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UNIVERSIDADE LICUNGO

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL


Estudo de caso sobre o uso de EPI’s e EPC’s em pequenas obras da Cidade da Beira

Autor:
Caetano Alberto Luís

Beira
Outubro
2021
SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Autor:

Caetano Alberto Luís

Relatório submetido à Universidade


Licungo – Beira, no Departamento
do curso de Higiene e Segurança no
Trabalho como trabalho final de
conclusão de curso.

Beira

Outubro

2021
Dedicatória

Dedico esse trabalho a minha esposa, meus filhos e a todos docentes da UniLicungo que
participaram na minha formação no curso de Higiene e Segurança no Trabalho, pós é, mais um
título alcançado como Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho.
Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela vida e saúde, pela força e motivação que me atribuiu ao
longo do percurso formativo. De seguida agradeço a minha esposa aos meus irmãos pela força
que me inspiraram durante o percurso, também aos docentes da Unilicungo que moldaram o meu
conhecimento durante o período de formação.
Resumo

O presente trabalho consiste na realização de um estudo sobre a Segurança no trabalho na


construção civil, tendo como caso de estudo o uso de EPI’s e EPC’s em pequenas obras na
Cidade da Beira, deste modo permitirá aferir a real situação dos colaboradores em obras de
construção civil. O estudo ira consistir em: Enquadramento da Segurança, Higiene e Saúde do
Trabalho; Os acidentes de trabalho na construção civil; Equipamentos de protecção colectiva;
Equipamento de protecção individual; Sinalização de Segurança e saúde de Trabalho; Riscos e
medidas preventivas nos trabalhos de demolição; Riscos e medidas preventivas nos trabalhos de
escavação; Riscos e medidas preventivas nos trabalhos em alturas; Riscos e medidas preventivas
na utilização de equipamentos de trabalho; Segurança e Saúde do trabalho nos estaleiros
temporários ou móveis; Noções de Higiene do Trabalho; Noções de Ergonomia; Noções de
Saúde Ocupacional; Procedimentos de emergência e Avaliação final.

Palavras-chaves: Prevenção, Construção Civil, Segurança.


Conteúdo
1. Capitulo I: Introdução .......................................................................................................... - 1 -
1.1 Contextualização .......................................................................................................... - 1 -
2. Objectivo ............................................................................................................................. - 2 -
2.1 Objectivo geral ............................................................................................................. - 2 -
2.2 Objectivos específicos .................................................................................................. - 2 -
3. Metodologia ......................................................................................................................... - 2 -
4. Estrutura de trabalho Este trabalho está constituído de Quatro capítulos: Revisão
bibliográfica, caso de estudo e conclusão juntamente com recomendações. .............................. - 3 -
5. Capitulo II: REVISÃO LITERÁRIA .................................................................................. - 4 -
5.1 Higiene no trabalho ...................................................................................................... - 4 -
5.2 Segurança do Trabalho ................................................................................................. - 5 -
6. Equipamentos de protecção colectiva.................................................................................. - 7 -
7. Protecção colectiva nos trabalhos de escavação .................................................................... 12
7.1 Protecção colectiva contra perfuração por varões de aço .................................................. 13
7.2 Delimitação física do estaleiro (vedação) .......................................................................... 13
8. Equipamentos de protecção individual .................................................................................. 14
9. Capitulo III: Dados colectados no campo de acção ............................................................... 20
10. Avaliação e controle de risco ............................................................................................. 24
11. Capitulo IV: Enquadramento Legal ................................................................................... 30
12. Conclusão........................................................................................................................... 32
13. Referências bibliográficas .................................................................................................. 33
14. Anexos ............................................................................................................................... 34
Símbolos e abreviaturas

EPC's -equipamento de protecção colectiva

EPI's -equipamento de protecção individual

LER- lesões por esforços repetitivos

DORT- distúrbios osteomuscular relacionado ao trabalho

ND- nível de deficiência

NE- nível de exposição

NP- nível de probabilidade

NC- nível de consequência

NR- nível de risco

NI-nível de intervenção

I
Tabelas

Tabela1: valores assumidos pelo nível de deficiência (ND) ------------------------------24

Tabela2: valores assumido pelo nível de exposição (NE) --------------------------------25

Tabela3:valores assumido pelo nível de probabilidade (NP) ------------------------------25

Tabela4: valores assumido pelo nível de consequência (NC) ------------------------------25

Tabela5: relação entre nível de risco e nível de probabilidade----------------------------25

Tabela6:Lista de verificação-----------------------------------------------------------------------26

Tabela7: Matriz de análise de risco-------------------------------------------------------------29

II
III
1. Capitulo I: Introdução
1.1 Contextualização
O crescente desenvolvimento que vem se registando no país e em particular na Cidade da Beira
tem aumentando o poder aquisitivo da população no geral dos bens tanto dos produtos da
primeira necessidade como de uso particular. Por outro lado, se tem notado a crescente
movimentação da população das zonas rurais para centro urbano. Nesta conjuntura, se vê
aumentando o nível de obras de construção civil de pequeno porte, deste modo elevando o nível
de exigência na componente de Segurança e Higiene no trabalho por parte das autoridades
administrativa responsável pela Legislação e Fiscalização das mesmas. Pós, as empreitadas ou
empresas de construção civil não conseguem implementar na íntegra a segurança no trabalho aos
seus colaboradores, fazendo com que na maioria das vezes os seus colaboradores trabalhem sem
EPIs e EPCs, propiciando aos seus colaboradores a vários perigos laborais. No entanto, o
presente trabalho visa a realização de estudo sobre o uso de EPI’s e EPC’s em pequenas obras de
construção Civil na Cidade da Beira, deste modo possibilitara aferir o grau de implementação
dos Principio de Segurança no acto laboral nas obras de construção e a recomendação do uso de
EPCs e EPIs. Evitando assim, os acidentes de trabalho e doenças profissionais e
consequentemente garantindo a integridade física, mental e moral dos colaboradores.

