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A nova contabilidade
social
Uma introdução à Macroeconomia
4ª edição
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Leda Paulani
Márcio Bobik Braga
Prefácio
João Sayad
Sumário
1.1 Introdução
Há várias maneiras de indicar, na primeira aproximação com o
tema, qual é o sentido disso que se convencionou chamar
contabilidade social. A mais usual delas é lembrar que a
contabilidade social congrega instrumentos de mensuração capazes
de aferir o movimento da economia de um país num determinado
período de tempo: quanto se produziu, quanto se consumiu, quanto
se investiu, quanto se vendeu para o exterior, quanto se comprou do
exterior etc.. Contudo, pode-se, com razão, retrucar: mas por que
medir tudo isso sob a forma de contas? Por que fazer uma
“contabilidade”? Não é esse um instrumento mais adequado para
lidar com a vida econômica de uma empresa do que de um país?
Não foi para isso que nasceu, afinal, a contabilidade?1
A resposta a essa questão passa inescapavelmente pela própria
história do pensamento econômico, particularmente pela evolução
daquilo que os economistas vieram a denominar macroeconomia.
Como indica o próprio nome, a macroeconomia trabalha numa
dimensão macroscópica, de modo que suas variáveis são sempre
variáveis agregadas, como o consumo agregado, o investimento
agregado, o produto nacional e a renda nacional.
Como se sabe, a ciência econômica nasceu, no final do século
XVIII, sob a égide da preocupação com o crescimento econômico e
a repartição do produto social. Adam Smith (1723-1790),2 David
Ricardo (1772-1823)3 e John Stuart Mill (1806-1873),4 os autores
mais importantes da chamada escola clássica, debruçaram-se todos
sobre tais questões de modo que quando investigavam as leis de
funcionamento da economia, era na dimensão agregada de seus
resultados que eles estavam interessados. Além disso, trabalhos
como o do francês Jean Baptiste Say (1767-1832) já revelavam a
preocupação com os aspectos de simultaneidade, interdependência
e identidade entre determinadas relações econômicas.
Antes dos economistas clássicos, os fisiocratas,5 precursores do
estabelecimento de uma ciência específica dos fenômenos
econômicos, haviam demonstrado preocupação semelhante ao
tentar articular, num arcabouço lógico coerente, o conjunto das
relações econômicas observáveis em determinado período de
tempo. Eles protagonizaram, assim, o primeiro esforço sistemático
de entender e medir esse complexo de relações. Sua fragilidade
conceitual – imposta pela própria imaturidade histórica do
capitalismo –, porém, impediu que esses estupendos esforços
tivessem resultados mais efetivos do ponto de vista da constituição
de um sistema capaz de dar conta do conjunto das transações
econômicas.
Com a chamada revolução marginalista,6 que teve início no
final do século XIX, essa tendência de preocupação com o nível
agregado perdeu força e passou a ser predominante a dimensão
microeconômica, ou seja, o comportamento dos agentes
econômicos em geral (consumidores e empresas). Nesse contexto,
a preocupação com o nível agregado sobrevivia na ideia do
equilíbrio geral, desenvolvida por León Walras, e na teoria
monetária neoclássica com sua equação quantitativa da moeda.7
Porém, tanto num quanto noutro caso, essa sobrevivência se dava
numa chave distinta daquela que despertara a atenção dos pais da
ciência econômica (Adam Smith e David Ricardo). No esquema de
Walras, a preocupação com a dimensão agregada dos fenômenos
econômicos ganhava contornos inteiramente abstratos: o equilíbrio
geral aparecia tão somente como um resultado logicamente
necessário das premissas assumidas como representativas do
comportamento dos agentes econômicos e carecia assim de
concretude. A teoria neoclássica, de seu lado, apesar de comungar
princípios caros aos próprios economistas clássicos, acabava
construindo um mundo dividido em dois lados, o real e o monetário,
que terminava por se afastar da preocupação efetiva com o
crescimento da riqueza e a divisão do produto, para cuja análise
tornam-se fundamentais a existência de variáveis agregadas e a
possibilidade de sua mensuração. Além disso, com a consolidação
dessa teoria, já no início do século XX, a ciência econômica ficou
marcada pela ideia de equilíbrio parcial, por conta da grande
influência de Alfred Marshall (1842-1924).8
Nesses marcos, surge, em 1936, como crítica à dominância do
pensamento marginalista, a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
Moeda, de John Maynard Keynes (1883-1946), e é aí que a
macroeconomia vai encontrar seu berço.9
Todo bem que, por sua natureza, é final, deve ter seu valor
considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo
bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem final por
natureza.
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Referências
BECKERMAN, Wilfred. Introdução à análise da renda nacional. Rio
de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
FROYEN, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 1999.
KEYNES, John M. A Teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro.
São Paulo: Abril Cultural, Coleção “Os Economistas”, 1936/1984.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia. 2.
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil (uma das fontes mais completas de
informações sobre a economia brasileira): http://www.bcb.gov.br
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES:
http://www.bndes.gov.br
Confederação Nacional da Indústria – CNI (indicadores mensais da
atividade produtiva e comercial das empresas e da evolução do
mercado de trabalho): http://www.cni.org.br
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos – DIEESE: http://www.dieese.org.br
Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP:
http://www.fiesp.org.br
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE (acesso aos
Indicadores de Movimentação Econômica no Estado de São Paulo –
IMEC/SP): http://www.fipe.com
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Fundação
SEADE: http://www.seade.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (o mais
completo site de informações estatísticas sobre o Brasil):
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério do Trabalho: http://www.mtb.gov.br
Capítulo 2
2.1 Introdução
Com o esquema básico apresentado no Capítulo 1, já temos
condição de começar a analisar a estrutura do Sistema de Contas
Nacionais (SCN). Antes, porém, é preciso esclarecer alguns pontos
quanto à natureza e à adequabilidade desse esquema.
Como se sabe, a economia real é infinitamente mais complexa
do que aquela apresentada nos exemplos e fluxogramas anteriores.
Por exemplo, há uma quantidade quase infinita de transações que
se realizam todos os dias; além disso, existe um elemento chamado
governo, que altera expressivamente o funcionamento do sistema; e,
finalmente, a economia de um país real nunca é inteiramente
fechada, ou seja, sempre realiza transações (compras e vendas de
bens e serviços, por exemplo) com as economias de outros países.
Além desses fatores, existem ainda alguns outros que devem ser
lembrados quando se avalia a capacidade de explicação desse
esquema simplificado: os aluguéis e juros também devem ser
considerados como remuneração de fatores e, portanto, de alguma
maneira, devem ser contemplados no conceito de renda; as
empresas e famílias também podem realizar transações entre si –
como o demonstram, na Seção 1.2 (Capítulo 1), as transações de
números 1, 2 e 3 de nossa economia H, tanto na situação 1 quanto
na situação 2; as famílias não necessariamente despendem toda a
renda que recebem, dando assim origem aos movimentos
englobados nos conceitos de investimento e poupança.
Todavia, a despeito de todas essas complicações, o esquema
simplificado até agora apresentado e as ideias de identidade e fluxo
constituem a base a partir da qual é possível analisar uma economia
real em toda sua complexidade. Essa base permite a incorporação
paulatina de cada um dos elementos até agora deixados de lado.
Cabe, por fim, uma última observação concernente à relação
existente entre as considerações teóricas, ou seja, a base conceitual
que sustenta logicamente o sistema de contas nacionais, e a forma
efetiva que as contas nacionais possuem em cada país. De fato,
várias podem ser as maneiras de se apresentarem as informações
do sistema de contas nacionais sem que sejam desrespeitados os
conceitos básicos que lhes dão origem. Em função disso, o formato
concreto do sistema pode variar, e de fato varia, de país para país.
Todavia, como veremos adiante, a necessidade de estabelecer
comparações entre os diversos países tem feito com que a ONU –
organismo internacional responsável pela elaboração do System of
National Accounts (SNA) – divulgue, de tempos em tempos, um
conjunto de recomendações, que a maior parte dos países procura
seguir, a fim de tornar esse formato o mais homogêneo possível.
O SNA de 1968 (SNA 68) vigorou por um longo período e foi
substituído pelo SNA de 1993 (SNA 93). Este último sistema é bem
mais complexo que o anterior, que, como veremos, é um sistema de
apenas 4 ou 5 contas que respeita os equilíbrios interno e externo.
Como, porém, os princípios básicos do sistema não se alteram,
vamos iniciar nossa investigação teórica sobre as contas nacionais
utilizando esse sistema mais simples. Na sequência, depois de
fazermos um breve retrospecto da história do sistema de contas
nacionais no Brasil, veremos a estruturação desse sistema até 1998,
quando obedecia as diretrizes do SNA 68. No Capítulo 4, veremos o
novo sistema, já seguido pelo Brasil.
2.2 As contas nacionais no sistema SNA 68
Todo bem que, por sua natureza, é final, deve ter seu valor
considerado no cálculo do valor do produto, mas nem todo
bem cujo valor entra no cálculo do valor do produto é um bem
final por natureza.
Que bens são esses, cujo valor entra no cálculo do valor do
produto, mas que não são bens finais por natureza? Lembremo-nos,
então, que:
Débito Crédito
A produto líquido C consumo pessoal
B depreciação D variação de estoques
E formação bruta de capital fixo
Produto Bruto Despesa Bruta
Débito Crédito
a1 salários C consumo pessoal
a2 lucros D variação de
a3 aluguéis estoques
E formação bruta de
a4 juros
capital fixo
A renda ou produto nacional líquido [A =
a1 + a2 + a3 + a4]
B depreciação
Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta
Débito Crédito
C Consumo pessoal a1 salários
F Poupança líquida a2 lucros
a3 aluguéis
a4 juros
Utilização da Renda Líquida Renda Líquida
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança líquida
E formação bruta de capital fixo B depreciação
Investimento Bruto Poupança Bruta
Débito Crédito
G exportações de bens e I importações de bens e
serviços não fatores serviços não fatores
H renda recebida do exterior J renda enviada ao exterior
K resultado do BP em
transações correntes
Total do Débito Total do Crédito
Débito Crédito
I importações de bens e serviços G exportações de bens e
não fatores serviços não fatores
J-H renda líquida enviada [+] ou C consumo pessoal
recebida [−] do exterior D variação de estoques
a1 salários E formação bruta de capital
a2 lucros fixo
a3 aluguéis
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
(A = a1 + a2 + a3 + a4)
B depreciação
Oferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e
Serviços
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança líquida
E formação bruta de B depreciação
capital fixo K resultado do BP em transações
correntes
Investimento Bruto Total Poupança Bruta Total
Débito Crédito
L consumo do Governo P impostos diretos
M transferências Q impostos indiretos
N subsídios R outras receitas correntes
O saldo do governo em conta líquidas
corrente
Utilização da Receita Total da Receita
Débito Crédito
I importações de bens e serviços G exportações de bens e
não fatores serviços não fatores
J-H renda líquida enviada [+] ou C consumo pessoal
recebida [−] do exterior L consumo do governo
a1 salários D variação de estoques
a2 lucros E formação bruta de capital
a3 aluguéis fixo
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
(A = a1 + a2 + a3 + a4)
B depreciação
Q-N impostos indiretos líquidos de
subsídios
Oferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e
Serviços
Quadro 2.10 – Conta de apropriação
Débito Crédito
C consumo pessoal a1 salários
P-M impostos diretos líquidos de transferências a2 lucros
R outras receitas correntes líquidas a3 aluguéis
F poupança privada líquida a4 juros
Utilização da Renda Líquida Renda Líquida
Débito Crédito
L consumo do Governo P impostos diretos
M transferências p.1 empresas
N subsídios p.2 famílias
O saldo do governo em conta Q impostos indiretos
corrente R outras receitas correntes
líquidas
Utilização da Receita Total da Receita
Débito Crédito
G exportações de bens e I importações de bens e
serviços não fatores serviços não fatores
H renda recebida do exterior J renda enviada ao exterior
K resultado do BP em
transações correntes
Total do Débito Total do Crédito
Quadro 2.13 – Conta de capital
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança privada líquida
E formação bruta de B depreciação
capital fixo K resultado do BP em transações
correntes
O saldo do governo em conta
corrente
Investimento Bruto Total Poupança Bruta Total
Débito Crédito
1.1 Produto Interno Bruto a 1.4 Consumo final das famílias
custo de fatores (2.4) (2.1)
1.1.1 Remuneração dos 1.5 Consumo final das
empregados (2.4.1) administrações públicas (2.2)
1.1.2 Excedente 1.6 Formação bruta de capital
Operacional Bruto fixo (4.1)
(2.4.2) 1.7 Variação de estoques (4.2)
1.2 Tributos indiretos (2.8) 1.8 Exportações de bens e
1.3 (menos) Subsídios (2.9) serviços não fatores (3.1)
1.9 (menos) Importações de bens
e serviços não fatores (3.5)
Produto Interno Bruto a Dispêndio correspondente ao
preços de mercado (PIBpm) Produto Interno Bruto
Quadro 2.15 – Conta Renda Nacional Disponível Bruta (RDB)
Débito Crédito
2.1 Consumo final das 2.4 Produto Interno Bruto a custo de
famílias (1.4) fatores (1.1)
2.2 Consumo final das 2.4.1 Remuneração dos
administrações empregados (1.1.1)
públicas (1.5) 2.4.2 Excedente Operacional
2.3 Poupança bruta (4.3) Bruto (1.1.2)
2.5 Remuneração de Empregados
Líquida recebida do resto do
mundo (3.2 – 3.6)
2.6 Outros rendimentos líquidos
recebidos do resto do mundo (3.3
– 3.7)
2.7 Transferências unilaterais líquidas
recebidas do resto do mundo (3.4
– 3.8)
2.8 Tributos indiretos (1.2)
2.9 (menos) Subsídios (1.3)
Utilização da Renda Apropriação da Renda Nacional
Nacional Disponível Disponível Bruta (RDB)
Bruta (RDB)
Quadro 2.16 – Conta transações correntes com o resto do mundo
Débito Crédito
Débito Crédito
Débito Crédito
A Consumo final das F Tributos indiretos
administrações públicas G Tributos diretos
a.1 Salários e encargos H Outras receitas correntes
a.2 Outras compras de bens líquidas
e serviços h.1 Outras receitas correntes
B Subsídios brutas
C Transferências de h.2 [menos] Outras despesas
assistência e previdência de transferência
D Juros da dívida pública h.2.1 Transferências
interna intragovernamentais
E Poupança em conta corrente h.2.2 Transferências
intergovernamentais
h.2.1 Transferências ao
setor privado
h.2.1 Transferências ao
exterior
Utilização da Receita Total da Receita Corrente
Corrente
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
1. O investimento divide-se em formação de capital fixo e
variação de estoques, visto que, em ambos os casos,
possibilita-se ou enseja-se o consumo futuro de bens e serviços.
