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CETCB
Centro de Educaçã o
Tecnoló gico de
Capim Branco
Apostila - Ergonomia
Centro de Educação Tecnológico Parceira dos Educadores.
Índice
Introdução 01
Classificação da Ergonomia 02
Arranjo Físico 04
Recomendações de Ergonomia para o Trabalho na Posição Sentada 08
Ergonomia no Automóvel 10
Obstáculos da Ergonomia na Empresa 13
Rendimento da Máquina Humana 15
Fadiga Metabólica 23
Fundamentos da Biomecânica 24
Conforto Acústico 25
Organização Ergonômica do Trabalho em Altas Temperaturas 25
Conseqüência da Má Iluminação 30
Recomendações de Ergonomia para Iluminação dos Ambientes de trabalho 31
Cor e Sinalização 33
Orientação ao trabalhador sobre com Manusear Cargas 38
A LER e os Trabalhadores no Comércio 40
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Introdução
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História da Ergonomia
Objetivos da Ergonomia
Classificação da Ergonomia
Ergonomia de Concepção
Ergonomia Corretiva
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Ergonomia Seletiva
Dados Antropométricos
Antropometria
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Da mesma forma, o percentual pessoa 95% significa que 95% das pessoas do
levantamento considerado tem dimensões ou capacidade físicas inferiores e que apenas
5% têm dimensões ou capacidades físicas a este padrão.
Exigências Técnicas
Máquinas complexas – difícil operação;
Fabricação miniaturizada - com dimensões e massa reduzidas;
Exigências Econômicas
Maiores custos operacionais - Toda tecnologia nova tem custos inicialmente
maiores;
Trabalho de turnos - É aquele em que os trabalhadores ocupam sucessivamente os
mesmos postos de trabalho, a um determinado ritmo;
Parágrafo 1º: entre as máquinas de qualquer local de trabalho deverá haver passagem livre
de pelo menos 0,80 centímetros, que será de 1,30m quando entre partes móveis de
máquinas.
b) Para a Produção
Para linhas de Montagem - são utilizadas no processo de produção em série para
que o produto em fabricação seja deslocado ao longo de postos de trabalho;
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Deve-se procurar:
Fluxo do material
O fluxo foi levantado sem a preocupação de se pensar nas áreas de cada um dos
departamentos: somente foram utilizadas as relações entre as áreas. A etapa seguinte é a de
posicionamento dos setores produtivos e auxiliares, racionalizado o fluxo e posicionando
próximos aos departamentos e serviços que possuem relacionamento de trabalho. É o
gráfico das relações de atividades dos departamentos.
A partir do esquema das relações de atividades, deve-se fazer o cálculo das áreas
necessárias aos departamentos. A partir daí deve-se fazer o gráfico de relações das áreas.
Arranjo Físico
- é definida como aquela que tem energia suficiente para interagir com os átomos
neutros do meio por onde ela se propaga. Em outras palavras: essa radiação tem energia
para arrancar pelo menos um elétron de um dos níveis de energia de um átomo do meio,
por onde ela está se deslocando. Alguns tipos de radiação eletromagnética também são
ionizantes, como os raios UV, X e gama,
- como o nome diz, são as que não produzem ionizações, ou. seja, não possuem energia
capaz de produzir emissão de elétrons de átomos -Dessa radiação fazem parte os tipos:
radiofreqüência, infravermelho e luz visível.
e) Eficiência dos corredores existentes – área livre para trânsito;
f) Movimentação de peças, máquinas ou equipamentos – áreas bem delimitadas;
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Incrementar a Produção
Melhorar o fluxo
Economia de Espaços
a) Menor quantidade de material em processos – somente material a ser consumido;
b) Distâncias minimizadas – aproveitamento de todo espaço físico;
c) Disposição racional das seções – sempre usar bom senso;
Redução de Manuseio
Otimização do Processo
Reengenharia do processo que permite mudanças fundamentais que resultem em
melhoria da qualidade do ambiente e do ponto final acabado com redução de custos e
controle facilitado - O objetivo da otimização desse processo é minimizar o tempo
total de inserção, aumentando assim a utilização das máquinas.
Princípios do Layout
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Esta área deverá ser definida para atender a padrões pré-estabelecidos, análise dos
movimentos, tabela de ergonomia humana, observações e bom senso.
