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MENDIZABAL ALVAREZ
TRADE MARKETING
A CONQUISTA DO CONSUMIDOR NO PONTO DE VENDA
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ISBN 9788502121416
CIP – Brasil Catalogação na Fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
A474t
Alvarez, Francisco (Francisco Javier S. Mendizabal) Trade marketing : a conquista do consumidor
no ponto de venda / Francisco Javier S. Mendizabal Alvarez. - SÃo Paulo : Saraiva, 2008.
Inclui bibliografia
ISBN 9788502121416
1. Marketing direto. 2. Vendas - Administração. 3. Comécio varejista. 4. Canais de distribuição. 5.
Logística empresarial. I. Título.
07-2692
CDD-658.81
CDU 658.81
1a edição
1a tiragem: 2008
2a tiragem: 2008
3a tiragem: 2010
O Autor
LISTAS
FIGURAS
3.1 Etapas para definição do modelo de canais e das estratégias
de distribuição
3.2 Orientação do poder da cadeia de valor para o poder da marca
no varejo
3.3 Interface comprador versus vendedor
3.4 Os princípios do Efficient Consumer Response (ECR)
3.5 O escopo do Efficient Consumer Response (ECR)
4.1 Os papéis do cliente
4.2 Matriz de análise de classificação de categorias
5.1 As relações tradicionais de marketing e vendas com o
mercado
5.2 As relações de marketing, vendas e Trade Marketing com o
mercado
5.3 Interações internas e externas de Trade Marketing
6.1 Evolução das fases de implantação de Trade Marketing
6.2 Fatores de influência sobre as decisões de orientação geral de
Trade Marketing
6.3 O Trade Marketing Mix
7.1 Classificação do perfil e objetivos gerais das ações de Trade
Marketing
7.2 Programação das atividades ao longo do tempo
8.1 As integrações do plano de Trade Marketing de
desenvolvimento do cliente
8.2 Seleção das células comerciais prioritárias
10.1 A amplitude de implantação das variáveis do Trade
Marketing Mix
QUADROS
2.1 Composto de marketing
3.1 Influência do canal por tipo de compra e produtos
4.1 O processo de gerenciamento de categorias
6.1 A função de Trade Marketing na organização
7.1 Comparação da visão da empresa e dos consumidores quanto
à classificação de clientes
7.2 Perfil das ações de Trade Marketing em função da
programação e padronização
7.3 O foco de vendas em Trade Marketing
7.4 O foco de divulgação em Trade Marketing
8.1 Os perfis de relacionamento entre a empresa e seus clientes
em função da importância atribuída
TABELAS
1.1 Participação das 5 principais redes varejistas no total de
vendas
1.2 Participação das 3 principais redes por segmento de varejo
2.1 Lançamentos de novos produtos
3.1 Visitação por área no supermercado
5.1 Multidisciplinaridade do Trade Marketing
10.1 Caracterização das empresas participantes da pesquisa
GRÁFICOS
1.1 Evolução da participação das 5 principais redes no mercado
brasileiro (em %)
3.1 Evolução do varejo brasileiro: densidade de habitantes por
loja
3.2 Participação das marcas próprias nas vendas totais
SUMÁRIO
Introdução
Capítulo 1 As novas relações nas negociações entre fabricantes,
varejistas e consumidores
Capítulo 2 Evolução do ambiente de mercado
2.1 Evolução da atividade de marketing
2.2 Evolução das estratégias de marketing
2.2.1 O conceito de marketing
2.2.2 A orientação de produto
2.2.3 Características dos mercados maduros
2.2.3.1 Orientações competitivas em mercados maduros
2.2.4 A segmentação de mercado
2.2.4.1 Os atributos da segmentação
2.2.5 A criação de fatores diferenciais sustentáveis
2.2.6 A curva de experiência da empresa
2.2.7 A ampliação das marcas e dos produtos
2.2.7.1 A segmentação e as marcas
2.2.7.2 O efeito da proliferação das marcas
2.2.7.3 O efeito da proliferação dos produtos
2.2.8 As conseqüências das ações de marketing
Capítulo 3 Os conceitos e estruturas dos canais de distribuição
3.1 A importância do canal de distribuição
