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MARCOS ANTONIO DEMELLAS JUNIOR

SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

RONDONÓPOLIS-MT
2018
MARCOS ANTONIO DEMELLAS JUNIOR

SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado


ao Curso de Engenharia de Produção da
Instituição Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas Sobral Pinto-FAIESP

Orientador: Valdanes Paludo

Rondonópolis
2018
SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera de Rondonópolis,
como requisito parcial para a obtenção do título
de graduado em Engenharia Civil.

Aprovado em: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)


Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, pois, sem ele nada é realmente
possível nesta vida e também aos meus
pais.
AGRADECIMENTOS

Sempre a Deus, pois sem ele realmente nada é possível, aos meus pais, que
sempre me apoiaram a não desistir mesmo agora nessa reta final.
Também agradeço aos meus colegas de classe que mesmo depois deste
tempo ainda se importa em ajudar.
Obrigado a todos vocês, são parte de mais uma conquista em minha vida.
DEMELLAS JUNIOR, Marcos Antonio. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL. 2018.
Xx páginas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Unic Educacional,
Rondonópolis.

RESUMO

xxxxxx

Palavras-chave: xxx. xxx. xxxx.


ANDRADE, Stéfanny Alves Ferreira De. SAFETY IN CIVIL CONSTRUCTION -
PREVENTION OF ACCIDENT IN HEIGHT. 2017. 56. Course Completion Work Civil
Engineering - Anhanguera Educacional, Rondonópolis, 2017.

ABSTRACT

xxxxx

Keywords: xxxx. xxx. xxxxx.


8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................... 09

1.1 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA13


1.1.1 Segurança do Trabalho........................................................................................ 14
2.1 ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS......................................................................20
2.1.1 Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT)....................................................20
2.1.2 Normas Regulamentadoras..................................................................................21
2.2 RISCOS E ACIDENTES..........................................................................................23
3.1 AS MAIS RELEVANTES NORMAS REGULAMENTADORAS .............................27
3.1.1 NR 04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho..........................................................................................................................27
3.1.2 NR 05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes..........................................28
3.1.3 NR 06 Equipamentos de Proteção Individual .....................................................31
3.1.4 NR 09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.......................................32
3.1.5 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.....34
3.1.6 NR 35 – Segurança e Saúde no Trabalho em Altura.............................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 36
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................37
1 INTRODUÇÃO

