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FACULDADE ÚNICA

FILIPE FIGUEIREDO MACIEL

IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS DE ERGONOMIA EM ESCRITÓRIOS: UMA


ABORDAGEM TEÓRICA

MONTES CLAROS – MINAS GERAIS

2023
FACULDADE ÚNICA

FILIPE FIGUEIREDO MACIEL

IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS DE ERGONOMIA EM ESCRITÓRIOS: UMA


ABORDAGEM TEÓRICA

Monografia apresentada à Faculdade Única,


como parte das exigências para a obtenção
do título de Pós-Graduação em Engenharia
de Segurança do Trabalho.

MONTES CLAROS – MINAS GERAIS

2023
IMPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS DE ERGONOMIA EM ESCRITÓRIOS: UMA
ABORDAGEM TEÓRICA

Filipe Figueiredo Maciel

RESUMO

O objetivo deste trabalho é investigar a importância da implementação de técnicas de ergonomia em


escritórios. A revisão literária apresenta o conceito de ergonomia, destacando sua importância no
ambiente de trabalho, os fatores que afetam a ergonomia em escritórios e as técnicas de ergonomia
aplicadas neste contexto. Em seguida, é realizada uma análise teórica da aplicação dessas técnicas,
destacando os fatores que influenciam a implementação, como a altura do monitor, cadeira, mesa,
iluminação, temperatura e ruído. Por fim, são apresentados os desafios e obstáculos encontrados na
implementação de técnicas de ergonomia em escritórios. O objetivo final deste trabalho é fornecer
informações sobre a importância e aplicabilidade da ergonomia no ambiente de trabalho de
escritórios.

Palavras chave: Ergonomia. Escritórios. Abordagem teórica. Desafios


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fatores que afetam a ergonomia..............................................................10


Figura 2 – Posição inadequada e adequada para monitores....................................21
Figura 3 – Dimensões recomendadas para mesas e cadeiras.................................23
Figura 4 – Sistema de iluminação típico da área de trabalho....................................25
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Técnicas de ergonomia aplicadas ao ambiente de trabalho.....................12
Tabela 2 – Doenças ocupacionais e suas principais causas.....................................16
Tabela 3 – Níveis de ruído, sua reação e efeitos nos indivíduos...............................27
SÚMARIO
Introdução....................................................................................................................6
1 REVISÃO LITERÁRIA...........................................................................................8
1.1 Conceito de Ergonomia..........................................................................................8
1.2 Importância da ergonomia no ambiente de trabalho..............................................9
1.3 Fatores que afetam a ergonomia no escritório.....................................................10
1.4 Técnicas de ergonomia aplicadas ao ambiente de trabalho................................11
1.5 Principais problemas relacionados a ergonomia..................................................14
1.6 Ginástica Laboral..................................................................................................17
2 ANÁLISE TEÓRICA.............................................................................................18
2.1 Aplicação das técnicas de ergonomia em escritórios..........................................18
2.2 Fatores que influenciam a implementação de técnicas de ergonomia................19
2.2.1 Altura do monitor........................................................................................20
2.2.2 Altura da cadeira........................................................................................22
2.2.3 Altura da mesa...........................................................................................22
2.2.4 Iluminação..................................................................................................23
2.2.5 Temperatura...............................................................................................26
2.2.6 Ruído..........................................................................................................26
2.3 Desafios e obstáculos na implementação de técnicas de ergonomia.................28
2.3.1 A ergonomia em ambientes de trabalho remotos......................................29
3 Conclusão...........................................................................................................31
4 Referências.........................................................................................................32
6

Introdução

A ergonomia é uma área de estudo importante que tem como objetivo


garantir a segurança e eficiência dos ambientes de trabalho. Pode ser considerada
como uma disciplina sistêmica que estuda as atividades humanas e sua relação com
o ambiente de trabalho. O objetivo principal da ergonomia é garantir que o trabalho
seja executado de forma adequada ao ser humano, o que envolve principalmente
avaliar o ambiente em que o trabalho é realizado. Isso é alcançado por meio da
análise dos fatores psicofísicos, técnicos e organizacionais que afetam o
trabalhador, bem como da identificação e implementação de medidas para melhorar
as condições de trabalho (RICARDO, 2022). Dessa forma, a ergonomia contribui
para a promoção da saúde e segurança dos trabalhadores, além de melhorar a
eficiência e produtividade.

No ambiente de escritório, onde muitas pessoas passam grande parte do


dia, é importante considerar as medidas ergonomicamente corretas para prevenir
problemas de saúde relacionados ao trabalho, como dores de cabeça, problemas
nas costas e nos ombros, entre outros. De acordo com Santos (2021), a ergonomia
é uma disciplina sistêmica que tem como objetivo principal analisar a adequação do
ambiente de trabalho ao ser humano. Um dos desafios encontrados no projeto
arquitetônico é integrar a qualidade funcional com a prática. Muitas vezes, a
qualidade funcional é projetada de forma padrão, fazendo com que o funcionário se
adapte ao ambiente de trabalho, ao invés de o ambiente ser projetado para se
adequar ao funcionário. Isso pode resultar em desconforto e diminuição da
produtividade e qualidade do projeto ao longo do tempo. O espaço de trabalho afeta
diretamente a produção e criação, e ao considerar as necessidades de cada setor
ou especialização, é possível obter resultados mais benéficos. A ergonomia pode
ser dividida em três campos: físico, que envolve a biomecânica da tarefa; cognitivo,
que inclui aspectos psicológicos; e ambiental, que inclui a área organizacional e o
meio ambiente de trabalho (SANTOS, SILVA, 2021).

A ergonomia no ambiente de trabalho é um tema de grande importância que, em


1978, a NR 17 (Norma Regulamentadora nº 17) foi criada pelo Ministério do
Trabalho para regular e orientar sobre este assunto. A finalidade da NR 17 é garantir
7

o conforto dos usuários, reduzir o risco de lesões e aumentar a eficiência e a


produtividade nas empresas. Ela é uma ferramenta importante para aprimorar a
segurança e o bem-estar dos trabalhadores, promovendo uma cultura de prevenção
de acidentes e problemas de saúde relacionados ao trabalho. A NR 17 é uma
referência para todas as empresas e instituições que desejam promover uma cultura
de ergonomia e bem-estar para seus funcionários.

É de conhecimento geral que o ambiente de trabalho desempenha um papel


fundamental na qualidade de vida dos funcionários. A ergonomia, que engloba o
ambiente físico, aspectos cognitivos, organizacionais e políticos, é uma disciplina
crítica para garantir o conforto e a segurança dos trabalhadores, bem como para
aumentar a sua eficiência e produtividade. Infelizmente, muitas vezes, a atenção é
dada apenas à indústria fabril e as instalações de escritórios dentro dessas
empresas são negligenciadas quanto a melhorias ergonômicas (MOSCARDINI, et al.
2022).

