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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLÓGIAS

Curso: Arquitectura
4° Ano

Tema: Importãncia do uso de epc nas actividades da arquitectura


Cadeira: Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho

Discente:
Bruno Pires

Isac Mutimucuio

Paulo Jorge de Miranda Santos

Docente:
Eng. Stelio F. E Moutinho

Beira, 17 de Outubro de 2022


Índice

Capitulo I....................................................................................................................................... 5
1.Introdução............................................................................................................................... 5
1.1.Problematização .................................................................................................................. 5
1.2.Hipotese................................................................................................................................... 6
1.3.Relevância ............................................................................................................................... 6
1.4.Viabilidade .............................................................................................................................. 6
1.5.Definição de Âmbito ............................................................................................................... 6
1.6.Objectivos............................................................................................................................ 7
1.7.Justificativa.......................................................................................................................... 8
Capitulo II ..................................................................................................................................... 8
2. Revisão literária..................................................................................................................... 8
2.1.Construção Civil .................................................................................................................. 8
2.2.Segurança do trabalho ......................................................................................................... 9
2.3.Riscos ocupacionais ............................................................................................................ 9
2.4.Acidente de trabalho .......................................................................................................... 10
2.5.Urbanismo ......................................................................................................................... 11
Capitulo III .................................................................................................................................. 11
3.Arquitectura .......................................................................................................................... 11
3.1.Áreas de abrangência da Arquitectura ............................................................................... 12
3.2.Medidas de Segurança no ambiente de trabalho ............................................................... 14
3.2.1.Equipamentos de Proteção coletiva (EPC) ................................................................. 14
Capitulo IV .................................................................................................................................. 17
4.Importãncia do Uso dos Epc na Construção - Arquitectura ..................................................... 17
4.1. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) .................................................................... 17
4.2.Medidas de Controle de risco ........................................................................................ 18
5.Considerações Finais ................................................................................................................ 21
6.Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 22

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Índice de Tabelas
Tabela 1 - Tabela 1 - Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com
a sua natureza e a padronização das cores correspondentes. ....................................................... 10

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Índice de Figuras
Figura 1-sector de projectos ........................................................................................................ 12
Figura 2 - fiscalização de obras ................................................................................................... 13
Figura 3 - Urbanismo .................................................................................................................. 13
Figura 4 - EPC's .......................................................................................................................... 15
Figura 5 – canteiro de obras ........................................................................................................ 16
Figura 6 – controle de risco ......................................................................................................... 18
Figura 7 - Hierarquia de controle dos riscos ............................................................................... 20

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Capitulo I
1.Introdução

EPC, segundo a CNP/SP (2004; 2005 apud BELTRAMI; STUMM, 2013) é um


dispositivo, sistema ou meio, fixo ou móvel, com a finalidade de preservar a integridade
física e a saúde de um grupo de trabalhadores que realizam actividades em um
determinado local. Na construção civil, a protecção em várias actividades fica a cargo dos
EPCs, que são dispositivos de segurança desenvolvidos para proteger uma ou mais
pessoas, servindo como barreira aos diversos riscos aos quais estão sujeitos os
trabalhadores de determinado sector ou ainda outros trabalhadores de sectores adjuntos
que por ali transitem (ARAUJO; MELO, 1997).

Mas para que o progresso seja benefico é necessario que as actividades não estejam
associadas a altas taxas de derrames de sangue por acidentes de trabalho nos campos das
actividades.

Para isso é associada as actividades um conjunto de protocolos que ajudam a amenizar o


risco de acidentes, sem interferir na produtividade assim como na qualidade do produto
final.

1.1.Problematização

Identificados os problemas, sejam eles, o baixo indice do uso dos EPC’s, falta de
sinalização, condição de trabalho desfavorável, sobrecarga, entre outros, qual é a causa
dos problemas encontrados, como trazer melhorias ao ambiente de trabalho no sector em
estudo, como se deve proceder para a resolução dos mesmos, qual medidas adotar para
um campo de trabalho livre de acidentes?

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1.2.Hipotese

Seria a falta do uso dos EPI’s e EPC’s a maior causa de aparição dos acidentes?