3.2 Os intermediários no canal de distribuição
3.3 Os sistemas de relacionamento nos canais
3.4 O papel do varejo no canal de distribuição
3.5 A evolução do varejo
3.5.1 A marca do varejo
3.5.1.1 Os produtos de marca própria dos varejistas
3.6 O processo de compras no varejo
3.7 O relacionamento entre a indústria e o varejo
3.7.1 As relações de poder na negociação
3.7.2 Os conceitos e aplicações do Supply Chain e ECR
Capítulo 4 O processo decisório de compras dos consumidores finais
4.1 A filosofia do gerenciamento de categorias
4.1.1 O comportamento de compra do cliente
4.1.2 O modelo de gerenciamento de categorias
4.1.3 A classificação das categorias
4.1.4 O Capitão de Categoria
4.1.5 Fases de um projeto de implantação de um
gerenciamento de categorias
4.2 Considerações sobre as mudanças no ambiente de mercado
Capítulo 5 O conceito de Trade Marketing
5.1 Principais objetivos de Trade Marketing
5.2 As interações e as características da função de Trade
Marketing
5.3 As interações de Trade Marketing com os diversos setores
Capítulo 6 O Trade Marketing Mix
6.1 A evolução do processo de implantação do Trade Marketing
6.2 As variáveis do Trade Marketing Mix
6.2.1 Marketing e mix de produtos
6.2.2 Preços
6.2.3 Vendas e canais
6.2.4 Serviços e logística
6.2.5 Propaganda, promoção e merchandising
6.2.6 Resultados e rentabilidade
6.3 A função de Trade Marketing na organização
6.3.1 As competências do profissional de Trade Marketing
Capítulo 7 Gestão das ações no ponto de venda: programação e
operacionalização
7.1 Padrões por porte de cliente
7.2 Tipos de demanda e preparação das ações de pontos de venda
7.3 Tipos de implantação e objetivos das ações de pontos de
venda
7.4 Alocação de recursos disponíveis para ações nos pontos de
venda
7.5 O controle e avaliação das atividades de Trade Marketing
Capítulo 8 A implantação e os instrumentos de gestão do Trade
Marketing
8.1 O sistema de informações para o Trade Marketing
8.1.1 Sistema de informações sobre a empresa
8.1.1.1 Informações sobre marketing
8.1.1.2 Informações sobre vendas
8.1.2 Sistema de informações sobre o mercado
8.1.3 Sistema de informações sobre clientes específicos ou
nichos de clientes
8.2 O plano de Trade Marketing para clientes e produtos-chave
8.2.1 Elaboração do plano de Trade Marketing para clientes-
chave
8.2.1.1 Integração com marketing da empresa
8.2.1.2 Integração com vendas da empresa
8.2.1.3 Integração com marketing do cliente
8.2.1.4 Integração com operações do cliente
8.2.1.5 Etapas para elaboração do plano de Trade
Marketing por cliente
8.2.1.6 Seleção dos clientes e do nível de interação
8.2.2 Elaboração do plano de Trade Marketing para produtos-
chave
8.2.2.1 Etapas para elaboração do plano de Trade
Marketing por produto
8.3 Desenvolvimento das células comerciais
8.3.1 Os planos de ação integrados
8.3.1.1 Cronograma de ações contínuas por célula
8.3.1.2 Controle do fluxo de gastos no cliente
8.3.1.3 Indicadores de controles de execução e de
resultados
Capítulo 9 As métricas de Trade Marketing
9.1 As métricas quantitativas
9.2 As métricas qualitativas
9.3 As métricas de custo
Capítulo 10 As práticas de Trade Marketing no Brasil
10.1 A implantação das variáveis do Trade Marketing Mix
10.1.1 Produtos
10.1.2 Preços
10.1.3 Vendas
10.1.4 Serviços e logística
10.1.5 Sistema de informações
10.1.6 Merchandising, promoção e propaganda
10.1.7 Resultados e rentabilidade
Capítulo 11 Perspectivas do Trade Marketing no Brasil
Referências
Anexo — Modelo do questionário aplicado na pesquisa
INTRODUÇÃO
O CONCEITO DE marketing desenvolvido com base nos produtos de
consumo tem uma posição muito clara quanto à forma de lidar com os vários
elementos do processo de conquista do consumidor final.
