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2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Henrique Furtado Arruda
368.981
A773n
221 p. : il.
ISBN 978-85-515-0058-3
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico, antes de tudo, permita me apresentar: sou graduado
em Engenharia Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho,
em Marketing e mestre em Administração de Empresas. Também sou habilitado
como corretor de seguros. Desde 1986 lecionei em diversas instituições de
ensino superior e de 2002 a 2008 coordenei a pós-graduação de Gestão em
Seguros, curso realizado em parceria entre a Escola Nacional de Seguros
(FUNENSEG) e o Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI).
Profissionalmente, ainda muito jovem, troquei projetos e obras pela carreira
em seguros, onde atuei em várias posições, destacadamente com regulação de
sinistros, inspeções de riscos, consultoria e treinamento.
IV
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS
FUNDAMENTAIS ........................................................................................................ 1
VII
UNIDADE 2 – A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO .............................................................. 53
VIII
TÓPICO 2 – A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS ........................................... 155
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 155
2 VALOR MATEMÁTICO DOS RISCOS E CUSTO MÉDIO DOS SINISTROS ....................... 157
3 PRÊMIOS ESTATÍSTICO, COMERCIAL E BRUTO ..................................................................... 159
3.1 PRÊMIO ESTATÍSTICO .................................................................................................................. 159
3.2 TAXA ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 161
3.3 PRÊMIO COMERCIAL ................................................................................................................... 164
3.4 TAXA COMERCIAL . ...................................................................................................................... 165
3.5 PRÊMIO BRUTO . ............................................................................................................................ 166
3.6 PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO . ........................................................................................ 168
3.6.1 Seguro a Prazo Curto ................................................................................................................. 168
3.6.2 Prêmio de Seguro Pro Rata Temporis (em Proporção ao Tempo) ....................................... 170
3.6.3 Seguro a Prazo Longo (Plurianual) .......................................................................................... 170
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 172
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 173
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
A SOCIEDADE E O RISCO
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
NOTA
4
TÓPICO 1 | A SOCIEDADE E O RISCO
A história dos seguros mostra que, desde o princípio das grandes civilizações,
a necessidade humana de preservar suas riquezas estabeleceu mecanismos de divisão
ou recuperação de prejuízos ocorridos. O Código de Hamurábi, surgido em meados
de 1.800 a.C., dedicava cláusulas ao tema da bodemeria, empréstimo ou hipoteca
contraída pelo proprietário de um navio para financiar a sua viagem, e previa a
isenção de pagamento se a embarcação viesse a pique. Existem indícios de que na
Babilônia, 23 séculos antes de Cristo, caravanas de cameleiros que cruzavam o deserto
dividiam entre si os prejuízos ocorridos com a morte de animais. Na China antiga e
no Império Romano também havia seguros rudimentares, através de associações que
visavam ressarcir membros que tivessem algum tipo de prejuízo (ARRUDA, 2016).
5
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
dos sinistros. A atuária permite prever, com elevado grau de precisão, qual será
a frequência relativa e o custo médio de sinistros futuros. Esses dois elementos
constituem a base da precificação dos seguros.
Vimos que fazer antecipadamente a divisão das perdas (ao invés de dividi-
las apenas depois da sua ocorrência) só foi possível com o surgimento da estatística
e o estudo das probabilidades. A matemática permitiu comprovar que as chances
de perdas (prejuízos) são reais, tanto para as pessoas como para as empresas. A
6
TÓPICO 1 | A SOCIEDADE E O RISCO
disposição para correr riscos varia de pessoa para pessoa, mas todas elas detestam
perder e, devido a este fator, estabeleceu-se a necessidade de controlar e transferir
os riscos.
Surgiram então os negócios de gerenciamento de riscos e os seguros de
diversas naturezas, destinados a proteger pessoas, patrimônios e responsabilidades.
A principal função dos seguros é a divisão das perdas individuais (que seriam
desastrosas para a maioria das pessoas e empresas) entre um grande grupo. A
atuária é o lastro técnico das operações, pois baseada no estudo de probabilidades
e estatísticas, ela possibilita que a divisão das perdas ocorra antes que os sinistros
aconteçam. Isto estabelece outras importantes funções sociais para a indústria
do seguro: acumulação de recursos e geração de investimentos na economia
(VARANDA, 2004 apud ARRUDA, 2016).
E
IMPORTANT
A primeira apólice de vida de que se tem conhecimento foi emitida no século XVI,
na cidade de Londres, onde também foi criada a primeira sociedade de seguro de vida – The
Society of Insurance for Widows and Orphans (TEIXEIRA, 2016, p. 12).
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Séc. XIII a Séc.
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3 OS SEGUROS NO BRASIL
O Brasil foi descoberto pouco depois do período renascentista, quando
ocorreram os avanços matemáticos que formariam a base técnica das operações
de seguros. Entretanto, o período colonial e extrativista não estabeleceu uma base
econômica que favorecesse o florescimento dos mecanismos de seguro que já se
praticavam na Europa. Seria necessária a transferência do governo português para
que isso ocorresse.
8
TÓPICO 1 | A SOCIEDADE E O RISCO
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DICAS
9
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
4 A REGULAMENTAÇÃO DO SETOR
A atividade seguradora tem lugar de destaque no desenvolvimento das
nações não apenas pela proteção às pessoas (físicas e jurídicas), mas também pelas
suas características de poupança e de geração de investimentos na economia, em
virtude das reservas técnicas que são administradas pelas companhias de seguros.
10
TÓPICO 1 | A SOCIEDADE E O RISCO
Ministério da
Fazendo
CNSP
Conselho Nacional
de Seguros Privados
SUSEP
Superintendência
de Seguros Privados
Sociedades Entidades
Autorizadas a Abertas de Espresas de Corretores de
Operarem em Previdência Resseguro Seguros
Seguros Privados Complementar
11
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
DICAS
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
13
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 1,1,2,3,3
b) ( ) 1,1,3,3,3
c) ( ) 1,2,1,3,3
d) ( ) 2,2,1,3,3
e) ( ) 1,3,2,2,2
14
4 O órgão responsável pela regulação, controle, fiscalização e incentivo das
atividades de seguros, previdência, capitalização e resseguro é o(a):
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE
RISCOS
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que, de modo geral, as pessoas apresentam maior ou menor
propensão ao enfrentamento de riscos. Umas são mais, outras são menos ousadas.
Umas mais aventureiras, outras mais conservadoras, ou seja, o grau de aversão
a riscos varia de pessoa para pessoa. Já vimos também que todas as pessoas são
avessas a perdas. Assim, quando não está presente a percepção ou o forte sentimento
das possibilidades de perdas, muitos empresários costumam negligenciar os riscos
de virem a sofrer perdas inesperadas, que podem comprometer a estabilidade
econômica e/ou projetos de crescimento da sua empresa e, até mesmo, provocar a
inviabilidade do negócio. Nesta seção, conheceremos o processo de gerenciamento
de riscos, que se baseia em dois importantes conceitos.
17
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Teixeira (2016, p. 25) define risco como sendo um “evento incerto ou de data
incerta que independe da vontade das partes contratantes e contra o qual é feito
o seguro. O risco é a expectativa de sinistro”. No que diz respeito às operações de
seguros, acrescenta que “risco é a possibilidade de ocorrência de um evento aleatório
que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo de responsabilidades”. No
entanto, nem todos os riscos podem ser segurados. Para que exista seguro, o risco
precisa ser possível, futuro, incerto, acidental, mensurável e causador de prejuízos.
De acordo com Teixeira (2016), para efeito das operações de seguros, os riscos são
classificados em:
• Risco puro: risco em que só existem duas possibilidades: perder (caso ele
ocorra) ou não perder (caso ele não ocorra). Exemplos: a possibilidade de morte
dos indivíduos é um risco puro. Se ocorrer a morte de alguém, há perda e, se
não ocorrer, não há perda. O roubo de um veículo também. Se for roubado, o
proprietário perde. Se não for, não perde. Esses riscos são seguráveis.
• Risco especulativo: risco que envolve as possibilidades de perder, não perder
ou ganhar. Exemplos: o investimento em bolsa de valores ou apostas em jogos
de azar.
• Riscos particulares: são aqueles que afetam apenas indivíduos ou empresas em
particular, e não a sociedade coletivamente, e para os quais, também, só existem
duas possibilidades: perder ou não perder. Exemplos: a morte de uma pessoa
ou o incêndio em uma empresa. Esses riscos são seguráveis.
• Riscos fundamentais: assim são chamados os riscos impessoais, resultantes
de mutações sociais e econômicas, afetando a coletividade. Exemplos: perdas
decorrentes de guerra ou de inflação. Esses riscos não são seguráveis e o seu
tratamento compete ao Estado.
3 GERENCIAMENTO DE RISCOS
O fato de uma pessoa ou uma empresa estar exposta a riscos nos leva a
imaginar que, se ocorrer um evento danoso, haverá perdas ou prejuízos. Os
danos decorrentes do evento podem ser de natureza material, corporal, moral ou
geradores de responsabilidades de reparação. Podem, ainda, implicar em perda
de renda à pessoa física ou redução parcial ou total das atividades de uma pessoa
jurídica (lucros cessantes). Portanto, tratar os riscos significa prevenir perdas ou
reduzir as consequências financeiras quando elas ocorrem.
