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Técnico em

Segurança
do trabalho
Segurança na
Construção Civil

ESCOLA POLITÉCNICA

ATENEU 3
Segurança na
Construção
Civil
Expediente
Reitor: Ficha Técnica
Prof. Cláudio Ferreira Bastos Autoria:
Silvio Luiz de Sousa Rollemberg
Pró-reitor administrativo financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos Supervisão de produção EAD:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Pró-reitor de relações institucionais:
Design instrucional:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos
Jasson Matias Pedrosa
Pró-reitor acadêmico:
Projeto gráfico e capa:
Prof. Herbert Gomes Martins Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Direção EAD: Diagramação e tratamento de imagens:
Prof. Ricardo Zambrano Júnior Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Coordenação EAD: Revisão textual:
Profa. Luciana Rodrigues Ramos João Paulo de Souza Correia

Ficha Catalográfica
Catalogação na Publicação
Biblioteca Centro Universitário Ateneu

ROLLEMBERG, Silvio Luiz de Sousa. Segurança na Construção Civil. Silvio Luiz de Sousa
Rollemberg. – Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017.

52 p.
ISBN: 978-85-5468-016-9

1. Segurança na Construção Civil. 2. Plano de segurança. 3. Áreas de vivências. 4. Medidas


de proteção. Centro Universitário Ateneu. II. Título.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por
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ção escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que
se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
do!
Seja bem-vin

Prezados estudantes, este material é um guia de estudos que obje-


tiva a aprendizagem na área de Segurança na Construção Civil.

Para melhor entendimento, este material didático está dividido em


capítulos. Você perceberá como devem ser feitos os programas que visam
a antecipação, a avaliação e o controle de acidentes de trabalho e riscos
ambientais existentes na Construção Civil. Os acidentes de trabalho têm
sido frequentemente associados a patrões negligentes, que oferecem con-
dições de trabalho inseguras, e a empregados displicentes, que cometem
atos inseguros. O número de acidentes de trabalho em todo o país cresceu
entre os anos 2004 e 2006, passando de 465.700 para 503.890. No mes-
mo período, os dados referentes à Construção Civil ficaram em 28.875 e
31.529, respectivamente.

Dessa forma, observa-se a importância do conhecimento na área


de Segurança do Trabalho na Construção Civil para a implantação de um
cenário que aponte para a melhoria no referido setor.

Desejo a vocês uma boa leitura e um aprendizado dinâmico!


Sumário

NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL


1. Introdução à Segurança do Trabalho e à
saúde ocupacional........................................................................... 8
1.1. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho –
PCMAT.................................................................................. 8
1.1.1. Documentos e aspectos que devem conter o PCMAT... 9
1.2. Normas Regulamentadoras.................................................... 10
1.3. Responsabilidade civil e criminal do acidente do trabalho..... 11
1.3.1. Responsabilidade civil.................................................. 11
1.3.2. Responsabilidade criminal............................................ 12

PLANO DE SEGURANÇA NO TRABALHO


E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
1. Plano de segurança....................................................................... 16
2. Riscos ambientais......................................................................... 20
3. Primeiros socorros......................................................................... 21
4. Proteção e combate a incêndio..................................................... 22
5. Equipamentos de proteção individual – EPI.................................. 24
6. Proteção auditiva........................................................................... 28
7. Proteção respiratória..................................................................... 28
8. Proteção de tronco........................................................................ 29
9. Proteção de corpo inteiro.............................................................. 30
ORDEM, LIMPEZA E ÁREAS DE VIVÊNCIA
1. Ordem e limpeza........................................................................... 34
2. Áreas de vivência ......................................................................... 35
3. Instalações sanitárias.................................................................... 35
4. Vestiários ...................................................................................... 36
5. Alojamentos................................................................................... 36
6. Local para refeições...................................................................... 37
7. Cozinha......................................................................................... 38
8. Lavanderia..................................................................................... 38
9. Área de lazer................................................................................. 39
10. Ambulatórios................................................................................ 39
11. Instalações elétricas.................................................................... 39

MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM SERVIÇOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


1. Transportes de trabalhadores em veículos automotores.............. 42
2. Ferramentas manuais.................................................................... 42
3. Cabos, correntes e cordas............................................................ 43
3.1.Cabos...................................................................................... 44
3.2.Correntes................................................................................. 44
3.3.Cordas..................................................................................... 44
4. Pequenas operações mecânicas.................................................. 44
5. Escadas, rampas e passarelas..................................................... 45
5.1. Escadas.................................................................................. 45
5.2. Rampas e passarelas............................................................. 45
6. Medidas de proteção de quedas em altura................................... 46
7. Informações gerais e normas de demolição.................................. 47
Referências....................................................................................... 49
Capítulo 02

Plano de segurança no trabalho


e equipamentos de proteção individual

• Conhecer os tipos de equipamentos de proteção individual e o que deve ser feito


antes de iniciar as obras.

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1. Plano de segurança
O plano de segurança no trabalho deve ser adotado por todo e qualquer
empregador, devendo ir além dos riscos físicos, químicos, ergonômicos e biológicos.

1.1. Comunicação prévia


A comunicação prévia serve para comunicar por antecedência quando ini-
ciará algum tipo de obra. Com isso, ela apontará alguns dados da obra em questão,
de forma objetiva e direta, para informar à Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego (SRTE) sobre tal obra.
É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho das seguintes
informações antes do início das atividades:
a) endereço correto da obra;
b) endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empre-
gador ou condomínio;
c) tipo de obra;
d) datas previstas do início e da conclusão da obra;
e) número máximo previsto de trabalhadores na obra.

1.2. Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA


A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA é constituída conforme a
determinação do Quadro 1 da NR-5, da Portaria nº 3214/78, do Ministério do Trabalho.
A seguir, você conhecerá um exemplo do Quadro 1 da NR-5 para atividades
que possuem Grau de Risco 4.

Quadro 01: Dimensionamento da CIPA.

Nº de Empregados
Grau de Risco 20 a 50 51 a 100 101 a 500
Técnicos
Representantes do
1 3 4
empregador
4
Representantes dos
1 3 4
empregados
Fonte: Guia trabalhista, 2017.

16
A CIPA tem por objetivos:
• Prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho;
• Promoção da saúde;
• Preservação da integridade física e da vida.

A gerência do empreendimento deverá providenciar e encaminhar para o SES-


MT a seguinte documentação:

• Relação dos candidatos a membros representantes dos empregados;

• Relação dos membros representantes do empregador;

• Data e horário da votação.

Com estes dados, o SESMT providenciará:

• Cédula de eleição da CIPA;

• Eleição da CIPA;

• Ata da eleição dos representantes dos empregados da CIPA;

• Ata de instalação e posse da CIPA;

• Calendário anual de reuniões ordinárias;

• Requerimento de registro da CIPA na Delegacia Regional do Trabalho.


Atribuições da CIPA:
• Identificar os riscos do processo de trabalho;
• Realizar periodicamente verificação nos ambientes e condições de trabalho;
• Realizar, após cada reunião, a verificação do cumprimento das metas fixadas;
• Colaborar no desenvolvimento e na implementação do PCMSO, do PPRA bem
como de outros programas de segurança e saúde desenvolvidos pela empresa;
• Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

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Composição da CIPA:

• Representantes dos empregados (titulares e suplentes);

• Eleitos;

• Entre os titulares, escolhe o vice-presidente;

• Representantes do empregador (titulares e suplentes);

• Nomeados;

• Entre os titulares, será escolhido o presidente;

• O mandato dos membros eleitos da CIPA terá duração de um ano; será


permitida uma reeleição;

• É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para


cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde
o registro de sua candidatura até um ano após o fim de seu mandato;

• O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, quando


faltar a mais de 4 reuniões ordinárias sem justificativa;

• No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o


substituto, em 2 dias úteis, preferencialmente entre seus membros;

• No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares


da representação dos empregados escolherão o substituto, entre seus
titulares, em 2 dias úteis.