2. Os estoques congregam os bens cujo consumo ou a absorção
futura se dá de uma única vez, enquanto o capital fixo diz
respeito aos bens que não desaparecem depois de uma única
utilização e que possibilitam a produção (e, portanto, o consumo)
ao longo de um determinado período de tempo.
3. A formação de capital fixo é normalmente resultante de um
planejamento das empresas (ou do governo), enquanto a
variação de estoques é, ao menos em parte, não planejada.
4. O desgaste do capital fixo chama-se depreciação. Para obter o
valor do produto líquido de uma economia em um determinado
período é preciso deduzir, do valor total produzido, ou seja, do
valor do produto bruto, a parcela destinada à reposição do
estoque de capital da economia, ou seja, a depreciação.
5. Os aluguéis e juros pagos às empresas não devem ser
considerados quando da mensuração do valor do produto pela
ótica da renda, uma vez que já estão implicitamente
considerados na rubrica lucros. A única exceção é o setor
financeiro. Nesse caso, deve-se considerar a diferença entre
juros pagos e juros recebidos.
6. A conta de produção mostra a identidade entre renda e
dispêndio, enquanto a conta de apropriação mostra de que
maneira as famílias alocam as rendas recebidas pela cessão de
seus fatores de produção às empresas.
7. A conta de capital mostra a identidade investimento ≡
poupança, que nada mais é do que uma forma alternativa de
representar a identidade produto ≡ renda ≡ dispêndio.
8. As transações econômicas entre os países não se reduzem à
mera compra e venda de bens e serviços; elas envolvem
também fatores de produção. Surge daí a necessidade de se
distinguir entre produto interno e produto nacional.
9. Para se obter o produto nacional de uma economia, é preciso
deduzir de seu produto interno a renda líquida enviada ao
exterior ou, se for o caso, adicionar a seu produto interno a
renda líquida recebida do exterior.
10. Na maior parte dos casos, os países mais desenvolvidos são
exportadores líquidos de capital e, portanto, recebem
liquidamente renda do exterior (o produto nacional é maior que o
produto interno), enquanto ocorre o inverso com os países
menos desenvolvidos.
11. A conta do setor externo não é nada mais do que a conta do
balanço de pagamentos em transações correntes com os
lançamentos invertidos.
12. O governo arrecada impostos diretos (que incidem sobre a
renda ou o patrimônio) e indiretos (que incidem sobre os
preços). Transferências são impostos diretos com o sinal
negativo; subsídios são impostos indiretos com o sinal negativo.
13. O produto a preços de mercado inclui o valor dos impostos
indiretos compensados dos subsídios; o produto a custo de
fatores não considera esse valor adicional.
14. A oferta global da economia em um determinado período é a
soma do produto interno bruto a preços de mercado (PIBpm) com
as importações de bens e serviços não fatores. A demanda
global, por seu lado, é a soma do PIBpm com as exportações de
bens e serviços não fatores.
15. A primeira estimativa da renda nacional no Brasil foi elaborada
pela FGV-RJ em fins dos anos 1940. Mas é só em 1956 que o
país vai dispor, pela primeira vez, de um conjunto integrado de
estatísticas que, seguindo as determinações do System of
National Accounts (SNA) da ONU de 1952, apresenta as contas
nacionais do Brasil para o período 1948-55.
16. Desde então é o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), mais
particularmente o Centro de Contas Nacionais da FGV-RJ, que
se encarrega da elaboração dessas estimativas. O Centro de
Contas Nacionais procurou sempre se adequar aos padrões
metodológicos e formais recomendados pelo SNA.
17. O Centro de Contas Nacionais da FGV permaneceu, até 1986,
como a instituição responsável pela elaboração e divulgação das
contas, ocasião em que tal tarefa tornou-se incumbência da
Fundação IBGE, que se encarregava então da elaboração da
matriz insumo-produto do Brasil.
18. Até 1986, o sistema de contas nacionais do Brasil tinha uma
estrutura bastante similar à de cinco contas discutida na seção
2.2. Quando o IBGE assumiu esse encargo, elaborou também
uma profunda revisão metodológica e operou substantivas
mudanças no sistema. A alteração mais significativa foi a
substituição do antigo modelo de cinco contas por um de quatro.
19. Assim, a partir de 1987, a conta do governo deixa de constar do
sistema de contas nacionais do Brasil. As atividades do governo
não aparecem destacadas em uma conta própria, mas diluem-se
nas contas restantes. Cria-se simultaneamente, mas como
instrumento à parte do sistema de contas, a conta corrente das
administrações públicas, formato esse que seguia as
determinações do SNA 68.
Referências
BECKERMAN, Wilfred. Introdução à análise da renda nacional. Rio
de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
GUILHOTO, Joaquim J. M. Análise de insumo-produto: teoria e
fundamentos. São Paulo: FEA-USP, 2004.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia. 2ª
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil (uma das fontes mais completas de
informações sobre a economia brasileira): http://www.bcb.gov.br
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES:
http://www.bndes.gov.br
Confederação Nacional da Indústria – CNI (indicadores mensais da
atividade produtiva e comercial das empresas e da evolução do
mercado de trabalho): http://www.cni.org.br
Dados Socioeconômicos sobre o município de São Paulo:
http://www.seade.gov.br
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Econômicos – DIEESE: http://www.dieese.org.br
Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP:
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SEADE: http://www.seade.gov.br
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completo site de informações estatísticas sobre o Brasil):
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Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério do Trabalho: http://www.mtb.gov.br
Xij = aij Xj
Débito Crédito
a1 salários C consumo pessoal
a2 lucros D variação de estoques
a3 aluguéis E formação bruta de capital fixo
a4 juros
A renda ou produto líquido
[A = a1 + a2 + a3 + a4]
B depreciação
Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta
Débito Crédito
I importações de bens e serviços não fatores G exportações de
J-H renda líquida enviada [+] ou recebida [−] bens e serviços não
do exterior fatores
a1 salários C consumo pessoal
a2 lucros L consumo do
a3 aluguéis governo
D variação de
a4 juros
estoques
A renda ou produto nacional líquido E formação bruta
[A = a1 + a2 + a3 + a4] de capital fixo
B depreciação
Q-N impostos indiretos líquidos de subsídios
Oferta de Bens e Serviços Demanda por
Bens e Serviços
onde
C = consumo (rubrica consumo pessoal),
G = gastos do governo (rubrica consumo do governo),
X = exportações de bens e serviços não fatores,
M = importações de bens e serviços não fatores,
enquanto Y e I conservam seus significados anteriores.
Débito Crédito
Y = C + I + G e também Y = C + S + RLG
e derivamos daí que:
6) I + G = S + RLG ou
6A) I = S + RLG – G
Sg = RLG – G, donde
6B) I = S + Sg
S + Sg = SD e, portanto,
6C) I = SD
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Referências
FEIJÓ, Carmem A.; RAMOS, Roberto L. O. Contabilidade social. 3ª
ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2008.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia, 2ª
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil (uma das fontes mais completas de
informações sobre a economia brasileira): http://www.bcb.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (o mais
completo site de informações estatísticas sobre o Brasil):
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Capítulo 4
A – matriz de Oferta
A1 – matriz de Produção
A2 – matriz de Importação
Conta 2 – de Renda
Conta 2.2 – de Distribuição
Secundária da Renda
Usos Operações e Saldos Recursos
Renda Nacional Bruta [RNB] 4.104
Outras receitas correntes enviadas [Te] e
30 60
recebidas do Resto do Mundo [Tr]
4.134 Renda Nacional Disponível Bruta [RDB]
Conta 2 – de Renda
Conta 2.3 – de Uso da Renda
Usos Operações e Saldos Recursos
Renda Nacional Disponível Bruta [RDB] 4.134
3.912 Despesa de Consumo Final [CF]
222 Poupança Bruta [SD]8
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Referências
BECKERMAN, Wilfred. Introdução à análise da renda nacional. Rio
de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
FEIJÓ, Carmem A. & RAMOS, Roberto L. O. Contabilidade social, 3ª
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sistema de
Contas Nacionais – Brasil – série Relatórios Metodológicos, nº 24.
Diretoria de Pesquisas, Coordenadoria de Contas Nacionais, Rido
de Janeiro, 2004.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sistema de
Contas Nacionais – Brasil – Nota metodológica nº 23 (versão 2).
Diretoria de Pesquisas, Coordenadoria de Contas Nacionais, Rio de
Janeiro, 2008.
SIMONSEN, Mario H. & Rubens Penha Cysne. Macroeconomia, 2.
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil (uma das fontes mais completas de
informações sobre a economia brasileira): http://www.bcb.gov.br
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES:
http://www.bndes.gov.br
Confederação Nacional da Indústria – CNI (indicadores mensais da
atividade produtiva e comercial das empresas e da evolução do
mercado de trabalho): http://www.cni.org.br
Dados Socieconômicos sobre o município de São Paulo:
http://www.seade.gov.br
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos – DIEESE: http://www.dieese.org.br
Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP:
http://www.fiesp.org.br
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE (acesso aos
Indicadores de Movimentação Econômica no Estado de São Paulo –
IMEC/SP): http://www.fipe.com
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Fundação
SEADE: http://www.seade.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (o mais
completo site de informações estatísticas sobre o Brasil):
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério do Trabalho: http://www.mtb.gov.br
Capítulo 5
5.1 Introdução
Neste capítulo, temos como objetivo colocar em pauta algumas
questões, de certa complexidade, relativas à mensuração das
variáveis que dão origem aos agregados. Algumas delas dizem
respeito a dificuldades stricto sensu técnicas, como aquelas
decorrentes da existência de inflação e aquelas que se originam da
necessidade de se estabelecer comparações entre os países.
Outras envolvem complicações de natureza operacional, como
aquelas derivadas da existência da chamada economia informal.
Finalmente existem problemas conceituais, como os envolvidos na
problemática ambiental e os decorrentes da existência de atividades
não monetizadas. Todas essas questões indicam que, a despeito da
relativa simplicidade das noções teóricas fundamentais, a tarefa de
elaborar e mensurar um sistema de contas nacionais em uma
economia real é bem mais complicada do que parece.
5.2 Dificuldades técnicas
***
Índices simples
Consideremos um conjunto de valores V0, V1, V2,…, Vn
observados ao longo do tempo. Define-se o índice simples referente
ao período t com base no período i como:
Consideremos a Tabela 5.4 abaixo sobre a produção de trigo no
Brasil, no período 2001-2007, em milhões de toneladas, e
observemos o índice que se pode construir para ela:
***
Tabela 5.10 – RNB per capita (US$ e US$ dólar PPP) – 2007 –
países selecionados
Cumpre notar, porém, que, nem por isso, pode-se acreditar que
essas taxas traduzam fielmente as diferentes realidades em termos
de produtividade e renda. Ainda que, para propósitos comparativos,
elas sejam mais adequadas que as taxas usuais de câmbio, é muito
complicada tecnicamente a obtenção de taxas ideais sob esse ponto
de vista.14
O segundo problema que diz respeito à comparação de variáveis
agregadas entre diferentes países está relacionado a diferenças
metodológicas. A despeito dos esforços da ONU para homogeneizar
a produção dessas estimativas, acabam por permanecer algumas
diferenças substantivas que tornam problemática a comparação. Um
exemplo desse tipo de diferença decorre da existência de atividades
não monetizadas, ou seja, atividades que não se tornam objeto de
compra e venda e de como cada país decide considerá-las. Outro
exemplo é a existência daquilo que se convencionou chamar
mercado informal ou economia informal. Trataremos de ambas as
questões nas próximas seções. De qualquer forma, o problema que
causam para a possibilidade de se estabelecerem comparações
entre os países é que tornam mais difícil a produção de estimativas
homogêneas, dado que cada país as trata da maneira que melhor
lhe convém.
Para finalizar, cumpre notar que a existência de tais dificuldades
não tem impedido a realização de comparações que, ao contrário,
são frequentemente efetuadas. A suposição implícita em tal atitude é
que (digamos assim à falta de melhor termo), “no atacado”, as
estimativas são válidas, vale dizer, se elas não retratam fielmente os
desníveis entre os países, servem ao menos para dar uma ordem de
grandeza de tais diferenças.
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
1. As dificuldades envolvidas na mensuração dos agregados do
Sistema de Contas Nacionais são de três tipos: dificuldades
técnicas, dificuldades operacionais e dificuldades
conceituais.
2. As dificuldades técnicas envolvem: a) a existência de variação
nos preços em momentos distintos do tempo e, com isso a
necessidade de se distinguir entre contabilidade real e
contabilidade nominal; b) a necessidade de se estabelecer
comparações entre países em que os agregados são
originalmente estimados em moedas distintas, o que gerou o
conceito de paridade de poder de compra (PPP, na sigla em
inglês purchase power parity); e c) a necessidade de que os
números agregados da economia de um país não demorem
muito a ser produzidos, o que acabou por gerar as edições
trimestrais das contas nacionais.
3. As dificuldades operacionais estão relacionadas à existência
de atividades econômicas que não são efetuadas por meio de
empresas formalmente constituídas e/ou por empresas
formalmente constituídas, mas que desempenham parte de suas
atividades de modo informal.
4. As dificuldades conceituais relacionam-se à existência de
atividades não monetizadas e aos problemas com o meio
ambiente.
5. Quando se analisa uma série de valores é preciso ter o cuidado
de deflacionar a série para não efetuar comparações de
variáveis que são de fato heterogêneas, porque avaliadas em
momentos distintos.
6. A técnica que nos permite comparar o valor das variáveis
econômicas a preços de um mesmo momento chama-se
deflacionamento e seus instrumentos são os índices de preço.
7. Os índices de preço mensuram a variação dos preços em um
determinado período de tempo e aparecem sob a forma de
números-índice.
8. Os índices simples buscam medir a evolução de apenas uma
série homogênea de dados. Os índices compostos são
utilizados quando se torna necessário trabalhar com um conjunto
de séries de natureza distinta, por exemplo, preços e
quantidades, como acontece com os índices de preço. Os mais
conhecidos dentre os índices de preço são os de Laspeyres,
Paasche e Fisher.
