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DE CONTEÚDO VEJA 2 875 (ISSN 0100-7122), ano 57/nº 2. VEJA é uma publicação semanal da Editora Abril. Edições anteriores:
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CARTA AO LEITOR
A FORÇA DA
REPORTAGEM
UM DOS SEGREDOS da excelência do jornalismo de
VEJA é a multiplicidade de temas, em riqueza afeita a aten-
der os mais diversos perfis. Na edição da semana passada,
em reportagem de capa, a mais completa entrevista feita
com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, gerou intensa
repercussão em outros órgãos de imprensa e nas redes so-
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ENTREVISTA JIM ALLISON
DADA FILMSA
“PODEMOS
FALAR EM CURA”
Prêmio Nobel de Medicina, o cientista americano que
é um dos pais da imunoterapia para o câncer conta
por que vivemos um divisor de águas contra a
doença — fruto da crença na ciência
DIOGO SPONCHIATO
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IMAGEM DA SEMANA
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Caio Saad
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CONVERSA SOFIA COPPOLA
HERDEIRA
Sofia: roteiros
sobre o
amadurecer
de mulheres
em gaiolas
de ouro
WILLY SANJUAN/INVISION/AP/IMAGEPLUS
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Raquel Carneiro
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DATAS
O EPÍTOME DA CLASSE
WERNER SCHULZE/ULLSTEIN BILD/GETTY IMAGES
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FERNANDO SCHÜLER
NÃO ESTAMOS
EM GUERRA
MEU ÚLTIMO ARTIGO gerou uma boa discussão. Uma
das observações que recebi lembrava de nossa lei antirra-
cismo e argumentava que era correta a ação da Confede-
ração Israelita do Brasil (Conib) contra o jornalista que re-
lativizou o terrorismo do Hamas, fazendo menção à frase
do Deng Xiaoping sobre “não importar a cor dos gatos,
desde que cacem os ratos”. Há um ponto interessante aqui.
A Conib, como qualquer outra organização, tem todo di-
reito de mover uma ação, nos termos da lei. Caberá à Jus-
tiça decidir a questão. Vale o mesmo para os crimes con-
tra a honra. Se alguém se sentir caluniado ou difamado,
pode acionar a Justiça. Ações desse tipo, respeitando o de-
vido processo, não ferem, mas reforçam o princípio da li-
berdade de expressão. Não se deve confundir uma ação
privada, a posteriori, fundada em lei, com atos de censura
prévia e “de ofício”, praticados no Brasil nos últimos anos.
Agradeço às observações feitas ao meu texto e digo aqui
que é do debate de ideias franco e cordial que se faz uma
grande democracia.
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“A simples defesa
de uma tese,
por estúpida que
seja, não é crime”
discurso irado, diante da multidão furiosa, ameaçando um
comerciante de milho na frente de sua casa. O ponto de Mill:
a opinião só deve ser punida “se for provável que um ato vio-
lento resulte daquela manifestação”.
No Brasil, poucos traduziram melhor essa distinção do
que o ministro Marco Aurélio Mello, em seu voto minoritá-
rio no caso Ellwanger, em 2003. A questão era conceder ou
não um habeas corpus a Siegfried Ellwanger, escritor que
relativizava a história do Holocausto, entre outras barbari-
dades. O ministro Marco Aurélio fez uma dura defesa do di-
reito à expressão, dizendo que ele se prestava precisamente
para as “ideias controversas, radicais, minoritárias, despro-
porcionais”. E acrescentou: “A única restrição deve ser quan-
to à forma da expressão”. E fez a distinção: haveria crime se
Ellwanger “em vez de publicar um livro (...) distribuísse pan-
fletos nas ruas de Porto Alegre” com dizeres do tipo “vamos
expulsar estes judeus do país”. A simples defesa de uma tese,
por estúpida que fosse, não configuraria crime.
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SOBEDESCE
SOBE
AGRONEGÓCIO
Em 2023, o Brasil assumiu a liderança
das exportações mundiais de milho e
farelo de soja, aumentando para dez
o número de produtos agrícolas em
que é o primeiro do ranking.
CÂMERAS EM POLICIAIS
Em meio à polêmica sobre a sua
implantação, os equipamentos
passaram a ser usados pelo Bope
do Rio de Janeiro, a mais célebre
tropa da PM no país.
A SOCIEDADE DA NEVE
Na semana de estreia, o filme
do espanhol J.A. Bayona sobre um
desastre aéreo nos Andes tornou-se
a produção em língua não inglesa
mais vista da Netflix.
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DESCE
DOC
Um dos principais sistemas de
transferência de valores nas últimas
décadas, mas superado pelo Pix,
ele deixará de ser oferecido
pelos bancos no dia 15.
BOEING
Após uma porta se soltar em voo em
Portland, 170 aviões 737 MAX 9 tiveram
operações suspensas, comprometendo
a imagem da fabricante e do modelo,
que é um dos principais da companhia.
“SAIDINHA”
A morte de um policial por um preso
liberado no fim do ano em Minas Gerais
levou o presidente do Congresso,
Rodrigo Pacheco, a sugerir
a revisão do benefício.
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VEJA ESSA
ALEXANDRE SCHNEIDER/GETTY IMAGES
“É a realização de
um sonho pessoal.”
DORIVAL JÚNIOR, ex-São Paulo, novo treinador da seleção
brasileira de futebol. Ele entrou no lugar de Fernando Diniz
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“Reconectando
com o essencial.”
