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UNIPÊ – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

CURSO ENGENHARIA CIVIL


HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO – NR 18

JOÃO PESSOA - PB
JUNHO de 2016

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EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO
Relatório sobre as condições de segurança de trabalho executados em uma
empresa X selecionada

JOÃO PESSOA - PB
MAIO DE 2016

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Sumário
1.0 – INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 4
2.0 – OBJETIVO .............................................................................................................................. 5
3.0 - ATIVIDADES DA EMPRESA ............................................................................................... 5
4.0 - REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................ 5
4.1- Programa de Condições do Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT ................................. 5
4.2- Áreas de vivencia ..................................................................................................................... 6
4.2.1– Alojamentos ............................................................................................... 6
4.2.2- Vestiários .................................................................................................... 7
4.2.3- Instalações Sanitárias................................................................................. 7
4.2.4 - Cozinha ..................................................................................................... 8
4.2.5 - Refeitório e Área de Lazer ......................................................................... 9
4.2.6 - Lavanderia ............................................................................................... 10
4.2.7 – Ambulatório ............................................................................................. 11
4.3 - Descrições das atividades realizadas nos setores de trabalho ..................................... 11
4.3.1 - Carpintaria ............................................................................................... 11
4.3.2 - Escadas, Rampas e Passarelas .............................................................. 12
4.3.3 - Proteção contra queda de altura.............................................................. 12
4.3.4 - Transporte de materiais e pessoas.......................................................... 13
4.3.5 - Andaimes e Plataformas de trabalho ....................................................... 14
4.3.6 - Revestimento e acabamentos ................................................................. 15
4.3.7 - Máquinas, equipamentos e ferramentas .................................................. 16
4.3.8 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI ............................................ 17
4.3.9 - Sinalização de Segurança e proteção contra incêndio ............................ 18
4.4-Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos – Mapa de Risco ............ 19
4.5- Controles dos riscos ambientais .......................................................................................... 19
4.6 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA .................................................. 19
5- CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 20
6- BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 21
7 – ANEXOS ....................................................................................................................................... 21
7.1 – Anexo A – Layout do canteiro ............................................................................................ 21
7.2 – Anexo B – Mapa de riscos .................................................................................................. 21

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1.0 – INTRODUÇÃO

Com a criação das NRs (Normas Regulamentadoras) em 1978, pela portaria


nº. 3214, o Ministério do Trabalho regulamenta todo processo de Higiene, Segurança
e Medicina das condições de trabalho. Visto que o Brasil ainda ocupa o topo da lista
de países com maior índice de ocorrência de acidentes no exercício da função, em
especial na indústria da construção civil, a preocupação com a segurança dos
trabalhadores tem sido tarefa permanente.
No ramo da construção civil, a necessidade da observância das NRs é
fundamental para minimizar os acidentes provenientes dos riscos causados a saúde
dos trabalhadores. Por isso, é essencial desenvolver programas de prevenção e emitir
alertas constantes aos próprios trabalhadores, sobre os riscos aos quais estão
expostos e desenvolver meios para neutraliza-los.
Este trabalho busca relacionar os conhecimentos vivenciados durante a
exposição do componente curricular de Higiene e Segurança do Trabalho com a
execução das atividades de um canteiro de obra na cidade de João Pessoa, PB. A fim
de despertar nos discentes um olhar critico e realista da necessidade de se
implementar todas as normas de segurança, que são necessárias para sanar os riscos
a saúde dos trabalhadores na indústria da construção civil.
Serão abordados no estudo, os documentos necessários para execução de
frentes de trabalho em canteiros de obra, tais como: PCMAT (Programa de Condições
do Meio Ambiente de trabalho), PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional), PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e demais
instrumentos legais para o funcionamento de trabalhos ligados a construção civil.

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2.0 – OBJETIVO

O intuito deste trabalho consiste em selecionar uma respectiva empresa, a fim


de analisar tanto o seu PCMAT, PCMSO e PPRA, quanto as suas aplicações no
ambiente de trabalho. A fim de definir pontos positivos e negativos, identificar
possíveis falhas e apresentar soluções cabíveis de acordo com os conhecimentos
vivenciados durante a exposição do componente curricular de Higiene e Segurança
do Trabalho em sala de aula.