9. Há também uma forma indireta de se mensurar a evolução dos
preços: o deflator implícito do PIB. Trata-se de uma forma
indireta porque o índice é construído não a partir do
monitoramento dos preços, mas a partir da comparação entre os
valores a preços correntes estimados para o produto agregado e
os índices de crescimento real apurados a cada período.
10. A contabilidade nacional distingue entre juros nominais e juros
reais porque a inflação incide diretamente sobre o valor dos
ativos financeiros de valor nominal constante.
11. Os ajustes contábeis derivados da existência de inflação em um
determinado ano incidem apenas sobre a distribuição da renda
entre os diferentes agentes e não sobre o montante dos
agregados.
12. Em um contexto inflacionário, a renda nominal de um agente
qualquer tenderá a ser maior do que a real se ele for
liquidamente um credor, ao passo que a situação deverá ser
inversa se ele for liquidamente um devedor.
13. A existência hoje de intensos fluxos de capital entre as diferentes
economias e o fato de que a maior parte dos países adota um
regime de câmbio em que a taxa de câmbio é determinada pelo
mercado (regime de câmbio flutuante) torna essa variável muito
mais um reflexo da relação entre oferta e demanda por divisas no
contexto do mercado de capitais, do que uma expressão do
efetivo poder de compra das diferentes moedas aí envolvidas.
14. Além disso, nem todos os bens e serviços produzidos são
tradables (negociados internacionalmente) e há diferenças na
política tarifária e de subsídios, e nos custos de transporte entre
as diferentes economias. Todos esses fatores fazem com que a
taxa de câmbio não seja um conversor eficiente para se
comparar o produto de diferentes países A taxa de câmbio PPP
(purchase power parity) procura resolver esse problema.
15. O conhecimento sobre a forma como a economia está se
comportando é fundamental para a tomada de decisões sobre
produção, investimento e consumo, tanto no âmbito privado
quanto público. Assim, a divulgação de informações agregadas
sobre a economia apenas de ano em ano é insuficiente. Além
disso, o atual sistema de contas nacionais é extremamente
complexo e demanda um tempo demasiado longo apurar todas
as estatísticas necessárias à sua elaboração, fazendo com que a
defasagem na apresentação dos dados de um determinado ano
ultrapasse dois anos. Para resolver esses problemas criou-se o
SCN trimestral.
16. A apuração trimestral das contas é efetuada com uma base de
dados mais restrita. Com essa base mais restrita todo o
conjunto do SCN é produzido trimestralmente, inclusive as TRU.
Esta última, porém utiliza uma classificação de produtos e
atividades econômicas mais reduzida do que na versão anual.
Só não se estima ainda trimestralmente o PIB pela ótica da
renda.
17. A incorporação às estimativas do produto agregado do valor
produzido pela chamada economia informal enfrenta
dificuldades de natureza operacional, uma vez que é bastante
difícil identificar e localizar as atividades que a constituem.
18. A economia subterrânea, desenvolvida por empresas formais
ou informais, na qual as atividades não são declaradas com o
deliberado intuito de escapar de tributos, leis trabalhistas e outras
normas legais, é parte da economia informal. Além dessa parte,
estimada hoje no Brasil pelo Índice da Economia Subterrânea, a
economia informal envolve a atividade produtiva das famílias
exercida sem a constituição formal de empresas e as atividades
ilegais. Parte da atividade produtiva informal das famílias é
capturada pelas CEI Institucionais.
19. A contabilidade nacional procura estimar o valor monetário das
atividades não monetizadas, imputando-lhes os valores que
elas supostamente teriam se tivessem passado pelo mercado. A
decisão sobre quais dessas atividades devem integrar o SCN é
quase sempre convencional, uma vez que conceitualmente não
há consenso sobre o tema.
20. A expansão acelerada e sem controle da industrialização e das
formas urbanas de vida tem provocado a degradação do meio
ambiente e tem esbarrado nos limites impostos pelo estoque
finito de recursos naturais do planeta.
21. As pressões sobre o meio ambiente decorrentes da produção e
do consumo constituem externalidades negativas, ou seja,
custos não valorados pelo mercado e que deveriam de alguma
maneira afetar os valores apresentados pelas contas nacionais.
22. Apesar das dificuldades teóricas e técnicas envolvidas nessas
estimativas, organismos como a ONU e a OCDE vêm investindo
na criação de IDS (Indicadores de Desenvolvimento
Sustentável), os quais auxiliariam na tarefa de proceder essa
mensuração. No Brasil o IBGE também calcula os IDS. Em sua
última versão, de 2004, são 54 indicadores, organizados em
quatro dimensões, tal como recomendado pela ONU (social,
ambiental, econômica e institucional).
Referências
MOTTA, Ronaldo Serôa da. Contabilidade ambiental: teoria,
metodologia e estudos de casos no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA,
1995.
OLIVEIRA, Roberto Guena. Economia do meio ambiente. In Manual
de Economia – Equipe dos Professores da USP. 3ª ed. São Paulo:
Saraiva, 1998.
PINDYCK, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L. Microeconomia. 4ª ed.
São Paulo: Makron Books, 1999.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia. 2ª
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES:
http://www.bndes.gov.br
Bureau de Censos dos Estados Unidos – U.S. Census Bureau,
United States Department of Commerce (os mais diversos censos,
além de informações sobre negócios e geografia):
http://www.census.gov
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-
Econômicos – DIEESE: http://www.dieese.org.br
Federação das Indústrias de São Paulo – FIESP:
http://www.fiesp.org.br
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Fundação
SEADE: http://www.seade.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE:
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério do Trabalho: http://www.mtb.gov.br
Capítulo 6
O balanço de pagamentos
6.1 Introdução
A análise das relações econômicas e financeiras internacionais
constitui a condição necessária para um adequado entendimento da
estrutura econômica de determinada nação. Isso porque os países
não são estruturas isoladas e mesmo os mais fechados acabam por
manter uma série de relações econômicas com outros países,
envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e ativos.
Tais relações acabam tendo importantes implicações no cômputo de
determinados agregados macroeconômicos.
Conta Corrente
6 – Conta Capital
7 – Conta Financeira
7.1 Investimentos Diretos [inclui reinvestimentos e
empréstimos inter-companhia]
7.2 Investimentos em Carteira
7.3 Investimentos em Derivativos
7.4 Outros
7.4.1 Empréstimos e Financiamentos [inclui empréstimos
de regularização e amortizações]
7.4.2 Crédito Comercial
7.4.3 Moeda e Depósitos
7.4.4 Outros
8 – Erros e Omissões
9 – Saldo do Balanço de Pagamentos [9 = 5 + 6 + 7 + 8]
10 – Haveres da Autoridade Monetária – variação
[haveres estrangeiros líquidos e sob o controle da autoridade
monetária]
10.1 Reservas em Moeda Estrangeira [inclui títulos de alta
liquidez]
10.2 Reservas no FMI
10.3 Direitos Especiais de Saque [DES]
10.4 Ouro
10.5 Outros Haveres [qualquer outro ativo líquido em moeda
estrangeira]
BP = − R ou BP + R = 0
TC = − (CF + R)
Balança comercial
Exportações: crédito
Importações: débito
Balança de serviços
Operação dá origem à entrada de recursos: crédito
Operação dá origem à saída de recursos: débito
Balança de rendas
Operação dá origem à entrada de recursos: crédito
Operação dá origem à saída de recursos: débito
Lucros reinvestidos: débito
Transferências unilaterais correntes
Operação dá origem à entrada de recursos: crédito
Operação dá origem à saída de recursos: débito
Operação dá origem à entrada de mercadorias: crédito
Operação dá origem à saída de mercadorias: débito
Conta Capital
Operação dá origem à entrada de recursos: crédito
Operação dá origem à saída de recursos: débito
Conta Financeira
Operação dá origem à entrada de recursos: crédito
Operação dá origem à saída de recursos: débito
Haveres das Autoridades Monetárias (variação)
Redução nos haveres: crédito
Acréscimo nos haveres: débito
Conta Corrente
2 – Balança de Serviços: + 35 − 10 − 20 = + 5
2.1 Turismo: + 30 (F) + 5 (G) = +35
2.2 Fretes e Transportes: − 10 (D) = − 10
2.3 Seguros: 0
2.4 Royalties: − 20 (E)
2.5 Outros: 0
onde:
E = taxa de câmbio real
e = taxa de câmbio nominal
P* = índice de preços no país estrangeiro;18
P = índice de preços no mercado nacional.
onde:
i = taxa de juros doméstica;
i*= taxa de juros internacional;
et+1 = taxa de câmbio esperada para o período t + 1;
et = taxa de câmbio no período t; e
[(et+1 - et)/et] = expectativa de desvalorização cambial.
P = e · P*
5. Ativos de Reserva
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Exercícios de fixação
1. Considere as seguintes transações a serem registradas no BP do
país X no período N:
• Banco não residente recebe 500 de empresa residente referente
a liquidação de empréstimos anteriormente contraídos.
• Companhia aérea de residente faz leasing de aviões de não
residentes no valor de 550.
• Empresa residente paga dividendos a acionistas não residentes
no valor de 250.
• Empresa de propriedade de não residentes operando no país
aufere lucros no valor de 500, reinvestindo 350.
• Empresa não residente adquire empresa residente no valor de
1.000 pagando 750 à vista e financiando 250.
• Exportador vende bens no valor de 10.000 recebendo à vista,
sendo 4.000 depositados em sua conta bancária nos Estados
Unidos.
• Governo vende títulos de sua dívida pública fora do país no valor
de 350.
• Imigrantes trabalhando fora do país enviam recursos a seus
familiares residentes no país no valor de 220.
• Importador compra, da China, mercadorias no valor de 3.500 e
paga à vista.
• Importadores não residentes pagam a empresa seguradora de
propriedade de residentes 300 em seguro.
• Investidores residentes adquirem 1.200 em derivativos no
exterior, com margem de 5%.
• Organização social operada por residentes recebe ajuda do
exterior para projetos sociais no valor de 300.
• País realiza ajuda humanitária a país vizinho, sob a forma de
remédios, no valor de 160.
• Residente importa mercadorias no valor de 5.500 pagando 2.000
à vista e parcelando o restante.
• Residentes perdoam dívidas de não residentes no valor de 200.
• Trabalhadores não residentes recebem salários de 400 de
empresa residente.
• Turistas não residentes gastam 600 em cartão de crédito no país
X.
A partir delas, monte o Balanço de Pagamentos do país X no
período N e interprete os seguintes resultados:
a) balança de bens e serviços não fatores;
b) balança de rendas;
c) balança de transações correntes;
d) conta capital e financeira; e
e) haveres monetários
2. Considere os seguintes dados:
Referências
CARVALHO, Maria Auxiliadora; Silva, César Roberto. Economia
internacional. São Paulo: Saraiva, 2000.
CHESNAIS, François (org.). A mundialização financeira. São Paulo:
Xamã, 1998.
KRUGMAN, Paul; Maurice Obstfeld. Economia internacional: teoria e
política. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
PAULANI, Leda M. “Brazil in the Crisis of Finance-Led Regime of
accumulation”. In: Review of Radical Political Economics: v. 42, p.
363-372, 2010.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia. 2ª
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.
Na internet
Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br
Bureau de Censos dos Estados Unidos – U.S. Census Bureau,
United States Department of Commerce (os mais diversos censos,
além de informações sobre negócios e geografia):
http://www.census.gov
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
International Monetary Fund – Data and Statistics –
http://www.imf.org/external/data.htm
Seu papel como meio de troca não basta, porém, por mais
importante e indispensável que seja, para definir completamente a
moeda. Existem duas outras importantes funções que um bem
qualquer deve necessariamente desempenhar para que possa ser
considerado moeda: a de ser unidade de conta e a de funcionar
como reserva de valor. Vejamos o significado de cada uma dessas
funções.
A função unidade de conta está diretamente ligada à função
meio de troca. Para facilitar o raciocínio, imaginemos que
determinado bem, o ouro, por exemplo, esteja desempenhando o
papel de moeda – exemplo que vem a calhar, na medida em que o
ouro desempenhou de fato esse papel em vários momentos da
história do capitalismo. Nesse caso, é o ouro que, ao mudar de
mãos, viabiliza a troca das diferentes mercadorias produzidas, por
maior que seja seu número. Mas como ele consegue esse
resultado? Uma primeira e imediata resposta é dizer que ele
consegue tal feito porque é aceito por todos os agentes econômicos.
Mas por que ele é assim tão indistintamente aceito? Dizer
simplesmente que é porque é valioso não é uma boa resposta, visto
que, nos dias de hoje, todos nós aceitamos como moeda pedaços
de papel pintado, sem nenhum valor intrínseco.
Uma resposta melhor é dizer que ele funciona como medida do
valor das diferentes mercadorias e que a sociedade, de uma forma
ou de outra, legitimou esse seu papel. Em outras palavras, os
agentes econômicos, proprietários de diferentes mercadorias, foram
pouco a pouco consentindo que o valor de suas mercadorias fosse
mensurado pelo ouro e fosse então monetariamente expresso como
uma dada quantidade de ouro. Em outras palavras, uma vez
consagrado o ouro como moeda, as diferentes mercadorias vão
todas expressar seus valores em uma única mercadoria e essa
única mercadoria será a mesma para todas elas, qual seja, o ouro.
Portanto, ele mede o valor das diferentes mercadorias e forja, além
disso, um padrão convencional1 por meio do qual seus preços
(valores monetários)2 podem ser apresentados. Entendamos um
pouco melhor tudo isso.
Qual é o significado de uma mercadoria poder ter seu valor
expresso monetariamente? Imaginemos uma economia de
escambo. Como poderiam ser aí apresentados os valores das
diferentes mercadorias? Necessariamente, cada uma delas teria seu
valor expresso em relação a todas as demais. Em uma economia
de, por exemplo, quatro mercadorias, cada uma delas teria pelo
menos três valores: a mercadoria A teria seu valor em termos de B,
em termos de C e em termos de D, o mesmo acontecendo com as
outras três. É fácil imaginar a complexidade que tal situação geraria
em uma economia com milhares ou até mesmo milhões de
diferentes mercadorias. Em uma economia monetária, tudo fica
infinitamente mais simples.
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Referências
PAULANI, Leda M. Do conceito de dinheiro e do dinheiro como
conceito. IPE/USP. Tese de doutorado, 1992.
