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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM MEDICAMENTOS

ALUNO: JANDERSON ALVES PEREIRA

MANAUS - 2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM MEDICAMENTOS

ALUNO: JANDERSON ALVES PEREIRA

Supervisor(a) de estágio: Camila Fabbri


Preceptor de estágio: Paulo Henrique Freitas
Coordenador(a) do curso de Farmácia: Márcio Luís Lombardi Martinez
Instituição/Local de estágio: Fundação Centro de Controle de Oncologia - Fcecon
Período de estágio: 22/02/2016 a 29/04/2016

MANAUS - 2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................5

2. OBJETIVOS...........................................................................................................7
2.1 Objetivo geral.....................................................................................................7
2.2 Objetivos específicos.........................................................................................7

3. JUSTIFICATIVA....................................................................................................8

4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO..................................................9

5. ATIVIDADES REALIZADAS...............................................................................13
5.1 Fracionamentos de medicamentos..................................................................13
5.1.1 Comprimidos.............................................................................................13
5.1.2 Soluções....................................................................................................14
5.1.3 Suspensões...............................................................................................14
5.2 Dispensação de medicamentos.......................................................................15
5.2.1 Ambulatorial..............................................................................................15
5.2.2 Setorial......................................................................................................16
5.3 Preparo de medicamentos, substancias germicidas e produtos de uso interno
da FCECON.............................................................................................................17
5.3.1 Álcool 70%;...............................................................................................17
5.3.2 Formol 10%;..............................................................................................18
5.3.3 Corante hematológico;..............................................................................19
5.3.4 Ácido acético a 3 e 5%;.............................................................................20
5.3.5 Homogeneização de nutrição parenteral;.................................................21
5.4 Descarte de medicamentos..............................................................................22
5.5 Organização de serviços farmacêuticos..........................................................23
5.5.1 CAF...........................................................................................................23
5.5.2 Quimioterapia............................................................................................23
5.5.3 Dispensação setorial.................................................................................23
5.5.4 Dispensação ambulatorial.........................................................................24
5.6 Aulas teóricas...................................................................................................25
5.6.1 Deontologia farmacêutica.........................................................................25
5.6.1.1 Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998;..........................................25
5.6.1.2 RDC Nº 44, de 26 de Outubro de 2010;............................................27
5.6.1.3 RDC nº 20, de 5 de Maio de 2011;....................................................28
5.6.1.4 RDC n° 80, de 11 de maio de 2006;..................................................28
5.6.1.5 RDC nº 306, de 7 de Dezembro de 2004..........................................29
5.6.2 Farmacologia.............................................................................................31
5.6.3 Curva ABC................................................................................................32

6. CONCLUSÃO......................................................................................................34
Lista de Tabelas e figuras

Figura 1 - Layout da Farmácia....................................................................................10


Figura 2- Filtração de corante hematológico..............................................................20
Figura 3 - Identificação de resíduos tóxicos..............................................................22
Figura 4 - Dispensação setorial antes.........................................................................24
Figura 5 - Dispensação setorial depois.......................................................................24
Figura 6 - Dispensação ambulatorial antes...............................................................24
Figura 7 - Dispensação ambulatorial depois..............................................................25
Tabela 1- Quadro de funcionários...............................................................................11
5

1. INTRODUÇÃO

A figura do farmacêutico como salvador de vidas e moderador de dores teve


um intenso reforço nas primeiras décadas do século XX com o grande aumento da
comercialização de medicamentos. Afinal, esses profissionais que eram
responsáveis pelas vendas e muitas vezes pela prescrição. Os estabelecimentos
farmacêuticos serviram de cenário físico a esse tipo de comércio no qual, por outro
lado, foram desenvolvidas práticas sociais como as relações de sociabilidade
vividas, vivenciadas e espalhadas nas farmácias por todo o Brasil. Em particular no
final do século XIX, quando essas casas negociantes constituíam um lócus de
enorme importância dentro das comunidades urbanas(ROZENDE, 2015).
De acordo com o Ministério de Educação brasileiro o farmacêutico deve
atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com
extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção
científica(PADULA et al., 2012).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o papel do farmacêutico
na farmácia hospitalar concretiza-se, entre outros, através deações, tais como:
Informação aos docentes sobre utilização adequada de produtos farmacêuticos e
contribuição para seu uso racional; Acompanhamento e avaliação segundo
protocolos terapêuticos para os doentes (perfil farmacoterapêutico); Recomendar
aos doentes sobre o uso de produtos farmacêuticos não prescritos (auto tratamento
farmacológico) e de produtos médico-farmacêutico.(EDUARDO; DIAS; SANTOS,
2012).
A farmácia hospitalar tem como principal função garantir, a qualidade da
assistência prestada ao paciente por meio do uso seguro e racional de
medicamentos e correlatos, adequando sua aplicação à saúde individual e coletiva,
nos planos assistencial, preventivo, docente e investigativo. O acompanhamento do
farmacêutico é um importante mecanismo para a diminuição de erros na medicação
e no tratamento, tornando-o mais eficiente e melhorando a qualidade de vida, pois
cada vez mais, a função do farmacêutico é garantir que a terapia medicamentosa
dos pacientes esteja devidamente recomendada e que é mais eficaz segura e
conveniente para os pacientes (EDUARDO; DIAS; SANTOS, 2012).
6