Dimensionamento:

• Número de funcionários;

• Grau de risco de sua atividade principal de acordo com o CNAE.

Funcionamento:

• Reuniões ordinárias mensais;

• Reuniões extraordinárias.

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• A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pre-
estabelecido;
• As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal
da empresa;
• As reuniões da CIPA terão atas assassinadas pelos presentes.

1.3. Medidas preventivas de medicina e segurança no trabalho


• Seleção de pessoal
O processo de seleção e admissão de pessoas deve ser criterioso objetivando
o êxito da meta de produção com segurança.
• Exames médicos
Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos admis-
sionais, periódicos, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por conta da em-
presa, nas condições especificadas pela NR-7 da Portaria nº 3214/78 do MTB.
• Admissional: no ato da admissão do pessoal, deverá ser realizado o exame
médico admissional;
• Periódico: os exames médicos devem ser renovados periodicamente, con-
siderando-se a natureza das atividades e/ou operações;
• Mudança de função: deverá ser realizado antes da data de mudança de
função do funcionário;
• Retorno ao trabalho: deverá ser realizado no primeiro dia de volta ao trabalho
de funcionário ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de
doença ou acidente de natureza ocupacional ou não;
• Demissional: por ocasião da dispensa ou do desligamento do funcionário,
deverá ser realizado o exame médico demissional.
A critério médico e em decorrência da investigação clínica, a fim de investi-
gar a capacidade ou a aptidão física e mental do funcionário para a função que deve
exercer, serão realizados outros exames complementares pela empresa. Os dados
obtidos nos exames clínicos e complementares serão registrados em uma ficha clíni-
ca individual, que fica sob responsabilidade do Médico do Trabalho.

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1.3.1. Atestado de saúde ocupacional – ASO
Deverá ser emitido em duas vias pelo Médico do Trabalho, sendo uma via entre-
gue ao funcionário e a outra arquivada junto ao prontuário do empregado (uma das vias
deverá ficar na obra em que o empregado se encontra, à disposição da fiscalização).

1.3.2. Prevenção de acidentes


As Inspeções de Segurança no Trabalho têm um caráter eminentemente
preventivo. Seu objetivo é detectar condições e/ou atos inseguros os quais indicam
as providências necessárias para o controle e a eliminação dessas condições e a
necessidade de reciclagem de treinamento. São classificadas como:
• Inspeção diária de segurança: é realizada diariamente pelo Técnico de
Segurança no Trabalho. A direção da obra tomará as medidas necessárias
para a eliminação de riscos apontados;
• Inspeção prévia de novas frentes de serviço: é realizada pelo SESMT e
pelo responsável pela nova frente de serviço, analisando-se as prováveis
interferências, os métodos e os procedimentos a serem adotados para
eliminação ou neutralização dos riscos;
• Inspeção mensal de segurança: é realizada mediante calendário prévio, no
interior das áreas de serviço, com a participação do engenheiro, do SESMT
e do representante da CIPA;
• Inspeção técnica de segurança: é realizada pelo SESMT. Na ocasião,
serão inspecionados equipamentos, materiais e ferramentas recebidas
pelo empreendimento, destacando-se: inspeção de veículos e equipamentos,
extintores de incêndio, EPI e EPC;
• Check-list de segurança: avaliação geral das condições de segurança e qualidade
de vida da obra realizada pelo SESMT trimestralmente (FIOCRUZ, 2004).

