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APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Ontem à tarde, o funcionário estava fazendo o descarregamento dos sacos de cimento, cujo peso
50 kg cada, e, quando estava em cima do caminhão, sentiu sua coluna travar, desequilibrou-se e
caiu, batendo com a cabeça e a lateral direita no chão.
INFOGRÁFICO
Veja no infográfico as avaliações realizadas com base nos sintomas apresentados e percebidos
pela área de saúde e segurança da empresa.
CONTEÚDO DO LIVRO
A ergonomia é a área da ciência que estuda a relação do homem com o seu ambiente de
trabalho, com a finalidade de proporcionar proteção ao trabalhador e evitar que ele desenvolva
doenças consequentes de suas atividades profissionais.
Boa leitura.
ERGONOMIA E
CONFORTO
AMBIENTAL
ISBN 978-85-9502-596-7
CDU 331.101.1
Introdução
As mudanças nos contextos econômico e organizacional, o compor-
tamento individual e o ambiente de trabalho são apenas algumas das
variáveis inseridas nos processos de produção. Na garantia da eficiência
e manutenção do fluxo produtivo constante, a ergonomia desempenha
um importante papel.
Neste capítulo, você vai estudar sobre a aplicação da ergonomia no
ambiente produtivo e verificar o quanto é importante o conhecimento da
Norma Regulamentadora (NR) nº. 17 do Ministério do Trabalho. Além disso,
você vai identificar algumas modificações ergonômicas que podem ser
implementadas nas empresas e verificar as etapas da análise ergonômica.
atualizado é uma obrigação para uma empresa que visa ao lucro e que quer
alcançar e manter vantagem competitiva no longo prazo.
Os processos produtivos não são fáceis de serem entendidos, uma vez
que envolvem seres humanos e toda a sua complexidade, englobando, assim,
os seus aspectos psicológicos, fisiológicos, sociais, ambientais, entre outros.
Dessa forma, trabalhar com o ser humano não é uma tarefa fácil, pois trata-
-se de uma “máquina” com poucos padrões, embora algumas com algumas
características em comum. Daí a importância de um processo cuidadoso de
seleção, treinamento e retenção de talentos, de forma que os recursos humanos
estejam suficientemente satisfeitos a fim de trabalharem em uníssono com os
objetivos estratégicos das organizações.
Em um cenário econômico competitivo, todos os fatores da produção devem
ser considerados. Como produzir melhor e com mais eficiência? Essa é uma
pergunta frequentemente abordada nas grandes empresas. A partir do século
XX, os estudos da produção, com foco na interação entre homem, máquina e
ambiente de trabalho, começaram a surgir, sendo Frederick Winslow Taylor
um grande estudioso dessa questão. No entanto, atualmente, a ergonomia
tem um conceito diferente do proposto por Taylor, conforme leciona Corrêa
e Boletti (2015). O conceito mais atual da ergonomia não é adaptar o homem
à máquina, mas adaptar a máquina ao homem, criando um sistema de in-
teração entre as partes. Manter uma linha de produção eficiente significa
prestar atenção na máquina e, também, nos trabalhadores — somente assim
um sistema funcionará adequadamente.
Para que ocorra o equilíbrio do sistema proposto de interação entre ho-
mem e máquina, a ergonomia deve ser considerada, pois foca na qualidade
do processo, não somente adaptando as máquinas aos trabalhadores, mas
também verificando as características ambientais envolvidas e como podem
afetar a qualidade do trabalho, conforme afirma Iida (2005).
A preocupação com a qualidade de vida dos trabalhadores não é ape-
nas uma questão de eficácia produtiva — ela vai além, uma vez que, no
Brasil, a NR nº. 17 do Ministério do Trabalho, intitulada “Ergonomia” e
conhecida como NR–17, tem força de lei. Portanto, a preocupação com o
bem-estar e a qualidade de vida no trabalho não tem apenas o objetivo de
otimizar a produção ou adaptar a máquina; existe, ainda, o aspecto legal
(BRASIL, 1978).
Ergonomia 15
Modificações ergonômicas
Um dos objetivos da ergonomia é tornar o ambiente de trabalho mais seguro,
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(2004). Nesse contexto, os autores Iida (2005) e Kroemer e Gradjean (2007)
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tonia, do estresse, de erros e acidentes. Dessa forma, promove-se a segurança
no local de trabalho, sempre alinhada à produção.
Não é possível manter a produção de uma empresa com alto rendimento
quando ocorrem diversos afastamentos por lesões ou desconfortos. Tais pro-
blemas podem, inclusive, ser motivo de interdições temporárias realizadas pelo
Ministério do Trabalho. Com base nesses conceitos, as linhas de montagem
tradicionais, responsáveis por trabalhos monótonos e repetitivos, vêm dando
espaço para núcleos de trabalho. Trata-se de equipes menores, com maior fle-
xibilidade; isto é, uma célula produtiva, responsável por um produto completo.
Nessa mudança de forma de trabalho, a ergonomia tem papel fundamental.
Além da redução da fadiga, da monotonia e do tédio, nesse tipo de arranjo os
erros são mais fáceis de serem percebidos, e não é necessário que toda a linha
seja interrompida quando um erro é encontrado, pois este ocorre apenas no
núcleo do processo. Com isso, a distribuição de tarefas ocorre de forma mais
organizada, conforme leciona Iida (2005).
Os benefícios da modificação ergonômica no ambiente de trabalho se
tornam mais evidentes quando o próprio posto de trabalho é alterado. Em
escritórios, as pessoas utilizam o computador o tempo todo; assim, a adaptação
da estação de trabalho é muito importante para melhorar a qualidade das tarefas.
Como exemplo, podemos observar, na Figura 1, o registro da atividade muscular
dos ombros no ato de escrita. Na posição “A” é registrada a posição ótima de
escrever; na posição “B”, a altura elevada move a carga para os ombros; na
posição “C”, a altura está ainda mais alta do que na posição “B”, exigindo a
elevação lateral dos braços para compensar. Para a aplicação de um estudo
ergonômico, seja qual for o método aplicado, é necessário o conhecimento
dos movimentos corporais necessários para a tarefa.
18 Ergonomia
Leitura recomendada
FREITAS, M. P.; MINETTE, l. J. A importância da ergonomia dentro do ambiente de pro-
dução. In: Simpósio Acadêmico de Engenharia de Produção, 9., 2014, Viçosa. Anais...
Minas Gerais: Universidade Federal de Viçosa, 2014. Disponível em: <http://www.saepro.
ufv.br/wp-content/uploads/2014.5.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2018.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS
A) Consultores.
C) Trabalhadores.
D) Direção da empresa.
B) Organização do trabalho.
C) Ouvir os trabalhadores após a análise para que as informações não direcionem o resultado.
D) Técnicas de trabalho.
A) Análise da demanda.
B) Análise da tarefa.
C) Análise da atividade.
D) Laudo ergonômico.
E) Diagnóstico ergonômico.
5) Qual item pode dar origem a alguma síndrome como lesão por esforço repetitivo
(LER) e doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) e estar
relacionado apenas a problemas comportamentais?
A) Erros humanos.
B) Queda da produtividade.
C) Acidentes de trabalho.
D) Panes do sistema.
E) Defeitos de produção.
NA PRÁTICA
Para que isso seja possível, é essencial que os trabalhadores aprovem as adequações, não apenas
na teoria. Portanto, muitas vezes é necessário produzir protótipos que serão testados pelos
trabalhadores.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
NR 17 - Ergonomia
Ergonomia no Trabalho