GISELE BÜNDCHEN,
ao inaugurar o ano em
suas redes sociais
INSTAGRAM @GISELE
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RADAR
VICTOR IRAJÁ
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DIOGO ZACARIAS/MF
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THIAGO LARA/RIOTUR
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BRASIL EXCLUSIVO
O HOMEM QUE
SABIA DEMAIS
VEJA teve acesso às 4 000 páginas da investigação
que apurou as circunstâncias da morte do
ex-capitão Adriano da Nóbrega, personagem
que transitou entre o crime organizado e a política,
guardava segredos valiosos e foi abatido numa ação
ainda cercada de mistérios
LARYSSA BORGES
REPRODUÇÃO
MISTÉRIOS
Adriano: detalhes
intrigantes, eventos
estranhos e perguntas
ainda sem resposta
sobre o crime
CRISTIANO MARIZ
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O
ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega ganhou no-
toriedade nacional depois que se descobriu que ele
chefiava o chamado Escritório do Crime — um gru-
po de matadores de aluguel que atuava no Rio de Ja-
neiro a serviço de bicheiros e milicianos. Ficou mais
famoso ainda quando se soube que ele também tinha uma es-
treita ligação com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por anos, a mãe, a mulher e um dos melhores amigos do poli-
cial, o também ex-PM Fabrício Queiroz, foram assessores do
gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho
do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2019, acusado de homicí-
dio e com a prisão decretada pela Justiça, Adriano fugiu. Um
ano depois, foi morto. Esse é o ponto de partida do capítulo fi-
nal de uma história que reúne ingredientes de um thriller de
ação. Havia gente importante entre os “clientes” do Escritório
do Crime que torcia para que o ex-capitão nunca mais apare-
cesse. Havia gente influente ligada às vítimas que queria loca-
lizá-lo a qualquer custo. E havia gente poderosa que temia a
revelação de segredos capazes de fulminar biografias e des-
truir certas carreiras — políticos, inclusive. O destino de al-
guém com um perfil tão singular assim era previsível.
Adriano foi localizado no interior da Bahia. A polícia rea-
lizou uma gigantesca operação para capturá-lo, usando dro-
nes, aeronaves, equipamentos de geolocalização e arma-
mento pesado. No dia 9 de fevereiro de 2020, o ex-capitão
foi cercado no município de Esplanada, a 165 quilômetros
de Salvador. Estava sozinho e, segundo a versão oficial, ar-
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ALBERTO MARAUX/SSP-BA
RECONSTITUIÇÃO Confronto: o ex-capitão teria resistido
à prisão, reagido e acabou morto pela polícia com dois tiros
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A OPERAÇÃO ESPLANADA
Depois de fugir do Rio de Janeiro, Adriano perambulou
durante meses por fazendas no interior do Nordeste. A polí-
cia passou a monitorar os passos dele através de seus fami-
liares e amigos. Em janeiro de 2020, após receber uma visita
da esposa, o ex-capitão foi cercado pela primeira vez na Cos-
ta do Sauípe (BA), mas conseguiu escapar. A sorte o aban-
donaria poucos dias depois. Escondido na chácara de um
amigo na área rural de Esplanada, o miliciano sabia que os
policiais estavam em seu encalço e tinha tudo pronto para
deixar o país. O plano de fuga elaborado contava com um
resgate de helicóptero patrocinado por um grupo ligado à
contravenção do Rio. Não deu tempo. A polícia interceptou
a viúva em uma blitz, e o motorista dela deu pistas sobre a
localização do novo esconderijo. A Secretaria de Segurança
da Bahia preparou então uma das maiores ações de captura
já realizadas pela polícia baiana. Foram mobilizados setenta
homens, além de um drone, um helicóptero, veículos táticos
e armamentos pesados. Para evitar vazamentos, os policiais
convocados para a missão só souberam a identidade do alvo
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INSTAGRAM @FABRICIOQUEIROZ_PATRIOTA
INSTAGRAM @WILSONWITZEL
AMIZADE OUTRO LADO
Jair Bolsonaro, Queiroz Wilson Witzel: o
e Flávio: relações governador disse que
próximas com o ex-capitão processaria a viúva
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EXECUÇÃO OU CONFRONTO?
Adriano foi abatido com dois tiros — um de carabina e
outro de fuzil. A trajetória de uma das balas, de cima para
baixo, reforçava a hipótese de uma execução. Além disso, o
corpo tinha dois ferimentos intrigantes: um corte na testa e
uma queimadura arredondada no peito. Os laudos das polí-
cias baiana e fluminense atestaram que houve troca de tiros.
A perícia da Polícia Técnica da Bahia projetou que o ex-ca-
pitão estava a cerca de 4,6 metros dos oponentes quando foi
alvejado e concluiu que ele morreu depois de ter recebido o
segundo disparo. Na queda, teria batido a cabeça em um
móvel da casa, resultando na lesão da testa. Já os legistas do
Rio de Janeiro afirmaram que havia indicativos de que o fe-
rimento ocorreu com o ex-capitão ainda vivo. Na versão dos
PMs, Adriano não teria morrido imediatamente e, por isso,
eles o levaram a um hospital que fica a 10 quilômetros do lo-
cal. Os médicos, por sua vez, atestaram que ele já chegou
sem vida. Havia outros pontos mal explicados. Os exames
não identificaram a presença de chumbo nas mãos de Adria-
no, o que normalmente acontece quando alguém faz dispa-
ros, e ninguém conseguiu definir o que seria a queimadura
arredondada no tórax do miliciano.
Diante das dúvidas e divergências, os investigadores pe-
diram ajuda à Polícia Federal, entre outras coisas, para re-
constituir o crime e reexaminar o corpo de Adriano. Quase
quatro anos depois, as etapas que foram previstas para a re-
constituição não foram concluídas, e a exumação do corpo,
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A CENA DO CRIME
Um dos procedimentos elementares que qualquer poli-
cial aprende na academia é sobre a necessidade de preservar
a cena do crime. Os PMs que alvejaram o miliciano admiti-
ram em depoimentos que não houve essa preocupação. Os
projéteis, por exemplo, são provas importantes para deter-
minar se realmente houve troca de tiros, o tipo de armamen-
to envolvido, o trajeto e a distância dos disparos. Um dos
laudos elaborados pela Polícia Federal destaca que foram
encontradas apenas três cápsulas da pistola que teria sido
usada por Adriano, apesar de ele ter supostamente dispara-
do sete tiros. Os peritos levantaram a hipótese de uma mes-
ma bala ter ricocheteado, mas, ainda assim, a conta não fe-
chou. Seria esperado, segundo eles, que fossem encontradas
de cinco a sete cápsulas detonadas. A ausência delas, porém,
não prova que o confronto não existiu, já que elas podem
simplesmente ter sido subtraídas por alguém que entrou na
casa após o crime — e muita gente entrou. Aliás, as cápsulas
das balas usadas pelos PM também não foram localizadas.