SINGER, Paul. O que é economia. São Paulo: Brasiliense, 1998.
Na internet
Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br
O sistema monetário
banco X: +$ 450
banco Y: 0
banco W: –$ 450
ATIVO PASSIVO
ATIVO PASSIVO
ATIVOS DO BC
H – Reservas Internacionais PASSIVO MONETÁRIO
J – Empréstimos ao TN e a T – Meios de Pagamento
outros órgãos públicos e 1. pmpp
esferas de governo 2. Depósitos à vista
K – Títulos Públicos Federais do público nos
L – Outros bancos comerciais
ATIVOS DOS BANCOS PASSIVO NÃO
COMERCIAIS MONETÁRIO DO BC
B – Empréstimos aos setores P – Depósitos do
público e privado Governo Federal
C – Títulos públicos e privados Q – Obrigações
Externas
U – Outros
PASSIVO NÃO
MONETÁRIO DOS
BANCOS COMERCIAIS
G1 – Depósitos a prazo
G3 – Obrigações
Externas
V – Outros
c = pmpp/M
d = dv/M
R = r/dv
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
1. A quantidade de meios de pagamento de uma economia, em
determinado momento, é dada pela soma do saldo de papel-
moeda em poder do público e do volume de depósitos à vista
nos bancos comerciais.
2. Para efeitos da discussão sobre o funcionamento do sistema
monetário, define-se público como o conjunto dos agentes que
não faz parte do sistema emissor de moeda. O sistema
emissor, ou sistema bancário, é composto pelo Banco Central
mais o conjunto dos bancos comerciais.
3. A quantidade de papel-moeda em poder do público em
determinado momento é dada pelo saldo do papel-moeda
emitido, deduzido do caixa em moeda corrente dos bancos
comerciais (ou caixa em moeda corrente do sistema bancário).
4. O chamado M1 é o agregado monetário mais importante, pois é
o de maior liquidez. Contudo, também pode ser útil observar e
eventualmente controlar outros agregados de menor liquidez.
5. São quatro as funções do Banco Central: controlar a emissão
de moeda, ser o depositário oficial das reservas internacionais,
ser o banco dos bancos e ser o banqueiro do governo.
6. Como depositário oficial das reservas internacionais, o
Banco Central é obrigado, em cada momento, a comprar e a
vender, à taxa de câmbio vigente, e de acordo com as regras
vigentes, as quantidades de divisas ofertadas e demandadas
pelos agentes.
7. Nos regimes de câmbio flexível ou misto, o fato de o Banco
Central ser o depositário oficial das reservas internacionais
permite que ele intervenha no mercado, seja para atuar sobre o
comportamento da taxa de câmbio, seja para regular o nível das
reservas.
8. Os bancos comerciais possuem três tipos de encaixes: os
encaixes em moeda corrente e os encaixes voluntários e
compulsórios junto ao Banco Central.
9. Enquanto banco dos bancos, cabe ao Banco Central conceder
aos bancos comerciais redescontos de liquidez, ou seja,
empréstimos destinados a permitir que os bancos comerciais
enfrentem eventuais deficits na compensação bancária não
cobertos pelos encaixes voluntários e compulsórios.
10. Como banqueiro do governo, o Banco Central é o depositário
dos recursos captados pela União sob a forma de impostos,
taxas e contribuições. Ao mesmo tempo, teoricamente, o Banco
Central também pode conceder empréstimos ao governo federal.
11. O conjunto formado pelo balancete consolidado dos bancos
comerciais, balancete sintético do Banco Central e balancete
consolidado do sistema monetário constitui as contas
monetárias do país.
12. As principais fontes de recursos dos bancos comerciais são:
os depósitos à vista do público, os depósitos a prazo do público,
os redescontos de liquidez e os recursos externos, além de seus
recursos próprios. Desse conjunto, só os depósitos à vista são
recursos monetários.
13. Os recursos à disposição dos bancos comerciais estão
aplicados principalmente em: encaixes junto ao Banco Central,
empréstimos aos setores privado e público, títulos privados e
públicos, além do imobilizado (agências bancárias, equipamentos
para autoatendimento etc.).
14. Os itens constantes do balancete sintético do Banco Central
refletem suas funções.
15. O passivo do balancete sintético do Banco Central é composto
pela base monetária mais os recursos não monetários. A base
monetária é composta pelo papel-moeda em poder do público
mais os encaixes totais dos bancos comerciais (caixa em
moeda corrente mais encaixes voluntários e compulsórios junto
ao Banco Central). Os principais itens dos recursos não
monetários são os depósitos do Tesouro Nacional e os recursos
externos.
16. Os itens do ativo do balancete sintético do Banco Central
indicam as operações ativas do Banco Central. São eles: as
reservas internacionais, os redescontos de liquidez, os
empréstimos ao Tesouro Nacional e a outros órgãos públicos e
esferas de governo, os empréstimos ao setor privado e os títulos
públicos federais.
17. Qualquer aumento (redução) nas operações ativas do Banco
Central não compensado por aumento (redução) de igual valor
em seus recursos não monetários implica expansão (contração)
da base monetária.
18. O balancete consolidado do sistema monetário é uma somatória
dos balancetes consolidados dos bancos comerciais e sintético
do Banco Central. Em seu passivo ele traz os meios de
pagamento, o passivo não monetário dos bancos comerciais e o
passivo não monetário do Banco Central. Ele mostra que
qualquer expansão (redução) nas operações ativas do sistema
bancário não compensada por expansão (redução) de igual
valor no passivo não monetário dos bancos comerciais ou do
Banco Central implica expansão (contração) dos meios de
pagamento.
19. O multiplicador bancário é uma variável que sintetiza o
processo de multiplicação da base monetária pelo processo de
criação de moeda operado pelos bancos comerciais.
20. O multiplicador bancário depende do comportamento dos
agentes com relação a seus recursos líquidos, ou seja, que
parcela eles, em média, mantêm em papel-moeda e que parcela
eles mantêm em depósitos à vista (variável d) e do encaixe total
dos bancos comerciais com relação aos depósitos à vista
(variável R). Os encaixes totais dependem das decisões dos
bancos comerciais (encaixe em moeda corrente e encaixes
voluntários no Banco Central) e das determinações do Banco
Central quanto aos encaixes compulsórios.
21. Quanto maior d, maior o multiplicador. Quanto maior R, menor o
multiplicador.
22. Para expandir os meios de pagamento, o Banco Central pode:
expandir seus empréstimos ao Tesouro nacional, a outras esferas
de governo ou ao setor privado; aumentar as reservas cambiais;
comprar títulos da dívida pública de emissão do governo federal
(operações de open market); expandir os redescontos aos
bancos comerciais; ou diminuir os encaixes compulsórios. As
operações contrárias reduzem os meios de pagamento.
Exercícios de fixação
1. Prove que:
a) quanto maior a proporção de papel-moeda em poder do
público/M1, menor o multiplicador bancário;
b) quanto maior a proporção depósitos à vista nos bancos
comerciais/M1, maior o multiplicador bancário;
c) quanto maior a proporção encaixes totais dos bancos
comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais, menor o
multiplicador bancário.
2. Considere os seguintes dados d = 0,6; R = 0,3. Calcule o
multiplicador dos meios de pagamento em relação à base
monetária e interprete o resultado.
3. Com base nos dados do exercício anterior, calcule o multiplicador
considerando um aumento de 20% na proporção de papel-moeda
em poder do público em relação aos meios de pagamento.
Explique o porquê do resultado encontrado.
4. Suponha uma elevação dos empréstimos do Banco Central ao
Tesouro Nacional. O que acontece com a base monetária?
Suponha agora que parte desses empréstimos fique alocada na
conta depósitos do Tesouro Nacional. Muda alguma coisa no
resultado anterior? Por quê?
5. Classifique as afirmações a seguir como verdadeiras, falsas ou
dúbias, justificando sua resposta:
a) quanto mais desenvolvido for o sistema financeiro, maiores
tendem a ser os estoques de M1, M2, M3 e M4;
b) o valor do multiplicador depende do comportamento das
pessoas quanto à forma de guardarem seus recursos líquidos;
c) ocorrerá uma expansão da base monetária sempre que houver
uma retração nas operações ativas do Banco Central e ocorrerá
uma expansão dos meios de pagamento sempre que houver
uma elevação nas operações ativas do sistema bancário.
d) considerando o balancete sintético do Banco Central
percebemos que a única forma que tem o Banco Central para
influir sobre a oferta de moeda é por meio do controle de suas
operações ativas.
Referências
SIMONSEN, Mario H.; CYSNE, Rubens Penha. Macroeconomia. 22
ed. São Paulo: Atlas/Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996, p. 129-
197.
Na internet
Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE:
http://www.ibge.org
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério da Fazenda (releases, links e informações e análises
econômicas e institucionais sobre o Ministério da Fazenda):
http://www.fazenda.gov.br/
Conselho Monetário Nacional – CMN:
http://www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cmn
9.1 Introdução
No capítulo anterior, demonstramos a forma de funcionamento do
sistema monetário e falamos dos mecanismos por meio dos quais o
Banco Central pode exercer o controle sobre a oferta de moeda na
economia. O controle da oferta monetária é o elemento mais
importante da chamada política monetária. Quais são os objetivos
que determinam o desenho da política monetária de um país? A
resposta a essa pergunta passa pela relação entre moeda, inflação
e nível de atividade, uma questão extremamente polêmica, tão
polêmica que está na raiz da existência de diferentes correntes
teóricas, cada uma das quais advogando, a esse respeito, uma
posição distinta. Assim, o desenho de política monetária de cada
uma delas é também bastante diferente. Na Seção 9.2 discutiremos
essa questão e as diferentes posições sobre ela.
Como vimos no capítulo anterior, a moeda do mundo
contemporâneo é fiduciária. Mesmo no plano internacional isso é
verdade, já que o meio de pagamento internacional é o dólar
americano, ou seja, um papel emitido pelo governo dos Estados
Unidos e por ele garantido. Assim, a discussão sobre a relação entre
moeda, inflação e nível de atividade está inexoravelmente ligada à
discussão sobre o papel desempenhado pelo governo como
elemento gerador de demanda na economia. Em outras palavras, na
medida em que a moeda é fiduciária, o Estado acaba
desempenhando dupla função: de um lado ele é o elemento
garantidor da totalidade de papel-moeda em curso; de outro, ele
conforma um dos elementos constitutivos da demanda agregada e,
enquanto tal, demanda papel-moeda para fazer frente a seus
gastos. É em função disso que a discussão sobre a relação entre
moeda, inflação e nível de atividade passa também pela discussão
sobre o chamado deficit público. Na Seção 9.3 trataremos dessa
questão.
onde,
M = meios de pagamento
V = velocidade de circulação da moeda
P = nível geral de preços
Y = produto agregado real
M = $ 100
V=4
P · Y = $ 400
onde,
Sg = poupança do governo em conta-corrente
Ti = Tributos indiretos
Td = Tributos diretos
Or = Outras receitas correntes líquidas
Cg = Consumo final das administrações públicas
Sub = Subsídios
Tap = Transferências de Assistência e Previdência
J = Juros da dívida pública
Contudo, as despesas do governo não se restringem às
despesas correntes registradas nessa conta. O governo também
efetua gastos para manter e ampliar a infraestrutura econômica e
social – como construção de estradas, pontes, viadutos,
hidrelétricas, hospitais e escolas. Assim, a definição de deficit
público deve levar em conta também os investimentos públicos
efetuados no período de tempo em questão. Temos então:
onde,
Dp = Deficit público
Ig = Investimento do governo
Sg = Poupança do governo
onde,
Dp = deficit público
B = base monetária
Div = dívida pública
onde,
Δdivl = dívida líquida do governo
A dívida líquida do governo é definida como o excesso dos
débitos do governo sobre os créditos do Banco Central com o setor
privado (empréstimos ao setor privado) e com o setor externo
(acúmulo de reservas cambiais).
Esclarecido esse ponto podemos discutir a alternativa de
financiamento do deficit público via aumento do estoque da dívida,
também chamado “resultado abaixo da linha”. A primeira e óbvia
condição para que o governo possa utilizar esse expediente é que
os títulos de sua emissão sejam aceitos pelo público. Essa aceitação
está relacionada com os juros pagos pelos títulos e com o prazo de
seu resgate. Mas o volume já alcançado pelo estoque da dívida
pode ser também uma variável importante, particularmente por conta
do risco de não pagamento (ou “risco de calote”). A medida
usualmente utilizada para avaliar a magnitude desse estoque é
relacionar seu valor num determinado momento, por exemplo, ao
final de um dado ano, com o valor do PIB do país nesse mesmo ano.
A Tabela 9.1 mostra qual é a relação dívida/PIB em vários países no
ano de 2011.
Tabela 9.1 – Relação Dívida Pública/PIB em vários países do mundo
onde,
Ipr = investimento privado
Ipu = investimento público
Spr = poupança privada
Sg = poupança do governo
Se = poupança externa
Resumo
Os principais pontos vistos neste capítulo foram:
Referências
BIER, A., PAULANI, L.; MESSENBERG, R. O heterodoxo e o pós-
moderno: o cruzado em conflito. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GREMAUD, A.; VASCONCELLOS. M. A.; Toneto Jr. Economia
brasileira contemporânea. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
PAULANI, L. Teoria da Inflação Inercial: um episódio singular na
história da ciência econômica no Brasil? In: 50 anos de ciência
econômica no brasil: pensamento, instituições e depoimentos.
Petrópolis: Vozes, 1997.
SIMONSEN, Mario H.; Rubens Penha Cysne. Macroeconomia, 2ª
ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996, p. 129-
197.