1.3.Relevância

É relevante a abordagem do tema em questão, para uma posterior consulta de materiais


na vertente de elaboração de um plano de segurança, e garantir não só a identificação de
problemas, como a solução desses mesmos com o fim de projectar uma melhor condição
de vida no trabalho.

1.4.Viabilidade

O trabalho se apresenta de forma viável pois agrega valor ao mundo academico, podendo
servir de base para estudos mais profundo sobre o tema abordado. Constitui o principio
de inteeração do tema, e uma base bibliografica para a pesquisa do tema abordado.

1.5.Definição de Âmbito

A Área em estudo constitui um dos ramos do sector de construção, em expansão e


assume-se como um potencial de abrangência, visto que se encontra em crescimento por
conta do crescimento aparente derivado das escolas de formação pioneiras na cidade da
Beira, nomeadamente Universidade Zambeze e Universidade Católica de Moçambique.
É o cerebro da planificação, idealização das construções fazendo com que a diminuição
dos riscos partam desde a idealização ao canteiro de obra, de modo que, algumas atitudes
devam ser previstas desde o inicio.

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1.6.Objectivos

Objectivo geral:

O presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma análise do uso de Equipamentos
de Proteção Colectivos no setor de construção com o foco principal na Arquitectura, tendo
como estimulo a segurança do trabalho.

Objectivos específicos:

• Realizar um levantamento por meio da literatura sobre o uso de EPC’s na


Construção - Arquitectura;
• Reunir as normas regulamentadoras do trabalho no setor de Construção,
relacionadas à saúde e segurança;
• Enfatizar as consequências do não cumprimento das normas regulamentadoras,
como a ocorrência de acidentes no local de trabalho;
• Contribuir para a mitigação, redução e prevenção dos acidentes de trabalho por
meio da divulgação das informações relevantes sobre a saúde e segurança do
trabalho.

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1.7.Justificativa
O presente trabalho busca apresentar um plano logico do uso dos EPC’s no campo da da
construção ligado a arquitectura. Além de estuda-lo e apresentar possíveis soluções aos
problemas encontrados, baseando-se de metodologias especificas e estudos de campos,
acompanhadas por registros fotográficos, exemplos vivenciados, levantamentos, entre
outros.

Em suma, busca-se apresentar formas de identificação, analise, estudo e soluções para a


amenização das ocorrências de acidentes no campo de trabalho.

Capitulo II
2. Revisão literária

Neste capítulo serão apresentados alguns estudos, análises de campo, assim como
métodos e técnicas de solucionamento dos problemas encontrados na área em estudo. E
nota-se que os EPCs são medidas de protecção indispensáveis no ambiente de trabalho e
devem ser pensadas antes mesmo do fornecimento do EPI, tendo em vista a que de pouco
vale a proteção sem o controlo e eliminação do risco.
Os Equipamentos de Proteção Coletiva são mencionados em duas Normas
Regulamentadoras importantes: a NR 4 e a NR 9. A NR 4 faz referência aos Serviços
Especializados em Engenharia De Segurança e em Medicina Do Trabalho (SESMT); e a
NR 9 tem a ver com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

2.1.Construção Civil

A Construção Civil é caracterizada como atividade produtiva da construção que envolve


a instalação, reparação, equipamentos e edificações de acordo com as obras a serem
realizadas. O Código 45 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE)
do IBGE, relacionam as atividades da construção civil como as atividades de preparação
do terreno, as obras de edificações e de engenharia civil, as instalações de materiais e
equipamentos necessários ao funcionamento dos imóveis e as obras de acabamento,
contemplando tanto as construções novas, como as grandes reformas, as restaurações de
imóveis e a manutenção corrente (OLIVEIRA, 2012).

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A indústria da construção civil no país é crescente e infere o desenvolvimento econômico
para a geração de emprego. Portanto, é uma atividade que encontra relacionada a diversos
fatores do setor que contribui para o desenvolvimento regional, a geração de empregos e
mudanças para a economia, ou seja, a elevação PIB e tendo em vista seu considerável
nível de investimentos e seu efeito multiplicador sobre o processo produtivo.
(OLIVEIRA, 2012).

2.2.Segurança do trabalho

Segundo Peixoto (2011), a Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas, regras e


directrizes que visa minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, ao
mesmo tempo em que protege a integridade e a capacidade laboral das pessoas envolvidas
no ambiente de trabalho.