Áreas que deverão ser dimensionadas de acordo com a quantidade, dimensão e formas
de armazenamento do material.
Esta área será definida de acordo com a forma física dos resíduos (Pó, limalha,
granulado, etc.), a freqüência, o método de coleta e a forma de reciclagem.
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Esta área deverá ser definida para os serviços de fábrica necessários, verificando como
esses serviços são conduzidos ao centro de produção, levantando suas dimensões e
verificando o seu relacionamento com o centro de produção como por exemplo; a
iluminação, a ventilação, o ar comprimido, etc.
Espaço de Trabalho
Escolha da Posição
- A posição sentada é a posição mais freqüentemente adotada pela maioria das pessoas
nas atividades profissionais, domésticas e no lazer. Pessoas que passam longos períodos
sentados sofrem mais de dor nas costas do que pessoas que se movimentam mais. Desta
forma, é importante considerar como ficamos sentados, que tipo de cadeiras utilizamos e o
que podemos fazer para prevenir a dor nas costas.
- Se você nunca se preocupou com a saúde das suas costas, adotando posturas erradas e
movimentos inadequados, saiba que essas são as principais causas da dor nas costas. Com
o passar do tempo, vai ocorrendo um desgaste das articulações da coluna, podendo levar à
degeneração dos discos intervertebrais (hérnia de disco) e à osteofitose (bico de papagaio).
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- Várias estruturas da coluna podem causar dor, incluindo os ligamentos que conectam
as vértebras, fibras externas do disco intervertebral, músculos, vasos sanguíneos e raízes
nervosas.
b) Posição em Pé: permite maior mobilidade – permite aos usuários irem muito alem do
lugar liberdade dos membros superiores (mãos e braços) e aumenta a área visual.
Permite maior controle dos movimentos e aumenta a força física para operar controles
manuais.
A superfície do trabalho é o espaço ocupado pelo corpo acrescido do espaço que ele pode
alcançar – dimensões de todo corpo com os membros na execução do trabalho. E a
definição deste espaço depende das características antropométricas do operador – medidas
do ser humano e do tipo de operação a ser realizada.
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1) A cadeira de trabalho deve ser estofada e de preferência, com tecido que permita
a transpiração.
padrões de densidade de espuma - maior volume, pois, tem mais massa em um pequeno
volume, visando uma adequação ao usuário.
Deve se destacar que cadeiras muito macias podem se tornar desconfortáveis se
usadas por muito tempo, principalmente quando há movimento externo, por exemplo: nos
automóveis.
3) A dimensão anterior e posterior do assento não pode ser nem muito comprida
nem muito curta.
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7) O ângulo entre o assento e o apoio dorsal deveria ser regulável; caso não o seja,
assento e encosto devem estar posicionados num ângulo de 100 graus.
Nesta angulação, tronco e coxa têm o melhor ajuste, de modo a conciliar o que é
bom para os discos intervertebrais - coluna com o que é bom para os músculos vertebrais.
8) O apoio para o dorso deve ter uma força que acompanhe as curvaturas da
coluna, sem retificá-la, mas também sem acentuar suas curvaturas.
9) O apoio para o dorso deve ter regulagem de altura: este apoio pode ser tanto
estreito quanto de meio tamanho; neste caso, a adaptação pessoal é que
determina a decisão.
O apoio lombar estreito é perfeito por muitos lombálgicos crônicos; mas deve-se
chamar a atenção que, neste caso, a altura deste apoio deve ser regulável; o apoio de altura
média, que apóia a coluna lombar e a coluna dorsal, é o de maior versatilidade, pois atende
ao maior número de pessoas. Já o apoio dorsal alto, para ser ergonômico, tem que ter a
parte superior encurvada para trás, a fim de não bloquear o movimento dos membros
superiores por compressão da ponta da escápula – ombro / omoplatas. O ajuste de altura
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do encosto é explicado por razoes óbvias, para poder acomodar na altura correta tanto
pessoas altas como pessoas baixas.
Este espaço pode ser real ou virtual (espuma mais macia nesta região). A ausência
deste espaço acarreta que o encosto da cadeira, neste ponto, fique empurrando as nádegas
para frente, com desconforto – de acordo com a dimensão de cada ser humano.
