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SUMÁRIO PÁGINA
1. Conceituações iniciais do mercado de trabalho 2
2. População em Idade Ativa e Economicamente Ativa 5
3. População ocupada e desocupada 10
5. Indicadores do Mercado de Trabalho 13
6. Subemprego 21
28
Questões resolvidas em aula
Gabarito 33
Olá de novo pessoal! Bem vindos a nossa segunda aula de Economia do Trabalho
para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho (AFT). Estude muito, pois este
concurso é pesado, a concorrência é enorme e há muito poucas vagas.
Desta vez foram aprovadas somente 100 (cem) vagas, o que é um absurdo para a
sociedade. Mas, no que se refere à vida de um concurseiro, tão ruim quanto, pois
será muito mais difícil entrar.
Isso é a última coisa que eu quero. A ideia é a seguinte, mais do que nunca, você
terá de ser um estrategista. Concurso é estratégia, meu amigo. Pense no que você
vai fazer antecipadamente, analise quais são seus pontos fortes e fracos, avalie
quanto tempo, mais ou menos, você tem até a prova, etc. Segue uma dica.
DICAS DE UM CONCURSEIRO
Acho que todo mundo já sabe que será a CESPE, não é? Vamos fazer um curso
voltado para o que esta banca gosta. Para mim, uma característica das provas de
economia da CESPE é o apego a definições teóricas e literalidades. Eles adoram
esmiuçar conceitos, portanto esta aula é um prato cheio para eles!
Eu sei que você será AFT, mas, para fins didáticos, vamos supor que você é um
analista do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o instituto que, em
sua maioria, define estas classificações que vamos estudar. As classificações do
IBGE, explicadas em suas notas metodológicas, são usualmente cobradas em
prova.
Bom, como analista do IBGE, a primeira coisa que você tem de saber é o conceito
mais amplo de todos, população.
Beleza? Agora, você, analista do IBGE, vai analisar o mercado de trabalho para
mim!
Opa! Veja uma divisão clara acima, a das atividades remuneradas e não
remuneradas.
Alguns pontos:
- Você percebeu que a ocupação remunerada não precisa ser em dinheiro (item a)?
Neste caso, não é trabalho. Isso decorre do fato de que a ajuda que você está
prestando não é na atividade econômica do outro membro do domicílio. Quer ver
outro caso estranho? E se você produzir para seu próprio consumo?
Antes que alguém pergunte, força de trabalho, para o IBGE, se iguala à soma das
pessoas que possuem ocupação com as que não possuem ocupação, mas estão
procurando emprego, ou seja, a População Economicamente Ativa (PEA). Mas,
calma, já eu explico o que é PEA mais detalhadamente, ok?
Bom, mas o que você, analista do IBGE, acha? Será que todas as pessoas podem
ser caracterizadas dentro da população como força de trabalho?
Claro que não! Há uma questão muito importante que se refere à idade do indivíduo.
A própria idade do mesmo pode ser proibitiva para o trabalho, impedindo que seja
possível classificá-lo dentro de um grupo que pode oferecer sua força de trabalho.
Eu sei gente, Constituição Federal de 1988, mas esqueça tudo isso aqui! Aqui, se
tem mais de 10 anos é PIA e pronto!
Mas, agora quero tratar de um assunto mais difícil. Veja, você, analista do IBGE,
precisa levantar a PIA de uma população. Como o IBGE faz isso? Toda pesquisa
feita pelo IBGE se baseia em um período de referência. O período de referência
nada mais é do que a base temporal que antecede a realização da pesquisa e que
servirá de base para as conclusões obtidas. Veja:
Olha gente, a PEA é representada por uma porção da PIA (é isso aí, uma “sopa de
letrinhas” mesmo!) Vamos a uma definição bem formal:
PEA “compreende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor
produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada”.
Por exemplo, você que trabalha no IBGE (eu sei, você será AFT) é parte da PEA,
compondo a parcela que possui uma ocupação.
Bom, isso serve para todos os tipos de afastamento! Fazem parte da PEA todos os
indivíduos que trabalharam ou que tinham trabalho, mas não trabalharam!
Assim, férias e afastamentos não retiram um indivíduo da PEA, ok?
Mas, esta não é toda estória, e se você perdeu seu trabalho? Você faz parte da
PEA?
Se a resposta for sim, essa pessoa faz parte da PEA em sua parcela de
desocupados. Mas, caso contrário, não faz parte.
Voltando.
Este indivíduo, que não tem trabalho e não tem intenção de trabalhar, entra na
categoria de inativos.
Atenção, as bancas adoram falar dos famosos “desalentados”. Estas são aquelas
pessoas que procuraram trabalho ininterruptamente durante pelo menos 6 (seis)
meses, contados da última providência para conseguir trabalho, no período de
referência de 365 dias, tendo desistido por não encontrar trabalho ou não encontrar
trabalho adequado às suas expectativas.
Mais um “carinha” que entra no conceito de PNEA é aquele que executou atividade
remunerada ou não por menos de 1 (uma) hora por semana.
Vamos a um gráfico que vai ajudá-los a entender o que falamos até agora:
Viram? Vamos a uma nova subdivisão que irá ajudar a clarear algumas coisas.
Boa! É isso mesmo! Mas, lembrem-se, não basta “querer” trabalho! É preciso que a
pessoa esteja disponível para trabalhar e tenha tomado alguma providência para
conseguir um. Esta é a definição de PD do IBGE:
-“Professor, mas por que você fica repetindo a mesma coisa e colocando a definição
do IBGE literalmente”?
Então, se fosse a ESAF, eu jamais faria isso! Este não é o caso da CESPE, ela
adora colocar definições literais de conceitos! Atenção a isso!