18
TÓPICO 2 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
Vimos acima que os riscos podem e devem ser tratados. Isso não significa,
necessariamente, que estejam controlados. Para manter os riscos sob controle,
devem ser utilizadas as cinco técnicas descritas a seguir:
19
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
FONTE: O autor
Arruda (2016) observa que, mesmo que uma empresa não venha a sofrer
perdas catastróficas ou expressivas em relação à sua situação patrimonial, o
acúmulo de pequenas ou médias perdas pode comprometer a competitividade e,
em consequência, reduzir a participação no mercado. Além disso, com o passar
do tempo, a falta de tratamento para esses riscos/perdas pode implicar em grande
dificuldade na contratação de seus seguros ou pagamento de preços muito elevados.
Por outro lado, para os que tratam seus riscos, os custos com seguros podem
ser reduzidos através de descontos, mas esta é apenas uma das consequências da
existência ou não de um programa de gerenciamento de riscos. Para competir, tanto
no mercado internacional como no mercado brasileiro, as empresas não conseguirão
repassar os custos de perdas que podem ser controladas. Elas significam desperdício
e os clientes não irão pagar por isso.
20
TÓPICO 2 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
21
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
22
TÓPICO 2 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
23
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
24
TÓPICO 2 | O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
a) Risco de incêndio:
Frequência: classificado como categoria B (remota) no quadro 1.
Severidade: classificado como categoria III (crítica) no quadro 2.
Grau de risco: 2 – menor (obtido na figura 6 com entrada dos parâmetros acima).
b) Risco de vendaval:
Frequência: classificado como categoria D (provável) no quadro 1.
Severidade: classificado como categoria III (crítica) no quadro 2.
Grau de risco: 4 – sério (obtido no quadro anterior com entrada dos parâmetros
acima).
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A aversão a riscos varia de pessoa para pessoa, mas todos são avessos a perdas.
• Para ser segurável, o risco precisa ser possível, futuro, incerto, acidental,
mensurável e causador de prejuízos.
• O controle dos riscos pode ser feito através de cinco técnicas: 1) Evitar o risco; 2)
Reduzir a frequência dos eventos danosos; 3) Diminuir a severidade; 4) Segregar
as exposições; 5) Transferir o risco.
26
AUTOATIVIDADE
Grau de
Perigo Causas Consequências Frequência Severidade
Risco
Falta de inspeção,
distração, falta de
Uso de Amputação dos
treinamento e D
serra membros ou III Crítica
não utilização de Provável
fita lesões graves
equipamentos de
proteção
27
Falta de
Amputação dos
Uso de treinamento e
membros ou E
faca não utilização de II Marginal
lesões de graus Frequente
manual equipamentos de
variados
proteção
Falta de inspeção,
distração, falta de Esmagamento
Uso de
treinamento e de membros ou C
moedor III Crítica
não utilização de lesões de graus Improvável
de carne
equipamentos de variados
proteção
Fiação exposta,
fiação mal Queimaduras,
Choque D
dimensionada, mortes, danos a III Crítica
elétrico Provável
umidade e falta de equipamentos
manutenção
4 Quais dos parâmetros a seguir são necessários para que o risco seja segurável:
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Além das operações de seguros consistirem em um ato de previdência e
de formação de poupança coletiva, eles cumprem importante função econômica e
social e contribuem para o desenvolvimento de uma nação. Ao repor patrimônios
perdidos, os seguros são fiadores de riquezas e serviço de todas as atividades,
sujeitas aos mais variados riscos. Sem o seu respaldo, haveria natural retração de
capitais destinados à exploração das mais diversas atividades, principalmente as
de maior risco ou mais perigosas.
29
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Teixeira (2016) ressalva que não se pode fazer seguro de todo e qualquer
risco. Para serem seguráveis, primeiramente os riscos precisam ser possíveis,
futuros e incertos. Acrescenta que, além desses, normalmente os contratos de
seguros preveem que os riscos seguráveis sejam independentes da vontade das
partes contratantes (o risco deve ocorrer de forma acidental, e não intencional);
que resultem em um prejuízo econômico no caso de sua ocorrência e que sejam
mensuráveis (se o risco não puder ser medido, a seguradora não poderá estabelecer
um custo adequado para a sua aceitação).
30
TÓPICO 3 | A ESTRUTURA TÉCNICA DOS SEGUROS
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
5 GARANTIAS OU COBERTURAS
Uma das principais dúvidas dos interessados em seguros consiste em saber
exatamente o que está garantido. Na linguagem do mercado, estamos falando do
que está ou não coberto pelo contrato de seguros. Por isso, quando queremos saber
que proteção está sendo contratada e qual a sua extensão, estamos questionando
quais são as garantias ou coberturas existentes.
32
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você apendeu que:
33
AUTOATIVIDADE
I. A apólice e o prêmio.
II. O segurador e o segurado.
III. A indenização e o risco.
34
UNIDADE 1
TÓPICO 4
OS CONTRATOS DE SEGUROS
1 INTRODUÇÃO
Já sabemos que, para existirem, os seguros precisam reunir um conjunto
de pessoas interessadas em se proteger financeiramente com relação às mesmas
possibilidades de perdas. Sabemos também que a reparação dessas perdas só
acontecerá se incidir, no futuro, o risco que é motivo de preocupação. Para que
tudo isso funcione, precisamos estabelecer um acordo formal. Em outras palavras,
um contrato de seguro.
Teixeira (2016) retrata o artigo 757 do Código Civil, o qual define o contrato
de seguro como um acordo formal em que o segurador se obriga, mediante o
pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa
ou ao bem, contra riscos predeterminados. Este contrato baseia-se em Condições
Gerais, Condições Especiais e Condições Particulares, definidas pelos órgãos
competentes do mercado segurador e que consistem em:
35
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2 FORMAS DE CONTRATAÇÃO
Ao decidir lançar um novo produto, a seguradora deverá observar as
disposições estabelecidas pela SUSEP para o ramo ou modalidade de seguro
em que este produto se enquadra. Pode tratar-se de um produto com plano
padronizado (cujas condições contratuais são idênticas àquelas já aprovadas pela
SUSEP ou pelo CNSP, inclusive os critérios de tarifação padronizada) ou de um
produto com plano não padronizado (cujas condições contratuais e Nota Técnica
Atuarial são elaboradas pelas seguradoras e encaminhadas à SUSEP para análise e
aprovação antes de sua comercialização).
Assim, uma das características do contrato de seguro é que ele é de adesão,
ou seja, suas condições já foram previamente aprovadas pela seguradora junto ao
órgão regulamentador (SUSEP) e não podem ser modificadas, exceto pela inclusão
de cláusulas ou condições particulares que não confrontem ou modifiquem
a estrutura técnica do produto (TEIXEIRA, 2016). Dessa forma, o contratante
(segurado) terá apenas a opção de aderir ou não ao contrato. Mesmo que houvesse
a concordância da seguradora, as condições contratuais não poderiam ser
modificadas, pois ao aprovar o produto, a SUSEP já fez um papel de órgão de
defesa do consumidor e autorizou sua comercialização apenas dentro das regras
estabelecidas.
36
TÓPICO 4 | OS CONTRATOS DE SEGUROS
Para que possamos seguir adiante, com base em Teixeira (2016, p. 107),
precisamos entender a diferença entre os seguintes conceitos:
Importância segurada – valor atribuído pelo segurado ao bem ou
conjunto de bens segurados, representando o Limite Máximo de
Garantia para a cobertura contratada.
Valor em risco – valor do bem ou conjunto de bens expostos ao risco.
Assim, quando o segurado contrata um seguro proporcional, ele
declara o valor em risco do bem (denominado Valor em Risco Declarado
– VRD), e, em caso de ocorrência de sinistro, a seguradora apura o Valor
em Risco (denominado Valor em Risco Apurado – VRA).
37
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Nos seguros contratados a risco total entende-se que todo o patrimônio está
sujeito a danos. Portanto, a importância segurada (IS) precisa corresponder a 100%
do valor em risco (VR). Havendo insuficiência, em caso de sinistro o segurado
participará dos prejuízos na mesma proporção dessa insuficiência. Atualmente,
essa condição é pouco utilizada, mas encontra-se prevista no art. 783 do Código
Civil Brasileiro, que estabelece: “salvo disposição em contrário, o seguro de um
interesse por menos do que valha acarreta a redução proporcional da indenização,
no caso de sinistro parcial”. Esta condição é comumente conhecida nas atividades
de seguro como Cláusula de Rateio.
38
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
39
AUTOATIVIDADE
( ) Proposta.
( ) Bilhete de seguro DPVAT.
( ) Apólice.
( ) Endosso.
( ) Bilhete de seguro incêndio residencial.
40
4 Nos Seguros Proporcionais a Risco Total, o rateio é aplicável sempre que a(o):
41
42
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Como já vimos, o sinistro é a ocorrência do risco que se encontra previsto
no contrato de seguro e que ocasiona um prejuízo ou uma responsabilidade de
reparação. Se o evento que deu origem ao sinistro não estiver previsto no contrato do
seguro, não haverá amparo técnico e, consequentemente, não caberá indenização.
2 OS PROCESSOS DE SINISTROS
Teixeira (2016, p. 96) ensina que “nos sinistros de bens, geralmente,
o processo de sinistro abrange três etapas de operações interdependentes: a
apuração de danos, a regulação e a liquidação”. A apuração de danos consiste
no levantamento da causa, natureza e extensão do sinistro. Pode ter sido, por
exemplo, um curto-circuito nas instalações elétricas de uma residência que gerou
um incêndio e este veio a destruir grande parte do imóvel. Dependendo das
circunstâncias, a apuração dos danos pode ser feita através de vistorias, registros
policiais, análise de imagens etc.