-1-
2. Objectivo

2.1 Objectivo geral


 Avaliar o cumprimento das medidas de segurança em pequenas obras na Cidade da Beira.

2.2 Objectivos específicos


 Aferir o uso de EPC e EPI em pequenas obras da Cidade da Beira;
 Avaliar o risco submetidos aos trabalhadores em obras de construção civil na Cidade da
Beira.

3. Metodologia
A metodologia proposta para ser empregada no presente projecto de pesquisa será a pesquisa
bibliográfico e dedutivo.

➢ Pesquisa bibliográfica: conforme Gil (2002, p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida


com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicas”.
Assim, se irá procurar obter informações sobre os trabalhos similares já desenvolvido
relacionados com o tema.

➢ Pesquisa dedutivo: visto que, para o dimensionamento do sistema soterrado de lixo e


automatizado, será necessário conhecer os seus componentes, tipos de protecções e a forma de
execução desse dimensionamento. Para tal, será preciso realizar uma pesquisa bibliográfica sobre
o assunto, nos livros, artigos, catálogos, nas páginas da internet e normas pertinentes, para obter
um melhor entendimento sobre o tema.

-2-
4. Estrutura de trabalho

Este trabalho está constituído de Quatro capítulos: Revisão bibliográfica, caso de estudo,
legalidade e conclusão juntamente com recomendações.

 No Capitulo 1, aborda sobre aspectos técnicos, como introdução, justificativa,


delimitação, metodologia, problema, hipótese e objectivos.
 No capítulo 2, revisão bibliográfica que aborda sobre Segurança e Higiene no Trabalho;
Ergonomia, Risco, Perigo, Acidente, Prevenção (EPCs e EPIs).
 No capítulo 3, Apresentam-se os dados colectados no campo de acção.
 No capítulo 4, apresentam-se enquadramento da legislação aplicável, enquadramento do
sector de actividade relativo à Segurança, Caracterização da entidade de acolhimento,
Caracterização das actividades realizadas, Conclusão e auto- avaliação sobre a formação
em contexto de trabalho, Bibliografia e Anexos.

-3-
5. Capitulo II: REVISÃO LITERÁRIA
5.1 Higiene no trabalho
É uma ciência voltada para o conhecimento, avaliação e controle dos riscos para a saúde dos
funcionários, visando a prevenção das doenças ocupacionais e controle dos riscos para a saúde
dos funcionários, aquelas relacionadas a profissão. (Tachizawa, Ferreira e Fortuna, 2001,p. 229).
Uma das actividades da higiene do trabalho é a análise ergonómica do ambiente de trabalho, não
apenas para identificar factores que possam prejudicar a saúde do trabalhador mas para
eliminação ou controlar esses riscos, e para a redução do absenteísmo (doença).

O escopo, ou área de abrangência, da higiene no trabalho envolve três funções básicas: Medicina
Preventiva, Prevenção sanitária e Medicina ocupacional.

 Medicina Preventiva - Visa estabelecer a prevenção e o controle das principais doenças


que costumam se manifestar na população, evitando que os empregados da organização
sejam por elas atingidos. Os exames médicos periódicos são um exemplo deste tipo de
acção.
 Prevenção sanitária - Está voltada para a preservação de condições adequadas de
higiene no ambiente de trabalho, como combatendo os possíveis focos de contaminação.
São exemplos de acções neste sentido o tratamento da água, e a manutenção do asseio nas
instalações sanitárias.
 Medicina ocupacional - Visa à adaptação do empregado à sua função, ao
enquadramento do trabalhador em cargo adequado às suas aptidões fisiológicas e a
protecção contra riscos resultantes da presença de agentes prejudiciais à saúde. Como
exemplo de procedimentos relacionados à essa função, podemos citar a realização de
exames médicos adicionais e periódicos e o desenvolvimento de programas de
reabilitação e readaptação funcional.

-4-
5.2 Segurança do Trabalho
É definida como a ciência que, através de metodologias e técnicas apropriadas, estuda as
possíveis causas de acidentes do trabalho, objectivando a prevenção de sua ocorrência, cujo
papel é assessorar o empregador, buscando a preservação da integridade física e mental dos
trabalhadores e a continuidade do processo produtivo. (VOTORANTIM METAIS, 2005).

O primeiro passo para o combate aos acidentes de trabalho é, naturalmente, a identificação dos
factores que proporcionam a sua ocorrência. Tais factores podem estar mais directamente
relacionados aos trabalhadores ou ao ambiente de trabalho. As principais causas de acidentes
são:

 Características pessoais inadequadas, apresentando problemas relacionados à


personalidade, inteligência, motivação, aptidões sensoriais e motoras ou experiência.
 Comportamentos disfuncionais, como desatenção, esquecimento, negligência e
imprudência.
 Características degradadas do ambiente de trabalho, como a presença de agentes
potencialmente causadores de acidentes, equipamentos mal projectados ou em precário
estado de conservação ou layout (arranjo físico) mal definido.

