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Presidente:
Rodrigo Horochovski (UFPR - Brasil)
Membros do Conselho:
Anita Leocadia Prestes (Instituto Luiz Carlos Prestes - Brasil)
Claudia Maria Elisa Romero Vivas (Universidad Del Norte - Colômbia)
Fabiana Queiroz (UFLA - Brasil)
Hsin-Ying Li (National Taiwan University - China)
Ingo Wolfgang Sarlet (PUCRS - Brasil)
José Antonio González Lavaut (Universidad de La Habana - Cuba)
José Eduardo Souza de Miranda (Centro Universitário Montes Belos - Brasil)
Marilia Murata (UFPR - Brasil)
Milton Luiz Horn Vieira (UFSC - Brasil)
Ruben Sílvio Varela Santos Martins (Universidade de Évora - Portugal)
CO M I T Ê C I EN T Í F I CO DA Á RE A C I ÊN C I A S S O C I A I S A P LI CA DA S
CPCs EM QUESTÃO
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA
–
GERAL E AVANÇADA
VOLUME I
Livro Texto
Sandra Heck Paula Zettel
Editor-Chefe Capa
Everson Ciriaco Rodrigo Martins e Julia Caetano
Coordenador Editorial Revisão Editorial
Brenner Silva e Samuel Hugo Os autores
Diagramação e Projeto Gráfico Revisão de Texto
DOI: 10.31012/978-65-5016-385-3
ISBN 978-65-5016-385-3
www.aeditora.com.br
13
Jesus afirmou-lhe: “Quem beber dessa água terá
sede outra vez; 14 aquele, porém, que beber da água que Eu lhe
der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que Eu lhe der
tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna.”
INTRODUÇÃO
CPC. Convergência. Padrão. Normas internacionais. Brasil.
Capítulo 4
CPC 12 – Ajuste a
Valor Presente
Capítulo 5
CPC 16 – Estoques
Capítulo 6
CPC 27 – Ativo
Imobilizado
Capítulo 7
CPC 46 –
Mensuração do
Valor Justo
Estrutura Conceitual
Capítulo 1
Estrutura conceitual para relatório financeiro
CAPÍTULO 6 – MENSURAÇÃO
Bases de mensuração: custo histórico e valor corrente (valor justo, valor em uso, valor de realização
para o passivo e custo corrente).
A sequência correta é:
a) F, F, V, F.
b) F, V, F, V.
c) F, V, V, V.
d) V, F, F, V.
e) V, V, F, F.
Comentário: As informações nos relatórios contábeis são destinadas aos
usuários externos: investidores, financiadores e outros credores. Contudo,
a Estrutura Conceitual não prioriza a hierarquia, ou seja, não se fala em
usuários prioritários. As demais alternativas, que tratam do regime de
competência, propósitos do relatório financeiro e necessidades de infor-
mação, estão alinhadas à literalidade da Estrutura Conceitual.
Recurso econômico
presente controlado
pela entidade
Ativo Direito
Potencial de produzir
benefícios
econômicos
OBRIGAÇÃO
Recurso econômico
presente controlado
pela entidade
Ativo Direito
Potencial de produzir
benefícios
econômicos
Quando os gastos com o item não são recuperáveis, ou seja, não po-
dem produzir benefícios, tais gastos são lançados no resultado do exercício
como despesa. É o caso de estoques obsoletos pela tecnologia ultrapassada
ou por deterioração, que devem ser lançados contra o resultado, por não
gerarem benefícios (não poderão ser vendidos). Um exemplo de registro
da baixa de estoques obsoletos ou deteriorados é apresentado na sequência.
Considere que o estoque adquirido por $ 30.000,00 (produto pere-
cível) tenha sido atingido por umidade e se comprometido por completo.
A entidade deverá reconhecer esse ativo no resultado do exercício. O mes-
mo ocorreria se a entidade tivesse gastos com pesquisa de novo produto,
mas não conseguisse associar a esses gastos os benefícios futuros (CPC
04 – Ativo Intangível). No primeiro exemplo (estoques deteriorados), o
registro é apresentado como segue:
Contas Débito Crédito
Perdas por deterioração do estoque (resultado) R$ 30.000,00
a Estoque de mercadorias (ativo circulante) R$ 30.000,00
Recurso econômico
presente controlado
pela entidade
Ativo Direito
Potencial de produzir
benefícios
econômicos
OBRIGAÇÃO
Despesas
A sequência CORRETA é:
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, V, V.
d) V, F, F.
Comentário: De acordo com a nova versão da Estrutura Conceitual
divulgada pelo IASB todos os itens estão alinhados aos conceitos dos
elementos das demonstrações contábeis. Esses conceitos são tratados no
capítulo 4 da Estrutura Conceitual.
Contas Classificação
Capital a integralizar Patrimonial – retificadora do PL
Créditos a receber de diretores Patrimonial – ativo não circulante
Custo das mercadorias vendidas Resultado – despesa
Patrimonial – conta do passivo (enquanto não
Debêntures conversíveis em ações
convertidas em ações)
Patrimonial – retificadora do ativo (imóveis de
Depreciação acumulada de imóveis de uso
uso)
Descontos financeiros concedidos Resultado – despesa financeira
Férias a pagar Patrimonial – passivo circulante
Marcas e patentes Patrimonial – ativo intangível
Reservas de lucros a realizar Patrimonial – conta do PL
Vendas de sucatas (líquidas de ICMS) Resultado – outras receitas
Mudanças no + +
PL Contribuições de investidores menos Variação do capital social e
distribuições distribuições/destinações
= =
Balanço Patrimonial no final do exer-
cício
Patrimônio líquido final
Ativo menos passivos é igual a patrimô-
nio líquido
Quadro 2 – Como reconhecimento liga os elementos das demonstrações.
Fonte: O autor.
Reser- Lucros ou
Capital Ações em
Transações e saldos va de prejuízos Total
Social Tesouraria
Lucros acumulados
Saldos iniciais ? ? ? ? ?
6.3 Desreconhecimento
7. Capítulo 6 – Mensuração
Os elementos das demonstrações financeiras são quantificados
monetariamente, o que demanda a seleção de uma base de mensuração.
Essa base é um aspecto identificado do item que está sendo mensurado.
As bases de mensuração apresentadas pela estrutura conceitual são custo
histórico, valor justo, valor em uso, valor de realização (para o passivo) e
custo corrente. A aplicação da base cria uma medida para o ativo, passivo,
receitas e despesas.
A seleção de base de mensuração poderia resultar em diferentes ba-
ses para distintos ativos, passivos, receitas e despesas, quando consideradas
as características qualitativas da informação útil e as restrições de custos.
Às vezes, os padrões contábeis precisam descrever como implemen-
tar a base de mensuração selecionada (e.g. CPC 46 – valor justo). Essa
descrição inclui: 1) especificar técnicas a serem utilizadas para estimar
uma medida que se aplique a uma base de mensuração particular; 2) es-
pecificar uma abordagem de mensuração simplificada que é provável de
proporcionar informação similar àquela fornecida por uma base de men-
suração preferida; 3) explicar como modificar uma base de mensuração,
por exemplo, excluir o efeito da possibilidade de a entidade fracassar no
cumprimento da sua obrigação do valor de realização do passivo.
Valor justo
Com base nesse conceito, o valor justo reflete a perspectiva dos par-
ticipantes do mercado, aquele que a entidade tem acesso. A mensuração
do ativo ou obrigação é realizada usando as mesmas premissas que parti-
cipantes do mercado usariam na precificação do ativo ou passivo, se agis-
sem em seu melhor interesse econômico.
Há situações em que o valor justo é determinado diretamente pela
observação de preços do mercado, em outras, é preciso utilizar técnicas
para se chegar ao valor justo, como aquelas baseadas em fluxos de caixa.
Em todos os casos, é necessário que a mensuração reflita os seguintes
fatores: 1) estimativas de fluxos futuros de caixa; 2) variações possíveis
na quantia estimada ou tempo dos fluxos de caixa para o ativo ou passivo
mensurado, causadas pela incerteza inerente aos fluxos de caixa; 3) valor
do dinheiro no tempo; 4) o preço de tratar a incerteza inerente nos fluxos
de caixa (prêmio pelo risco ou desconto do risco), que depende da exten-
são da incerteza. Isso justifica o fato de os investidores pagarem menos
por um ativo que tem fluxos de caixa incertos se comparados a ativos cujos
fluxos de caixa são certos; 5) outros fatores, como liquidez, se os partici-
pantes levam em consideração esses fatores. Também é considerada a pos-
sibilidade de a contraparte fracassar no cumprimento de suas obrigações
com a entidade (risco de crédito) ou que a entidade poderia fracassar em
cumprir seus passivos (risco de crédito próprio).
Pelo fato de não ser derivado do preço da transação ou outro even-
to, o valor justo não é aumentado pelos custos de transação incorridos na
aquisição do ativo e não é reduzido pelos custos de transação incorridos
no passivo assumido ou incorrido. Adicionalmente, o valor justo não re-
flete os custos de transação que seriam incorridos na disposição última do
ativo (alienação) e na transferência ou pagamento do passivo.
