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Araçatuba – SP
2021
¹ Graduada em Engenharia Civil pela UniToledo e Pós Graduanda em Engenharia de Segurança do
Trabalho pelo Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (2021)
GIOVANA GARICA RIQUETTI
Araçatuba – SP
2021
Dedico este trabalho a meus pais, que acreditaram
em mim desde o meu primeiro dia de aula, que
vivenciaram todas as minhas lutas até o presente
momento, são meus maiores exemplos, de grandeza,
humildade e coragem.
AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos vão especialmente para minha família; meus pais, que
acreditaram e lutaram pelos meus sonhos e objetivos, que me ampararam nos momentos
mais difíceis durante todo meu processo educacional; a minhas tias e tios que sempre se
orgulharam da pessoa e profissional que estou me tornando.
Agradeço imensamente aos amigos que pude fazer durante todo esse tempo,
pessoas que me ajudaram nos estudos, e estão comigo até o presente momento.
Gratidão a todos os professores que passaram pelo meu processo, que despuseram
seu tempo para me ajudar nos momentos de dúvidas, incluso de todo o conhecimento que
me passaram. Em especial a uma professora da Graduação, que tive a honra de formar
um vinculo de amizade, que acreditou em meu potencial como aluna e pessoa.
E por fim, agradeço a minhas amigas de infância, que mesmo de longe, sempre
acreditaram em mim, e mantiveram todo sentimento que boas e velhas amigas possuem.
O presente trabalho visa analisar e avaliar a aplicação de um PPRA em uma empresa que
presta serviços de construção civil, possui o intuito de levantar as conformidades ou não
conformidades de acordo com cada item presente na NR 9 – Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais, levantando informações que visam a preservação da saúde e da
integridade do trabalhador, uma vez que, apesar de todas as garantias entregues pelos
empregadores, ainda sim acontecem milhares de acidentes de trabalho em todo e qualquer
tipo de empresa, por isso a necessidade da aplicação de ações corretivas e preventivas,
ligadas diretamente a aplicação do PPRA. Foram identificados neste documento a
necessidade de uma melhor disposição.
This work aims to analyze and evaluate the application of a PPRE in a company that
provides civil construction services, it aims to raise the compliance or non-compliance
according to each item present in NR 9 - Environmental Risk Prevention Program, raising
information aimed at preserving the health and integrity of the worker, since, despite all
the guarantees provided by employers, thousands of work accidents still happen in any
type of company, hence the need to apply actions corrective and preventive, directly
linked to the application of the PPRE. The need for better provision has been identified
in this document.
LT – Limite de Tolerância
NR – Normas Regulamentadoras
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 11
4. DESENVOLVIMENTO ........................................................................... 20
5. CONCLUSÃO .......................................................................................... 26
6. REFERÊNCIAS ....................................................................................... 27
1. INTRODUÇÃO
11
2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
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2.2 Principais Legislações no Brasil
A preocupação por prover serviços médicos aos trabalhadores começou a se
refletir no cenário internacional também na agenda da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), criada em 1919 (MENDES; DIAS, 1991). Surgiu com isso, o primeiro
decreto que regula as obrigações provindas de acidentes no trabalho, o Decreto nº 3.724,
de 15 de janeiro de 1919 que “Regula as obrigações resultantes dos acidentes no
trabalho”, segundo Freudenthal (2006) inaugura a legislação acidentária brasileira, já sem
a exigência de culpa para a responsabilização da empresa empregadora.
Conforme a Câmara dos deputados, o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho, no qual estatui “as normas que regulam as
relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas”.
Embora tenha sido decretado em 1919 o início da legislação trabalhista, foi
somente em 1959 que foi ampliada a definição de acidente de trabalho e redefinido com
característica multicausal (SARQUIS; CRUZ; HAUSMANN; FELLI; PEDUZZI, 2004).
A Lei nº 5.161, de 21 de outubro de 1966, “Autoriza a instituição da Fundação
Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho e dá outras
providências”.