5.3 Ergonomia

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ergonomia é o ajuste mútuo entre o


homem e seu ambiente de trabalho, cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e
bem estar, ou seja, é o conjunto de ciências e tecnologias que procuram um ajuste confortável e
produtivo entre o ser humano e sua actividade laboral. Trata-se de uma disciplina orientada para
uma abordagem sistémica de todos os aspectos da actividade humana.

 A ergonomia física está relacionada às características da anatomia humana,


antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a actividade física. Os tópicos
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos
repetitivos, distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho, projecto de posto
de trabalho, segurança e saúde.

-5-
 A ergonomia cognitiva refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória,
raciocínio e resposta motora conforme afectem as interacções entre seres humanos e
outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental
de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interacção homem
computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projectos envolvendo
seres humanos e sistemas.
 E a ergonomia organizacional concerne à optimização dos sistemas sócio técnicos,
incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes
incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações, projecto de trabalho,
organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projecto participativo, novos
paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em
rede, tele trabalho e gestão da qualidade.

5.3.1 LER/DORT

As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho


(DORT) são um conjunto de doenças que afectam músculos, tendões, nervos e vasos do corpo e
que têm relação directa com as exigências das tarefas e com a organização do trabalho. Não há
uma causa única para a ocorrência de LER/DORT. Há factores psicológicos, biológicos e
sociológicos envolvidos na génese desses distúrbios.

5.4 Saúde no trabalho

Actividade que tem como finalidade a promoção global da saúde dos trabalhadores, a
adaptação à função e a prevenção de doenças profissionais.

5.5 Incidente

É o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou que deu origem a um acidente

5.6 Acidente de trabalho

É acidente de trabalho o sinistro, entendido como acontecimento súbito e imprevisto, sofrido


pelo trabalhador que se verifique no local e no tempo de trabalho.

-6-
 Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou onde
deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa ou indirectamente,
sujeito ao controlo do empregador.
 Entende-se por tempo de trabalho, além do período normal de laboração, o que
preceder o seu início, em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe
seguir, em actos também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou
forçosas de trabalho.

5.7 Perigo

É a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao homem, à propriedade ou ao meio
ambiente, etc.

5.8 Risco

É a possibilidade elevada, ou reduzida, de alguém sofrer danos provocados pelo perigo

6. Equipamentos de protecção colectiva


De acordo com a legislação em vigor, constitui obrigação do empregador dar prioridade à
protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual. Esta protecção pode ser
realizada através de equipamentos e dispositivos escolhidos e implantados de forma a garantir
aos trabalhadores uma protecção eficaz contra os riscos de acidente ou de agressão à saúde,
devendo a protecção, nomeadamente:

Reunir propriedades intrínsecas de resistência e solidez capazes de resistir às agressões do


trabalho em obra;

Obedecer a processos de montagem e implantação que garantam a sua estabilidade;

Ter garantido a sua permanência em boas condições no espaço e no tempo, visando a necessária
protecção dos trabalhadores que desenvolvem a actividade na respectiva frente;

Respeitar os requisitos de conformidade com as disposições legais específicas sobre concepção,


fabrico e comercialização;

Ter garantida a compatibilidade técnica dos seus componentes e respeitado o conjunto de


indicações do fabricante sobre a sua montagem, utilização e manutenção.

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6.1 Protecção colectiva contra quedas em
altura

Os equipamentos de protecção colectiva


contra quedas em altura têm por objectivo
evitar as quedas a nível diferente de pessoas
que trabalham, ainda que em operações
ocasionais e de curta duração, ou circulam
em locais elevados, nos seus acessos ou na
proximidade de taludes ou negativos
existentes nos pisos. Se tal não for possível,
os equipamentos limitam a queda.

6.2 Redes de segurança

Devem ter-se em conta cuidados relativos a:

 Armazenagem em lugares secos e protegidos da luz;


 Prevenção de danos durante o manuseamento;
 Substituição quando existam malhas com sinais de degradação ou após a queda de
um corpo nas condições consideradas;
 Utilização apenas durante o período de vida útil garantido pelo fabricante e na
condição de serem verificadas as exigências relativas aos cuidados de
armazenagem e manuseamento;

8
6.3 Redes verticais

As redes verticais, caracterizadas por serem


colocadas verticalmente ou com ligeira
inclinação, são utilizadas para a protecção
de aberturas nas paredes e devem ser fixadas
directamente a elementos de construção
rígidos ou a suportes metálicos verticais.

6.4 Redes tipo força

As redes tipo forca, também conhecidas por


redes tipo pescante, distinguem-se por
estarem suspensas de estruturas constituídas
por suportes metálicos com consola de tipo
forca. A consola da estrutura de suporte
situa-se acima do plano de queda e na parte
inferior deve haver um espaço livre para
permitir o alongamento da rede resultante do
impacto do corpo.

9
6.5 Redes de colocação horizontal

As redes colocadas horizontalmente devem


ter dispositivos de fixação directa à
edificação ou uma estrutura de suporte
permitindo o deslocamento da rede sem
impedimentos que provoquem o impacto do
corpo em elementos rígidos.

Quando colocada a partir da fachada, a


extremidade da estrutura de suporte da rede
deve estar afastada 3,70 m, para uma queda
de 6,00 m, compreendendo o referido
afastamento uma folga de 0,50 m, para que
seja garantida a queda do corpo na rede.