Valor em uso
Valor de realização
Custo corrente
8.3 Classificação
Natureza do
Contas Saldo
Saldo
Patrimoniais – Ativo Devedora R$ 153.425,00
Caixa Devedora R$ 17.400,00
Duplicatas a Receber Devedora R$ 32.550,00
Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação
Credora (R$ 875,00)
Duvidosa
Mercadorias para Revenda Devedora R$ 32.325,00
Máquinas e Equipamentos de Uso Devedora R$ 77.650,00
Depreciação Acumulada Credora (R$ 5.625,00)
Patrimoniais - Passivo Credora R$ 19.725,00
Natureza do
Contas Saldo
Saldo
Assinale:
a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
b) Se somente a afirmativa II estiver correta.
c) Se somente a afirmativa III estiver correta.
d) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentário: O lucro líquido é apresentado na Demonstração do
Resultado e consta também na Demonstração dos Fluxos de Caixa (ex-
plicitamente) quando elaborada pelo método indireto. Contudo, a parte
à vista do lucro não necessariamente estará no subgrupo disponibilidades
do ativo circulante do balanço patrimonial. Os ativos que representam a
outra face do lucro do exercício podem ser investidos em diversos grupos
(despesas antecipadas, imobilizado, direitos de longo prazo, intangível,
estoques). Por exemplo, com os recursos de uma venda de mercadoria
à vista é possível adquirir imobilizados (a parte à vista não estará mais
em disponibilidade). O lucro líquido tem, geralmente, dois destinos: di-
videndos propostos (passivo) e constituição de reservas (patrimônio lí-
quido). As notas explicativas podem ser complementares às informações
das demonstrações contábeis, mas são obrigatórias nos casos previstos
no CPC 26, apresentando aspectos qualitativos e quantitativos dos fe-
nômenos patrimoniais. Segundo o item 112 do CPC 26, as notas expli-
cativas devem: a) apresentar informação acerca da base para a elaboração
das demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utiliza-
das; b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,
Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis; e c) prover informação adicional que não te-
nha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que seja relevante
para sua compreensão.
A destinação do lucro consta na Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido (DMPL); na DRE consta a composição do lucro
(receitas menos despesa).
Capital físico
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 1, 3, 2, 4.
c) 3, 1, 4, 2.
d) 3, 4, 1, 2.
A sequência CORRETA é:
a) F, V, V.
b) F, F, V.
c) V, F, F.
d) V, V, F.
PORQUE
II. “Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-
-se atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica
e não apenas para sua forma legal.”
Reconhecimento, Mensuração e
Divulgação de Ativosos
Capítulo 2
CPC 01: Redução ao valor recuperável de ativos
Termos Definição
Montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da
Valor contábil dedução da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumu-
lada e ajuste para perdas.
Menor grupo identificável de ativos que gera entradas de caixa, en-
Unidade Geradora de
tradas essas que são em grande parte independentes das entradas de
Caixa (UGC)
caixa de outros ativos ou outros grupos de ativos.
Ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade futura (goo-
dwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de
Ativos corporativos
caixa futuros tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto
de outras unidades geradoras de caixa.
Despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda ou à baixa de
Despesas de venda ou
um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despe-
de baixa
sas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.
Valor depreciável, Custo de um ativo, ou outra base que substitua o custo nas demons-
amortizável e exaurível trações contábeis, menos seu valor residual.
Depreciação, amorti- Alocação sistemática do valor depreciável, amortizável e exaurível de
zação e exaustão ativos durante sua vida útil.
Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago
Valor justo pela transferência de um passivo em uma transação não forçada en-
tre participantes do mercado na data de mensuração.
Termos Definição
Montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade
Perda por desvalorização
geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Maior montante entre o valor justo líquido de despesa de venda e o
Valor recuperável
valor em uso de um ativo ou uma unidade geradora de caixa.
(a) O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar
um ativo; ou
Vida útil
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes
que a entidade espera obter do ativo.
Valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir
Valor em uso
de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Quadro 3 – Termos e definições do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
Fonte: O autor.
VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
Maior valor entre:
DIVULGAÇÃO
Base do valor recuperável (valor justo ou valor em uso), montante de perdas por desvalorização e
de reversão de perdas, premissas do valor justo e do valor em uso, projeções de fluxos de caixa de
ativos/UGCs, taxa de desconto e de crescimento dos fluxos de caixa, hierarquia de valor justo e
técnicas de avaliação, informações goodwill e sobre intangíveis com vidas úteis indefinidas.
2. Sinais da desvalorização de ativo
Entende-se que o ativo ou unidade geradora de caixa está desvalo-
rizado quando seu valor contábil (geralmente, a diferença entre o custo e
a depreciação/amortização/exaustão acumulada) é superior ao seu valor
recuperável, ou seja, o maior entre o valor justo líquido de despesa de alie-
nação e o valor de uso. Nesse caso, é preciso aplicar o teste de recuperabi-
lidade do ativo, que implica em identificar o valor justo líquido de despesa
de alienação ou o valor de uso, a depender das características de operação
do ativo e da intenção da entidade para com o ativo.
Para os ativos em geral, a cada final de período de divulgação das
demonstrações contábeis (período de reporte), a entidade deve avaliar se
há sinais de irrecuperabilidade do ativo ou da unidade geradora de caixa.
Contudo, para os ativos intangíveis de vidas úteis indefinidas ou ainda
não disponíveis para uso (e.g. ativo em desenvolvimento) e para o ágio por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), o teste de recuperabilidade
deve ser feito no mínimo anualmente, de forma consistente (no mesmo
período), ainda que não haja sinais de desvalorização.
A materialidade deve ser considerada na exigência de teste para os
ativos intangíveis, pois, havendo cálculos prévios que indiquem não existir
desvalorização, é dispensável a nova estimativa do valor recuperável do
ativo – desde que: 1) eventos relevantes envolvendo o ativo não tenham
ocorrido no período a ponto de indicarem que o valor contábil é superior
ao recuperável; 2) os ativos estão vinculados à unidade geradora de caixa,
ou seja, não geram entradas de caixa decorrentes do uso contínuo, que
são, em grande parte, independentes das de outros ativos; 3) os cálculos
prévios recentes identifiquem valor que excede substancialmente o valor
contábil dos ativos.
Antecedem o teste de recuperabilidade do ativo ou da unidade ge-
radora de caixa, indicações de desvalorização, dentre elas as elencadas no
quadro 4 por fontes:
Fontes Sinais de desvalorização do ativo ou UGC
Indicações observáveis de redução do valor acima do normal da atividade
Mudanças com efeitos adversos passados ou futuros sobre a entidade (e.g.
mudanças no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou legal) que
Fontes externas envolva o ativo
Aumentos nas taxas de retorno de investimento do mercado que leva a
aumento da taxa de desconto e consequente redução do valor recuperável
Valor contábil do PL superior ao valor das ações no mercado
Evidências de obsolescência ou dano de um ativo
Mudanças com efeito adverso sobre a entidade e as consequências internas
Fontes internas (e.g. inatividade/ociosidade do ativo, planos para descontinuidade ou rees-
truturação, planos para baixa antecipada de ativo, reavaliação da vida útil
como finita em vez de infinita
Quando a investidora reconhece dividendo de investimentos em contro-
lada, empreendimento controlado em conjunto ou coligada, e existe evi-
dência de que: a) o valor contábil do investimento (custo mais ágio, menos
Dividendo de
deságio) na investidora excede o valor contábil dos ativos líquidos (PL) da
investidas
investida. Igualmente, há sinais de desvalorização do investimento quando
o dividendo excede o total de lucro abrangente dessas investidas quando o
dividendo é declarado.
Quadro 4 – Sinais de desvalorização do ativo ou UGC.
Fonte: O autor.
Imobilizado $ 800.000
Máquinas e equipamentos (mina de ouro) $ 1.800.000
(-) Perdas por irrecup.de ativo (mina de ouro) ($ 1.000.000)
Passivo
Provisões para remoções e limpeza do local $ 950.000
Mantido esse cenário, realizada a venda do ativo e as obrigações fi-
nanceiras (pagamento), baixar-se-á $ 800.000 da Provisão para remoções
e limpeza do local, a crédito do disponível – remanescendo obrigações
com remoção e limpeza do local no valor de $ 150.000. Ou seja, a for-
ma de evidenciação adotada indica que se o ativo for vendido, paga-se $
800.000 das obrigações de descontinuidade (remoção e limpeza), restan-
do $ 150.000 para serem pagas com outros ativos da entidade.
Hipótese 2: o valor recuperável considera as obrigações com o ati-
vo e a entidade compradora assume o passivo. Isso significa que o va-
lor recuperável apresentará valor negativo, ou uma obrigação ($ 950.000
- $ 800.000 = $ 150.000). Assim, seria considerado um montante de $
1.800.000 em “Perdas por irrecuperabilidade do ativo” e os $ 150.000
como provisão remanescente no passivo. O ativo líquido ficará com $ 0 de
valor contábil ($ 1.800.000 - $ 1.800.000). Os registros neste caso serão:
Passivo
Provisões para remoções e limpeza do local $ 150.000
Saldos contábeis:
2 Ágio por expectativa de rentabilidade futura é a diferença positiva entre o custo de aquisição
de um investimento e a participação no valor justo dos ativos líquidos da investida. Exemplo: a
entidade A compra 60% da entidade B por $ 200.000. O PL da entidade B é $ 300.000. O valor
patrimonial do investimento é $ 180.000 ($ 300.000 x 60%). O PL da entidade B com base no
valor justo dos ativos é $ 320.000. Assim, o investimento é acrescido da $12.000 (mais-valia dos
ativos) passando para $ 192.000. Portanto, o ágio por expectativa de rentabilidade futura é $ 8.000,
ou seja, o custo de aquisição menos a participação no valor justo dos ativos líquidos: $ 200.000 – $
192.000 [desconsiderando-se os efeitos tributários].
há dificuldades para alocar o ágio às unidades geradoras de caixa indivi-
duais, sendo alocado a grupos de unidades de caixa.