13) Deve haver espaço suficiente para as pernas abaixo da mesa ou posto de trabalho.
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Esta recomendação, por mais óbvia que possa parecer é importante ser citada,
devido á enorme freqüência com que os fabricantes de móveis colocam gavetas no lugar
das pernas; ou com que se enche o espaço para as pernas com caixas de papel ou outro
material.
Borda anterior (que entra em contato com o antebraço - Parte do membro superior entre
o cotovelo e o pulso do trabalhador) arredondada;
15) Deve-se ter atenção especial com outros arranjos do posto de trabalho,
extracadeira, fundamentais para que se sente bem.
Para que funcionem bem, é necessário que sejam estofados macios, dotados de
altura regulável, dotados de regulagem da inclinação e poderem ser afastados lateralmente.
Como tudo isso encarece muito a cadeira, e como, se não apresentarem todas estas
características terão mais problemas do que vantagens. Os braços das cadeiras costumam
ser acessório, na grande maioria das vezes, totalmente dispensáveis.
Ergonomia do Automóvel
Uma das áreas mais críticas da ergonomia é no automóvel, pois ali existe uma
situação especial de trabalho (ou de fazer) em que as pessoas ficam sentadas, têm
necessidades de conforto, e uma delas o motorista, além do conforto, precisa esta
interagindo eficazmente com o automóvel, a fim de conduzir de forma confortável e
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segura. Podemos dizer que se faz uma viagem longa sem fadiga excessiva - Cansaço é
quando acabam as energias de um indivíduo e um outro em que a fadiga aparece após uma
ou duas horas de viagem.
Assim, automóveis ergonomicamente corretos serão dirigidos com mais facilidade;
seus usuários suportarão tempo maior de direção sem sinal de fadiga; o automóvel e suas
diversas partes, independente do conjunto propulsor - o que transmite movimento a
máquinas ou engenhos (diz-se de qualquer dispositivo ou mecanismo), serão acionados
com mais facilidade, o usuário fará menos força; e mulheres e pessoas idosas irão
manuseá-los sem sobre carga para os músculos e ligamentos.
Uma análise completa deve contemplar uma avaliação das possibilidades de ajustes
proporcionadas pelo veículo, de tal forma que sejam obtidos, pelo menos os seguintes
itens de conforto - bem-estar material, comodidade física satisfeita; aconchego e eficácia
- efeito útil:
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região posterior das coxas, na região imediatamente posterior ao joelho, com enorme
desconforto em viagens prolongadas;
O volante deverá estar na posição o mais – próximo possível isto porque aplica-se ao
ser humano um regra importante: não se deve dobrar as juntas e o eixo do corpo deve
ser o mais vertical possível, quanto mais horizontal estiver o volante, tanto pior será a
situação para o corpo, que terá necessidade de adotar posturas forçadas no punho e nos
ombros, com fadiga e dores musculares;
A posição relativa das pernas em relação às coxas também é importante, de modo a
proporcionar uma boa compreensão dos pedais, nos ângulos conhecidos de melhor
conforto e de menor sobrecarga, automóveis com pedais muito distantes são
desconfortáveis e inadequados;
3) Interação eficaz
Trata-se de uma das áreas mais críticas, e frequentemente ignorada nos projetos.
São pequenas sutilezas que garantem ao usuário um domínio mais fácil sobre o automóvel
nas diversas situações de utilização.
O usuário pode entender bem este ponto através da seguinte comparação: quando
não existe uma interação eficaz, parece que o carro compete contra a ordem do usuário,
não obedece à sua vontade.
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confortável (tem-se que checar apenas a suficiência do item de segurança desse tipo de
cinto) cinto de três pontas.
Este item pode parecer óbvio, mas cabe-nos destacar alguns aspectos importantes:
6) Dirigibilidade.
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Uma das técnicas que temos usado com muito sucesso é a preparação do comitê de
Ergonomia, constituído de um grupo técnico – operacional da própria empresa, inclusive
com alguns representantes dos trabalhadores, que aparecem e fazem um mapeamento
ergonômico da empresa. Deduz as medidas necessárias para a melhoria ergonômica em
cada um deles e faz um cronograma das soluções – equipe dentro da empresa.