De um lado, a estratégia de marketing voltada para o consumidor final
que visa incentivar a busca do produto no ponto de venda, conhecida como
Marketing Pull1 e, do outro, a estratégia de vendas para colocar o produto no
ponto de venda, denominada Marketing Push2.
Há ainda nas operações de conquista de mercado as ações das variáveis
controláveis de marketing, conhecidas como os 4Ps (Produto, Preço,
Promoção e Ponto de Venda), as quais consideram os elementos que o
marketing domina para estabelecer as políticas e ações destinadas ao mercado
e à conquista dos consumidores. Neste conceito, os varejistas são
considerados variáveis controláveis.
Essa forma de tratar as relações de mercado predominou durante longo
tempo, pois a indústria manteve seu poder de negociação sobre o varejo por
um período prolongado e o ambiente de ponto de venda refletia suas
necessidades, desejos e seu esforço de conquista do consumidor final.
A partir do início da década de 1990, verifica-se uma mudança nas
relações entre a indústria e o varejo, motivada basicamente por três grandes
aspectos:
Fonte: MORALES, A. D. Gestion por categorías y trade marketing. Madrid: Prentice Hall, 2000. p. 9.
Essa concentração pode ser analisada também por tipo de varejo nos
Estados Unidos, em que, na maioria dos segmentos, as 3 principais redes
aumentaram consistentemente sua participação, como pode ser visto na tabela
que segue.
Tabela 1.2 — Participação das 3 principais redes por segmento de varejo
Fonte: ANDER, Willard; STERN, Neil. Winning at retail. New Jersey: John Wiley & Sons, 2004. p.
16.
Fonte: ABRAS. Ranking do varejo brasileiro. São Paulo, 2005. Disponível em:
<http://www.abras.com.br>.
1970 1.365
1986 8.042
1991 13.244
1994 20.076
Fonte: MARTINS, José R.; BLECHER, Nelson. O império das marcas. 2. ed. São Paulo: Negócio,
1997. p. 25.
Fonte: Elaborado pelo autor a partir do 11° Estudo Anual de Marcas Próprias da A. C. Nielsen, 2005.
3.6 O processo de compras no varejo
A VISÃO DE marketing para solucionar o espaço existente entre os produtos
e os consumidores se concentrou em dois aspectos: trazer o consumidor até o
produto ou levar o produto ao consumidor.
O marketing tem se envolvido tradicionalmente com distribuição e
transporte para facilitar o acesso aos produtos, e com ações para atrair o
consumidor ao ponto de venda.
Em um estudo desenvolvido por Sorensen (2003) com supermercados,
foi identificado que, se a entrada da loja estiver à direita, o caminho natural
dos consumidores será o movimento “contra o relógio”, já se a entrada estiver
à esquerda, o caminho natural seguirá o movimento do relógio. A questão é
que a pesquisa realizada mostrou que os clientes que se movimentam “contra
o relógio” gastam até US$ 2 a mais que os outros.
Outra descoberta do estudo é que em média um consumidor percorre
apenas 25% da área da loja, o que resulta em uma disputa dentro da própria
loja por atrair o consumidor para as áreas em que o produto está exposto, já
que 75% da área não é visitada.