Diante disso, este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar estudos
e pesquisas sobre ergonomia em escritórios. Será abordada a importância da
ergonomia no ambiente de trabalho, bem como os principais fatores e medidas
ergonômicas que podem ser aplicadas em escritórios para garantir o conforto e a
segurança dos trabalhadores através de uma revisão bibliográfica. Serão discutidos
os desafios e os principais estudos de implantação de práticas ergonômicas em
escritórios.

Este trabalho é de suma importância, pois pretende contribuir para a


disseminação de informações sobre ergonomia e para a conscientização sobre a
importância da aplicação de técnicas ergonômicas no ambiente de trabalho. Espera-
se que este estudo possa ser utilizado como uma referência para futuras pesquisas
e para a implantação de medidas ergonômicas em escritórios.
8

1 REVISÃO LITERÁRIA
1.1 Conceito de Ergonomia
Diferentes pesquisadores como Costa, Campos e Villarouco (2012) e
Mülfarth (2017) afirmam que a história da Ergonomia está ligada ao contexto
histórico do século XX, surgindo na década de 1940, após o fim da Segunda Guerra
Mundial. Outra teoria sobre a origem da ergonomia é a criação do termo por
Kenneth Frank Hyevel Muffel, um engenheiro inglês, em 1949. Nessa época,
pesquisadores na Inglaterra fundaram a primeira associação nacional de ergonomia,
a "Ergonomic Research Society", com o objetivo de investigar o ser humano e o
ambiente de trabalho. De acordo com Mülfarth (2017), a criação da associação teve
como propósito o estudo da ergonomia.

A ergonomia é uma ciência interdisciplinar que se concentra no estudo das


relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho. É uma área de pesquisa que
busca otimizar a adaptação do ambiente de trabalho às capacidades e limitações
humanas, a fim de promover a segurança, o bem-estar e a eficiência no trabalho.

A Associação Internacional de Ergonomia (IEA) define a ergonomia como


uma matéria científica ligada ao entendimento das interações entre seres humanos e
os elementos de um sistema (SILVA, et al. 2019). A IEA divide a ergonomia em três
áreas de especialização: Física, Cognitiva e Organizacional.

Ergonomia física: está relacionada às respostas do corpo humano,


incluindo estudos sobre postura, manipulação de materiais, movimentos repetitivos,
lesões musculoesqueléticas, demandas de trabalho, segurança e saúde (SILVA, et
al. 2019).

Ergonomia cognitiva: se concentra na relação entre os processos mentais


e sua influência nas interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema, incluindo carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão,
desempenho, habilidade, interação homem-computador e erro humano (SILVA, et al.
2019).

Ergonomia organizacional: se concentra na otimização de sistemas


sociotécnicos, incluindo estrutura organizacional, políticas e processos,
comunicação, trabalho em turnos, satisfação no trabalho, trabalho em grupo,
9

motivação, supervisão, organizações de rede, trabalho remoto, gestão da qualidade


e ética (SILVA, et al. 2019).

No ambiente de trabalho, a ergonomia é uma preocupação crescente, pois a


natureza repetitiva e sedentária de muitas atividades laborais pode levar a
problemas de saúde, como dores de cabeça, problemas de coluna vertebral,
tendinites e lesões musculares. Além disso, a falta de espaço, luz e ruído adequados
também podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. O ambiente de
trabalho também pode afetar o psicológico dos trabalhadores, o que pode levar a
problemas relacionados ao estresse, cansaço, dentre vários outros.

1.2 Importância da ergonomia no ambiente de trabalho


A implementação de técnicas de ergonomia no ambiente de trabalho é
fundamental para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e aumentar a sua
produtividade (DIAS, VERGARA, 2019). Isso pode ser alcançado através da
regulamentação de aspectos físicos, como a altura da mesa, da cadeira e do
monitor, bem como a disposição dos objetos de trabalho, como teclados e mouses.
Além disso, a ergonomia também abrange a preocupação com o bem-estar
emocional e psicológico dos trabalhadores, oferecendo soluções para problemas
relatados anteriormente.

O mesmo conceito é adotado por Costa, Campos e Villarouco (2012), que


afirmam que a ergonomia tem como objetivo principal promover a saúde e a
segurança dos trabalhadores, além de melhorar a eficiência e a qualidade dos
produtos. Eles ainda ressaltam que esta disciplina trabalha com aspectos
relacionados à postura, ao movimento repetitivo, à manipulação de materiais, à
carga mental de trabalho, à tomada de decisão e à interação homem-computador,
entre outros.

A ergonomia também é importante para prevenir lesões


musculoesqueléticas, que são comuns em muitos trabalhos que envolvem repetição
de movimentos ou esforço físico intenso. A falta de cuidado com a ergonomia nos
escritórios pode levar a dores nas costas, nos ombros, nos punhos e nos joelhos,
além de outros problemas de saúde correlacionados, como síndrome do túnel do
10

carpo e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) (COSTA,


CAMPOS, VILLAROUCO, 2012).

1.3 Fatores que afetam a ergonomia no escritório


De acordo com Viera (1997), o ambiente de trabalho é composto por
elementos que interagem entre si, impactando tanto na saúde e bem-estar dos
colaboradores quanto na eficiência do serviço. Esta perspectiva ampla das
influências no ambiente organizacional ajuda a compreender as causas de
desconforto, insatisfação, baixo desempenho, doenças ocultas e até acidentes de
trabalho. Alguns componentes que compõem o ambiente de estudo incluem o
espaço, condições ambientais (lumínicas, sonoras, térmicas, tóxicas, etc.),
equipamentos, organização do trabalho, horários, aspectos de segurança e relações
interpessoais. A Figura 1 sintetiza os principais desafios ergonômicos encontrados
nas empresas brasileiras.

Figura 1 – Fatores que afetam a ergonomia

Fonte: https://www.conceitozen.com.br/riscos-ergonomicos-no-ambiente-de-
trabalho.html

Alguns exemplos de problemas comuns no ambiente de trabalho são a


intensa cobrança, o ritmo extremamente acelerado, postura inadequada e o esforço
11

excessivo em levantar pesos além de sua capacidade. Estes fatores podem causar
sérios danos, tanto para a empresa quanto para os funcionários. Para a empresa,
isso pode resultar em despesas médicas e afastamento de funcionários, além de
outras consequências, como uma menor motivação dos empregados e aumento no
número de faltas (LOBO, 2023).