A partir da década de 90, o farmacêutico vem ampliando a sua área de


atuação, no universo da oncologia, quando foi estabelecido pelo Conselho Federal
de Farmácia que uma atribuição privativa do farmacêutico a competência para a
prática da atividade de manipulação de drogas antineoplásicas e similares nos
estabelecimentos de saúde, e no exercício desta atividade tendo também outras
atribuições relacionadas (FENGLER, 2014).
Desde 1937 o Instituto Nacional de Câncer, (INCA) vem trabalhando no
cuidado ao paciente oncológico e em programas para a prevenção e combate ao
câncer. Porém, os farmacêuticos passaram a ter seu papel nessa luta
reconhecidosomente em 1996, com a promulgação, pelo Conselho Federal de
Farmácia, da Resolução 288/96. Até então na presente época, somente dez
farmacêuticos atuavam em oncologia em todo país, em razãoque esse setor estava
nas mãos dos enfermeiros (MATILE, 2008).
Segundo a resolução 288/96 a manipulação de quimioterápicos ou citotóxicos
é de atribuição exclusiva do farmacêutico.
A atuação do profissional farmacêutico em oncologia é uma realidade
presente em praticamente todos os serviços de quimioterapia do Brasil. Embora sua
iniciação tenha atuação exclusivamente nas atividades de manipulação e
gerenciamento de quimioterápicos, transformou-se peça fundamental para a
garantia da qualidade dos procedimentos (FENGLER, 2014).
7

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Conhecer as funções atribuídas aos Farmacêuticos na área de medicamentos


no âmbito de farmácias hospitalares.

2.2 Objetivos específicos

 Familiarizar-se com o nome dos medicamentos;


 Dispensação de medicamentos ambulatorial e setorial;
 Aprender noções de atenção farmacêutica;
 Praticaras legislações que envolvem a atividade farmacêutica em drogarias e
farmácias;
 Realizar descarte de medicamentos com prazo de validade expirado;
 Diluição de substância germicidas.
8

3. JUSTIFICATIVA

O Estágio Supervisionado em Medicamento é uma atividade complementar


obrigatório para o graduando em Farmácia, onde possibilita o desenvolvimento, a
qualificação profissional, e o aperfeiçoamento das habilidades profissionais do
acadêmico. Onde, os profissionais farmacêuticossão responsáveis pela parte de
medicamentos, por meio da produção, fabricação, manipulação, dispensação, e no
acompanhamento nas drogarias.
Sendo assim, o estágio colabora para desenvolver faculdades de
observação, comunicação, dinamicidade, e tomadas de decisões, além da obtenção
de conhecimentos das legislações vigentes em drogaria, dos medicamentos, e a
atenção farmacêutica possibilitando ao paciente o uso racional de medicamento, a
segurança e a eficácia do tratamento farmacoterapêutico.
9

4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado de Medicamentos foi realizado na Fundação Centro


de Controle de Oncologia do Amazonas, localizada na Rua Francisco Orellana, n°
215, Bairro: Planalto, Manaus - AM, 69040-010. Onde, foram cumpridas de segunda
a sexta das 7:00 ás 13:00, 210 horas de Estágio Supervisionado, somando com 90
horas complementares entregue na Coordenação do Curso de Farmácia, totalizando
assim 300 horas de Estágio devidamente cumprido. Visto que foram realizadas
várias atividades tanto teórica quanto prática referente ao Estágio em
Medicamentos, como estudos das Leis, RDC´s e portarias vigentes, dispensação de
medicamentos e Atenção Farmacêutica, o Estágio Supervisionado foi acompanhado
pelo Preceptor Paulo Henrique.
.
10

Farmácia FCECON

Figura 1- Layout da Farmácia

Fonte: Elaborado pelo autor.


11

Tabela 1 - Quadro de funcionários

Lista de funcionários da Farmácia da Fcecon

NOME DOS
FUNÇÃO
FUNCIONÁRIOS

Katyellen Freitas Gerente


Andréia Lima Farmacêutica
Ida Paula Farmacêutica
Marcelo Torres Farmacêutico
Rosilene de Sá Farmacêutica
Raphael Borges Farmacêutico
Izabel dos Santos Assistente Técnico
Angela da Costa Assistente Técnico
Carmem Alves Agente Administrativo
Joana Gall Assistente Técnico
Rosemar Reis Agente Administrativo
Terezinha Bandeira Agente Administrativo
Daniel Macedo Assistente Técnico
Mario José Assistente Técnico
Liane Socorro Agente Administrativo
Liciane Lopes Bolsista Administrativo
Luciane Batista Bolsista Farmácia
Adailton Calvo Bolsista Farmácia
Janderson Alves Bolsista Farmácia
Juliana Magalhães Bolsista Farmácia
Patrícia Pereira Bolsista Farmácia
12

Priscila Caranha Bolsista Farmácia


Léia Saraiva Bolsista Farmácia
Suellen Hiromi Bolsista Farmácia
Hebert Dias Bolsista Farmácia
Kleyton Cardoso Farmacêutico
Kellen Freire Farmacêutica
Kacio Souza Farmacêutico
Joyciane Andrade Farmacêutica
Bruna Murada Farmacêutica
Lucas Tabal Farmacêutico
Sandra Regina Farmacêutica
Ivana Mesquita Farmacêutica
Fonte: Elaborado pelo autor.
13

5. ATIVIDADES REALIZADAS

5.1 Fracionamentos de medicamentos

Segundo a RDC n° 80 de 11 de maio de 2006, fracionamento é uma técnica


que integra a dispensação de medicamentos na forma fracionada realizado sob a
supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico habilitado, para atender
à prescrição ou ao tratamento apropriadonos casos de medicamentos isentos de
prescrição, caracterizado pela subdivisão de um medicamento em frações
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem ruptura da embalagem
primária, preservando seus dados de identificação.
Ainda na RDC n° 80, segundo o artigo 34, as restrições desta resolução não
se empregam aos estabelecimentos de atendimento privativo de unidade hospitalar
ou de qualquer outra equivalente de assistência médica, desde que os
medicamentos fracionados se destinem à produção de doses unitárias para uso
exclusivo de pacientes internados ou em atendimento de urgência ou emergência.

