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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLÓGIAS

Curso: Arquitectura
4° Ano

Tema: Arquitectura – EPI & EPC


Cadeira: Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho

Discente:
Bruno Pires

Isac Mutimucuio

Paulo Jorge de Miranda Santos

Docente:
Eng. Stelio F. E Moutinho

Beira, 18 de Stembro de 2022


Índice

Capitulo I .......................................................................................................................... 5
1.Introdução .................................................................................................................. 5
1.1.Problematização ...................................................................................................... 5
1.2.Hipotese ...................................................................................................................... 6
1.3.Relevância .................................................................................................................. 6
1.4.Viabilidade ................................................................................................................. 6
1.5.Definição de Âmbito .................................................................................................. 6
1.6.Objectivos ............................................................................................................... 7
1.7.Justificativa ............................................................................................................. 8
Capitulo II ......................................................................................................................... 8
2. Revisão literária ........................................................................................................ 8
2.1.Construção Civil ..................................................................................................... 8
2.2.Segurança do trabalho ............................................................................................. 9
2.3.Riscos ocupacionais ................................................................................................ 9
2.4.Acidente de trabalho ............................................................................................. 10
Capitulo III ..................................................................................................................... 11
3.Arquitectura ............................................................................................................. 11
3.1.Áreas de abrangência da Arquitectura .................................................................. 12
3.2.Medidas de Segurança no ambiente de trabalho ................................................... 13
3.2.1.Equipamentos de Proteção Individual (EPI) .................................................. 13
3.2.2.Equipamentos de Proteção coletiva (EPC) ..................................................... 16
3.3.Ergonomia ............................................................................................................. 18
3.3.1.Ergonomia física ............................................................................................. 19
Capitulo IV ..................................................................................................................... 22
4.Custos Directos e Indirecto ......................................................................................... 22
4.1.Custos Directos .................................................................................................. 22
4.2.Custos Indirecto ................................................................................................. 23
4.3.Produtividade ..................................................................................................... 24
5.Considerações Finais ................................................................................................... 24
6.Referências Bibliográficas ........................................................................................... 25

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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Tabela 1 - Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com
a sua natureza e a padronização das cores correspondentes. ....................................................... 10
Tabela 2 – tabela de custos directos ............................................................................................ 22

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Índice de Figuras
Figura 1-sector de projectos ........................................................................................................ 12
Figura 2 - fiscalização de obras ................................................................................................... 12
Figura 3 - EPI's ............................................................................................................................ 15
Figura 4 - EPC's .......................................................................................................................... 16
Figura 5 - Canteiro de Obras ....................................................................................................... 17
Figura 6 - Ergonomia .................................................................................................................. 18
Figura 7 - tipos de ergonomia ..................................................................................................... 19
Figura 8 - Avisos ......................................................................................................................... 24

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Capitulo I
1.Introdução

A construção é um dos setores mais importantes na economia mundial, pois ela gera
progresso, gera renda e gera crédito através de milhões de empregos tanto para as classes
mais pobres, quanto para todas as outras classes sociais, incluindo empresários, técnicos
de diversas áreas, médicos, engenheiros, arquitetos, contadores e advogados, entre outros.
Além disso, a construção também gera milhões de empregos indiretos nas indústrias de
materiais, nas empreiteiras, nos fornecedores de material de construção e nos
transportadores do mesmo (MACHADO, 2015).

Mas para que o progresso seja benefico é necessario que as actividades não estejam
associadas a altas taxas de derrames de sangue por acidentes de trabalho nos campos das
actividades.

Para isso é associada as actividades um conjunto de protocolos que ajudam a amenizar o


risco de acidentes, sem interferir na produtividade assim como na qualidade do produto
final.

1.1.Problematização

Identificados os problemas, sejam eles, o baixo indice do uso dos EPI’s, falta de
sinalização, condições de trabalho desfavoráveis, sobrecargas, entre outros, qual é a causa
dos problemas encontrados, como trazer melhorias ao ambiente de trabalho no sector em
estudo, como se deve proceder para a resolução dos mesmos, qual medidas adotar para
um campo de trabalho livre de acidentes?