A Segurança do Trabalho estuda as inúmeras causas de acidentes e incidentes decorrentes


das actividades laborais dos trabalhadores. Seu foco é a prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais, através da minimização dos riscos envolvidos nas actividades laborais,
como também, das formas de agravo à saúde do profissional já acometido por doença. E
as consequências, que podem envolver perdas materiais, diminuição da produtividade,
contratação de novos funcionários, dias perdidos, até mesmo gastos com indemnizações
às vítimas ou aos familiares, entre outros.

2.3.Riscos ocupacionais

Qualquer pessoa está exposta às mais diversas condições que podem ocasionar eventos
ou danos indesejados, seja dentro do ambiente de trabalho, ou fora dele, e que poderão
afetar sua qualidade de vida, como doenças, acidentes, entre outros. A esta possibilidade
de ocorrerem danos denominamos risco. O risco, portanto, é a combinação da
probabilidade de ocorrência e a magnitude de um evento indesejado (FUNDACENTRO,
2004).

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O exercício da atividade laboral sob condições inseguras existentes no ambiente de
trabalho expõe o trabalhador a riscos ocupacionais que podem ser classificados em cinco
categorias, conforme o Anexo 5 da Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994 do
Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 1994).

TABELA 1 - TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM GRUPOS, DE


ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO DAS CORES CORRESPONDENTES.

2.4.Acidente de trabalho

A indústria da construção civil é reconhecida em todo o mundo como uma das atividades
produtivas de maior perigo para os trabalhadores, especialmente para acidentes de
trabalho fatais e não fatais. (SESI, 2015).

A definição legal do termo acidente do trabalho é dada pela Lei Federal nº 8.213, Artigo
19: Art. 19.

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Acidente do trabalho é o que ocorrem pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou
de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso
VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do


trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de


condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I (BRASIL, 1991).

A execução de tarefas repetitivas e monótonas do trabalho moderno, juntamente à alta


produtividade exigida pelos empregadores, pode levar o trabalhador a sofrimentos
psíquicos e somáticos (MACEDO, 2012). Tal situação é constantemente encontrada na
construção civil, levando, consequentemente, a um aumento nos índices de doença
profissional e do trabalho. Sendo que uma das causa do aumento dos acidentes no trabalho
é o fato de exigir que os trabalhadores se exponham a fatores de risco, tais como, calor,
altura, ruídos esforços repetitivos, dentre outros. (IIDA 2005).

2.5.Urbanismo

Urbanismo é uma ciência humana, multidisciplinar, relacionada ao estudo, regulação,


controle e planejamento de cidades.

Capitulo III
3.Arquitectura

Arquitetura é a arte ou ciência de projetar espaços organizados, por meio do agenciamento


urbano e da edificação, para abrigar os diferentes tipos de atividades humanas. Seguindo
determinadas regras, tem como objetivo criar obras adequadas a seu propósito,
visualmente agradáveis e capazes de provocar um prazer estético.

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A história da arquitetura está diretamente relacionada à evolução humana. A arquitetura
passou a existir quando o homem começou a construir para se proteger de predadores e
dos fenômenos naturais.

Novas demandas sociais (como o crescimento das civilizações, a necessidade de


interligação entre cidades, o abastecimento de água, a consolidação de crenças religiosas)
ou mesmo a simples busca por formas agradáveis aos olhos forçaram a humanidade a
buscar novos materiais, novas ferramentas e técnicas de construção. É assim que a
arquitetura continua evoluindo até hoje.

Dos tijolos de barro seco ao concreto armado, das casas mais primitivas aos arranha-céus,
das primeiras tumbas sagradas às grandiosas catedrais européias, de pequenos vilarejos
pré-históricos às ilhas artificiais, o arquiteto continua contando a história do Planeta
Terra, em linhas, texturas e cores.

3.1.Áreas de abrangência da Arquitectura

FIGURA 1-SECTOR DE PROJECTOS


Com o passar do tempo a necessidade dos espaços organizados, da gestão de um projecto
de construção, a reforma de uma casa ou até mesmo de um compartimento, a visualização
tridimensional de um empreendimento, a idealização Urbana de cidades, a fiscalização
de Obras em decurso, entre outros aspecto, se assumem abrangidos pelo alcance dos
arquitectos.