6.6 Guarda-Corpos

Os guarda-corpos são entendidos como


protecções colectivas verticais e devem ser
concebidos com o objectivo de impedir a
queda de corpos, podendo ser rígidos ou
flexíveis em função dos materiais que os
constituem.

10
materiais ou objectos de dimensão inferior à
malha de rede.
6.7 Guarda-corpos rígidos e rodapés

Os guarda-corpos rígidos são normalmente


constituídos por dois elementos horizontais,
montantes e elementos de fixação ao plano
de trabalho. Sempre que exista risco de
queda de materiais ou ferramentas a partir
do plano de trabalho, deve prevenir-se esse
risco com a instalação de um rodapé, assente
naquele plano e com altura não inferior a
0,15 m, solidamente fixado aos montantes
do guarda-corpos.

6.8 Guarda-corpos/Resguardos inclinados

Quando, numa plataforma de trabalho fixa,


se pretender, em complemento da função de
apoio à execução dos trabalhos, assegurar
protecção contra quedas em altura a partir de
níveis superiores, com intercepção e
paragem do corpo em queda, o pavimento da
plataforma deve ser aumentado, no lado
oposto à construção, por meio de uma pala
inclinada, servindo de resguardo e formando
um conjunto rígido com o pavimento.

O resguardo deve formar com a horizontal


um ângulo de cerca de 45º e atingir a altura
mínima de 0,90 m acima do plano do
pavimento de trabalho, podendo incorporar
painéis de rede se não houver a queda de

11
6.9 Protecção colectiva em aberturas no
pavimento ou paredes

As aberturas em pavimentos ou plataformas


de trabalho devem dispor de guarda-corpos e
rodapé, salvo se estiverem instalados outros
dispositivos de protecção com eficácia e
resistência pelo menos equivalentes às
daqueles equipamentos, ou se estiverem
obturadas com uma tampa de protecção
temporária ou um estrado provisório
convenientemente fixado.

7. Protecção colectiva nos trabalhos


de escavação
As escavações em vala de paredes verticais
ou quase verticais, com uma profundidade
superior a 1,20 m e uma largura igual ou
inferior a dois terços da profundidade,
devem ser objecto de entivação. A entivação
deve ser definida e calculada para suportar
os impulsos do terreno tendo em conta
eventuais sobrecargas de construções,
depósitos de quaisquer materiais,
equipamentos de trabalho e circulação de
veículos em vias próximas, com as inerentes
vibrações. Os painéis de entivação são um
tipo de protecção, normalmente utilizado,
nas valas ou trincheiras.

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7.1 Protecção colectiva contra
perfuração por varões de aço
Em várias situações da construção de
estruturas de betão armado deparamo-nos
com o risco de perfuração que pode ser
provocada por varões de aço em “espera”.
Para fazer face a esta situação perigosa deve
rolhar-se os referidos varões com uma
protecção designada por “cogumelo”.

7.2 Delimitação física do estaleiro


(vedação)
O projecto de um estaleiro deve definir a
implantação e as características da vedação,
a qual deve assegurar a protecção contra
intrusão. Sempre que os limites físicos da
obra confinem com uma via pública, a obra
deve ser dotada de um sistema de protecção
dos utentes da via contra os efeitos da queda
de quaisquer produtos, materiais,
ferramentas ou outros objectos.

Ao implantar a vedação de modo correcto


deve ter-se o cuidado de não deixar chapas
salientes, pontas de ferro ou qualquer outro
material pontiagudo que possa vir a
constituir elemento agressivo para terceiros.

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8. Equipamentos de protecção individual
Considera-se equipamento de protecção individual (EPI) todo o equipamento, bem como
qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger
dos riscos, para sua segurança e para sua saúde.

É regra fundamental que os equipamentos de protecção individual só devem ser utilizados


quando os riscos não puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios técnicos de
protecção colectiva ou por medidas, métodos ou processos de organização de trabalho.

Os EPI devem, na medida do possível, ser reservados a uso pessoal, embora a natureza do
equipamento ou as circunstâncias locais possam determinar a sua utilização sucessiva por vários
trabalhadores e por fornecedores e visitantes do estaleiro, casos em que devem ser tomadas
medidas apropriadas para que tal utilização não cause qualquer problema de saúde ou de higiene
aos diferentes utilizadores.

Todo o equipamento de protecção individual deve estar conforme com as normas aplicáveis à
sua concepção e fabrico em matéria de segurança e saúde, ser adequado aos riscos a prevenir e às
condições existentes no local de trabalho, atender às exigências ergonómicas e de saúde do
trabalhador e ser adequado ao seu utilizador.

Obrigações do empregador

 Constituem obrigações do empregador fornecer os EPI e garantir o seu bom


funcionamento, garantir informação adequada sobre cada equipamento de protecção
individual, informar os trabalhadores acerca dos riscos contra os quais o equipamento
visa protegê-los e assegurar a formação sobre a utilização dos EPI, organizando, se
necessário, exercícios de segurança.

Obrigações dos trabalhadores

 Utilizar correctamente o equipamento de protecção individual de acordo com as


instruções que lhe forem fornecidas;
 Conservar e manter em bom estado o equipamento que lhe for distribuído;

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 Participar de imediato todas as avarias ou deficiências do equipamento de que tenha
conhecimento.
8.1 Protecção da cabeça características adequadas de conforto (peso,
ventilação, estanquidade e isolamento
Para resguardar o crânio de agressões, os
térmico).
trabalhadores devem usar capacete de
protecção adequado aos riscos a que
estiverem sujeitos, nomeadamente os
devidos a choques resultantes da queda de
objectos ou do impacto da cabeça contra um
obstáculo, ou ainda os devidos a factores
agressivos tais com ácidos, electricidade e
projecções incandescentes.