43
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
44
TÓPICO 5 | SINISTROS, COSSEGURO E RESSEGURO
DISTRIBUIÇÃO
LIMITE RETENÇÃO DISTRIBUIÇÃO
SEGURADORA PARTICIPAÇÃO DA
DE RETENÇÃO DO RISCO DO PRÊMIO
INDENIZAÇÃO
45
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
46
TÓPICO 5 | SINISTROS, COSSEGURO E RESSEGURO
LEITURA COMPLEMENTAR
47
UNIDADE 1 | RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, ESTRUTURA E CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A ideia central dos vídeos é reforçar o papel dos seguros como elemento-
chave da liberdade, da igualdade social e da confiança entre as pessoas, ou seja,
sem segurança não há futuro, já que a confiança é a base da ação humana e do
desenvolvimento da sociedade.
DICAS
48
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
49
AUTOATIVIDADE
1 Os mecanismos de pulverização dos riscos são utilizados pelo mercado
segurador brasileiro para sua autoproteção, quando assumem riscos de
terceiros. Assinale a resposta que não se enquadra entre os mecanismos de
pulverização:
a) ( ) Cosseguro facultativo.
b) ( ) Resseguro obrigatório.
c) ( ) Cosseguro obrigatório.
d) ( ) Risco Comum.
e) ( ) Risco vultoso.
50
4 Nos processos de sinistros de bens, geralmente, a seguradora observa as
seguintes etapas:
a) Vistoria e liquidação.
b) Apuração de danos e vistoria.
c) Apuração de danos, regulação e pagamento.
d) Regulação e liquidação.
e) Apuração dos danos, regulação e liquidação.
a) Apuração de danos.
b) Regulação.
c) Liquidação.
d) Ressarcimento.
e) Sub-rogação.
51
52
UNIDADE 2
A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Os objetivos desta unidade são:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que lhe ajudarão a compreender o assunto e a fixar os
conhecimentos adquiridos.
TÓPICO 4 - A CAPITALIZAÇÃO
53
54
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Nesta seção, veremos que a preocupação das sociedades em prover
atendimento, alimentação ou garantir uma renda mínima para os menos favorecidos
economicamente é bastante antiga. O ser humano tem características contrastantes
e intrigantes. Se de um lado sempre houve a exploração do homem pelo homem,
de outo lado, o espírito de solidariedade também sempre se fez presente.
56
TÓPICO 1 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
57
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Gerber (2010) lembra que o início do século XX foi marcado pela efervescência
cultural e econômica, avanços tecnológicos e a devastação provocada pela 1ª Guerra
Mundial. Neste contexto, Jardim (2013) informa que a Constituição Soviética de
1918 também tratava de direitos previdenciários. Na Alemanha, a Constituição
de Weimar (1919) criou um sistema de seguros sociais para atender à conservação
da saúde e capacidade para o trabalho, à proteção, à maternidade e à previsão
das consequências econômicas da velhice, da enfermidade e das vicissitudes da
vida. Determinou também que cabe ao Estado prover a subsistência do cidadão
alemão, caso não possa lhe proporcionar a oportunidade de ganhar a vida com um
trabalho produtivo.
59
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
60
TÓPICO 1 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
que esta possui riqueza pessoal e, portanto, possui meios de prover a sua própria
saúde. Assim, o INSS, autarquia responsável por gerir benefícios e serviços
da Previdência Social, não tem qualquer relação e responsabilidade no que diz
respeito a hospitais, casas de saúde e atendimentos em geral na área de saúde. No
Brasil, o órgão responsável por essas questões é o Sistema Único de Saúde (SUS).
62
TÓPICO 1 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL
63
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
64
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
65
• A Previdência Social brasileira tem como marco inicial a promulgação da Lei
Eloy Chaves, em 1923. A partir de Getúlio Vargas o país amplia os direitos
trabalhistas e inicia uma nova estrutura de institutos previdenciários, que
receberia novas remodelações entre as décadas de 1960 e 1980.
66
AUTOATIVIDADE
67
( ) A previdência é um sistema que, mediante contribuições, assegura a
seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, decorrente de
desemprego involuntário.
( ) A seguridade social não visa assegurar os direitos relativos à saúde.
( ) A previdência é um sistema que não necessita de contribuições de seus
beneficiários.
68
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Vimos que a previdência social tem uma capacidade limitada para atender
aos anseios e necessidades de renda da população. Por isso, ela precisa definir
tetos que não alcançam renda suficiente para que as pessoas mantenham um
padrão de vida condizente com aquele que possuíam quando estavam em plena
atividade. Além disso, não se pode permanentemente esperar que o governo seja
o provedor de todas as necessidades e soluções de sua população. No Brasil, para
todo trabalho formal é obrigatório contribuir para a Previdência Social. Assim, de
modo facultativo e complementar, podemos dispor de um mecanismo que nos
possibilite, a partir de contribuições individuais, acumular recursos para formar
uma reserva financeira e consequente renda adicional.
69
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
70
TÓPICO 2 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA PRIVADA
71
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
73
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Previdência Complementar
Fechada Aberta
EAPC e
Montepios Sociedades
Fundações - Sociedades Civis Seguradoras
NOTA
74
TÓPICO 2 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA PRIVADA
75
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Com relação à Lei 11.053/2004, Viot (2016, p. 81) sintetiza seus aspectos
principais:
• Introduz de forma facultativa a opção pelo Regime de Tributação
por Alíquotas Decrescentes para os planos estruturados na
modalidade de contribuição variável.
• A opção pelo regime de tributação por alíquotas decrescente é
irretratável.
• A antecipação de 15% não se aplica aos planos de benefício
definido.
• Condiciona a dedutibilidade das contribuições pagas à
entidade de Previdência à contribuição para o Regime Geral da
Previdência Social.
• No caso de o cliente contribuir para dependentes menores de
16 anos, a dedução fica condicionada ao pagamento do INSS
pelo cliente em seu nome.
Viot (2016, p. 81) continua sua análise trazendo a seguinte situação:
76
TÓPICO 2 | OS FUNDAMENTOS E A PREVIDÊNCIA PRIVADA
77
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
78
AUTOATIVIDADE
79
a) Somente planos individuais.
b) Somente planos coletivos averbados.
c) Planos individuais ou coletivos.
d) Somente planos coletivos instituídos.
e) Somente planos coletivos, sejam eles averbados ou instituídos.
80
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Em nosso estudo nos concentraremos nos planos de Entidades Abertas de
Previdência Complementar (EAPC). Eles são estruturados com a finalidade de
conceder benefícios a pessoas físicas, vinculadas ou não a uma pessoa jurídica,
que preencham as condições estabelecidas para participação no plano. Podem
oferecer, isoladamente ou em conjunto, coberturas de morte e/ou invalidez total
e permanente e/ou cobertura por sobrevivência. Os planos com cobertura por
sobrevivência têm por objetivo conceder ao próprio participante que sobreviver
ao prazo de diferimento contratado o recebimento de um benefício à vista ou sob
a forma de renda. Em contrapartida, os planos com cobertura de morte têm por
objetivo conceder um benefício, à vista ou sob a forma de renda, aos beneficiários
indicados, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de
cobertura, desde que tenha sido cumprido o período de carência estabelecido pelo
plano, se houver (VIOT, 2016).
81
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
E
IMPORTANT
82
TÓPICO 3 | PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
83
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
que os participantes (ou quando possível os beneficiários) têm de, durante o período
de diferimento (observadas determinadas regras) retirar os recursos da provisão
matemática de benefícios a conceder. Já a portabilidade é o direito garantido aos
participantes de, durante o período de diferimento (observadas determinadas
regras), movimentar os recursos da provisão matemática de benefícios a conceder
para outros planos.
2 OS PLANOS DE SOBREVIVÊNCIA
Neste item, veremos quais são os tipos de planos existentes que tenham
como característica principal a cobertura por sobrevivência. Num primeiro
momento, os planos se mostram distintos pelas suas características no período de
acumulação de recursos, ou seja, o período de diferimento.
Plano Modalidade
Atualização
Remuneração (Taxa Reversão de Resultados
(Índice de
de Juros) Financeiros
Preços)
PGBL CV Baseada na Não há Não há, pois a totalidade
rentabilidade da da rentabilidade
carteira do FIE em é repassada ao
que estão aplicados os participante
recursos
PRGP CV ou BD Contratada até 6% a.a. Com base em é obrigatória, com
índice de preços base em percentual
contratados contratado
PAGP CV ou BD Não há Com base em é obrigatória, com
índice de precos base em percentual
contratados contratado
PRSA CV Contratada até 6% a.a. Não há é obrigatória, com
base em percentual
contratado
Planos CV ou BD Contratada até 6% a.a. Com base em Pode ser prevista
Tradicionais índice de precos
contratados
CV - Contribuição Variável.
BD - Benefício Definido
85
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
86
TÓPICO 3 | PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
87
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
88
TÓPICO 3 | PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
3 OS PLANOS DE RISCOS
Os planos com cobertura de risco incluem as garantias de morte e/ou
invalidez total e permanente. As coberturas de morte têm por objetivo conceder
um benefício (à vista ou sob a forma de renda) aos beneficiários indicados, em
decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura,
desde que tenha sido cumprido o período de carência estabelecido pelo plano, se
houver. Já os planos com cobertura de invalidez total e permanente têm por objetivo
conceder um benefício (à vista ou sob a forma de renda) ao próprio participante,
em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de
cobertura, desde que tenha sido cumprido o período de carência estabelecido pelo
plano, se houver.