3.0 - ATIVIDADES DA EMPRESA

A empresa selecionada atua no mercado da construção civil ha mais de 20


anos, e tem como foco principal a pontualidade, qualidade nos projetos construtivos
bem como transparência e seriedade.
E conta com as atividades de Carpintaria; Armações de Aço; Estruturas de
Concreto; Escadas, Rampas e Passarelas; Medidas de Proteção contra Quedas de
Altura; Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas; Alvenaria,
Revestimentos e Acabamentos; Telhados e Coberturas; Instalações Elétricas;
Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas; Equipamentos de Proteção
Individual; Armazenagem e Estocagem de Materiais; Proteção Contra Incêndio;
Sinalização de Segurança; Treinamento; Ordem e Limpeza.

4.0 - REVISÃO DE LITERATURA

4.1- Programa de Condições do Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT

O PCMAT é o documento mais importante para execução de atividades dentro


da indústria da construção civil. No programa estão todas as especificações de
segurança e execução das medidas preventivas que serão necessárias para a
segurança de todos os colaboradores da obra.
Durante a visita, foi disponibilizado e foi possível constatar que o mesmo possui
um excelente nível de detalhamento, atendendo todas as áreas das frentes de serviço,
além de fornecer com riqueza de detalhes as medidas que foram adotadas. Durante
a execução da obra foram feitas revisões e no estágio atual, o documento está na
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terceira edição, sofreu além de revisões de cunho literário, como também as
especificações relacionadas ao número de funcionários e as implicações nas normas
de segurança.
Como medida de ajuste e confiabilidade, o serviço de vistoria é realizado por
uma empresa terceirizada, onde um técnico de segurança do trabalho realiza visitas
mensais e avalia as condições de segurança, emitindo relatórios de erros e apontando
soluções para o cumprimento da norma. Segundo a empresa essa medida oferece
vantagens, pois a tarefa muito se assemelha com o trabalho dos delegados do
trabalho, possibilitando uma avaliação sem interferências internas.

4.2- Áreas de vivencia

O edifício selecionado para coleta de dados, composto de 18 pavimentos e em


fase de acabamento, compõe em seu ambiente de trabalho as áreas de vivencias
como alojamento, área de lazer, cozinha, lugar para refeições, instalações sanitárias,
vestiários e lavanderia, a fim de assegurar o bem-estar e segurança dos funcionários,
conforme consta na NR-18.4.

4.2.1– Alojamentos

Em relação às especificações da NR-18.4, foi possível ao realizar a visita,


constatar que os alojamentos destinados aos trabalhadores residentes encontram-se
de acordo com o exigido pela norma 18.4.2.1.

Figura 1: Alojamento

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Obedecendo a norma, as paredes são de alvenaria, possui piso de concreto,
cobertura que protege das intempéries, com área de ventilação, iluminação artificial,
com uma área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por módulo cama/armário,
incluindo a área de circulação, com pé-direito de 3,00m (três metros) para camas
duplas, não se encontram situados em subsolos ou porões, tem instalações elétricas
adequadamente protegidas, atende a quantidade de cama e altura equivalente para
quantidade de trabalhadores. Possuem em cada alojamento dez camas referentes a
dez trabalhadores por quarto, dispõe de armários individuais e de uma instalação
sanitária, obedecendo ao solicitado pela norma, com um vaso sanitário, um lavatório,
um mictório e um chuveiro.

4.2.2 - Vestiários

A empresa permanece de acordo com as diretrizes da norma 18.4.2.9 referente


aos vestiários, pois como consta na 18.4.2.9.3, possui paredes de alvenaria, pisos de
concreto, cobertura que proteja contra as intempéries, área de ventilação
correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso iluminação artificial, armários
individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado, mantidos em perfeito
estado de conservação, higiene e limpeza, possui bancos em número suficiente para
atender aos usuários.

Figura 2: Vestiário

4.2.3 - Instalações Sanitárias

No que decorre da norma 18.4.2 sobre instalações sanitárias, a obra está


regularizada, pelo fato de se manter em perfeito estado de conservação e higiene,
possuir portas de acesso, paredes de material resistente e lavável, piso impermeável,
não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições, ventilação e
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iluminação adequadas, instalações elétricas adequadamente protegidas, se encontrar
situada em locais de fácil e seguro acesso. Sendo constituída de lavatório, vaso
sanitário e mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte)
trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade
para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

Figura 3: Mictórios Figura 4: Chuveiros

Em relação às refeições dos trabalhadores, a construtora fornece mensalmente


para os funcionários uma sesta básica, equivalente a alimentação dos mesmos,
referente ao café da manhã, lanche e jantar, onde eles podem estocar esses alimentos
na cozinha e eles mesmos preparam essas refeições, tendo em vista que o almoço é
terceirizado e, portanto, não é produzido na cozinha da obra.