Atuação Ergonômica
a) Dores nos braços e nos ombros, que são atribuídos aos movimentos constantes que
precisão fazer nas operações de soldagem – repetitividade;
b) Dores no pescoço e nas costas relacionadas à posição de trabalho incômoda – postura;
c) Cansaço pelo ritmo acelerado de trabalho – sem escala de revezamento;
d) Irritação nos olhos e garganta devido à fumaça de solda – exposição à agente agressivo
à saúde sem qualquer proteção;
a) Cada trabalhador aplica 30 pontos de solda por minuto, realizando esta operação com
o braço suspenso – equivalente a 1.800 pontos p/h e 14.400 pontos p/d sem descanso;
b) Os assentos não têm altura regulável e dependendo do trabalhador, ele fica em uma
posição inadequada – posicionamento único;
c) O nível de iluminação é insuficiente, fazendo com que o trabalhador precise curvar o
pescoço para olhar mais de perto os pontos de solda que aplica – iluminação precária;
d) Não há sistema de exaustão no local para retirada da fumaça da solda – sem
equipamento de proteção coletiva;
e) O ritmo de trabalho é acelerado porque não há pausa para descanso e, quando algum
trabalhador falta, os demais ficam sobrecarregados – sem escala e profissional para
substituição dos faltantes;
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Grande parte dos gerentes e supervisores de produção executam essa função sem
qualquer preparo – sem conhecimento e instrução ou escolaridade em engenharia e
métodos de produção, e assim colocam as linhas de montagem ou produção para rodar
sem qualquer base tecnológica de como faze-lo – e sim p/ indicação por parte do
empregador;
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Intervenção Ergonômica
2º Passo
Melhorar as condições de conforto relacionadas ao ambiente de trabalho. Especialmente
em relação ao conforto térmico para trabalhos intelectuais, exemplo; nível de ruído,
iluminação e ventilação.
3º Passo
Melhorar o método de trabalho
4º Passo
Melhorar a organização do sistema de trabalho, pois muitas vezes o sistema é organizado
segundo uma linha de montagem, com uma série de situações anti-ergonômicas.
5º Passo
Ergonomia na concepção: trata-se da etapa mais avançada, na qual antes de se encomendar
ou construir uma máquina ou uma fábrica, procurando-se estudar o impacto ergonômico
sobre os passos, fazendo-se as devidas adequações.
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humano tem que estar sempre produzindo calor endógeno - que se origina, desenvolve ou
reproduz a partir do tecido interno de um órgão ou organismo para se manter vivo.
Alimentação e Produtividade
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pessoas que ingerem pouco sal e alem disso ainda tomam diuréticos eliminadores de sal
por recomendação médica (doenças cardíacas e renais).
- Alto custo dos alimentos que contêm ferro – nos alimentos vegetais que contêm 50% do
mesmo se perde durante a cocção;
- De verminoses particularmente Necator americanus;
- De sangramentos repetidos, às vezes invisíveis (sangramentos intestinais) ou pouco
avaliados quanto à sua gravidade (metrorragias, hemorróidas).
Muitos dos transtornos à máquina humana são decorrentes não dos itens anteriores,
mas de hábitos alimentares inadequados. Entre os principais, entre população trabalhadora
de fábrica e de escritórios, citamos os seguintes:
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Não lavar as mãos antes das refeições – que favorece não só a infestação
intestinal por vermes, mas também intoxicação profissional;
Fazer apenas uma refeição maior por dia – geralmente é a que é servida na
empresa.
Recomendações de Ergonomia
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6. A alimentação servida pela empresa deve ser correta sob o ponto de vista nutritivo
Por tudo isso, o cafezinho continua tendo seu lugar: num local afastado, que
obrigue as pessoas a se deslocarem até ele durante a pausa da manhã e durante a pausa da
tarde, nunca uma garrafa em cada sala.
Como máquina de levantar cargas, mais uma vez fica o homem em desvantagem,
enquanto um indivíduo de 70 kg pode levantar com segurança apenas uma carga de 23kg
(1/3 de seu próprio peso), os equipamentos mecânicos levantam cargas dezenas e centenas
de vezes mais pesadas que seu próprio peso.
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Cabe lembrar, por fim, que o homem é um máquina que consome energia
enquanto parada.