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1.2.Hipotese

Seria a falta do uso dos EPI’s e EPC’s a maior causa de aparição dos acidentes?

1.3.Relevância

É relevante a abordagem do tema em questão, para uma posterior consulta de materiais


na vertente de elaboração de um plano de segurança, e garantir não só a identificação de
problemas, como a solução desses mesmos com o fim de projectar uma melhor condição
de vida no trabalho.

1.4.Viabilidade

O trabalho se apresenta de forma viavel pois agrega valor ao mundo academico, podendo
servir de base para estudos mais profundo sobre o tema abordado. Constitui o principio
de inteeração do tema, e uma base bibliografica para a pesquisa do tema abordado.

1.5.Definição de Âmbito

A Área em estudo constitui um dos ramos do sector de construção, em expansão e


assume-se como um potencial de abrangência, visto que se encontra em crescimento por
conta do crescimento aparente derivado das escolas de formação pioneiras na cidade da
Beira, nomeadamente Universidade Zambeze e Universidade Católica de Moçambique.
É o cerebro da planificação, idealização das construções fazendo com que a diminuição
dos riscos partam desde a idealização ao canteiro de obra, de modo que, algumas atitudes
devam ser previstas desde o inicio.

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1.6.Objectivos

Objectivo geral:

O presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma análise do uso de Equipamentos
de Proteção Individual e colectivos no setor de construção com o foco principal na
Arquitectura, tendo como estimulo a segurança do trabalho.

Objectivos específicos:

• Realizar um levantamento por meio da literatura sobre o uso de EPI’s e EPC’s na


Construção - Arquitectura;
• Reunir as normas regulamentadoras do trabalho no setor de Construção,
relacionadas à saúde e segurança;
• Enfatizar as consequências do não cumprimento das normas regulamentadoras,
como a ocorrência de acidentes no local de trabalho;
• Contribuir para a mitigação, redução e prevenção dos acidentes de trabalho por
meio da divulgação das informações relevantes sobre a saúde e segurança do
trabalho.

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1.7.Justificativa
O presente trabalho busca apresentar um plano logico do uso dos EPI’s e EPC’s no campo
da arquitectura. Além de estuda-lo e apresentar possíveis soluções aos problemas
encontrados, baseando-se de metodologias especificas e estudos de campos,
acompanhadas por registros fotográficos, exemplos vivenciados, levantamentos, entre
outros.

Em suma, busca-se apresentar formas de identificação, analise, estudo e soluções para a


amenização das ocorrências de acidentes no campo de trabalho.

Capitulo II
2. Revisão literária

No presente capítulo serão apresentados alguns estudos, análises de campo, assim como
métodos e técnicas de solucionamento dos problemas encontrados na área em estudo.
Com exposição dos artigos que fundamentam a essência do estudo realizado,
contribuindo no entendimento da questão dos níveis de urbanização intermedio e
completo. Do qual é mencionado:

• Lei n° 8/98 de 20 de Julho


• Lei n.º 4/2021 de 5 de Maio

2.1.Construção Civil

A Construção Civil é caracterizada como atividade produtiva da construção que envolve


a instalação, reparação, equipamentos e edificações de acordo com as obras a serem
realizadas. O Código 45 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
do IBGE, relacionam as atividades da construção civil como as atividades de preparação
do terreno, as obras de edificações e de engenharia civil, as instalações de materiais e
equipamentos necessários ao funcionamento dos imóveis e as obras de acabamento,
contemplando tanto as construções novas, como as grandes reformas, as restaurações de
imóveis e a manutenção corrente (OLIVEIRA, 2012).