Conforme a Portaria de nº 3.214, criada em junho de 1978, teve apenas vinte e
oito Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
do Trabalho, aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), das trinta e seis
atuais. Foi somente em 1987, que as principais normas legais davam ênfase aos acidentes
de trabalho e as características especificas do trabalho (SARQUIS; CRUZ;
HAUSMANN; FELLI; PEDUZZI, 2004), já que as leis teriam sido elaboradas pelo
Ministério do Trabalho.
Alguma das principais Normas Regulamentadoras (NRs) para a Segurança e
Saúde do Trabalho são:
13
2.2.2 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
5.1 A comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), tem como objetivo
a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a prevenção da vida e a
promoção da saúde do trabalhador (NR 5, 2019)
14
que foi proposto no PPRA é realmente eficaz, é controlando a saúde do trabalhador
através do PCMSO.
O que muita gente não sabe é que a legislação em vigor exige que todos
empregadores e instituições que admitem trabalhadores como empregados são
obrigados a elaborarem e implementarem o PCMSO e o PPRA. Veja, portanto,
que independente do número de funcionários e do ramo de atividade, é
obrigatória a elaboração e implementação dos programas de prevenção em
comento. (FERNANDES, 2013)
2.4.1 PCMSO
Descrita na NR 7, de Portaria SEPRT n.º 6.734, atualizada em 09 de março de
2020, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), conforme o item
7.1.1 “possui o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação
aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de
Risco – PGR”, no qual, se diz a respeito da última atualização da NR 9, em 10 de março
de 2020, conforme Reategui (2019) garante aos trabalhadores a melhor qualidade de vida
possível no trabalho visando a promoção da saúde e, também, o incremento da
produtividade, da qualidade e da competitividade.
Todas as empresas, independente do número de empregados ou do grau de
risco de sua atividade, estão obrigadas a elaborar e implementar o PCMSO,
que deve ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores especialmente os riscos identificados nas avaliações previstas no
PPRA. (MENDES; DIAS, 2003)
De acordo com Júnior (2017) o PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo
de iniciativas da empresa no campo da saúde do funcionário, já que garante ao trabalhador
melhor qualidade de vida no trabalho.
O PCMSO tem por finalidade a melhoria das condições de trabalho e nos
diagnósticos precoce e redução de doenças profissionais, desenvolvendo uma consciência
prevencionista e procurando reduzir o número de acidentes de trabalho. (REATEGUI,
2017).
2.4.2 PPRA
Descrita na NR 9, de Portaria SEPRT n.º 1.359, atualizada em 09 de dezembro de
2019, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), para Miranda e Dias
(2003), tem como objetivo a prevenção e o controle da exposição ocupacional aos riscos
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ambientais, isto é, a prevenção e o controle à riscos químicos, físicos e biológicos
presentes nos locais de trabalho.
9.1.1 O PPRA visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais. (NR 9, 2019).
A aplicação do PPRA é de obrigação do empregador, ou seja, todas as empresas,
independente do número de empregados ou do grau de risco de suas atividades, estão
obrigadas a elaborar e implementar o PPRA. (MIRANDA; DIAS, 2003).
Seguindo a NR 9 atualizada em 2019, os itens se despõem na seguinte ordem:
I) 9.1 “Do objeto e campo de aplicação”:
Ou seja, implica com a obrigatoriedade da aplicação do PPRA, visando à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, avaliando e controlando os
riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho;
II) 9.2 “Da estrutura do PPRA”:
III) 9.3 “Do desenvolvimento do PPRA”:
IV) 9.4 “Das responsabilidades”:
Do empregador e do trabalhador.
V) 9.5 “Da informação”:
Ou seja, garantir que os trabalhadores recebam informações e orientações, para
prevenir ou limitar o acontecimento dos riscos ambientais.
VI) 9.6 “Das disposições finais”:
9.6.1 Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades
no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para
aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os
trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. (NR 9, 2019).
A última modificação da NR 9, com Portaria SEPRT nº 6.735, em 10 de março de
2020, passou a ter o título “Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes
Físicos, Químicos e Biológicos”.
O texto aprovado foi encaminhado para publicação por meio da Nota Técnica
SEI nº 3098/2020/ME, tendo sido publicado pela Portaria SEPRT nº 6.735, de
10 de março de 2020, a qual estabeleceu, conforme acordado por consenso pela
CTPP, a vigência diferida da NR-09 para 10 de março de 2021. (BRASIL,
2020).