2. Riscos ambientais
• Riscos físicos – Cor verde: ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, frio, calor, pressões anormais, iluminação deficiente e umidade;

• Risco químico – Cor vermelha: poeiras, fumos, névoas, neblina, vapores,


vapores e substâncias compostas ou produtos químicos;

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• Riscos biológicos – Cor marrom: vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos;
• Riscos ergonômicos – Cor amarela: esforço físico intenso, levantamento e
transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido
de produtividade, imposição de ritmos exercidos, trabalhos em turno da noite,
jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade;
• Riscos de acidentes – Cor azul: arranjos físicos inadequados, máquinas
ou equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas,
iluminação inadequada, eletricidade: gambiarras, choques elétricos, proba-
bilidades de incêndio ou explosão e armazenamento inadequado;
• A CIPA, com o apoio do SESMT, elabora o Mapa de Riscos Ambientais
por etapa da construção. As avaliações ambientais propostas em função dos
riscos observados são programadas e realizadas pelo SESMT com o apoio
de gerência da obra (FIOCRUZ, 2004).
3. Primeiros socorros
O empreendimento deverá ser equipado com material necessário para a prestação
de primeiros socorros, levando-se em conta as características das atividades desenvolvidas.
3.1. Materiais necessários
Todo o estabelecimento deve ser equipado com material necessário e pessoal
com treinamento e conhecimento em primeiros socorros (sobre: ferimentos, queima-
duras em geral, intoxicação, envenenamento, desmaios, convulsões, males súbitos,
etc.) considerando-se as características próprias da atividade desenvolvida.
Conteúdo:
Instrumentos:
• Termômetro, tesoura e pinça.
Material para curativo:
• Luvas tipo cirúrgica (látex), algodão hidrófilo, gaze esterilizada, esparadrapo,
ataduras de crepe e caixa de curativo adesivo (band-aid).

Antisséptico:

• Solução de iodo, solução de timerol, água oxigenada 10 volumes, álcool, éter


e água boricada.

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Medicamentos:
• Analgésico em gotas e comprimidos, antiespasmódicos em gotas e comprimi-
dos, colírio neutro, sal de cozinha, antídotos (contravenenos) para substâncias
químicas utilizadas no canteiro e soro fisiológico.
Outros:
• Conta-gotas, copos de plástico (café e água) para remédios líquidos, filtros
e maca para transporte de acidentados.
4. Proteção e combate a incêndio
É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessi-
dades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, as atividades, as
máquinas e os equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme
capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção.
Os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especial-
mente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate
ao fogo (FIOCRUZ, 2004).

Você sabia que o aparelho extintor de incêndio não foi feito para apagar in-
cêndio, mas sim para apagar princípios de incêndio?! Um princípio de incêndio pode
atingir até cerca de 1,0 m³ de chamas, labaredas, etc.

4.1. Sinalização de segurança


O canteiro de obras deverá ser sinalizado com o objetivo de:

• Identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras;

• Indicar as saídas por meio de dizeres ou setas;

• Manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares;

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• Advertir sobre perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis
das máquinas ou dos equipamentos;

• Advertir quanto ao risco de queda;

• Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI específico para a atividade exe-


cutada com as devidas sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;

• Alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais


por grua, guincho e guindaste;

• Identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;

• Advertir contra o risco de passagem de trabalhadores onde o pé direito for


inferior a 1,80 m;

• Identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explo-


sivas e radioativas.

4.2. Treinamento
Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, vi-
sando garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento deve ter
carga horária mínima de 6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho,
antes do trabalhador iniciar suas atividades, constando de:

• Informações sobre condições e meio ambiente de trabalho;

• Riscos inerentes à função;

• Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI;

• Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC existentes


no canteiro de obra.

O treinamento periódico deve ser ministrado:

• Sempre que se tornar necessário;

• Ao início de cada fase da obra. Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber


cópias das operações e dos procedimentos a serem realizados com segurança.

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5. Equipamentos de proteção individual – EPI
O EPI é um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação
de certos acidentes que poderiam causar lesões ao trabalhador e protegê-lo contra
possíveis danos à saúde causados pelas condições de trabalho.
O EPI deve ser usado como medida de proteção quando: não for possível
eliminar o risco como proteção coletiva; for necessário complementar a proteção co-
letiva com a proteção individual; em trabalhos eventuais e em exposição de curto
período. De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se, primeiro,
eliminar ou diminuir o risco com a adoção de medidas de proteção geral.
Os EPIs necessários devem ser fornecidos pelo empregador gratuitamen-
te, e cabe ao funcionário cuidar da manutenção, da limpeza e da higiene de seus
próprios equipamentos.

