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ERGONOMIA
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pessoas que o executam e de que forma o executam, as ferramentas e
equipamentos utilizados, os locais de trabalho, além dos aspectos psicossociais
da situação de trabalho. Igualmente importante é abranger a definição da
Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo), que a define como uma disciplina
científica que engloba homem e elementos, bem como métodos e princípios, com
o intuito de otimizar bem-estar e desempenho. Mais alguns conceitos e definições
podem ser mencionados, como os de Laville (1977), que afirma que o objetivo da
ergonomia é melhorar as condições laborais; e Iida (2014), que a conceitua como
o estudo da adaptação do trabalho ao homem.
Dessa forma, pensando na abordagem realizada até o momento, dizemos
que todos os autores citados, independentemente do modo como entendem
ergonomia, têm em comum a preocupação com a saúde e o bem-estar do
trabalhador.
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empresas aumentarem sua competitividade no mercado mundial.
Saímos, pois, de uma visão micro para uma visão macro da ergonomia.
Nesse contexto, o ergonomista é convidado para planejar e gerenciar o
desenvolvimento de projetos conforme a necessidade de cada setor de uma
organização, a análise dos seus postos de trabalho e a avaliação das tarefas que
lhe são pertinentes, dos seus ambientes e dos sistemas nela utilizados.
Segundo Iida (2014) e a própria Abergo (2020), classificamos a ergonomia
da seguinte forma: ergonomia física; ergonomia cognitiva; e ergonomia
organizacional. Seguindo nessa linha de abordagem, vamos falar um pouco
sobre as contribuições da ergonomia, em função do momento em que é realizada
a avaliação. Wisner (1987) entende que essas intervenções ergonômicas se
dividem em concepção, correção e conscientização. Iida (2014) abrange mais
uma, a participação. Falaremos sobre esses tipos e funções da ergonomia.
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do teletrabalho e da gestão da qualidade, são tópicos da ergonomia
organizacional.
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nervoso central (SNC) e são ali processadas. Podemos exemplificar, nesse caso,
a tomada errada de decisão, isto é, quando, ao invés de se optar pela alternativa
correta, decidiu-se pela errada. Outra situação é cometer erros de lógica.
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facilidade para o trabalho noturno (vespertinos), assim como aqueles que, para se
adaptarem a esse período, apresentam mais dificuldade (matutinos).
A revista Veja Saúde publicou em 2020 (disponível em:
<https://saude.abril.com.br/medicina/teste-qual-e-o-seu-cronotipo>), um teste
para cada um conhecer o seu cronotipo, baseado no questionário de Horne-
Östberg (Bernardo, 2020). Os pesquisadores James A. Horne e Olov Östberg
(1977) publicaram um artigo descrevendo o ritmo circadiano e as particularidades
individuais. Esse estudo contempla a aplicação de várias perguntas relacionando
tarefas e horários, com o intuito de se identificar os cronotipos. Como um dos
resultados, os autores perceberam que o indivíduo matutino apresenta rápido
aumento da temperatura ao acordar, enquanto o indivíduo vespertino mostra um
aumento constante da temperatura, ao longo do dia. Interessantíssima a leitura
dessa pesquisa, com referência ao final de nossa aula (Horne; Östberg, 1977;
Bernardo, 2020).
Em indústrias que funcionam 24 horas por dia, reforçando o que
anteriormente dissemos, os vespertinos conseguem adaptar-se melhor à jornada
noturna; já os matutinos são mais producentes durante o dia. Outra característica
refere-se ao fato de os indivíduos matutinos acordarem de maneira natural, sem
o uso de alarme e terem como hábito dormir cedo, afirmam Meira Jr., Benedito-
Silva e Falconi (2016); ao contrário dos indivíduos vespertinos, que preferem
dormir e acordar tarde. Independentemente desse fato, pessoas que desenvolvem
suas atividades no período da noite têm o sono prejudicado. Em consequência,
podem apresentar fadiga crônica, doença profissional de que falaremos adiante.