Na internet
Banco Central da Alemanha (Deutsche Bundesbank):
http://www.bundesbank.de
Banco Central da União Européia (European Central Bank):
http://www.ecb.int
Banco Central do Brasil: http://www.bcb.gov.br
Banco Central do Japão (Bank of Japan):
http://www.boj.or.jp/en/index.htm
Banco Central do Reino Unido (Bank of England):
http://www.bankofengland.co.uk
Board of Governors do Federal Reserve System:
http://www.bog.frb.fed.us
Conselho Monetário Nacional – CMN:
http://www.fazenda.gov.br/portugues/orgaos/cmn/cmn.html
Federal Reserve Bank de Nova York: http://www.ny.frb.org
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE:
http://www.fipe.com
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE:
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Ministério da Fazenda (releases, links e informações e análises
econômicas e institucionais sobre o Ministério da Fazenda):
http://www.fazenda.gov.br
Resultado do Tesouro Nacional (receitas e despesas da União):
http://www.fazenda.gov.br/português/orgaos/stn/stnresul.html
Indicadores sociais
2º China 6.988,47
3º Japão 5.855,38
4º Alemanha 3.628,62
5º França 2.808,27
6º Brasil 2.517,93
8º Itália 2.245,71
9º Rússia 1.884,90
Argentina 0,9 –
México 3,4 47,4
Brasil 3,8 8,5ª
Bolívia 14,0 60,1
China 15,9 2,8
África do Sul 17,4 23,0
Indonésia 18,7 13,3
Filipinas 22,6 26,5
Índia 41,6 27,5
Haiti 54,9 77,0
Tanzânia 67,9 33,4
Burundi 81,3 66,9
Libéria 83,7 63,8
Chile 4 4
Ucrânia 2 5
Turquia 1 10
Argentina 3 10
México 6 15
Brasil 3 20
África do Sul 9 23
Colômbia 8 26
China 11 45
Timor-Leste 31 50
Nigéria 42 68
Congo 29 70
Cambodja 39 71
Haiti 37 83
Togo 40 88
Madagascar 59 89
Resumo
1. A magnitude do PIB (ou RDB) é uma importante medida do
desempenho econômico de um país. Contudo, para que ela
funcione efetivamente como indicador do potencial de geração
de renda e produtividade é preciso relativizá-la pelo tamanho da
população do país. Assim, a mais importante variável de
desempenho é o produto per capita e não o valor absoluto do
produto agregado.
2. No entanto, esses indicadores se mostram insuficientes para
uma avaliação acerca da qualidade de vida. Primeiro, porque o
produto per capita, por ser uma média, nada nos diz acerca da
distribuição de renda. Em segundo lugar, porque ele não capta
as condições concretas de vida da população em termos, por
exemplo, de longevidade, condições sanitárias, saúde e nível
educacional.
3. Ao considerar tanto a distribuição da renda quanto os
indicadores sociais enquanto variáveis importantes estamos indo
além do conceito de crescimento econômico. Na verdade,
estamos avaliando o desenvolvimento econômico, que mede
não apenas o crescimento do produto per capita, mas o perfil
distributivo e os benefícios sociais trazidos por esse crescimento.
4. A distribuição de renda de um país pode ser avaliada a partir
do índice de Gini, que tem como objetivo avaliar o grau de
concentração da renda, podendo variar entre zero e um. Quanto
mais próximo de um for o índice, mais concentrada é a renda do
país; quanto mais próximo de zero, menos concentrada.
5. Apesar de sua posição ter melhorado ao longo da primeira
década do século XXI, o Brasil ainda detém um dos piores
índices de Gini do mundo (índice de 0,539, o que o coloca no
grupo dos 15 piores em termos distributivos). Isso indica que,
apesar de não poder ser considerado um país pobre, já que
ocupa a 54ª posição em termos de produto per capita, o Brasil
possui uma enorme concentração de renda, um problema
estrutural que pode ficar ainda mais grave em momentos de crise
conjuntural, com recessão e aumento do desemprego.
6. A relação entre o PIB per capita e o índice de Gini permite-nos
estabelecer dois conceitos correlatos, mas bem diferentes:
pobreza e desigualdade. Um país pode ser pobre (produto per
capita reduzido), mas pouco desigual (como, por exemplo, a
Índia), ou rico (produto per capita elevado), mas profundamente
desigual, como é o caso do Brasil. Da mesma forma, o fato de
um país estar crescendo a taxas elevadas não quer dizer que ele
esteja ao mesmo tempo reduzindo a desigualdade. Ao contrário,
como foi o caso do Brasil nos tempos do chamado “milagre
econômico”, o país pode estar experimentando elevadas taxas
de crescimento do PIB, mas com crescimento também do índice
de Gini.
7. A desigualdade gera pobreza, mesmo em países considerados
ricos em termos de produto per capita e, independentemente do
perfil distributivo há também, é claro, pobreza em grande
quantidade nos países de produto per capita mais reduzido. Mas
como mensurar o tamanho dessa pobreza? Uma das formas
existentes para determinar o grau de pobreza de um país é a
construção de linhas de pobreza ou de um limiar para a
pobreza de rendimento, nos termos do PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento). Em seus últimos
relatórios o PNUD definiu esse parâmetro como sendo de US$
1,25 PPC por dia per capita. No Brasil hoje (início de 2012) 3,8%
de sua população (mais de sete milhões de pessoas) vive
diariamente com recursos inferiores a esse.
8. Tendo como objetivo mensurar o bem-estar das sociedades e a
qualidade de vida das populações para além da mera avaliação
do produto e do produto per capita de cada país, o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vem
divulgando, desde 1990, o índice de desenvolvimento humano –
IDH, que hoje é estimado para 187 países. Esse índice considera
não apenas o rendimento, mas também variáveis ligadas a
saúde (esperança de vida) e educação (índice de analfabetismo
e taxas de matrícula).
9. Os indicadores que entram no cálculo do IDH são os seguintes:
RDB per capita, para a variável rendimento; esperança de vida
ao nascer ou expectativa de vida para a variável saúde; e a
média de outros dois indicadores – a média de anos de
escolaridade e os anos de escolaridade esperados – para a
variável educação. Portanto, o IDH trabalha com indicadores
mensurados em diferentes unidades (dólar PPC e anos). Para
poder integrá-los e calcular o IDH, o PNUD transforma todos
esses diferentes indicadores em índices que variam entre 0 e 1.
Assim o próprio IDH é um índice que varia entre 0 e 1.
10. Até 2009, a classificação dos países se dava de acordo com os
seguintes critérios: IDH menor que 0,5, país de baixo
desenvolvimento humano; IDH entre 0,5 e 0,8, país de médio
desenvolvimento humano; e IDH maior que 0,8, país de alto
desenvolvimento humano. A partir de 2010, os parâmetros que
definem as linhas divisórias entre os grupos passaram a ser
endogenamente determinados. Além disso, criou-se a categoria
dos países com desenvolvimento humano muito elevado.
Concretamente, essas duas mudanças resultam no seguinte
procedimento: a cada ano, depois de obtida a classificação geral,
o conjunto total de países mensurados é dividido em quatro
partes. O grupo que pertencer ao quartil mais elevado será
considerado de desenvolvimento humano muito elevado; o
grupo que pertencer ao segundo quartil será considerado de
desenvolvimento humano elevado; o grupo que pertencer ao
terceiro quartil será considerado de médio desenvolvimento
humano; e finalmente, o grupo que pertencer ao quarto e último
quartil será considerado de baixo desenvolvimento humano.
11. O Brasil está classificado como país de desenvolvimento
humano elevado, apresentando um IDH (2009) de 0,718 e
ocupando a 84ª posição no ranking mundial. Trata-se de uma
posição bastante desconfortável para o país, que é hoje (início
de 2012) a 6ª maior economia mundial e a 54ª em termos de
produto per capita. Tudo indica que esse resultado pouco
favorável deve-se à enorme concentração de renda existente no
país, como demonstra o elevado valor de nosso índice de Gini.
12. Para captar a importância que a questão distributiva pode ter
para efeitos da classificação do desenvolvimento humano de um
país, o PNUD criou recentemente o Índice de Desenvolvimento
Humano Ajustado à Desigualdade (IDHA). O IDHA corrige os
valores encontrados para o IDH de cada país impondo-lhe uma
perda que é tanto maior, quanto maior a desigualdade
distributiva. A desigualdade mensurada pelo IDH não se reduz à
desigualdade de rendimento, mas estende-se também às
condições relacionadas a saúde e educação.
13. Como igualdade plena não existe, todos os países sofrem
perdas em seus IDHs quando ele é ajustado à desigualdade.
Assim, em termos absolutos, os IDHAs são sempre inferiores aos
IDHs, mesmo para os países menos desiguais. O que importa
verificar é a perda relativa que o país sofre por conta desse
ajuste. Quando ajustado pela desigualdade, o IDH do Brasil
passa para 0,519, enfrentando uma perda, significativa, da ordem
de 28%.
14. No mesmo sentido de qualificar o valor de IDH obtido pelos
diferentes países, o PNUD passou a divulgar a partir de 2010 o
Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que veio substituir os
antigos Índices de Pobreza Humana. Pobreza multidimensional
significa a existência de diversas privações na mesma família
quanto a educação, saúde e padrão de vida. Partindo da ideia de
que a pobreza é, por definição, multifacetada, o PNUD mensura
dois indicadores relacionados à saúde (ter pelo menos um
membro da família que sofra de má nutrição e ter tido uma ou
mais crianças que tenham falecido), dois relacionados à
educação (não ter nenhum membro da família que tenha
concluído cinco anos de escolaridade e ter pelo menos uma
criança em idade escolar – até o 8° ano – que não esteja
frequentando a escola) e seis relacionados ao padrão de vida
das famílias (1 - não ter eletricidade; 2 - não ter acesso a água
potável limpa; 3 - não ter acesso a saneamento adequado; 4 -
usar combustível “sujo” para cozinhar – estrume, madeira ou
carvão; 5 - ter uma casa com piso de terra; e 6 – não ter carro,
caminhão ou veículo motorizado semelhante e possuir no
máximo um dos bens seguintes: bicicleta, motocicleta, rádio,
refrigerador, telefone ou televisor).
15. Além da enorme desigualdade distributiva, o Brasil apresenta
também fortes disparidades regionais. De acordo com o cálculo
realizado pelo IPEA, em conjunto com outras instituições, os
IDHs das diversas unidades da federação mostram com clareza
que a maioria dos estados brasileiros pertencentes à região
Nordeste está incluída no último quartil da distribuição (baixo
desenvolvimento humano), enquanto que aqueles pertencentes
ao primeiro quartil (desenvolvimento humano muito elevado) são
todos das regiões Sudeste e Sul, com exceção do Distrito
Federal.
16. A despeito de sua posição bastante confortável em termos de
produto agregado e produto per capita, a não resolução desses
dois problemas – a enorme desigualdade regional e a imensa
desigualdade distributiva – tem impedido o Brasil de entrar no rol
dos chamados países desenvolvidos.
Referências
IMF (International Monetary Fund). World Economic Outlook
Outlook. Setembro de 2011.
PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano de 2010. A
verdadeira riqueza das nações: vias para o desenvolvimento
humano. PNUD e IPAD (Instituto Português para o
Desenvolvimento), 2010.
PNUD. Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011.
Sustentabilidade e equidade: um futuro melhor para todos. PNUD e
IPAD (Instituto Português para o Desenvolvimento), 2011.
World Bank. World Economic Indicators – 2011. World Bank, 2011.
Na internet
Bureau de Censo dos Estados Unidos – U.S. Census Bureau, United
States Department of Commerce (os mais diversos censos, além de
informações sobre negócios e geografia): http://www.census.gov
Banco Mundial – World Bank: http://data.worldbank.org
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP:
http://www.fiesp.org.br
Food and Agriculture Organization – FAO (informações estatísticas e
sobre os programas especiais da FAO): http://www.fao.org
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Fundação
SEADE: http://www.seade.gov.br
Fundo Monetário Internacional (FMI) – International Monetary Fund
(IMF): http://www.imf.org/
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE:
http://www.ibge.gov.br
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA:
http://www.ipea.gov.br; http://www.ipeadata.gov.br
Minsitério da Educação: http://www.mec.gov.br
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br
Organização Internacional do Trabalho (OIT): http://www.ilo.org
Organização Mundial da Saúde (OMS) – World Health Organization
(WHO): http://www.who.int/es/
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) –
UNDP (United Nations Development Programme):
http://www.undp.org e http://www.pnud.org.br
UNESCO: http://www.unesco.org
United Nation Population Information Network – POPIN (informações
relativas à população e tendências populacionais):
http://www.undp.org/popin
onde,
Vi j = valor do componente i no país j;
Vi mín. = valor mínimo do componente i;
Vi máx. = valor máximo do componente i.
Os valores mínimos e máximos admitidos para cada uma das
variáveis componentes dos índices são determinados previamente e
têm caráter normativo. Por isso, nessa determinação há também
uma dimensão temporal, ou seja, trata-se, para cada variável, de
valores observados e esperados num período de tempo que engloba
tanto os 30 anos anteriores, quanto os 30 anos futuros, no total de
60 anos. No relatório de Desenvolvimento Humano de 2011, o
PNUD informa que hoje esses valores estão definidos da seguinte
forma para cada uma das variáveis:
I) 83,4 e 20 anos para a esperança de vida;
II) 13,1 e 0 para a média de anos de escolaridade;
III) 18 e 0 para os anos de escolaridade esperados;
IV) 0,978 e 0 para o índice de educação combinado; e
V) 107.721 e 100 dólares PPC para a RDB per capita.