Pode ocorrer de a entidade se desfazer de operação dentro da uni-
dade geradora de caixa que contenha ágio. Nesse caso, a regra geral é a
associação proporcional do ágio à parcela do valor contábil da operação
baixada e o valor contábil da operação em continuidade.
O CPC 01 exemplifica essa situação. Uma entidade vende por $
100 uma operação dentro de uma unidade geradora de caixa que continha
ágio por expectativa de resultado futuro. O ágio não pode ser alocado
consistentemente a cada parte (descontinuada x continuada). O valor re-
cuperável da parte continuada (remanescente) da UGC é $ 300. Assim,
o ágio pode ser alocado ao valor contábil da parte descontinuada da se-
guinte forma: 100 / (100 + 300) = 25%. Um quarto do ágio reconhecido
na unidade geradora de caixa é incluído no valor contábil da operação
vendida. O mesmo raciocínio se aplica na reorganização da entidade (e.g.
cisão) em que o ágio nos ativos da unidade original é alocado às novas
unidades criadas.
O teste de recuperabilidade deve ser realizado anualmente para a
unidade geradora de caixa a qual tenha sido alocado o ágio por expectativa
de rentabilidade futura. O teste considera o valor contábil e recuperável
da unidade mais o ágio. Se o valor contábil da unidade mais o ágio for
superior ao valor recuperável deles, deve ser registrada a perda por des-
valorização dos ativos. Segundo o item 104 do CPC 01, essa perda deve
ser alocada para reduzir primeiramente o ágio por expectativa de renta-
bilidade futura e, depois, o valor contábil dos ativos da unidade. A lógica
dessa sistemática reside em considerar que a expectativa de rentabilidade
dos ativos adquiridos em combinação de negócios pode ser reduzida por
diversos fatores de mercado e internos, e também deixar de existir em de-
terminado momento. Por outro lado, os demais ativos da unidade deman-
daram custos de aquisição/construção (e.g. imobilizados) e continuariam
sendo utilizados na atividade.
O CPC 01 prevê a realização consistente do teste anual de recu-
perabilidade para unidade geradora de caixa que tenha ágio (goodwill)
alocado no mesmo período do ano. No ano da combinação de negócios
que gerou o ágio alocado à UGC a entidade deve proceder ao teste de
recuperabilidade antes do final do exercício corrente.
O teste para redução ao valor recuperável deve ocorrer na seguinte or-
dem: ativo da unidade, unidade geradora de caixa, grupo de unidades gera-
doras de caixa. Isso significa que se houver sinais de que um ativo da unidade
está desvalorizado dentro de uma unidade geradora de caixa que contenha o
ágio por expectativa de rentabilidade futura, a entidade deve realizar o teste
com o ativo individual e, depois, com a unidade geradora de caixa.
A materialidade também é aplicável no teste de ativo com ágio (goo-
dwill). Cálculos recentes detalhados podem ser utilizados no teste, desde
que não tenham ocorrido mudanças significativas nos ativos e passivos
envolvidos, que o valor contábil seja substancialmente inferior ao valor
recuperável e que a análise de eventos e circunstâncias corroborem a pro-
babilidade remota de irrecuperabilidade do valor contábil.
Equipamentos de
$ 1.100.00 22,92% $ 45.840 $ 1.054.160
testes/análises
Móveis e utensílios $ 150.000 3,12% $ 6.240 $ 143.760
Refrigeradores $ 750.000 15,62% $ 31.240 $ 718.760
Subtotal 4.800.000 100,00% $ 200.000 $ 4.600.000
Ágio por expectativa de
$ 100.000 - $ 100.000 $0
rentabilidade futura
Total 4.900.000 - $ 300.000 $ 4.600.000
Quadro 7 – Alocação das perdas ao ágio e, proporcionalmente, aos ativos.
Fonte: O autor.
Divulgações
Montante do reconhecimento e da reversão das perdas por desvalorização e
linha de inclusão na DRE
Montante do reconhecimento e da reversão das perdas por desvalorização de
ativos reavaliados reconhecidos em outros resultados abrangentes
Eventos ou circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou reversão de per-
das por desvalorização
Premissas para determinar o valor recuperável de ativo e unidade geradora de
caixa
O valor contábil do ativo intangível com vida útil indefinida alocado à UGC
ou grupos
A base sobre o qual o valor recuperável da unidade com ágio (goodwill) e/ou
ativo intangível de vida útil indefinida tenha sido determinado (valor justo, va-
lor em uso)
Se o valor recuperável de unidade com ágio ou ativo intangível de vida útil
Só para indefinida for o valor em uso, divulgação:
UGC a) das premissas-chave para as projeções de fluxos de caixa
b) se os valores de fluxos de caixa estão baseados em experiência passada ou em
fontes externas
c) do período adotado para projeções aprovadas pela administração e justifica-
tivas se for maior que cinco anos
d) da taxa de crescimento utilizada para as projeções de fluxos de caixa e jus-
tificativas
e) a taxa de desconto aplicada às projeções de fluxos de caixa.
Se o valor recuperável de unidade com ágio ou ativo intangível de vida útil
indefinida for o valor justo, divulgação:
a) do nível de hierarquia de valor justo adotado e técnicas de avaliação utilizadas
b) das premissas-chave para determinar o valor justo
c) se os valores de fluxos de caixa estão baseados em experiência passada ou em
fontes externas
d) das mudanças nas técnicas de avaliação do ativo (se houver) e as razões.
Outras divulgações quando o valor do ágio (goodwill) alocado a cada unidade
geradora de caixa não é significativo em relação ao total do ágio nas múltiplas
unidades...
Quadro 8 – Divulgação sobre redução ao valor recuperável de ativos.
Fonte: O autor.
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 3.
b) 2, 1, 3.
c) 3, 2, 1.
d) 3, 1, 2.
CARACTERÍSTICAS DO INTANGÍVEL
Item incorpóreo, direitos
contratuais/legais/não formais, vida útil
longa, usado na manutenção da MENSURAÇÃO DO INTANGÍVEL
atividade, vida útil definida ou Custos aquisição/geração até estar
indefinida. disponível em condições de uso; valor
justo (combinação de negócios); valor
justo ou nominal
FORMAS DE AQUISIÇÃO (subvenções/assistências
Aquisição: separada; em combinação governamentais).
de negócios; subvenções ou assistência
governamentais; permutas; ágio de
expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) adquirido (balanço TESTE DE IMPAIRMENT
consolidado); gerados internamente. Teste periódico de recuperabilidade do
ativo: a cada final de exercício e quando
houver sinais de irrecuperabilidade do
AMORTIZAÇÃO ativo, conforme CPC 01 – Redução ao
Reconhecida como despesa do valor Recuperável dos Ativos
exercício ou custo de formação de
outros ativos;
Métodos: linha reta, saldos
decrescentes, volume de produção...
DIVULGAÇÃO
Especificação da vida útil (definida/indefinida); ativos
gerados internamente e os demais; método, valor e taxas
de amortização; restrições dos ativos; valor residual;
ativos mantidos para venda; perdas do ativo no PL e no
resultado; amortização acumulada; variações nos
intangíveis e nas vidas úteis durante o ano...
Uma descrição dos principais termos e conceitos abordados no
CPC 04 é apresentada no quadro 9.
Termos Conceitos
Alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo
Amortização
da sua vida útil.
Recurso (a) controlado por uma entidade como resultado de eventos
Ativo passados; e (b) do qual se espera que resultem benefícios econômicos
futuros para a entidade.
Valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço patrimonial após a
Valor contábil
dedução da amortização acumulada e da perda por desvalorização.
Montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de
qualquer outra remuneração dada para adquirir um ativo na data da
Custo sua aquisição ou construção, ou ainda, se for o caso, o valor atribuído ao
ativo quando inicialmente reconhecido de acordo com as disposições
específicas de outro Pronunciamento.
Custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu
Valor amortizável
valor residual.
Aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em
um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, pro-
Desenvolvimento
dutos, processos, sistemas ou serviços novos ou substancialmente apri-
morados, antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.
Valor presente dos fluxos de caixa que uma entidade espera (1) obter
Valor específico para a
com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida
entidade
útil ou (2) incorrer para a liquidação de um passivo.
Valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade gera-
Perdas por desvalori-
dora de caixa excede seu valor recuperável (CPC 01 - Redução ao Valor
zação
Recuperável de Ativos).
Ativo intangível Um ativo não monetário identificável sem substância física.
Aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em
Ativo monetário
dinheiro.
Investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir
Pesquisa
novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.
Valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após
Valor residual deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e
a condição esperadas para o fim de sua vida útil.
(a) O período no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes
Vida útil
que a
entidade espera obter pela utilização do ativo.
Quadro 9 – Termos e conceitos do CPC 04 – Ativo Intangível.
Fonte: O autor.