Ao longo da investigação, o Ministério Público solicitou
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IRONIA DO DESTINO
O curso da investigação sobre as circunstâncias da
morte de Adriano da Nóbrega foi afetado diretamente por
uma sucessão de descuidos, intencionais ou não, da polícia
baiana. Embora a Operação Esplanada tenha sido executa-
da com o uso de uma aeronave e um drone de observação,
não houve gravação de imagens — ao menos elas nunca
apareceram. O MP, por isso, teve de lastrear suas conclu-
sões essencialmente nas perícias técnicas. O corpo de
Adriano foi submetido a tomografia computadorizada e a
exames, que foram confrontados com os depoimentos e as
poucas evidências colhidas no local do crime. Ficou com-
provado que o ex-capitão foi alvejado por dois tiros, um
que entrou pelo tórax à esquerda e percorreu trajeto de
baixo para cima, provocando uma lesão no pescoço, e ou-
tro que partiu de cima para baixo, entrou pela clavícula di-
reita e saiu pelas costelas — esse que, segundo a família de
Adriano, provaria a execução sumária. Para os peritos
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tro da pistola que teria sido usada por Adriano, a que su-
miu e reapareceu tempos depois, estava parcialmente ras-
pado. Policiais disseram que o ex-capitão estava de ber-
muda e calção quando o Bope entrou na casa. Os médi-
cos, por sua vez, relatam que ele chegou seminu ao hospi-
tal. A estranha queimadura no peito, um indício de tortu-
ra, também vai continuar sem explicação. Segundo um
dos peritos, ela pode ter sido produzida “por um instru-
mento de bordas circulares, aquecido” — o cano de uma
arma, por exemplo. Mas essa é apenas uma hipótese sem
nenhuma comprovação. Adriano morreu da mesma ma-
neira que matava. Caso encerrado. ƒ
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BRASIL RIO DE JANEIRO
ARQUIVO VIVO
Depois de se entregar à polícia, Zinho, chefe da mais
poderosa milícia carioca, quer fazer uma delação que
pode enredar altos figurões do poder fluminense
MAIÁ MENEZES E SOFIA CERQUEIRA
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AFP
cia da polícia, por meio EXPECTATIVA Zinho:
de informantes, identifi- ele pode até ajudar a elucidar
cou há seis meses a dis- o caso Marielle
posição do miliciano a se
entregar. Enquanto os dois irmãos que o antecederam no
comando, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três
Pontes, e Wellington da Silva Braga, o Ecko, ambos mor-
tos pela polícia, eram conhecidos pelo perfil violento, Zi-
nho se concentrava em ser o cérebro financeiro da qua-
drilha. “Ele sempre teve a visão empreendedora do negó-
cio e não da guerra”, acrescenta o secretário.
Com seu QG na Zona Oeste carioca e ramificações
pela Baixada Fluminense, o “bonde do Zinho”, antes
“bonde do Ecko” e “Liga da Justiça”, fatura ao menos
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BRASIL ELEIÇÕES
PALANQUES
EM CONSTRUÇÃO
De olho nas prefeituras, Lula quer percorrer o país
com pacote de obras para apoiar aliados, fortalecer
o governo e preparar o caminho para 2026
LAÍSA DALL’AGNOL E VICTORIA BECHARA
INSTAGRAM @RUIFALCAO13
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RICARDO STUCKERT/PR
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SECOM/GOVBA
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RICARDO STUCKERT/PR
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CARLOS GIBAJA/CASA CIVIL
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MURILLO DE ARAGÃO
A POLÍTICA E A
GAIOLA DE FARADAY
Experimento feito no século XIX
tem aplicação nos dias atuais
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“É preciso proteger as
instituições de influências
externas que poderiam
desestabilizá-las”
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BRASIL POLÍTICA
APOSTA
DE RISCO
Repetindo o que fez Lula em 2018, Bolsonaro
tenta contornar a inelegibilidade e ser candidato
em 2026, esticando a corda da polarização e da
tensão institucional ISABELLA ALONSO PANHO
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FORA DO PÁREO?
Entenda a situação jurídico-eleitoral do
ex-presidente Jair Bolsonaro
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BETO BARATA/PL
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EVARISTO SA/AFP
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BRASIL GOVERNO
UNIÃO ABALADA
Cerimônia de aniversário do 8 de janeiro mostra
que a pacificação política continua sendo um objetivo
distante e, para alguns, uma mera figura de retórica
MARCELA MATTOS
SERGIO LIMA/AFP
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AS AUSÊNCIAS QUE
FORAM NOTADAS
Muitos políticos se
recusaram
TON MOLINA/FOTOARENA
a participar da
solenidade
ARTHUR LIRA
O presidente da Câmara se
irritou com a organização do
evento, coordenado por Janja
da Silva, a primeira-dama
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TON MOLINA/FOTOARENA
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RANIER BRAGON/FOLHAPRESS
CRÍTICAS Militares: isolados, os comandantes chegaram
a cogitar a hipótese de não participar da cerimônia
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RICARDO STUCKERT/PR
EM 2023 Visita ao STF: defesa institucional
uniu políticos de todos os matizes
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O QUE BOLSONARO
NOS DEU DE BOM
O governo anterior expôs as
nossas piores mazelas
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“O serviço que
o ex-presidente nos
prestou que é digno
de nota foi nos mostrar
quem somos nós”
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BRASIL URBANISMO
POLÊMICA NA ORLA
Projeto que permite venda de áreas
verdes de Salvador abre disputa entre
moradores e setor imobiliário e põe
políticos como ACM Neto na mira VALMAR
HUPSEL FILHO E LAÍSA DALL’AGNOL
DIVULGAÇÃO
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INSTAGRAM @SOS.BURACAO
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FACEBOOK@ACMNETOOFICIAL
mesmo com a possibilidade
de troca de comando com a
eleição municipal deste
ano. O principal adversário CONTAGEM ACM Neto:
de Bruno Reis deve ser o desde a sua gestão, prefeitura
vice-governador Geraldo já abriu mão de mais de uma
Júnior (MDB), apoiado pe- centena de terrenos públicos
lo governador Jerônimo
Rodrigues (PT). Ex-presidente da Câmara, ele atuou direta-
mente para a aprovação de vários projetos flexibilizando o
uso do solo. Um exemplo é o da paradisíaca Ilha dos Frades,
que nos últimos vinte anos foi alvo de projetos que chega-
