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AULA 1

ERGONOMIA

Profª Silvana Bastos Stumm


CONVERSA INICIAL

Bem-vindo(a) a nossa aula! Nosso tema central fundamenta-se no conceito


de ergonomia e em sua aplicação. A ergonomia é essencial nos mais diversos
ambientes de trabalho como fábricas, indústrias e hospitais. Projetos de máquinas
e equipamentos, de veículos, de móveis comerciais, residenciais e hospitalares
seguem normas de concepção para proporcionarem conforto, bem-estar e
segurança ao trabalhador. Além disso, essas normas são extremamente
importantes para a saúde do indivíduo, evitando afastamentos causados por
lesões. Esta aula tem como objetivo básico entender a ergonomia e sua
aplicabilidade e como ela influencia o dia a dia do trabalhador. Após uma breve
introdução, abordaremos os seguintes temas: conceito de ergonomia;
macroergonomia e a abrangência da ergonomia; fatores humanos; antropometria;
e biomecânica ocupacional.

TEMA 1 – CONCEITO DE ERGONOMIA

Para podermos definir ergonomia, é necessário conhecer sua origem.


Usada pela primeira vez, segundo afirma Zunjic (2017), em 1857, pelo polonês
Wojciech Jastrzębowski, a palavra ergonomia tem sua origem na língua grega.
Ergos significa trabalho e nomos traduz-se como normas ou leis. Contudo, a
literatura nos mostra que a ergonomia, como ciência, surgiu mais tarde, tendo
forte influência da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. Iida (2014) afirma que
ela surgiu em 1949, tendo se desenvolvido de fato a partir da Segunda Guerra,
como consequência de acidentes ocasionados pelo uso de equipamentos
militares.
Falando ainda em história, é válido lembrar o engenheiro Frederick Winslow
Taylor (1856-1915), precursor da administração científica. Apesar de entender e
afirmar que o homem deveria adaptar-se à máquina, diferentemente do que
preconiza a ergonomia, Taylor (1995) atribuía os resultados positivos de uma
jornada de trabalho aos movimentos padronizados e repetitivos, bem como aos
tempos cronometrados.
Abordando, então, o conceito científico, Dul e Weerdmeester (2017)
entendem a ergonomia como uma ciência que tem o objetivo de melhorar, além
da segurança e da saúde, o conforto e a eficiência no trabalho. Pheasant (2003)
descreve a ergonomia como ciência do trabalho, incluindo nessa definição as

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pessoas que o executam e de que forma o executam, as ferramentas e
equipamentos utilizados, os locais de trabalho, além dos aspectos psicossociais
da situação de trabalho. Igualmente importante é abranger a definição da
Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo), que a define como uma disciplina
científica que engloba homem e elementos, bem como métodos e princípios, com
o intuito de otimizar bem-estar e desempenho. Mais alguns conceitos e definições
podem ser mencionados, como os de Laville (1977), que afirma que o objetivo da
ergonomia é melhorar as condições laborais; e Iida (2014), que a conceitua como
o estudo da adaptação do trabalho ao homem.
Dessa forma, pensando na abordagem realizada até o momento, dizemos
que todos os autores citados, independentemente do modo como entendem
ergonomia, têm em comum a preocupação com a saúde e o bem-estar do
trabalhador.

TEMA 2 – MACROERGONOMIA E A ABRANGÊNCIA DA ERGONOMIA

A denominação de macroergonomia surgiu a partir da década de 1980,


quando a ergonomia passou a envolver as organizações sob uma visão mais
abrangente, englobando o sistema homem-máquina em todos os níveis
hierárquicos. Essa teoria está fundamentada em Hendrick (2005) e também
aparece citada por Iida (2014). Com essa evolução, a ergonomia passou a ser
aplicada em um nível macro, envolvendo o projeto de todos os sistemas de
trabalho, atingindo, inclusive, a gerência organizacional.
Segundo Hendrick (2005), com o aumento da competitividade mundial,
seria mister haver mais eficiência em todas as estruturas e processos de trabalho.
Trata-se de uma visão que persiste continuamente, basta observarmos, ao nosso
redor, a evolução industrial. Como resultado positivo disso, uma vez que o nível
administrativo mais alto toma as decisões, estão o aumento da segurança e da
saúde, uma melhor produtividade e a redução de erros e de acidentes. Com a
instituição de postos de trabalho informatizados, o uso de robôs, entre outros
avanços tecnológicos, além da queda do número de acidentes, o tempo torna-se
mais otimizado.
Mais recentemente, de acordo com Realyvásquez; Maldonado-Macías;
Romero-Gonzáles (2016), novos modelos macroergonômicos vêm sendo
desenvolvidos, incluindo fatores diversos que afetam o desempenho das
organizações. A aplicabilidade desses métodos é um meio estratégico para as