5.1.1 Comprimidos

Para essa apresentação farmacêutica foram fracionados os medicamentos,


captopril 25mg (em cada comprimido) indicado para o tratamento da hipertensão, e
furosemida 40mg (em cada comprimi indicado nos casos de hipertensão arterial leve
a moderada.

Materiais

Tesoura, Fita durex, papel, computador e impressora.

Metodologia

Foi utilizado o método de corte padrão dos blisters, subsequentemente


colocou-se as etiquetas com os dados: Nome do medicamento, lote, validade,
farmacêutico responsável e seu respectivo CFR, de acordo com a RDC vigente.
14

Conclusão

Com a realização dessa atividade foi possível compreender a importância das


doses unitárias para o dia a dia das farmácias hospitalares, e observar que o
fracionamento de comprimidos se torna necessário para evitar descartes indevidos e
também para economia financeira do hospital.

5.1.2 Soluções

Na presente apresentação farmacêutica foram fracionados os medicamentos,


óleo mineral para volume de 10ml que é utilizado como laxante.

Materiais:

Tesoura, papel, Becker 100ml, impressora, seringa de 20ml, computador, fita


durex e flaconete de 10ml com tampa.

Metodologia

Foi utilizado um Becker como reservatório para adicionar a presente solução,


posteriormente feito a aspiração com seringa e injetado 10ml da solução em cada
flaconete, em seguida tampado. Depois rotulado de acordo com a lei vigente.

Conclusão

Foi observado durante a presente atividade, a importância do fracionamento


de tais substâncias para a utilização de doses mais exatas, e observar a relevância
da aplicação da RDC vigente para menor probabilidade de erros persistentes.

5.1.3 Suspensões

Para esta apresentação foi fracionado a medicação tiabendazol 50mg/ml


indicado para o tratamento de algumas verminoses.

Materiais

Tesoura, papel, Becker 100ml, impressora, seringa de 20ml, computador, fita


durex e flaconete de 10ml e 5ml com tampa.
15

Metodologia

Foi utilizado um Becker como reservatório para adicionar a presente solução,


posteriormente feito a aspiração com seringa e injetadovolumes de 5ml e 10 ml no
flaconete correspondente ao volume, em seguida tampado. Depois rotulado de
acordo com a lei vigente.

Conclusão

Com a realização da atividade, foi possível observar a importância do


fracionamento de suspensão, visto que se trata de um antiparasitário, onde a dose
depende muito de pessoa para pessoa, ou seja, se apresentando muito importante
para pediatria. Onde geralmente as doses são baixas, acarretando em um aumento
das chances de doses erradas.

5.2 Dispensação de medicamentos

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, dispensação éato


de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, a título remunerado ou não. Sendo de extrema importância para
diminuição da automedicação a presença do profissional farmacêutico no ato da
dispensação.

5.2.1 Ambulatorial

A dispensação ambulatorial na Fcecon é exclusiva para paciente que hajam


cadastro no sistema da instituição, Sistema Integrado de Gestão Hospitalar
(iDoctor), devido a maioria dos medicamentos serem voltados para pacientes com
algum tipo de neoplasia. Visto que esses pacientes necessitam de medicamentos
eficazes e potentes. Sendo realizada a dispensação de diversas classes de
medicamentos de acordo com a RDC vigente, como antimicrobianos, de controle
especial e até repositores hormonais para pacientes portadores de neoplasia.
Realizando sempre vistoria na prescrição com objetivo que toda ela esteja de acordo
com as normas vigentes como, legibilidade do nome do paciente e do medicamento
prescrito, identificação do prescritor e dos medicamentos tais como quantidades,
formas farmacêuticas, especificidade, dosagem e concentração.
16

O Sistema Integrado de Gestão Hospitalar denominado iDoctor, foi


desenvolvido pela Fundação Desembargador Paulo Feitoza em parceria com a
Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, onde o objetivo é automatizar
atividades das áreas assistenciais e não-assistenciais de hospitais do Estado. Sua
característica inovadora é o fato de ser um dos primeiros sistemas de registro
eletrônico de saúde totalmente aderente às normas do Manual de Certificação para
Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde no nível de garantia de segurança
máxima (NGS2). Conferindo ao hospital a eliminação total de papel por meio do uso
de assinaturas digitais, pelos médicos, enfermeiros e bioquímicos envolvidos no
atendimento ao paciente.

Devido a isso podemos afirmar que o profissional farmacêutico é de


indiscutível importância no âmbito hospitalar, sendo este responsável pela
orientação de pacientes ambulatoriais, sempre visando à eficácia terapêutica e uso
racional dos medicamentos. Com isso contribuído para a diminuição da taxa de
automedicação através da atenção farmacêutica.

5.2.2 Setorial

A dispensação setorial é realizada para atender os pacientes internados e


para suprir os setores (pedidos) do hospital onde se faz necessário o uso de
substâncias e medicamentos. Onde o farmacêutico presente no plantão analisa as
prescrições vinda dos andares, sempre observando dose, posologia, forma
farmacêutica, identificação do prescritor e data da prescrição. Informando assim a
quantidade de cada medicamento prescrito, para que os técnicos e ou os estagiários
presentes façam a dispensação da quantidade correta de cada item da prescrição.
Prescrições estas que foram separadas em sacos onde foram devidamente
identificados como nome e leito onde o paciente se encontra. Já no caso de
abastecimentos de setores (carrinhos de emergência), foi identificado com o nome
do respectivo setor solicitante.

Com a realização da dispensação setorial foi possível compreender e notar a


importância do farmacêutico no âmbito hospitalar, visto que pacientes internados
fazem uso de diversas medicações ao mesmo tempo, contribuindo assim para a
17

ocorrência de interações medicamentosas. Tornando o farmacêutico uma peça


fundamental para uma rápida reabilitação do paciente, favorecendo a uma melhor
resposta ao tratamento.