4.2.4 - Cozinha

No que diz respeito à NR 18.4.2.12 voltada para o ambiente cozinha, pode-se


observar que a obra atende aos requisitos solicitados pela mesma, sendo que possui
ventilação artificial que permite boa exaustão, pé-direito exigido pela norma, paredes
de alvenaria, piso de concreto, cobertura de material resistente ao fogo, tem
iluminação artificial, possui pia para lavar os alimentos e utensílios, as instalações
sanitárias não se comunica com a cozinha, dispõe de recipiente, com tampa, para
coleta de lixo, possui equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos,
possuem instalações elétricas adequadamente protegidas, e o bujão de GLP
encontra-se instalados fora do ambiente de utilização.
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Figura 5: Cozinha (Interior) Figura 6: Cozinha

4.2.5 - Refeitório e Área de Lazer

O local destinado às refeições acompanha os requisitos exigidos pela norma


18.4.2.11, partindo do princípio que possui paredes que permite o isolamento durante
as refeições, com piso de concreto, cobertura que protege das intempéries, com a
capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das
refeições, com uma ventilação e iluminação natural e/ou artificial, possui lavatório
instalado em suas proximidades, mesas com tampos lisos e laváveis, com assentos
em número suficiente para atender aos trabalhadores, depósito com tampa, para
detritos e não situa-se em subsolos ou porões das edificações, não possui
comunicação direta com as instalações sanitárias, e dispõe de fornecimento de água
potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio do bebedouro.

No local destinado as refeições, são realizados jogos recreativos, como


atividades de lazer, com o intuito de distrair os colaboradores do estresse do árduo
trabalho realizados pelos mesmos.

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Figura 7: Refeitório Figura 8: Bebedouro

4.2.6 - Lavanderia

A lavanderia é composta por apenas um tanque, para todos os funcionários


alojados, o que esta em desacordo com a NR-18.4.2.13, que prevê um local deve ser
de tanques individuais ou coletivos em número adequado. Mas atende aos outros
requisitos, já que dispõe de área de vivência, possui local próprio, coberto, ventilado
e iluminado para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas
de uso pessoal.

Figura 9: Lavanderia

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4.2.7 – Ambulatório

A norma prevê que em canteiros de obra com frentes de trabalho em que o


número de colaboradores for igual ou maior que 50 (cinquenta), deve ser instalado um
ambulatório. Como o número máximo de trabalhadores da obra é 72 (setenta e dois),
é necessário que exista um local destinado para essa atividade. No entanto, a
empresa não possui um ambiente físico com esta finalidade, segundo a mesma,
existem materiais de primeiros socorros que suprem acidentes mais simples.

4.3 - Descrições das atividades realizadas nos setores de trabalho

Como a obra encontrava-se em estágio de revestimento externo e acabamento


do interior, algumas atividades como armações de aço, estruturas de concreto e corte
e dobra de ferragens não serão mencionados, pois essas atividades já foram
concluídas.

4.3.1 - Carpintaria

Durante a visita realizada, foi possível constatar que o ambiente destinado as


atividades de carpintaria, encontra-se coerente com o exigido pela NR-18.7.5, exceto,
pelo fato da mesa não se encontrar completamente apoiada no piso, por não ser
perfeitamente nivelado e as lâmpadas de iluminação não estarem com a proteção
contra impactos provenientes da projeção de partículas. Quanto aos demais
requisitos, encontram-se compatíveis com os exigidos.

Figura 10: Serra circular (detalhe) Figura 11: Serra circular

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A serra circular encontra-se com mesa estável, com fechamento de suas faces
inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente, sem irregularidades,
com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas, possui a carcaça do
motor aterrada eletricamente, é provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor,
com identificação do fabricante e ainda coletor de serragem.

4.3.2 - Escadas, Rampas e Passarelas

Na obra só foram identificadas escadas provisórias de acesso aos pavimentos


mezanino e tipo um, na área referente onde funcionarão os escritórios. As demais se
encontravam no estágio de acabamento. De acordo com a NR-18.12.5, os parâmetros
de segurança necessários foram todos seguidos, respeitando o dimensionamento de
larguras e alturas mínimas exigidas pela norma. No entanto, foram observados nas
escadas de alvenaria pontas de vergalhões expostos (Figura...), podendo ocasionar
acidentes, mesmo o trabalhador portando os equipamentos de proteção individual.

