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Economia do Trabalho para AFT

Teoria e exercícios comentados


Prof. Jeronymo Marcondes – Aula 01

AULA 01 – Conceitos do Mercado de Trabalho

SUMÁRIO PÁGINA
1. Conceituações iniciais do mercado de trabalho 2
2. População em Idade Ativa e Economicamente Ativa 5
3. População ocupada e desocupada 10
5. Indicadores do Mercado de Trabalho 13
6. Subemprego 21
28
Questões resolvidas em aula

Gabarito 33

Olá de novo pessoal! Bem vindos a nossa segunda aula de Economia do Trabalho
para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho (AFT). Estude muito, pois este
concurso é pesado, a concorrência é enorme e há muito poucas vagas.

Desta vez foram aprovadas somente 100 (cem) vagas, o que é um absurdo para a
sociedade. Mas, no que se refere à vida de um concurseiro, tão ruim quanto, pois
será muito mais difícil entrar.

- “Poxa, você está me desanimando, professor”

Isso é a última coisa que eu quero. A ideia é a seguinte, mais do que nunca, você
terá de ser um estrategista. Concurso é estratégia, meu amigo. Pense no que você
vai fazer antecipadamente, analise quais são seus pontos fortes e fracos, avalie
quanto tempo, mais ou menos, você tem até a prova, etc. Segue uma dica.

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DICAS DE UM CONCURSEIRO

Essa é para o pessoal que está estudando por livros


para o concurso! Entenda uma coisa, você não está
estudando para redigir sua tese de doutorado, ok?
Foco no edital! Muitas pessoas vão te indicar livros
mirabolantes de 1500 páginas para estudo. Esse não
é o objetivo! Tentem maximizar o tempo de estudo.
Utilizem bibliografias que abordam o conteúdo de
forma completa, mas simples! Lembrem-se, há uma
dezena de matérias que caem, não é só uma!
Objetividade galera!

Acho que todo mundo já sabe que será a CESPE, não é? Vamos fazer um curso
voltado para o que esta banca gosta. Para mim, uma característica das provas de
economia da CESPE é o apego a definições teóricas e literalidades. Eles adoram
esmiuçar conceitos, portanto esta aula é um prato cheio para eles!

Bem, na última aula abordamos aspectos introdutórios do equilíbrio do mercado de


trabalho. Agora, vamos partir para conceituações utilizadas nas análises de
mercado de trabalho. Isso despenca em prova, então, atenção.

1. Conceituações iniciais do mercado de trabalho

Eu sei que você será AFT, mas, para fins didáticos, vamos supor que você é um
analista do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o instituto que, em
sua maioria, define estas classificações que vamos estudar. As classificações do
IBGE, explicadas em suas notas metodológicas, são usualmente cobradas em
prova.

Bom, como analista do IBGE, a primeira coisa que você tem de saber é o conceito
mais amplo de todos, população.

Gente, população tem diversas conceituações, mas o nosso interesse aqui é em


quantificar e classificar diferentes grupos dentro do mercado de trabalho, assim,

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você tem que partir de um universo de análise que, no caso, é a população. Nesse
diapasão, população será um conceito numérico, que define quantos
indivíduos ocupam um determinado território geográfico.

Atenção, muitas bancas adoram brincar com o conceito de


população. Elas costumam fazer alternativas que descrevem a população como o
número de pessoas nascidas em um território, por exemplo. Muita atenção,
população é a quantidade de pessoas em um território, ponto! Não interessa
nacionalidade, raça, etc.

Beleza? Agora, você, analista do IBGE, vai analisar o mercado de trabalho para
mim!

- “Mas, o que é trabalho e como se define”?

Boa pergunta! Para o IBGE, trabalho é:

a) ocupação remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios


(moradia, alimentação, roupas, treinamento, etc.) na produção de bens e
serviços;

b) ocupação remunerada em dinheiro ou benefícios (moradia, alimentação,


roupas, etc.) no serviço doméstico; ou

c) ocupação sem remuneração na produção de bens e serviços, em ajuda na


atividade econômica de membro da unidade domiciliar.