1) (FBC – Exame de Suficiência – Bacharel em Ciências Contábeis
– 2ª Edição – 2014) De acordo com a NBC T 16 – Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, especificamente à Depreciação,
Amortização e Exaustão, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Depreciação é a redução do valor dos bens tangíveis pelo desgaste
ou perda da utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
II. Valor residual é o montante líquido que a entidade, com razoá-
vel segurança, espera obter por um ativo no fim de sua vida útil
econômica, deduzidos os gastos esperados para sua alienação.
III. Amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de di-
reitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intan-
gíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo
objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratual-
mente limitado.
IV. Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na
Contabilidade, em determinada data, deduzido da correspon-
dente depreciação, amortização ou exaustão acumulada.
A sequência CORRETA é:
a) F, F, F, V.
b) F, V, F, V.
c) V, F, V, F.
d) V, V, V, V.
Comentário: A depreciação é o desgaste de bens corpóreos, que impli-
ca em redução da utilidade do bem e do seu valor contábil, seja por uso,
obsolescência ou ação da natureza (Item I – Verdadeiro). Valor residual
é o montante líquido que a entidade, com razoável segurança, espera
obter por um ativo no fim de sua vida útil econômica, deduzidos os gas-
tos esperados para sua alienação (Item II – Verdadeiro). A amortização
é a redução do valor contábil de direitos (inclusive ativo intangível) com
vida útil limitada (prazos legais/contratuais de uso do ativo) reconhecida
como despesa do exercício ou custo da formação de outros ativos (Item
III – Verdadeiro). O Valor líquido contábil é o valor do bem deduzido da
depreciação/amortização/exaustão acumulada e das perdas por desvalori-
zação do ativo (Item IV – Verdadeiro). A questão não menciona “perdas
por desvalorização”, que também é conta retificadora do ativo, mas o item
foi considerado correto.
5. Divulgação
5.1 Planificação
Uma proposta de planificação do intangível (plano de contas), com
base na literatura (GELBCKE et al., 2018; SANTOS; SCHMIDT, 2011)
e no CPC 04, é apresentada em seguida:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
(...)
Ativo intangível
Ativos em operação
Marcas
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Títulos de periódicos
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Softwares
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Licenças e franquias
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Direitos autorais (livros e manuais)
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Direitos autorais (produção artística, CDs, filmes)
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Direitos de propriedade industrial
( - ) Amortização acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Ativos em desenvolvimento
Projeto de desenvolvimento do produto X
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Projeto de desenvolvimento do produto Y
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
5.2 Divulgação
A divulgação exigida pelo CPC 04 deve ser atendida por classe de
ativos intangíveis, ou seja, a reunião de itens que tenham operação e vida
útil similares:
Tipo Informações
Especificação da vida útil (se definida ou indefinida)
Conciliação do valor contábil no início e fim do período
Adições, separadas por: ativos gerados internamente, adquiridos e resultantes de
combinação de negócios
Ativos reclassificados como mantidos para venda
(vida útil definida e indefinida)
nio Líquido
mulada
Rubrica da DRE usada para lançar a amortização
Amortizações no período
Natureza e valor das variações nas estimativas da vida útil
Natureza e valor das variações nas estimativas do método de mensuração
Natureza e valor das variações nas estimativas do valor residual
Descrição, valor contábil e prazo de amortização restante do intangível individual
relevante.
Quadro 13 – Informações a divulgar sobre intangíveis.
Fonte: O autor.
Para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, a entidade deve
descrevê-los, bem como indicar as justificativas para ausência de vida útil
determinada.
Adicionalmente, a entidade deve divulgar os gastos com pesquisa e
desenvolvimento reconhecidos como despesas do exercício, por não pre-
encherem os requisitos de ativo intangível. O CPC 04 também encoraja a
divulgação: sobre ativo intangível em operação, mas que já está totalmente
amortizado; e dos intangíveis controlados pela entidade, mas que não fo-
ram reconhecidos por não preencherem os requisitos do Pronunciamento
ou porque foram adquiridos/gerados antes deste CPC.
1. Objetivo e alcance
O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente (CPC, 2008) – visa estabelecer
os requisitos para apuração do Ajuste a Valor Presente (AVP) de elemen-
tos do ativo e passivo, por ocasião da elaboração das demonstrações contá-
beis. O CPC 12 é aplicável quando outros pronunciamentos não definem
procedimentos específicos que tratem do ajuste a valor presente dos fluxos
de caixa de ativo ou passivo.
O ajuste a valor presente preserva a premissa geral de que: ativos não
podem constar com valor superior aos benefícios que possam gerar, e os
passivos devem constar pelo montante de caixa que seria despendido para
cobertura da obrigação, ambos na data do Balanço. O uso de informações
com base no valor presente corrobora o incremento do valor preditivo da
Contabilidade, conforme item 2 do CPC 12. A relevância da informação
contábil é valorizada quando informações a valor presente são registradas
oportunamente, na data da transação.
Adicionalmente, o CPC 12 se atenta para a característica “confia-
bilidade” das informações sobre o valor presente. Em algumas situações,
é preciso tratar com estimativas e julgamentos de fluxos de caixa, taxa
e riscos. Nesses casos, torna-se necessário o emprego da neutralidade, a
ponto de terceiros independentes conseguirem confirmar as estimativas
com razoabilidade.
O Pronunciamento trata de mensuração de elementos contábeis
(ativo, passivos, receitas etc.), em contraposição ao reconhecimento. A
mensuração envolve aspectos relacionados ao “por quanto mensurar”; já o
reconhecimento, segundo o CPC 00, é o processo para incorporar um item
ao Balanço ou DRE (ativo, passivo, receita, despesa), desde que se enquadre
na definição de um elemento e que satisfaça os critérios de reconhecimento.
Com base no CPC 12, a mensuração de ativos e passivos deve ser
realizada a valor presente no reconhecimento inicial. A mensuração ocor-
rerá em momentos posteriores ao reconhecimento inicial quando houver
nova medição de ativos e passivos, como ocorre no caso de renegociação
de dívida, em que as características do acordo são revistas.
Aplica-se
à/ao:
Considera:
Ano 1
Contas Débito Crédito
Ajuste a valor presente (retificadora de Clientes) $ 4.400
a Receita financeiras (juros) $ 4.400
Disponível $ 40.000
a Clientes $ 40.000
Ano 2
Contas Débito Crédito
Ajuste a valor presente (retificadora de Clientes) $ 2.264
a Receita financeiras (juros) $ 2.264
Disponível $ 40.000
a Clientes $ 40.000
Para o comprador o registro do veículo é realizado como segue:
Contas Débito Crédito
Veículos $ 73.336
Encargos financeiros a apropriar (retificadora do passivo) $ 6.664
a Financiamento de veículos (passivo) $ 80.000
Nos dois anos do financiamento do veículo, o comprador reco-
nhecerá no passivo o aumento da obrigação para com o fornecedor. A
apropriação das despesas de juros e os pagamentos das parcelas constam
nos lançamentos:
Ano 1
Contas Débito Crédito
Despesas financeiras (juros) $ 4.400
a Encargos financeiros a apropriar (retificadora do passivo) $ 4.400
Financiamento de veículos (passivo) $ 40.000
a Disponível $ 40.000
Ano 2
Contas Débito Crédito
Despesas financeiras (juros) $ 2.264
a Encargos financeiros a apropriar (retificadora do passivo) $ 2.264
Financiamento de veículos (passivo) $ 40.000
a Disponível $ 40.000
3 Obrigações decorrente das ações da entidade em que tenha indicado a outras partes que aceitará
responsabilidades específicas, seja mediante padrão estabelecido de práticas passadas, políticas
divulgadas ou declaração específica. Na obrigação não formalizada, a entidade cria expectativa
em outras partes de que cumprirá as responsabilidades assumidas, independentemente de lei ou
contrato (CPC 25, item 10).
crítico, sensibilidade e experiência nas conduções dos cálculos que envol-
vem a determinação do valor presente. Os passivos não contratuais são
obrigações não legais, que podem se originar de limitações éticas ou mo-
rais (e.g. restaurar uma região após a exploração do produto, mesmo que
lei não o exija) ou de práticas ou costumes (e.g. garantias estendidas de
produtos, quando a prática do mercado o faz, sem lei que as determine).
O ajuste a valor presente deve ser realizado tanto em passivos con-
tratuais ou legais quanto em passivos não contratuais, considerando a taxa
de desconto e o risco de crédito da entidade. A taxa de desconto utilizada
nos cálculos do valor presente é aquela antes dos tributos.
Em determinadas situações, o ajuste a valor presente implica tam-
bém em ajustes simultâneos no ativo, como no caso de aquisição de esto-
ques e imobilizado a prazo, com juros materiais embutidos nas obrigações
e nos ativos.
Exemplo de registro a valor presente no momento da transação. O
Anexo do CPC 12, em sua questão 5 apresenta um exemplo, transcrito a
seguir em sua essência, com acréscimos envolvendo os registros contábeis.
Considere uma operação de venda com prazo de seis meses para recebi-
mento. O valor a prazo é $ 100 e o ICMS sobre a venda é 10% ($ 10). Se a
venda for à vista, o valor será de $ 80, e o ICMS de $ 8. Há nesse exemplo
uma operação de financiamento, cujo custo para o comprador é de $ 20.