Saúde ocupacional visa à promoção e manutenção do mais alto grau de


desenvolvimento físico, mental e bem-estar social dos trabalhadores em todas as
ocupações. Perigos resultantes de locais de trabalho podem prejudicar a saúde e o
bem-estar dos trabalhadores; portanto, é necessário antecipar, reconhecer, avaliar e
controlar esses riscos. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) em
todos os momentos é uma boa prática e segura para proteger a exposição dos
trabalhadores a riscos e lesões durante as suas atividades dentro da fábrica. Os
acidentes de trabalho têm sido frequentemente associados negligência das
empresas que oferecem condições de trabalho inseguras e a empregados
displicentes que cometem atos inseguros. Segundo o Ministério da Previdência
Social (2015), durante o ano de 2013, foram registrados no INSS cerca de 717,9 mil
acidentes do trabalho.
Na construção civil, a probabilidade de o trabalhador sofrer um acidente é
grande, já que convivem diariamente com situações de risco. Por isso os
empregadores são obrigados a cumprir as normas de prevenção de acidentes e os
colaboradores obrigados a seguir os procedimentos e utilizarem os equipamentos de
proteção (EPI/EPC). A maioria dos acidentes acontece por não compreenderem a
importância do uso desses equipamentos, e principalmente por acharem que os
mesmos atrapalham o desenvolvimento de suas atividades. Devido ao grande
número de acidente por queda de altura, foi feito um estudo especifico sobre este
assunto. A NR 35 – Segurança e saúde no trabalho em altura, como o nome diz, é a
norma especifica para trabalhos em altura e foi aprovada através da Portaria nº 313,
assinada em 23 de março de 2012, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).
Nesta pesquisa serão abordados assuntos pertinentes à segurança do
trabalho, focando no trabalho em altura e quais os principais métodos de prevenção
de acidentes trazendo informações claras e objetivas. A proteção individual está
relacionada conjunto de equipamentos utilizados pelo empregado na hora do
desenvolvimento de suas atividades e é fator imprescindível e não pode ser vista
como uma escolha. O empregador é o responsável para treinar e orientar os
funcionários, mas preservar e guardar os equipamentos ficam por conta dos
colaboradores. Pode-se entender nesse sentido que os EPI conforme a Norma
Regulamentadora NR-6, onde qualquer dispositivo ou produto, que seja de uso
individual que venha a ser usado pelo trabalhador com objetivo de o proteger de
riscos que venham a ameaçar a segurança e a saúde do mesmo no trabalho. Esse
trabalho se faz importante porque serve como um alerta para os empregadores
para que tomem as devidas providências com relação à segurança dos
empregados bem como o uso de EPI para que acidentes sejam evitados
destacando a importância de se instalar medidas preventivas na obra
conscientizando empregador e empregados despertando o interesse para
preservação da vida.
A queda em altura está entre os principais acidentes do trabalho com causa
morte na construção civil. Este trabalho exige cuidados extremos de profissionais
como, por exemplo, pedreiros de reboco externo e pintores de edifícios que ficam
em grande risco de queda. Mesmo com treinamentos e cursos obrigatórios a
incidência é grande. Com isso surge o questionamento. Qual a importância do
atendimento das normas de segurança e a redução dos acidentes de queda em
altura levando em consideração a saúde do empregado?
O objetivo geral do trabalho foi estudar, através de pesquisas bibliográficas
referentes ao assunto, a importância das medidas de proteção individual quanto
coletiva para a segurança e prevenção de acidentes em altura na construção civil.
Os objetivos específicos buscaram apontar causas e consequências dos acidentes
de trabalho em altura, identificar fatores de riscos para profissionais com funções
associadas ao trabalho em altura e descrever os métodos de prevenção de
acidentes de trabalho em altura através das Normas Regulamentadoras.
A pesquisa bibliográfica é aquela que se utiliza de fontes secundárias, ou
seja, aquelas que já foram publicadas tais como livros, jornais, revista, artigos entre
outras. Seu objetivo é fazer um levantamento de tudo o que já foi escrito sobre o
assunto. Permitindo assim uma análise de todas as informações colhidas,
encontrando dessa maneira a resolução do problema que está sendo estudado. A
pesquisa está sendo feita em livros, artigos, reportagens, monografias e são
selecionados conforme o assunto proposto.
2 SEGURANÇA DO TRABALHO