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A indústria da construção civil no país é crescente e infere o desenvolvimento econômico
para a geração de emprego. Portanto, é uma atividade que encontra relacionada a diversos
fatores do setor que contribui para o desenvolvimento regional, a geração de empregos e
mudanças para a economia, ou seja, a elevação PIB e tendo em vista seu considerável
nível de investimentos e seu efeito multiplicador sobre o processo produtivo.
(OLIVEIRA, 2012).

2.2.Segurança do trabalho

Segundo Moterle (2014), a segurança do trabalho pode ser entendida como prevenção de
acidentes, visando a preservação da integridade física do trabalhador, pois estudos
mostram que os acidentes influenciam negativamente na produção, trazendo
consequências, que podem envolver perdas materiais, diminuição da produtividade,
contratação de novos funcionários, dias perdidos, até mesmo gastos com indenizações às
vítimas ou aos familiares, entre outros.

2.3.Riscos ocupacionais

Qualquer pessoa está exposta às mais diversas condições que podem ocasionar eventos
ou danos indesejados, seja dentro do ambiente de trabalho, ou fora dele, e que poderão
afetar sua qualidade de vida, como doenças, acidentes, entre outros. A esta possibilidade
de ocorrerem danos denominamos risco. O risco, portanto, é a combinação da
probabilidade de ocorrência e a magnitude de um evento indesejado (FUNDACENTRO,
2004).

O exercício da atividade laboral sob condições inseguras existentes no ambiente de


trabalho expõe o trabalhador a riscos ocupacionais que podem ser classificados em cinco
categorias, conforme o Anexo 5 da Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994 do
Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1994).

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TABELA 1 - TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE
ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES.

2.4.Acidente de trabalho

A indústria da construção civil é reconhecida em todo o mundo como uma das atividades
produtivas de maior perigo para os trabalhadores, especialmente para acidentes de
trabalho fatais e não fatais. (SESI, 2015). A definição legal dom termo acidente do
trabalho é dada pela Lei Federal nº 8.213, Artigo 19: Art. 19. Acidente do trabalho é o
que ocorrem pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

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I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I (BRASIL, 1991).

A execução de tarefas repetitivas e monótonas do trabalho moderno, juntamente à alta


produtividade exigida pelos empregadores, pode levar o trabalhador a sofrimentos
psíquicos e somáticos (MACEDO, 2012). Tal situação é constantemente encontrada na
construção civil, levando, consequentemente, a um aumento nos índices de doença
profissional e do trabalho. Sendo que uma das causa do aumento dos acidentes no trabalho
é o fato de exigir que os trabalhadores se exponham a fatores de risco, tais como, calor,
altura, ruídos esforços repetitivos, dentre outros. (IIDA 2005).

Capitulo III
3.Arquitectura

Arquitetura é a arte ou ciência de projetar espaços organizados, por meio do agenciamento


urbano e da edificação, para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas. Seguindo
determinadas regras, tem como objetivo criar obras adequadas a seu propósito,
visualmente agradáveis e capazes de provocar um prazer estético.

A história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura


passou a existir quando o homem começou a construir para se proteger de predadores e
dos fenômenos naturais. Novas demandas sociais (como o crescimento das civilizações,
a necessidade de interligação entre cidades, o abastecimento de água, a consolidação de
crenças religiosas) ou mesmo a simples busca por formas agradáveis aos olhos forçaram
a humanidade a buscar novos materiais, novas ferramentas e técnicas de construção. É
assim que a arquitetura continua evoluindo até hoje.

Dos tijolos de barro seco ao concreto armado, das casas mais primitivas aos arranha-céus,
das primeiras tumbas sagradas às grandiosas catedrais européias, de pequenos vilarejos
pré-históricos às ilhas artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta
Terra, em linhas, texturas e cores.

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3.1.Áreas de abrangência da Arquitectura

FIGURA 1-SECTOR DE PROJECTOS


Com o passar do tempo a necessidade dos espaços organizados, da gestão de um projecto
de construção, a reforma de uma casa ou até mesmo de um compartimento, a visualização
tridimensional de um empreendimento, a idealização Urbana de cidades, a fiscalização
de Obras em decurso, entre outros aspecto, se assumem abrangidos pelo alcance dos
arquitectos.