1.4 Técnicas de ergonomia aplicadas ao ambiente de trabalho


O uso de técnicas de ergonomia tem se tornado cada vez mais frequente na
otimização dos ambientes de trabalho. A aplicação de técnicas ergonômicas pode
trazer inúmeros benefícios, tais como saúde, segurança, conforto e eficiência ao
trabalhador (DIAS, VERGARA, 2019).

Entre as técnicas de ergonomia aplicadas ao ambiente de trabalho,


destacam-se a avaliação ergonômica dos postos de trabalho, ajustes nas condições
ambientais, treinamento sobre postura correta e uso de mobiliário, bem como o uso
adequado dos equipamentos (FIGUEIREDO, 2022), implementação de medidas de
segurança e saúde ocupacional. Essas técnicas visam garantir o conforto e a
segurança dos trabalhadores, contribuindo para a prevenção de doenças
ocupacionais.

De acordo com a literatura, a avaliação ergonômica dos postos de trabalho é


fundamental para identificar os pontos críticos e ajustar o ambiente de trabalho de
acordo com as necessidades dos trabalhadores. Um treinamento adequado sobre
postura correta, uso adequado dos equipamentos e ginástica laboral pode ajudar a
prevenir Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT) (OLIVEIRA, 2007) e também outras de origem
musculoesqueléticas.

A Tabela 1 apresenta uma síntese de algumas técnicas ergonômicas


utilizadas no ambiente de trabalho. As técnicas aplicadas ao ambiente de trabalho
incluem uma ampla variedade de abordagens, desde a análise do design do trabalho
e do layout do ambiente de trabalho até a avaliação de tarefas específicas e a
melhoria do equipamento.
12

Tabela 1 - Técnicas de ergonomia aplicadas ao ambiente de trabalho

Técnica Descrição Objetivo

Entender como a tarefa é O objetivo final é identificar


executada, desde os pontos de dor, estresse ou
Análise do design do movimentos necessários fadiga que possam afetar
trabalho até a postura utilizada e o negativamente a saúde,
esforço físico e mental segurança e desempenho dos
envolvidos. funcionários.

Envolve avaliar as
Identificar aspectos do
características físicas do
ambiente que possam afetar a
ambiente de trabalho,
Avaliação do ambiente saúde e o bem-estar dos
incluindo iluminação,
do trabalho funcionários, bem como sua
temperatura, ventilação,
capacidade de realizar suas
ruído e ergonomia do
tarefas de forma eficiente.
mobiliário.

Envolve avaliar tarefas


específicas, como
levantar objetos pesados,
Identificar as causas de dor,
sentar-se por longos
fadiga ou lesão e sugerir
Avaliação de tarefas períodos, usar
soluções para melhorar a
específicas ferramentas ou
segurança e o conforto dos
equipamentos, e outras
funcionários.
tarefas que possam
colocar um estresse
excessivo no corpo.

Envolve a avaliação e a Garantir que o equipamento


melhoria do equipamento seja seguro, confortável e fácil
Melhoria de usado pelos funcionários, de usar, além de minimizar o
equipamentos incluindo computadores, risco de lesão ou fadiga.
ferramentas, máquinas e substituição por equipamentos
outros equipamentos. mais ergonômicos.

Fonte: Elaborado pelo autor (2023)


13

Aqui, discutiremos as mais comuns de ergonomia aplicadas em escritórios.


Análise do design do trabalho: Essa técnica envolve avaliar a natureza e o
conteúdo de uma tarefa, incluindo seus requisitos de movimento, postura, esforço e
carga mental. O objetivo é identificar pontos de estresse, fadiga ou dor que possam
afetar a segurança, a saúde e o desempenho dos funcionários. Grasel (2022) afirma
que a ergonomia e o design formam uma ligação estreita. Enquanto a ergonomia
investiga a relação entre as pessoas e os equipamentos, o design é responsável por
criar a interface que liga as máquinas aos seres humanos. Por isso, a ergonomia,
em conjunto com as pesquisas de mercado, tem o papel importante de identificar as
necessidades que o design precisa atender.

Avaliação do ambiente de trabalho: Essa técnica envolve avaliar as


características físicas do ambiente de trabalho, incluindo iluminação, temperatura,
ventilação, ruído e ergonomia do mobiliário. O objetivo é identificar aspectos do
ambiente que possam afetar a saúde e o bem-estar dos funcionários, bem como sua
capacidade de realizar suas tarefas de forma eficiente. É nesse sentido que o
trabalho de (NETO, et al. 2020) está focado. Em seu trabalho, o ambiente de estudo
foi analisado com base em diferentes técnicas, incluindo visitas ao local, observação
do ambiente em uso, conversas com os usuários e registros fotográficos. O objetivo
final desta análise foi entender melhor o espaço e identificar eventuais problemas
relacionados ao uso do ambiente. Durante a análise, foram avaliadas as condições
ambientais, como ruído, temperatura e iluminação, bem como as condições físicas,
como o tamanho dos móveis, o layout e os materiais de revestimento. Ainda foram
verificadas as condições de acessibilidade do ambiente.

Avaliação de tarefas específicas: Essa técnica envolve avaliar tarefas


específicas, como levantar objetos pesados, sentar-se por longos períodos, usar
ferramentas ou equipamentos, e outras tarefas que possam colocar um estresse
excessivo no corpo. O objetivo é identificar as causas de dor, fadiga ou lesão e
sugerir soluções para melhorar a segurança e o conforto dos funcionários. Um
exemplo dessa técnica foi abordado por Santos (2022) no qual vários trabalhadores
estavam relatando problemas visuais, mais especificamente queixa sobre síndrome
visual do computador (SVC). Pessoas que trabalham em frente ao computador por
longos períodos apresentam sintomas oculares e visuais, como fadiga visual, olhos
secos, irritação ocular, fotofobia, vermelhidão entre outros. Recentemente, devido à
14

pandemia do COVID-19, milhares de pessoas ao redor do mundo foram forçadas a


ficar em casa, aumentando o uso de dispositivos digitais, o que resultou em uma
maior incidência de sintomas como cansaço visual digital, dor no pescoço e dores
nas costas (SANTOS 2022).