Em repouso, nosso organismo trabalha. Seria comparado a que nossa máquina
tivesse uma espécie de “marcha lenta”, ritmo suficiente para manter a vida. Esta “marcha
lenda” é chamada de metabolismo basal.
O ser humano adapta-se ao trabalho físico aumentando a sua taxa de metabolismo.
Se o esforço for instruído bruscamente, o organismo irá lançar mão de mecanismo
anaeróbico para a produção de energia; se o esforço for instituído gradativamente, o
organismo lançará mão de mecanismos aeróbicos para a mesma finalidade.
Quando o indivíduo sai do repouso e entra em atividade, por conta de uma
exigência do trabalho físico, seus processos energéticos tratam de funcionar mais
aceleradamente, pois a substância básica de fornecimento de energia para os processos
celulares (chamada A TP ou trifosfato de adenosina) existe disponível para uso imediato
apenas em pequena quantidade. Outras substâncias de fornecimento de energia, chamada
somatória do tempo de ação da fosfoscreatina disponível e do ATP disponível não
ultrapasse 20 segundos.
2. Apesar de não ser excessivamente pesada a carga de trabalho físico ultrapassa o limite
de 1/3 da capacidade de aeróbica do pessoal, não existindo pausas de recuperação
suficiente.
3. Quando o número de horas reais de trabalho é muito alto, seja na complementação de
rendimentos fora dela.
4. Quando os trabalhos em si são razoavelmente bem elaborados por trabalhadores
dotados de uma capacidade aeróbica relativamente alta, e um trabalhador novo, de
baixa
5. Capacidade aeróbica entre para aquela função ser uma verificação prévia de sua
condição física para tal.
6. Quando ao trabalho pesado vem superposto ao ambiente de alta temperatura.
As conseqüências básicas destas citações chamam-se fadiga por sobrecarga
metabólica que pode se apresentar de duas formas: Aguda e Crônica.
Fadiga Metabólica
Fadiga Aguda
A fadiga por sobrecarga metabólica aguda apresenta como principais
conseqüências, os efeitos de excesso de ácido lático nos tecidos que provoca dores
musculares, câimbras durante o trabalho, dor muscular e músculos endurecidos nos dias
que se seguem ao trabalho excessivamente pesado.
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A fadiga sobre carga metabólica crônico aparece de uma forma mais insidiosa, e se
manifesta em propensão para distúrbios. Nos músculos ligamentais, como as distensões,
tendinites, tenossimovites e lombalgias.
Os trabalhadores em geral, para compensar este tipo de fadiga praticam o chamado
“Pausa Furtiva”, demorando-se um tempo excessivo para realizar tarefas simples
demorando muito tempo na insatisfação sanitária, etc.
Enfim, a pausa furtiva acaba funcionando como um mecanismo de defesa do
trabalhador para se projetar da sobrecarga metabólica.
Postura de Trabalho
A posição Sentada
Tarefas diversas devem ser feitas, sendo que algumas são feitas melhor na posição
sentada, e outras na posição de pé.
A postura de Cócoras
Fundamentos da Biomecânica
O ser humano, em diversos aspectos, pode ser comparado a uma máquina. Muito
do conhecimento da Ergonomia Aplicada ao Trabalho advêm do estudo da mecânica da
máquina humana. Os engenheiros mecânicos tem desenvolvido estudos analisando as
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características mecânicas desta máquina, e com isso deduzindo uma série de conceitos
importantes na adaptação do ser humano no trabalho.
Contorções Dinâmicas
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Conforto Acústico
Conforto Térmico
Assim como no calor, no frio trazem prejuízos relacionados por este desconforto,
isto causa baixa produtividade.
O índice de temperatura efetiva traduz bem resultante de conforto sobre o ser
humano: a temperatura do ambiente, a umidade relativa do ar e a ventilação. O ábaco para
o cálculo da temperatura efetiva ambiente está na seção de Especificações Técnicas.
Ventiladores de teto podem funcionar, desde que a temperatura do ambiente não esteja
acima de 29º centígrados.
Deve-se fazer o uso de roupas específicas visando o conforto térmico.
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se bem os operadores, e assim o tempo que os mesmos gastam naquele ambiente fica
minimizado.
Esta medida está bastante relacionada à anterior, para tal, deve-se dar atenção
especial à redução do peso a ser levantado, à colocação de equipamentos mecânicos para a
sustentação de cargas e equipamentos elétricos para garantir a movimentação de material
pesado.