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empresas aumentarem sua competitividade no mercado mundial.
Saímos, pois, de uma visão micro para uma visão macro da ergonomia.
Nesse contexto, o ergonomista é convidado para planejar e gerenciar o
desenvolvimento de projetos conforme a necessidade de cada setor de uma
organização, a análise dos seus postos de trabalho e a avaliação das tarefas que
lhe são pertinentes, dos seus ambientes e dos sistemas nela utilizados.
Segundo Iida (2014) e a própria Abergo (2020), classificamos a ergonomia
da seguinte forma: ergonomia física; ergonomia cognitiva; e ergonomia
organizacional. Seguindo nessa linha de abordagem, vamos falar um pouco
sobre as contribuições da ergonomia, em função do momento em que é realizada
a avaliação. Wisner (1987) entende que essas intervenções ergonômicas se
dividem em concepção, correção e conscientização. Iida (2014) abrange mais
uma, a participação. Falaremos sobre esses tipos e funções da ergonomia.

2.1 Ergonomia física

A ergonomia física está centrada em propriedades do ser humano


relacionadas à atividade física: anatomia, antropometria, fisiologia e biomecânica.
Envolve, ainda, o tipo de postura necessária para a atividade laboral, o modo de
manuseio de materiais, os movimentos repetitivos, os distúrbios
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, aos projetos, à saúde e à
segurança do indivíduo.

2.2 Ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva trata dos processos mentais que estão relacionados


às interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema. A percepção,
a memória, o raciocínio e as repostas motoras integram esses processos. Carga
mental, tomada de decisão, interação homem-computador são alguns dos tópicos
importantes desse tipo de ergonomia.

2.3 Ergonomia organizacional

Voltada à otimização dos sistemas sociotécnicos, a ergonomia


organizacional envolve estruturas organizacionais, políticas e processos.
Comunicação, projeto de trabalho, programação em grupo, projeto participativo e
trabalho cooperativo, além da cultura organizacional, das organizações em rede,

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do teletrabalho e da gestão da qualidade, são tópicos da ergonomia
organizacional.

2.4 Ergonomia de concepção

Quando falamos em concepção, entendemos que estamos na fase de


projeto. Essa é a melhor situação, pois podemos estudar alternativas diversas.
Em contrapartida, exige-se mais conhecimento e experiência do profissional para
que se possa tomar as decisões de forma segura, mesmo que baseada em
situações hipotéticas. De todas, a concepção envolve menor custo.

2.5 Ergonomia de correção

Nessa situação, abordamos casos reais, ou seja, vamos corrigir o que já


existe e não está adequado. Podemos encontrar o trabalhador com fadiga, alguma
doença do trabalho, estressado e, ainda, com a produtividade e a qualidade do
trabalho em queda. Algumas pequenas mudanças já podem ser suficientes para
a melhoria da situação; entretanto, quando é necessário realizar alguma mudança
maior, o custo será mais elevado.

2.6 Ergonomia de conscientização

Trabalha-se com a conscientização quando as dificuldades ergonômicas


ainda existirem, isto é, não foram completamente resolvidas nas fases anteriores.
Devido, ainda, ao processo produtivo, outros problemas podem aparecer. Nesse
processo, também se capacita o trabalhador para que ele mesmo identifique e
corrija os problemas habituais. Como podem surgir imprevistos a qualquer
instante, no exercício de suas funções, os trabalhadores, treinados, conseguirão
enfrentar melhor essas situações.

2.7 Ergonomia de participação

A ergonomia de participação refere-se ao próprio usuário do sistema. Ele


mesmo será envolvido a participar na solução dos problemas que se apresentem.
Entende-se que o usuário tem mais conhecimento prático se o compararmos ao
analista, que, muitas vezes, não detecta algum detalhe essencial, notado por
quem usa o sistema. A busca pelas soluções ideais envolve ativamente o
trabalhador.
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Entendida a classificação e a contribuição da ergonomia, Dul e
Weerdmeester (2017) a veem, ainda, contendo um objetivo social. Afirmam que
diversos problemas de natureza social e oriundos de erros humanos, que podem
provocar acidentes ligados à saúde e segurança, bem como ao conforto e à
eficiência, são resolvidos aplicando-se a ergonomia (Dul; Weerdmeester, 2017).
Inúmeros acidentes, afirma Iida (2014), têm como causa o erro humano. Apesar
de essa compreensão estar voltada à falha humana, como desatenção e
negligência, devemos lembrar que não podemos simplesmente afirmar que a
causa de determinado acidente adveio de um erro. Anteriormente a esse fato,
muitas decisões foram tomadas e contribuíram para a ocorrência do acidente.