Melhoria de equipamentos: Essa técnica envolve a avaliação e a melhoria


do equipamento usado pelos funcionários, incluindo computadores, ferramentas,
máquinas e outros equipamentos. O objetivo é garantir que o equipamento seja
seguro, confortável e fácil de usar, além de minimizar o risco de lesão ou fadiga. Isso
pode incluir ajustes no design do equipamento, a adição de dispositivos de proteção
ou a substituição por equipamentos mais ergonômicos. Ressalte-se que a prevenção
de riscos não depende apenas de soluções isoladas, como a substituição de
mobiliário ou equipamentos. É crucial implementar um programa de prevenção
abrangente que comece com uma avaliação ergonômica dos fatores de risco
presentes na atividade laboral. É preciso examinar como as tarefas estão
relacionadas, com especial atenção às tarefas que envolvem movimentos bruscos
repetitivos, esforço físico, posturas forçadas e exposição prolongada. Além disso,
aspectos organizacionais, como o ritmo de trabalho, trabalho noturno e em turnos,
também devem ser considerados (JARDIM, et al. 2022).

É importante destacar que a ergonomia não é uma solução "fixa e


esquecida". É uma abordagem contínua que precisa ser revisada e atualizada de
acordo com as necessidades dos funcionários e do ambiente de trabalho. Por
exemplo, as tarefas e as demandas dos funcionários podem mudar com o tempo, e
é importante revisitá-la regularmente para garantir que esteja atualizada e relevante.

1.5 Principais problemas relacionados a ergonomia


O uso inadequado de equipamentos e mobiliários ergonômicos pode causar
problemas de saúde a longo prazo para os trabalhadores. Uma das doenças mais
comuns relacionadas a problemas de ergonomia é a LER/DORT, que consiste na
inflamação das articulações e músculos causados por movimentos repetitivos ou
posturas inadequadas. O tratamento desta condição inclui a realização de
alongamentos, fisioterapia e o uso de medicamentos para reduzir a inflamação
(CASTRO, 2021). É importante que sejam adotadas medidas preventivas, tais como
15

a utilização de equipamentos ergonômicos e a realização de pausas regulares


durante o trabalho.

A Dorsalgia, também conhecida como dor nas costas, é outra doença


comum relacionada a problemas de ergonomia. Esta condição pode ser causada por
posturas inadequadas ao sentar, levantar pesos ou realizar atividades repetitivas.
Para prevenir a dorsalgia, é importante que as pessoas mantenham uma postura
correta ao sentar, levantar objetos pesados e realizar atividades repetitivas. Além
disso, o uso de equipamentos ergonômicos, como cadeiras e mesas ajustáveis,
pode ajudar a reduzir a pressão sobre as costas (FALLEIROS, 2019).

O transtorno mental também é uma preocupação relacionado a problemas


ergonômicos no ambiente de trabalho. O estresse, a falta de autonomia e o excesso
de trabalho podem levar ao desenvolvimento de transtornos mentais, tais como a
ansiedade e a depressão. Para prevenir estes transtornos, é importante que as
empresas ofereçam um ambiente de trabalho saudável e seguro, com horários
razoáveis de labor, um ambiente sem estresse e uma cultura de suporte. Vale
ressaltar que é importante que os trabalhadores tenham a oportunidade de participar
de atividades recreativas e que sejam incentivados a buscar ajuda profissional
quando necessário (SILVA, et al. 2021).

Leão (2017) faz uma abordagem sobre as doenças ocupacionais e as


estatísticas envolvidas. Em seu trabalho, ele apresenta uma síntese das principais
doenças relacionadas aos problemas ergonômicos bem como suas principais
causas e isso pode ser visualizado na Tabela 2.

A cada ano, a Organização Internacional do Trabalho reporta taxas


preocupantes de acidentes de trabalho em todo o mundo, com o Brasil ocupando a
décima posição entre os países com o maior número de acidentes. Além da tragédia
social que esses números representam, os acidentes ocupacionais também custam
aos cofres públicos aproximadamente R$ 10 bilhões por ano. No Brasil, uma parte
significativa desse resultado é causada por doenças, que a legislação brasileira
considera acidentes de trabalho, uma vez que são contraídas devido às condições
insalubres de trabalho (LEÃO, 2017).
16

Tabela 2 – Doenças ocupacionais e suas principais causas

Doenças ocupacionais Principais causas


Ler/Dort: Lesões por esforços
repetitivos/ Distúrbios
Osteomusculares Relacionados Movimentos repetitivos; Posturas inadequadas;
ao Trabalho (tendinites, Pressão psicológica
tenossinovites e lesões de
ombro).

Movimentos repetitivos e força com uso do tronco;


Levantamento e transportes de pesos; Posturas
Dorsalgias: Hérnias de disco,
inadequadas; Obesidade e sedentarismo (fatores
“problemas de coluna”.
não necessariamente ocupacionais, porém muito
significativos)

Alta demanda, imprecisão quanto às expectativas;


Metas inalcançáveis; Trabalho extremamente
monótono; Percepção de trabalho “sem
Transtornos mentais:
importância”; Violência no trabalho: Situações
Depressão, ansiedade, estresse
momentâneas e súbitas de alto nível de estresse;
pós-traumático
Testemunha constante de sofrimento humano de
terceiros (profissionais de saúde, assistentes
sociais)

Posturas inadequadas; Movimentos repetitivos


associados a cargas (membros inferiores);
Transtornos das articulações Obesidade e sedentarismo (fatores não
necessariamente ocupacionais, porém muito
significativos)

Trabalho em pé ou sentado com pouca


Varizes nos membros movimentação; Obesidade e sedentarismo
inferiores (fatores não necessariamente ocupacionais,
porém muito significativos)

Exposição a ruídos; Trabalho com produtos


Transtornos auditivos:
químicos, principalmente solventes (tinner,
(principalmente perda auditiva)
tolueno, xileno e similares)

Fonte: Leão, 2017


17

1.6 Ginástica Laboral


Uma das possíveis soluções para amenizar boa parte dos problemas de
origem ergonômica, tais como LER/DORT e Dorsalgia, é a prática de ginástica
laboral. A Ginástica Laboral envolve a realização de exercícios específicos de
alongamento, fortalecimento muscular, coordenação motora e relaxamento em
diferentes setores ou departamentos da empresa, visando principalmente a
prevenção e a redução dos casos de LER/DORT. Esses exercícios são realizados
no próprio local de trabalho, em sessões de cinco, dez ou quinze minutos, e têm
como principais objetivos a prevenção dessas doenças e a redução do estresse por
meio de exercícios de alongamento e relaxamento (OLIVEIRA, 2007).