NOTA
“Entende-se como invalidez total e permanente aquela para a qual não se pode
esperar a recuperação ou reabilitação com os recursos terapêuticos disponíveis no momento
de sua constatação” (VIOT, 2016, p. 71).
89
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
90
TÓPICO 3 | PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA
contrato; e
o choque anafilático e suas consequências (VIOT, 2016, p. 72-73).
Apesar de as situações acima serem comuns nos planos de invalidez total
e permanente, não se considera como risco excluído a invalidez do participante
decorrente da utilização de meio de transporte mais arriscado, da prestação de
serviço militar, da prática de esporte ou de atos de humanidade em auxílio de
outrem. Com relação aos planos que pagam benefício por morte, Viot (2016, p. 74-
75, grifos do original) destaca:
91
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Plano de Pecúlio
O objetivo desse plano é a concessão de um pecúlio ao(s) beneficiário(s)
indicado(s), em decorrência da morte do participante ocorrida durante o
período de cobertura, após cumprido o período de carência estabelecido
em cada plano.
92
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os planos por sobrevivência (em suas diversas modalidades) têm como principal
objetivo garantir a aposentadoria. O mais popular é o Plano Gerador de
Benefício Livre (PGBL), onde se vincula a acumulação de recursos de uma conta
individual à performance de um fundo de investimento financeiro especialmente
constituído (FIE).
93
• Os planos com cobertura de risco incluem as garantias de morte e/ou invalidez
total e permanente. As coberturas de morte têm por objetivo conceder um
benefício aos beneficiários indicados. Os planos com cobertura de invalidez total
e permanente têm por objetivo conceder um benefício ao próprio participante.
94
AUTOATIVIDADE
I. O período de carência, quando existir, não poderá ser superior a seis meses.
II. O período de carência será fixado na nota técnica atuarial e no regulamento.
III. Quando a morte for causada por acidente, não será considerado período
de carência.
IV. Quando a invalidez total e permanente for causada por acidente, não será
considerado período de carência.
a) ( ) Cobertura.
b) ( ) Pagamento do benefício.
c) ( ) Diferimento.
d) ( ) Sobrevivência.
e) ( ) Invalidez.
95
a) Incide sobre as contribuições, sendo cobrada no ato da mesma.
b) Incide sobre o patrimônio do fundo.
c) Incide sobre as contribuições na saída do participante.
d) Majora a taxa atuarial existente na tábua biométrica.
e) É responsável por cobrir as despesas administrativas, como envio de
extratos, manutenção de uma central de atendimento, contabilidade.
96
UNIDADE 2 TÓPICO 4
A CAPITALIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Em qualquer economia do mundo, tão importante como a existência de
produção e consumo, também é importante a formação de poupança. Isto também
vale no plano individual e familiar. Uma reserva financeira nos permite enfrentar
situações imprevistas e/ou realizar investimentos. Por outro lado, o ser humano
tem verdadeira paixão por apostas e loterias. Veremos que a capitalização reúne
as duas coisas.
97
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
DICAS
98
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
TRADICIONAL
Permite ao cliente a acumulação de uma reserva por meio de
pagamentos mensais ou únicos, devolvendo 100% do valor acumulado
ao fim do prazo. Durante o período, desde que esteja com as
mensalidades em dia, o cliente concorre a sorteios em dinheiro. Essa
modalidade também é utilizada para as soluções de garantia locatícia.
POPULAR
Modalidade de produto cujo foco principal é a participação em
sorteios, sem a obrigatoriedade da devolução integral dos valores
pagos pelo cliente. Nessa modalidade, pode haver cessão de parte da
reserva para instituições filantrópicas.
INCENTIVO
Solução sob encomenda para empresas de diversos segmentos,
que permite a aquisição de séries inteiras de títulos e a utilização
de sorteios para atrair, conquistar ou fidelizar clientes em ações
promocionais.
COMPRA PROGRAMADA
Acumulação mensal vinculada à aquisição de bens duráveis com
sorteio de prêmios (CNSEG, 2016, grifos do original).
99
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
2 HISTÓRIA E REGULAMENTAÇÃO
A história ou surgimento da capitalização é algo bastante criativo e
interessante. Ela surge com o desejo de um líder classista em oferecer um benefício
diferente para seus liderados. Ele imaginava uma forma de as pessoas terem acesso
mais rápido a um dinheiro que, com base apenas em seus salários, elas levariam
muitos anos para acumular.
100
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
QUADRO 7 - EVOLUÇÃO
102
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
Guerra (2016) afirma que, assim, a aprovação dada pela SUSEP num
processo administrativo (aprovação do título, do plano, do produto) autoriza a
sociedade a comercializar diversos contratos (títulos) de capitalização, sendo que
103
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
• Poupança Programada
A poupança programada faz-se por meio da aplicação de parte dos
pagamentos realizados pelo consumidor, por um período estipulado, a
uma determinada taxa de juros. Ao montante presente nessa poupança
programada dá-se o nome de capital ou reserva de capitalização, ou,
ainda mais tecnicamente, de Provisão Matemática para Capitalização
(PMC). Ao final de cada mês, os juros decorrentes da remuneração
do capital são adicionados ao próprio capital, passando a fazer parte
dessa provisão matemática para efeito de cálculo dos juros do próximo
período.
Além disso, o capital vai sendo mensalmente atualizado por um índice
predefinido, geralmente a TR. A atualização monetária tem como
objetivo a manutenção do poder de compra do capital, evitando que ele
se deteriore pelos efeitos danosos da inflação.
O saldo desta espécie de conta programada do consumidor (Provisão
Matemática para Capitalização) será utilizado como base para o valor a
que o consumidor terá direito no momento do resgate (valor de resgate).
• Sorteios
Originalmente, o sorteio se constituía em um componente secundário,
uma espécie de atrativo adicional e acessório. Era uma mera antecipação
do recebimento do valor que seria formado ao final do prazo estipulado
no plano, muito similar a um consórcio.
Atualmente, o valor do sorteio é caracterizado por um múltiplo do
pagamento único ou do pagamento mensal, ou periódico do título,
não mais se vinculando ao valor de resgate final do título, podendo,
inclusive, alcançar somas bastante expressivas, enquanto a Provisão
Matemática para Capitalização (PMC) pode originar um valor de
resgate bem menos atraente.
Tais sorteios contemplam apenas alguns dos consumidores com valores
de prêmios que devem ser previamente definidos nos títulos, sendo,
portanto, do conhecimento de todos os participantes.
Ainda que não seja obrigatório que um título de capitalização
apresente sorteios, o que se observa na prática é que quase 100% dos
títulos atualmente existentes possuem este componente para atrair os
consumidores (GUERRA, 2016, p. 24-25).
104
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
DICAS
105
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
ATENCAO
FICHA DE CADASTRO
A ficha de cadastro é obrigatória na modalidade Tradicional e Compra Programada, sendo
facultativa nas modalidades Popular e Incentivo. Quando existente, ela precisa ser preenchida
antes da aquisição do título. Uma vantagem de se ter a ficha de cadastro é que o subscritor
poderá informar quem são os titulares. Exemplo: o pai que compra um título para seus dois filhos.
Ele é o subscritor (assumindo a obrigação de pagar), e os filhos serão os titulares (possuem os
direitos de resgate e de sorteio). A ficha de cadastro poderá conter essa informação (com o nome
dos filhos), definindo, também, qual será a parte de cada filho (50% para cada um, por exemplo).
No entanto, nada impede que essa declaração seja feita à sociedade em documento separado.
106
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
Com relação ao chamado prazo de carência, Guerra (2016) traz que alguns
títulos admitem que o titular possa realizar resgates antes de encerrada a vigência
do título, o que se denomina resgate antecipado. No entanto, o título também
pode estabelecer que isso só pode ocorrer depois de cumprida uma certa parte da
vigência, denominada prazo de carência. Portanto, prazo de carência é o período
de tempo, contado a partir do início de vigência do título, que o titular terá que
aguardar para poder receber o valor de resgate. O prazo de carência não afeta
o direito de participação nos sorteios. Caso ocorrer cancelamento do título por
inadimplência, os recursos existentes na Provisão Matemática para Capitalização
poderão ser levantados pelo titular (não obrigatoriamente de forma integral),
devendo, no entanto, aguardar o cumprimento do prazo de carência. A legislação
permite que a sociedade fixe um prazo de carência para a efetivação de resgates
de, no máximo, 24 meses, porém, nunca superior ao próprio prazo de vigência do
título.
107
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Somente os títulos relativos a uma mesma série podem concorrer aos sorteios
previstos para aquela série. Porém, é possível que uma sociedade de capitalização
comercialize várias séries distintas, observada, no entanto, em cada série, a
quantidade máxima de títulos. Os sorteios relativos a uma série não se comunicam
com outra, isto é, os sorteios e, consequentemente, os títulos ganhadores são
108
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
mais significativos. A legislação exige que, nas condições gerais, sejam inseridos
o índice e o critério de atualização da provisão e a Resolução CNSP 103/2004
estabelece que a Provisão Matemática para Capitalização deve ser atualizada
mensalmente pelo índice pactuado no plano.
permanência no plano, que fica, assim, encerrada. Neste caso, como houve um
rompimento unilateral do contrato de capitalização, o cliente é penalizado com
uma multa (FENACAP; 2016, GUERRA, 2016).