Essa questão se torna relevante quando se avalia que, em geral, os
fornecedores medem sua efetividade de distribuição pela presença em
quantidade de lojas e pelo índice de penetração, porém o estudo mostra que
apenas estar na loja não é suficiente, é necessário estar no caminho percorrido
pelo cliente dentro da loja. O desafio é colocar os produtos disponíveis nos
locais em que o cliente estará e não apenas atrair o cliente à loja e avaliar a
participação na visão (EyeShare) do consumidor.
Na pesquisa envolvendo 150 supermercados nos Estados Unidos se
identificou baixa presença de consumidores em diversas áreas, como pode ser
visto na tabela a seguir:
Tabela 3.1 — Visitação por área no supermercado
Área visitada Visitantes
Checkout 100%
Enlatados 49%
Lácteos 43%
Padaria 34%
Congelados 20%
Higiene e limpeza 14%
Fonte: SORENSEN, Herb. The science of shopping. New York: Marketing Research, fall 2003. p. 33.
Fonte: WILEMAN, Andrew; JARY, Michael. Retail power plays. From trading to brand leadership.
New York: NYU Press, 1998. p. 15.
Fonte: CHRISTOPHER, Martin. O marketing da logística. São Paulo: Futura, 1999. p. 51.
Fonte: VARLEY, Rosemary. Retail product management. New York: Routledge, 2005. p. 47.
Fonte: KAROLEFSKI, John; HELLER, Al. Consumer centric category management. New Jersey: John
Willey & Sons, 2006. p. 87.
O Trade Marketing surge para suprir essa lacuna antes não atendida,
envolvendo-se com o processo de compra do consumidor no ponto de venda.
Nesse sentido, o Trade Marketing pode ser entendido como:
A visão de Trade Marketing deve evoluir pelas cinco fases como forma
de otimizar a atividade, tornando-a um centro de negócios e não apenas um
centro de custos, quando poderá efetivamente contribuir para o sucesso dos
negócios da organização e a consolidação da empresa no ponto de venda e
nos clientes.
É importante destacar, no entanto, que as ações de Trade Marketing
estarão fortemente influenciadas pelo potencial e pela postura dos clientes.
Pequenos varejistas tendem a ser atendidos de forma mais genérica e
padronizada, com enfoque no curto prazo e em vendas.
Médios varejistas terão baixo nível de customização das ações e o
enfoque se concentrará em questões operacionais de curto e médio prazo de
vendas, e marketing e desenvolvimento de novos negócios já testados
anteriormente.
Grandes varejistas serão atendidos buscando o desenvolvimento
contínuo e integrado de novos negócios, com ações customizadas que
atendam suas necessidades específicas. O foco será sempre voltado para o
relacionamento de longo prazo.
Deverá ser feita uma análise quanto ao valor que o cliente atribui ao
esforço da empresa em estabelecer relacionamentos de longo prazo e, desta
forma, orientar o desenvolvimento conjunto que os negócios poderão ter.
A orientação das ações de Trade Marketing deve buscar os ganhos da
organização e, portanto, refletir o interesse da empresa e o valor atribuído
pelo cliente.
Figura 6.2 — Fatores de influência sobre as decisões de orientação geral de
Trade Marketing
6.2.2 Preços
O FOCO DO Trade Marketing deve estar voltado para o preço de venda ao
público, garantindo a competitividade dos produtos e cuidando da estratégia
de posicionamento definida por marketing. O objetivo do estabelecimento do
preço é o de garantir uma margem correta para o cliente sem prejudicar a
venda do produto e sua atratividade. Mas, ao mesmo tempo, não deve
permitir uma deterioração de preços que afete a imagem da marca.
As orientações e apoio de Trade Marketing podem abranger as seguintes
atividades:
Controle sobre os preços praticados
Deve ser feito um acompanhamento regular dos preços públicos
praticados, identificando o posicionamento e a movimentação de
preços dos concorrentes, bem como a sua utilização como fator
motivador de vendas.