Diversos autores têm classificado a Ginástica Laboral de maneiras distintas,


o que tem causado alguma confusão em relação aos seus objetivos e forma de
execução. Porém, Oliveira (2007) apresenta uma divisão em quatro tipos:

 Ginástica Laboral Preparatória: Realização de atividade física antes do início


do trabalho, com o objetivo de aquecer e despertar o funcionário, a fim de
prevenir acidentes de trabalho, distensões musculares e doenças
ocupacionais.
 Ginástica Laboral Compensatória: Realizar exercícios que trabalhem os
músculos correspondentes e promovam o relaxamento dos músculos que
ficam contraídos durante a maior parte da jornada de trabalho.
 Ginástica Laboral de Relaxamento: Promover o relaxamento do corpo e,
mais especificamente, aliviar as tensões das regiões que tendem a acumular
mais tensão.
 Ginástica Laboral Corretiva: Estabelecer o equilíbrio muscular oposto, por
meio de exercícios que fortalecem os músculos enfraquecidos e alongam os
músculos encurtados, com o objetivo de beneficiar indivíduos com
deficiências morfológicas não patológicas. Essa prática é aplicada em um
grupo limitado de pessoas.
18

2 ANÁLISE TEÓRICA
A NR17, como falado anteriormente, é a norma regulamentadora do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que aborda o tema ergonomia no Brasil.
Ela estabelece diretrizes para a saúde e segurança dos trabalhadores em ambientes
de trabalho, especificando critérios para o uso de equipamentos de trabalho e
mobiliário, bem como para as condições de iluminação, temperatura, ruído e
vibrações. A NR17 visa garantir que as condições de trabalho sejam saudáveis e
seguras, preservando a integridade física e mental dos trabalhadores. Além disso, a
norma estabelece medidas preventivas para a prevenção de doenças e lesões
relacionadas ao trabalho, tornando-se um importante instrumento para a promoção
da saúde no ambiente de trabalho.

Uma outra norma que aborda a ergonomia é a NBR ISO 11226. Ela
estabelece diretrizes para a ergonomia do trabalho, com o objetivo de promover a
saúde e bem-estar dos trabalhadores. Especifica requisitos e recomendações para a
concepção, instalação e uso de espaços de trabalho e equipamentos, com o objetivo
de minimizar riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, aumentar a
eficiência e produtividade, e melhorar o conforto e bem-estar no ambiente de
trabalho.

A NBR ISO 11226 é aplicável a todos os tipos de escritórios, incluindo


escritórios residenciais, comerciais e administrativos. Ela fornece diretrizes e
recomendações para a ergonomia dos postos de trabalho em escritórios, incluindo
requisitos para a altura das mesas, cadeiras, teclados, monitores e outros
equipamentos de trabalho. A norma também inclui recomendações para iluminação,
ruído e temperatura ambiente, incluindo recomendações para o layout e organização
do espaço de trabalho.

2.1 Aplicação das técnicas de ergonomia em escritórios


As técnicas de ergonomia são amplamente aplicadas em escritórios, tendo
em vista a necessidade de promover um ambiente saudável e confortável para os
colaboradores. O objetivo principal é evitar problemas de saúde relacionados à
postura inadequada, ao desgaste físico e à falta de conforto durante a jornada de
trabalho.
19

A ergonomia no escritório se concentra em aspectos como ajuste da cadeira,


mesa e teclado, iluminação, temperatura, d entre outros. A altura e a posição
corretas desses elementos são essenciais para evitar desgastes na coluna vertebral,
nos braços e nas mãos, por exemplo. Além disso, é importante que as cadeiras e
mesas sejam ajustáveis, para que possam ser adaptadas às diferentes
necessidades e posturas dos trabalhadores.

Outro aspecto importante é a iluminação adequada, que evita problemas de


visão e proporciona um ambiente mais agradável e confortável. A climatização
também é fundamental para o bem-estar dos trabalhadores, especialmente em
regiões com temperaturas elevadas.

2.2 Fatores que influenciam a implementação de técnicas de ergonomia


Na análise da implementação de técnicas de ergonomia, existem diversos
fatores que exercem forte influência. Alguns desses fatores incluem a
conscientização dos empregadores e funcionários sobre a importância da
ergonomia, a disponibilidade de recursos financeiros, a cultura organizacional e as
políticas de saúde e segurança no trabalho. Ademais, a complexidade do ambiente
de trabalho e a resistência à mudança também podem ser fatores que influenciam a
implementação de técnicas de ergonomia.

Outro fator importante é a falta de regulamentação e fiscalização adequadas,


o que pode dificultar a implementação de técnicas de ergonomia e a garantia de sua
eficácia. A falta de dados e estudos aprofundados sobre a relação entre ergonomia e
saúde no trabalho também pode ser um obstáculo para a implementação de
soluções ergonômicas.
Por fim, é importante destacar que a implementação bem-sucedida de
técnicas de ergonomia requer uma abordagem multidisciplinar e envolvimento de
todas as partes interessadas, incluindo empregadores, funcionários, especialistas
em ergonomia, gestores de saúde e segurança no trabalho e reguladores
governamentais.

Os subtópicos abordados a seguir são típicos problemas observados


em muitos escritórios, e, portanto, foco de muita reclamação por parte dos
20

colaboradores. Obviamente que não é uma lista taxativa, apenas uma


exemplificação das principais abordagens.

2.2.1 Altura do monitor


No ambiente de trabalho, a posição correta do monitor é um aspecto
fundamental para a prevenção de lesões relacionadas à postura, esforço ocular e
tensões musculares.

A altura do monitor é um fator que tem um impacto significativo na postura


dos trabalhadores que passam muito tempo em frente ao computador. É importante
que o monitor esteja na altura correta para evitar desconforto e problemas de saúde,
como dores de cabeça, dor no pescoço, ombros e costas, fadiga ocular e outros
sintomas relacionados ao uso prolongado do computador.

A altura correta do monitor pode ser determinada pela avaliação da postura


da pessoa sentada, levando em consideração a distância entre os olhos e o monitor,
a distância entre o teclado e o monitor, e a distância entre o monitor e o usuário.
Além disso, é importante levar em consideração a ergonomia dos móveis, como a
cadeira e a mesa, para garantir que a postura esteja correta e que não haja esforço
desnecessário. É fundamental que se faça as correções para garantir a saúde e a
produtividade dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

De acordo com Roza (2008) a pesquisa de literatura tanto nacional quanto


internacional aponta muitas divergências quanto à altura correta da tela do
computador em relação à altura dos olhos do usuário, a fim de garantir melhores
condições de trabalho. O seu trabalho propõe uma nova posição da tela para
melhorar as condições da coluna cervical e para isso faz uso de uma metodologia
que se divide em três etapas: Em primeiro lugar, foi aplicado um questionário sobre
sintomas usando uma escala visual (1 a 10) para medir o nível de dor nas três
regiões do corpo que mais incomodavam o usuário durante o uso do computador.
Em seguida, a altura dos olhos do usuário em relação à tela foi medida. Por fim, o
mesmo questionário foi aplicado 90 dias depois para avaliar a eficácia da
intervenção na redução da dor, quanto à sua localização e intensidade. Os dados
apontaram para uma redução significativa na intensidade média da dor nas dez
regiões avaliadas.
21