A contabilização na entidade vendedora no ato da transação, se a
venda for a prazo é:
Contas Débito Crédito
Clientes $ 100
a Ajuste a valor presente (retificadora de Clientes) $ 20
a Receita de vendas $ 80
ICMS s/ venda (deduções vendas) $8
Despesa com ICMS a apropriar (ativo circulante) $2
a ICMS a recolher $ 10
A conta ‘Despesa com ICMS a apropriar’ é classificada no ativo cir-
culante e preenche os critérios de despesa antecipada, tendo em vista que
a parcela de despesa com ICMS sobre a receita financeira somente existirá
quando essa receita for reconhecida (prazo do financiamento a clientes).
Com o decurso do tempo (em cada mês), a entidade reconhe-
ce a receita financeira (juros), que aumenta o valor contábil de Clientes.
Adicionalmente, parcela do ICMS ($ 2) se refere à receita financeira, pois
foi cobrada sobre os juros ativos ($ 20). Os lançamentos ao final do sexto
mês são resumidos em seguida.
Contas Débito Crédito
Ajuste a valor presente (retificadora de Clientes) $ 20
a Receita financeiras (juros) $ 20
ICMS s/ receita financeira (resultado financeiro) $2
a Despesa com ICMS a apropriar (ativo circulante) $2
O ICMS é calculado sobre o valor da venda à vista mais os juros
cobrados (venda a prazo), no ato da venda, independentemente de quan-
do a operação será recebida. Neste caso, parte do ICMS ($ 20 x 10% =
$ 2) representa resultado financeiro, já que incide sobre os juros cobra-
dos na venda, portanto, na DRE deve ser tratado no grupo “Resultado
Financeiro”. O Quadro 3, com duas abordagens à DRE, é apresentado em
seguida na perspectiva do vendedor:
ICMS sem segregação $ ICMS com segregação $
Receita de vendas 80 Receita de vendas 80
( - ) Deduções de vendas – ( - ) Deduções de vendas –
(10) (8)
ICMS ICMS
= Receita Líquida 70 = Receita Líquida 72
( - ) CMV (50) ( - ) CMV (50)
= Lucro bruto 20 = Lucro bruto 22
(+/-) Resultado Financeiro 20 (+/-) Resultado Financeiro 18
Receita Financeira 20 Receita Financeira 20
Despesa Financeira (0) ICMS s/ receita financeira (2)
= Lucro antes do IR/CSL 40 = Lucro antes do IR/CSL 40
Quadro 3 – Tratamento do ICMS com elemento financeiro – perspectiva do vendedor.
Fonte: O autor.
4 O valor contábil é a diferença entre o valor de face de contas a receber e os juros ativos a
apropriar.
O valor presente na data em que foi efetuada a transação de finan-
ciamento é de, aproximadamente:
a) R$ 277.778.
b) R$ 282.914.
c) R$ 283.120.
d) R$ 294.231.
Comentário: São duas parcelas no financiamento, cada uma de R$
150.000,00. Essas parcelas devem ser trazidas a valor presente na data
da operação. A primeira parcela tem juros correspondentes a um ano; a
segunda tem juros de 2 anos.
Com base na fórmula do valor presente, é possível identificar os valo-
res presentes das duas parcelas e somá-los para encontrar o total solicitado:
VP = VF / (1 + i)n, em que:
VP é o valor presente buscado; VF é o valor futuro da parcela; i é a
taxa de juros; e n representa o período/tempo do financiamento do bem.
Inserindo os valores para cada uma das parcelas, têm-se:
VP1ª = R$ 150.000,00 / (1,04)1 = R$ 144.230,80.
VP2ª = R$ 150.000,00 / (1,04)2 = R$ 138.683,43.
O valor presente total é a soma das parcelas 1 e 2 trazidas a valor
presente: R$ 144.230,80 + R$ 138.683,43 = R$ 282.914,23.
Fluxo Caixa
Ano Entradas Saídas Valor Presente
Líquido
2013 R$ 320.000,00 R$ 78.000,00 R$ 242.000,00 $ 242.000,00 / (1,10)1 = $ 220.000,00
2014 R$ 346.200,00 R$ 80.000,00 R$ 266.200,00 $ 266.200,00 / (1,10)2 = $ 220.000,00
2015 R$ 632.400,00 R$ 100.000,00 R$ 532.400,00 $ 532.400,00 / (1,10)3 = $ 400.000,00
VP em 31.12.2012 $ 840.000,00
3. Divulgação
A entidade deve divulgar informações que caracterizem o elemento
objeto de mensuração a valor presente, incluindo:
1) descrição do objeto, natureza dos fluxos de caixa (se contratuais/
legais ou não contratuais), inclusive valor de entrada cotado no mercado
(se aplicável);
2) informações sobre as premissas em torno dos fluxos de caixa es-
timados, taxas de juros por prêmios incorporados e por fatores de riscos,
montantes de fluxos de caixa estimados, tempo dos fluxos de caixa, proba-
bilidades associadas aos fluxos de caixa;
3) os modelos aplicados para cálculos dos riscos e fluxos;
4) descrição do método de alocação dos descontos e procedimento
para acomodar as mudanças de premissas da administração;
5) propósito para medição do valor presente (se para reconhecimen-
to inicial ou nova medição).
Período 0 1,00000
Período 1 0,90909
Período 2 0,82645
Período 3 0,75131
Período 4 0,68301
Considerando a NBC TG 12 – AJUSTE A VALOR
PRESENTE, a NBC TG 30 – RECEITAS e as informações apre-
sentadas, o valor da receita com vendas desse equipamento, em
31.12.2015, é de, aproximadamente:
a) R$ 30.431.250,00.
b) R$ 26.028.388,13.
c) R$ 24.180.159,39.
d) R$ 22.389.586,88.
1. A 2. B 3. C 4. B 5. A 6. A 7. D 8. C
Capítulo 5
CPC 16: Estoques
Por ocasião da venda, os custos escriturados dos estoques são transferidos para
Estoques
o resultado como despesas do exercício (se não forem incorporados na
como despesa
formação de outros ativos).
Analisando as alternativas:
a) O CMV pelo PEPS, considerando a venda de 80 unidades em
15/05 e de 180 unidades em 23/05: (50 x R$ 200,00) + (30 x
R$ 210,00) + (120 x R$ 210,00) + (60 x R$ 220,00) = R$ 42.820,00;
b) Estoque após a primeira venda, pela média ponderada. Foram
vendidas 80 unidades, permanecendo 120 unidades em estoque.
O custo médio antes da venda era: (R$ 10.000,00 + R$ 31.500,00)
/ 200 unidades = R$ 207,50. Assim, o estoque remanescente estava
avaliado por: 120 x R$ 207,50 = R$ 24.900,00;
c) O custo unitário médio após a compra de 18/05 é obtido pela divisão
da soma do estoque final após a primeira venda com o custo da com-
pra e a quantidade em estoque: (R$ 24.900,00 + R$ 26.400,00) / 240
= R$ 213,75/unidade. O estoque final é de 100 unidades a R$ 213,75;
d) CMV pela média ponderada: 1) venda de 15/05: 80 x (R$
41.500,00/200) = R$ 16.600,00; 2) venda de 23/05: 180 x (R$
213,75) = R$ 38.475. O CMV das duas vendas é de R$ 55.075,00
(R$ 16.600,00 + R$ 38.475,00);
e) Como o custo unitário das compras é crescente (aparente inflação),
o uso da média ponderada gera um custo da mercadoria vendida
com valor entre aquele apurado pelo PEPS e o apurado pelo UEPS.
4. Divulgação
Os estoques podem ser classificados respeitando a realidade de negó-
cio da entidade, o ramo de atuação, mix produtivo etc. Para o CPC 16, as
classificações comuns de estoques são: 1) mercadorias; 2) bens de consumo
de produção; 3) materiais; 4) produto em elaboração; 5) produtos acabados.
Além disso, na prestação de serviços, segundo item 19, a entidade poderá
apresentar os trabalhos em andamento como estoques em elaboração.
Alguns itens são explicitamente exigidos pelo CPC 16 a serem di-
vulgados nas demonstrações contábeis, a saber:
1) políticas contábeis da entidade para a mensuração dos estoques
– formas (custos de aquisição, transformação, custo-padrão, método do
varejo) e critérios de valoração (PEPS, média ponderada);
2) o valor apropriado em estoques e o valor reconhecido em outras
contas (e.g. materiais para imobilizado);
3) valor de estoques escriturados pelo valor justo menos custos da
venda (e.g. produtos agrícolas e ativos biológicos consumíveis mensurados
conforme CPC 29);
4) valor da despesa com mercadoria, produto e serviço vendidos no
período;
5) valor da redução dos estoques ao valor realizável líquido reconhe-
cida no resultado do período;
6) valor da reversão da perda dos estoques reconhecida no resultado
do exercício e as circunstâncias ou acontecimentos que levaram à reversão;
7) montante de estoques oferecido como penhor de garantia a pas-
sivos.
Os custos indiretos de produção não alocados aos produtos/serviços
e os valores anormais de custos de produção, devem ser reconhecidos di-
retamente como despesas do período.
Em certas situações a entidade adota formato diferenciado de de-
monstração de resultado, que não aquele que apresenta o total de custos
dos estoques reconhecidos como despesa. Nesse caso, o formato adotado
é a classificação baseada na natureza e a entidade deve apresentar os ele-
mentos da despesa com estoque vendido, item a item, como: 1) matérias
primas e outros materiais aplicados na produção vendida (compras ajusta-
das pelos saldos iniciais e finais desses estoques); 2) mão de obra aplicada
na produção vendida; 3) outros custos de transformação.