5.1. Proteção para a cabeça


Protetores para a cabeça podem ser divididos em:

• Protetores para a cabeça, propriamente ditos, são usados para proteger o


crânio e o rosto (exemplos: capacetes, máscaras);

• Protetores para os órgãos da visão e da audição.

Figura 01: Protetores para a cabeça.

Fonte: https://goo.gl/5rqV4w

5.1.1. Protetores para o crânio


Os capacetes de segurança são usados para proteger o crânio contra: que-
das de objetos provenientes de níveis elevados; impactos e partículas projetadas;
projeção de produtos químicos; fogo e calor; eletricidade.

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5.1.2. Protetores para o rosto
São conhecidos pelo nome genérico de “protetor fácil”. Sua finalidade é pro-
teger o rosto contra impacto de partículas, respingos de produtos químicos, ação de
radiações nocivas e excesso de luminosidade.

5.1.3. Proteção para os olhos


A proteção para os olhos é um dos pontos mais importantes da prevenção de
acidentes. Eles devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, fagu-
lhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos assim como contra radiações
e luminosidade.
5.2. Proteção para membros inferiores
Os pés e as pernas devem ser protegidos através de sapatos de segurança,
botas e perneiras quando o trabalho exigir.

Figura 02: Calçados de segurança.

Fonte: https://goo.gl/DCmHvL

5.2.1. Sapatos de segurança


Protegem os pés contra impactos, principalmente contra queda de objetos
pesados. O tipo de calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz de
resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando ferimentos. O calçado de
segurança pode possuir solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção contra
objetos perfurantes.

5.2.2. Botas de borracha ou plástico


Utilizadas para trabalhos realizados em locais úmidos ou quando em contato com
produtos químicos (exemplo: concreto). Possui canos de comprimentos variáveis.

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5.2.3. Perneiras
São usadas para a proteção das pernas. De acordo com o risco, as perneiras
cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. Perneiras de raspa de couro são
usadas para soldadores e fundidores.

5.3. Proteção para membros superiores


Nos membros superiores, situam-se as partes do corpo onde, com maior fre-
quência, ocorrem lesões: as mãos. Grande parte dessas lesões pode ser evitada com
o uso de luvas, que impedem, portanto, um contato direto com materiais cortantes,
abrasivos, aquecidos ou com substâncias corrosivas e irritantes da pele.

5.3.1. Para trabalhos com solda


O soldador deverá proteger-se com luvas e mangas contra a agressividade
do calor e contra respingos incandescentes.

5.3.2. Para trabalhos pesados e secos


Devem ser utilizadas luvas de couro, muito resistentes ao atrito. Vaqueta ou
vaqueta bufalada são usadas para confecção dessas luvas, normalmente com reforço
e palma dupla.

5.3.3. Para trabalhos pesados e úmidos


Devem utilizar luvas de lona, desde que os líquidos manuseados não sejam
nocivos à pele.

5.3.4. Para trabalhos com líquidos


Adotam-se luvas impermeáveis de plástico ou borracha. Para manuseio de pro-
dutos derivados de petróleo, devem ser usadas luvas de borracha sintética ou de PVC.

5.3.5. Para trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de expo-


sição à radiação térmica)
Recomendam-se luvas de amianto ou de fibra de vidro por serem materiais
incombustíveis.

26
5.3.6. Para trabalhos de alta tensão

Devem ser utilizadas luvas de borracha especial, são as que têm maior responsa-
bilidade na proteção do trabalhador, pois protegem a vida do indivíduo contra eletrocus-
são. Não devem ter quaisquer defeitos, arranhaduras, perfurações ou desgastes.

5.3.7. Mangotes

Proteção para os braços na realização de operações que possam causar


alguma lesão como raspões, queimaduras, batidas, etc.