5.3 Preparo de medicamentos, substancias germicidas e produtos de uso


interno da FCECON

5.3.1 Álcool 70%;

O álcool é utilizado nos estabelecimentos de saúde, em procedimentos de


antissepsia e desinfecção de artigos ou superfícies, eficaz para remoção, destruição
ou para impedir a disseminação de microrganismos.A concentração recomendada
para atingir maior rapidez microbicida é de 70%, sendo o álcool absoluto com poder
microbicida menor(TORQUATO; JACQUES; COLOMBO, 2009).

Materiais

Álcool a 96%, agua destilada, funil, proveta graduada de 100ml, tesoura,


etiqueta e fita durex.

Metodologia

Para esta diluição foi utilizado a formula Cf (Concentração desejada) Vf


(Volume desejado) = Ci (concentração do álcool na solução pura) Vi(volume do
álcool na solução pura), onde a concentração desejada foi 70%, o volume desejado
foi 50 litros e a concentração de álcool utilizada foi de 96%. De acordo com a
formula temos 70% x 50L / 96%, assim o volume de álcool 96% utilizado foi de 36,4
L, completando-se o volume com água destilada até atingir 50 L, ou seja,
acrescentou-se 13,6 L de água. Como por exemplo:

C1.V1 = C2.V2
96.V1 = 70.50
V1 = 3500 / 96
V1= 36,5 L de álcool a 96%
Então, 50L – 36,4 L = 13,6L de água destilada.
18

Depois de efetuada a diluição foi envasado em garrafas de plásticos de 500


ml, em seguida foram etiquetadas com dados como porcentagem atual do álcool,
validade, lote e farmacêutico responsável.

Conclusão

Em virtude da presente diluição foi possível compreender a importância da


solução alcoólica a 70% no âmbito hospitalar, devido ao seu potencial
antimicrobiano. Também permitiu-se observar a importância das boas práticas de
manipulação realizadas pelo profissional farmacêutico.

5.3.2 Formol 10%;

O formaldeído substância altamente tóxica amplamente utilizado como


germicida desinfetante e antisséptico. No hospital o formol é utilizado geralmente no
centro cirúrgico para conservação peças anatômicas (JOSÉ, 2013).

Materiais

Formol a 37%, agua destilada, funil, proveta graduada de 100ml, tesoura,


etiqueta e fita durex.

Metodologia

Para esta diluição foi utilizado a formula Cf (Concentração desejada) Vf


(Volume desejado) = Ci (concentração do formol na solução pura) Vi(volume do
formol na solução pura), onde a concentração desejada foi 10%, o volume desejado
foi 40 litros e a concentração de formol utilizada foi de 37%. De acordo com a
formula temos 10% x 40 L / 37%, assim o volume de formol 37% utilizado foi de 10,8
L, completando-se o volume com água destilada até atingir 40 L, ou seja,
acrescentou-se 29,2 L de água. Como por exemplo:

C1.V1 = C2.V2
37.V1 = 10.40
V1 = 400 / 37
V1= 10,8 L de formol a 37%
Então, 40L – 10,8 L = 29,9L de água destilada.
19

Depois de efetuada a diluição foi envasado em dois garrafões de plásticos de 20 L,


em seguida foram etiquetados com dados como porcentagem atual do formol,
validade, lote e farmacêutico responsável.

Conclusão

Em consequência da atividade realizada foi possível compreender a


importância do uso de EPIs, visto que esses são de suma importância para a
realização de manipulações de substâncias voláteis como o formol. Também foi
notória a importância do formol a 10% no âmbito hospitalar para a preservação de
peças anatômicas a amostras de tecidos.

5.3.3 Corante hematológico;

O corante hematológico na Fcecon é utilizado para coloração de células


sanguíneas em esfregaço, assim permite a visualização de todos os elementos do
sangue. Sendo sua composição mistura de sais ácidos e básicos que permitem a
coloração de estruturas citoplasmáticas e nucleares das células.

Materiais

Becker, bastão de vidro, gases, algodão, balança analítica papel filtro, funil,
suporte para funil, Azul de Metileno May Grunwald, Azul de Metileno Giemsa e
metanol.

Metodologia

Foram pesados 700mg de Azul de Metileno May Grunwald e 1100mg de Azul


de Metileno Giemsa. Em seguida os dois foram colocados em um Becker de 1 litro,
onde foi adicionado 1 litro de metanol aos poucos sempre homogeneizando com
bastão de vidro. Posteriormente a solução foi deixada em repouso por 24 horas.
Passado o tempo suficiente, foi feita a filtração do corante hematológico, usando
papel filtro associado com algodão.
20

Figura 2 – Filtração de corante hematológico;

Fonte: Próprio autor.

Conclusão

Através da realização desta atividade foi possível compreender a importância


das boas práticas de manipulação, uma vez que este corante será utilizado para
visualização de células do sangue periférico, sendo assim, para diagnósticos de
patologias.

5.3.4 Ácido acético a 3 e 5%;

O ácido acético a 3%-5% é utilizado na prática colposcópica. Esta solução


ajuda a coagular e limpar o muco. Causando uma precipitação ou coagulação
reversível das proteínas nucleares e citoqueratinas. Devido a isso, o efeito do ácido
acético depende da quantidade de proteínas nucleares e citoqueratinas presentes
no epitélio. Sendo o principal objetivo da colposcopia a detecçãoda presença de NIC
de alto grau e neoplasia invasiva precoce (SIQUEIRA, 2008).

Materiais

Pipeta, pera, frasco de 100ml, tesoura, fita adesiva, computador, impressora,


caderno de produção, agua destilada, ácido acético pa.