A última atualização, as modificações levaram a possuir a seguinte estrutura:
16
I) 9.1 “Objetivo”:
Diz-se a respeito dos requisitos para avaliação e aplicação de medidas de
prevenção, contra a exposição ocupacional a agentes físicos, químicos e biológicos;
II) 9.2 “Campo de Aplicação”:
Referente a aplicação onde houve exposição ocupacional a agentes físicos,
químicos e biológicos;
III) 9.3 “Identificação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos”:
Conforme o item 9.3.1, deve-se considerar os seguintes requisitos:
a) descrição das atividades;
b) identificação do agente e formas de exposição;
c) possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados às exposições
identificadas;
d) fatores determinantes da exposição;
e) medidas de prevenção já existentes; e
f) identificação dos grupos de trabalhadores expostos.
(NR 9, 2020)
IV) 9.4 “Avaliação das Exposições Ocupacionais aos Agentes Físicos, Químicos e
Biológicos”:
Realizar uma análise preliminar das atividades de trabalho, afim de determinar
adoção direta de medidas de prevenção, realizando avaliação qualitativa, ou aplicando
avaliação quantitativa.
V) 9.5 “Medidas de Prevenção e Controle das Exposições Ocupacionais aos Agentes
Físicos, Químicos e Biológicos”:
Após a identificação dos riscos, deve-se adotar as medidas necessárias para
eliminação ou controle dos mesmos.
VI) 9.6 “Disposições Transitórias”:
Como fins de medidas de prevenção, devem-se adotar critérios e limites de
tolerâncias descritos na NR 15; e como nível de ação para agentes físicos e químicos, a
metade dos valores, da dose e limite de tolerância, respectivamente.
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descrito pelo Art. 19, que foi revogado e passou a ter redação dada pela Lei complementar
nº 150, de 1º de junho de 2015, que dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico.
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de
empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Art. 19.)
Considera-se acidentes de trabalho, segundo o Art. 20. da mesma lei:
I) “Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;”
II) “Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.”
Para entender mais sobre os acidentes de trabalho, podemos entender um pouco
sobre os atos e as condições inseguras. Atos inseguros são atitudes com as quais os
trabalhadores se expõem aos riscos de acidente de trabalho (LEAL, 2019), ou seja, é como
o trabalhador executa a atividade exercida de maneira errada, violando as diretrizes das
mesmas. Alguns exemplos conforme Leal (2019) são, levantamento impróprio de carga,
brincadeiras no serviço, manutenção de maquinas em movimento, danificação ou o não
uso de EPI, utilização de ferramenta inadequada, entre outros.
Para Leal (2019) condições inseguras são falhas no ambiente de trabalho que
comprometem a segurança, podendo levar à um acidente, ou seja, são ambientes de
trabalho que não fornecem segurança ao trabalhador, podendo ser provindas da
negligência do empregador. Alguns exemplos são, proteção mecânica inadequada,
condição defeituosa do equipamento, projeto ou construção insegura, empilhamento
instável, escadas ou pisos defeituosos (LEAL, 2019).
Os acidentes de trabalharam podem acontecer por diversas maneiras,
principalmente devido à natureza do trabalho, por exemplo, no ramo da enfermagem
segundo Ribeiro e Shimizu (2007), as causas mais comuns podem ser, materiais
perfurocortantes, quedas, exposições a fluidos biológicos e contusões.
Por fim, entende-se que algumas dessas causas são, queda de alturas significativas,
uso de ferramentas inadequadas, negligência para com os trabalhadores, movimentos
18
repetitivos, realização de atividades sem proteção tanto quanto o não uso de EPI quanto
dos próprios equipamentos, entre outras.
2.5.2 Impactos
As consequências causadas por acidentes de trabalho vão muito além do que
possamos imaginar, uma vez que, causam um impacto em praticamente toda a sociedade,
direta e indiretamente, no âmbito familiar, empresarial, social e econômico
(MASTELLA, 2018)
Para Oliveira (2014) a ordem dos impactos gerados por acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais são: Impactos Físicos e Funcionais, Profissionais, Econômicos,
Psicológicos e Morais, e na qualidade de Vida.