Com o início da Revolução Industrial no século XVIII os problemas de


acidentes e doenças do trabalho se agravaram rapidamente. As longas jornadas de
trabalho exaustivo, o ambiente de trabalho precário e sujo deixavam os
trabalhadores em situações de riscos de acidentes e a doenças. Foi na Alemanha no
ano de 1884 que surgiram as primeiras leis de acidente do trabalho e que se
estenderam a vários países da Europa chegando ao Brasil por meio do Decreto
Legislativo nº 3.724, de 15.01.1919. Foi criada pelo Tratado de Versalhes a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) onde as normas de segurança e saúde
dos trabalhadores decolaram, colaborando assim na prevenção de acidentes do
trabalho. A OIT criou diversas convenções que o Brasil incorporou à legislação
interna do país, a exemplo a Convenção nº 167 – segurança e saúde na construção.
Mas somente em 1946 que o Brasil integrou a segurança do trabalho na constituição
brasileira.
A Indústria da Construção Civil tem como característica um número elevado
de acidentes de trabalho gerando diversas perdas de recursos humanos e
consequentemente financeiro. A maioria dos acidentes de trabalho acontecem
devido a negligencia do empregador com relação as condições de trabalho
oferecidas ao empregado bem como os empregados que muitas vezes cometem
erros por falta de atenção.
Mas existem diversos fatores que contribuem para que ocorram acidentes de
trabalho devido às condições ambientais como calor, altura, ruídos e esforços
repetitivos, contribuindo para aumentar os riscos de acidentes no trabalho ao que o
empregado é exposto bem como seus aspectos psicológicos. Existem nesse
ramo uma falta de cultura, de exigência e de consciência por parte do empregador
gerando números elevados de acidentes e doenças do trabalho, que muitas vezes
podem ser fatais.
Segurança do Trabalho são medidas de estudos que visam à proteção do
trabalhador enquanto exerce sua função em seu local de trabalho, com intenção na
diminuição dos acidentes de trabalho, assim como manter uma preocupação no que
diz respeito a consciência e higiene do trabalho. Qualquer tipo de atividade
profissional expõe o trabalhador a riscos de acidentes ou de doenças ocupacionais,
tendo isto em vista a engenharia de segurança no trabalho, tem o objetivo de
prevenir os riscos de acidentes ou que possam causar doenças ao trabalhador,
visando à defesa da vida assim como a preservação do meio ambiente. (SOMESB,
2008).
Segundo Benite (2004) o termo “segurança” pode ser definido como “estar
livre de riscos inaceitáveis de danos”. O termo “saúde” é definido como “estado de
bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou
enfermidades”. Com isso pode ser concluído que o termo “segurança e saúde do
trabalho” define-se como “o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos nos
ambientes de trabalho, garantindo o bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores” (BENITE, 2004).
De acordo com Henrique (2010) o profissional de engenharia de segurança
pode resumir suas atividades em uma única só palavra “prevenção”, pois tudo que
se aprende em um curso de engenharia de segurança do trabalho se diz respeito a
prevenção de riscos, de acidentes, ou doenças relacionadas ao trabalho, assim
como prevenir a integridade física do trabalhador. As medidas multidisciplinares
adotadas pela engenharia de segurança do trabalho são tecnológicas,
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas.
É possível afirmar que a origem da engenharia de segurança se deu
juntamente com a origem da humanidade, e desde então caminham juntas por
milhões de anos. O homem, por conta da sua capacidade de raciocínio, percebeu a
necessidade de construir grupos de pessoas e passar a viver em sociedade, com
isso conseguindo desenvolver ao longo do tempo, um tipo de vida e um modo de
produção capaz de garantir a sua sobrevivência. O homo habilis, ainda na pré-
história, já havia a necessidade de ferramentas que facilitavam a sua alimentação e
abrigo, essas ferramentas eram feitas de pedras, pedaços de pau, e de osso, muitas
vezes pontiagudos e cortantes.
Esses equipamentos foram sendo aprimorados com o passar dos anos ate
chegar ao homo sapiens, descobriram os metais e minérios, o qual os aperfeiçoou e
desenvolveu técnicas que lhes pudessem proporcioná-los um modo de vida mais
confortável, porém descobriram também as primeiras doenças causadas por esses
próprios materiais utilizados. No período Neolítico são encontrados os primeiros
vestígios do que se define hoje como “trabalho”, nas conhecidas comunidades
tribais, onde a forma de economia era primitiva (caça, pesca, criação e agricultura
rudimentar), embora alguns estudos apontam que a origem do trabalho se deu a
milhões de anos antes do período Neolítico (SOBES, 2012; SILVEIRA; GARRETT,
1997).
O trabalho teve algumas fases evolucionárias através dos tempos, conforme
Silveira e Garret (1997):