Metodologia
21

Pipetou-se 5mL (para concentração de 5%) ou 3mL (para concentração de


3%) de ácido acético PA para o frasco. Em seguida acrescentou-se água destilada
qsp para 100mL (dispensa-se cálculo tratando-se de um reagente em concentração
PA, ou seja, 100%). Depois foi realizado a impressão das etiquetas dos recipientes a
serem envasados com seguintes informações: concentração do ácido acético, data.

Conclusão

Devido a realização da presente atividade, foi possível compreender a


importância da farmácia no âmbito hospitalar, visto que nela ocorre as manipulações
das substâncias utilizadas em diversos setores, no caso o ácido acético para
exames diagnósticos para detectar o H.P.V.

5.3.5 Homogeneização de nutrição parenteral;

Nutrição Parenteral é uma solução ou emulsão, composta basicamente de


carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas, eletrólitos e minerais. Deve ser estéril
e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou plástico. Na Nutrição
Parenteral Total todos os nutrientes essenciais devem ser fornecidos em
quantidades adequadas para a completa manutenção da vida e crescimento celular
e tecidual, devendo incluir carboidratos, lipídios, aminoácidos, eletrólitos, minerais,
oligoelementos e vitaminas. Sua administração no paciente ocorre através de um
catéter central, permitindo a aplicação de soluções hiperosmolares com
inconvenientes mínimos(GUIMARÃES et al., 2012).

Materiais

Tesoura, Fita durex, lenço, rótulo de identificação, bolsa de nutrição


parenteral, Álcool 70% e saco plástico para NPT.

Metodologia

Inicialmente foi cortado o saco que reveste a nutrição parenteral com a


tesoura, em seguida foi feito a assepsia da mesma com álcool a 70%. Depois de
feita a assepsia, foi feito a homogeneização da NPT,de forma que todos os três
compartimentos da bolsa misturassem-se completamente. Posteriormente foi feita a
rotulação, e para finalizar foi colocada no saco para NPT e selado.

Conclusão
22

Com a realização da atual atividade foi possível compreender a importância


do profissional farmacêutico no âmbito hospitalar, no caso, na homogeneização de
nutrição parenteral, visto que estas são de suma importância para pacientes
debilitados, ou seja, incapazes de alimentarem-se pelo método padrão ou até por via
enteral, principalmente nas UTI’s.

5.4 Descarte de medicamentos

O descarte de medicamentos ocorre devido alguns fatores, como desvio de


qualidade e aquisição de medicamentos acima da quantidade a serutilizada.
Geralmente a grande maioria de descarte de medicamento ocorre devido ao termino
do prazo de validade.

O descarte incorreto é uma das três causas de intoxicação por


medicamentos, junto com a auto- intoxicação e intoxicações acidentais com
crianças. Principalmente se tratando de produtos que requerem atenção especial
como os antineoplásicos e imunossupressores utilizados em quimioterapia, os quais
são conhecidos como potentes agentes mutagênicos(TESSARO, 2013).

Foi realizado o descarte de ampolas de aminofilina indicada no tratamento e


profilaxia da asma brônquica e fitomenadiona indicada para doença hemorrágica e
hipoprotrombinemia, onde todas as ampolas foram retiradas de suas respectivas
embalagens secundarias e colocado em bombonas identificadas com a frase
“resíduos tóxicos” e a figura abaixo.

Figura 3 – Identificação de resíduos tóxicos;


23

Fonte: Alagoasreal.blogspot.com.

Dessa maneira foi possível compreender a importância da aquisição racional


e descarte adequado de medicamentos, sendo que descartes inadequados podem
causar acidentes de trabalho, no caso de quem recolhe, e também danos ambientais
difíceis de serem reparados. Exigindo cautela do profissional farmacêutico na
verificação das validades dos medicamentos.

5.5 Organização de serviços farmacêuticos

5.5.1 CAF

Foi realizado a organização do CAF da farmácia da Fcecon, onde foram


realocadas as medicações que estavam em prateleiras não correspondente de
acordo com a letra inicial do princípio ativo dos mesmos. Sendo assim os
medicamentos foram organizados em ordem alfabéticas.

5.5.2 Quimioterapia

Foi realizado a realocação da dispensação de quimioterápicos, devido antes


ter um fluxo de pessoas não funcionários da farmácia desnecessário. Pensando
nisso foi transferida para uma sala onde era estocado alguns antineoplásicos. Essa
sala conta com uma janela com acesso externo, onde a dispensação agora é feita
através da mesma, não necessitando a entrada de pessoas não servidoras da
farmácia. Já o estoque dos neoplásicos foi realocado para a antiga sala da
dispensação.
24

5.5.3 Dispensação setorial

Realizou-se a organização e a realocação dos medicamentos da dispensação


setorial. Para os comprimidos fracionados, foi colocado uma prateleira com bins
menores e organizado em ordem alfabética de acordo com o nome dos princípios
ativos dos mesmos. Salvo os comprimidos de dispensação controlado, que foram
mantidos no armário.

Figura 4 – Dispensação setorial antes; Figura 5 – Dispensação setorial depois;

Fonte: Próprio autor.Fonte: Próprio autor.

Para as ampolas e frascos maiores foi colocado instante de recipiente médio,


onde também foram organizados em ordem alfabética, de acordo com o nome do
princípio ativo. Para as ampolas de maiores dispensações e tamanhos foi colocado
prateleiras com bins grandes. Também em ordem alfabética.

5.5.4 Dispensação ambulatorial

Foi realizado a organização da dispensação ambulatorial, de acordo com o


nome do princípio ativo de medicamento em ordem alfabética, onde foram trocadas
prateleiras comuns por prateleiras com bins removíveis.

Figura 6 – Dispensação ambulatorial antes;


25

Fonte: Próprio autor.