FIGURA 2 - FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

Os arquitectos actuam em diversas áreas de abrangência, desde escritório à obras, o que


os remete à cuidados ligeiros e à cuidados extremos, no caso de obras de grande
vergadura.

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3.2.Medidas de Segurança no ambiente de trabalho

Como dito anteriormente o ambiente de trabalho na construção ocorrem acidentes, aonde


muitas vezes, vem a ocasionar graves consequências tanto ao empregador quanto ao
colaborador. Por isso é primordial realizar uma avaliação nesse ambiente de trabalho e
fazer um levantamento dos riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estão expostos
e propor medidas de segurança e melhorias.

De acordo com estudos de Iida (2005), é importante que a empresa tenha conhecimento
profundo das condições de trabalho e suas consequências, e da satisfação do trabalhador
em tais condições, de maneira a estabelecer melhores critérios de aquisição de mão-de-
obra e equipamentos, proporcionar um melhor relacionamento entre os trabalhadores em
geral e a administração, e estabelecer mudanças para favorecer as relações de trabalho.
Para Sampaio (1998) muitos acidentes poderiam ser evitados se as empresas
desenvolvessem ou implantassem programas de segurança e saúde no trabalho, além de
oferecerem maior atenção à educação e ao treinamento de seus operários.

As capacitações e treinamentos são vistos como medidas preventivas para a redução do


risco. Além desses, existem equipamentos de proteção com o objetivo de amenizar ou até
mesmo eliminar os riscos em relação ao colaborador:

• Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s);

• Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s);

3.2.1.Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

O EPI tem sua existência jurídica assegurada em nível de legislação ordinária, através
dos artigos 166 e 167 da CLT (BRASIL, 1943), onde define e estabelece os tipos destes
equipamentos, a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre
que as condições de trabalho os exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade
física dos trabalhadores.

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De acordo com a Norma Regulamentadora, NR-06 Equipamentos de Proteção
Individual – EPI (Brasil, 2018), define-se EPI como todo dispositivo ou produto de uso
individual utilizado pelo trabalhador com o intuito de proteção aos riscos sujeitos de
ameaça a segurança e a saúde no trabalho.

O uso dos EPI’s encontra-se previsto nas Leis de Consolidação do Trabalho (CLT) e
regulamentado pela NR 06 - EPI, sendo o mesmo, segundo a legislação vigente,
obrigatório. A entrega destes equipamentos deve ser fornecida pelo empregador que
também tem a obrigação de fiscalizar o uso por parte de seus empregados e de promover
ações que conscientizem os seus trabalhadores da importância do uso dos EPI’s quando
estes se recusam a usar.

Segundo a NR 6 (BRASIL, 2018) os equipamentos de proteção individual podem ser


classificados em diferentes grupos:

• A - EPI para proteção da cabeça; (ex: capacete aba total PVC);

• B - EPI para proteção dos olhos e face; (ex: óculos de policarbonato);

• C - EPI para proteção auditiva; (ex: protetor auricular tipo concha alcochoada e
regulagem para acoplamento ao capacete);

• D - EPI para proteção respiratória;(ex: respirador descartável contra poeira e névoa);

• E - EPI para proteção do tronco; (ex: macacão eletricista);

• F - EPI para proteção dos membros (ex: luva nitrílica);

• G - EPI para proteção dos membros inferiores; (ex: botina inteira vaqueta cabedal
em couro hidro fugado com biqueira);

• H - EPI para proteção do corpo inteiro (ex: vestimenta condutiva para proteção de
todo o corpo contra choques elétricos);

• I - EPI para proteção contra quedas com diferença de nível (ex: cinturão de
segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura).