ram ao ponto de proibir a coleta de mariscos ou a pesca pela
comunidade quilombola, enquanto permitiam a construção
de edifícios de até quinze pavimentos, pista de pouso, ater-
ramento de zonas de mangue e muros nas praias. Parte des-
sas leis está suspensa por decisão judicial, mas em dezem-
bro, na mesma sessão em que as desafetações passaram, foi
aprovado um projeto que novamente impõe restrições à co-
munidade marisqueira e pesqueira e flexibiliza o uso do so-
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RADAR ECONÔMICO
PEDRO GIL
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ECONOMIA CONJUNTURA
VENTO A FAVOR
Queda de juros no Brasil e nos Estados Unidos, inflação
sob controle e cenário internacional menos adverso
abrem boas perspectivas para 2024. Mas risco de
tempestades permanece
JULIANA ELIAS E LUANA ZANOBIA
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E
m 2024, o PIB brasileiro talvez cresça menos do que
em 2023, os juros permanecerão boa parte do tempo
na casa dos dois dígitos, as contas do governo possi-
velmente fecharão no vermelho e a dívida pública
tende a aumentar. Ainda assim, observa-se um consi-
derável otimismo entre economistas, analistas e investidores
a respeito dos rumos da economia do país. Como isso é pos-
sível? Há uma explicação por trás do aparente paradoxo: a
largada deste ano se dá em cenário menos nebuloso do que
aquele observado no início de 2023. Em janeiro do ano pas-
sado, as intenções do governo recém-eleito traziam mais dú-
vidas do que certezas, a inflação preocupava e o risco nada
desprezível de recessão pairava sobre os países ricos. Tanto é
assim que as projeções apontavam para um cenário de para-
lisia econômica, o que, afinal, não se concretizou. Agora, o
ambiente é bem diferente — as nuvens carregadas se desfize-
ram, embora não estejam descartadas trovoadas eventuais
no caminho. “Mesmo com o crescimento mais fraco, o oti-
mismo vem das quedas de juros, depois de muito tempo com
taxas elevadas, em um contexto internacional menos turbu-
lento”, diz Carlos Kawall, sócio-fundador da gestora Oriz
Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional.
Se no Brasil a expectativa é de que a Selic, a taxa básica da
economia, encerre 2024 em torno de 9% ao ano, depois de
permanecer em 13,75% durante boa parte de 2022 e 2023,
nos Estados Unidos o ciclo de quedas está prestes a começar.
No fim de dezembro, Jerome Powell, presidente do Federal
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3 | 10
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SERGIO DUTTI
ma que o índice chegará aos 140 000 pontos neste ano. Mais
otimista, o banco Santander defende ser possível alcançar
os 160 000, o que seria um salto de 25%. “Apesar do recente
rali, o Brasil continua sendo um dos mercados de ações mais
atraentes da região”, afirmou o banco em relatório.
Com tanto entusiasmo, por que a economia brasileira pro-
vavelmente crescerá menos em 2024? Para responder à per-
gunta, é preciso olhar os resultados anteriores com atenção.
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MELHOR DO QUE
A ENCOMENDA
Os principais indicadores econômicos
superaram as expectativas
em 2023 (em %)
12,25
O QUE ERA ESPERADO
NO INÍCIO DO ANO*
11,75
COMO FOI O
RESULTADO FINAL
5,4
4,6
2,9**
0,8
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6 | 10
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SILVIO AVILA/AFP
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RANIMIRO LOTUFO NETO/ISTOCK/GETTY IMAGES
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RISCO DE RECESSÃO
GLOBAL AFASTADO
GUERRAS NA EUROPA E NO
ORIENTE MÉDIO
AUMENTO DO PREÇO
DO PETRÓLEO
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10 | 10
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ALEXANDRE SCHWARTSMAN
NÓS E O CANADÁ
A economia do Brasil ficou maior
que a do país do norte?
1|3
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“A história de termos
superado o Canadá é
apenas barulho.
O nosso PIB per capita
é o 77º do mundo”
2|3
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3|3
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ECONOMIA INFRAESTRUTURA
UM CAMINHO
MAIS ILUMINADO
A entrada em vigor da segunda fase do mercado
livre de energia permitirá a mais empresas
reduzir o custo da conta de luz e escolher o
melhor fornecedor para o negócio PEDRO GIL
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2|6
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INTERESSE EM ALTA
Quantidade de empresas no mercado livre
de energia (em milhares)
11,8
10,9
9,9
8,5
7
5,1
3|6
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4|6
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liberdade de escolha. Se o
cliente quiser comprar ener-
gia oriunda de fontes reno-
váveis, ou se busca fornece-
dores mais baratos, caberá a
ele escolher, sem a imposi-
ção de adquirir serviços de
uma única empresa domi-
nante no mercado. Trata-se
de uma guinada no setor,
parecida com a observada
no ramo da telefonia. Desde
a privatização, em 1998, es-
SEBASTIÃO MOREIRA/EFE
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6|6
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INTERNACIONAL EQUADOR
SOB O DOMÍNIO
DAS GANGUES
A espantosa ocupação de um estúdio de TV
por bandidos armados, durante um programa
ao vivo, expôs o alcance dos tentáculos das
quadrilhas de narcotraficantes equatorianos
CAIO SAAD
JOSÉ JÁCOME/EFE
1|5
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H
á apenas cinco anos, o Equador era um oásis de se-
gurança na conturbada América Latina. Hoje, é o
contrário: com uma média de 45 homicídios por
100 000 habitantes em 2023, seis vezes mais do que
no passado, a nação à beira do Pacífico se tornou a
mais letal da região, à frente de México e Brasil. O retrato
acabado dessa triste realidade foi ao ar na terça-feira, 9, quan-
do bandidos invadiram um estúdio da TV estatal em Guaya-
quil, maior cidade equatoriana, durante a apresentação de
um noticiário de grande audiência. Armados com metralha-
doras, granadas e explosivos, mascarados e formando com
os dedos símbolos de organizações criminosas, eles rende-
ram a equipe — com exceção dos câmeras, aos quais faziam
questão de se exibir. Atônita e apavorada, a população ouviu
ser aquela uma mensagem sobre as consequências de se “me-
xer com a máfia” — recado dirigido ao estado de emergência
decretado um dia antes pelo governo, no esforço para isolar
a liderança e combater as diversas gangues que espalham o
pânico pelo país.