Segundo a NR17, a altura adequada para o monitor deve ser na altura dos
olhos ou ligeiramente abaixo, geralmente entre 45 e 75 cm do chão. Adicionalmente,
a NR17 recomenda que o ângulo de inclinação do monitor seja de 10 a 20 graus
para evitar o desconforto ocular e a fadiga visual. Também é importante que o
monitor seja colocado na direção oposta à janela para evitar reflexos na tela. Para
garantir a ergonomia e a saúde dos usuários, é fundamental que as diretrizes
estabelecidas pela NR17 sejam seguidas, garantindo um ambiente de trabalho
seguro e saudável.

A NR 17 estabelece ainda que a distância adequada entre o monitor e os


olhos deve ser de, no mínimo, 50 cm, e no máximo, 70 cm. O monitor deve ser
posicionado de forma a garantir que a linha de visão do usuário seja levemente
inclinada para baixo. A Figura 2 mostra duas situações: a primeira com uma posição
inadequada, responsável por vários problemas ergonômicos e a segunda é uma
posição recomendada para evitar tais adversidades.

Figura 2 – Posição inadequada e adequada para monitores

Fonte: https://www.casadaergonomia.com.br/altura-do-monitor/
22

2.2.2 Altura da cadeira


A altura da cadeira é um dos aspectos importantes considerados pela Norma
Regulamentadora 17 (NR17) para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores
em ambientes de trabalho. De acordo com a NR17, a altura da cadeira deve ser
ajustável, permitindo que os pés dos trabalhadores estejam apoiados no chão ou em
um suporte adequado e que as coxas fiquem paralelas ao solo, possibilitando uma
postura ereta. Além disso, a cadeira deve possuir um encosto lombar para apoiar a
coluna vertebral e também deve ter encosto para a cabeça e apoio para os braços,
que devem ser ajustáveis. A NR17 também destaca a importância de a cadeira ser
confortável e ter uma superfície antiderrapante para evitar acidentes.

Segundo Mattos et al. (2020), a performance acadêmica e a falta de


habilidade de absorção de conhecimento podem ser resultado de dimensões
inadequadas da cadeira utilizada na escola e da falta de conforto no ambiente. Isso
pode ser causado por problemas com a qualidade do estofamento dos assentos e
encostos. Baseado nisso, Mattos et al. (200) projetaram uma cadeira ergonômica
que previne danos na região lombar da coluna vertebral para salas de aula na
Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, baseada nas medidas
antropométricas médias dos alunos. Eles chegaram à conclusão de que o ajuste
certo da altura do assento impede o aperto da parte de baixo das pernas, evitando
questões de circulação sanguínea e garantindo uma melhoria no retorno de sangue
acumulado nas pernas através do uso de um mecanismo de ajuste na cadeira.

A Figura 2 mostra todos os aspectos a serem levados em conta tanto em


relação à altura do assento quanto no ajuste da coluna.

2.2.3 Altura da mesa


Este é um item que está diretamente relacionado com a altura da cadeira. A
altura correta da mesa é aquela que permite que o trabalhador mantenha uma
postura adequada, evitando problemas de saúde.

A altura da mesa deve ser ajustada de acordo com a estatura e as


preferências do trabalhador. Em geral, a mesa deve ter uma altura entre 70 e 75
centímetros para pessoas de estatura média. No entanto, para pessoas mais altas
ou baixas, a altura pode ser ajustada para atender às suas necessidades.
23

A altura ideal da mesa para uso em escritórios é entre 3 a 4 centímetros


acima da altura do cotovelo do trabalhador enquanto ele estiver sentado. A primeira
coisa a ser feita é ajustar a altura da cadeira e, em seguida, ajustar a altura da
mesa. Em caso de mesas de altura fixa, é importante que a cadeira tenha altura
regulável. Além disso, para atender às necessidades de pessoas de estatura menor,
a utilização de estrados é recomendada. A Figura 3 ilustra as principais
recomendações para a disposição ideal de mesas e cadeiras (ABREU, 2018).

Figura 3 – Dimensões recomendadas para mesas e cadeiras

Fonte: Iida (2005)

Além da altura da mesa, outros fatores também são importantes para a


ergonomia em escritórios, como a posição da cadeira, a inclinação do assento, a
posição do teclado e do mouse, entre outros.

2.2.4 Iluminação
A iluminação é um aspecto fundamental na ergonomia dos escritórios, pois
tem um impacto direto na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. Iluminação
24

inadequada pode causar fadiga visual, dores de cabeça, irritação nos olhos e até
mesmo problemas de visão a longo prazo.

Segundo Ribeiro (2009), a quantidade adequada de luz é essencial para a


realização de tarefas em microcomputadores, como a identificação de caracteres e
detalhes em documentos. A falta ou o excesso de luz podem causar cansaço nos
olhos. Para garantir uma luminosidade adequada no ambiente de trabalho, é
recomendado utilizar tanto a iluminação natural quanto a artificial. A iluminação
artificial oferece um maior controle sobre a quantidade, tipo e posição das fontes de
luz, tornando as atividades mais eficientes. No entanto, é importante ter cuidado com
a exposição constante à luz artificial, pois ela pode prejudicar a saúde. Portanto,
sempre que possível, é recomendado expor o trabalhador à luz natural.

De acordo com estudos, a iluminação ideal para escritórios é a luz natural,


pois é a mais suave e confortável para os olhos. No entanto, quando a luz natural
não está disponível, é importante utilizar luz artificial que seja semelhante à luz do
dia. A luz artificial deve ser distribuída de maneira uniforme, sem sombras ou pontos
escuros.

Outro aspecto importante da iluminação é a intensidade da luz. De acordo


com recomendações da norma ISO 11064, a intensidade da luz em escritórios deve
ser de, no mínimo, 300 lux. No entanto, a intensidade da luz deve ser ajustada de
acordo com a atividade que está sendo realizada. Por exemplo, em tarefas que
requerem alta concentração, a intensidade da luz deve ser maior do que em tarefas
menos complexas.