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FIGURA 3 - EPI'S
Na Figura 3, podemos observar o capacete utilizado para proteger o crânio do colaborador
contra impacto de objetos e choques elétricos; o calçado de segurança para proteger os
pés contra a queda de objetos e materiais cortantes; as luvas para proteger as mãos contra
riscos de origem mecânica e elétrica; os óculos para proteger os olhos contra impacto de
partículas e por último o protetor auricular para proteger o sistema auditivo contra os
níveis de ruído.

A Arquitectura faz uso de EPI’s quando se aborda aos trabalhos de campo,


nomeeadamente levantamentos de edificações em ruínas ou existentes, fiscalização de
obras, entre outras actividades que exige a presença de profissionais da área. Os EPI’s
surgem no ambito de proteger aos usuarios de um eventual acidente face a dinamica da
actividade em curso.

Quando se trata de emprego de EPIs, o SESI (2015) destaca que uma regra necessária e
importante a ser considerada é o desenvolvimento de um programa de segurança do
trabalho. No entanto, diversas organizações ao invés de eliminar ou neutralizar o risco na
fonte geradora, preferem proteger o individual, continuando, ainda, com o risco no
ambiente de trabalho.

A proposta de um sistema de gestão, voltada com maior atenção ao monitoramento,


procedimentos e métodos quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual e
coletivo e paralelamente a necessidade da massificação nos treinamentos, palestras nos
canteiros de obras e a qualificação dos profissionais, faz com que a intensificação das
informações aos colaboradores quanto ao uso corretos dos equipamentos, aumente a
possibilidade da redução dos índices de acidentes do trabalho.

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3.2.2.Equipamentos de Proteção coletiva (EPC)

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é todo dispositivo ou sistema de âmbito


coletivo destinado a preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, tem
como objetivo a proteção do trabalhador, porém é de menor eficiência, são os exemplos:
sinalização de segurança, proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos,
corrimão de escadas, etc.(BRASIL, 2018).

De acordo com SESI (2015), são elementos que servem de barreira entre o perigo e o
trabalhador. Numa visão mais ampla, são todas as medidas de segurança tomadas numa
obra para proteger uma ou mais pessoas.

Como os principais EPC’s usados na construção civil podermos citar:

• Sinalização de segurança (ex: placas, cones, etc);

• Duto de entulho;

• Guarda-corpo;

• Plataformas de retenção de entulho;

• Tela de fachada;

• Linha de vida.

FIGURA 4 - EPC'S

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FIGURA 5 - CANTEIRO DE OBRAS
A Figura 4, representa alguns EPC´s utilizados na Industria da Construção Civil,
observamos a tela de fachada, a sinalização e o duto de entulho.

A NR 18 (BRASIL, 2018) especifica a necessidade de uma tela de fachada (Figura 1)


em todo o perímetro da edificação, a fim de evitar que objetos, ferramentas e detritos
sejam projetados para fora da edificação e causem danos aos funcionários, transeuntes e
construções nos arredores da obra.

Segundo o Sesi (2015) a sinalização de segurança é aquela que proporciona uma


indicação ou uma obrigação relativa à segurança ou situação determinada, mediante sinais
em forma de placa, cor, sinal luminoso ou acústico, uma comunicação verbal ou um sinal
gestual. Na figura 1, a sinalização foi representada pelos cones.

A NR 18 (BRASIL, 2018) caracteriza que a remoção dos entulhos, por meio da


gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente (Figura 1), com
inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em todos os
pavimentos.

Segundo Vieira (2005) os EPC´s atuam diretamente no controle das fontes geradoras
de agentes agressores ao homem e ao meio ambiente, e, como tal, devem ser prioridade
de qualquer profissional da área de segurança.

O uso dos EPC’s não despresam o uso dos EPI’s, é necessário que ambos os cuidados
estejam patentes para que os riscos sejam reduzidos da maior forma possível.