O estopim para mais essa explosão de violência, situação
recorrente no Equador, foi a constatação na manhã de do-
mingo, durante uma revista, da fuga da prisão La Regional,
de Guayaquil, de Adolfo Macías, o Fito, chefão da quadrilha
Los Choneros (o nome vem de Chone, sua cidade de ori-
gem). Aparentemente, Fito soube por informantes que seria
transferido pela segunda vez para a ala de segurança máxi-
ma e preferiu deixar de vez a cela onde montara o QG de
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REPRODUÇÃO
3|5
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4|5
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5|5
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INTERNACIONAL ALEMANHA
MOTOR ENGASGADO
A economia alemã, antes a mais pujante da
Europa, sofre com a queda das exportações
e do fluxo de energia e tem em 2023 o pior
resultado entre as grandes CAIO SAAD, de Berlim
JOHN MACDOUGALL/AFP
1|5
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2|5
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PIOR DA TURMA
Entre as maiores economias da Europa, a alemã foi
a única que deu marcha a ré no PIB em 2023
A LEM A N HA RE I N O I T ÁL I A F R AN Ç A E S PA N H A
UN I DO
2,4%
1%
0,5% 0,7%
3|5
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mento da população e da
baixa taxa de reposição de
trabalhadores — ao con-
trário de Reino Unido, Itá-
lia, França e outros, o país
não tem ex-colônias que
forneçam imigrantes com
domínio do idioma e dos
costumes locais. Segundo
Stefan Hardege, especialis-
ta em mercado de trabalho
da Câmara Alemã de Co-
mércio e Indústria, a escas-
ARQUIVO PESSOAL
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GENTE
VALMIR MORATELLI
1|5
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CHRISTOPHER POLK/GOLDEN GLOBES 2024/GETTY IMAGES
PAIXÃO EXPLÍCITA
Protagonizando um dos mais improváveis namoros do showbiz, o ator
TIMOTHÉE CHALAMET, 28 anos, garoto cabeça, muito cool e des-
colado, e KYLIE JENNER, 26, a caçula do notoriamente oportunista
clã Kardashian, estão juntos há um ano, mas raramente engatam ma-
nifestações de afeto em público. Causou, portanto, grande surpresa e
uma infinidade de memes e comentários os abraços e beijinhos e cari-
nhos sem ter fim trocados pelo casal durante a cerimônia de entrega
de prêmios do Globo de Ouro. “Acho que Kris Jenner (a matriarca do
clã) está nos bastidores, dirigindo as câmeras para eles nos momen-
tos-chave”, comentou alguém no X. Detalhe: de cabeça de vento Kylie
não tem nada. Envolvida em vários negócios, acumula patrimônio de
mais de 500 milhões de dólares (o 1 bilhão celebrado pela Forbes em
2019, descobriu-se depois, era lorota armada por mãe e filha).
2|5
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Bruce Springsteen e
Dua Lipa.
3|5
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BON APPÉTIT
Foi uma semana de vastos aplausos e mostras de admiração pa-
ra JEREMY ALLEN WHITE, 32 anos, ator menos conhecido até
pouco tempo atrás. Primeiro, fez cair queixos planeta afora ao
estrelar a nova campanha de cuecas da Calvin Klein expondo seu
abdome trincado — e aparentemente sem umbigo, detalhe co-
mentadíssimo nas redes. Depois, levou o prêmio de Melhor Ator
em Série de Comédia por O Urso, aclamada produção com cinco
indicações ao Globo de Ouro, que conta a vida de Carmy (papel
de White), chef estressado que assume o pepino de tocar o res-
taurante deixado pelo irmão falecido. “Devo ter feito algo certo
nesta vida para estar na companhia de vocês”, disse, todo fofo,
dirigindo-se aos colegas do elenco.
4|5
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ZERO ESTATUETA
Concorrendo a Melhor Ator em Filme de Drama por Assassinos da
Lua das Flores, LEONARDO DICAPRIO, 49 anos, passou por um
smoking justo ao cruzar o tapete vermelho do Globo de Ouro: por
pouco não esbarrou na ex-namorada CAMILA MORRONE, 26,
atriz da série indicada Daisy Jones & The Six e que minutos antes
posara para os mesmos flashes. DiCaprio terminou com Camila em
agosto de 2022 — segundo os maldosos de plantão, porque ela pas-
sou da idade que ele aprecia. No fim das contas, ambos saíram da
premiação de mãos abanando, enquanto a companheira de elenco
do ator, Lily Gladstone, levava a estatueta de Melhor Atriz — a primei-
ra artista de origem indígena a marcar esse tento. ƒ
STEVE GRANITZ/FILMMAGIC/GETTY IMAGES
5|5
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GERAL EDUCAÇÃO
MARCAS QUE
NÃO SE APAGAM
A cultura do castigo físico na criação dos filhos
segue arraigada no Brasil, segundo mostra
uma nova pesquisa. A prática vai na contramão
da ciência e produz estragos perenes
LOIC VENANCE/AFP
1|9
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A
té o século XVIII, não havia a noção de infância,
algo que a pintura mostra com pinceladas certei-
ras, ao retratar crianças com feições adultas ao
longo dos tempos. Um marco essencial para o
aparecimento da ideia de uma fase da existência
em que os indivíduos demandam cuidados adicionais foi
o advento de instituições de ensino na Europa, onde as
pessoas começaram a ser separadas por faixa etária. Daí
vieram desdobramentos em muitos departamentos, desti-
nando ao pequeno ser em formação atenção voltada para
as necessidades inerentes à pouca idade — da alimentação
à filosofia no modo de criá-lo. Em meio ao vendaval pro-
vocado no pensamento ocidental pelo Iluminismo, Jean-
Jacques Rousseau (1712-1778) foi a primeira influente fi-
gura a derramar luz sobre uma excrescência que tinha en-
tão contornos de normalidade: a regra à época era educar
filhos na base do castigo físico, o que o filósofo francês
tratou de denunciar. Ele também sugeriu uma linha peda-
gógica com forte pendor à liberdade, cujo objetivo deveria
ser estimular os indivíduos a agirem por interesses natu-
rais, e não por imposição.