CARACTERÍSTICAS DO IMOBILIZADO
MENSURAÇÃO
Item tangível, vida útil longa, usado na
Soma dos custos históricos de aquisição
manutenção da atividade, direitos
ou construção até o momento em que o
decorrentes de transações que transfiram
item estiver disponível e em condições
à entidade os benefícios, riscos e
de uso.
controle do ativo.
DIVULGAÇÃO
Valor depreciado, vidas úteis, taxas de
depreciação, restrições dos ativos, valor
residual, depreciação acumulada,
variações nos imobilizados, perdas,
indenizações.
2. Reconhecimento de imobilizado
Um ativo é reconhecido como imobilizado apenas se: for provável
que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a enti-
dade; e o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.
Quanto ao segundo requisito, a entidade avalia os custos do imo-
bilizado no momento em que eles são incorridos. Incluem-se no rol de
custos aqueles: incorridos inicialmente para adquirir ou construir o ativo e
os custos incorridos para renová-los, substituir partes ou dar manutenção
ao mesmo.
A doutrina entende que os custos incorridos após a conclusão ou
aquisição do ativo, são atribuídos ao imobilizado apenas se houver au-
mento de sua vida útil, o que exclui meras manutenções e pequenas refor-
mas, que são lançadas diretamente no resultado do exercício como despe-
sa (GELBCKE et al., 2018). À luz do item 12 do CPC 27, esse é o caso
dos custos de manutenção periódica do ativo, que abrangem mão de obra,
produtos consumíveis e pequenas peças.
Alguns itens podem despertar maiores dificuldades para a classi-
ficação no ativo da entidade. O CPC 27 exemplifica os casos de sobres-
salentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno,
que são classificados como ativo imobilizado se a entidade espera usá-los
por mais de um período. Se tais itens forem intrinsecamente relacionados
a outros imobilizados, ou seja, forem utilizados somente em conexão com
esses imobilizados, serão classificados como tal.
Em todos os casos, é preciso exercer julgamentos para a adequada
classificação de itens como imobilizados, à luz dos requisitos de reconhe-
cimento e uso dos ativos.
Em determinadas situações, a entidade precisa adquirir ou construir
imobilizados por questões de segurança ou ambientais. Um exemplo é
trazido pelo CPC 27 e se refere à necessidade de uma indústria química
de realizar benfeitorias e melhoramentos em suas instalações para atender
às exigências ambientas ou armazenar produtos químicos. Nesse caso, os
custos são ativados, tendo em vista que possibilitam benefícios econômi-
cos pelo uso dos ativos em conjunto, pois, do contrário, a atividade poderia
ser prejudicada ou inviabilizada sem os custos aplicados.
Quanto às partes de ativos imobilizados que são substituídas, o
CPC 27 prescreve que as partes novas deverão ser ativadas quando pre-
enchidos os requisitos de reconhecimento, a saber: for provável que futu-
ros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e o
custo do item puder ser mensurado confiavelmente. As substituições são
comuns, por exemplo, na indústria da aviação, na fabricação de produtos
alimentícios (e.g. restauração de fornos), na indústria imobiliária (e.g. in-
serção, substituição de paredes de edifício). As partes substituídas (peças)
são baixadas pelo seu valor contábil remanescente.
Em algumas indústrias, especialmente com regulações intensas, por
envolver interesse do Estado ou questões de segurança, há inspeções pe-
riódicas nos ativos imobilizados. É o caso das aeronaves nas empresas de
aviação. Os custos dessas inspeções também são ativados se preenchidos
os requisitos de reconhecimento do ativo, no momento em que são rea-
lizadas. Na próxima inspeção, qualquer valor remanescente da inspeção
anterior é baixado, exceto o valor das peças ainda em uso.
3. Mensuração de imobilizado
A sequência CORRETA é:
a) F, F, V, V.
b) F, V, F, V.
c) V, F, V, F.
d) V, V, F, F.
Comentário: O valor justo não interfere no reconhecimento da deprecia-
ção quando o valor de custo é inferior ao valor recuperável do ativo. O li-
mite para a depreciação o montante do valor depreciável, enquanto o valor
contábil for igual ou superior ao valor residual (item I – verdadeiro). Por
exemplo, um ativo de custo R$ 100.000,00 e valor residual R$ 10.000,00,
deve ter sua depreciação interrompida quando seu valor contábil (valor de
custo menos depreciação acumulada) for inferior ao valor residual, ou seja,
menor que R$ 10.000,00. Do contrário, estar-se-ia depreciando sobre o
valor residual, o que não é possível. Gastos com manutenção e reparação
do ativo não interferem na depreciação, pois são institutos distintos com
propósitos também diferentes (Item II – falso). O valor depreciável de um
ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo de sua vida útil,
considerando o consumo dos benefícios econômicos do ativo (item III –
verdadeiro). O valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados
pelo menos ao final do período, contudo, as mudanças nas estimativas
em relação aos valores de anos anteriores devem ser reconhecidas como
mudanças de estimativas no resultado do exercício, à luz do CPC 23 – e
não retificação de erro, pois as mudanças de estimativas ocorreram em
decorrência de eventos do exercício atual (inexiste erro de estimativa) –
item IV - falso.
4. Evidenciação de imobilizado
Ativo Imobilizado
Bens em Operação
Terrenos
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Terrenos e edifícios
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Máquinas
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Navios
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Aviões
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Veículos a motor
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Móveis e utensílios
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Computadores e periféricos
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Equipamentos de escritório
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Plantas portadoras
( - ) Depreciação acumulada
( - ) Perdas por irrecuperabilidade do ativo
Imobilizado em Andamento
Construções
Máquinas em fabricação
Móveis em fabricação
...
4.2 Divulgação
O critério de divulgação exigido pelo CPC 27 é a classe de ativo
imobilizado, segundo o qual as demonstrações precisam evidenciar infor-
mações sobre: critérios de mensuração utilizados, métodos de depreciação,
estimativas das vidas úteis e taxas de depreciação dos ativos, valor contábil
bruto e depreciação acumulada (além das perdas por irrecuperabilidade e
informações sobre os ativos envolvidos) no início e final de cada período.
Adicionalmente, o Pronunciamento exige a conciliação do valor
contábil do ativo no início e no final do exercício, que destaque: adições,
ativos classificados como mantidos para venda, aquisições por combina-
ções de negócios, reconhecimento de perdas por irrecuperabilidade, re-
versão da perda, depreciações lançadas no resultado e no custo de outros
ativos e variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demons-
trações contábeis da moeda funcional para a moeda de apresentação.
Havendo ativos em que a titularidade é restrita (garantias de obri-
gações), a entidade deve mencionar os ativos e valores envolvidos. Da
mesma forma, são divulgados: gastos reconhecidos durante a construção
de ativos, valor de compromissos de aquisição de imobilizados, valor das
indenizações de terceiros por itens desvalorizados, perdidos ou abandona-
dos, incluído no resultado.
Mudanças em estimativas contábeis que envolvam o imobilizado
devem ser divulgadas, a exemplo de alterações em: valores residuais, cus-
tos de desmontagem, remoção e restauração de itens, vidas úteis, méto-
dos de depreciação.
O CPC 27 prevê também divulgações para ativos reavaliados, quan-
do permitido pela legislação do país adotante da norma internacional, o
que não se aplica ao Brasil.
O Pronunciamento entende, ainda, que podem ser úteis aos usuá-
rios da informação contábil os seguintes assuntos e, portanto, encoraja a
entidade a divulgá-los: valor contábil do imobilizado temporariamente
ocioso ou depreciado totalmente e ainda em operação; valor contábil de
ativos retirados do uso e não destinado à venda (CPC 31); valor justo do
ativo quando materialmente diferente do valor contábil de custo.
Quanto às plantas portadoras, por serem mensuradas inicialmente
(até 2015) pelo valor justo (conforme CPC 29), o CPC 27 traz a orienta-
ção de que na primeira vez em que forem mensuradas conforme esse pro-
nunciamento, o valor justo pode ser usado como custo atribuído (deemed
cost) no período mais antigo apresentado nas demonstrações relativas ao
período de reporte.
A sequência CORRETA é:
a) 1, 2, 2.
b) 1, 1, 2.
c) 2, 2, 1.
d) 2, 1, 1.
Termos Definições
Técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente
Abordagem de custo para substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente
referido como o custo de substituição ou reposição).
Técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações
relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos,
Abordagem de mercado
passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou
seja, similares), como, por exemplo, um negócio.
Técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo,
fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou
Abordagem de receita seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com
base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em
relação a esses valores futuros.
Termos Definições
Custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado
principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam
diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do
passivo e que atendam aos seguintes critérios:
Custos de transação (a) resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela;
(b) não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão
de vender o ativo ou de transferir o passivo não tivesse sido
tomada (similares aos custos para vender, conforme definido no
Pronunciamento CPC 31).
Custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local
Custos de transporte
atual para o seu mercado principal (ou mais vantajoso).
Informações (inputs) em relação às quais não há dados de mercado
Dados (inputs) não disponíveis e que são desenvolvidas utilizando-se as melhores
observáveis informações disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas
pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo.
Informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados
de mercado, tais como informações disponíveis publicamente
Dados (inputs)
sobre eventos ou transações reais, e que refletem as premissas
observáveis
que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo
ou o passivo.
Média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição)
Fluxo de caixa esperado
de possíveis fluxos de caixa futuros.
Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao
precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco,
Informações (inputs como, por exemplo:
observáveis ou não
(a) risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para
observáveis)
mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação);
(b) risco inerente às informações da técnica de avaliação.
Informações (inputs) Informações (inputs) que são obtidas principalmente a partir de
corroboradas pelo (ou corroboradas por) dados de mercado observáveis por meio de
mercado correlação ou por outros meios.
Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos
Informações (inputs) de
ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de
nível 1
mensuração.
Informações (inputs) que são observáveis para o ativo ou passivo,
Informações (inputs) de
seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no
nível 2
Nível 1.
Informações (inputs) de
Dados não observáveis para o ativo ou passivo.
nível 3
Uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que
Melhor uso maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por
exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado.
Termos Definições
Mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com
Mercado ativo frequência e volume suficientes para fornecer informações de
precificação de forma contínua.
Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender
o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o
Mercado mais vantajoso
passivo, após levar em consideração os custos de transação e os
custos de transporte.
Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou
Mercado principal
passivo.
Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso)
para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir:
(a) são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas.
(Obs.: o preço em uma transação com partes relacionadas pode
ser utilizado como informação (input) na mensuração do valor
justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada
em condições de mercado);
Participantes do
(b) são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou
mercado
passivo e da transação, com a utilização de todas as informações
disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por
meio de esforços usuais e habituais com a devida diligência;
(c) são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo;
(d) estão interessados em realizar transação com o ativo ou
passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou, de outro
modo, obrigados a fazê-lo.
Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um
Preço de entrada
passivo em uma transação de troca.
Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para
Preço de saída
transferir um passivo.
Compensação buscada por participantes do mercado avessos ao
Prêmio de risco risco por suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo
ou passivo. Denominada também como “ajuste de risco”.
Risco de Risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de
descumprimento (non- descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de
performance) crédito próprio da entidade.
Transação que presume exposição ao mercado por um período
antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing
Transação não forçada que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos
ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo,
liquidação forçada ou venda em situação adversa).
Unidade de Nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para
contabilização fins de reconhecimento.
Quadro 18 – Definição de termos do CPC 46 – Mensuração do Valor Justo.
Fonte: O autor.
MENSURAÇÃO DO VALOR JUSTO (VJ)
OBJETIVO
- Definir valor justo;
- Estabelecer estrutura para mensuração
do valor justo em único APLICAÇÃO DO VALOR JUSTO
pronunciamento; - Ativos e passivos não financeiros e
- Estabelecer divulgações sobre instrumentos patrimoniais (CPCs 39,
mensuração do valor justo. 48);
- Ativos e passivos financeiros (CPCs
RECONHECIMENTO INICIAL DO VJ 28, 29, 31).
- Preço da transação (valor de entrada)
versus valor justo (valor de saída);
- Coincidência do preço da transação e TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
valor justo versus valor justo diferente
DO VALOR JUSTO
de preço da transação;
- Valor justo como preço de saída. - Abordagem de mercado
(preços/transações de mercado do
ativo/passivo);
- Abordagem de custo (custo de
HIERARQUIA DO VALOR JUSTO substituição ou reposição do ativo);
- Informações de nível 1 (preços - Abordagem de receita (valores futuros
cotados no mercado ativo sem ajustes); de receitas/despesas descontados).
- Informações de nível 2 (dados
observáveis compartilhados pelos
participantes do mercado);
- Informações de nível 3 (dados não
observáveis que possibilitem o valor de
mercado).
Reconhecimento, Mensuração e
Divulgação de Passivos e PL
Capítulo 8
CPC 25: Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes
1. Objetivo e conceitos
O CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
(CPC, 2009c) – trata do reconhecimento, mensuração e divulgação das
diversas provisões, ativos e passivos contingentes quando preenchidos os
requisitos elencados pelo pronunciamento.
No contexto brasileiro e do CPC 25 a provisão é conceituada como
passivo com prazo ou valor incerto, diferente de outros países que reco-
nhecem provisões como contas redutoras de ativos (e.g. perdas estimadas
por créditos de liquidação duvidosa, depreciação, perdas por irrecuperabi-
lidade de ativos etc.). Essas contas redutoras no Brasil são tratadas como
ajustes, reservando-se o termo “provisão” para o passivo.
Para o CPC 25, “passivo é uma obrigação presente da entidade, de-
rivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em
saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”.
Portanto, quatro elementos compõem o conceito de passivo e são
requisitos para o seu reconhecimento: 1) obrigação presente; 2) derivada
de eventos já ocorridos; 3) na liquidação espera-se saída de recursos da
entidade; 4) geração de benefícios da saída de recursos.
Ressalta-se que a Estrutura Conceitual (divulgada pelo IASB em
2018) apresenta o conceito de passivo sem mencionar a condição de ‘saída
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos’.
A obrigação criada pode ser de duas naturezas: 1) legal: decorrente
de contrato explícito ou implícito, por legislação ou outra ação da lei: 2) e
não formalizada: decorrente das ações da entidade em que tenha indicado
a outras partes que aceitará responsabilidades específicas, seja mediante
padrão estabelecido de práticas passadas, políticas divulgadas ou declara-
ção específica. Na obrigação não formalizada, a entidade cria expectativa
em outras partes de que cumprirá as responsabilidades assumidas.
Conceitualmente, o CPC 25 define passivo contingente como:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e
cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não
de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob con-
trole da entidade;
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados,
mas que não é reconhecida porque:
(1) não é provável que uma saída de recursos que in-
corporam benefícios econômicos seja exigida para li-
quidar a obrigação;
(2) o valor da obrigação não pode ser mensurado
com suficiente confiabilidade.
Portanto, há três circunstâncias que caracterizam o passivo contin-
gente: 1) obrigação possível de eventos passados que depende de confir-
mação mediante a ocorrência ou não de evento futuro não controlado pela
entidade; 2) obrigação presente de eventos passados em que não é pro-
vável a saída de recursos futuros; 3) obrigação presente de eventos passa-
dos em que o valor não pode ser mensurado confiavelmente. Preenchidas
qualquer dessas circunstâncias estará caracterizado o passivo contingente,
contudo, o pronunciamento estabelece regras sobre o tratamento do pas-
sivo contingente nas demonstrações contábeis.
O pronunciamento concentra-se em diferenciar provisão de passivo
contingente. Em sentido geral, as provisões são contingentes por serem in-
certas quanto ao prazo ou o valor. Diferentemente das provisões, o passivo
contingente não é reconhecido como passivo por um dos dois motivos:
são obrigações possíveis, que serão confirmadas se a entidade tem ou não
obrigação presente que leve a saída de recursos; são obrigações presentes,
mas não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorpo-
rem benefícios econômicos ou não podem ser mensuradas confiavelmente.
Adicionalmente, o CPC 25 conceitua ativo contingente como “um
ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será con-
firmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros
incertos não totalmente sob controle da entidade”.
A partir dos conceitos, requisitos de reconhecimento de provisões, e
tratamento de passivos e ativos contingentes trazidos no CPC 25, a figura
5 (do próprio CPC) propõe-se a resumi-los.
Início
Obrigação presente
como resultado de Obrigação
evento que gera a possível?
obrigação Não
Não
Sim Sim
Saída
Remota?
provável?
Não Sim
Sim Não
Estimativa
confiável?
Não (raro)
Sim
Divulgar o
Não reconhece
Reconhecer passivo
nem divulga
contingente
2.1 Provisão
O reconhecimento de provisão ocorre apenas quando há atendi-
mento de três requisitos simultaneamente, na data da decisão: 1) a obri-
gação é presente e resultante de evento passado; 2) há probabilidade de
saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a
obrigação; e 3) o valor da obrigação pode ser estimado confiavelmente.
Entende-se que podem ocorrer situações em que a definição de obri-
gação presente não está clara, a exemplo de processos judiciais pendentes
na data do balanço que deixem dúvidas sobre as responsabilidades que
possam ou não vir à entidade. Nesse caso, o CPC 25 recomenda utilizar-
-se de evidências para concluir sobre existência da obrigação. Sendo mais
provável que exista a obrigação presente na data do balanço, reconhece
a entidade a provisão, se mantidos os requisitos de reconhecimento. Do
contrário, a entidade apenas divulga um passivo contingente, exceto se
for remota a possibilidade de saída de recursos para cumprimento da obri-
gação (não reconhece nem divulga).
O evento passado é o evento que dá origem à obrigação. Ocorre esse
evento quando: a liquidação da obrigação pode ser imposta legalmente;
ou quando há obrigação não formalizada, em que o evento cria expecta-
tivas em terceiros sobre o cumprimento da obrigação pela entidade. O
reconhecimento de passivo com base no evento passado tem como pres-
suposto a ocorrência da despesa antes da data do balanço e, não, em even-
to futuro. Nesse último caso, nenhum passivo se reconhece (para despesas
que ainda serão incorridas).
O CPC 25 exemplifica provisões a serem reconhecidas, diante dos
requisitos citados:
1) Para penalidades ou custos de limpeza de danos ambientais ile-
gais, que demandam na liquidação a saída de recursos;
2) Para custos de descontinuidade de poço de petróleo ou de central
elétrica nuclear, para a obrigação de reparar danos já causados.