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As EPC’s são presentes nos campos de trabalho em curso ou em pausa, equipamentos
esses que direccionam os visitantes assim como os operários, e enfatizam a presença de
perigo e alerta de precaução.

3.3.Ergonomia

Por exemplo, um trabalhador de 1,70m não tem como alcançar adequadamente uma
estante situada a 2,20m do chão. Se o fizer seu manuseio será certamente impróprio
podendo causar queda própria ou do objeto manuseado. Vemos aqui que as perdas
materiais e os acidentes podem ter a mesma origem. Porém este trabalhador entende que
não poderá deixar cair a caixa de lâmpadas que tenta retirar desta estante. Por falta de
uma escada ou acessório equivalente pode ser levado a improvisar com o que esteja
disponível.

O acessório inadequado poderá também causar os mesmos problemas – ou piores! Vemos


aqui que a organização do trabalho também pode agravar uma inadequação
antropométrica que já não tenha sido considerada. E não basta dispor de um acessório
fixo para este operador de 1,70m pois ele pode ser substituído por um de 1,60m no
próximo turno. Imaginem se tiver-se que escolher a altura do operário como critério de
formação de equipes?

FIGURA 6 - ERGONOMIA

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Numa boa ergonomia a antropometria física (as dimensões estáticas e dinâmicas do
corpo) , a fisiologia do trabalho (o funcionamento de nossos sistemas fisiológicos em
diversos regimes), a psicologia experimental (a percepção de sinais, a discriminação de
indícios, a leiturabilidade de instrumentação) a higiene e a toxicologia (os riscos
envolvidos nas atividades) contribuem com a adequação da tecnologia e da organização
do trabalho aos trabalhadores reais.

A ergonomia é definida como “conjunto de disciplinas que estuda a organização do


trabalho no qual existem interações entre seres humanos e máquinas. O papel da
ergonomia é avaliar e orientar corretamente à saúde do colaborador, evitando acidentes,
doenças e lesões ocupacionais.

Não se pode adequar o trabalho ao ser humano se não se sabe de que ser humano se trata,
portanto, que características, habilidades e limitações estamos nos referindo?

Para uma ordenação desse campo empregamos uma classificação destes conteúdos,
sugerida pela International Ergonomics Association (IEA): ergonomia física, cognitiva e
organizacional.

FIGURA 7 - TIPOS DE ERGONOMIA


3.3.1.Ergonomia física

Por ergonomia física entenderemos o foco da ergonomia sobre os aspectos físicos de uma
situação de trabalho. E eles são inegavelmente reais: trabalhar engaja o corpo do
trabalhador exigindo-os de várias formas ao longo da jornada de trabalho. A ergonomia
física busca adequar estas exigências aos limites e capacidades do corpo, através do
projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico homem-máquina : as
interfaces de informação (displays) as interfaces de acionamentos (controles).

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Para tanto são necessários diversos conhecimentos sobre o corpo e o ambiente físico onde
a atividade se desenvolve.

No campo dos postos de trabalho, as especificações da Ergonomia física se orientam para


modificações do contexto físico do trabalho que evitem a produção de esforços excessivos
ou inadequados como os movimentos repetitivos. Essas especificações colocam como
exigência, em geral, reconfigurações do posto de trabalho que irão implicar em mudanças
na tecnologia física que muitas vezes podem se tornar inviáveis do ponto de vista
financeiro, como, por exemplo, elevar ou abaixar uma plataforma, ou ainda modificar
toda uma instalação.

No campo dos ambientes as especificações da ergonomia física desaguam em


recomendações relativas à higiene - manter o ambiente em um estado que não agrida a
integridade do organismo - mesmo do conforto ambiental, buscando as melhores
condições possíveis para o desempenho da atividade. Em certos casos o aspecto de
eficiência ambiental se torna crucial.