Era tudo muito moderno e só aos poucos foi sendo di-
gerido, até que, nas últimas décadas, um conjunto de paí-
ses baniu o mau hábito de punir a prole com palmadas e
outros gestos calcados na violência.
Umas nações avançaram mais rapidamente nesse
campo do que o Brasil, onde ainda circula a crença de
2|9
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3|9
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4|9
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6|9
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7|9
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DEAGOSTINI/GETTY IMAGES
CADÊ O BEBÊ? Criança de feições adultas:
a ideia de infância é mais tardia
8|9
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9|9
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GERAL CONSUMO
AO ALCANCE
DAS MÃOS
Na CES, a maior feira de tecnologia do planeta,
a inteligência artificial deixou a sombra e as
incertezas e brotou nos equipamentos de uso
doméstico VALÉRIA FRANÇA
PATRICK T. FALLON/AFP
1|7
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2|7
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IA
ESTRELAS
DA INTERATIVIDADE
Alguns dos destaques apresentados
pelos 4 000 expositores
GERENCIADOR
DA CASA
LG (Coreia do Sul)
3|7
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BICICLETAS
CONECTADAS
Urtopia (Alemanha)
O badalado e onipresente
software do ChatGPT foi
associado à e-bike da marca.
Ela “conversa” com o usuário
e ajuda no uso do GPS e de
informações oferecidas via
bluetooth e wi-fi, sem tirar
a atenção da estrada
GELADEIRA
INTELIGENTE
Samsung (Coreia
do Sul)
Avisa quando o
alimento está prestes a estragar e
direciona as informações para uma
tela de 32 polegadas, com detalhes
dos itens comprometidos pelo
passar do tempo
4|7
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SEGURANÇA
AO VOLANTE
Volkswagen (Alemanha)
Em parceria com a
Cerence, empresa que
fabrica assistentes virtuais
com IA, e a startup israelense
Cipia, foi desenvolvido um
sistema que monitora sinais
de distração e sonolência
do motorista
AQUELES
MINUTINHOS
SAGRADOS
Instituto de Neurociência da
Universidade Paris-Saclay (França)
5|7
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6|7
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7|7
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GERAL CIÊNCIA
UM OÁSIS
NO ESPAÇO
Após décadas de exploração do sistema
solar, a Nasa investigará de perto evidências
da existência de água em Europa, uma das
luas de Júpiter LUIZ PAULO SOUZA
ESPERANÇA
A busca: o satélite
teria elementos
necessários para
a vida
1|5
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ÁGUA
INGREDIENTES ESSENCIAIS
ENERGIA
3|5
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5|5
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GERAL CIDADES
PAZ NA SERENÍSSIMA
Nunca, na recente história da civilização, uma
cidade anunciou tantos recursos para
barrar as ondas de turistas. Veneza pode estar
inaugurando uma nova era LIGIA MORAES
DAISUKE TOMITA/THE YOMIURI SHIMBUN/AFP
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MOMENT/GETTY IMAGES
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DAVID LEES/CORBIS/VCG/GETTY IMAGES
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GERAL MEMÓRIA
TEMOS DE
ENGOLI-LO
Zagallo esteve sempre à frente dos outros — como
jogador e como treinador. Tratado como supersticioso
folclórico, merece página mais relevante na
história do futebol FÁBIO ALTMAN
INSTAGRAM @SANTOSFC
1|5
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“EU NÃO PRECISO dizer mais nada! Vocês vão ter que
me engolir!” Antes da Copa do Mundo de 1998, Zagallo
ouvia barbaridades da imprensa e da torcida a respeito da
postura da seleção brasileira em campo. Em junho de
1997, ao conquistar o título de Copa América, na vitória
contra a Bolívia por 3 a 1, ele disparou com dedo em riste,
para as câmeras de televisão, bochechas avermelhadas e
olhos rútilos, a frase debochada e incisiva que se tornaria
epígrafe irrecorrível do treinador. Talvez seja bom não
dizer mais nada, e tanto agora como antes sempre foi pre-
ciso engolir Zagallo — não com o tom colérico daquele
desabafo, mas com a tranquila certeza histórica a confir-
mar a trajetória de um dos grandes nomes da história do
futebol mundial.
Na ponta do lápis: ele foi duas vezes campeão mundial
como jogador, em 1958 e 1962; uma vez como treinador, em
1970; e uma como auxiliar técnico, em 1994, de mãos da-
das com Carlos Alberto Parreira. Zagallo foi o primeiro a
erguer a Jules Rimet como atleta e como técnico, feito que
depois o alemão Franz Beckenbauer (leia na pág. 14) e o
francês Didier Deschamps repetiriam, sem a mesma pom-
pa e circunstância. A estatística o instalou, e já faz tempo,
no panteão da bola — mais celebrado no exterior do que
nas bandas de cá, em irritante movimento atávico. Zagallo
foi quase sempre tratado como o histriônico dado a comen-
tários de efeito, o frasista engraçado e envelhecido que teve
sorte na vida, o supersticioso do número 13, e só por isso te-
2|5
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GERAL AMBIENTE
A DISCRIÇÃO
QUE GRITA
Novos recursos de rastreamento eletrônico,
por meio de GPS, autorizam pensar em solução
para a chamada “extinção silenciosa” das girafas
em território africano FÁBIO ALTMAN
1|5
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BILDAGENTUR-ONLINE/UIG/GETTY IMAGES
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155 000
RISCO
REAL 117 000
Número de girafas
identificadas
na África 25% DE
REDUÇÃO
Fonte: Giraffe
Conservation
Foundation
1980 2023
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GERAL COMPORTAMENTO
ISTOCKPHOTO/GETTY IMAGES
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ARQUIVO PESSOAL
NA ESTRADA Amanda e sua turma: em vez de festa, viagem
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GERAL GASTRONOMIA
A NOVA ONDA
Com três restaurantes entre os cinco melhores
do mundo, a Espanha une inovação e tradição
e se mantém na vanguarda da cozinha com
força interminável ANDRÉ SOLLITTO
INSTAGRAM @DISFRUTARBCN
1|5
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O MAIOR
INOVADOR...
Quando Ferran
Adrià chegou
ao El Bulli,
em 1983, o
restaurante já
tinha duas
estrelas Michelin.