Figura 7 – Dispensação ambulatorial depois.

Fonte: Próprio autor.

5.6 Aulas teóricas

Ao longo do Estagio foi possível assistir algumas aulas teóricas na Fundação


Centro de Controle de Oncologia do Amazonas e no Centro Universitário do Norte,
tendo como objetivo o aprimoramento do conhecimento de técnico, para
posteriormente ser desenvolvido em prática. Onde foram explanados os conteúdos a
seguir:

5.6.1 Deontologia farmacêutica


26

5.6.1.1 Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998;

A presente portaria dispõe sobre a aprovação do Regulamento Técnico sobre


substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Onde para extrair,
produzir, fabricar, beneficiar, distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar,
importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para qualquer fim, as
substâncias constantes das listas deste regulamento técnico e de suas atualizações,
ou os medicamentos que as contenham, é obrigatória a obtenção deAutorização
Especial concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.
Devendo os responsáveis dos estabelecimentos da empresa protocolizar a petição
de autorização especial junto à autoridade sanitária local.

Sendo proibidas a produção, fabricação, importação, exportação, comércio e


uso de substâncias e medicamentos proscritos. Exclui-se da proibição as atividades
exercidas por Órgãos e Instituições autorizados pela Secretaria de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde com a estrita finalidadede desenvolver pesquisas e
trabalhos médicos e científicos. A concessão de autorização especial para os
estabelecimentos de ensino, pesquisas e trabalhos médicos e científicos, será
destinada a cada plano de aula ou projeto de pesquisa e trabalho, respectivamente.
Sendo dever do dirigente a solicitação da autorização especial ao órgão competente
do ministério da saúde, devendo neste conter cópia do R.G. e C.I.C. do dirigente do
estabelecimento, documento firmado pelo dirigente do estabelecimento identificando
o profissional responsável pelo controle e guarda das substâncias e medicamentos
utilizados e os pesquisadores participantes, cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas
mencionadas, cópia do plano integral do curso ou pesquisa técnico-científico e
relação dos nomes das substâncias ou medicamentos com indicação das
quantidades respectivas a serem utilizadas na pesquisa ou trabalho.

Concessão da autorização especial pela Secretaria de Vigilância Sanitária do


Ministério da Saúde, poderá ser suspensa ou cancelada quando comprovada
irregularidade que caracterize infração sanitária praticada pelo estabelecimento
conforme o disposto na legislação em vigor.

De acordo com a atual portaria notificação de receita é o documento que


acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos à base de
27

substâncias constantes das listas “A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2”
(psicotrópicas),“C2” (retinóicas para uso sistêmico) e “C3” (imunossupressoras),
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações. Onde a notificação de receita
deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos
arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. A farmácia ou drogaria somente
poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva
Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos.

O formulário da receita de controle especial, válido em todo o Território


Nacional, deverá ser preenchido em duas vias, manuscrito, datilografado ou
informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias
os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e "2ª via - Orientação ao
Paciente". As substâncias inclusas nas listas deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações, existentes nos estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente
guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local exclusivo
para este fim, sob a responsabilidade do farmacêutico ou químico responsável,
quando se tratar de indústria farmoquímica.

5.6.1.2 RDC Nº 44, de 26 de Outubro de 2010;

A presente resolução dispõe sobre o controle de medicamentos à base


desubstâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica,
isoladas ou em associação e dá outras providências, estabelecendo critérios para a
embalagem, rotulagem, dispensação e controle de medicamentos à base de
substâncias classificadas como antimicrobianos.
Onde estabelece que dispensação de medicamentos à base de
antimicrobianos de venda sob prescrição somente poderá ser efetuada mediante
receita de controle especial, sendo a 1ª via retida no estabelecimentofarmacêutico e
a 2ª via devolvida ao paciente como comprovante do atendimento. Sendo as
prescrições dispensadas somente quando apresentadas de forma legível e sem
rasuras, prescritas por profissionais devidamente habilitados e contendo as
seguintes informações: Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a
forma de Denominação Comum Brasileira, identificação do emitente, identificação do
usuário (nome completo), identificação do comprador (nome completo, número do
documento oficial de identificação, endereço completo e telefone), data da emissão
28

e identificação do registro de dispensação (anotação da data, quantidade aviada e


número do lote no verso).
De acordo com a resolução vigente a embalagem e rotulagem dos
medicamentos contendo substâncias antimicrobianasconstante da lista anexa na
mesma de que trata esta resolução deve obrigatoriamente deve constarna tarja
vermelha, em destaque a expressão “Venda Sob Prescrição Médica”. Ainda
segundo a presente resolução os estabelecimentos deverão manter a disposição
das autoridades sanitárias a documentação fiscal referente à compra, venda,
transferência ou devolução das substâncias antimicrobianas bem comodos
medicamentos que as contenham.

5.6.1.3 RDC nº 20, de 5 de Maio de 2011;

A resolução nº 20, de 5 de Maio de 2011 estabelece os critérios para a


prescrição, dispensação, controle, embalagem e rotulagem de medicamentos à base
de substâncias classificadas comoantimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas
ou em associação, conforme Anexo I da presente resolução. Na qual, as farmácias e
drogarias privadas, assim como as unidades públicas de dispensação municipais,
estaduais e federais que disponibilizam medicamentos mediante ressarcimento,
devem dispensar osmedicamentos contendo as substâncias listadas em anexo
desta, isoladas ou emassociação, mediante retenção de receita e escrituração nos
termos desta.

Conforme a lei vigente a prescrições de medicamentos antimicrobianos


deverão ser realizadas em receituáriosprivativos do prescritor ou do estabelecimento
de saúde, não havendo, portanto modelo dereceita específico. Sendo a receita de
antimicrobianos válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a partir da data
de sua emissão. Podendo conter outras categorias de medicamentos desde que não
sejam sujeitos a controle especial, não havendo limitação do número de itens
contendo medicamentos antimicrobianosprescritos por receita.