TEMA 3 – FATORES HUMANOS

Quando pensamos em fatores humanos, vêm-nos à mente a relação entre


trabalhador e condições em que o trabalho é realizado. Entendemos, então, que
fazem parte dessa análise o indivíduo em si, o trabalho e a organização, levando-
nos a pensar como essas três abordagens se relacionam entre si e de que forma
influenciam na saúde e na segurança do trabalhador. Nesse aspecto, situamos
também a ergonomia.
Conforme falamos anteriormente, em muitos acidentes o erro humano é
apontado como causa. De acordo com Iida (2014), tal erro é resultado das
interações homem-trabalho ou homem-ambiente, estando incluídos nesse
contexto a variação da ação humana, a transformação do ambiente e o julgamento
da ação humana em relação a essas duas situações. Seguindo nosso raciocínio,
vamos abordar o erro, compreendendo seu significado sob a ótica da ergonomia.
Os três mais comuns são: erro de percepção; erro de decisão; e erro de ação.

3.1 Erro de percepção

Ligado aos órgãos sensoriais, o erro de percepção caracteriza-se por ações


que não geram o efeito esperado. Identificar ou entender determinada informação
de forma equivocada é um exemplo desse erro. A percepção ou compreensão
diferente do que se é desejado pode resultar em acidente.

3.2 Erro de decisão

Erro de decisão ocorre quando as informações passam pelo nosso sistema

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nervoso central (SNC) e são ali processadas. Podemos exemplificar, nesse caso,
a tomada errada de decisão, isto é, quando, ao invés de se optar pela alternativa
correta, decidiu-se pela errada. Outra situação é cometer erros de lógica.

3.3 Erro de ação

Movimentos incorretos, troca de controles são exemplos desse tipo de erro.


Dizemos que erros dessa natureza dependem de ações musculares.
Dando continuidade à nossa conversa, devemos entender primeiramente
que equipamentos, mobiliários, instrumentos, quando projetados, são pensados
no conforto e na segurança do usuário. Existem casos diferenciados de projetos,
considerando extremos e outras necessidades que citaremos mais à frente. A
ergonomia está presente em todas as situações. Realizada essa contextualização
sobre erros, mostraremos os fatores humanos, que são parte integrante da
ergonomia, sempre estudados e analisados. Adotando Iida (2014) como
referência, temos: fatores fisiológicos; conhecimento, aprendizagem e
treinamento; fadiga; monotonia e motivação; e influências de sexo, idade e
deficiências físicas.

3.4 Fatores fisiológicos

Nosso organismo tem a característica de adaptar-se ao trabalho, em função


de fatores inerentes a nossa própria natureza e a fatores externos. O desempenho
físico individual está relacionado ao ritmo circadiano, que é o ciclo aproximado de
24 horas diárias. Segundo Meira Jr., Benedito-Silva e Falconi (2016), “a expressão
circadiana [...] relaciona-se com o ritmo da temperatura corporal e com o ciclo
vigília-sono”. No decorrer desse período em que as funções fisiológicas oscilam,
as energias são reconstituídas conforme ajustes pessoais, específicos para se
descansar. A temperatura do corpo, por exemplo, atinge valores mínimos durante
o sono e, segundo Iida (2014), é a variável fisiológica mais significativa e de fácil
verificação. No entanto, devemos associar ao ciclo de 24 horas as variações
individuais que abordaremos na sequência.
Inicialmente, entendamos que, para o correto funcionamento do organismo,
a luz solar tem papel fundamental, tanto para o ritmo circadiano quanto para os
outros indicadores fisiológicos. Sabe-se, também, que há indivíduos com maior