B
Baixo desenvolvimento humano, 354-356, 362, 367, 371-372
Balança comercial, 44, 174-175, 177, 186, 191-192, 211-212, 214-
217, 225-226, 228
Balança de capitais, 217, 229
Balança de “invisíveis”, 176, 226
Balança de serviços, 44, 109, 174, 176, 186, 191, 192, 216-217,
226, 235
Balança de transações correntes, 46, 216-218, 229, 231
Balancete
consolidado do sistema monetário, 270, 282, 285
consolidado dos bancos comerciais, 271, 274, 276, 278, 281,
289, 291
sintético do Banco Central, 275, 280-282, 289, 291, 293, 308
Balanço de pagamentos
ajuste do, 210, 213, 228, 230
em conta corrente, 184-185
em transações correntes, 46, 49, 64, 66, 177, 184-185, 210, 217,
226, 229
estrutura completa do, 174
Banco Central
funções do, 264, 270, 274, 277-278, 288, 291
história do, 279, 294
Banco dos bancos, 264, 266-270, 278, 288, 291, 294-295
Banco Mundial, 96, 347, 374
Bandas cambiais, 201
Banking act, 295
Base do índice, 140
Base monetária, 264, 270, 275-277, 279-280, 282-285, 289-293,
295, 307-308, 324
Bens
de capital, 36, 42, 79, 212, 314-316
de consumo, 36, 78, 92, 212
duráveis, 36
e serviços
fatores, 44, 184
não fatores, 44, 46-48, 54-55, 60, 67, 81-82, 84, 114, 176,
184, 231
finais, 21-24, 27, 144
intangíveis, 226
públicos, 337
tangíveis, 60, 175, 226
Bentham, Jeremy, 2
BIS (Bank for International Settlements), 181, 270
BRICS, 343
Bullionismo, 254
C
Cadeia produtiva, 11
Caixa em moeda corrente dos bancos comerciais, 259, 276, 288-
289
Calote, 309, 312
Câmbio flutuante, regime, 150, 166, 199, 202, 209, 218, 227, 235,
320, 329
Capacidade instalada, 81
Capacidade ociosa, 78, 265, 299, 301, 322
Capitais externos, 49, 194, 229, 292, 328
Capital
de curto prazo, 180, 183, 185, 211-213, 218, 234, 236, 273
de giro, 9
estrangeiro, 179, 218
físico, 45, 146, 274
humano, 146
material, 13, 20-23
monetário, 40, 45, 146, 272
natural, 163-164
Capitalismo
história do, 243
Cardoso, Fernando Henrique, 318, 328
Cartas de intenção, 181, 193
CEI (Contas Econômicas Integradas), 97, 104-105, 117, 119, 128-
129, 131
CEI Institucionais, 117, 128-129
Centro de Contas Nacionais do IBRE, 58, 67
Certificado de depósito bancário (CDB), 262, 272
Cestas de bens, 144, 207
Choques do petróleo, 216-217, 228
Ciência econômica, história da, 6, 253, 327
CIF (Cost, Insurance and Freight), 175
Clube de Paris, 181
Colapso de 1929, 4
Comissão das Comunidades Européias, 96
Compensação bancária, 267-268, 288
Concentração de renda, 349, 368, 370-371, 373, 375, 377
Congelamento de preços, 318, 325, 328
Controle dos fluxos internacionais de capital, 211
Consenso keynesiano, 83, 91
Consumo
agregado, 2, 91, 162, 329
autônomo, 79
das famílias, 20, 34, 79, 98, 103, 125, 154
do governo, 50, 54-55, 61, 81-82
futuro, 35-37, 43, 65, 303
intermediário, 11, 16, 25-26, 69-70, 98-99, 102-103, 106-107,
118-121, 129-130
pessoal, 34-35, 38, 40-42, 48, 54-55, 78, 81-82
Conta(s)
ambientais, 163-164
caixa, 187, 272
capital e financeira, 175, 183-185, 192-193, 214-215, 226, 229,
231, 273
corrente, 49-50, 54-56, 59, 61, 63-65, 67-68, 174, 177-180, 183-
185, 189, 191-192, 209, 217-218, 226, 235, 267, 278, 305, 312,
323
das administrações públicas, 59, 64, 67-68, 305
externa, IX, XV, 194, 201, 202, 209-211, 216, 218-220, 224, 225,
228, 273, 315, 316, 328, 357
das operações correntes com o resto do mundo, 105, 114-116,
129, 148, 172, 312
de acumulação, 105, 113, 115-116, 126-130, 312, 324
de alocação da renda, 105, 122-123, 130
de apropriação, 39, 41-43, 49-50, 54, 56, 59, 61, 66, 78, 86, 109
de bens e serviços, 105-106, 114, 129-130
de capital, 39, 43, 47-49, 55-56, 59, 61, 63-64, 66, 68, 112-114,
126-127, 129, 312, 324
de distribuição primária da renda, 105, 107, 109, 114-115
de distribuição secundária da renda, 105, 111, 123-124, 130
de geração de renda, 105, 120
de produção, 33-35, 38-43, 46-48, 54-55, 59, 61, 66, 68, 70, 78,
81, 90, 103, 105, 107-113, 118-119, 129-130
de renda, 105, 129, 177, 179, 181
de uso da renda, 105, 112, 125-126, 130
do governo, 49-51, 54-56, 59, 61, 63, 67, 148
do setor externo, 46-48, 59, 62, 66, 172
do sistema monetário, 5, 26
Econômicas Integradas (ver CEI)
Monetárias, 270, 274, 285, 289, 291
nacionais
história das, 33, 57
no Brasil, 33, 57
nacionais trimestrais, 128, 153
produto interno bruto, 60-61, 84, 90
renda nacional disponível bruta, 59-62, 86, 87, 92, 109, 111-112,
124, 129-131, 353, 380
resto do mundo, 46, 48
transações correntes com o resto do mundo, 59-62, 64, 114
Contabilidade
empresarial, 4-5
nascimento da, 2
real versus contabilidade nominal, 134
Controle da demanda efetiva, 83
Correção cambial, 149, 306, 307
Correção monetária, 149, 306, 307, 317, 324
Cotas de importação, 210-211, 228
Crescimento econômico, 2, 24, 163, 201, 301, 388, 305, 307, 318,
328, 337, 339, 341, 344, 346-347, 357, 369, 373
Crescimento real do produto, 137-138
Crescimento sustentável, 162
Crescimento versus desenvolvimento econômico, 337
Criação de meios de pagamento, 282
Crise
cambial, 266, 320, 325
de 1929, 4
Currency board, 200
Curva de Lorenz, 377-379
Custo de uso, 77
D
Deficit
em conta corrente, 180, 217
do governo, 56, 313
em transações correntes, 47, 63, 177, 185, 192, 210-211, 216,
218, 312-313, 324
na balança comercial, 175, 212
na balança de serviços, 216
primário, 307, 323
público, 51, 298, 305-310, 312-313, 323-324, 326
nominal, 126, 306, 313, 323
operacional, 306, 312-313, 323
no balanço de pagamentos em transações correntes, 217, 226,
229
Deflacionamento, 135, 138, 165
Deflator implícito do PIB, 144-145, 166, 168
Demanda
agregada, 61, 82-84, 90-92, 103, 106, 125, 157, 212, 298, 301,
303, 311, 316, 322, 326, 328-329
especulativa por moeda, 304, 323
final, 69-72, 98, 103, 129, 131
por força de trabalho, 77
total, 47-48, 98, 103, 106-107, 129, 130-131
transacional por moeda, 304
Demonstrativo de lucros e perdas, 42
Depósitos
a prazo, 262, 271-273, 281-289
à vista, 148, 158, 250, 258-259, 261-263, 266-268, 271-273, 276,
280-290, 292
do Tesouro Nacional, 289, 292
Depreciação, 16, 37-40, 42-43, 48, 54-56, 63, 66, 78, 81, 121, 148,
163-164, 209
Depreciação cambial (ver depreciação e desvalorização cambial)
Derivativos, 175, 180, 190, 209, 222-223, 231, 233-235
Desempenho econômico, 9, 209, 298, 336, 338-339, 340-341, 352,
369, 373
Desemprego
friccional, 77
involuntário, 77
voluntário, 77
Desenvolvimento econômico, 29, 69, 96, 132, 169, 337, 347, 369,
373
Desenvolvimento humano elevado, 354-356, 362-363, 367, 371
Desenvolvimento humano muito elevado, 354-356, 358, 362-363,
367-368, 371-372
Desigualdade
distributiva, 358, 363, 371-372
regionais, 364-366, 368, 372
Despesa agregada, 6
Dessazonalização, 156
Destruição de meios de pagamento, 270, 282
Desvalorização
cambial, 196, 203-204, 210, 228, 230, 320
nominal da taxa de câmbio, 195
Determinantes do nível de renda, 81, 83
Dificuldades técnicas, 134-135, 149, 165
Dificuldades operacionais, 157-158, 165, 183
Dificuldades conceituais, 159, 165, 235
Dilema do prisioneiro, 295
Dinheiro, 7-8, 19-23, 26-28, 52, 79, 120, 125, 148, 159, 177, 247,
252-255, 260, 262, 268-269, 272, 294, 300, 320, 329
Direitos especiais de saque (DES), 175, 185
Disparidades regionais, 366, 368, 372
Dispêndio, 9-10, 13, 15-16, 18-20, 23-28, 33-34, 39, 41, 60, 66, 68,
76, 84-86, 90-91, 108-109, 112, 121, 130, 147, 157, 159
Disposição a pagar, 164
Distribuição da renda
indicadores de, 366
Dívida
externa, 148, 193, 216-217, 220-221, 223-224, 234, 277, 328
bruta, 193
líquida, 127, 193, 309, 311, 313
líquida do governo, 127, 308, 324
pública, 50, 52, 64, 87, 122, 148, 190, 212, 231, 235, 268, 273,
274, 285-286, 290, 302, 306-310, 312, 324, 326
Divisão do produto, 3, 20
Divisão do trabalho, 241, 250-251
Dólar
PPC, 198, 344-346, 353-354, 356-357, 370-371, 380-381, 383
PPP, 149, 151-152, 198, 337, 341
norte-americano, 174
Dummy financeiro, 102-103
Dumping, 211
E
Economia
aberta, 44, 49, 53, 81, 87, 89, 92, 98, 172
de escambo, 241-242, 244, 250-251, 253
de troca pura, 250
do meio ambiente, 162, 168
fechada, 33, 38-39, 78, 82, 88
informal, 134, 153, 157-158, 167-168
monetária, 244, 255
sem governo, 33, 38-39, 44, 49, 78, 82, 88
subterrânea, 157-158, 167-168
Economistas
heterodoxos, 301, 326
ortodoxos, 299, 301, 321, 326
Efeito multiplicador, 80-82, 91, 307
Eficiência marginal do capital, 9, 80, 85, 304
Emissão de dívida, 307, 324
Emissão de moeda, 65, 258, 264-265, 288, 292, 299, 308, 315, 321,
322, 326
Emprego, nível de, 70, 90, 92, 212, 299, 301, 304
Empresas familiares, 121
Empresas financeiras, 104, 111, 117-121, 123-127, 130
Empresas não financeiras, 104, 117-118, 120-121, 123-124, 126,
130
Emprestador de última instância (lending of last resort), 269, 278,
291, 294, 295
Empréstimos
ao Tesouro Nacional, 278-279, 285, 289-290, 299, 308
de regularização, operações de regularização, 175, 181, 226
e financiamentos externos, 181, 193
inter-companhia, 175, 179, 188
internacionais, 173
Encaixe,
em moeda corrente (cmbc), 267, 277, 288, 290
voluntário junto ao Banco Central, 267-268
Equação quantitativa da moeda, 3, 299, 300-301
Equilíbrio
externo do sistema de contas, 39, 47-48, 56
geral, 3, 254
interno de uma conta, 5, 9, 26, 39, 47, 56, 63, 65, 107
parcial, 3
Erros e omissões do BP, 175, 183, 185, 214-215, 226
Escambo, 241-242, 244, 250-251, 253
Escola clássica, 2, 253
Esperança de vida ao nascer, 347-348, 353, 371, 380
Estabilização monetária, 217, 248, 325
Estado mínimo, 83, 91
Estados de bem-estar social, 234
Estoque
de capital, 38-39, 66, 86, 163-164, 336
formação de, 34-35
variação de, 35-38, 40, 42-43, 48, 54-56, 60-61, 65-66, 78, 81,
84, 98, 103, 106, 112-113, 127, 154
Estrutura de preços relativos, 245-246, 250-252
Evolução tecnológica, 73
Exaustão dos recursos, 163
Expectativa de vida, 347-349, 356-357, 371
Exportação de bens e serviços não fatores, 46-48, 54-55, 60, 67, 81-
82, 84, 114
Externalidades negativas, 162-164, 167-168
F
Famílias, 20-24, 27-28, 32, 34, 36, 39-43, 50, 54, 60-62, 66, 78-80,
82, 84, 87, 98, 103-104, 106, 111, 117-121, 123-127, 130, 144,
154, 157-159, 167, 190, 259, 361, 363, 372
Fatores de produção, 16-24, 27-28, 39, 41-42, 44-47, 50, 53, 62, 66,
78-81, 85-86, 91, 114, 172, 174, 176-177, 183, 226, 233
FGV (Fundação Getúlio Vargas), 6, 28, 57-59, 67-68, 93, 132, 139,
154, 158, 169, 232, 293, 315, 321, 327
Fidúcia, 200, 249, 251
Financiamentos do setor público, 306
Fisiocracia, 2
Fluxo
circular da renda, 6-7, 9, 16, 23, 27-28, 159
de bens e serviços, 20-22
de capitais, 233
financeiro, 173, 203
migratório, 366
monetário, 21-22
real, 173
FMI (Fundo Monetário Internacional), 96, 173, 175, 178, 181, 183-
186, 193, 217-218, 221, 226, 270, 309, 311
FOB (Free On Board), 60, 175, 214-215
Formação bruta de capital fixo, 25, 36-38, 40, 42-43, 48, 54-56, 60-
61, 64, 76, 78, 81, 84, 98, 103, 106, 113, 127, 154, 168
Formação de capital fixo, 36-37, 42, 65-66, 86
Formação de estoques, 34-35
Fórmula de Atkinsons, 383
Friedman, Milton, 304
Fundação João Pinheiro, 366
Fundos de pensão, 117, 125-126, 233-234
G
Gargalos estruturais, 301
Gastos
correntes do governo, 64-65
do governo, 65, 82-83, 88, 90, 299, 301, 310-311, 313, 322
Globalização financeira, 150, 233
Goulart, João, 315
H
Haveres a curto prazo no exterior, 180
Hicks, Sir John, 5
História do pensamento econômico, 3, 253, 255
I
IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), 58, 67, 158
Identidade(s)
contábil, 9-10, 26, 28, 76, 84-85, 300-301
e fluxo, 32
investimento = poupança, 43, 49, 66, 68, 91
produto = dispêndio, 9-10, 14, 18-20, 27, 76, 90-91, 109
produto ≡ renda ≡ dispêndio, 41, 43, 66
IDH (índice de desenvolvimento humano)
cálculo do, 354, 357, 366, 368, 371, 380, 382, 384
IDHA (Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à
Desigualdade), 358, 360-361, 371-373
IDHM, 367
IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável), 164, 167
Imobilizado, 271, 274, 279, 289
Importação,
de capital, 49
de bens, 25, 106, 114, 184
de bens e serviços não fatores, 184
Imposto(s)
de renda, 51, 149
diretos, 50-51, 54, 56, 67, 87
diretos com sinal negativo, 56, 67
indiretos, 50-55, 67, 81
indiretos com sinal negativo, 67
inflacionário, 148, 308, 313, 318, 324, 326
ICMS, 51-52, 104
IPI, 51-52, 104
IPTU, 51
IPVA, 51
Imputação, 160
Inchaço das grandes cidades, 366
Independência do Banco Central, 294-295
Indicador das condições de educação, 353, 380
Indicador das condições de saúde, 353, 380
Indicador de rendimento, 353, 380
Indicadores de acesso à água e saneamento, 349, 361, 372
Indicadores de desenvolvimento, 6, 164, 167
Índice(s)
compostos, 139-141, 165, 380
de analfabetismo, 346, 370
de desenvolvimento humano, (ver IDH)
de Fisher, 141, 143, 165
de Gini, 341-344, 346, 358, 363, 369-371, 373, 375, 377-379