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Possibilita que ocorra a perda de calor por evaporação, podem ser utilizados
demidificadores, cuja eficácia e conveniência dependerão de estudo do tamanho da área,
da gravidade do problema e do equipamento necessário.
Ventilação do ambiente
Refrigeração do ar
Pausas
Aclimação ao Calor
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Sob o ponto de vista de conforto térmico, uma roupa adequada é aquela que
absorve pouco calor radiante e que permite a evaporação do suor. O algodão e o linho são
os tecidos comprovadamente mais eficazes quanto ao segundo aspecto. Quanto à absorção
de calor apenas as vestimentas de metal polido é que refletem adequadamente os raios
infravermelhos. Os tecidos de algodão ou linho têm uma absorção relativamente grande de
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Roupas de gelo
Trata-se de já questões onde se põe gelo ou gel congelado nos bolsos. São eficazes
em proteger o trabalhador de um aumento rápido da temperatura interna.
Indicação:
- trabalho moderado ou pesado em ambientes de baixa sobrecarga térmica;
Contra-indicações:
- ambientes de alta sobrecarga térmica, pois impedem o mecanismo da evaporação;
- trabalhos que exigem postura forçada, pois limitam os movimentos.
Roupas de alumínio
São indicações quando se vai ter exposição de curta ou longa duração em ambiente de
alta sobrecarga térmica, dentro de determinados limites, tolera-se atividade física mais
pesada com este tipo de vestimenta.
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Diversas doenças e mesmo situações não caracterizadas como doenças podem contra-
indicar o individuo para o trabalho em ambientes de altas temperaturas (ver parte de
especificações técnicas da maquina humana – omitimos a explicação dos motivos, por
fugirem ao escopo deste livro – ver os livros temas de saúde ocupacional, fisiologia do
trabalho aplicada e caderno ergo 12, do autor).
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8. Nunca trabalhe em ambiente quente quando estiver com febre ou com alguma doença
que ocasione febre.
Conseqüência da má-iluminação
Queda do rendimento
Constitui-se mais obvia das conseqüências, conseqüência esta frequentemente
ignorada. Este prejuízo existe especialmente para as tarefas em que a visão é fundamental
(tais como linhas de montagem e transcrição de dados), mas é também evidenciada
quando é necessário o trabalho intelectual e é muitíssimo nítida em pessoas com mais de
45 anos.
Nas pessoas com mais de 45 anos, o comprometimento visual devido à baixa intensidade
de iluminação é devido a dois fatores: opacificação gradativa dos humores do olho (humor
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aquoso e humor vítreo) e presbiopia (dificuldade de acomodação para perto devido à perda
de estabilidade do cristalino), que se acentua em ambientes mais escuros.
Fadiga visual
É característica por ardor e dolorimento dos olhos, vermelhão da conjuntiva,
modificações da freqüência do piscar, lacrimejamento, fotofobia, diplopia, sensação de
visão velada, percepção de auras coloridas em torno de objetos, persistência anormal de
pós-imagens, instabilidade da imagem em sua definição ótica e espacial.
Alem disso, costuma vir com seguintes sinais e sintomas extra-oculares: cefaléia de
características variáveis, frequentemente agravada pelo cumprimento da tarefa, sensações
de vertigem, manifestações diversas de natureza gasto intestinal, sensação de desconforto
e irritabilidade fácil.
Sua relação com a má iluminação é bem evidente, principalmente com:
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O uso indiscriminado de lâmpadas deste tipo (por exemplo, vapor de sódio) para
atividades em que a percepção de cores é fundamental pode levar a erros na execução das
tarefas.
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Dar preferência a luzes fluorescentes para os locais de trabalho, sua brilhança é bem
menor. Arranja-las de forma que a iluminação seja do tipo semi-direta, e não direta.