Logo tem-se os impactos ligados a vida pessoal do trabalhador, e ao trabalho
propriamente dito. Para Mandarini, Alves e Sticca (2016), podemos observar os impactos
para a saúde do trabalhador e nas condições de trabalho:
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reputação, reclamatórias trabalhistas, abalo na imagem da empresa, atraso no
cumprimento dos compromissos, queda na produtividade, falta de motivação dos
trabalhadores, entre outros.
Para Mastella (2018), estes podem causar elevados custos às empresas, sobretudo
para as micro e pequenas empresas, onde esses eventos podem ter repercussões
financeiras significativas, inclusive, em alguns casos, ocasionando fechamento das
mesmas.
4. DESENVOLVIMENTO
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4.2 Análise do PPRA em Função da NR 9
4.2.1 Páginas 5 a 6:
As primeiras páginas do documento, nos fornecem o item “1 - informações da
empresa”, como o item “1.1. – CNPJ”, ou seja, o comprovante de Inscrição e de Situação
Cadastral do CNPJ; do item “1.2. – Vigência” data de vigência do documento da empresa
em estudo, “1.3. – Caracterização da Empresa” como a Razão Social, CNAE, Atividade,
Grau de Riscos, nº de empregados, endereço, telefone e horários de funcionamento, além
do item “1.4 – Responsáveis Pela Elaboração do PPRA”, ou seja, dados da pessoa
responsável.
Conforme análise, não foi encontrado em qual grupo, para o dimensionamento da
CIPA, a empresa se encontra, em razão da NR 5. Sabe-se que seu CNAE é 41.20-4-00
devido ao ramo de sua atividade econômica (construção de edifícios), logo, a partir dos
dados presentes no Quadro III – “Relação da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas”, portanto seu grupo é o C-18a. Chegou-se à conclusão que devido ao
número de empregados (49), não é necessário possuir membros na CIPA.
Obs.: “Nos grupos C-18 e C-18a constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70
trabalhadores e quando o estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores observar o
dimensionamento descrito na NR 18 - subitem 18.33.1”
De acordo com o sub item 18.33.1 da NR 18 – Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção, “a empresa que possuir na mesma cidade 1 (um) ou
mais canteiros de obra ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta) empregados,
deve organizar CIPA centralizada”.
4.2.2 Páginas 7 a 9:
Seguindo a NR 9 item 9.1.3, “2 - Introdução” que articula o presente PPRA com
as demais NR, em especial com o PCMSO;
“3 - Objetivo” que visa preservar a saúde e integridade conforme diz o subitem
9.1.1;
“4 - Metas”, bem como visto no subitem 9.3.5.1, que visa “eliminar ou minimizar
os riscos a níveis compatíveis com os limites de tolerância estabelecidos pela NR 15 da
Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego ou com os da ACGIH”;
“5 - Responsabilidades” do empregador e também do empregado, assim como no
item 9.4;
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“6 – Riscos Ambientais” – “6.1. – Conceito” visa explicar os riscos ambientais,
conforme o subitem 9.1.5;
“6.2 – Definição de Riscos Ambientais”, mapeia e explica cada um dos riscos,
bem como vistos na NR 5;
“6.3. – Da estrutura do PPRA”, explicação da estrutura do PPRA do
estabelecimento, conforme “9.2 Da estrutura do PPRA”:
9.2.1 O PPRA deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e
cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
(NR 9, 2019)
“6.4. – Planejamento anual” conforme descreve alínea a.
Os seguintes c e d, agem de forma indireta no atual PPRA, sem seguir a
pressuposta ordem.
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“8. – Considerações Gerais”, viabilidade da implementação das medidas de controle,
para medidas coletivas, administrativas de organização do trabalho e equipamentos de
proteção individual; avaliando então sua eficácia (alínea d).
“10. – Periodicidade e Forma de Avaliação do Desenvolvimento do PPRA”, revisto a
cada um ano, atualizado quando houver mudanças, e avaliado periodicamente para
verificar o andamento do trabalho e cumprimento das metas estabelecidas, ou seja,
monitoramento da exposição aos riscos (alínea e);
“9. – Registros” e “11. – Divulgação”, registro e disposição dos dados, aos
funcionários, representantes legais e órgãos competentes (alínea f).