Outrossim, é importante evitar refletores diretos e fontes de luz brilhantes,


pois eles podem causar desconforto visual. Também é recomendável evitar a luz
artificial amarela, pois ela pode causar dores de cabeça e irritação nos olhos.
25

Figura 4 – Sistema de iluminação típico da área de trabalho

Fonte: Ilda (2005)

A Figura 4 mostra três tipos de sistema de iluminação, baseado nos estudos


de Ilda (2005). Para a ergonomia, existem três tipos principais de iluminação:
iluminação geral, iluminação localizada e iluminação combinada.

A iluminação geral se refere à luz que ilumina todo o ambiente de forma


homogênea, fornecendo uma iluminação básica para a realização de atividades. É
recomendada para ambientes como escritórios, salas de reuniões, etc.

A iluminação localizada se refere à luz direcionada para uma área


específica, como a superfície de trabalho ou uma área de leitura. É útil para tarefas
que requerem uma iluminação mais precisa, como a leitura de documentos ou o
trabalho em computadores.

Por fim, a iluminação combinada é a combinação das duas anteriores, ou


seja, é a utilização de uma iluminação geral combinada com iluminação localizada.
Essa combinação é ideal para ambientes que exigem uma iluminação geral, mas
também precisam de uma iluminação direcionada para determinadas áreas.
26

2.2.5 Temperatura
A climatização é outro fator importante para a saúde e o bem-estar dos
trabalhadores. O clima interno do ambiente de trabalho pode ser afetado por fatores
como a temperatura, a umidade e a ventilação, que devem ser controlados para
garantir o conforto térmico dos trabalhadores.

A temperatura ideal para o ambiente de trabalho, de acordo com a NR17 é


entre 18°C e 25°C, pois nesta faixa de temperatura o corpo humano consegue se
manter equilibrado, sem sofrer com o calor ou com o frio excessivo. A ventilação
também é um fator importante, pois é responsável por renovar o ar do ambiente de
trabalho, evitando a concentração de gases tóxicos e poluentes. É recomendado
que a ventilação seja natural, mas se não for possível, o uso de sistemas de
climatização é indicado. A climatização do ambiente ainda está relacionada à
umidade do local. De acordo com Ilda (2005), recomenda-se uma umidade entre 40
e 80%.

Uma importante abordagem sobre a climatização foi realizada por Führ


(2017). Dentre outras análises, foi feita uma avaliação térmica de um ambiente de
trabalho ao longo do dia. Ficou constatado em sua pesquisa que as temperaturas
estavam acima da média, reduzindo a produtividade dos colaboradores. Nesse caso,
foi sugerido a instalação de um novo climatizador ou a troca do que está em
funcionamento para um de maior potência.

É importante que o sistema de climatização tenha boa manutenção e


limpeza periódica, para evitar a propagação de germes e bactérias, garantindo
assim o funcionamento correto e a eficiência energética do sistema.

2.2.6 Ruído
Conforme Moriggi (2018), o ruído pode causar interferência nas
comunicações e na concentração, mesmo em baixos níveis de intensidade,
resultando em distúrbios gastrointestinais, vertigem, irritabilidade, nervosismo e, em
casos mais graves, surdez. Destaca-se ainda que o ruído é uma das principais
fontes de problemas ergonômicos no ambiente de trabalho, podendo comprometer o
desempenho e a qualidade de vida do trabalhador, dependendo da sua intensidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a exposição prolongada a
27

níveis de pressão sonora acima de 50 dB(A) pode levar à deficiência auditiva,


dependendo da susceptibilidade individual de cada pessoa (TAVARES, 2012).

Para reduzir o ruído em ambientes internos, é necessário aplicar técnicas


específicas. No entanto, para que essas técnicas sejam eficazes e corretamente
aplicadas no ambiente em questão, é necessário estudar a fonte de ruído, bem
como o ambiente fechado onde a fonte está localizada ou a fonte externa de ruído,
incluindo o ambiente circundante, a arquitetura, o clima e a
orientação/posicionamento dos materiais e móveis. Todos os elementos presentes
no ambiente possuem propriedades acústicas, mas a capacidade de absorção varia
de acordo com o material e o uso do mesmo. Tanto os forros quanto as paredes que
contêm lã mineral (rocha ou vidro) podem corrigir o tempo de reverberação, mas é
importante ter cuidado com a absorção acústica excessiva, que pode ter um efeito
negativo (TAVARES, 2012).

Conforme a OMS, a Tabela 3 apresenta os diversos níveis de ruído, as


possíveis reações dos indivíduos e os possíveis efeitos negativos associados a cada
um desses níveis.

Tabela 3 – Níveis de ruído, sua reação e efeitos nos indivíduos

Níveis de ruído Reação Efeitos Negativos


<50 dB (A) Confortável Nenhum
>50 dB (A) Organismo começa a sofrer os impactos do ruído

Estado de alerta, Redução do poder de concentração,


55 a 65 dB (A)
tensão prejudica a produtividade intelectual

• Aumenta o nível de cortisona no


Reação do organismo sangue, diminuindo a resistência
para tentar se adaptar imunológica;
65 a 70 dB (A) ao ambiente, • Induz a liberação de endorfina,
reduzindo-se as tornando o organismo dependente;
defesas. • Aumenta a concentração de
colesterol no sangue.
Organismo fica sujeito à
tensão degenerativa e Aumenta os riscos de enfarte,
>70 dB (A)
perturbação da saúde infecções, entre outras doenças.
mental
Fonte: Tavares (2012)
28

2.3 Desafios e obstáculos na implementação de técnicas de ergonomia


A implementação de técnicas de ergonomia em escritórios é uma questão de
grande importância no contexto atual, pois o ambiente de trabalho influencia
diretamente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. No entanto, a implementação
destas técnicas pode ser um desafio e apresentar uma série de obstáculos.

Dentre todos os empecilhos, pode-se incluir a falta de conhecimento sobre


ergonomia, resistência à mudança, escassez de recursos financeiros e baixo
engajamento dos trabalhadores. Esses desafios podem ser agravados pela falta de
regulamentação e fiscalização adequadas. No entanto, para superar estes
obstáculos, é fundamental tomar medidas para sensibilizar e capacitar os
trabalhadores sobre a importância da ergonomia no ambiente de trabalho.
Outrossim, a regulamentação e fiscalização da ergonomia no ambiente de escritório
deve ser fortalecida, e recursos financeiros devem ser alocados para a
implementação de técnicas de ergonomia.