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FIGURA 2 - FISCALIZAÇÃO DE OBRAS

Os arquitectos actuam em diversas áreas de abrangência, desde escritório à obras, o que


os remete à cuidados ligeiros e à cuidados extremos, no caso de obras de grande
vergadura.

FIGURA 3 - URBANISMO

Urbanismo é uma ciência humana, multidisciplinar, relacionada ao estudo, regulação,


controle e planejamento de cidades.

Numa área de maior abrangência, encontramos o urbanismo que se centra na idealização


das cidades.

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3.2.Medidas de Segurança no ambiente de trabalho

Como dito anteriormente o ambiente de trabalho na construção ocorrem acidentes, aonde


muitas vezes, vem a ocasionar graves consequências tanto ao empregador quanto ao
colaborador. Por isso é primordial realizar uma avaliação nesse ambiente de trabalho e
fazer um levantamento dos riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores estão expostos
e propor medidas de segurança e melhorias.

De acordo com estudos de Iida (2005), é importante que a empresa tenha conhecimento
profundo das condições de trabalho e suas consequências, e da satisfação do trabalhador
em tais condições, de maneira a estabelecer melhores critérios de aquisição de mão-de-
obra e equipamentos, proporcionar um melhor relacionamento entre os trabalhadores em
geral e a administração, e estabelecer mudanças para favorecer as relações de trabalho.
Para Sampaio (1998) muitos acidentes poderiam ser evitados se as empresas
desenvolvessem ou implantassem programas de segurança e saúde no trabalho, além de
oferecerem maior atenção à educação e ao treinamento de seus operários.

As capacitações e treinamentos são vistos como medidas preventivas para a redução do


risco. Além desses, existem equipamentos de proteção com o objetivo de amenizar ou até
mesmo eliminar os riscos em relação ao colaborador:

• Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s);

• Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s);

3.2.1.Equipamentos de Proteção coletiva (EPC)

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é todo dispositivo ou sistema de âmbito


coletivo destinado a preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, tem
como objetivo a proteção do trabalhador, porém é de menor eficiência, são os exemplos:
sinalização de segurança, proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos,
corrimão de escadas, etc.(BRASIL, 2018).

De acordo com SESI (2015), são elementos que servem de barreira entre o perigo e o
trabalhador. Numa visão mais ampla, são todas as medidas de segurança tomadas numa
obra para proteger uma ou mais pessoas.

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Como os principais EPC’s usados na construção civil podermos citar:

• Duto de entulho;
• Guarda-corpo;
• Plataformas de retenção de entulho;
• Tela de fachada;
• Linha de vida.
• Placas de Sinalização (saída, entrada, escadas, etc);
• Chuveiro Lava-Olhos;
• Sensores de presença;
• Cones de Sinalização;
• Sistema de Iluminação de Emergência.
• Cavaletes;
• Fita de Sinalização;
• Sistema de Ventilação e Exaustão;
• Proteção contra ruídos e vibrações;
• Purificador de ar;
• Sistema de Alarmes;
• Exaustor para tipos de gás e vapores;
• Abafadores de máquinas;
• Entre muitos outros.

FIGURA 4 - EPC'S

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FIGURA 5 – CANTEIRO DE OBRAS

A Figura 4, representa alguns EPC´s utilizados na Industria da Construção Civil,


observamos a tela de fachada, a sinalização e o duto de entulho.

A NR 18 (BRASIL, 2018) especifica a necessidade de uma tela de fachada (Figura 1)


em todo o perímetro da edificação, a fim de evitar que objetos, ferramentas e detritos
sejam projetados para fora da edificação e causem danos aos funcionários, transeuntes e
construções nos arredores da obra.

Segundo o Sesi (2015) a sinalização de segurança é aquela que proporciona uma


indicação ou uma obrigação relativa à segurança ou situação determinada, mediante sinais
em forma de placa, cor, sinal luminoso ou acústico, uma comunicação verbal ou um sinal
gestual. Na figura 1, a sinalização foi representada pelos cones.

A NR 18 (BRASIL, 2018) caracteriza que a remoção dos entulhos, por meio da


gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente (Figura 1), com
inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em todos os
pavimentos.