“12. – Caracterização da Empresa” começa a análise do ambiente de trabalho da
empresa, conforme NR 9, item 9.3.2, que visa identificar os riscos potenciais.
Procura-se estudar o ambiente de trabalho através de um diagrama
esquemático junto com a descrição do processo / operações a fim de identificar
as possíveis operações unitárias, as atividades e os locais com potenciais de
exposição críticas. Nesta fase obtém se os detalhes dos procedimentos
operacionais e da química do processo. (Vide anexo, pág. 15).
4.2.4 Páginas 16 a 23
O item “12.2. – Grupos Homogêneos de Exposição” podemos observar um
Quadro que dispõe qual grupo GHE, os empregados se enquadram através da Função e
Departamento dos mesmos.
Das páginas 17 a 22, o item “12.3. – Descritivo das Funções”, analisa cada função,
departamento e a descrição das atividades.
“12.5. – Caraterização do Grau de Risco para efeitos deste PPRA” dispões de dois
quadros respectivamente das informações, como o grau de risco e o tempo de exposição.
Esses passos descritos acimas são importantes para o reconhecimento dos riscos
ambientais nos próximos passos, dando início as alíenas “a)” e “f)” do subitem 9.3.3.
9.3.3 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens,
quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
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f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis
na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
(NR 9, 2019)
4.2.5 Páginas 24 a 33
Ainda conforme o subitem 9.3.3, nas páginas 24 a 29 dispõe um quadro com as
informações na seguinte ordem, GHE; Cargo/Função e Número de Expostos (alínea d);
Agentes (Físicos, Químicos e Biológicos), além dos riscos ambientais também foram
identificados riscos ergonômicos e de acidente; fontes geradoras (alínea b); meio de
propagação (alínea c); possíveis efeitos de saúde (alínea g); exposição (tempo/frequência)
(alínea e), e por fim o grau de risco.
Nas páginas 30 a 33, tem-se o item “12.6. – Riscos Ocupacionais por
Cargo/Função”, que fornece Medidas e Ações, como sugere a alínea h.
4.2.6 Páginas 34 a 39
Laudo Técnico de Avaliações Ambientais, assim como sugere o item “9.3.5 Das
medidas de controle”.
9.3.5.1 Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a
eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que
forem verificadas uma ou mais das seguintes situações:
a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
b) constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
Através da identificação dos itens “13. – Aspectos Técnicos da Avaliação –
Ruído” e “14. – Aspectos Técnicos da Avaliação – Sobrecarga Térmica – Calor”, para
chegar à constatação de riscos evidentes, através de:
I) “13.1. – Instrumentos Utilizado”
Foram utilizados respectivamente, dosímetros, tipo 2 (conforme Norma IEC
651/79 e IEC 804/85); e, Medidor de Stress Térmico, Termômetro de Globo Digital Data
Logger, TGD 300 – Marca Instrutherm;
II) “13.2. – Metodologia de Avaliação Ambiental”
III) “13.3. – Tabulação de Dados e Resultados”
24
4.2.7 Páginas 40 a 46
9.3.5.1 “Deverão ser adotadas as medidas (...) sempre que forem verificadas
uma ou mais das seguintes situações”:
c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na
ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists, ou
aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho,
desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo
causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de
trabalho a que eles ficam expostos.
Da página 40 a 45, tem-se novamente o quadro de GHE, presente no subitem
“15.1. – Grupo Homogêneo de Exposição.” Na página 46 foi fornecido legenda, disposta
no quadro do subitem “15.2. – Avaliação Ambiental – Legendas”. Ambos subitens
dispõem do item “15. – Quadro Sinótico das Avaliações”.
4.2.8 Páginas 47 a 51
Dá-se início a avaliação dos riscos, por grupo homogêneo, para constatação dos
riscos evidentes. No item “16. – Avaliação Ambiental de Exposição por Grupo
Homogêneo”.GHE 01 – Área Administrativa: não houve exposição acima do Limites de
Tolerância (LT); GHE 02 – Área Engenharia: não houve exposição acima do LT; GHE
03 – Área Manutenção: não houve exposição acima do LT.