Ainda segundo a resolução a dispensação de antimicrobianos deve atender


essencialmente ao tratamento prescrito, inclusive mediante apresentação comercial
fracionável, nos termos da presente resolução.
29

5.6.1.4 RDC n° 80, de 11 de maio de 2006;

A presente resolução estabelece critérios para, controle sanitário do comércio


de medicamentos, fracionamento de medicamentos para dispensação em farmácias
e drogarias e requisitos para a manipulação de medicamentos, considerando a
necessidade de ajustar as condições técnicas e operacionais necessárias para a
realização das mesmas.

As farmácias e drogarias somente poderão fracionar medicamentos a partir


de embalagensdesenvolvidasespecialmente para essa finalidade de modo que
possam ser dispensados emquantidades individualizadas para atender às
necessidades terapêuticas dos consumidores eusuários desses produtos,
sempregarantindo as características asseguradas no produto originalregistrado e
observadas as condições técnicas e operacionais estabelecidas nesta resolução.
Não sendo aplicados aosmedicamentos sujeitos ao controle especial.

Toda farmácia e drogaria deve dispor obrigatoriamente assistência do


farmacêutico responsávelou de seu substituto, inscritos no Conselho Regional de
Farmácia, durante o horário integral defuncionamento do estabelecimento, segundo
a lei. Devendo identificar o farmacêutico de forma que o consumidor eusuário de
medicamentos possa distingui-lo dos demais funcionários e profissionais
doestabelecimento.

Cabe ao farmacêutico a responsabilidade do fracionamento. Assim como


também é dever do farmacêutico exercer assistência farmacêutica e notificar
suspeitas de reações adversas ou qualquer outro problema relacionado ao
medicamento ou tratamento medicamentoso àVigilância Sanitária municipal,
estadual ou à ANVISA, por artifício do formulário destinado a esse fim.

A condição essencial para o fracionamento é apresentação da prescrição, a


não ser que o medicamento seja isento de prescrição. Após o fracionamento, a
embalagem primária fracionada deve ser acondicionada na embalagem secundária
para fracionados, adequando à manutenção de suas característicasespecíficas, na
qual deve conter rótulo referente ao medicamento fracionado.A farmácias e a
drogarias devem realizar registro de todas as operações relacionadas com a
30

dispensação de medicamentos na forma fracionada de modo a garantir o


rastreamento doproduto.

5.6.1.5 RDC nº 306, de 7 de Dezembro de 2004.

A referida resolução estabelece parâmetros sobre o regulamento técnico para


o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Onde pertence à vigilância
Sanitária dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, com o apoio dos Órgãos
de Meio Ambiente, de Limpeza Urbana, e da Comissão Nacional de Energia Nuclear
- CNEN, divulgar, orientar e fiscalizar o cumprimento desta resolução.

Esta norma aplica-se a todos os geradores de Resíduos de Serviços de


Saúde-RSS. Para efeito deste regulamento definem-se como geradores de RSS
todos os serviços relacionados com oatendimento à saúde humana ou animal,
inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo e
laboratórios analíticos de produtos para saúde.O gerenciamento deve abranger
todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da
capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS.Todo gerador
deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde -
PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação
constante do Apêndice I da resolução, estabelecendo as diretrizes demanejo dos
RSS.

Segundo a resolução, manejo dos RSS é entendido como a ação de


gerenciar os resíduos em seus aspectos intra e extra estabelecimento, desde a
geração até a disposição final, sendo assim incluindo as etapas segregação,
acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário,
tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externos e disposição final.

Alguns resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento


prévio, é o caso de culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação
de produtos biológicos, meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas e resíduos de laboratórios de
manipulação genética. Também devem ser submetidos a tratamento antes da
disposição final carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com
31

inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de


animaissuspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, queforam submetidos ou não a estudo
anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica. No caso de peças anatômicas
(membros) do ser humano, produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenhamvalor científico ou legal e não tenha havido
requisição pelo paciente ou seus familiares, após o registro no local de geração,
devem ser encaminhados para sepultamento ou cremação.

5.6.2 Farmacologia

A farmacologiapode ser definida como a ciência que estuda os efeitos dos


fármacos no funcionamento de sistemas vivos. O impulso para o nascimento da
farmacologia ocorreu no século XVIII, mas foi somente no final do XIX que essa
ciência teve seu desenvolvimento incrementado com as novas tecnologias
disponíveis. Na metade do século XIX, na França, Claude Bernard conseguiu
identificar o local de atuação do curare no músculo animal. Mesmo desconhecendo
a estrutura química das substâncias que atuavam no local da terminação nervosa no
músculo, percebeu que elas agiam nesse local específico (BITTENCOURT;
CAPONI; MALUF, 2013).

Remédios à base de ervas foram largamente utilizados muito antes disso


desde os primórdios da civilização, farmacopeias foram escritas, e o mercado dos
boticários floresceu, entretantoque se aproximasse com princípios científicos foi
empregado a esta terapêutica(RANG et al., 2012).

Podemos definir fármaco ser como uma substância química de estrutura


conhecida que ao ser administrado a um organismo vivo, produz um efeito biológico.
Que para ser útil como instrumento terapêutico ou científico, ele precisa agir sobre
32

células de modo seletivo um alto grau de especificidade pelo sítio de ligação de


tecidos específicos (RANG et al., 2012).