Figura 12: Escadas provisórias Figura 13: Escada fixa (risco de acidentes)

4.3.3 - Proteção contra queda de altura

Na obra também foram identificados todos os dispositivos de segurança que


são solicitados na NR-18.13. As proteções em sistema de guarda-corpo, com altura
mínima de 1,20m e travessão a uma altura de 0,70m, com rodapé de 0,20m e tela de
proteção. Outra medida de caráter obrigatório e essencial é a bandeja de proteção

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que segue os padrões estabelecidos, na obra só foi observado a bandeja fixa, uma
vez que o revestimento externo encontra-se em estágio avançado, dispensando a
móvel.

Figura 14: Guarda-corpo Figura 15: Bandeja de proteção

Ainda como medida protetiva, foi observado o isolamento do fosso dos


elevadores, de modo a assegurar contra queda acidental dos trabalhadores.

Figura 16: Proteção contra queda (Fosso elevador)

4.3.4 - Transporte de materiais e pessoas

Dado estágio da obra, o único equipamento esta sendo usado para transporte
de material é o elevador cremalheira, que por sua vez também realiza o transporte de

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pessoas. Foram observados todos os requisitos que a norma exige, estando o
equipamento dentro dos padrões de segurança. As placas com informativos a cerca
de choques elétricos, riscos de acidentes e capacidade máxima de carga foram
devidamente aficionadas no interior e exterior do equipamento.

Também foi observado o livro de inspeção, com as devidas notificações de


reparos e relatórios técnicos apresentados pelo responsável da instalação. A única
ressalva que se faz é com relação à parte lateral do equipamento, onde estão
localizados o motor e roldanas, nessa área não há isolamento elétrico podendo
ocasionar choque elétrico, causando sérios danos aos trabalhadores, inclusive risco
de morte.

Figura 17: Elevador cremalheira Figura 18: Elevador (risco de choque)

4.3.5 - Andaimes e Plataformas de trabalho

Essa atividade é a de maior intensidade na obra, como os andaimes suspensos


estão sendo usados para o revestimento externo, nota-se um cuidado redobrado.
Foram vistoriados esses equipamentos e constatou-se que os principais requisitos
foram atendidos. A o cabo guia para segurança do operador, os cabos que sustentam

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o equipamento não apresentam avarias, as dimensões seguem as exigências da
norma e no PCMAT, há um projeto específico para essa atividade.

Entretanto, foi possível notar que as telas de metal que são necessárias
segundo a norma, não foram encontradas. Elas servem para o fechamento lateral do
equipamento, evitando a queda de materiais e a própria segurança do colaborador.

Figura 19: Andaime suspensos Figura 20: Andaime em balanço

4.3.6 - Revestimento e acabamentos

A obra encontra-se nesse estágio, foram observados todos os requisitos do


item 18.17 da norma. Com destaque para a parte de revestimento, a tela de proteção
contra resíduos e contenção de material particulado seguia os padrões de segurança,
com dimensionamento adequado, mas havia locais em que foram identificadas
avarias. No PCMAT, também foram previstos encontros quinzenais para repasse de
instruções de segurança e procedimento de execução aos profissionais que
desenvolvem a função.

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Figura 21: Revestimento

4.3.7 - Máquinas, equipamentos e ferramentas

Devido ao estágio atual da execução do projeto, não há maior movimentação


de máquinas e os equipamentos usados são mais simples, oferecendo menores riscos
em relação aos de outras etapas da construção. Foram observados a disposição das
máquinas no canteiro, as condições de funcionamento, em especial as medidas de
segurança para desligamento, em casos de acionamentos indesejados.
Também foram verificados o controle na distribuição das ferramentas aos
operários, visando a conformidade com a norma, a fim de se evitar que colaboradores
que não tenham recebido os treinamentos necessários possam usar os
equipamentos. Não foram identificadas situações de riscos, os equipamentos,
apresentavam bons estados de conservação, além das máquinas atenderem aos
requisitos de segurança.

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Figura 22: Andaime suspensos Figura 23: Andaime em balanço

4.3.8 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI

Um dos mais importantes pontos para a segurança do trabalhador são os


equipamentos de proteção individual. A empresa disponibilizou todos os
equipamentos que são necessários, tanto os gerais, comuns a todas as funções,
quanto os específicos de funções que requerem maior cuidado.