Após a avaliação, visa a necessidade da implantação de medidas de proteção como
a utilização de EPI, descrita no item 9.3.5.5, por isso o fornecimento do item “17. –
Proteção Contínua – EPI”, o quadro nos fornece os dados de cada EPI, sua seleção deve
seguir a alínea a, para a seleção adequada de cada EPI, considerando a eficácia necessária.
Vale ressaltar que, “todos os colaboradores recebem treinamento especifico para
atividade envolvendo módulos de segurança e operacionais. Educação e treinamento,
fornecimento de equipamentos de proteção individuais adequados e controle médico”
(vide anexo, pág. 51).
Vale lembrar, que é de obrigação do empregador garantir a realização das
seguintes ações:
b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização
e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
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c) estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento,
o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do
EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;
d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva
identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais.
(NR 9, 2019)
4.2.9 Páginas 52 a 54
O item “18. – Cronograma de Ações”, nos fornece um quadro que dispõe do
subitem “9.3.6 Do nível de ação”.
9.3.6.2 “Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem
exposição ocupacional acima dos níveis de ação”, conforme indicado na seguinte alínea:
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido
na NR-15, Anexo I, item 6.
Logo, considera-se objeto de controle os ricos identificados nas tabelas do item 16
(vide anexo, pag. 49 e 50).
O item “19. – Certificado de Calibração” documento que comprova a calibração
realizada.
4.2.10 Páginas 55 a 58
O item “20. Fotos do Local de Medição” mostra onde é realizado os serviços, ou
seja, em escritório, essas fotos são importantes para saber se o local de trabalho está ou
não de acordo com a ergonomia, o que, como descrito no quadro do anexo 12.5, consta a
postura incorreta. (vide anexo, pag. 24 a 29).
4.2.11 Pagina 59
O ultimo item “21. – Encerramento”, encerra o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, que foi elaborado de acordo com as normas de segurança, higiene e saúde
do trabalho, presentes na NR 9 e NR 15.
5. CONCLUSÃO
26
vale lembrar a importância da análise global pelo menos uma vez ao ano ou quando
necessário.
Sabe-se que a responsável para a elaboração deste PPRA, foi uma Técnica de
Segurança do trabalho, apesar da realização do PPRA estar dentro dos conformes da NR
9 e NR 15, o documento consta da elaboração de um Laudo Técnico, conforme pag. 34
do anexo. Visa lembrar que o LTCAT só pode ser realizado por um Engenheiro de
Segurança do Trabalho, para possibilitar uma aposentadoria especial em decorrência das
atividades nocivas como periculosidade ou insalubridade, já o PPRA pode ser realizado
por qualquer responsável, desde que fique a critério do empregador. Com isso, é
importante ressaltar se este Laudo foi realizado por um engenheiro.
Portanto, a elaboração do PPRA poderia seguir melhor o roteiro proposto pela NR, e
constar ao final os itens “9.4 Das responsabilidades” que se encontram nas pag. 7 e 8 do
anexo; “9.5 Da informação” presente na pág. 15 do anexo; e, “9.6 Das disposições finais”
garantir que toda medida proposta no PPRA seja aplicada, além de uma melhor aplicação
de um Cronograma de Ações, prevendo mais ações que visam preservar a segurança e
saúde do empregado.
6. REFERÊNCIAS
27
AMBIPAR. ISO 45001: Entenda sobre a História da Saúde e Segurança do Trabalho. 2018. Disponível em:
<https://www.verdeghaia.com.br/historia-da-saude-e-seguranca-do-trabalho/>. Acesso em 22 de maio de
2021.
BITENCOURT, Celso Lima. QUELHAS, Osvaldo Luis Gonçalves. Histórico da Evolução dos Conceitos
de Segurança. 1998.
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria do trabalho. Norma Regulamentadora No. 9 (NR-9). 2020.
Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-
nrs/norma-regulamentadora-no-9-nr-9>. Acesso em 29 de maio de 2021
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