Estes EPI devem, por isso, ter capacidade de


absorção de choque, evitando quaisquer
lesões na cabeça, bem como terem

Protectores internos (tampões) e Protectores


externos (abafadores).
8.2 Protecção dos ouvidos

É no local de trabalho que normalmente se


verificam os maiores perigos para a audição
dos trabalhadores, devido ao ruído gerado
por uma infinidade de máquinas e outros
Protectores auditivos internos
equipamentos e aos longos períodos de
permanência. Uma contínua exposição ao
ruído pode, ano após ano, diminuir a
capacidade auditiva dos trabalhadores.

A protecção individual contra o ruído faz-se


através da utilização de protectores
auditivos, que podem ser de dois tipos: Protectores auditivos externos

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8.3 Protecção dos olhos e da face  Projecção de partículas de tinta,
líquidos corrosivos, reboco
Os olhos são órgãos muito sensíveis do
projectado, argamassa e ainda metal
corpo humano e, como tal, susceptíveis a
em fusão durante as operações de
acidentes cujas causas podem ser as mais
soldadura.
variadas, nomeadamente:

 Projecção de poeiras, provocadas por


acção de correntes de ar, vento,
operações de polimento;
 Projecção de partículas, metálicas ou
não, provenientes de ferramentas ou
de peças trabalhadas ou ainda devido
à natureza das superfícies das peças;

8.4 Protecção das vias


respiratórias

Deve-se evitar que os trabalhadores estejam


sujeitos à poluição do ar no seu ambiente de
trabalho, que pode ocorrer devido quer à
manipulação ou existência de produtos
poluentes, quer à impossibilidade de
colocação em obra de sistemas de aspiração
na fonte poluidora, que suprimam ou
limitem ao máximo a emissão de poluentes,
quer ainda à ausência de ventilação
adequada dos locais de trabalho. Os agentes
poluidores atmosféricos podem ser do tipo
aerossol ou do tipo gasoso.

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8.5 Protecção das mãos e dos Como equipamentos de protecção individual
membros superiores para as mãos e membros superiores usam-se
as luvas de protecção, as dedeiras e os
Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de
manguitos.
lesão mais frequente que ocorre na
construção civil; daí a necessidade de
protecção destes membros.

O braço e o antebraço estão geralmente


menos expostos do que as mãos, não sendo,
contudo, de subestimar a sua protecção.

8.6 Protecção dos pés e dos trabalhadores devem usar calçado com sola
membros inferiores anti-derrapante, biqueira e palmilha de aço
anti-perfuração e, em situações particulares,
Os trabalhadores devem usar calçado que
com outras características específicas,
seja confortável e adequado aos trabalhos
nomeadamente de impermeabilidade,
que realizam, tendo em conta os riscos
isolamento eléctrico, químico ou térmico.
associados. Como tipos de calçado
destinados a proteger os pés, distinguem-se
os sapatos, os botins e as botas. Na
generalidade dos trabalhos de construção, os

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8.7 Protecção do corpo Como regra geral, o vestuário de protecção
deve ser usado apenas no local de trabalho,
Sempre que necessário, os trabalhadores
para evitar contaminação de outros locais
devem usar vestuário de protecção contra
agressões mecânicas, químicas, térmicas,
microbiológicas, eléctricas ou radiológicas,
como sejam batas, aventais, coletes e fatos
de uma só peça ou de duas peças.

O vestuário de protecção deve obedecer à


normalização aplicável e, nomeadamente,
ser justo ao corpo do utilizador, mas sem lhe
Vestuário de protecção do corpo
dificultar os movimentos, e permitir o
arejamento necessário à respiração cutânea.

8.8 Protecção ergonómica para


joelhos e dorso
Trata-se de um equipamento fácil e cómodo
A protecção individual para joelhos e dorso de utilizar, construído em alumínio
destina-se a todos quantos desenvolvem uma reforçado, com almofadas de esponja
actividade profissional em posição elásticas.
ajoelhada, como calceteiros, canalizadores,
ladrilhadores, etc.. Garante conforto e
protecção, e é muito útil para evitar
problemas nas costas, joelhos e tornozelos.
Com a utilização deste equipamento, evita-
se não apenas o cansaço excessivo, mas
também o esforço interno destas partes do
corpo quando é necessário permanecer
ajoelhado.

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8.9 Protecção contra quedas O ponto de ancoragem deve poder suportar
uma força estática de 10 KN durante 3
Os trabalhos em altura envolvendo riscos de
minutos, sem deformação permanente.
queda, os trabalhadores devem usar um EPI
contra quedas quando, por condicionalismos
técnicos, não possam ser implementados
outros meios de protecção. Os equipamentos
anti-queda podem ser de diversos tipos mas,
basicamente, compreendem um arnês como
elemento de suporte do corpo do
trabalhador.
Arnês de segurança

8.10 Dispositivo anti-queda

A partir de alturas de queda livre superiores


a 1,50 m é obrigatório que o equipamento
anti-queda incorpore um dispositivo anti-
quedas retráctil, destinado a absorver
energia cinética transmitida a todo o
conjunto. Antes da instalação do
equipamento, deverá ser garantido que não
existe qualquer obstáculo permanente ou
ocasional susceptível de ser adverso, quer
para o utilizador, quer para o equipamento,
ao longo da queda ou movimento pendular.
Dispositivo anti-queda
Normalmente, este equipamento é ligado por
intermédio de um cabo de amarração a uma
“linha de vida” ou a um dispositivo anti-
queda.