de preços, 135, 138-144, 147, 152, 165, 168, 197-198, 207, 306,
320, 330,
IGPM, 139
INPC, 139, 144
IPCA, 139, 144, 320-321, 330-331
IPC-Fipe, 139
Laspeyres
de preços, 141-143
de quantidades, 141
Paasche
de preços, 141-143, 165
de quantidade, 141
simples, 139-140, 165
Inflação inercial, 316, 318-319, 325, 327
Informalidade, 158
Injeção de demanda, 82
Instituições de Seguro, 117
Insumos, 11, 13-14, 16, 27, 34, 101-102, 117, 314-316
Intangíveis, 44, 113-114, 122, 174, 176-177, 226
Internacionalização financeira, 150, 201, 203, 206, 224, 233, 236,
310
Investimento agregado, 2, 329
Investimentos
externos diretos, 178-179
em carteira, 175, 180, 191-192, 219, 222-224
públicos, 127, 306, 323
Ipea, 23, 29, 69-70, 93, 132, 168-169, 208, 232, 252, 321, 327, 372,
374
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), 139, 144, 320-321,
330-331
IPH (Índice de Pobreza Humana), 345, 357, 358, 360
IPM (Índice de Pobreza Multidimensional), 345, 358, 360-363, 372-
373
Isenção fiscal, 211
ISFLSF (Instituições sem Fins Lucrativos a Serviço das Famílias),
111, 117, 119-120, 123-128, 130
J
Jevons, William Stanley, 3
Juros
da dívida externa, 148
da dívida pública, 50, 52, 64, 87, 122, 148, 306
nominais, 147-148, 166, 306, 323
reais, 147-148, 166
K
Keynes, John Maynard, 4, 76, 90
teoria geral de, 4, 26
Kubitschek de Oliveira, Juscelino, 314
Kusnetz, Simon, 6
L
Lançamento
a crédito, 42-43, 47-48, 55-56, 187-188, 272
a débito, 4-5, 26, 39, 48, 55-56, 188-189, 272
contábil, 176
Lastro, 200, 249, 251-252
Lei psicológica fundamental, 79
Lending of last resort (emprestador de última instância), 294, 295
Leontief, W.W., 70
Lindahl, Erik, 6
Limiar da pobreza de rendimento, 344-346, 358
Linha de pobreza, 344-345
Liquidez
internacional, 63
preferência pela, 9, 77, 79, 85, 255, 304, 323, 326
Lucro
distribuído, 146
nominal, 149
real, 149
retido, 43, 146
M
M1, M2, M3, M4 (agregados monetários), 293
Macroeconomia, 2, 4, 9, 28, 59, 68, 70, 75-77, 83, 85, 93, 132, 169,
173, 232, 293, 327
Marginalismo, 3
Marshall, Alfred, 3
Marx, Karl, 254
Matriz
de coeficientes técnicos, 71-72
de componentes do Valor Adicionado, 69, 97
de Consumo Intermediário, 69, 97
de Demanda Final, 69, 97
de Importação, 69, 97
de Leontief, 72-73
de Oferta, 69, 97, 129
de Produção, 69, 97, 131
insumo-produto, 5, 58, 67, 69-70, 97-98, 101, 129
Média de anos de escolaridade, 353, 356-357, 371, 380-384
Médio desenvolvimento humano, 354-356, 362-363, 367, 371
Medida do valor, 243, 254
Medida invariável do valor, 254
Medidas protecionistas, 213
Meio ambiente
agressão ao, 161
degradação do, 161, 163-164, 167
pressões sobre, 162
Meio de troca, 242-244, 246-248, 250, 252, 254, 304, 319
Meio internacional de pagamento, 200
Meios de pagamento
criação de, 117, 286
destruição de, 270, 282
Menger, Carl, 3
Mercado
cambial, 199-200, 202-203
de eurodólares, 234
financeiro, 203-204, 206, 212, 233, 240, 287
informal, 153
paralelo, 234, 266
de bônus liberalizados, 234-235
de derivativos, 209, 233
Metas de inflação (regime de), 320, 325, 328-330
Microeconomia
dimensão, 3
nível microeconômico, 3
Milagre econômico, 315, 344, 370, 373
Mill, John Stuart, 2
Moeda
corrente, 147, 250, 258-261, 267, 271-273, 275-277, 287-290,
308, 319, 324-325
de curso forçado, 258
emissão de, 65, 258, 264-265, 288, 292, 299, 308, 315, 321,
322, 326
escritural, 250, 258, 260-261, 263, 266, 280, 282, 287, 308
fiduciária, 244, 250, 258
funções da, 242-243, 247-248, 250, 252-255
indexada, 248, 318-319, 325
manual, 250, 282
metálica, 267
mercadoria, 247, 249, 251-252, 258
ouro como, 244
Monetarismo
novo, 305
velho, 304
Moratória, 8, 182, 193, 209, 212, 217, 226, 328
Movimento(s)
da economia, 2, 33
das mercadorias, 243
de capitais, 178, 185, 192-193, 203, 211-212, 230, 233, 235
especulativos, 206, 213
Multiplicador
bancário, 261, 280, 282-284, 290, 292, 330
dos meios de pagamento, 283, 292
keynesiano, 91
N
Não-residentes, 45-47, 53, 62, 104, 108-111, 113-115, 118, 122-123,
130, 172-174, 176-179, 181-182, 189-190, 195, 199, 219-221,
223, 225-226, 229-231, 273
Necessidade de financiamento do setor público (NFSP), 306
Necessidade de financiamento externo, 126, 130
Neoliberalismo, 83, 91
Nível
das reservas, 266, 286, 288, 308
de atividade, 210, 212, 228, 265, 279, 298, 302, 305, 313, 329
de produto, 80, 82, 299-301, 303-305, 323, 326
geral de preços, 136, 147, 207, 265, 299, 322
microeconômico, 3
Números índices, 135, 139, 156, 165
O
O Capital, 254
OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), 96, 158, 164, 167-168, 358, 381
Oferta
agregada, 172
de moeda, 151, 200, 277, 293, 298, 301-305, 307, 314, 323, 326,
330
monetária, 265, 282, 287, 298, 300-302, 304, 317, 322-323, 330
endógena, 302, 322, 326
exógena, 322, 326
total, 47-48, 55, 61, 81, 98-101, 103, 106-107, 129
a preços básicos, 101
a preços de consumidor, 101, 131
Off shore (mercado paralelo de dólares), 234
OIT (Organização Internacional do Trabalho), 374
OMC (Organização Mundial de Comércio), 196, 211
ONU (Organizações das Nações Unidas), 6, 32, 57, 67, 96, 128,
153, 164, 167-168, 235, 347
Open market, 285-287, 290, 292, 302, 322
Operações
ativas do Banco Central, 279-280, 282, 285, 289, 291, 293, 302,
322, 324, 326
de open market, 286, 290, 292
de redesconto, 286-287, 292
ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), 317, 324
Ótica
da despesa, 13, 15, 26, 34
da renda, 16, 18-25, 27, 66, 68, 147, 154, 157, 167
do dispêndio, S 13, 19-20, 23-25, 27-28, 33-34, 147
do produto, 14-16, 18-20, 23-25, 27-28, 147, 154
P
Padrão ouro, 200, 254
PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo), 306, 315, 317
Papel-moeda
em circulação, 259
em poder do público, 158, 259, 261-263, 276, 280, 286, 288-290,
292
emitido, 258-259, 261, 276, 288, 290
Parceiros comerciais, 196
Paridade cambial, 201
Paridade de juros, 203-206
Paridade de poder de compra (PPC), 165, 198, 344-346, 353-354,
356-357, 370-371, 380-381, 383
Partidas dobradas
princípio, 4-5, 26, 39, 41-42, 46, 65, 172, 183, 186-187, 225-226
Passivo externo líquido, 220-222, 224, 229-230
Patrimônio de imigrantes, 113, 178
Pensões, 50, 52
Petrodólares, 234
Petróleo, choque do, 234
PIB, 42
nominal, 136-137, 144
per capita, 149, 152, 208, 336-337, 339-340, 342, 363, 365, 370
PIBpm, 53, 55, 60, 67, 84, 135
Plano
antiinflacionário, 216
Collor, 312
Cruzado, 316, 318, 325
de Metas, 314, 315
Real, 216-217, 248, 316, 318-319, 325, 328, 333
Pleno emprego, 303, 307
PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento),
345, 348-349, 351-353
Política(s)
cambial, 150, 196, 212, 216-217, 228, 235-236, 285, 311
comercial, 196, 214
econômica, 181, 193, 200, 209, 211, 218, 265-266, 273, 305,
307, 310-311, 328
monetária, 180, 182, 200, 265, 276, 285-287, 298, 302, 317, 320,
322, 325, 329-330
protecionistas, 213
tarifária, 166, 196
Portfólio, 147, 220, 229-230, 234-235, 311, 333
Posição Internacional de Investimentos, 220-222, 224-225, 229-230
Poupança = investimento, 9, 85
Poupança bruta, 43, 48, 55, 60-63, 86, 107, 112-113, 125-127, 312,
324
Poupança do governo, 51, 62, 88-89, 305-306, 312, 323-324
Poupança doméstica, 86, 89, 107, 112-113, 130, 147
Poupança externa, 49, 63-64, 89-90, 115-116, 130, 312, 324
Poupança líquida, 41-43, 48, 62
Preços
básicos, 82, 100-102, 131, 154, 320
ao consumidor, 100, 139, 320, 330
de mercado, 53, 55, 60-62, 67-68, 84-85, 91, 100, 102, 131
relativos, 245-246, 248, 250-252, 255
Pré-datado, 272
Preferência pela liquidez, 9, 77, 79, 85, 255, 304, 323, 326
Pressões sobre o meio ambiente, 162, 167
Princípio das partidas dobradas, 4-5, 26, 39, 41, 42, 46, 65, 172,
183, 186-187, 225-226
Privatização, 179, 218
Processo de produção, 15-17, 20, 22, 27, 162
Processo inflacionário, 146, 245, 247, 251-252, 316
Produto
dispêndio, 16, 90, 109
a custo de fatores, 53, 63, 68
a preços de mercado, 53, 67-68
agregado, XX, 11, 26, 28, 62, 136, 142-143, 157, 159, 163-164,
166-167, 336-338, 340-342, 369, 372
real, 299, 322
bruto, 3, 37-38, 40, 53, 66, 68, 78
interno, 45, 60, 84, 107-108, 130
bruto (PIB), 45, 60, 84, 90, 106-108, 130, 136, 338
líquido, 37-38, 66, 78
nacional, 43
bruto (PNB), 78, 85, 91
nível de, 80, 82, 299, 300-301, 303-305, 323, 326
per capita, 336-341, 343-344, 347, 349, 352, 357, 364, 368-373,
383
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
345, 348, 349, 351-353, 355, 357-360, 362, 364-367, 370-374,
381-382
Propensão a consumir, 79
Proprietários de fatores de produção, 22-23, 27, 46, 50, 85, 91
Protecionismo, 213
Purchase power parity (PPP), 149, 151-152, 165-166, 198, 206-208,
227, 229, 336-337, 341
Q
Quadros, Jânio, 315
Qualidade de vida, 162, 336-338, 346, 347, 350, 352-353, 357, 364,
366, 369-370, 382
Quantidades produzidas, 78, 136-137, 144
Quase-moeda, 185, 262, 290
Quesnay, François, 2, 253
R
Receita corrente, 64
Recessão, 4, 90, 201, 304, 311, 316, 370
Recursos
ambientais, 163
e usos, 69, 96-100, 104, 112, 128
externos, 217, 227, 273, 289
monetários, 24, 52, 271-272, 277, 289
não monetários, 271-272, 280, 289
naturais exauríveis, 162-163
Redescontos de liquidez, 269, 287-289, 291
Regime de Bretton Woods, 235
Regimes cambiais
fixo, 210
flutuante, 166, 199, 202, 209, 227, 235, 320, 329
misto, 199, 201-202, 227
Relação dívida pública/PIB, 309, 324
Relações de causa e efeito, 9, 70, 77, 84-85, 92, 313
Relações intersetoriais na produção, 70
Remessas de rendas ao exterior, 211-212
Renda,
de capital, 176
de propriedades enviadas e recebidas do resto do mundo, 110,
115
de propriedade não disponível, 125
disponível bruta, 89, 125-126
do governo, 87, 104
líquida do governo, 87
líquida enviada ao exterior, 46, 48, 54, 66, 81, 86-87, 122
monetária, 7, 160
nacional, 2, 18, 26, 28, 42, 45, 46, 56-62, 67-68, 86-87, 91-92,
109-110, 124, 129, 132, 160
bruta, 46, 86, 109-111, 122-123, 130-131
privada disponível, 87
Redesecontos de liquidez, 269, 287-289, 291
Regime cambial, 201-202, 210, 218, 227, 230, 266, 333
Regime de câmbio fixo, 199-202, 218, 227, 319-320, 325, 329
Regime de câmbio flutuante, 166, 199, 202, 209, 227, 235, 320, 329
Rendimento(s)
de autônomos, 25, 103, 108, 110, 120
futuro, 8, 79, 302, 304, 323
Repartição
do produto social, 2
Reprodução material, 19, 24, 28, 240
Reserva de valor, 242-243, 246-248, 250-255, 304, 323
Reservas internacionais, 195, 216-217, 221-222, 224, 226, 229,
264-266, 275, 279, 281, 285-286, 288-289, 291, 324
Residentes, 45-47, 53, 62, 85-86, 91, 104, 108-115, 118, 122-123,
130, 172-174, 176-179, 181-182, 189-190, 194-195, 199, 210,
219-221, 223, 225-226, 229, 231, 273, 353
Resultado acima da linha, 127
Resultado abaixo da linha, 127, 309
Revolução
keynesiana, 4
marginalista, 3, 254
Ricardo, David, 2-3, 253
Riqueza
distribuição de, 336, 379
Risco sistêmico, 236-237, 267
Royalties, 44, 174, 176, 189, 191
S
Saída de divisas, 137
Salário, 17-18, 22, 25, 40-42, 48, 50-51, 54, 64-65, 77-78, 81, 98-99,
103, 108-109, 120-121, 144, 146, 174, 176, 190-192, 231, 317,
328, 344
Saldo
do balanço de pagamentos em transações correntes, 177, 185,
226
do governo em conta corrente, 50, 54-55, 312
em conta corrente, 56, 63, 177, 183
Samuelson, Paul, 160
Say, Jean Baptiste, 2
Schumpeter, Joseph, 9
Sen, Amartya, 352
Senhoriagem real, 308
Serviço
de fatores, 176
de intermediação financeira, 40, 102-103
Setores Institucionais, 97, 104, 111, 117-128, 130-131
SIFIM (Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente
Mensurados), 103, 119
Sistema
bancário, 148, 236-237, 259, 261, 264, 267, 269-270, 276, 278,
281-282, 286, 288-289, 291, 293, 318
de contas nacionais, 4-6, 25-26, 32-33, 52, 57-59, 61, 65, 67, 69-
70, 76, 83-85, 88, 90-92, 96, 128-129, 131-132, 134, 153, 159,
163-166, 172-173, 226, 305, 312, 324, 336
de cinco contas, 58
de quatro contas, 59
monetário, 5, 26, 148, 250
Smith, Adam, 2-3, 253
Soberania, 193
Stone, Richard, 6, 57-58
Subsídios, 25, 49-55, 60-62, 64-65, 67, 81, 84, 87, 100, 102-104,
106-110, 120-122, 129, 150, 166, 211, 213, 306
Subsídios às exportações, 210-211, 213, 228
Superavit
em conta corrente, 185
em transações correntes, 49, 216
na balança comercial, 216
no balanço de pagamentos em transações correntes, 46
nominal (do governo), 126
Swaps, 180, 233
System of National Accounts (SNA)
em 1952, 67
em 1968, 33
em 1993, 33, 59, 63, 96, 128, 172
T
T4, 154-156
Tabela de recursos e usos – TRU (ver TRU)
Tarifa de importação, 210, 213, 228
Tarifas alfandegárias, 150, 211, 228
Taxa
de alfabetização de adultos, 350-351, 353
de analfabetismo, 351, 358
de câmbio real, 196-198, 208, 333
de câmbio nominal, 197, 206, 208, 227, 229
de desemprego, 78, 358, 364
de inflação (ver também inflação), 146-147, 248, 313, 320, 329-
330, 333
de lucro, 295