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facilidade para o trabalho noturno (vespertinos), assim como aqueles que, para se
adaptarem a esse período, apresentam mais dificuldade (matutinos).
A revista Veja Saúde publicou em 2020 (disponível em:
<https://saude.abril.com.br/medicina/teste-qual-e-o-seu-cronotipo>), um teste
para cada um conhecer o seu cronotipo, baseado no questionário de Horne-
Östberg (Bernardo, 2020). Os pesquisadores James A. Horne e Olov Östberg
(1977) publicaram um artigo descrevendo o ritmo circadiano e as particularidades
individuais. Esse estudo contempla a aplicação de várias perguntas relacionando
tarefas e horários, com o intuito de se identificar os cronotipos. Como um dos
resultados, os autores perceberam que o indivíduo matutino apresenta rápido
aumento da temperatura ao acordar, enquanto o indivíduo vespertino mostra um
aumento constante da temperatura, ao longo do dia. Interessantíssima a leitura
dessa pesquisa, com referência ao final de nossa aula (Horne; Östberg, 1977;
Bernardo, 2020).
Em indústrias que funcionam 24 horas por dia, reforçando o que
anteriormente dissemos, os vespertinos conseguem adaptar-se melhor à jornada
noturna; já os matutinos são mais producentes durante o dia. Outra característica
refere-se ao fato de os indivíduos matutinos acordarem de maneira natural, sem
o uso de alarme e terem como hábito dormir cedo, afirmam Meira Jr., Benedito-
Silva e Falconi (2016); ao contrário dos indivíduos vespertinos, que preferem
dormir e acordar tarde. Independentemente desse fato, pessoas que desenvolvem
suas atividades no período da noite têm o sono prejudicado. Em consequência,
podem apresentar fadiga crônica, doença profissional de que falaremos adiante.
Além dos cronotipos descritos, existem os indiferentes, de acordo com
Meira Jr., Benedito-Silva e Falconi (2016), que são os intermediários. Iida (2014),
considera a maioria das pessoas com perfil intermediário, usando como
classificação apenas as duas já mencionadas. Há estudos de cronotipo
especialmente para enfermeiros, que habitualmente têm jornadas de trabalho em
horários diferenciados. De modo geral, eles não seguem rotinas diárias se os
comparamos com engenheiros, administradores e advogados. Em alguns dias
trabalham diurnamente, em outros noturnamente e outros, ainda, diuturnamente.

3.5 Conhecimento, aprendizagem e treinamento

Conhecimento, de acordo com Iida (2014), “[...] é tudo que aprendemos e

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sabemos”, envolve algum tipo de operação ou faz uso de informações
armazenadas na memória de longa duração. A gestão desse conhecimento
engloba aquisição, armazenamento e recuperação das informações para elas
serem usadas quando necessárias. Aprendizagem, afirma o pesquisador, “[...] é
o processo de aquisição de novos conhecimentos” (Iida, 2014). Normalmente, se
inicia pela verbalização da informação para descrever de que modo a tarefa deve
ser realizada. Por fim, treinamento “[...] é o enriquecimento da memória com
conhecimento operacional” (Iida, 2014). Uma atividade realizada pela primeira vez
por um iniciante é diferente da executada por um profissional mais experiente.
Com treinamento e prática, a atividade se torna rotineira. Todo profissional, ao
iniciar uma atividade ou passar de uma atividade a outra, deve receber
treinamento.

3.6 Fadiga

Fadiga é a consequência da realização do trabalho continuado. De modo


geral, tem como resultado uma diminuição reversível do organismo e a queda da
qualidade produtiva. Decorre de fatores fisiológicos, ligados à intensidade e
duração da atividade física e mental; e psicológicos, como monotonia, falta de
motivação; e fatores ambientais e sociais (Iida, 2014). Grandjean (1998) relaciona
a fadiga “[...] com uma capacidade de produção diminuída e uma perda de
motivação para qualquer atividade”.
A fadiga é classificada em três categorias – fisiológica, crônica e
psicológica. E todas afetam a qualidade de vida do trabalhador. A fadiga fisiológica
ou muscular é causada pela deficiência de irrigação sanguínea no músculo,
segundo Iida (2104), gerando acúmulo de ácido lático e potássio, além de calor,
dióxido de carbono e água. Uma vez descansado o músculo, durante o repouso
diário, por exemplo, a fadiga é reversível. Já na crônica, destacam-se o
descontentamento, de forma significativa, a ausência de iniciativa, além de se
constatar uma crescente ansiedade e um cansaço contínuo. Essa forma de fadiga
apresenta efeito cumulativo: não se percebe melhora mesmo quando o corpo
repousa. Em relação à fadiga psicológica, nela os sintomas de cansaço aumentam
e, da mesma forma, a irritação, e é notado falta de interesse e de apetite. A
monotonia, a desmotivação, problemas de saúde podem agravar a fadiga
psicológica.