Nas condições gerais também deverá ser incluída uma Tabela de Resgate
que discrimine o percentual de resgate em função do prazo de vigência do
título, considerando todos os pagamentos devidamente efetuados e os demais
parâmetros relevantes para o cálculo, por exemplo, os eventuais fatores de redução
(penalidades) para resgates antecipados. O percentual apresentado deve incidir
sobre o montante dos pagamentos já efetuados até aquele momento, gerando,
assim, um cálculo aproximado do valor a que o titular terá direito, se solicitar o
resgate. Conforme Guerra (2016), o objetivo da Tabela de Resgate é permitir ao
titular um cálculo aproximado, mas de fácil realização, do valor que ele poderia
resgatar numa determinada época durante a vigência do título.
a garantia de que cada título tenha a mesma chance de ser sorteado. Embora não
sejam obrigatórios, existem dois tipos de sorteios:
Sorteio do Tipo Premiação Instantânea
Esse sorteio assemelha-se à chamada ‘raspadinha’. Seria uma forma
de sorteio que se realiza previamente ao início de comercialização da
série, sendo seu resultado sigiloso até a aquisição do título, quando,
então, poderá ser ‘desvendado’ diretamente pelo consumidor. O sorteio
realizado por meio de premiação instantânea deverá atender aos
seguintes requisitos:
Sorteios Comuns
São aqueles que ocorrem durante a vigência do título em datas
estabelecidas pela sociedade de capitalização, ainda que de forma
genérica. Exemplo: sorteio a ser realizado no último sábado de cada mês
de vigência. Nos sorteios comuns, é facultada à sociedade de capitalização
a utilização dos resultados de loterias oficiais para a apuração dos seus
números sorteados ou a utilização de processos próprios para esta
apuração, devendo a escolha estar prevista nas condições gerais. O mais
comum é a utilização do resultado das extrações da Loteria Federal. Na
hipótese de os órgãos oficiais não realizarem os sorteios ou alterarem a
sua forma de realização de modo a torná-los incompatíveis às condições
do título, a sociedade de capitalização deve prever, nas condições gerais
do título, a realização de sorteios próprios substitutivos aos oficiais,
precedidos de ampla divulgação.
Os sorteios obtidos através de processos próprios devem garantir o
direito de o titular presenciar a apuração, devendo ser realizados nas
sedes, sucursais ou quaisquer estabelecimentos de livre acesso aos
titulares, com a presença obrigatória de um representante de auditoria
independente (GUERRA, 2016, p. 70).
112
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
Os valores dos prêmios dos sorteios são definidos sempre como múltiplos
dos valores dos pagamentos. Esta informação deve estar nas condições gerais e
na Nota Técnica Atuarial do título. Os prêmios não são definidos diretamente em
reais, mas sim, como um número (múltiplo) que deverá ser multiplicado pelo valor
de pagamento para se encontrar o prêmio de sorteio em reais. Conforme Guerra
(2016), isso ocorre porque uma mesma série de títulos pode ser comercializada
com valores diferentes de pagamento. Assim, o múltiplo é o mesmo para todos os
títulos, mas os prêmios em reais não. Garante-se, deste modo, o chamado equilíbrio
financeiro da série, isto é, títulos de pagamentos maiores contribuem mais para o
sorteio e, se sorteados, receberão um prêmio maior, apesar de o múltiplo ser o
mesmo para todos.
4 AS MODALIDADES DE CAPITALIZAÇÃO
Vimos, na introdução desta unidade de estudos, que existem quatro
modalidades de capitalização: tradicional, popular, incentivo e compra
programada. A partir de agora conheceremos o que são, como funcionam e quais
as principais características de cada uma dessas modalidades.
113
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
A obrigação de que tais títulos restituam (no mínimo) o valor que foi pago
só existe para o final da vigência, ou seja, nos casos de resgates antecipados não
é obrigatório que o titular receba o valor que foi pago até aquele momento. Para
maior clareza ao consumidor, Guerra (2016, p. 85) enfatiza que na ficha de cadastro,
obrigatoriamente e em destaque, conste a seguinte mensagem:
Este título poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos
efetuados, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo
de vigência. A contratação desse título é apropriada, principalmente,
na hipótese de o subscritor planejar realizar todos os pagamentos e
permanecer até o final da vigência.
114
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
Custo com sorteio No máximo, 15% dos valores pagos pelo subscritor
115
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Saldo da PMC ao final da vigência Inferior a 100% do valor pago pelo subscritor
116
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
117
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Dessa forma, somente a empresa que fará a promoção é quem pode adquirir
títulos daquela série em que será realizado o sorteio para premiar os consumidores
da empresa, evitando-se, assim, que alguém estranho à promoção seja o ganhador
do prêmio.
118
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
119
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Saldo da PMC ao final da vigência No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (
sem considerar atualização monetária e bônus)
Custo com sorteio No máximo, 15% dos valores pagos pelo subscritor
120
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
UNI
2%
1,1%
3% 1,2%
2%
2% 2%
1,6% 1,7%
1%
1%
0,6% 0,5% 0%
0% 0,4% 0,3%
0%
2015 2016 2015 2016
Captalização CP - Plano de risco CP - Plano de acumulação Saúde Suplementar
Ramos elementares
Nota: DIOPS (ANS) - Dados até o segundo trimestre de 2016
Fontes: DIOPS (ANS) - Extraído em 14/09/2016 SES (SUSEP) - Dados até Agosto de 2016
SES (SUSEP) - Extraído em 24/10/2016 SGS (BGB) - Dados até Setembro de 2016
SGS (BGB) - Extraído em 27/09/2016 1) A sigla CP corresponde à Cobertura de Pessoas 2)Valores referentes ao ramo dotal misto foram incluídos na parte
de planos de risco, embora apresente características mistas de rísco e acumulação. 3) Por questões metodológicas, os
valores apresentados diferem dos informados pela ANS e FenaSaúde. 4) Nos termos da Resolução Normativa nº 307, os
valores da ANS relativos aos três primeiros trimestres de cada ano podem estar subavaliados, pois algumas operadoras são
dispensadas da obrigação de envios neste período.
121
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
Verifica-se que o mercado segurador vem ocupando espaço cada vez mais
relevante na economia brasileira. Na verdade, não existe nenhum país no mundo
que tenha uma economia bem desenvolvida sem que possua uma indústria de
seguros vigorosa. Nos chamados países desenvolvidos, a atividade de seguros
representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). É como se a população
economizasse, anualmente, 10% da sua renda para fazer frente aos riscos ou
sinistros a que pessoas e empresas estão sujeitas. E além de conseguir repor suas
perdas, como vimos anteriormente, os seguros, a previdência complementar
e a capitalização são grandes acumuladores de poupança e importantíssimos
investidores na economia de seus países.
LEITURA COMPLEMENTAR
123
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
deixando como sobra uma margem de lucro. Isso envolve decidir sobre uma escala
complexa de fatores afetando tais receitas e despesas.
O princípio da boa-fé
O gerenciamento de riscos
124
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
128
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
129
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
130
TÓPICO 4 | A CAPITALIZAÇÃO
131
UNIDADE 2 | A PREVIDÊNCIA E A CAPITALIZAÇÃO
móveis (para celulares e tablets) que ajudam na oferta de cotações, nos avisos de
sinistros, no processo de regulação e liquidação de sinistros etc.
desses produtos; b) o terrorismo internacional não tem solução à vista nem, por
enquanto, adéqua o entendimento atuarial de modo a se constituir num risco
passível de ser coberto pelo mercado de seguros em escala apreciável. Entretanto,
ataques terroristas têm muitas vezes impactos em várias linhas de negócios (por
exemplo, seguros de propriedades, interrupção de negócios, vida, acidentes de
trabalho etc.) que são frequentemente modelados de forma independente desses
eventos. Assim, as perdas potenciais nessas carteiras podem ser maiores que o
esperado, exigindo reforço de capital próprio da indústria de seguros.
134
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
136
Agora, assinale a alternativa correta:
a) ( ) V,V,V,F
b) ( ) V,F,F,V
c) ( ) V,V,V,V
d) ( ) F,V,V,F
e) ( ) F,F,F,V
a) Contratante e beneficiário.
b) Estipulante e segurado.
c) Subscritor e regulador.
d) Subscritor e titular.
e) Segurado e beneficiário.
137
138
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que lhe ajudarão a compreender o assunto e a fixar os
conhecimentos adquiridos.
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
1 INTRODUÇÃO
141
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
A atuária possibilita que a divisão das perdas ocorra antes dos sinistros,
fato que estabelece outras importantes funções sociais para o setor: acumulação
de recursos e geração de investimentos na economia. Peres (2016) complementa
dizendo que o atuário é o profissional que mensura e administra os impactos
financeiros de riscos futuros, desenvolve e valida modelos financeiros para guiar
a tomada de decisões.
A profissão de atuário não é nova, mas nos últimos anos passou a ser muito
demandada no Brasil. Estas oportunidades resultam do crescimento do mercado
segurador brasileiro a partir do Plano em Real bastando se observar que, até 1994,
o setor representava menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e atualmente
alcança 6,2%. Outro fator importante foi a abertura do mercado ressegurador,
permitindo com que estas empresas se instalassem no país e, consequentemente,
necessitassem contratar profissionais.