Os receptores são proteínas reguladoras que normalmente atuam como alvos


farmacológicos. Constituem um componente-chave do sistema de comunicação
química onde todos os organismos multicelulares utilizam para coordenar atividades
de suas células e órgãos. A ligação de um receptor por uma molécula de um
fármaco pode ou não resultar na ativação desse receptor. Para ocorrer ativação o
receptor precisa ser afetado de um tal modo pela molécula ligada a ele que acaba
desencadeando uma resposta tecidual (RANG et al., 2012).

Com frequência, o efeito de um fármaco é reduzido o aumentado na presença


de um outro fármaco. No entanto, diversos outros mecanismos podem ser
responsáveis por interações inibitórias ou facilitadoras entre fármacos. Os mais
importantes são antagonismo químico, antagonismo farmacocinético, bloqueio da
relação receptor-efetuador e antagonismo fisiológico. Onde antagonismo químico
refere-se a situação onde duas substâncias se combinam em solução,
consequentemente o efeito do fármaco ativo é perdido. Já no antagonismo
farmacocinético o antagonista reduz de fato a concentração do fármaco ativo em seu
sítio de ação. No antagonismonão competitivo ocorre um bloqueio, em algumponto
adiantedo receptor, a cadeia de eventos que leva a produção de uma resposta ao
agonista. No caso do antagonismo fisiológico a interação entre dois fármacos cujas
ações opostas no organismo tendem a se anular mutuamente (RANG et al., 2012).

Com à realização do presente estudo possível notar a importância da


compreensão deste tema para o profissional farmacêutico, visto que a farmacologia
é um dos principais temas do curso de farmácia. Principalmente devido as drogarias
e farmácias serem atribuições do farmacêutico, onde são prestados serviços a
clientes sobre medicamentos e consequentemente sobre farmacologia.

5.6.3 Curva ABC

O método da análise de classificação ABC é uma ferramenta que facilita o


gerenciamento de estoques, proporcionando informações importantes sobre aqueles
produtos que tem maior ou menor giro, relacionados com o gasto de obtenção.
33

Também é utilizada para definição de política de vendas, planejamento da


distribuição, programação da produção e resolução de uma série de problemas
usuais de empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços. A curva
ABC é uma ferramenta de gerencia que permite identificar quais itens requerem
atenção e tratamento adequados quanto à sua importância. O gerenciamento do
estoque é, enfim, indispensável para que seja alcançada a excelência na
administração da empresa (OLIVEIRA, 2011).

A origem em estudos da curva ABC de estoques foram realizados pelo


economista e sociólogo italiano Wilfredo Frederigo Samaso, mais conhecido como
Vilfredo Pareto que viveu entre os anos 1848 e 1923. A curva ABC atualmente é um
dos sistemas de análise de estoques em geral mais utilizados pelas empresas
devido à facilidade, praticidade e eficiência além de poder ser utilizada em
todaempresa de qualquer segmento (SIMÕES, 2014).

Para sistematizar o abastecimento de farmácia e drogarias, é necessário


acima de tudo conhecer suas reais necessidades, ou seja, saber quais os materiais
que representam o maior consumo. Uma forma eficaz de analisar o consumo e
buscar o equilíbrio entre necessidade e disponibilidade de recurso é o sistema de
análise ABC. Através dele o administrador pode visualizar qual item do estoque
representa o maior consumo, e qual o item do estoque que necessita de maior
recurso para se manter. A partir desse sistema o administrador poderá planejar o
suprimento dos estoques principalmente os itens necessários para o funcionamento
contínuo das atividades de uma determinada empresa ou setor(SIMÕES, 2014).

Em relação ao estudo da Curva ABC, foi possível constatar que ela é um


excelente instrumento para analisar a importância de cada item em estoque,
analisando o valor monetário de consumo dos mesmos, elencando os itens
prioritários e aqueles que necessitam de uma atenção maior dos gestores de
estoque, facilitando, assim, o controle do estoque. Sendo assim a curva ABC é de
suma importância para o profissional farmacêutico na gestão de farmácia e ou
drogarias.
34

6. CONCLUSÃO

O Estágio Supervisionado em Medicamentos na Fundação Centro de


Controle de Oncologia do Amazonas, foi de suma importância. Visto que, possibilitou
a compreensão de como atuar numa farmácia hospitalar, realizandoatividades como
dispensação de medicamentos ambulatorial e setorial, fracionamento de
medicamentos, diluições de substâncias e Atenção Farmacêutica. Bem como,
conhecer alguns medicamentosantineoplásicos, promovendo conhecimento sobre a
atuação e atribuições do profissional farmacêutico na oncologia. Obteve-se também
conhecimento sobre as funções atribuídas ao farmacêuticono âmbito sanitário como
as exigências do Conselho Profissional.
Portanto, no decorrer do período de Estágio, percebeu-se que o Profissional
Farmacêutico tem um papel fundamental na farmácia, seja ela hospitalar ou não, no
que diz respeito a Prestação de Serviços Farmacêuticos, especialmente na Atenção
e Assistência Farmacêutica.
35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABCDT. Resolução RDC No 306, de 7 de dezembro de 2004 - Revoga a RDC


33/03 - Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde.

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c, p. 29, 1999.

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<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/fraciona/rdc_80.htm>. Acesso em: 9 abr. 2016.

ANVISA. RESOLUÇÃO-RDC No 44, DE 26 DE OUTUBRO DE 2010. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0044_26_10_2010.html>.
Acesso em: 9 abr. 2016.

ANVISA. RESOLUÇÃO-RDC No 20, DE 5 DE MAIO DE 2011. Disponível em:


<http://www.anvisa.gov.br/sngpc/Documentos2012/RDC 20 2011.pdf?jornal=...
(Acessadol>. Acesso em: 9 abr. 2016.

BITTENCOURT, S. C.; CAPONI, S.; MALUF, S. Farmacologia no século XX : a


ciência dos medicamentos a partir da análise do livro de Goodman e Gilman.
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