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Atenção! NÃO se inclui no conceito de trabalho o exercício de:

- ocupação sem remuneração desenvolvida em ajuda a instituição religiosa,


beneficente ou de cooperativismo; e

- ocupação na produção para o próprio consumo ou uso de membro(s) da


unidade domiciliar.

Opa! Veja uma divisão clara acima, a das atividades remuneradas e não
remuneradas.

Alguns pontos:

- Você percebeu que o serviço doméstico tem de ser remunerado?

- Você percebeu que a ocupação remunerada não precisa ser em dinheiro (item a)?

Vamos a alguns exemplos.

-“E se uma pessoa for uma diarista”?

Essa pessoa se enquadra no item (b) acima! Isso é trabalho!

- “E se eu limpar a casa da minha esposa que é bancária”?

Neste caso, não é trabalho. Isso decorre do fato de que a ajuda que você está
prestando não é na atividade econômica do outro membro do domicílio. Quer ver
outro caso estranho? E se você produzir para seu próprio consumo?

-“Não é trabalho professor”!

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Ótimo, não se enquadra na definição. Se você não fosse ser AFT seria um bom
analista do IBGE. Perceba que as ocupações de aprendiz e estagiário também são
trabalho!

-“E se eu ajudar minha esposa a produzir artigos de enfeite no porão de casa”?

Neste caso é trabalho!

Decorem as definições acima! A CESPE adora este tipo de literalidade.

A ideia básica de conceituar “trabalho” é poder classificar em grupos determinadas


situações em que se encontram os agentes de uma população. Na verdade toda
ideia passa pela análise da força de trabalho de uma economia.

Antes que alguém pergunte, força de trabalho, para o IBGE, se iguala à soma das
pessoas que possuem ocupação com as que não possuem ocupação, mas estão
procurando emprego, ou seja, a População Economicamente Ativa (PEA). Mas,
calma, já eu explico o que é PEA mais detalhadamente, ok?

2. População em Idade Ativa e Economicamente Ativa

Bom, mas o que você, analista do IBGE, acha? Será que todas as pessoas podem
ser caracterizadas dentro da população como força de trabalho?

Claro que não! Há uma questão muito importante que se refere à idade do indivíduo.
A própria idade do mesmo pode ser proibitiva para o trabalho, impedindo que seja
possível classificá-lo dentro de um grupo que pode oferecer sua força de trabalho.

Para o IBGE, um indivíduo só será considerado em idade ativa se tiver 10 (dez)


ou mais anos de idade. O conjunto destes indivíduos forma a População em
Idade Ativa (PIA).

-“Mas, professor, eu estou estudando Direito do Trabalho e eu sei que a idade em


que é possível começar a trabalhar é de mais de 10 anos”!

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Eu sei gente, Constituição Federal de 1988, mas esqueça tudo isso aqui! Aqui, se
tem mais de 10 anos é PIA e pronto!

E quem tem menos de 10 anos? O conjunto destes indivíduos compõe a População


em Idade Não Ativa (PINA). Fácil, não?

Mas, agora quero tratar de um assunto mais difícil. Veja, você, analista do IBGE,
precisa levantar a PIA de uma população. Como o IBGE faz isso? Toda pesquisa
feita pelo IBGE se baseia em um período de referência. O período de referência
nada mais é do que a base temporal que antecede a realização da pesquisa e que
servirá de base para as conclusões obtidas. Veja:

 Semana de referência: Semana de


domingo a sábado, que precede a
semana para a realização da entrevista.
 Período de referência de 30 dias: São
os 30 dias que antecedem a semana
fixada para a entrevista.
 Mês de referência: Aquele que antecede
ao mês de realização da pesquisa.

Viram? É o período de tempo que antecede a pesquisa! Então, um determinado


período de referência se refere ao período de tempo que precede pesquisa e servirá
de base para analisar em qual contexto se inserem os resultados obtidos.

A partir daí, podemos calcular outro conceito muito conhecido: População


Economicamente Ativa (PEA).