 Primeira fase – Produção de Subsistência: O trabalho se resume as


atividades de caça e pesca, garantindo o sustento e sobrevivência.
 Segunda fase – Produção Artesanal: O homem aprende a plantar, a
cultivar e a armazenar os alimentos. Trabalho manual e de produção
agrícola.
 Terceira fase – Produção Industrial: Descobre-se a máquina a vapor,
a energia hidráulica e a eletricidade. Invenção da máquina de fiar (1738).
Enorme concentração de trabalhadores em fabricas improvisada, com
elevado número de acidentes. Revolução Industrial (1760-1830).
 Quarta fase – Produção em Série: Início da produção de automóveis
(1905). Implantação da atividade única para cada funcionário, ou seja, cada
funcionário realizaria somente uma única atividade.
 Quinta fase – Automação Tecnológica (Robótica): Produção
automatizada. Diminuição da força braçal.
 Sexta fase – Serviços de terceirização, autônomos e cooperativas de
mão de obras: Acaba-se as contratações de trabalhadores, sendo nessa
fase o início das prestações de serviço. A mão-de-obra se torna mais
precária e perdem-se os direitos conquistados (SILVEIRA, GARRET, 1997).

As questões relativas a saúde ou segurança do trabalhador, mesmo de


maneira muito restrita, existem desde as antigas civilizações gregas, egípcias e
romanas, as informações referentes a esses acontecimentos são escassas devido
que naquela época os trabalhadores que executavam atividades de risco eram
somente escravos conquistados através de guerras. Era comum, escravo com
deformações físicas ou outro tipo de sequelas ocasionadas pela maneira como eles
eram tratados por seus empregadores (donos). Nesta época o trabalho era
considerado uma atividade humilhante, já que o mesmo, como já foi dito acima, era
executado somente por escravos conquistados em guerra, o que nesse período era
considerado extremamente justo e necessário (SOMESB, 2008). As leis de proteção
do trabalhador também se evoluíram com o passar do tempo.
Em 1700, um médico italiano chamado Bernadino Ramazzini, considerado o
pai da medicina do trabalho, publicou o livro De Morbis Artificium Diatriba, essa obra
descreve com intensidade as doenças relacionadas a diversas profissões, entre
elas: mineiros, químicos, oleiros, ferreiros, joalheiros, pedreiros, e muitos outros. Foi
identificado e relacionado, uma série de doenças que afetavam os trabalhadores
daquela época, com o trabalho. Muito depois, exatamente em 1802 foi aprovado
pelo Parlamento Britânico a 1ª lei de proteção aos trabalhadores, conhecida como
“Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes”, que restringia em 12 horas de trabalho
diário, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar as paredes das
fabricas duas vezes ao ano, e tornava obrigatória a ventilação nas mesmas
(SILVEIRA, 2002).
Com a Revolução industrial os meios de produção até então dispersos e
baseados na cooperação individual, passaram a se localizar nas grandes fábricas,
ocasionando significativas transformações econômicas e sociais. As minas de
carvão aumentaram pelo fato de que as máquinas a vapor usavam o carvão para o
seu funcionamento. O trabalho nas minas era degradante e de condições
desumanas, era comum a ocorrência de incêndios, explosões, intoxicação por
gases, inundações e desmoronamentos, assim como eram comuns doenças como
tuberculose, anemia e asma (GOMES, 2011).
No período do Brasil Colonial, a economia era agrária exportadora, produção
monocultora e com produção baseada em latifúndios, não havia nenhuma
preocupação com as condições de trabalho e de vida daqueles que não faziam parte
da corte, sendo que a parte trabalhista do Brasil Colonial e Império eram formados
por escravos trazidos da África. Os escravos trabalhavam até 18 horas diárias,
podendo ainda ser castigados por direto, pelos seus proprietários caso não
mostrassem eficiência ou produtividade em serviço. Em 1730, por motivo destas
condições de trabalho, a vida útil de um escravo jovem era em média 12 anos.
Somente no século de XIX, com as limitações referentes ao tráfico de
escravos, os proprietários começaram a apresentar alguma preocupação em relação
à saúde destes trabalhadores, para garantir um tempo maior de exploração da força
de trabalho dos seus escravos. Como a principal atividade econômica nos primeiros