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Em uma visão geral, podemos afirmar que os erros aumentam em
decorrência da fadiga, isso refletindo-se diretamente na vida do trabalhador, seja
no trabalho, seja na família. A saúde e a segurança do trabalhador ficam
igualmente comprometidas.

3.7 Monotonia e motivação

Conforme falamos no item anterior, a monotonia e a motivação exercem


forte influência no estado físico e mental do indivíduo, a primeira podendo agravar
e a segunda, aliviar a fadiga. A esses dois fatores atribuímos estímulos
ambientais, que tanto podem ser motivadores quanto causadores de monótonos,
como sugere Iida (2014). De acordo com Grandjean (1998), a monotonia “[...] é
uma reação do organismo a uma situação pobre em estímulos ou em condições
com pequenas variações dos estímulos”. Fadiga, sonolência, indisposição, falta
de atenção são alguns resultados da monotonia.
É importante mencionar que o leiaute e o planejamento do local onde se
executam as tarefas influem nesse mesmo sentido. Deficiência na iluminação,
ventilação inadequada, excesso de calor e de ruído são alguns exemplos
prejudiciais à motivação. Do ponto de vista fisiológico, relacionamos a monotonia
com os órgãos sensoriais. Em uma tarefa repetitiva, por exemplo, o cérebro
habitua-se e deixa de se sentir estimulado. Sob a ótica da psicologia, pessoas que
exercem atividades na sua área de interesse e, muitas vezes, formação, sentem-
se mais interessadas e motivadas, apresentando mais produtividade que as que
exercem atividades alheias a seu interesse ou formação. Percebe-se um
trabalhador motivado em função do seu desejo de atingir um objetivo, quando há
nele determinação e, até mesmo, necessidade de chegar a um resultado
esperado. Traçar metas e desafiar positivamente o trabalhador o ajudam a se
manter nesse estado.
Se seguirmos a teoria de Maslow, conforme Hesketh e Costa (1980), temos
a seguinte sequência de demandas por satisfação: necessidades fisiológicas,
necessidades de segurança, necessidades de aceitação, necessidades de
autoestima e, por fim, necessidades de autorrealização. No entanto, afirma Iida
(2014), a teoria é questionável e nem sempre é possível comprová-la na prática.

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3.8 Influência de sexo, idade e deficiências físicas

Homens e mulheres, afirma Iida (2014), são intelectualmente capazes e


não apresentam diferenças sob esse aspecto do desempenho intelectual. As
diferenças são significativas, contudo, quanto às funções fisiológicas, capacidade
cardiovascular, forças musculares e dimensões corporais e, com todos os
avanços que acontecem, ainda encontramos muita discriminação social por conta
disso.
Em relação ao avanço da idade, é certo que ocorre a degradação de muitas
funções, o que é um processo natural, mas que muitas vezes afeta, ainda,
psicologicamente a vida do trabalhador. Desde que não haja exigências acima de
seus limites, os idosos têm plena capacidade de trabalhar. Existem leis
específicas de proteção à mulher e aos idosos, além de leis próprias para
portadores de necessidades especiais (PNE). Os projetos de mobiliários, por
exemplo, devem seguir normas próprias da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) para PNE, assim como os projetos de espaços físicos.
Em referência especificamente aos portadores de deficiência, devem ser
levadas em consideração características e necessidades próprias, fundamentais
para o projeto ergonômico. Embora haja, ainda, bastante preconceito em todos os
sentidos, no trabalho, na rua e até mesmo em atividades domésticas, a evolução
tecnológica, felizmente, é acelerada e muito tem a contribuir com a ergonomia
pensada em relação aos PNE.

TEMA 4 – ANTROPOMETRIA

Considerada uma técnica milenar, segundo Lopes Filho e Silva (2003), a


antropometria é entendida como uma ciência voltada à mensuração do corpo
humano e suas partes. Outra definição dada por Iida (2014), com sentido similar,
diz que a antropometria está relacionada às medidas físicas. E, segundo Dul e
Weerdmeester (2017), ela engloba as dimensões e proporções do corpo humano.
Pheasant (2003), a vê como um ramo das ciências sociais que trata das medidas
do tamanho do corpo e sua forma, força e capacidade de trabalho.
Contextualizando, foi a antropometria que nos permitiu ter medidas mais
corretas de vestuários, calçados, veículos, além de equipamentos de trabalho.
Dessa forma, tornou-se mais fácil adaptar ferramentas e máquinas aos usuários.