Já que estamos nessa “pegada”, vou dar mais uma definição que vocês devem
guardar. Nas ocupações existentes dentro de uma economia, a pessoa pode
assumir diversas posições, a saber: empregador, empregado, conta própria e
trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar que era conta
própria ou empregador. Assim, a posição na ocupação é classificada pelo IBGE
da seguinte forma:
Beleza? Vamos aos indicadores do mercado de trabalho, que são calculados com
base nos conceitos que estudamos.
A TA é dada por:
Veja que este conceito mostra o percentual que a PEA representa do total da PIA,
dado que:
2) a participação adulta é maior do que a dos idosos e jovens, sendo que a idade de
entrada no mercado vem aumentando nos últimos anos, devido ao aumento de
O NO é dada por:
É isso aí! Não tem nada demais neste conceito, basta decorar!
Isso vale para qualquer destas taxas que calculamos! Vamos fazer alguns
exercícios propostos para fixar parte do conteúdo! Estes primeiros exercícios foram
inventados por mim, com vistas a tentar dar uma abordagem CESPE ao conteúdo
ensinado.
População = 1000;
PINA = 300;
PNEA = 50; e
PD = 70
Exercício 1
Resolução
Errado. Lembrem-se do conceito:
Portanto:
Exercício 2
Resolução
Perfeito! Veja:
Exercício 3
Resolução
Errada! Veja:
Exercício 4
Resolução
Esta é fácil:
Assim:
Alternativa errada.
Exercício 5
Resolução
Assim:
Exercício 6
Resolução
O NO é dado por:
Assim, se a PIA aumento para 800, mas NO ficou constante, a nova população
ocupada será de:
Retornando
Beleza pessoal? Ainda estão acordados? Hora de dar uma voltinha e respirar
um ar puro! Já estamos terminando a parte teórica, vamos lá!
Olha, rotatividade é um indicador que mostra o quanto a empresa substitui sua mão
de obra. Por exemplo, vocês já foram no Mc Donalds e encontraram o mesmo
funcionário que te atendeu da última vez? Bom, não sei vocês, mas isso nunca
aconteceu comigo! Porém, a quantidade total de funcionários, normalmente, fica
constante. Assim, essa empresa é um caso clássico de alta rotatividade de mão
de obra.
O critério é o seguinte:
( )
Primeiro defina qual a periodicidade de tempo em que você está trabalhando e para
qual você irá calcular o indicador. Suponha que você esteja trabalhando com mês,
assim, representa o mês em que você está (ou para qual você está calculando o
indicador). Por exemplo, se você está em Março e atribui o valor de 3 (três) para
este mês, representaria Fevereiro, que seria igual a 2.
Beleza? Este não é tão simples, mas pense um pouquinho sobre ele e você verá
que não é tão complicado quanto parece, ok?
6. Subemprego
Bom, primeiramente, superem aquela ideia que vocês tem de subemprego. Limpem
a mente e ampliem os conceitos, que é a própria ideia da OIT.
Olha, o IBGE chama atenção para dois tipos de subemprego: por insuficiência de
horas trabalhadas e por sub-remuneração. Como estamos tratando de CESPE,
hora de definição literal:
Pessoas sub-remuneradas
Tudo bem. Se uma pessoa trabalhou menos de 40 horas e queria trabalhar mais,
esta está sob condição de subemprego. A pessoa também estará em condição de
subemprego se a remuneração auferida através de seu trabalho é inferior a um
salário mínimo decorrente de trabalho em tempo integral.
É muito importante que vocês percebam que a OIT não vê o subemprego como
decorrente somente de decisões econômicas individuais e dos empresários.
Portanto, o conceito de desemprego da OIT vai além de modelos tradicionais
de funcionamento do mercado de trabalho, mas tenta abarcar questões
práticas e reais dos mais diversos casos de subemprego ao redor do mundo,
algo que, segundo a organização, os modelos teóricos seriam incapazes de
visualizar.
Perceba que a o conceito da OIT é amplo, pois leva em conta fatores como a
subutilização das capacidades produtivas do trabalhador. A OIT visa criar critérios
de análise do subemprego que possam ser utilizados em qualquer lugar do mundo,
independentemente de questões tipicamente regionais que costumam dificultar a
aplicação do conceito.
Para que vocês possam entender isso melhor, a OIT levanta a questão do emprego
inadequado. Neste caso, a instituição destaca situações de trabalho que reduzem o
bem-estar dos trabalhadores, a saber:
-Emprego inadequado ligado quanto a horas trabalhadas (neste caso, a OIT fala do
excesso de carga horária, que reduz o bem-estar).
Exercício 7
Resolução
Essa é bem fácil! Basta irmos ao conceito de desalentados. Letra (a).
Exercício 8
Resolução
Pense comigo, se uma pessoa está desempregada, mas não está procurando
emprego, ela não faz parte da PEA. Nós aprendemos na aula que o desemprego
tem a ver com desocupação, que é algo inerentemente ligado à PEA. Portanto, se
uma pessoa não tem emprego e não está procurando, essa não se inclui no
conceito de desemprego. Portanto, a alternativa (a) está correta.
Só para destacar, as alternativas (b) e (d) fazem menção a duas situações que não
necessariamente são incluídas entre os desocupados, pois pode tratar-se de vários
casos, como alguém da PINA, por exemplo.
Exercício 9
Resolução
Exercício 10
Resolução
Vamos calcular.
Já a taxa de inatividade é:
População = 1000;
PINA = 300;
PNEA = 50; e
PD = 70
Exercício 1
Exercício 2
Exercício 3
Exercício 4
Exercício 5
Exercício 6
Exercício 7
Exercício 8
Exercício 9
Exercício 10
1–F
2 –V
3–F
4–F
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6–V
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8–a
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