anos era agrícola-extrativista seguida pela mineração, ambas utilizando mão-de-
obra escrava, os escravos viviam amontoados em bandos nas senzalas, em
péssimas condições de higiene e salubridade, exerciam trabalho pesado em
engenhos e canaviais, sem exigir nenhuma melhoria nas condições de trabalho
(MOREIRA, 2003; SOBES, 2012).
Segunda a Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança (SOBES,
2012), no século XVI, de acordo com o modelo adotado em Portugal, iniciaram-se as
atividades de controle sanitário no Brasil, que priorizava os controles de Físico,
cirurgião e boticário. Eram atribuídas às câmaras municipais, a limpeza da cidade, o
tratamento da água e esgoto, o comercio de alimentos e o abate de animais.
Após a abolição da escravatura e com a proclamação da República, criou-se
um novo cenário social, nessa época acontecia um enorme processo imigratório
através dos portos do Rio de Janeiro e Santos, desencadeando um quadro
preocupante de saúde de publica e de um desordenado crescimento nos centros
urbanos. Os imigrantes viviam em situações precárias, recebiam salários
baixíssimos, desgastantes jornadas de trabalho, e sem nenhum tipo de proteção por
legislação social (SOBES, 2012).
"As primeiras leis de acidente do trabalho surgiram na Alemanha, em 1884,
estendendo-se logo a vários países da Europa, até chegar ao Brasil por meio do
Decreto Legislativo nº 3.724, de 15.01.1919". (SALIBA, 2010, p. 21).
Nos primeiros anos da república no Brasil, apesar da produção ser
predominantemente rural, podia ser encontrado nas cidades, oficinas, manufaturas
de moveis, lojas de roupas, sendo que a maioria dos trabalhadores eram
estrangeiros, devido a grande migração existente nesta época, e a situação de
trabalho era de certa forma degradante e se assemelhava as condições de trabalho
da Inglaterra na época da Revolução Industrial. Foram registrados alguns
movimentos grevistas, que apesar de dispersos, avolumaram-se em relação a
frequência e intensidade. No período de 1901 a 1914 registrou-se 129 greves no
Brasil, sendo 91 delas somente na cidade de São Paulo (MOREIRA, 2003)
Em 1919 surge a primeira lei de proteção ao trabalhador, onde estabelecia
que o trabalhador acidentado não necessitava apresentar provas de culpa do patrão
para receber indenizações. As medidas de segurança ocupacional no Brasil foi
surgindo aos poucos, com a fiscalização nas fabricas em relação as condições de
trabalhos nas mesmas, através do Decreto Legislativo nº 3.724 de 15 de Janeiro de
1919. Algum tempo depois, na constituição de 1988 foi tratado da higiene e
segurança do trabalho em relação aos direitos e garantias fundamentais ao
trabalhador (GONÇALVES, 2010).
Segurança do trabalho é definida como um conjunto de medidas e ações que
atuam na prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, para que
assim seja mantida a integridade do trabalhador. "A segurança do trabalho tem
como foco a identificação, avaliação e controle das situações de risco a que são
expostos os trabalhadores nas mais diversas atividades." (NETO, 2011).
A norma regulamentadora que trata da segurança do trabalho (NR 35) foi
criada para proteger os trabalhadores de acidentes do trabalho, mas quando o
acidente é considerado acidente do trabalho? De acordo com o artigo 19 da Lei nº
8.213/91 acidente do trabalho é aquele que acontece quando o exercício do trabalho
provoca lesões corporais ou danos que leve a morte ou perda, que seja permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
A classificação dos acidentes de trabalho é caracterizada em três tipos
(NETO, 2011):·.
· Acidentes típicos são aqueles que acontecem dentro da empresa, em
horário de expediente.
· Acidentes de trajeto são aqueles ocorridos no trajeto casa-trabalho ou
trabalho-casa independente do itinerário escolhido.
· Doença ocupacional ou do trabalho são doenças desenvolvidas em
razão do trabalho, como por exemplo, deficiência auditiva pelo barulho.
Os acidentes geralmente acontecem quando alguma das partes envolvidas,
seja a empresa ou o funcionário, descumpre as normas básicas de proteção. Dentre
as principais causas dos acidentes de trabalho encontram-se atos inseguros e
condições de trabalhos que não oferecem segurança.
17

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