Segundo a norma, é necessário como EPI, o uso de capacete, botas, protetores


auriculares, óculos, máscara, luvas, cinto e demais equipamentos que variam de
acordo com a função. Foi possível observar o cuidado com o uso continuo desses
dispositivos inclusive previstos no PCMAT, tendo sido realizada palestra para mostrar
sua importância e os riscos com sua ausência.

Figura 24: Andaime suspensos Figura 25: Andaime em balanço

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4.3.9 - Sinalização de Segurança e proteção contra incêndio

Com relação a sinalização a empresa possui muita preocupação em informar


os funcionários tanto de suas obrigações, quanto dos riscos que existem no canteiro.
Desde a entrada da obra até o almoxarifado, foram identificadas placas com
sinalizações indicando saidas de emergência, proteção contra incêncio, uso de EPI,
risco de queda e tantos outros.

Também foram identificados vários estintores de prevenção contra incêncio.


Tanto nos corredores de acessos aos apartamentos quanto nas áreas proximas a
existencia de márquinas e equipamentos que oferem riscos de incendio. Os estintores
seguem as normas do corpo de bombeiros e estavam dentro dos padrões de
segurança, com validade regular e sem avarias.

Figura 26: Andaime suspensos Figura 27: Andaime em balanço

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4.4-Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos – Mapa
de Risco

A empresa forneceu o arquivo digital DWG do projeto com as respectivas


especificações técnicas, que serviram de suporta para a elaboração do mapa de
riscos ocupacionais. Com base nos conceitos vivenciados durante a exposição da
emenda da disciplina de Higiene e segurança do trabalho foi possível desenvolver o
mapa, levando em consideração os cinco riscos ocupacionais, físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes. O mapa encontra-se em anexo.

4.5- Controles dos riscos ambientais

São caracterizado como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e


biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em virtude de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador.

E como medida de sanar estes riscos, existe o PPRA (programa de prevenção


de riscos ambientais), que tem como objetivo principal preservar a saúde e integridade
física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos ambientais.

A empresa visitada atem-se aos riscos ambientais com o intuito de ameniza-


los, de tal maneira ao ponto de diminuir ao máximo suas ocorrências, garantindo o
bem estar dos trabalhadores e o bom funcionamento da obra, onde a mesma aplica o
seu próprio PPRA.

4.6 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

A norma prevê como tarefa obrigatória em casos de o número de trabalhadores


excederem 70 (setenta) funcionários e a empresa possuir mais de um canteiro de
obras na mesma cidade, que exista uma CIPA para cada canteiro. Entretanto, a
empresa informou que adota medidas semelhantes as funções da comissão e que
não organizou sua criação.

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5- CONCLUSÃO

Ao ser analisado, estudado e vivenciado na pratica todos os conteúdos


ministrados pelo professor Ricardo Vasconcelos em sala de aula, aos quais
evidenciam a importância do cuidado que deve ser destinada as atividades da
construção civil como um todo, foi possível constatar a magnitude dos riscos
existentes no campo de trabalho da construção civil, assim como as medidas de
segurança que ao longo dos anos vem sendo aprimoradas, afim de minimizar o
máximo esses acidentes.

Conclui-se portanto que a segurança no ambiente de trabalho da construção,


não deve ser vista como ponto menos importante na hora de se pensar em construir,
não deve ser escanteada e tão pouco menos investida. Tendo que muitos
profissionais do setor não percebem o impacto da segurança do trabalho na
produtividade da empresa, e acabam colocando a mesma em segundo plano, sem
perceber que fazendo isso, colocam não só a produtividade da empresa em risco,
como também a vida de funcionários e da própria empresa em risco eminente de
existência.

Vivenciar na pratica a existência destes riscos e a aplicação, como também o


descumprimento destas normas regulamentadoras, que existem para assegurar a
segurança no ambiente, foi de essencial importância, para a fixação dos conteúdos
vivenciados em sala de aula, e de suma importância para a nossa formação como
futuros engenheiros, e portanto responsáveis, pelo cumprimento adequado das
normas regulamentadoras no campo da indústria da construção civil.

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6- BIBLIOGRAFIA

NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-18 - Condições


e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 2009. Disponível em:
http://www.mtps.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR18/NR18atualizada2015.pdf
. Acessado em 28/05/2016.

7 – ANEXOS

7.1 – Anexo A – Layout do canteiro

7.2 – Anexo B – Mapa de riscos

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