142
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
UNI
DICAS
Para saber mais sobre o setor e a profissão, leia o artigo de Aline de Araújo Oliveira,
Robertha Cunha e Yasmim Madeira em: <http://www.webartigos.com/artigos/instituto-
brasileiro-de-atuaria-o-iba-e-a-evolucao-da-atuaria-no-brasil/119779/#ixzz4NBfI7QST>.
2 NOÇÕES DE PROBABILIDADE
Os conceitos de incerteza e chance (ou probabilidade) são tão antigos como
as civilizações e encontram aplicações em diversas áreas, como a medicina, loterias
e jogos, previsão do clima, finanças. Nesta unidade vamos usar vários conceitos
importantes da Teoria dos Conjuntos (conjunto, elemento, subconjunto, conjunto
vazio) para compreender o significado de espaço amostral e evento, além da
definição de probabilidade.
143
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
lançamento de um dado com seis faces: o espaço amostral será o conjunto formado
pelos números {1,2,3,4,5 e 6}.
Peres (2016, p. 10) diz que “denomina-se espaço amostral, ou espaço das
possibilidades, o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento”. O
autor representa o espaço amostral por S e apresenta os seguintes exemplos:
a) S = {cara, coroa}
b) S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
c) S = {(cara, coroa), (cara, cara), (coroa, cara), (coroa, coroa)}
2.2 EVENTO
Pela teoria das probabilidades, um evento é um subconjunto do espaço
amostral ao qual é associado um valor de probabilidade. Habitualmente, quando
o espaço amostral é finito, qualquer subconjunto é um evento. Como todos os
eventos são conjuntos, habitualmente são escritos entre chaves (exemplo: {1, 2,
3}), e representados graficamente usando Diagramas de Venn. Estes diagramas
são particularmente úteis na representação de eventos, pois a probabilidade dos
eventos pode ser identificada pela razão entre áreas de eventos e do espaço de
probabilidade. Observe-se na figura a seguir que B é o espaço amostral e A é um
evento.
B
A
FONTE: O autor
144
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
S = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1),
(3, 2), (3, 3),
(3,4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5),
(5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}
A = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)};
B = {(4, 6), (5, 5), (6, 4)};
C = Ø (evento impossível);
D = S (evento certo);
E = {(1, 2), (2, 1), (2, 4), (3, 6), (4, 2), (6, 3)}.
2.3 PROBABILIDADE
A palavra probabilidade deriva do latim probare (provar ou testar). A
história da teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados
e de roleta e, por isso, se utilizam muitos exemplos de jogos de azar no estudo
da probabilidade. A teoria das probabilidades permite que se calcule a chance
de ocorrência de um número em um experimento aleatório (aquele experimento
que quando repetido em iguais condições pode fornecer resultados diferentes,
145
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Evento Simples
Classificamos assim os eventos que são formados por um único
elemento do espaço amostral.
A = { 5 } é a representação de um evento simples do lançamento de
um dado cuja face para cima é divisível por 5. Nenhuma das outras
possibilidades são divisíveis por 5.
Evento Certo
Ao lançarmos um dado é certo que a face que ficará para
cima terá um número divisor de 720. Este é um evento certo,
pois 720 = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1, obviamente qualquer um dos números da
face de um dado é um divisor de 720, pois 720 é o produto de todos eles.
Evento Impossível
No lançamento conjunto de dois dados, qual é a possibilidade de a
soma dos números contidos nas duas faces para cima ser igual a 15?
Este é um evento impossível, pois o valor máximo que podemos obter
é igual a 12. Podemos representá-lo por , ou ainda por A = {}.
Evento União
Seja A = { 1, 3 } o evento de ocorrência da face superior no lançamento
de um dado, ímpar e menor ou igual a 3 e B = { 3, 5 }, o evento de
146
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
Espaço amostral = {(cara, cara, cara), (cara, cara, coroa), (cara, coroa, cara),
(coroa, cara, cara), (coroa, coroa, cara), (coroa, cara, coroa), (cara, coroa, coroa),
(coroa, coroa, coroa)} ou oito situações.
147
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
3 ESPERANÇA MATEMÁTICA
A esperança matemática também é conhecida por valor esperado. Trata-
se de um conceito estatístico que caracteriza a soma das probabilidades de cada
possibilidade de saída de um experimento aleatório multiplicada pelo seu valor.
Isto é, representa o valor médio esperado de uma experiência se ela for repetida
muitas vezes. Em atuária, esperança matemática é basicamente o resultado que se
espera obter com uma variável aleatória, ou um conjunto delas, multiplicado pela
probabilidade de ocorrência dessas variáveis, acrescido de um fator de capitalização
financeira, que visa manter o valor do dinheiro durante o tempo. Por representar o
valor de equilíbrio entre receitas e despesas de determinado produto, a esperança
matemática também é conhecida como preço puro ou preço de custo. Ao resultado
dessa relação é agregado o carregamento, uma taxa que objetiva financiar as despesas
de administração da empresa e da comercialização do produto (WIKIBOOKS, 2016).
E = Q × p × vn
Onde:
E = esperança matemática
Q = ganho esperado
p = probabilidade
vn = fator de desconto financeiro
148
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
Veremos adiante que o prêmio final a ser pago pelo segurado é chamado
de prêmio bruto. Ele corresponde ao prêmio comercial acrescido de eventuais
encargos e das despesas com impostos. Como aplicação prática, Peres (2016, p. 14-
15) apresenta os seguintes exemplos:
Exemplo 1: Sabendo que a probabilidade de perda de um determinado
bem é 1/5 e que o seu valor é de R$ 2.000,00, qual será a esperança
matemática se desprezarmos o fator de desconto?
E = Q × p × vn
E = 2.000,00 × (1/5) × 1
E = R$ 400,00 (que é o valor esperado ou esperança matemática).
E = Q × p × vn
149
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
E = 1.000,00 × (1/100) × 1
E = R$ 10,00
E = p × Q × vn
E = 8% × 40.000 × 1 = R$ 3.200.00
PC = PP / (1 – α)
PC = PP / (1 – α)
PC = 300 / (1 – 0,45)
PC = R$ 545,45
PP = PE × (1 + θ)
PP = 250 × (1 + 0,05)
PP = R$ 262,50
150
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DE ATUÁRIA
TUROS
ESTUDOS FU
151
RESUMO DO TÓPICO 1
152
AUTOATIVIDADE
a) ( ) R$ 1,00
b) ( ) R$ 2,00
c) ( ) R$ 5,00
d) ( ) R$ 10,00
e) ( ) R$ 20,00
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
155
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Complementa Arruda (2005) que a exposição aos riscos puros, em que não
há qualquer expectativa de ganho, leva a crer na existência de pouca informação
ou na falta de oportunidade e/ou recursos para sua transferência por meio dos
contratos de seguros. As pessoas ou empresas que assumem os riscos puros de
forma consciente e/ou negligenciada podem nos passar, até mesmo, uma percepção
de irresponsabilidade. Afinal, é notório que as perdas consequentes da exposição
a tais riscos (como vendavais, enchentes, terremotos, incêndios, roubos, colisões,
mortes, entre outros) trazem dificuldades para o desenvolvimento econômico de
uma sociedade. Alguns autores apresentam uma definição interessante para a
operação de seguros: ao transferir um risco puro ao segurador, o segurado (pessoa
física ou jurídica) troca uma despesa futura, incerta, mas de elevado valor (como a
perda de uma unidade industrial em consequência de incêndio) por uma despesa
imediata, certa, e de valor comparativamente reduzido, que corresponde ao custo
do seguro.
156
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
A determinação de preços não é uma tarefa fácil. Além dos aspectos técnicos
ou estatísticos, outros fatores precisam ser considerados. Assim como em qualquer
outro negócio, cada produto tem um custo de desenvolvimento e manutenção.
Também é necessário observar o que a concorrência está oferecendo e que preços
vem praticando, o que a seguradora deseja alcançar com cada produto e se as suas
expectativas de retorno são mais imediatas ou de longo prazo.
TUROS
ESTUDOS FU
Ao final desta unidade você encontrará uma síntese do artigo em que Luccas
Filho (2016) provoca uma reflexão sobre os critérios de formação dos preços em seguros.
157
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Exemplo 1:
Qual o Valor Matemático do Risco ou Frequência Relativa de uma amostra
com 750 mil veículos segurados considerando que, entre colisões e roubos, ocorreram
82.500 sinistros?
Exemplo 3:
Qual o custo médio dos sinistros em uma carteira de seguros de
automóveis em que foram gastos R$ 495 milhões para indenizar 82.500
ocorrências de sinistros?
CMS = 495.000.000,00 = R$ 6.000,00
82.500
Exemplo 4:
158
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
Calcular o custo médio dos sinistros pagos por uma seguradora que
indenizou um total de 800 mortes em sua carteira de seguro de vida e com isso
gastou R$ 68 milhões.