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Na ergonomia, vinculamos tais medidas com se fazer projetos e dimensionar
postos de trabalho, pensando de modo generalizado.
Segundo Rodriguez-Añez (2001), as medidas antropométricas passaram a
ter maior importância na década de 1940 devido tanto à necessidade de produção
em massa quanto aos sistemas de trabalho mais complexos que surgiam. Com o
passar do tempo, a antropometria ganhou destaque no estudo da ergonomia.
Entretanto, constata-se que há diferenças antropométricas entre os sexos,
variações intraindividuais, variações nas proporções corporais em função da etnia
e do clima, variações extremas e seculares. Deve-se levar em conta, também, o
modo como as medidas são feitas, além das antropometrias estática (medidas do
corpo parado ou com poucos movimentos), dinâmica (medidas dos alcances em
movimentos) e funcional (medidas referentes à execução de tarefas específicas).

4.1 Diferenças entre sexos

Conforme Iida (2014), há variações de medidas entre homens e mulheres,


como de altura, tamanho, peso, entre outras. Os homens, comparados às
mulheres, têm tórax maior e ombros mais largos. As mulheres apresentam a bacia
mais larga, em relação aos homens. A proporção entre músculos e gordura
também é notória. Os homens têm mais músculos do que gordura; as mulheres
possuem mais gordura subcutânea, que dá origem às formas mais arredondadas.

Figura 1 – Antropometria masculina e feminina

Crédito: Sudowoodo/Shutterstock.

4.2 Variações intraindividuais

As variações intraindividuais estão relacionadas ao ciclo de vida do


indivíduo (Iida, 2014). Passamos por variações de altura, de peso e de forma, por
exemplo. Quando crianças, temos estatura diferente do que na fase adulta, isso
ocorrendo da mesma forma com outras condições do corpo.
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Figura 2 – Ciclo de vida

Crédito: Ljupco Smokovski/Shutterstock.

4.3 Diferenças nas proporções corporais

Em relação às diferenças, citamos as variações étnicas e as relacionadas


ao clima. Notamos diferenças associadas à altura, ao tamanho e forma dos pés e
das mãos, ao comprimento de braços e pernas, entre outras (Iida, 2014). Se
compararmos mexicanos e sudaneses, constatamos que os primeiros têm menor
estatura, enquanto sudaneses chegam, em alguns casos, a mais de 2 metros de
altura. Em regiões de clima mais quente, a população tem o corpo mais fino e
braços e pernas mais longos. Em clima mais frio, ocorre o inverso: o corpo é mais
volumoso, por exemplo.

4.4 Variações extremas e variações seculares

De acordo com Iida (2014), quando encontramos, em uma mesma


população adulta, diferenças em torno de 25% na altura, no comprimento dos
braços e das pernas, fazendo analogia entre o homem mais alto e a mulher mais
baixa, chamamos isso de variação extrema. As seculares, por sua vez, englobam
várias gerações e acontecem a longo prazo. Estão relacionadas à alimentação,
às condições de saúde, aos hábitos de vida e à prática de esportes.
Estudadas as variações, vamos agora entender como aplicamos esse
conhecimento no desenho de máquinas, equipamentos, móveis e ferramentas.
Como devemos pensar no coletivo, os projetos baseiam-se na curva de Gauss.
Dessa maneira, contemplamos 95% da população, e 5% desta terá projetos
específicos. Iida (2014) utiliza os critérios de aplicação dos dados antropométricos
partindo de cinco princípios: projetos para a média da população, projetos para
extremos da população, projetos para faixas da população, projetos de dimensões
reguláveis e projetos adaptáveis

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4.5 Projetos para a média da população (primeiro princípio)

Os produtos são dimensionados para 50% da população, ou seja, atendem


a média populacional. Pensa-se no uso coletivo e não no individual, como são os
transportes públicos, de forma geral.

4.6 Projetos para extremos da população (segundo princípio)

Dimensionam-se os projetos em função de um dos extremos da população,


ou para os 95%, ou para os 5%. Carros são exemplos da aplicação desse
princípio, pois são projetados para 95% da população.

4.7 Projetos para faixas da população (terceiro princípio)

Os projetos abrangem produtos/equipamentos fabricados em tamanhos


variados para se adaptarem aos indivíduos, como peças de vestuário e sapatos.