5.4 . Proteção contra quedas com diferença de nível – cintos de segurança

Destinam-se a proteger quem trabalha em lugares altos, prevenindo quedas


por desequilíbrio.

5.4.1 Cinto com travessão

É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou duas fivelas,


conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de maneira que fique
um de cada lado do corpo do usuário.

5.4.2. Cinto com corda

Esse tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até tiras de assen-
to como os cintos de paraquedistas.

5.4.3. Dispositivo trava-queda

O dispositivo trava-queda de segurança é para proteção do usuário contra


quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal. Deve ser utilizado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

5.4.4. Cinturão

Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda duran-


te trabalhos em altura.

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6. Proteção auditiva
A proteção auditiva só deve ser usada como último recurso. Apesar de existir
algum desacordo, a máxima intensidade de som ao qual o ouvido humano pode estar
sujeito sem danos à audição considera-se estar na faixa de 90 a 100 decibéis.

Figura 03: EPI para proteção auditiva.

Fonte: https://goo.gl/sVFBFc

6.1. Protetores de inserção


Este tipo varia consideravelmente de desenho e material. Os materiais usados são
a borracha, o plástico macio, a cera e o algodão. Os tipos de borracha e plástico são popu-
lares porque são fáceis de manter limpos, são baratos e têm bom desempenho.

6.2 Tipo concha


Esse protetor deve cobrir o ouvido externo para promover uma barreira acústica
efetiva. É um dos tipos mais completos. Pelo fato de abranger toda a concha auditiva.

7. Proteção respiratória
Sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por gases ou por
outras substâncias nocivas ao organismo. A máscara é a peça básica do protetor respiratório.

Figura 04: EPI para proteção respiratória.

Fonte: https://goo.gl/e549jQ

28
7.1. Máscaras com filtro
Esses filtros podem ser:
• De material fibroso que retém partículas de poeira, fumos, névoas, etc.;
• Compostos de um recipiente cheio de carvão ativo, absorvente de determi-
nados vapores, como os derivados de petróleo, álcool, etc.
7.2. Máscaras com suprimento de ar
Em lugares onde o ar está contaminado por gases nocivos ou há deficiência
de oxigênio, não se usam máscaras com filtros, mas sim máscaras com suprimentos
de ar puro, autônomas.
7.3. Máscaras contra gás
São dispositivos de proteção que purificam o ar, fazendo-o passar através
de uma caixa com substâncias químicas que absorvem os contaminantes.
8. Proteção de tronco
Aventais e vestimentas especiais são empregados contra os mais variados
agentes agressivos.
Figura 05: Proteção do tronco.

Fonte: https://goo.gl/lCcZJv

8.1. Avental de raspa de couro


Normalmente, é usado por soldadores; também contra riscos de cortes e
atritos que podem ocorrer no manuseio de chapas grandes com arestas cortantes.

8.2. Avental de lona


Usado para trabalhos secos em que não haja risco de pegar fogo, cortes e atritos.

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8.3. Avental de amianto
Usado para trabalhos quentes. Não é inflamável, mas oferece algumas des-
vantagens porque é pouco resistente ao atrito e muito pesado.

8.4. Avental de plástico


Para manuseio de ácidos ou outros produtos químicos. Evita que os mesmos
penetrem na roupa.

9. Proteção de corpo inteiro


A proteção de corpo inteiro é utilizada quando o funcionário tem que trabalhar
em locais que apresentem riscos de contaminação, como na limpeza de redes de esgoto.

1. Cite os tipos de riscos ambientais, as cores atribuídas para cada um deles e três
exemplos de cada.

2. Explique quando o EPI deve ser utilizado como medida de proteção.

Neste capítulo, ressaltamos a importância da comunicação prévia antes de


se iniciar qualquer tipo de obra, juntamente com o Plano de Segurança no Trabalho,
mostrando a importância da CIPA, para prevenção de acidentes na empresa e tam-
bém a relevância da utilização de EPIs na execução de determinadas atividades.

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31
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