Mas suas técnicas
de vanguarda
alçaram a casa ao
topo do Olimpo —
feito nunca
LLUIS GENE/AFP
replicado por
outro chef
4|5
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…E OS IRMÃOS
DE TALENTO
Os irmãos Roca
— o chef Joan,
o sommelier Josep
e o confeiteiro
Jordi — são
responsáveis por
uma nova era da
gastronomia
espanhola. Na
década de 2010,
INSTAGRAM @CELLERCANROCA
ofereciam uma
cozinha a um só
tempo inovadora
e afetiva
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PRIMEIRA PESSOA
ARQUIVO PESSOAL
1|4
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É MUITO AMOR
ENVOLVIDO
Denis Ordovás, 46, conta como é fazer parte de um trisal e
ser pai nesta configuração que é alvo de preconceito
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4|4
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CULTURA TELEVISÃO
CRIME ABAIXO
DE ZERO
Em sua nova temporada, a série True Detective, da HBO,
promove uma notável retomada criativa ao apostar
numa trama sobre as mulheres — e seus fantasmas
KELLY MIYASHIRO
MICHELE K. SHORT/HBO
1|6
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L
ocalizada quase 200 quilômetros acima do Círculo
Polar Ártico, a minúscula Ennis vê uma sina se repe-
tir: toda vez que o Natal está chegando, a noite boreal
instala-se por meses no lugarejo por si só melancóli-
co, tornando tudo ainda mais gélido e soturno. No
perturbador cenário de True Detective: Terra Noturna, que
estreia na HBO neste domingo, 14, a xerife Liz Danvers (Jo-
die Foster) e a policial Evangeline Navarro (Kali Reis) não
passam incólumes aos traumas de cada inverno. E que inver-
no é esse que se anuncia. Ambas, cada qual a seu modo, bus-
cam se distanciar do mal-estar que divide a comunidade fic-
tícia do Alasca, na qual trabalhadores americanos — bran-
cos, negros ou latinos — exploram uma mina e se estranham
com indígenas em luta para sobreviver em meio à poluição
brutal. Mas isso é francamente impossível: Danvers faz o que
pode, em vão, para sua enteada não resgatar as origens nati-
vas do pai morto e se envolver em arriscados protestos políti-
cos; Navarro tenta, mas já não consegue negar suas próprias
ligações de sangue com um povo disposto a brigar até o fim
por suas crenças e direitos. Uma chacina tétrica virá romper
o fiapo de equilíbrio que ainda resta em Ennis — revelando
que a noite boreal, mais que um evento climático, é uma me-
táfora do pesadelo que não só as duas detetives, mas muitas
outras mulheres no mundo, são obrigadas a atravessar.
O crime que permeia Terra Noturna não é menos esca-
broso (e intrincado) do que os casos que deram fama à série.
Pelo contrário: oito cientistas de uma base de pesquisa que
2|6
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MICHELE K. SHORT/HBO
lacerantes. No inóspito la-
boratório, a equipe de
Danvers descobre uma RESISTÊNCIA Leah, enteada
pista lúgubre: o assassino de Liz: luta e busca por suas
deixou lá uma língua hu- raízes indígenas
mana feminina, que Na-
varro acredita ser de Annie K, ativista indígena assassinada
anos antes e cuja morte nunca foi solucionada. Na época, ela
protestava contra a mina que movimenta a economia da ci-
dade, mas contamina os rios que sustentam o povo Inuíte.
A nova True Detective mantém-se fiel, assim, à premissa
que consagrou a série: nas quatro temporadas, a investigação se
imbrica com os tormentos dos protagonistas, cujos fantasmas
pessoais revelam-se tão ou mais apavorantes (e reais) que os
crimes à sua volta. A receita criada pelo roteirista Nic Pizzolatto
rendeu sucesso de público e crítica à primeira temporada, com
Woody Harrelson e Matthew McConaughey. Depois, no en-
tanto, a série foi se fechando num universo masculino previsível
e perdeu voltagem. Agora, sofre uma santa guinada de gênero:
o atributo principal da nova trama é o olhar feminino afiado na
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CULTURA CINEMA
LIÇÕES DE EMPATIA
Na comédia dramática Os Rejeitados, um trio de
pessoas muito diferentes entre si descobre que
as agruras da vida atingem a todos — e que
apoiar um ao outro é uma saída graciosa e eficaz
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2|3
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Raquel Carneiro
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CULTURA LITERATURA
ACERVO MASP
DRAMA SOCIAL Os Retirantes, de Portinari: o pintor traduziu
em imagens a tragédia da seca denunciada por Graciliano
INTÉRPRETE
DO BRASIL
Com a entrada em domínio público da obra de
Graciliano Ramos, o autor que expôs as mazelas
do país com sua escrita sem firulas ganha duas
edições excepcionais DIEGO BRAGA NORTE
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TODAVIA/DIVULGAÇÃO
5|5
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CULTURA MÚSICA
O METALEIRO
MÚLTIPLO
Bruce Dickinson, cantor do Iron Maiden, acaba de
ampliar seu impressionante rol de atividades: além de
cantar, pilotar aviões e lutar esgrima, ele agora é
autor de gibi FELIPE BRANCO CRUZ
CLAUDIO GATTI
1|6
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POLÍMATA
O artista em três atos:
no Brasil para divulgar
sua nova história
em quadrinhos
(à esq., de gorro);
nos anos 1980, como
esgrimista; e na pele
AR EN A
de piloto da aviação
D PA /A LA M Y/ FOTO
comercial (abaixo)
ED FO RC E ON E
2|6
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3|6
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CULTURA VEJA RECOMENDA
FILME
INTRUSO (Foe; Estados Unidos/Austrália/Reino Unido, 2023.
Disponível no Amazon Prime Video)
Em algum canto do interior rural americano, o casal Ju-
nior (Paul Mescal) e Hen (Saoirse Ronan) leva uma vida
pacata em meio à crise ambiental. Vivendo no final do
século XXI, ambos têm um casamento infeliz em uma fa-
zenda isolada, divididos pelos sonhos da mulher e o con-
formismo do homem — problemas para os quais a solu-
ção chega, enfim, com o iminente fim do mundo. Ele é
convocado para testar uma possível ocupação humana
1|9
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AMOR ROBÓTICO
Saoirse e Mescal:
romance e
ficção científica
AMAZON PRIME
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SÉRIE
HISTÓRICO CRIMINAL (disponível na Apple TV+)
É tarde da noite quando o telefone toca na central de emer-
gências londrina. Do outro lado da linha, uma mulher que
prefere não se identificar pede para falar com a polícia, ale-
gando que será morta pelo namorado. Desesperada, a anô-
nima revela que o rapaz que a ameaça é responsável por um
assassinato pelo qual outro homem foi preso e condenado.