Isto nem sempre é fácil de conseguir na iluminação direcionada sobre o posto de
trabalho nas fábricas. Neste caso, ver recomendações seguintes:
As superfícies de trabalho devem ser foscas a fim de reduzir a possibilidade de
deslumbramento por brilho refletido;
As fontes de luz direta devem ser cobertas com material translúcido, capaz de difundir
a luz. Assim, em iluminação direta usar acrílico ou vidro branco, no caso de janela
muito baixa, ter vidro branco na parte inferior;
Nenhuma fonte de luz deve estar dentro de um ângulo de 30 cm, mirada normal do
trabalhador;
As iluminarias devem estar em posição tal em relação à mesa e os bancos de cada
trabalho que a eventual reflexão da luz por elas emitidas não encontre o campo visual
do trabalhador;
Mesas de escritório devem estar situadas perpendiculares à janela que deve estar à
esquerda de pessoas destras e à direita de pessoas canhotas;
Devem existir persianas ou vidros brancos que impeçam a luz do sol diretamente no
campo visual do trabalhador ou sobre a sua superfície de trabalho;
Devem ser consideradas todas as recomendações relacionadas à prevenção de
contrastes excessivos.
Se estas medidas não forem suficientes, inclinar a tela um pouco para baixo ou vira-la
um pouco para o lado, eliminado o reflexo.
As letras, tipos e figuras a serem lidos; o fio de corte de uma fresa a ser afiada, ou
qualquer outro elemento a ser observado, devem possuir o tamanho máximo a fim de
serem adequadamente percebidos pelo olho humano, o tamanho mínimo de um objeto,
letra ou tipo, deve ser tal que uma pessoa com visão normal consiga enxerga-lo bem,
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em todos os seus detalhes, a 30 cm dos olhos, caso seja necessário maior aproximação
dos olhos ao objeto (distancia menor que 30 cm), torna-se necessário o uso de lupas;
Os objetos de pequeno tamanho exigem níveis muito pequenos;
Deve-se evitar material escrito com tipos muito pequenos.
Além disso, o ângulo de visão do material escrito deve estar na perpendicular dos
olhos (a importância dos porta-textos ou suportes para documentos foi destacada no
capítulo anterior).
Garantir uma boa reprodutividade cromática nas tarefas em que isto seja necessário
Máquinas
Em cada máquina podem-se considerar várias partes e, segundo sua função, cada
parte tem uma exigência diferente quanto às cores. Na pintura de máquinas, o problema
fundamental é tornar a parte ativa claramente distinta da parte fixa.
A parte ativa (por exemplo, a zona de trabalho) deve ser colorida de modo a
chamar sobre si a atenção das pessoas próximas, destacar-se da parte fixa, repousar a vista
dos trabalhadores, dar lugar a um nítido contraste cromático e ter brilhança próxima ao
objeto em trabalho da parte fixa.
Paredes
Sinalização
É importante ter-se em mente que a reação aos sinais deve ser automática,
evitando-se que a pessoa se detenha, leia, analise e só então atue de acordo com as
instruções indicadas no sinal ou aviso. A uniformidade dos sinais e avisos é muito
importante, para que não só os operários de visão normal possam familiarizar-se com as
mensagens que eles transmitem como também aqueles daltônicos ou que não sabem ler.
Sinais informativos:
Para dar mensagens de natureza geral não prescritas nos itens anteriormente
descritos.
Sinais de perigo
Terão um fundo branco, sobre o qual aparecerá um oval de cor vermelha dentro de
um retângulo preto. Uma linha branca devera separar o perímetro exterior do oval
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Sinais de atenção
Sinais direcionais
Terão fundo branco, com flechas brancas sobre um retângulo preto. A mensagem
deverá ser pintada na parte inferior, com letras pretas sobre o fundo branco.
Sinais de informação
Terão retângulos azuis sobre fundo branco, localizado na parte superior da área
total do aviso. As letras serão em branco sobre o retângulo azul. Qualquer mensagem
deverá ir na parte inferior, em letras pretas sobre o fundo branco.
Outro ponto importante a considerar na sinalização é o emprego dos símbolos, os
quais deverão ajustar-se às práticas comuns e conhecidas.
Deve-se também considerar, quanto ao uso da sinalização, se esta deverá indicar
condições ou riscos que devam ser vistos durante o trabalho noturno. Nesse caso, toda a
sinalização deverá receber tratamento com materiais que a tornam facilmente visíveis à
noite. Isto pode ser conseguido pela incidência de luz, por materiais refrigerantes ou pelo
uso de materiais fluorescentes que permitam sua contínua visibilidade.