Olha gente, a PEA é representada por uma porção da PIA (é isso aí, uma “sopa de
letrinhas” mesmo!) Vamos a uma definição bem formal:

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PEA “compreende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor
produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada”.

Ok! Vamos esmiuçar! Em termos bem simples, a PEA é


o conjunto de pessoas que estão empregadas ou que estão procurando emprego.

Por exemplo, você que trabalha no IBGE (eu sei, você será AFT) é parte da PEA,
compondo a parcela que possui uma ocupação.

E se o analista do IBGE estiver em licença para tratamento de saúde?

Bom, isso serve para todos os tipos de afastamento! Fazem parte da PEA todos os
indivíduos que trabalharam ou que tinham trabalho, mas não trabalharam!
Assim, férias e afastamentos não retiram um indivíduo da PEA, ok?

-“Qualquer afastamento professor”?

Não! Vamos à definição literal do IBGE:

Considera-se como ocupada temporariamente afastada


de trabalho remunerado a pessoa que não trabalhou durante pelo menos uma hora
completa na semana de referência por motivo de férias, greve, suspensão
temporária do contrato de trabalho, licença remunerada pelo empregador, más
condições do tempo ou outros fatores ocasionais. Assim, também, foi considerada a
pessoa que, na data de referência, estava afastada: por motivo de licença
remunerada por instituto de previdência por período não superior a 24 meses; do
próprio empreendimento por motivo de gestação, doença ou acidente, sem ser
licenciada por instituto de previdência, por período não superior a três meses; por
falta voluntária ou outro motivo, por período não superior a 30 dias.

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Mas, esta não é toda estória, e se você perdeu seu trabalho? Você faz parte da
PEA?

Cuidado! Depende! Você deve perguntar à pessoa: você procurou trabalho na


última semana (ou mês, a depender do período de referência utilizado pela
pesquisa)?

Se a resposta for sim, essa pessoa faz parte da PEA em sua parcela de
desocupados. Mas, caso contrário, não faz parte.

Obs. Isso aqui é razoavelmente “novo”. Como se define


a “procura por emprego”? É a tomada de alguma providência efetiva para
conseguir trabalho, ou seja, o contato estabelecido com empregadores, a prestação
de provas de concurso, a inscrição em concurso, a consulta em agência de
empregos, etc. O que o IBGE vem trabalhando de modo a ampliar o conceito de
trabalho a fim de ficar em sintonia com órgãos internacionais, como a Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Considera-se tempo de procura ininterrupta de
trabalho o tempo que a pessoa vinha tomando medidas para conseguir
trabalho sem consegui-lo e sem interromper por mais de 2 semanas seguidas.

Voltando.

Este indivíduo, que não tem trabalho e não tem intenção de trabalhar, entra na
categoria de inativos.

Estes indivíduos explicitados acima estão em outra categoria mais ampla


conhecida como População Economicamente Não Ativa (PNEA). Como você
faz para saber se um indivíduo sob determinadas condições faz parte da
PNEA? São todos aqueles indivíduos da PIA que não são PEA!

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Mas, novamente, vamos explicar mais um pouco. A


PNEA é composta de todos os indivíduos em idade ativa, mas que não compõem a
PEA. Quem são estes? São as pessoas incapacitadas para o trabalho
(deficiências, doenças, dentre muitos outros motivos que tornem o indivíduo
incapacitado para o trabalho), pessoas que não querem trabalhar (inativos) ou que
desistiram de procurar trabalho e, por exclusão, todos aqueles que não se
enquadrarem na PEA.

Atenção, as bancas adoram falar dos famosos “desalentados”. Estas são aquelas
pessoas que procuraram trabalho ininterruptamente durante pelo menos 6 (seis)
meses, contados da última providência para conseguir trabalho, no período de
referência de 365 dias, tendo desistido por não encontrar trabalho ou não encontrar
trabalho adequado às suas expectativas.

Mais um “carinha” que entra no conceito de PNEA é aquele que executou atividade
remunerada ou não por menos de 1 (uma) hora por semana.

Atenção! Há um fator comum entre todos os indivíduos enquadrados na PNEA: não


procuraram e/ou não querem trabalhar.