Necessidade de um controle para que o preço público praticado pelo
varejista esteja de acordo com a política de posicionamento
estabelecida pela área de marketing.
Avaliação da elasticidade de preços
Devem ser feitas análises e simulações das reações do consumidor à
mudança de preços, como forma de avaliar a elasticidade e reduzir a
importância do item preço nas negociações de venda.
Manter o controle sobre os preços praticados no canal
Manter análises de preços, margens e giro dos produtos.
Estabelecer uma análise dos preços praticados pelos diversos
varejistas, com o intuito de evitar o conflito de canal.
Acompanhar a política de preços dos clientes, orientando-os quando
houver inadequações.
Grande nacional
Grandes clientes nacionais (key accounts) Nível
Grande regional
Grande regional Médio nacional
Médio nacional Nível 2
Médio regional
Médio regional Pequeno regional Canais Nível 3 Pequenos
Alimentos 24
Farmacêutico 16
Material de papelaria 16
Artigos esportivos 16
Limpeza 11
Bebidas em geral 11
Eletroeletrônicos 3
Telefones e acessórios 3
Acima de R$ 1 bilhão 58
10.1.1 Produtos
NA MAIORIA DAS empresas, o Trade Marketing está preocupado com a
aplicação nos pontos de venda, com a estratégia de posicionamento de
produtos e das linhas definidas por marketing e, além disso, há a
consideração dos clientes e canais no desenvolvimento do portfólio de
produtos.
Em média, o Trade Marketing é consultado e indica produtos que
possam ser agregados ao portfólio.
Apenas em algumas empresas o Trade Marketing define linhas de
produtos exclusivas para canais e clientes.
10.1.2 Preços
A QUESTÃO DA participação de Trade Marketing na definição de preços
não tem um comportamento padrão entre as empresas consultadas, em 40%
dos casos praticamente não há qualquer participação nesta variável.
Nas empresas em que o Trade Marketing tem alguma participação, esta
se faz por meio de discussão com os clientes sobre o giro dos produtos e as
margens praticadas em campanhas de promoção de vendas, pelo controle do
posicionamento de preço público definido na estratégia de marketing e pela
definição dos objetivos de lucros em produtos e promoções.
Em parte dessas empresas o Trade Marketing é consultado para a
definição do preço de venda para clientes e consumidores finais, e poucas são
aquelas em que ele influencia a definição desses preços.
10.1.3 Vendas
A INTERAÇÃO DE Trade Marketing com vendas é ampla na maioria das
empresas. No entanto, é pertinente ressaltar que a maior integração é
percebida nas atividades operacionais de promoções nos pontos de venda.
Na maioria das empresas, o Trade Marketing é convocado pela equipe
de vendas para negociar ações de ponto de venda e recebe consultas sobre
ações promocionais que possam ser apresentadas aos clientes. Além disso,
pode influenciar as decisões das políticas comerciais e orientar a equipe de
vendas para evitar o conflito regional de canais. O Trade Marketing participa
da elaboração dos planos comerciais para os principais clientes.
As verbas de Trade Marketing e as de vendas para ações com os clientes
não sofrem influências dos outros setores, ou seja, vendas não interfere em
Trade Marketing e vice-versa.
Em algumas empresas, o Trade Marketing define as verbas que a equipe
de vendas poderá oferecer aos clientes.
Sites consultados
www.abras.com.br
www.acnielsen.com.br
www.ecrbrasil.com.br
ANEXO MODELO DO QUESTIONÁRIO
APLICADO NA PESQUISA
3 O termo Trade Marketing é utilizado em inglês e deve ser mantido. Uma tradução aproximada seria:
“Marketing aplicado no canal de distribuição”.
1 Para maiores informações e detalhes acesse o site www.ecrbrasil.com.br.
1 A nomenclatura utilizada para descrever os papéis dos consumidores é proveniente da língua inglesa
e, por não existir correspondente em português, será mantida. Posteriormente será feita a definição de
cada termo mencionado.