Segundo Vieira (2005) os EPC´s atuam diretamente no controle das fontes geradoras
de agentes agressores ao homem e ao meio ambiente, e, como tal, devem ser prioridade
de qualquer profissional da área de segurança.

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O uso dos EPC’s não despresam o uso dos EPI’s, é necessário que ambos os cuidados
estejam patentes para que os riscos sejam reduzidos da maior forma possível.

As EPC’s são presentes nos campos de trabalho em curso ou em pausa, equipamentos


esses que direccionam os visitantes assim como os operários, e enfatizam a presença de
perigo e alerta de precaução.

Capitulo IV

4.Importãncia do Uso dos Epc na Construção - Arquitectura


4.1. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)

A importância do uso dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) como são chamados
todos os equipamentos que servem para a proteção coletiva dos trabalhadores, esses
dispositivos têm como principal intuito melhorar a Segurança do Trabalho dentro de
ambientes que oferecem riscos à saúde e segurança física dos trabalhadores.

Além de evitar acidentes de trabalho e possíveis doenças ocupacionais, os equipamentos


de proteção coletiva servem para atenuar cada um dos riscos presentes no ambiente. Outra
função de alguns modelos de EPC também é sinalizar o perigo ou áreas delimitadas, com
o objetivo de diminuir os índices de problemas trabalhistas.

Segundo o Anuário das Estatísticas dos Acidentes de Trabalho, o Brasil ocupa o 5º lugar
no ranking mundial de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Situações que
poderiam ser muito bem evitadas, se houvesse tido uma maior atenção às medidas de
controle de risco.

Assim como os EPIs e todas as demais Medidas de Controle de Risco, o Equipamento de


Proteção Coletiva (EPC) é fundamental para a segurança do trabalhador. Mas não apenas
por isso: para manter a sua empresa em dia com a legislação. O que traz, inclusive,
economia para o seu negócio.

Investindo em Segurança do Trabalho, você não só preserva a saúde dos seus


colaboradores, como também economiza dinheiro em processos trabalhistas, multas,
rotatividade de funcionários, indenizações, e muito mais.

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4.2.Medidas de Controle de risco

As Medidas de Controle de Risco são as estratégias tomadas pelos empregadores e


Técnicos da Segurança do Trabalho para eliminar e atenuar os riscos presentes no
ambiente de trabalho. No entanto, essa não é uma tarefa tão simples, tendo em vista a lista
extensa de possíveis riscos que podem existir em um local ou atividade.

Para que essas medidas sejam efetuadas de maneira adequada e eficiente, existe uma
lógica por trás. Essa lógica é o que chamamos de Hierarquia de Controle (HOC), uma
lista de prioridades a serem seguidas para evitar acidentes de trabalho.

São elas:

Na origem do contaminante (Fonte, ou seja, o próprio risco);

Ao longo do percurso entre a origem e o trabalhador (Ambiente de trabalho);

No receptor (O próprio trabalhador).

FIGURA 6 – CONTROLE DE RISCO

Para cada uma destas três fases, poderão ser tomadas as seguintes Medidas de Controle,
incluindo o Equipamento de Proteção Coletiva (EPC):

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• Medidas de Eliminação (Fonte): Essa medida prevê a eliminação da condição
perigosa que coloca em risco o trabalhador. Por exemplo, eliminar o manuseio
manual de uma ferramenta perigosa por um manuseio mecânico.

• Medidas de Substituição ou Minimização (Fonte): Substituir o agente de risco


perigoso por outro menos agressivo ou, ainda, reduzir a energia do processo
(através de força, amperagem, temperatura, etc.)

• Medidas de Engenharia (Ambiente): Mudança na estrutura do local de trabalho


do profissional, de modo a distanciar a condição perigosa dos trabalhadores. Por
exemplo: implantação de sistemas de ventilação, enclausuramento, etc.

• Medidas de Separação (Ambiente): Um exemplo para esta medida é a separação


de ciclistas, pedestres e veículos nas vias públicas da cidade. Dessa forma, separa
as energias evitando acidentes.

• Medidas Administrativas (Ambiente e Trabalhador): Aqui entram os treinamentos


e ensinamentos para a execução do trabalho. Também está inclusa a sinalização
horizontal e vertical, os sinais de advertência e alarmes, além de permissões de
acesso, etc.