Normativamente esse tema vem sendo tratado pelo estabelecimento de padrões


ambientais que estabelecem níveis de ruído, temperatura, iluminamento, qualidade do ar
e demais aspectos aparentemente de fácil normalização. No entanto é enorme a
dificuldade de se trabalhar, sob o prisma da adequação com limites de tolerância a agentes
agressores, já que entre as faixas de conforto e as faixas de tolerância de um parâmetro
ambiental se estabelece uma região de nebulosidade: os limites superiores de conforto
jamais coincidem com os limites de tolerância.

Na arquitectura a Ergonomia física é de extrema importancia, pois uma das bases da


arquitectura é a criação de projectos, projectos esses que exigem o esforço físico e
cognitivo do arquitecto, o que culmina em varias horas de trabalho no escritório ou em
espaços de criação.

A ergonomia auxiliar no contacto homem-maquina, assegurando as condições basicas


para o devido exercício das tarefas do pessoal de trabalho. O posicionamento ideal na
secretária face ao computador, o manuseio de cargas, entre outros trabalhos, culminam
na fadiga e redução de produtividade.

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Vantagens

• aumento na produtividade;

• clima organizacional favorável;

• trabalhadores satisfeitos;

• menos riscos de acidentes e doenças ocupacionais;

• redução no número de atrasos e faltas;

• redução no número de pedidos de demissão;

• menos riscos de problemas emocionais (ansiedade, estresse e depressão).

Riscos no ambiente de trabalho sem ergonomia

• Postura inadequada;

• Repetição nos movimentos;

• Iluminação deficiente;

• Ritmo acelerado do trabalho;

• Monotonia de atividades;

• Grandes jornadas de trabalho;

• Levantamento de cargas pesadas.

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Capitulo IV

4.Custos Directos e Indirecto


4.1.Custos Directos

São todos os custos que podem ser directamente associados às unidades produzidas (ou
vendidas). Tais são, por exemplo, os custos com matéria-prima, com mão-de-obra directa,
com materiais de embalagem, com comissões, com despesas tributárias. ( Martinez)

Supondo que a empresa STEEL- ARQ (arquitectos de Aços), com 20 trabalhadores


pretende adquirir os Equipamentos de Protecção Individual (EPI’s) para os seus
trabalhadores.

TABELA 2 – TABELA DE CUSTOS DIRECTOS

Ícones Nome do (EPI’s) Função de Valor por Total em valores

(EPI’s) unidade (mts)

8.000,00mts
Capacete aba Protecção da 400,00mts
total (PVC) cabeça

7.000,00mts
Óculos de Protecção dos 350,00mts
policarbonato olhos e face

Auricular tipo Protecção 700,00mts


14.000,00mts
concha auditiva

Respirador Protecção 100,00mts 2.000,00mts


descartável respiratória

Macacão Protecção do 850,00mts 17.000,00mts


electricista tronco

5.700,00mts
Luva nitrílica 285,00mts

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Protecção dos
membros
Protecção dos
Sapatos (Botas) 34.000,00mts
membros 1.700,00mts
inferior

Protecção
26.000,00mts
Cinturão de contra quedas 1.300,00mts
segurança com diferença
de nível

Colecte reflector Protecção de 750,00mts 15.000,00mts


tronco

Total: 128.700,00mts

A empresa STEEL- ARQ tem como os custos directos num valor de 128.700,00mts, para
a compra dos Equipamentos de Protecção Individual para os seus 20 trabalhadores.

4.2.Custos Indirecto

Custos Indiretos: são todos os custos que não podem ser diretamente associados às
unidades produzidas (ou vendidas). Tais são, por exemplo, as despesas administrativas,
os demais custos de fabricação (mão-deobra indireta de produção, energia elétrica,
materiais secundários), as despesas financeiras.

Exemplo2:

Supondo que a empresa PRO.ARQ (Profissionais Arquitectos), faz periodicamente a


manutenção ou compra e substituição dos seus Equipamentos de Protecção Colectivos
(EPC’s), como é o caso de: Sinalização de segurança (placas, cones, etc); Duto de entulho;
Guarda-corpo; Plataformas de retenção de entulho; Tela de fachada; Linha de vida,
Extintores de incêndio.