A participação dos trabalhadores na escolha de equipamentos ergonômicos


é uma medida importante para garantir a satisfação e o engajamento dos
trabalhadores com as técnicas de ergonomia (SAMY, 2022). Isso pode ser
alcançado promovendo a comunicação e o diálogo entre os trabalhadores e a
administração, de modo a assegurar que as técnicas de ergonomia sejam
implementadas de forma eficaz e equitativa. Seria interessante ainda, fornecer
treinamento aos trabalhadores sobre como utilizar adequadamente os equipamentos
ergonômicos e sobre as técnicas de ergonomia, para garantir que eles sejam
efetivamente implementados no ambiente de trabalho.

Vale ressaltar que ainda há uma falta de conhecimento sobre a disciplina da


ergonomia, o que dificulta a realização de projetos 100% ergonômicos. Isso ocorre
porque os ergonomistas não conseguem penetrar profundamente nas estruturas das
empresas para garantir que todas as transformações sejam implementadas. Na
verdade, verifica-se que apenas uma pequena porcentagem das recomendações
dos estudos ergonômicos tradicionais é aplicada. Vários fatores podem contribuir
para esse resultado, como a complexidade dos processos de mudança e/ou a
resistência à evolução dos conceitos tradicionais já estabelecidos nas organizações,
29

dificuldades de interação com outros profissionais ou de trabalho em equipe


(SANTOS, et al. 2017).

2.3.1 A ergonomia em ambientes de trabalho remotos


Com o aumento do trabalho remoto devido à pandemia da COVID-19,
muitos trabalhadores agora estão trabalhando em casa, o que pode levar a desafios
ergonômicos diferenciados. Como resultado, as tendências na aplicação de técnicas
de ergonomia em ambientes de trabalho remotos têm se tornado cada vez mais
relevantes e importantes (BORTOLAN, et al. 2021).

Como afirmado por Macêdo, et al. (2020), a área da ergonomia ainda não se
concentrou adequadamente em entender as implicações do teletrabalho em home
office. Eles argumentam que os teletrabalhadores podem reagir de maneiras muito
diferentes ao trabalho, com base em vários fatores, como aspectos econômicos,
sociais, psicológicos, culturais e tecnológicos. Nesse contexto, Davis, et al. (2020)
ressaltam que é importante incorporar conceitos ergonômicos no home office para
garantir a saúde dos trabalhadores a longo prazo. Caso contrário, o desconforto
pode progredir para condições prejudiciais, como distúrbios musculoesqueléticos.

De acordo com García-Salirrosas e Sánchez-Poma (2020), trabalhar em


casa pode resultar em estresse e sobrecarga de trabalho devido à necessidade de
adaptação ao novo sistema de organização pós pandemia. Isso fez com que os
trabalhadores estendessem seus dias úteis ao longo de toda semana, o que pode
levar a muitas horas de trabalho em frente a monitores em um ambiente de trabalho
que muitas vezes é improvisado e não possui planejamento ergonômico. No entanto,
Montreuil e Lippel (2003) argumentaram que o teletrabalho em home office pode
trazer benefícios à saúde, apesar de alguns problemas associados à estação de
trabalho, às longas horas de trabalho e ao isolamento social. Alguns dos benefícios
incluem a eliminação de problemas relacionados ao deslocamento, a redução de
riscos ambientais no escritório e a promoção de condições que permitem um
equilíbrio mais adequado entre trabalho e demandas familiares, o que pode resultar
em uma maior satisfação.

Conforme mencionado por Bortolan, et al. (2021), a tecnologia e a


conectividade são fatores que trouxeram muitos benefícios para o ambiente de
30

trabalho, porém, também podem gerar consequências negativas para os


trabalhadores. A autonomia e flexibilidade que esses recursos proporcionam podem
dar aos trabalhadores a sensação de mais controle sobre o seu trabalho, mas
também os fazem sentir pressionados a trabalhar mais, seja para cumprir prazos
apertados ou para manter a conexão com colegas e superiores.

A tecnologia pode melhorar a qualidade e precisão da comunicação e


compartilhamento de dados, o que ajuda na produtividade e eficiência das
atividades. Adicionalmente, ela promove expectativas de conectividade permanente,
melhorando o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, permitindo que os
trabalhadores possam realizar tarefas em horários mais flexíveis e até mesmo
trabalhar remotamente. A conectividade também pode ajudar a evitar o isolamento
social que alguns trabalhadores enfrentam, proporcionando uma sensação de
conexão com a equipe (BORTOLAN, et al. 2021).

No entanto, o uso excessivo da tecnologia pode ter um impacto negativo na


qualidade das relações de trabalho e na carreira dos trabalhadores. A conectividade
permanente pode fazer com que os trabalhadores se sintam sempre disponíveis,
levando a jornadas de trabalho mais longas e a uma maior sobrecarga mental.
Reforça-se que a comunicação virtual pode ser menos eficaz para estabelecer
relações interpessoais, o que pode prejudicar a colaboração e a troca de ideias entre
colegas (BORTOLAN, et al. 2021).

A pressão para estar sempre conectado e disponível pode levar a um


aumento do estresse e da ansiedade, impactando a saúde mental dos
trabalhadores. Vale ressaltar que a falta de limites claros entre trabalho e vida
pessoal pode levar a um desequilíbrio nessa área, prejudicando a qualidade de vida
e o bem-estar geral dos trabalhadores (BORTOLAN, et al. 2021).
31

3 Conclusão
A ergonomia é uma área importante para se considerar no ambiente de
trabalho, especialmente em escritórios, onde as pessoas passam muito tempo
sentadas em frente ao computador. A implementação de técnicas de ergonomia no
escritório pode contribuir significativamente para a saúde e bem-estar dos
trabalhadores, além de aumentar a produtividade e reduzir os riscos de lesões
relacionadas ao trabalho.

A revisão da literatura e a análise teórica apontaram que existem vários


fatores que influenciam a ergonomia no escritório, como a altura do monitor, da
cadeira, da mesa, a iluminação, temperatura e o ruído. A implementação de técnicas
de ergonomia pode enfrentar desafios e obstáculos, mas existem boas práticas que
podem ser seguidas para garantir sua eficácia.

Portanto, a implementação de técnicas de ergonomia em escritórios é uma


iniciativa importante para garantir a saúde e bem-estar dos trabalhadores, além de
melhorar a produtividade e reduzir os riscos de lesões relacionadas ao trabalho. A
pesquisa também contribuiu para o avanço da ergonomia e da área de estudo.

Para futuras pesquisas no campo da ergonomia em escritórios, é importante


investigar o impacto da tecnologia na ergonomia, as implicações da ergonomia para
trabalhadores remotos, as melhores práticas de ergonomia em diferentes setores, a
implementação de técnicas de ergonomia em pequenas empresas e a relação entre
ergonomia e saúde mental. A continua avaliação e melhoria das técnicas de
ergonomia é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.
32

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