Protagonizado por Peter Capaldi e Cush Jumbo, e com dois
episódios já disponíveis, o suspense instigante e bem costu-
rado se desenrola em torno do complexo caso antigo, colo-
cando uma investigadora em início de carreira e um vetera-
no determinado a proteger seu nome em rota de colisão.
APPLE TV+
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LIVRO
A BIBLIOTECÁRIA DE MEMÓRIAS E OUTRAS HISTÓRIAS
DE DIRTY COMPUTER, de Janelle Monáe (tradução Petê Rissatti;
Morro Branco; 336 págs.; 79,90 reais e 42,40 reais em e-book)
O universo afrofuturista imaginado por Janelle Monáe no
álbum Dirty Computer (2018) é expandido nesse livro de
contos, ambientado em uma realidade distópica sobre um
regime autoritário. Os contundentes textos escritos pela
artista americana, com colaboração de outras autoras, ex-
plora temas como sexualidade e raça — como no conto
que dá título à obra, sobre uma agente responsável pelo
armazenamento de lembranças que passa a questionar a
ordem vigente. ƒ
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CULTURA OS MAIS VENDIDOS
FICÇÃO
1 a BiBlioteCa Da meia-noite
Matt Haig [1 | 69#] BERTRAND BRASIL
3 tuDo é rio
Carla Madeira [3 | 67#] RECORD
4 veritY
Colleen Hoover [9 | 84#] GALERA RECORD
8 a emPregaDa
Freida McFadden [0 | 5#] ARQUEIRO
9 a PaCiente silenCiosa
Alex Michaelides [0 | 26#] RECORD
10 o imPulso
Ashley Audrain [0 | 1] PARALELA
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NÃO FICÇÃO
1 aos Prantos no merCaDo
Michelle Zauner [0 | 1] FÓSFORO EDITORA
2 nação DoPamina
Anna Lembke [2 | 25#] VESTÍGIO
4 em BusCa De mim
Viola Davis [5 | 62#] BEST SELLER
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AUTOAJUDA E ESOTERISMO
1 Café Com Deus Pai 2024
Júnior Rostirola [1 | 3#] VÉLOS
5 HáBitos atômiCos
James Clear [3 | 31#] ALTA BOOKS
6 a PsiCologia finanCeira
Morgan Housel [8 | 19#] HARPERCOLLINS BRASIL
8 forte
Lisa Bevere [0 | 5#] THOMAS NELSON BRASIL
10 essenCialismo
Greg McKeown [0 | 26#] SEXTANTE/GMT
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INFANTOJUVENIL
1 BoX trilogia Caraval
Stephanie Garber [0 | 1] GUTENBERG
2 Divinos rivais
Rebecca Ross [0 | 1] ALT
3 o PeQueno PrínCiPe
Antoine de Saint-Exupéry [1 | 400#] VÁRIAS EDITORAS
4 o laDrão De raios
Rick Riordan [0 | 39#] INTRÍNSECA
10 amênDoas
Won-pyung Sohn [0 | 18#] ROCCO
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JOSÉ CASADO
NOVOS CENÁRIOS
O ANO COMEÇOU com um discreto debate partidário sobre o
futuro sem Lula e Jair Bolsonaro. À esquerda e à direita procuram-
se sucessores para os dois políticos brasileiros mais conhecidos,
que atravessaram os últimos seis anos enganando o tempo com
infâmias e intrigas mútuas, para alegria das respectivas torcidas.
Aos 78 anos, Lula está no terceiro governo. Se quiser, poderá
disputar o quarto mandato em 2026. Nessa época, estaria com
81 anos, mesma idade de Joe Biden, que planeja tentar a reelei-
ção em novembro. Por lei, seria sua última chance antes de virar
nonagenário. Já completou 34 anos seguidos no ofício de candi-
dato presidencial do Partido dos Trabalhadores, contados desde
a primeira campanha em 1989.
Dias atrás, num comício em São Paulo, discursou com picar-
dia sobre a voracidade do tempo: “Esse jovem que vos fala quer
viver até 120 anos de idade. Eu peço para Deus todo dia: ‘Se vo-
cê quiser me levar, coloque outro, deixa eu aqui, eu tenho tarefa
aqui, eu tenho muita coisa aqui...’. Eu já vivo com vocês há mais
de cinquenta anos. Tem gente aqui que era meu colega. Eu fui
colega da filha dele, agora sou colega do neto, vou ser colega
dos bisnetos... Para que me levar? Estou tão quieto aqui, sou tão
bonzinho... Leve alguém, mas deixa eu aqui”.
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“Partidos já debatem o
futuro da política sem Lula
e Jair Bolsonaro nas urnas”
Bolsonaro começou a ficar isolado no dia seguinte à der-
rota, quando partidos agrupados no Centrão correram para
ajudar o vitorioso. Queriam garantir que, enquanto a esquer-
da estiver no poder, a direita terá o governo em casa, e,
quando a direita voltar a subir a rampa do Planalto, o gover-
no continuará em casa.
O pacto de Lula com essa coalizão dominante no Congres-
so assegurou-lhe estabilidade no primeiro ano de governo. Ela
ficará exposta à natural corrosão nas eleições para prefeituras,
no segundo semestre, e tem chance de sobrevida até a pré-tem-
porada da eleição presidencial na metade de 2025. A partir
daí, intensifica-se a guerra política pelo controle do governo e
pelo poder de decisão sobre o destino dos recursos do Estado.
PT e aliados começaram a antever o horizonte sem Lula
— o “day after”, na definição do ministro Fernando Had-
dad, da Fazenda, ao repórter Alvaro Gribel. Por décadas,
ele tem sido “uma muleta” eleitoral para esse condomínio
partidário, exercendo um “poder moderador” na disputa
entre múltiplas frações de esquerda, reconhece Arlindo
Chinaglia, ex-presidente da Câmara.
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