação como a base de qualquer investigação pode ser
utilizada em trabalho científico de qualquer nível e ainda acrescenta que tradicionalmente, a
observação é considerada como um método qualitativo de investigação.

Desta maneira, o autor fez uso deste método com intuito de observar e verificar as diferentes
formas de preparação de plantas com Propriedades fitoterapêuticas no tratamento da asma na
localidade de Nomiua, distrito de Maganja da Costa, de modo a compreender a valorização
destas plantas pela população desta localidade.
3.9. Plano de Apresentação, Análise e Interpretação de Dados
Sendo uma pesquisa de estudo qualitativo a análise e interpretação de dados será realizada
privilegiando a análise de conteúdos, que para Flick (2009), além de realizar a explicação
após a colecta dos dados, progride por meio de técnicas mais ou menos apuradas.

Nesta ordem de ideias, mediante obtenção da informação através dos instrumentos de recolha
de dados, o autor realizará o cruzamento e triangulação da informação, de modo a dar mas
ênfase e rigidez aos discursos que são interpretados e detalhadamente apresentados na
plataforma de Office no pacote Word. Pois, mediante a aplicação da entrevista não estruturada
e observação não participativa, busca-se compreender a realidade da aplicação de uso de
plantas com propriedades fitoterapêuticas na cura de doenças no distrito da Maganja da Costa:
Para a solidificação da informação usar-se-á a análise de conteúdos para garantir a confiança
na informação e, solidez no conteúdo que se pretende abordar (Flick, 2009).

3.10. Cronograma do estudo


Segundo Gil (1999, p. 138), Cronograma é um meio pelo qual deve identificar os períodos das
actividades pelo qual pretende-se efectuar, contudo, todo trabalho científico é indispensável
de forma a clarificar a sua actividade.

Cronograma
Actividade Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
Elaboração do pré-
projecto
Elaboração do projecto
Resultado do projecto
Colecta de dados
Entrega de Monografia
Defesa e resultados

3.11. Orçamento do estudo


Todo trabalho acarreta custos, com isso, é evidentemente a presença do orçamento que ajuda
o pesquisador a ter mais consciência das suas responsabilidades (Gil, 1999).

Categorias Descrição Quantidade Valor unitário Total


Materiais de Bloco de notas 1 50,00mt 50,00mt
anotação Canetas 3 10,00mt 30,00mt
Lápis 3 5,00mt 15,00mt
Corrector 1 35,00 35,00mt
Resma de papel 1 400,00mt 400,00mt
A4
Transporte 250,00mt 500,00mt
Laptop 1 22.00mt 22,00mt
Edição Copias 500 2,00mt 1000,00mt
Encadernação 4 35,00mt 140,00mt
Total _____________ _____________ 24,170,00mt

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