Além dos cronotipos descritos, existem os indiferentes, de acordo com
Meira Jr., Benedito-Silva e Falconi (2016), que são os intermediários. Iida (2014),
considera a maioria das pessoas com perfil intermediário, usando como
classificação apenas as duas já mencionadas. Há estudos de cronotipo
especialmente para enfermeiros, que habitualmente têm jornadas de trabalho em
horários diferenciados. De modo geral, eles não seguem rotinas diárias se os
comparamos com engenheiros, administradores e advogados. Em alguns dias
trabalham diurnamente, em outros noturnamente e outros, ainda, diuturnamente.
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sabemos”, envolve algum tipo de operação ou faz uso de informações
armazenadas na memória de longa duração. A gestão desse conhecimento
engloba aquisição, armazenamento e recuperação das informações para elas
serem usadas quando necessárias. Aprendizagem, afirma o pesquisador, “[...] é
o processo de aquisição de novos conhecimentos” (Iida, 2014). Normalmente, se
inicia pela verbalização da informação para descrever de que modo a tarefa deve
ser realizada. Por fim, treinamento “[...] é o enriquecimento da memória com
conhecimento operacional” (Iida, 2014). Uma atividade realizada pela primeira vez
por um iniciante é diferente da executada por um profissional mais experiente.
Com treinamento e prática, a atividade se torna rotineira. Todo profissional, ao
iniciar uma atividade ou passar de uma atividade a outra, deve receber
treinamento.
3.6 Fadiga
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Em uma visão geral, podemos afirmar que os erros aumentam em
decorrência da fadiga, isso refletindo-se diretamente na vida do trabalhador, seja
no trabalho, seja na família. A saúde e a segurança do trabalhador ficam
igualmente comprometidas.
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3.8 Influência de sexo, idade e deficiências físicas
TEMA 4 – ANTROPOMETRIA
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Na ergonomia, vinculamos tais medidas com se fazer projetos e dimensionar
postos de trabalho, pensando de modo generalizado.
Segundo Rodriguez-Añez (2001), as medidas antropométricas passaram a
ter maior importância na década de 1940 devido tanto à necessidade de produção
em massa quanto aos sistemas de trabalho mais complexos que surgiam. Com o
passar do tempo, a antropometria ganhou destaque no estudo da ergonomia.
Entretanto, constata-se que há diferenças antropométricas entre os sexos,
variações intraindividuais, variações nas proporções corporais em função da etnia
e do clima, variações extremas e seculares. Deve-se levar em conta, também, o
modo como as medidas são feitas, além das antropometrias estática (medidas do
corpo parado ou com poucos movimentos), dinâmica (medidas dos alcances em
movimentos) e funcional (medidas referentes à execução de tarefas específicas).
Crédito: Sudowoodo/Shutterstock.
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4.5 Projetos para a média da população (primeiro princípio)
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TEMA 5 – BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
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5.5 A exaustão muscular deve ser prevenida
Crédito: Elenabsl/Shutterstock.
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5.9 Deve-se evitar torções de tronco
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5.13 Em relação ao trabalho em pé
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Grandjean (1998) e Dul e Weerdmeester (2017), por isso a importância de se
alternar as posições, conforme dissemos.
Ambientes hospitalares exigem muito de seus profissionais, seja em
relação à postura física, seja em relação às atividades diárias. Um estudo feito por
Mota e Teles (2012), tendo como método a pesquisa bibliográfica, constatou que
os piores riscos à saúde para profissionais de enfermagem são a falta de espaço
para desenvolver suas atividades, o carregamento de peso, muito esforço físico e
a postura inadequada. Existem inúmeras formas, com a ergonomia, de se evitar
o surgimento de problemas que levam o profissional a se afastar de suas funções.
Programas direcionados à qualidade de vida, a prática de ginástica laboral e a
adoção de posturas corretas contribuem para a saúde física e mental do
trabalhador.
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REFERÊNCIAS
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MOTA, I. C. J. C.; TELES, N. S. B. Riscos ergonômicos aos quais os profissionais
de enfermagem estão expostos em ambiente hospitalar: uma revisão da literatura.
Revista Diálogos Acadêmicos, Fortaleza, v. 1, n. 1, p. 39-48, jan./jun. 2012.
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