4.8 Projetos de dimensões reguláveis (quarto princípio)

Projetos de dimensões reguláveis permitem ao usuário adaptar seu


equipamento a suas necessidades. O banco do carro funciona dessa forma, assim
como cadeiras profissionais, macas e outros equipamentos.

4.9 Projetos adaptáveis (quinto princípio)

Os projetos adaptáveis demandam alto custo de fabricação, todavia


resultam em produtos desenvolvidos especificamente para determinado indivíduo.
Normalmente, são aplicados em próteses e outros aparelhos específicos,
conforme a necessidade.
Sob a ótica da indústria, afirma Iida (2014), produtos padronizados têm
menor custo, conforme o primeiro e o segundo princípios destacam. O terceiro e
o quarto são menos econômicos, mas não oferecem custo tão alto quanto o quinto
princípio.

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TEMA 5 – BIOMECÂNICA OCUPACIONAL

Como parte da biomecânica geral, a biomecânica ocupacional preocupa-


se com o estudo das posturas, envolvendo os movimentos corporais e as forças
referentes ao trabalho. Dul e Weerdmeester (2017) e Kruger (2007) abordam
sobre esse tema as recomendações que devem ser seguidas pensando-se nas
condições de um trabalhador saudável.

5.1 As articulações devem permanecer em posição neutra

As articulações devem permanecer em posição neutra porque nela há


menor exigência dos músculos e dos ligamentos. Devido ao fato de eles serem
esticados, conseguem liberar a sua força máxima. Quando adotamos ou estamos
em má postura, como é o caso de braços erguidos, tronco inclinado, entre outras,
as articulações deixam de estar na posição neutra. Consequentemente, isso pode
acarretar dores e outros problemas de saúde, especialmente se os movimentos
se repetirem com frequência.

5.2 Os pesos devem ser movimentados próximos ao corpo

Quando movimentamos pesos, o modo certo de erguê-los é sempre junto


ao corpo. Isso porque, se o peso ficar afastado do corpo, os braços são mais
exigidos e tensionam, podendo gerar desequilíbrio, pois o corpo vai para a frente,
provocando uma reação contrária na tentativa de se manter o equilíbrio.

5.3 As posturas e os movimentos devem ser alternados

Posturas e movimentos em alternância proporcionam ao organismo a


possibilidade de repouso, pois os músculos utilizados não são requisitados
seguidamente, evitando fadiga muscular. Movimentos que são repetidos com
posturas prolongadas são prejudiciais, levando o corpo a um desgaste natural.

5.4 A duração do esforço muscular contínuo deve ser restrita

Quanto mais tempo um músculo é exigido, menos tempo conseguimos


aguentar. Essa exigência constante origina fadiga localizada e reduz
consideravelmente a produtividade no trabalho.

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5.5 A exaustão muscular deve ser prevenida

Em caso de ocorrência de exaustão, o músculo necessita de um tempo


maior para que possa se recuperar. Curiosamente, um músculo exaurido
demanda, aproximadamente, 30 minutos para recuperar 90% de sua capacidade.

5.6 Devem ser feitas pausas curtas e repetidas

Para reduzir a fadiga muscular, é importante realizarmos paradas durante


a execução das tarefas. O correto é fazer pausas curtas e repetidamente. Além
de isso contribuir para a saúde, trabalha-se de forma mais produtiva.

5.7 Deve-se evitar curvar-se para frente

Sempre que fazemos o movimento de curvar-nos para frente, os músculos


e ligamentos das costas se contraem e ficam sobrecarregados. Dessa forma,
surgem dores na região lombar, que é a mais exigida durante essa postura.

5.8 Deve-se evitar inclinar a cabeça para frente

Inclinar a cabeça para frente provoca fadiga rápida nos músculos do


pescoço e dos ombros, devido ao peso da cabeça (de 4 kg a 5 kg). Além disso,
isso também sobrecarrega os músculos da nuca, provocando dores.

Figura 4 – Posição da cabeça

Crédito: Elenabsl/Shutterstock.

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5.9 Deve-se evitar torções de tronco

Quando torcemos o tronco, tensionamos nossas vértebras, devido às


cargas assimétricas que sobrecarregam os músculos laterais da coluna vertebral.
O correto é movimentar o corpo inteiro para um lado e para o outro, mas
normalmente não fazemos dessa forma.