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9. Capitulo III: Dados colectados no campo de acção

Equipamentos de protecção Colectiva (EPC)

 Quantos aos equipamentos de protecção colectiva descritiva no capítulo II (revisão


bibliográfica), salientar que as empresas de pequenas construções não obedecem essas
normas, vide os anexo I,II,III,IV,V,VI e VII, a que levou-se a cabo para o estudo.

Equipamentos de protecção Individual (EPI)

 Aos equipamentos de protecção individual observou-se o não cumprimento na totalidade


destas medidas de segurança, vide os anexos I,II,III,IV,V,VI e VII, que constou no check
liste do estudo. De referir que o desenrolar deste estudo somente fez-se menção aos
equipamentos de protecção individual, por encontrar-se somente estes equipamentos no
campo de acção.

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9.1 Equipamento de Protecção
Individual (EPI)

Sem Protecção da cabeça

Segundo o anexo I, a Modernas construções


Lda, não observar as medidas de segurança
na íntegra, os colaboradores estão sem
capacetes, Protector dos olhos, Protecção
das mãos e Protecção contra queda em
altura, etc.
Fonte: Moderna Construções Lda

9.2 Sem Protector dos membros


superior Segundo o anexo II, os
técnicos da Moderna
Construções estão sem Protector
dos olhos, Protector das mãos e
dos membros superior, etc.

Fonte: Moderna Construções Lda

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Equipamento de Protecção Individual

9.3 Sem Protector contra queda


em altura

Segundo o anexo III, os colaboradores da


Moderna Construções Lda, estão sem
protector contra queda em altura, sem
capacetes, ctc.
Fonte: Moderna Construções Lda

9.4 Sem Protector contra queda


em altura

Segundo o anexo IV, os colaboradores da


Vigotas e Abobadilhas Lda, estão sem
protector contra queda em altura, sem
capacetes, ctc.

Fonte: Vigotas e Abobadilhas Lda

9.5 Sem Protector contra queda


em altura

Segundo o anexo IV, os colaboradores da


Vigotas e Abobadilhas Lda, estão sem
protector contra queda em altura, sem
capacetes, ctc

Fonte: Vigotas e Abobadilhas Lda

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Equipamento de Protecção Individual
(EPI)

9.6 Sem Protector do Corpo

Segundo o anexo 6, o colaborador da


Vigotas e Abobadilhas Lda, esta sem
protector do corpo, sem protector contra
queda em altura, etc.

Fonte: Vigotas e Abobadilhas Lda

9.7 Sem nenhum EPI

Segundo o anexo 7, os construtores desta


obra não obedecem nenhum princípio de
segurança.

Fonte: Imagem captada na Munhava

23
10. Avaliação e controle de risco

Metodologia utilizada para a avaliação de riscos

A avaliação de riscos a que este relatório se refere foi elaborada com base na metodologia NTP
330:1993, um sistema simplificado de avaliação de riscos desenvolvido pelo Instituto Nacional
de Seguridad e Higiene en el Trabajo (INSHT).

Esta metodologia permite detectar situações de risco profissional, e, através da definição e


implementação de medidas apropriadas, eliminar/mitigar os riscos detectados. Estabelece uma
hierarquização dos riscos baseada na relação entre o nível de deficiências encontradas no local de
trabalho e a exposição dos trabalhadores, sendo possível estimar a probabilidade de ocorrência
do risco e as suas consequências/gravidade.

Este método tem três entradas:

1. Nível de Deficiência (ND)


2. Nível de Exposição (NE)
3. Nível de Consequência (NC)

Além das 3 variáveis de entrada existem duas relações que são importantes para a estimação
adequada do nível de risco:

I.
II.

O Nível de Intervenção (NI) estabelece a hierarquia com base nas estimativas do Nível de Risco,
dando orientação para os programas de melhoria das condições de segurança das instituições.

Tabela 1: Valores assumidos pelo Nível de Deficiência

Nível de Deficiência (ND)


Muito Deficiente 10 Existências de factores de risco significativos. O conjunto de medidas
preventivas existentes é ineficaz
Deficiente 6 Existência de alguns factores de risco que precisam ser corrigidos. Há
pouca eficácia nas medidas preventivas existentes
Melhorável 2 Factores de risco de menor importância. Há alguma eficácia do conjunto de
medidas preventivas relativamente ao risco
Aceitável - Não se detectam anomalias. O risco esta controlado

24
Tabela 2: Valores assumidos pelo Nível de Exposição

Nível de Exposição (NE)


Exposição continua 4 Continuadamente. Várias vezes na sua forma com tempo prolongado
Exposição frequente 3 Varias vezes na sua jornada, em tempos curtos
Exposição ocasional 2 Algumas vezes na sua jornada, em tempos curtos
Exposição esporádica 1 Irregularmente

Tabela 3: Valores assumidos pelo Nível de Probabilidade

Enquadramento do Nível de Probabilidade (NP)


Nível de Probabilidade Significado
(NP)
Muito Alto (MA) 24-40 Situação deficiente com exposição prolongada muito deficiente com exposição
frequente. Normalmente á materialização do risco ocorre com frequência
Alto (A) 10-20 Situação deficiente com exposição frequente ou ocasional, a materialização do risco
pode ocorrer varias vezes na jornada
Médio (M) 6-8 Situação deficiente com exposição esporádica, é possível que aconteça alguma vez
dano.
Baixo (B) 2-4 Situação melhorável com exposição ocasional ou esporádica. Não se espera que se
materialize o risco.