O uso de sinalização, contudo, não será eficiente para a indicação dos riscos, se tal
sinalização não receber uma boa manutenção, quanto à sua conservação e, em especial, à
sua limpeza. Com esses simples cuidados muito bons resultados serão obtidos com o uso
da sinalização.
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“técnica correta” (pegar agachado e levantar fazendo força com as pernas) sobre a “técnica
errada” (pegar a carga com o tronco encurvado). Verificou-se que a “técnica correta” leva
a um cansaço muito maior, que nem sempre é possível pegar a carga agachando-se, e que
a técnica correta acarreta problemas importantes para os joelhos do trabalhador. Por tudo
isso,
atualmente não se fala mais de uma “técnica correta” e uma “técnica errada”, e preferimos
falar de “limites humanos” e de cuidados fundamentais no levantamento de cargas.
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Somente utilizar a técnica agachada quando a carga for compacta, e que caiba entre os
joelhos, a manobra de passar uma carga pesada e volumosa na frente dos joelhos, na
posição agachada, é extremamente perigosa para a coluna e para os joelhos;
Desobstruir o aceso à carga a ser levantada, de forma a evitar flexões e torções da
coluna;
Ao pegar uma carga mais pesada, respirar fundo e prender a respiração (este aumento
adicional de pressão no tórax diminui a pressão nos discos da coluna);
Certificar-se das condições do piso, a fim de evitar tropeços e escorregões enquanto
transporta a carga.
Nunca carregar cargas na cabeça, pois isto leva a degeneração dos discos da coluna
cervical, com tendência aumentada de cervicobraquialgia (é bom lembrar que nesta
região os espaços intervertebrais são muito estreitos, e o carregamento de cargas na
cabeça pode reduzir-los ainda mais);
Ao carregar uma carga, procurar dividi-la em duas partes equivalentes, carregando
com alça uma de cada lado do corpo; caso não seja possível, carregar a carga bem
junto do corpo, “canga”, a fim de reduzir o peso que se está firmando.
Na medida do possível, deve-se carregar a carga com os membros superiores
estendidos, junto do corpo, evitando-se fletir o antebraço sobre o braço;
Outra medida importante é o uso de correias e cinturões, principalmente no transporte
de móveis. Os coletes abdominais têm função de impedir mecanicamente esforços
feitos de forma incorreta, e são recomendados;
Evitar carregar mais que 30 kg.
Considerações Finais
Esse tipo de doença do trabalho tem afetado com freqüência cada vez maior os
trabalhadores no comércio e serviços. A extensa jornada de trabalha é uma das causas, já
que com o quadro reduzido os patrões impõem uma sobrecarga de trabalho aos
funcionários. Esse empregado, muitas vezes, opera microcomputador, carrega e embala
mercadorias, repõe estoques, entre outros. O setor de supermercados é o que apresenta
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O que é LER?
É uma afecção que pode acometer tendões, sinovias, músculos, nervos, fáscias,
ligamento, isolada ou associadamente, com ou sem degeneração dos tecidos, atingindo
principalmente os membros superiores, região escapular e pescoço, de origem
ocupacional, decorrente de forma combinada ou não de:
1. uso repetido de grupos musculares;
2. uso forçado de grupos musculares;
3. manutenção de postura inadequada (posturas antiergonômicas).
de 1980, quando a doença – que atinge várias profissões que envolvem movimentos
repetitivos ou grandes imobilizações posturais – torna-se um fenômeno mundial, devido à
grande evolução do trabalho humano e aumento do ritmo na vida diária.
Hoje, a síndrome que é mais associada ao trabalho informatizado, já representa
quase 70% do conjunto das doenças profissionais registradas no Brasil. A prevenção foi e
continua sendo a melhor forma de combate a este tipo de patologia. A adoção de posturas
e ritmos de trabalho mais adequados (com a adoção de pausas ao longo da jornada de
trabalho) são fundamentais. Quando existe uma suspeita de lesão, o acompanhamento de
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Causas da LER
Medidas Preventivas
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Dicas
*Grupo IV
Trata dos agentes ergonômicos: trabalho físico pesado, trabalho em turnos ou
noturno, monotonia, ritmo excessivo de trabalho.
*Grupo V
Trata de agentes mecânicos: arranjo físico, máquinas e equipamentos, sinalização,
transporte de materiais, estados das ferramentas, etc.
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