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Essa manutenção ou compra e substituição dos Equipamentos de Protecção Colectivas
bem como outros equipamentos por exemplo: (Computadores, cadeiras, Lâmpadas,
limpeza na área de trabalho), e o acompanhamento do desgaste psicológico dos
funcionários, constituem os custos indirectos para empresa.

4.3.Produtividade

Na melhoria dos Equipamentos de Protecção Individual, bem como a concentração dos


trabalhadores e manutenção ou substituição dos Equipamentos de Protecção Colectivos
gastos ou danificados, a empresa reúne ganhos porque automaticamente, reduzirá o índice
de ocorrência de acidentes dos seus trabalhadores no local de trabalho, e também evitará
gastos relacionados com cuidados de saúde por parte dos seus trabalhadores, isto é
conforto e bem-estar no trabalho, consequentemente a produtividade da empresa
aumentará positivamente. Por exemplo: a aplicação de cartazes ou infograficos no local
de trabalho a explicar, a maneira correcta de sentar numa cadeira ou a proibir o uso de
telemoveis no local de trabalho, pode evitar distrações e acidentes no trabalho. Assim
sendo ajuda a manter o conforto, ordem entre os trabalhadores e aumenta a produtividade.

FIGURA 8 - AVISOS

5.Considerações Finais

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Em suma buscou-se mostrar de forma clara e objetiva qual o papel da Segurança do
Trabalho, em virtude da utilização do EPI, com foco na construção - Arquitectura. Como
forma de prevenção de acidentes e exigido por lei, simplesmente o fornecimento,
palestras explicativas e o uso do EPI não impedem que acidentes aconteçam. A
conscientização dos riscos do uso indevido ou não utilização dos EPIs e
treinamentos do qual os empregados passam não é satisfatório, caso não ocorra a
escolha do equipamento mais adequado à função e ao funcionário, visando
mobilidade e conformo ao mesmo, além de uma melhor aceitação por parte dos
usuários.
É preciso palestras e treinamentos periódicos a funcionários que já estão na empresa,
e para os novos empregados, é preciso passar uma base sólida do devido uso do EPI
e sua devida utilização, tendo sempre um técnico ou engenheiro de segurança no
canteiro de obras a fim de corrigir os erros quanto a utilização dos equipamentos de
segurança e advertir os empregados que se negam a usar os EPIs, uma vez que foi
comprovado que os mesmos podem evitar grandes tragédias no ambiente de trabalho,
inclusive de óbito.

6.Referências Bibliográficas

25
OLIVEIRA, V.F. O papel da Indústria da Construção Civil na organização do espaço
e do desenvolvimento regional. Congresso Internacional de Cooperação Universidade-
Indústria. Taubaté (SP), 2012.

MOTERLE, N. A importância da segurança do trabalho na construção civil: um


estudo de caso em um canteiro de obra na cidade de Pato Branco – Pr. 2014. 45 f.
Trabalho de Conclusão de Curso – Programa de PósGraduação em Engenharia,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2014.

FUNDACENTRO, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do


Trabalho. Introdução à Higiene Ocupacional. São Paulo: FUNDACENTRO, 2004. 84
p.

BRASIL. Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Brasília, 1994. Disponível em: <
http://trabalho.gov.br/servicos-do-ministerio >. Acesso em: out. 2019.

SESI. Serviço Social da Indústria. Segurança e saúde na indústria da construção no


Brasil: diagnóstico e recomendações para a prevenção dos acidentes de trabalho,
2015. Brasília: SESI/DN, 2015.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2a edição revisada e ampliada. São Paulo:


Edgard Blücher, 2005.

VIEIRA, S. I. Manual de saúde e segurança do trabalho: segurança, higiene e


medicina do trabalho. Volume 3. São Paulo: LTR, 2005.

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