Tabela 4: Valores assumidos pelo Nível de Consequência

Nível de Consequência (NC)


Nível de Consequência (NC) Danos Significado
Mortal ou catastrófico 100 Morte Destruição total do sistema (dificilmente renovável)

Muito Grave 60 Lesões graves Destruição parcial do sistema (reparação complexa e


que podem ser custosa)
irreparáveis
Grave 25 Lesões com Requer paragem do processo para se efectuem reparações
incapacidade
laboral transitória
Leve 10 Pequenas lesões Reparações sem necessidade de paragem de todo o
que não processo
requerem
hospitalização

Tabela 5: Relação entre o Nível de Risco e o Nível de Intervenção

Nível de Intervenção NR
I 4000-600 Situação critica. Correcção urgente
II 500-150 Corrigir e adoptar medidas de controlo.
III 120-40 Melhorar se possível. Seria conveniente justificar a
intervenção e a sua eficácia
IV 20 Não intervir, excepto se uma análise mais precisa o
justificar.

25
Tabela 6. Lista de Verificação

LV-Construção Civil
Perigo Riscos ND Explicação NE Explicação NC Explicação
Não existe medidas
Quedas em Varias vezes e
10 preventivas pra queda em 4 60 Lesões graves
altura prolongadamente
altura
Piso
escorregadio
Factor de risco controlável, a
Quedas ao Não requer
2 probabilidade de ocorrer é 2 Ocasionalmente 10
mesmo nível hospitalização
menor
Mecânicos

Varias vezes na
Pequenas
Conferragem Cortes 6 Falta de protector de mão 3 sua jornada 10
lesões
laboral

Lesões graves
Varias vezes na 60 que pode ser
3
Falta de redes de Queda de 10 Não existe redes Protectores sua jornada irreparável
Segurança objectos

Contacto directo N.A.


Eléctricos
Contacto
N.A.
indirecto

26
Físicos Iluminação N.A.

Em algumas
Compactador Ruído 6 Falta de Protector auditivo 2 vezes na jornada 10 Leve
laboral

Radiações
N.A.
ionizantes
Radiações não
N.A.
ionizantes
Trabalho ao ar
Temperaturas Factor de risco de menor Não precisa
livre, debaixo de 2 2 Algumas vezes 10
baixas importância hospital
cobertura
Físicos
Trabalho ao ar
Temperaturas Existência de algum factor de Não precisa
livre, debaixo de 6 3 Frequente 10
altas risco que pode ser corrigido hospital
cobertura

Trabalho ao ar
Factor de risco de menor Não precisa
livre, debaixo de Humidade 2 2 Algumas vezes 10
importância hospital
cobertura
Vibrações N.A.

Grave,
Trabalho com Não existência de protector Varias vezes na manifestam
Químicos Via respiratória 10 3 25
Cimento das vias respiratórias sua jornada se
tardiamente

27
Via contacto Protector das mãos Varias vezes na
6 3 10 Leve
com pele ineficiente sua jornada

Via digestiva N.A.


Exposição com Sem protector das vias Varias vezes na
Vírus 10 3 60 Muito grave
alguém respiratórias sua jornada
contaminado Bactérias N.A.
Biológicos
Fungos N.A.
Parasitas N.A.

Trabalho de pé Ergonómicos (Sobrecarga e/ou Varias vezes na


10 Trabalho muito tempo de pé 3 60 LER/DORT
todo o dia Postura de trabalho) sua jornada

28
Tabela 7 - Matriz para Construcao Civil de Pequenas Obras

Operação Perigos Riscos ND NE NP NC NR NI Medidas de Controlo

Introdução de medidas de poteção em altura


Piso escorregadio Quedas em altura 10 4 40 60 2400 I
(arnes de seguranca)

Queda ao mesmo nivel 2 2 4 10 40 III Sinalizacao e medidas de protecao dos pes

Conferragem Cortes 6 3 18 10 180 II Praticar a conferragem com protector de mão

Falta de rede de proteccao Queda de objectos 10 3 30 60 3000 I Introducao de rdes de contra queda em altura

Compactador Ruido 6 2 12 10 120 III Recomenda-se melhoria nos protector auditivo

Físicos - Temperaturas baixas 2 2 4 10 40 III Adequar aos protector de corpo


Obra de
Construcao Trabalho ao ar livre em
Civil exposição ao sol Físicos - Temperaturas altas 6 3 18 10 180 II Introdução de protector da cabeça e do corpo

Físicos - Humidade 2 1 2 10 20 IV Adequar aos protector de corpo

Químico - por via respiratória 10 3 30 25 750 I Introducao de protectores das vias aereas

Químico - por contacto com


6 3 18 10 180 II Reforcar protectores das maos
pele

Biologico 10 3 30 60 180 II Reforcar protectores aereos

Trabalhador de pé todo o dia Ergomico 10 3 30 60 180 II Recomenda-se pausa ao longo da Jornada

29
11. Capitulo IV: Enquadramento Legal

11.1 Enquadramento da legislação aplicável

De acordo com a Legislação moçambicana a Lei n° 23/2007 de 01 de Agosto, no seu Capitulo VI, referente a Higiene, Segurança e
Saúde dos Trabalhadores

 O artigo 216, no número 1, 2, 3, 4,5, 6 estabelece princípios gerais que o empregador deve proporcionar condições
necessários e suficiente para a protecção dos seus colaboradores em detrimento da actividade de risco que eles são submetidos
na sua jornada laboral. Deste modo os trabalhadores tem o direito de prestar a sua actividade laboral em boas condições de
higiene e segurança, proporcionando-lhe cuidados básicos da sua saúde como previsto por lei, e os trabalhadores devem velar
pela sua própria segurança e saúde no local de trabalho, também salientar que é da responsabilidade do empregador
proporcionar e garantir que em todos os postos de trabalho sejam seguros e isentos de risco.