• EPI – Equipamento de Proteção Individual: Quando todas as medidas anteriores


não forem suficientes para assegurar a saúde e segurança do trabalhador, é dever
da empresa o fornecimento de equipamentos de proteção individual para o
trabalhador que deve guardar, manusear e cuidar com atenção.

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FIGURA 7 - HIERARQUIA DE CONTROLE DOS RISCOS

A Hierarquia de Controle não é organizada de maneira aleatória. Ela se dá de acordo com


uma ordem de controle dos riscos, que deverá ir desde a Eliminação completa do agente,
até a proteção do impacto do risco no trabalhador (ou seja, quando o risco não foi
controlado suficientemente).

Acima, ilustra-se uma imagem para exemplificar a importância da Hierarquia de


Controle. Perceba que os EPI’s é a última medida a ser tomada, enquanto os EPC’s é a
segunda, logo após a eliminação ou substituição do agente de risco.

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5.Considerações Finais

Em suma buscou-se mostrar de forma clara e objetiva qual o papel da Segurança do


Trabalho, em virtude da utilização do EPC, com foco na construção - Arquitectura. Como
forma de prevenção de acidentes e exigido por lei, simplesmente o fornecimento,
palestras explicativas e o uso do EPI não impedem que acidentes aconteçam. A
conscientização dos riscos do uso indevido ou não utilização dos EPIs e
treinamentos do qual os empregados passam não é satisfatório, caso não ocorra a
escolha do equipamento mais adequado à função e ao funcionário, visando
mobilidade e conformo ao mesmo, além de uma melhor aceitação por parte dos
usuários.
É preciso palestras e treinamentos periódicos a funcionários que já estão na empresa,
e para os novos empregados, é preciso passar uma base sólida do devido uso do EPC e
EPI e sua devida utilização, tendo sempre um técnico ou engenheiro de segurança no
canteiro de obras a fim de corrigir os erros quanto a utilização dos equipamentos de
segurança e advertir os empregados que se negam a usar os EPI’s e EPC’s, uma vez que
foi comprovado que os mesmos podem evitar grandes tragédias no ambiente de trabalho,
inclusive de óbito.

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6.Referências Bibliográficas

OLIVEIRA, V.F. O papel da Indústria da Construção Civil na organização do espaço


e do desenvolvimento regional. Congresso Internacional de Cooperação Universidade-
Indústria. Taubaté (SP), 2012.
MOTERLE, N. A importância da segurança do trabalho na construção civil: um
estudo de caso em um canteiro de obra na cidade de Pato Branco – Pr. 2014. 45 f.
Trabalho de Conclusão de Curso – Programa de PósGraduação em Engenharia,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2014.
FUNDACENTRO, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho. Introdução à Higiene Ocupacional. São Paulo: FUNDACENTRO, 2004. 84
p.
BRASIL. Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994. Brasília, 1994. Disponível em: <
http://trabalho.gov.br/servicos-do-ministerio >. Acesso em: out. 2019.
SESI. Serviço Social da Indústria. Segurança e saúde na indústria da construção no
Brasil: diagnóstico e recomendações para a prevenção dos acidentes de trabalho,
2015. Brasília: SESI/DN, 2015.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2a edição revisada e ampliada. São Paulo:
Edgard Blücher, 2005.
VIEIRA, S. I. Manual de saúde e segurança do trabalho: segurança, higiene e
medicina do trabalho. Volume 3. São Paulo: LTR, 2005.
ARAÚJO, Nelma Mirian Chagas; MELO, Maria Bernadete F. Vieira de. PCMAT em
canteiros de obras de edificações verticais da grande João Pessoa: custos e apropriação.
In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 17., 1997,
Gramado. Anais... . Gramado: Abepro, 1997. p. 1 - 7.
ATLAS (São Paulo) (Ed) Segurança e Medicina do Trabalho. 74.ed. São Paulo: Atlas,
2014. (Manuais de Legislação Atlas)
BELTRAMI, Monica; STUMM, Silvana. EPI e EPC: EPI e EPC. Curitiba-pr: E-tec
Brasil, 2013. 136 p.
https://www.prometalepis.com.br/blog/equipamento-de-protecao-coletiva-epc/

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