Essas obrigações são reconhecidas independentemente de saber-se
no momento sobre a parte envolvida na obrigação (quem é o credor), que
pode ser um setor, o governo, moradores ribeirinhos, a sociedade etc.
Entrada provável de
Ativo contingente Não Sim
benefícios econômicos
Descrição Denominação Reconhecimento Divulgação
Entrada certa de
Ativo Sim Sim
benefícios econômicos
Entrada possível ou
remota de benefícios - Não Não
econômicos
Quadro 20 – Reconhecimento e divulgação de provisões, ativos contingentes e
passivos contingentes.
Fonte: O autor.
Demonstrações Contábeis
Capítulo 9
CPC 26: Apresentação das Demonstrações
Contábeis
Termos Definições
Aquelas que atendem às necessidades informacionais de usuários
Demonstrações contábeis
externos que não requerem relatórios para atendimento às
de propósito geral
necessidades peculiares
Impossibilidade de aplicação de requisito quando a entidade
Aplicação impraticável
realizou todos os esforços razoáveis para aplicá-lo.
Abrangem: a legislação societária (Lei nº. 6.404/1976 e
outras); Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do
Práticas contábeis
CPC homologados por órgãos reguladores; práticas adotadas
brasileiras
por entidades em assuntos não regulados, atendida a Estrutura
Conceitual para Relatório Financeiro.
É material a informação se sua omissão, distorção ou
obscurecimento puder influenciar com razoabilidade decisões que
Informação material os principais usuários das demonstrações contábeis de propósito
geral tomam com base nessas demonstrações, que fornecem
informações financeiras sobre relatório específico da entidade.
Quando a comunicação da informação gerar, para os usuários
primários das demonstrações contábeis, efeitos semelhantes
Informação obscura
àqueles que a omissão ou a afirmação errônea gerariam, tem-se
a informação obscura.
Consideram-se materiais: a omissão ou as divulgações distorcidas
Omissão material ou quando puderem impactar, individual ou coletivamente, nas
divulgação distorcida decisões econômicas dos usuários das demonstrações contábeis.
material A materialidade está relacionada ao tamanho ou à natureza da
omissão ou da divulgação distorcida.
São informações adicionais às Demonstrações Contábeis, e são
representadas por: descrições narrativas; segregações de itens;
Notas explicativas
ou abertura de itens divulgados nas demonstrações; informação
sobre itens que não devem ser reconhecidos nas demonstrações.
Receitas e despesas não reconhecidos na Demonstração do
Outros resultados
Resultado do Exercício (reclassificações e alterações em contas do
abrangentes
PL, que não sejam transações com sócios).
Detentor de instrumentos patrimoniais (classificados no
Proprietário
patrimônio líquido).
Diferença entre receitas e despesas que constam na Demonstração
Resultado do período do Resultado do Exercício, excluídas, consequentemente, receitas
e despesas que são reconhecidas em outros resultados abrangentes.
Valor de receita ou despesa, reconhecida como outros resultados
Ajuste de reclassificação abrangentes (dentro do PL) no período corrente ou anterior, que
é reclassificado para o resultado no período corrente.
Termos Definições
Mutação no patrimônio líquido resultante de eventos ou
transações não ligadas às transações com sócios. Dois grupos de
resultados abrangentes são apresentados no CPC 26: i) derivados
Resultado abrangente
de receitas e despesas da DRE (lucro/prejuízo do período); ii)
receitas e despesas lançadas diretamente no patrimônio líquido
(outros resultados abrangentes), inclusive reclassificações.
Quadro 21 – Termos e definições do CPC 26.
Fonte: O autor.
Ativo: circulante (realizado, vendido ou consumido em até doze meses após o balanço
ou dentro do ciclo operacional); não circulante (realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível);
Passivo/patrimônio líquido (PL): passivo circulante; passivo não circulante; PL.
agregação, compensação de valores, frequência de apresentação, comparabilidade e consistência de apresentação.
2.2 Continuidade
As demonstrações contábeis são elaboradas sob o pressuposto da
continuidade dos negócios, dentro de um futuro previsível. Esse futuro
é entendido como o prazo mínimo de doze meses, não se restringindo a
este tempo. Contrariam o pressuposto da continuidade: 1) a intenção da
entidade de liquidação do negócio; 2) cessação das atividades; 3) ausência
da alternativa realista de descontinuidade.
A entidade deve divulgar informações afirmando sobre a (des)con-
tinuidade de suas atividades, com base em toda a informação disponível
sobre o futuro, incluindo incertezas sobre a continuidade. Segundo o item
26, em determinadas situações de incertezas sobre a continuidade, a enti-
dade pode precisar da análise de fatores relacionados à rentabilidade cor-
rente e esperada, de cronogramas de liquidação de dívidas e de potenciais
fontes de financiamentos para concluir sobre a continuidade. O histórico
de lucros da entidade dispensa a análise pormenorizadas de informações
sobre a continuidade, por representar evidências desse pressuposto.
2.3 Regime de competência
O regime de competência é de observância obrigatória pelas entida-
des na elaboração das demonstrações, exceto a Demonstração dos Fluxos
de Caixa.
O uso do regime de competência implica no reconhecimento de re-
ceitas e despesas (e correspondentes contas de ativo, passivo e patrimônio
líquido) quando são incorridas, independentemente do período em que
são recebidas ou pagas.
Descrição
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
Receita Bruta de Vendas e Serviços
( - ) Deduções de vendas
( - ) Abatimentos
( - ) Impostos sobre vendas
= Receita Líquida de Vendas e Serviços
( - ) Custo das mercadorias e serviços vendidos
= Resultado Bruto
( - ) Despesas
Despesas com vendas
Despesas gerais
Descrição
OPERAÇÕES EM CONTINUIDADE
Despesas administrativas
Outras despesas e receitas operacionais
Resultado da equivalência patrimonial
( +/-) Ganhos e perdas
Ganhos/perdas (desreconhecimento de ativos financeiros ao custo amortizado)
Ganhos/perdas na redução ao valor recuperável
Ganhos/perdas da reclassificação de ativo financeiro (do custo amortizado para valor justo
pelo resultado)
Ganhos/perdas da reclassificação de ativo financeiro (do valor justo por outros resultados
abrangentes para valor justo pelo resultado)
= Resultado antes das receitas e despesas financeiras
( - ) Resultado financeiro
Despesas financeiras (juros e outros)
Receitas financeiras (juros e outros)
= Resultado antes dos tributos sobre o lucro
( - ) IR
( - ) CSLL
= Resultado líquido das operações continuadas
OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
(+/-) Resultado de operações descontinuadas e venda de não circulantes
= Lucro líquido do período
Quadro 22 – Demonstração do Resultado do Exercício (rubricas).
Fonte: O autor.
Receitas
Outras receitas
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração
Consumo de matérias-primas e materiais
Despesa com benefícios a empregados
Depreciações e amortizações
Outras despesas
Total de despesas
Resultado antes dos tributos
Ajuste de Total do
Reservas de Lucros
Capital Social Avaliação Patrimônio
Lucros Acumulados
Patrimonial Líquido
Saldo do
Patrimônio Líquido R$ 1.200.000 R$ 200.000 R$ 5.000 R$ 1.405.000
em 31.12.2011
Ganho em
instrumento
R$ 1.500 R$ 1.500
financeiro disponível
para venda
Lucro Líquido do
R$ 900.000 R$ 900.000
Exercício
Ajuste de Total do
Reservas de Lucros
Capital Social Avaliação Patrimônio
Lucros Acumulados
Patrimonial Líquido
Constituição da
R$ 40.000 (R$ 40.000 -
Reserva Legal
Dividendos do
(R$ 860.000) (R$ 860.000)
Período
Saldo do
Patrimônio Líquido R$ 1.200.000 R$ 240.000 R$ 6.500 R$ 1.446.500
em 31.12.2012
A sequência CORRETA é:
a) F, F, V.
b) F, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, F.
Comentário: A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
contém as mutações de todas as contas do PL (mesmo que agrupadas),
incluindo as mutações na conta “lucros ou prejuízos acumulados”, abran-
gida pela DLPA. Assim, as informações da DLPA estão na DMPL (mais
abrangente que DLPA). Segundo o artigo 176 da Lei nº 6.404/1976, a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados é uma demonstra-
ção obrigatória. Portanto, ela não pode ser substituída por notas explica-
tivas, mas poderia ser substituída pela Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido (parágrafo 2º, artigo 186). O caput do artigo 186
afirma que a DLPA discriminará: “I - o saldo do início do período, os
ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as trans-
ferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período”.
A sequência CORRETA é:
a) F, F, V.
b) F, V, V.
c) V, F, F.
d) V, V, F.
a) R$ 31.960,00.
b) R$ 33.760,00.
c) R$ 34.960,00.
d) R$ 38.760,00.
A sequência CORRETA é:
a) F, V, F, V.
b) F, V, V, F.
c) V, F, F, V.
d) V, F, V, F.
I. Provisão de férias.
II. Provisão de 13º salário.
III. Duplicatas descontadas.
IV. Depreciação acumulada.
V. Provisão para contingências.
VI. Perdas estimadas nos estoques.
VII. PECLD – Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa.
VIII. Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos
de Longo Prazo.