 E no artigo 217, no número 1 e 2 estabelece a obrigatoriedade de existência ou criação de uma comissão de segurança no
trabalho, que ira exigir do empregador a observação dos princípios de higiene e segurança aos seus trabalhadores ou
colaboradores na sua actividade laboral, por sua vez a comissão de segurança devera vigiar o cumprimento das normais de
higiene e segurança no trabalho ao trabalhador a quanto da sua actividade laboral.

Enquadramento do sector de actividade relativo à Segurança

 Mediante os dispositivos legais acima mencionados as empresas Moderna construções Lda, Vigotas e abobadilhas Lda, e outra
singular não observa na íntegra os princípios básico de higiene e segurança aos seus colaboradores na sua jornada laboral.

30
11.2 Características da entidade acolhedora.

A Moderna Construções e a Vigotas e Abobadilhas Lda

É uma empresa de construção civil, em dedica-se a construção de edifícios, produção de blocos,


produção de vigotas e abobadilhas a respectiva montagem de Lage, esta situado na Cidade da
Beira no bairro Vaz, seus escritórios ocupa uma área de 50 m2, tem 6 trabalhadores efectivos
nomeadamente: um (1) Engenheiro de construção civil, Três (3) técnico médio de construção
civil, um (1) contabilista e um (1) guarda, os restantes dos trabalhadores são sazonais até então
eram vinte e cinco (25).

31
12. Conclusão
Chegado ao fim do estudo feito na cidade da Beira, respectivamente as construções civil de
pequeno porto, conclui-se que o estudo foi bom, pode relacionar a teoria com pratica, também
verificou-se o incumprimentos das normais de segurança que salvaguarda a saúde do trabalhador
propiciando-lhes a vários riscos laboral. Nesta senda a avaliação que faço no contexto de
trabalho é positiva porque a partir deste conhecimento adquirido pô-lo-ei em prática no meu
quotidiano.

32
13. Referências bibliográficas
 Manual de Segurança, CICCOPN
 Segurança no trabalho e prevenção de acidentes, São Paulo: Atlas, 2007

33
14. Anexos
Anexo I.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Moderna Construção Lda

Obra: Bairro da Ponta-gea

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 01/07 a 05/07 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais x


02 Rede de segurança tipo forca x
03 Redes de colocação horizontal x
04 Guarda corpos x
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés x
06 Resguardos inclinados x
07 Painéis de entivação x

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos x

03 Protecção dos olhos e da face x

04 Protecção das vias respiratória x


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

34
Anexo 2.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Moderna Construção Lda

Obra: Estoril-Zona de expansão

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 08/07 a 16 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais X


02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça X
02 Protecção dos Ouvidos X

03 Protecção dos olhos e da face X

04 Protecção das vias respiratória X


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

35
Anexo 3.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Moderna Construção Lda

Obra: Bairro Manganhe

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 17/07 a 30/07 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais X


02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos x

03 Protecção dos olhos e da face x

04 Protecção das vias respiratória x


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

36
Anexo 4.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Vigotas e Abobadilhas Lda

Obra: Bairro da Manga

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 01/08 a 10/08 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais X


02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos X

03 Protecção dos olhos e da face X

04 Protecção das vias respiratória X


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

37
Anexo 5.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Vigotas e Abobadilhas Lda

Obra: Bairro de Inhamizua

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 11/08 a 20/08 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais X


02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos x

03 Protecção dos olhos e da face x

04 Protecção das vias respiratória x


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

38
Anexo 6.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: Vigotas e Abobadilhas Lda

Obra: Bairro de Ceramica

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) - 21/08 a 30/08 do ano 2021


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação

01 Redes de segurança verticais X


02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X

Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos x

03 Protecção dos olhos e da face x

04 Protecção das vias respiratória x


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

39
Anexo 7.

Lista de verificação de EPCs e EPIs

Empresa: SingularObra: Bairro da Munhava

Equipamentos de Protecção Colectiva (EPCs) –Somente foi uma observação a distancia


Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Redes de segurança verticais X
02 Rede de segurança tipo forca X
03 Redes de colocação horizontal X
04 Guarda corpos X
05 Guarda-corpos rígidos e rodapés X
06 Resguardos inclinados X
07 Painéis de entivação X
Equipamentos de Protecção Individual (EPIs)
Ordem Condições Sim Parcial Não Observação
01 Protecção da cabeça x
02 Protecção dos Ouvidos x

03 Protecção dos olhos e da face x

04 Protecção das vias respiratória x


05 Protecção das mãos e dos membros x
Superior
06 Protecção dos pés e membros inferior x

07 Protecção do corpo x
08 Protecção para joelho e dorso x
09 Protecção contra queda em altura x

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