159
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Ou
160
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
No de Seguros 320.000
Ou
a) Primeira forma: É utilizada para objetos ou riscos idênticos. Para obter a taxa,
divide-se o Prêmio Estatístico (PE) pela Importância Segurada (IS) e multiplica-
se o resultado por 100, para representá-lo em percentagem, como expresso na
relação a seguir:
TE = ( PE × 100 ) %
161
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
IS
Exemplo: Usando o exemplo anterior (em que temos uma amostra de 320
mil seguros de vida) e considerando que todas as pessoas seguradas se encontram
na mesma faixa etária e contrataram a mesma Importância Segurada (R$ 50.000,00),
podemos dizer que todos os riscos são idênticos. Como já conhecemos o valor do
Prêmio Estatístico (R$ 212,50), a Taxa Estatística será de:
b) Segunda forma: É utilizada para riscos ou objetos semelhantes, mas que não
são idênticos. Nestes casos, a Taxa Estatística é obtida pela relação entre o Total
Indenizado e a soma de todas as Importâncias Seguradas. O resultado será
multiplicado por 100 para representá-lo em percentagem:
PE = TE × IS
162
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
IS
VEÍCULO QUANTIDADE IS TOTAL
INDIVIDUAL
Modelo A 150.000 20.000,00 3.000.000.000,00
Modelo B 400.000 30.000.00 12.000.000.000,00
Modelo C 200.000 40.000,00 8.000.000.000,00
Total 750.000 23.000.000.000,00
Calcularemos agora a Taxa Estatística, que será única para todos os veículos,
pois entendemos que eles estão expostos a riscos semelhantes (mesma região de
circulação, mesmo perfil de motoristas etc.)
TE = 2,152%
PE = TE × IS Portanto
PE do modelo A = 2,152% x R$ 20.000,00 = R$ 430,40
PE do modelo A = 2,152% x R$ 30.000,00 = R$ 645,60
PE do modelo A = 2,152% x R$ 40.000,00 = R$ 860,80
PE
VEÍCULO QUANTIDADE PE TOTAL
INDIVIDUAL
Modelo A 150.000 430,40 64.560.000,00
Modelo B 400.000 645,60 258.240.000,00
Modelo C 200.000 860,80 172.160.000,00
Total 750.000 494.960.000,00
163
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Denominação Destinação
Destinados à administração da
Despesas administrativas (DA) ou Gastos
seguradora, como paramento de folha
de Gestão Interna
salarial, alugéis, comunicações.
São aqueles originados pelo processo
Despesas da Aquisição e Produção (DP) comercial de distribuição e venda
ou Gastos de Gestão Externa do seguro, englobando comissão de
corretagem, material de propaganda.
164
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
TC = (PC × 100) %
IS
165
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
166
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
Alíquota Operações
I. de resseguro;
II. obrigatório, vinculado a financiamento de imóvel habitacional, realizado por
agente do Sistema Financeiro de Habitação;
III. de crédito à exportação e de transporte internacional de mercadorias;
IV. contratado no Brasil, referente à cobertura de riscos relativos ao lançamento
0 (Zero) e à operação dos satélites Brasilsat I e II;
V. em que o valor dos prêmios seja destinado ao custeio dos planos de seguro
de vida com cobertura por sobrevivência;
VI. Seguro Aeronáutico e Seguro de Responsabilidade Civil pago por
transportador aéreo; e
VII. Seguro Garantia.
167
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
168
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
169
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
170
TÓPICO 2 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS GERAIS
Prazo em % Prazo em %
meses meses
13 108 37 278
14 116 38 284
15 124 39 291
16 132 40 297
17 140 41 303
18 147 42 309
19 155 43 315
20 162 44 321
21 169 45 327
22 176 46 333
23 183 47 338
24 (2 anos) 190 48 (4 anos) 344
25 197 49 350
26 205 50 356
27 212 51 362
28 219 52 367
29 226 53 373
30 233 54 379
31 239 55 384
32 246 56 389
33 252 57 394
34 259 58 400
35 265 59 405
36 (3 anos) 271 60 (5 anos) 410
171
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os seguros podem ser contratados a prazo curto (usando tabela que agrava o
prêmio em termos relativos), a prazo longo (usando tabela que reduz o prêmio
em termos relativos) ou à base pro rata temporis (proporcional ao número de dias
de vigência).
172
AUTOATIVIDADE
173
174
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Ao tratar dos métodos para precificação de seguros, Peres (2016) comenta
que o cálculo do prêmio é uma das atividades mais importantes de uma seguradora.
O princípio básico desse cálculo, visto no dimensionamento do prêmio estatístico,
vem do conceito de se cobrar o suficiente para cobrir todas as indenizações oriundas
dos sinistros a pagar. Se isso não ocorrer, obviamente, a seguradora poderá ficar
insolvente (incapacitada de honrar seus compromissos). Diversos são os conceitos
e metodologias envolvidos no cálculo do prêmio, no entanto, a citação a seguir
destaca quatro métodos de precificação:
175
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
2 TÁBUAS DE MORTALIDADE
Já sabemos que nos seguros de pessoas e previdência podemos estar
tratando do risco morte ou de uma sobrevivência por período superior ao
normalmente esperado. Neste cenário, o cálculo das expectativas de vida torna-se
de fundamental importância.
Peres (2016) acrescenta que existem várias tábuas de mortalidade para medir
a sobrevida, ou seja, quanto uma pessoa de determinada idade provavelmente
ainda vai viver. As tábuas têm denominações usando abreviatura, como AT
(Annuity Table), acrescentando-se o ano em que foi finalizada. Pode também haver
alguma outra diferenciação no nome da tábua, por exemplo, o sexo do segurado
ou se ele é ou não fumante. No Brasil, as mais utilizadas são as tábuas AT-83 Male
(para mortalidade masculina) ou AT-83 Female (para mortalidade feminina) e AT-
2000 Male (vide Anexo 3) ou AT-2000 Female.
176
TÓPICO 3 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA
177
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
x = idade;
lx = número de pessoas vivas ou pessoas sobreviventes com idade x;
dx = número de pessoas mortas com idade x, ou seja, número de pessoas que
alcançaram a idade x, mas morreram antes de atingir a idade x + 1;
qx = probabilidade de uma pessoa com idade x morrer, obrigatoriamente, antes de
atingir a idade x + 1;
px = probabilidade de uma pessoa com idade x sobreviver à idade x + 1, ou seja, é
a probabilidade de uma pessoa de idade x sobreviver, pelo menos, mais um ano
(chegar vivo, obrigatoriamente, à idade x + 1).
178
TÓPICO 3 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA
179
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
dx = lx – lx + 1
lx+1 = lx – dx
O número de vivos com idade x é representado por lx, que retrata o número
de casos possíveis. De forma análoga, as pessoas que sobreviveram à idade x + 1 são
representadas por lx+1, refletindo os casos favoráveis. Transportando para a fórmula
acima, temos que:
180
TÓPICO 3 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA
px = lx + 1
lx
p40 = 1 – q40
p40 = 1 – 0,003530
p40 = 0,996470 = 99,647%
n
px = lx + n
l
x
x = 40
n = 55 – 40 = 15
npx = lx + n 15p40 = l 55
lx l 40
Assim:
x = 40
n = 55 – 40 = 15
l – l
/nqx = (
x x+n )=
lx
182
TÓPICO 3 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA
q = 0,098475 = 9,8475%
/15 40
3 REGIMES FINANCEIROS
Os regimes financeiros são modelos que possibilitam estabelecer o equilíbrio
entre as receitas (prêmios) e despesas (sinistros pagos) de um plano de seguro ao
longo de um determinado período de cobertura. Em outras palavras, pode-se dizer
que regime financeiro é a maneira pela qual o seguro será financiado. Dependendo
do regime financeiro adotado, o valor do prêmio cobrado pela seguradora poderá
financiar os sinistros ocorridos durante o período de competência do prêmio pago
ou ser suficiente para cobrir um período maior. Enquanto no primeiro caso não há
acúmulo de recursos, no segundo caso a seguradora deve provisionar uma parcela
do prêmio pago para ser utilizada no futuro. De acordo com Peres (2016, p. 30-31,
grifos do original), existem três regimes financeiros: repartição simples, repartição
de capitais de cobertura e capitalização.
183
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
184
TÓPICO 3 | A FORMAÇÃO DO PREÇO NOS SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA
Repartição de
Repartição Simples Capitalização
Capitais de Cobertura
Acúmulo individual
Não há Não há Há
de recursos
Coberturas de risco
Tipo de benefício e Coberturas de risco Coberturas de risco
por morte e invalidez
prazo de pagamento por morte e invalidez por morte e invalidez
ou por sobrevivência
185
RESUMO DO TÓPICO 3
186
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 0,0179
b) ( ) 0,0213
c) ( ) 0,0313
d) ( ) 0,0479
e) ( ) 0,0513
188
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Se as pessoas transferem os riscos relacionados com prejuízos que não
poderão suportar, é natural esperar que quem assume estes riscos tenha capacidade
para tanto. Assim, a solvência ou capacidade de uma seguradora honrar com
todas as indenizações pelas quais venha a ter que responder é praticamente uma
obrigação. Isso exige muita severidade não só nos controles internos, como também
nos controles externos, sejam eles os realizados por auditorias independentes ou
pelo órgão regulamentador e fiscalizador.
189
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
2 PROVISÕES TÉCNICAS
Como as seguradoras assumem riscos que podem ocorrer ao longo de
determinado período, normalmente um ano, evidentemente elas não podem gastar
de imediato (e sem qualquer critério) os valores (prêmios) que recebem de seus
segurados, pois isso implicaria na possibilidade de faltar recursos para honrar com
os compromissos assumidos.
Segundo Arruda (2005), “as provisões técnicas têm por finalidade garantir
o pagamento de ocorrências futuras, não permitindo que a parcela destinada a
cobrir os riscos assumidos (prêmio puro) seja consumida antes do final de vigência
do seguro”.