5.10 Devem-se evitar os movimentos bruscos e os picos de tensão

Orienta-se que o levantamento de pesos seja feito de forma gradual, depois


de um pré-aquecimento muscular. O correto é fazermos movimentos contínuos e
suaves, para aquecimento dos músculos. Assim, contribuímos para manter a
postura em boa forma, além de evitar problemas futuros que provoquem dores,
distensões e estresse.
Em sequência a essas orientações, vamos pensar nos postos de trabalho
e sua relação com os movimentos das mãos e dos pés, da cabeça e da nuca e
com as posturas. Veremos a forma correta de trabalhar, associando isso ao que
estudamos até agora sobre biomecânica ocupacional.

5.11 Em relação às mãos e aos braços

Como definimos onde os controles devem ficar? Para estabelecer a


localização de controles e de comandos em máquinas, equipamentos, painéis de
trabalho é preciso saber o espaço necessário, de modo geral, para que mãos e
braços se movimentem. Lembre-se de que a melhor forma de executar os
movimentos é mantendo as articulações na posição neutra.

5.12 Em relação à cabeça e à nuca

Em frente a um painel com mostradores, cabeça e nuca não devem ultrapassar


15 graus. Recomenda-se não permanecer muito tempo nessa postura, a fim de
evitar problemas musculares. Além disso, precisamos enxergar todos os
mostradores no nosso campo visual. Essa visualização nos permite notar
qualquer aviso ou alarme, tornando o trabalho, além de ergonômico, seguro.

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5.13 Em relação ao trabalho em pé

Trabalhos que precisam ser realizados em pé normalmente exigem


deslocamentos frequentes. Da mesma forma, tarefas que solicitam muita força ou
muitos movimentos são mais bem-sucedidas quando realizadas em pé. O correto
é alternar a posição em pé com a posição sentada, podendo-se fazer uso de uma
cadeira mais alta, que tenha apoio para os pés. Isso permite que o operador se
mantenha meio em pé, meio sentado. A postura de trabalho não pode ser curvada
e, para que isso não ocorra, deve haver espaço suficiente para as pernas e os
pés. Os giros de coluna também devem ser evitados.

5.14 Em relação à altura da superfície de trabalho

A altura correta da superfície de trabalho será definida em função da tarefa


que será realizada, em função das dimensões do usuário e de sua preferência
particular. A bancada deve permitir ajustes, respeitando as diferenças individuais.
Nas situações em que se trabalha na posição em pé, a mesa deve estar entre 5
cm a 10 cm abaixo dos cotovelos, sendo que, para tarefas detalhadas, os
cotovelos precisam manter-se apoiados. Quando a atividade é manual e em pé,
recomendam-se alturas entre 5 cm a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos.

5.15 Em relação ao trabalho sentado

Atividades executadas na posição sentada resultam em maior


produtividade. A fadiga é menor, se comparada à da posição em pé, e o operador
fica mais confortável, além de não haver exigências para as articulações. Nessa
posição, nosso corpo fica mais bem apoiado, proporcionando bem-estar.
Similarmente à posição em pé, não devemos forçar a curvatura das costas,
pescoço e cabeça. Outro fator importante é haver espaço livre, sob a bancada,
para as pernas. Recomenda-se, ainda, intercalar a posição sentada com a
posição em pé e andando; ajustar assento, encosto e altura de bancada; usar
cadeiras próprias para tarefas que exigem mais detalhes; ter descanso (apoio)
para os pés; evitar movimentos errados para pegar objetos fora de alcance.
Segundo Grandjean (1998), assim o consumo de energia é reduzido e há alívio
das pernas. Todavia, pode haver flacidez dos músculos da barriga, cifose,
sobrecarga na coluna, além de se prejudicar a digestão e a respiração, afirmam

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Grandjean (1998) e Dul e Weerdmeester (2017), por isso a importância de se
alternar as posições, conforme dissemos.
Ambientes hospitalares exigem muito de seus profissionais, seja em
relação à postura física, seja em relação às atividades diárias. Um estudo feito por
Mota e Teles (2012), tendo como método a pesquisa bibliográfica, constatou que
os piores riscos à saúde para profissionais de enfermagem são a falta de espaço
para desenvolver suas atividades, o carregamento de peso, muito esforço físico e
a postura inadequada. Existem inúmeras formas, com a ergonomia, de se evitar
o surgimento de problemas que levam o profissional a se afastar de suas funções.
Programas direcionados à qualidade de vida, a prática de ginástica laboral e a
adoção de posturas corretas contribuem para a saúde física e mental do
trabalhador.

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REFERÊNCIAS

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em: <http://www.abergo.org.br>. Acesso em: 28 nov. 2020.

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