de matrículas, 250, 351, 353, 370
de mortalidade infantil, 346-349
de redesconto, 269, 287, 291
interna de juros, 210, 212, 228-229, 273
real de câmbio, 197-199, 206, 208, 227, 229, 232
real de crescimento, 137
Teoria
das expectativas racionais, 83, 91, 305
do bolo, 344
do equilíbrio geral, 254
do valor-trabalho, 77
do valor-utilidade, 77
dos jogos, 295
Geral, 4, 26, 76-77, 255
Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro, 4, 28, 76, 90
keynesiana, 6, 9-10, 76-77, 80-81, 84, 90, 92
macroeconômica, 4, 76, 172
monetária neoclássica, 3
neoclássica, 3, 77
ortodoxa, 83, 91
Títulos de renda fixa indexados, 147
Trabalho, 2-3, 7, 13, 16-17, 19-23, 29, 40, 45, 58, 62, 69, 73, 77-78,
81, 83, 110, 115, 120-123, 132, 146, 149, 157, 159, 169, 176,
190, 241, 250-251, 275, 352, 366, 374
Tradables, 150, 166
Transações
compensatórias, 181
econômicas, 3-4, 6-8, 66, 71, 86, 172-174, 176
Transferências
de assistência e previdência, 64-65, 306
de capital, 113, 115-116, 127, 131, 178
entre o país e o resto do mundo, 62-63
unilaterais, 60, 87, 176-178, 187, 189, 214-215, 226
Tributos estaduais, 51
Tributos municipais, 51
TRU (Tabela de Recursos e Usos), 69, 97-99, 103, 105, 121, 128-
131, 154, 167
U
Unidade
de conta, 242-248, 250-253, 255, 319, 325
de troca comum, 242, 250
monetária, 240, 284, 299, 322
produtiva, 14-16, 18-20, 27, 147
URV, 199, 205, 248, 319, 325, 377-379
Usos e destinos da renda, 41
V
Valor(es)
adicionado, 14-16, 18, 40, 46, 53, 67, 69-72, 85-86, 98-99, 102-
104, 108, 118-121, 128-129, 131, 147, 154, 157,
adicionado bruto, 99, 102, 104, 118-121
bruto da produção, 11, 16, 26, 28, 102-103, 106, 119, 130
nominal, 136, 138, 146-148, 166
real, 146, 148-149
Valorização
cambial (ver também Apreciação cambial), 195-196, 203-204,
210, 217, 228, 230, 320
nominal na taxa de câmbio, 195
Vargas, Getúlio, 6, 28, 57, 68, 93, 132, 158, 169, 232, 293, 315, 327
Variação
das reservas, 187
de estoques, 35-38, 40, 42-43, 48, 54-56, 60-61, 65-66, 78, 81,
84, 98, 103, 106, 112-113, 127, 154
nominal, 144-145, 197
real, 137, 143, 145
Variáveis agregadas, 2-4, 70, 153, 168
Velocidade de circulação da moeda, 299-300, 322, 326
Venda = compra, 8
Violência urbana, 349, 366
W
Walras, León, 3, 254
Apêndice estatístico
Apêndice A: Sistema Consolidado de Contas
Nacionais (até 1995)
Usos
Recursos [1.000.000
Operações e saldos [1.000.000
R$]
R$]
Conta 1 – Conta de
produção
Produção 1.155.223
539.152 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 89.570
Subsídios aos produtos 0
705.641 Produto Interno Bruto
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de produção
Produção 1.749.704
821.866 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 137.162
Subsídios aos produtos 0
1.065.000 Produto Interno Bruto
Conta 2 – Conta da renda
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de produção
Produção 2.002.412
980.764 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 161.947
Subsídios aos produtos [−]4.113
1.179.482 Produto Interno Bruto
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de produção
Produção 2.211.375
1.092.762 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 186.032
Subsídios aos produtos [−]2.509
1.302.136 Produto Interno Bruto
Conta 2 – Conta da renda
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de produção
Produção 2.536.772
1.263.643 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 204.982
Subsídios aos produtos [−]289
1.477.822 Produto Interno Bruto
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de produção
Produção 4.624.012
2.336.154 Consumo intermediário
Impostos sobre produtos 374.744
Subsídios aos produtos [−]1.258
2.661.344 Produto Interno Bruto
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
51.207 Exportação de bens e serviços
42.713 Exportação de bens
8.494 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 61.920
Importação de bens 46.617
Importação de serviços 15.303
10.713 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
55.421 Exportação de bens e serviços
46.802 Exportação de bens
8.619 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 70.606
Importação de bens 54.968
Importação de serviços 15.638
15.185 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
64.056 Exportação de bens e serviços
57.321 Exportação de bens
6.735 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 84.714
Importação de bens 66.585
Importação de serviços 18.130
20.658 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
100.229 Exportação de bens e serviços
87.545 Exportação de bens
12.685 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 115.191
Importação de bens 90.046
Importação de serviços 25.146
14.962 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
208.323 Exportação de bens e serviços
181.571 Exportação de bens
26.752 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 185.954
Importação de bens 145.261
Importação de serviços 40.693
[−]22.369 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
254.770 Exportação de bens e serviços
223.767 Exportação de bens
31.003 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 205.272
Importação de bens 159.608
Importação de serviços 45.664
[−]49.498 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
318.892 Exportação de bens e serviços
283.575 Exportação de bens
35.317 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 243.622
Importação de bens 194.696
Importação de serviços 48.926
[−]75.270 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Recursos Usos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
355.672 Exportação de bens e serviços
312.289 Exportação de bens
43.383 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 315.217
Importação de bens 246.316
Importação de serviços 68.901
[−]40.455 Saldo externo de bens e serviços
Usos Recursos
[1.000.000 Operações e saldos [1.000.000
R$] R$]
Usos
Recursos[1.000.000
[1.000.000 Operações e saldos
R$]
R$]
Conta 1 – Conta de bens e serviços do resto do mundo com a
economia nacional
355.653 Exportação de bens e serviços
303.130 Exportação de bens
52.523 Exportação de serviços
Importação de bens e serviços 360.847
Importação de bens 271.583
Importação de serviços 89.264
5.194 Saldo externo de bens e
serviços
Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e
transferências correntes do resto do mundo com a
economia nacional
Saldo externo de bens e 5.194
serviços
1.345 Remuneração dos 127
empregados
18.165 Rendas de propriedade 83.459
15.700 Juros 32.135
2.465 Dividendos 51.324
9.435 Outras transferências 2.753
correntes enviadas e
recebidas do resto do mundo
123 Cooperação internacional 519
9.312 Transferências correntes 2.234
diversas
62.588 Saldo externo corrente
Onde:
C – Preferência do público por papel–moeda
PMPP – Papel–moeda em poder do público
M1 – Meios de pagamento
D – Preferência do público por depósitos à vista
DV – Depósitos à vista
R1 – Taxa de encaixe em moeda corrente
CX – Encaixe de moeda corrente
R2 – Taxa de reservas bancárias
RB – Reservas bancárias
K – Multiplicador da base monetária
B – Base monetária
Apêndice F: Indicadores de Desenvolvimento
Humano
Tabela F.1 – Tendências do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) – 1980–2011
NOTAS
a. Um valor positivo indica uma melhoria na classificação.
b. Baseado em menos de metade dos países do grupo ou da região.
DEFINIÇÃO
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Um índice composto
que mede as realizações em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o
conhecimento e um padrão de vida digno. Consultar a Nota Técnica
1 para pormenores sobre o cálculo do IDH.
DEFINIÇÕES
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Um índice composto
que mede as realizações em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o
conhecimento e um padrão de vida digno. Consultar a Nota Técnica
1 para pormenores sobre o cálculo do IDH.
IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD): O valor do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) ajustado para desigualdades nas
três dimensões básicas do desenvolvimento humano. Consultar a
Nota Técnica 2 para pormenores sobre o cálculo do IDHAD.
Perda global: A perda no desenvolvimento humano potencial
devida à desigualdade, calculada como diferença percentual entre o
IDH e o IDHAD.
Índice de esperança de vida ajustado à desigualdade: O índice
de esperança de vida do IDH ajustado para a desigualdade na
distribuição do tempo de vida esperado, com base nos dados das
tabelas de vida listadas nas Fontes de dados principais.
Índice de educação ajustado à desigualdade: O índice de
educação do IDH ajustado para a desigualdade na distribuição dos
anos de escolaridade, com base nos dados dos inquéritos às
famílias listados nas Fontes de dados principais.
Índice de rendimento ajustado à desigualdade: O índice de
rendimento do IDH ajustado para a desigualdade na distribuição do
rendimento, com base nos dados dos inquéritos às famílias listados
nas Fontes de dados principais.
Taxa de rendimento por quintil: Relação entre o rendimento
médio dos 20% mais ricos da população e o rendimento médio dos
20% mais pobres da população.
Coeficiente de Gini de rendimento: Medida do desvio da
distribuição do rendimento (ou do consumo) entre indivíduos ou
famílias internamente a um país a partir de uma distribuição
perfeitamente igual. Um valor de 0 representa a igualdade absoluta,
um valor de 100 a desigualdade absoluta.
DEFINIÇÕES
Índice de Pobreza Multidimensional: Percentagem da população
que é multidimensionalmente pobre ajustada pela intensidade das
privações. Consultar a Nota Técnica 4 para pormenores sobre o
cálculo do Índice de Pobreza Multidimensional.
Contagem de pessoas com pobreza multidimensional:
Percentagem da população com uma pontuação de privações
ponderada de, pelo menos, 33%.
Intensidade de privação da pobreza multidimensional: A
percentagem média da privação sentida pelas pessoas em estado
de pobreza multidimensional.
População vulnerável à pobreza: Percentagem da população em
risco de sofrer privações múltiplas, ou seja, as pessoas com uma
pontuação de privações de 20–33%.
População em pobreza grave: Percentagem da população em
estado de pobreza multidimensional grave, ou seja, as pessoas com
uma pontuação de privações de 50% ou mais.
Proporção de pessoas multidimensionalmente pobres com
privações de água potável: Percentagem da população
multidimensionalmente pobre sem acesso a água potável a menos
de 30 minutos a pé das suas casas. A água potável é definida
segundo a definição do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio e
inclui: água canalizada até à casa, ao terreno ou ao quintal,
torneiras/fontanários públicos, poços/tubos de profundidade, poços
protegidos, nascentes protegidas, recolha de águas pluviais e água
engarrafada (se uma fonte disponível secundária for também
melhorada). Não inclui poços desprotegidos, nascentes
desprotegidas, água fornecida por carros com pequenos
tanques/bidões, água fornecida por caminhões-tanque, água
engarrafada (se a fonte secundária não for uma fonte melhorada) ou
água de superfície obtida directamente de rios, reservatórios,
regatos, lagos, represas ou canais de irrigação.
Proporção de pessoas multidimensionalmente pobres com
privações de saneamento melhorado: Percentagem da população
multidimensionalmente pobre sem acesso a uma instalação
sanitária melhorada. As instalações sanitárias melhoradas são
definidas segundo a definição do Objetivo de Desenvolvimento do
Milênio e incluem: autoclismos ligados a sistemas de esgotos
entubados ou tanques sépticos, latrinas de fossa melhoradas
ventiladas, latrinas de fossa com laje e sanitas de compostagem. As
instalações não são consideradas melhoradas quando são
partilhadas com outras famílias ou abertas ao público.
Proporção de pessoas multidimensionalmente pobres com
privações de combustíveis modernos: Percentagem da
população multidimensionalmente pobre sem acesso a combustíveis
modernos. As famílias são consideradas privadas de combustíveis
modernos se cozinham com madeira, carvão vegetal ou excremento
animal.
População abaixo de USD 1,25 em PPC por dia: Percentagem da
população que vive abaixo da linha internacional de pobreza de
USD 1,25 (em termos de paridade de poder de compra) por dia.
População abaixo da linha nacional de pobreza: Percentagem da
população que vive abaixo da linha nacional de pobreza, que é a
linha de pobreza considerada apropriada para um país pelas suas
autoridades. As estimativas nacionais baseiam–se em estimativas
ponderadas de subgrupos de população obtidas de inquéritos às
famílias