A Circular CNSP 321/2015 dispõe sobre as provisões técnicas. No seu
Artigo 4º ela estabelece que, para garantia de suas operações, as Seguradoras e as
Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) deverão constituir as
seguintes provisões técnicas, quando necessárias:
190
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Qual a provisão que precisa constituir ao final dos primeiros 30 dias de vigência?
191
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
A sigla IBNR tem origem na expressão em inglês “Incurred But Not Reported”.
Ela deve ser calculada atuarialmente em função do montante esperado de sinistros que
já ocorreram, mas que ainda não foram avisados até a data-base das demonstrações
financeiras. Deve-se considerar aqui que, pelas mais diversas razões, muitas pessoas
(físicas ou jurídicas) demoram para comunicar a ocorrência de sinistros (podendo
fazê-lo, com regra geral, pois existem exceções na legislação, no prazo de até um
ano). Sua apuração considera a sinistralidade de períodos anteriores.
3 LIMITES DE RETENÇÃO
O Artigo 77 da Resolução CNSP 321/2015 trata dos limites de retenção das
seguradoras, EAPC e resseguradores locais. Limite de retenção é o valor máximo
de responsabilidade que estes operadores do mercado podem reter em cada
risco isolado, sendo determinado com base no valor dos respectivos patrimônios
líquidos ajustados (PLA).
ATENCAO
192
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
4 MARGEM DE SOLVÊNCIA
Em outras palavras, margem de solvência pode ser entendida como o
principal indicador da saúde financeira de uma seguradora, empresa de previdência
ou capitalização. Este indicador está disciplinado, também, pela Resolução CNSP
321/2015, que, no seu Capítulo V, trata do Capital Mínimo Requerido (CMR), do
Capital de Risco (CR) e do Plano de Regularização de Solvência (PRS).
193
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
ATENCAO
194
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
195
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Prêmios Emitidos
(-) Prêmios cancelados
(-) Prêmios restituídos
(-) Resseguros cedidos
(-) Cosseguros cedidos
= Prêmios Retidos
(+-) Variação de reserva de prêmio não ganho
= Prêmios Ganhos
(-) Provisão de indenização de sinistro
(+-) Ajuste das provisões de indenizações
(+) Recuperação de sinistros
(+) Salvados e ressarcimento
(-) Participação em salvados e ressarcimentos
(+-) Variação da provisão de riscos decorridos
= Margem Técnica
(-) Comissões
(-) Descontos
(+) Recuperações de comissões
(+-) Variação de comissões diferidas
= Margem de Contribuição
196
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
197
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
6 INDICADORES DE DESEMPENHO
Os indicadores de desempenho organizacional são ferramentas básicas
utilizadas para o gerenciamento do sistema organizacional. Eles são essenciais
ao planejamento e controle dos processos das organizações, possibilitando o
estabelecimento de metas e o seu desdobramento. Os resultados observados
são fundamentais para a análise crítica dos desempenhos, para a tomada de
decisões e para um novo ciclo de planejamento. Os indicadores de desempenho
organizacional são utilizados pelos gestores da alta administração para trabalhar
de maneira eficiente conquistando todos os objetivos almejados. A utilização de
indicadores poderá ter grande relevância no sucesso de uma empresa, visto que eles
são usados como ferramenta de estratégia em diferentes níveis de departamentos
organizacionais. Por isso que é conveniente que a empresa faça uso de mais de um
indicador, com o intuito de realizar uma tomada de decisão eficaz (WIKIPÉDIA,
2016).
a) Índices de Prêmios
• Acordos operacionais
• Baixo limite operacional ou técnico (capacidade de retenção)
b) Índices de Sinistros
c) Índices de Performance
199
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
lucro. Assim, havendo queda na margem técnica, torna-se necessário ajustar uma
destas variáveis ou aumentar o volume de vendas.
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
200
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
a) Decisão de preços
Bernardi (1996, p. 26) afirma que, “sem uma política de preços definida,
estudada e avaliada, a empresa estará atuando aleatoriamente e sem direção, ou
vendendo muito com prejuízo, ou perdendo negócios, ou até vendendo menos do
que poderia, sem clara consciência de sua performance, do impacto do mercado e
da condição competitiva”.
201
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
202
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Martins (2000) comenta que os custos fixos, por não dizerem respeito a este
ou àquele produto ou a esta ou àquela unidade, são quase sempre distribuídos à
base de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, arbitrariedade.
O mesmo autor refere-se, em sua obra, a um outro método de custeio, o RKW
(abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit), onde todos os custos e
despesas, inclusive as financeiras, são apropriados a todos os produtos. A diferença
em relação ao sistema tradicional – o custeio por absorção – é que no RKW as
despesas são apropriadas. Com o RKW, se chega ao valor de produzir e vender,
bastando adicionar o lucro desejado para se ter o preço de venda final. Ainda,
para Martins (2000, p. 237), “o ABC (Activity-Based Costing), Custeio Baseado em
Atividades, outro método de custeio, voltou a utilizar a mesma filosofia do RKW,
com vantagens para o ABC, já que se introduz uma análise muito mais forte e de
muito melhor qualidade para os rateios”.
203
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Utilizar o elemento custo para chegar ao preço é uma das formas utilizadas
para precificação. Mesmo adotando-se este critério, não se pode desprezar o preço
que está sendo praticado pelo mercado. Bernardi (1996, p. 250) define mark-up
“como um índice (percentual/100) ou percentual que irá adicionar-se aos custos
e despesas”. Dependendo do sistema de custeio escolhido, o índice de mark-up
será maior ou menor, conforme tenham sido apropriados mais ou menos custos e
despesas. Se a empresa está utilizando o sistema custeio variável, por exemplo, os
fixos ficaram de fora na apropriação, mas precisarão, através da fixação do índice
de mark-up, compensar a não alocação. Se a empresa estiver adotando o custeio por
absorção, onde todos os custos são apropriados, o índice de mark-up será menor.
Normalmente o mark-up é um multiplicador ou divisor sobre o custo, ou custo
mais despesas, dos produtos, porém, obtido de relações percentuais sobre o preço
de venda. Assim, a margem é função do preço de venda, o que resulta na seguinte
expressão:
Preço de Venda = Custo
1 - Índice de Mark Up
204
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Pesquisa de campo
TC = TP
1–C
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UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
Conclusões
com a margem estatística de segurança, passa a ser chamada de taxa pura. A essa
taxa são incorporadas outras variáveis, chamadas carregamentos. Alguns desses
carregamentos são incorporados de forma direta ao produto, sendo, portanto,
variáveis, como o de comercialização (despesas comerciais) e o de remuneração do
capital dos acionistas (lucro esperado). O de comercialização depende do valor a ser
pago pela seguradora aos corretores e agenciadores de seguros. O de remuneração
do capital depende de definição dos próprios acionistas. O carregamento referente
às despesas administrativas é alocado ao produto de forma indireta.
Recomendações
207
UNIDADE 3 | NOÇÕES GERAIS DE ATUÁRIA E SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS
208
TÓPICO 4 | SOLVÊNCIA DAS SEGURADORAS E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DICAS
Para ler o artigo completo e/ou ver as referências bibliográficas, acesse: <http://ansp.
biblidocs.com.br/view/arquivos/Artigo%20-%20Preco%20de%20Venda%20em%20Seguros%20
-%20Ac.%20Olivio%20Luccas.pdf>.
209
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
210
AUTOATIVIDADE
1 O que você entende por solvência de uma seguradora e por que ela é
importante para os segurados?
212
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Laís Alencar. Metodologia de análise de risco APP&
HAZOP. Disponível em: <http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/
arquivosUpload/13179/material/APP_e_HAZOP.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2012.
213
FENACAP. Capitalização: o que você precisa saber. Disponível em: <file:///C:/
Users/Henrique/Downloads/Fenacap%20-%20Capitaliza%C3%A7%C3%A3o%20
-%20O%20que%20voc%C3%AA%20precisa%20saber.pdf>. Acesso em: 2 nov.
2016.
214
PACHECO Jr, Waldemar. Gerenciamento de riscos. Especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho. Florianópolis: Universidade Federal de
Santa Catarina, 2007.
215
TORRES, Fabio Camacho Dell'Amore. Seguridade social: conceito constitucional
e aspectos gerais. 2012. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/
index.php?n_link=revista_artigos_leitura&%20artigo_id=11212>. Acesso em: 28
out. 2016.
216
ANEXO 01 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
Grau de
Setor Perigo Causas Consequências Frequência Severidade Recomendações
Risco
Cortes, Máquinas ou
Manutenção preventiva de
1) Pré-corte esmagamentos, equipamento sem a A
Lesões ao III 1 máquinas e ferramentas,
e amputação e proteção adequada Extremamente
trabalhador. Crítica Desprezível treinamento e supervisão quanto
metalúrgica. intoxicação ou ato inseguro pelo remota
ao uso dos EPI’s adequados.
química. operador.
Operação do
Corte nas mãos ou equipamento sem a Orientação e supervisão quanto
Lesões ao D II 3
2) Usinagem cavacos (partículas proteção adequada ao uso dos EPI’s, principalmente
trabalhador. Provável Marginal Moderado
volantes) na vistas. ou ato inseguro pelo os óculos de proteção.
operador.
217
Contaminação por
Uso constante dos EPI’s,
radiação não Exposição ao gás Danos à saúde
C III 3 máscaras e roupas apropriadas
3) Soldagem ionizante, ativo que reage com do trabalhador e
Improvável Crítica Moderado para a função.
queimaduras e o metal, faíscas. lesões.
choque elétrico.
218
219
220
221