Obs. Pessoas Marginalmente ligadas à PEA: São


definidas como marginalmente ligadas à população economicamente ativa na
semana de referência as pessoas não - economicamente ativas na semana de
referência que trabalharam ou procuraram trabalho no período de referência de 365
dias e estavam disponíveis para assumir um trabalho na semana de referência.

Vamos a um gráfico que vai ajudá-los a entender o que falamos até agora:

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Viram? Vamos a uma nova subdivisão que irá ajudar a clarear algumas coisas.

3. População ocupada e desocupada

A PEA se divide entre População Ocupada (PO) e População desocupada (PD).

Uma perguntinha: qual a característica comum dentro deste grupo?

-“As pessoas têm trabalho ou querem um”!

Boa! É isso mesmo! Mas, lembrem-se, não basta “querer” trabalho! É preciso que a
pessoa esteja disponível para trabalhar e tenha tomado alguma providência para
conseguir um. Esta é a definição de PD do IBGE:

São classificadas como desocupadas na semana


de referência as pessoas sem trabalho na semana de referência, mas que estavam
disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma
providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias,
sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que
tiveram nesse período.

Guarde isso: para fins de prova, desocupados é a mesma coisa que


desempregados.

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E a PO?

São classificadas como ocupadas na semana de


referência as pessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem remuneração,
durante pelo menos uma hora completa na semana de referência, ou que tinham
trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

E é neste ponto que entra a definição de ocupados temporariamente afastados, que


discutimos acima:

Considera-se como ocupada temporariamente afastada de trabalho remunerado a


pessoa que não trabalhou durante pelo menos uma hora completa na semana de
referência por motivo de férias, greve, suspensão temporária do contrato de
trabalho, licença remunerada pelo empregador, más condições do tempo ou outros
fatores ocasionais. Assim, também, foi considerada a pessoa que, na data de
referência, estava afastada: por motivo de licença remunerada por instituto de
previdência por período não superior a 24 meses; do próprio empreendimento por
motivo de gestação, doença ou acidente, sem ser licenciada por instituto de
previdência, por período não superior a três meses; por falta voluntária ou outro
motivo, por período não superior a 30 dias.

-“Professor, mas por que você fica repetindo a mesma coisa e colocando a definição
do IBGE literalmente”?

Então, se fosse a ESAF, eu jamais faria isso! Este não é o caso da CESPE, ela
adora colocar definições literais de conceitos! Atenção a isso!

Já que estamos nessa “pegada”, vou dar mais uma definição que vocês devem
guardar. Nas ocupações existentes dentro de uma economia, a pessoa pode
assumir diversas posições, a saber: empregador, empregado, conta própria e
trabalhador não remunerado de membro da unidade domiciliar que era conta
própria ou empregador. Assim, a posição na ocupação é classificada pelo IBGE
da seguinte forma:

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Empregado - pessoa que trabalha para um empregador (pessoa física ou jurídica),


geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo
em contrapartida uma remuneração em dinheiro, mercadorias, produtos ou
benefícios (moradia, comida, roupas, treinamento, etc.). Nesta categoria inclui-se a
pessoa que presta serviço militar obrigatório, o clérigo (sacerdote, ministro de igreja,
pastor, rabino, frade, freira e outros) e, também, o aprendiz ou estagiário que recebe
somente aprendizado ou treinamento como pagamento.

Classifica-se, também, como empregado:

• Trabalhador doméstico - pessoa que trabalha prestando serviço doméstico


remunerado em dinheiro ou benefícios, em uma ou mais unidades domiciliares;

• Trabalhador não-remunerado de membro da unidade domiciliar que era


empregado - pessoa que trabalha, em ajuda ao membro da unidade domiciliar, com
quem o empregador estabelecia o contrato ou acordo de trabalho e que recebe a
remuneração pelo trabalho do grupo de membros da unidade domiciliar que
organiza, dirige ou é responsável;

Conta própria - pessoa que trabalha explorando o seu próprio empreendimento,


sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com ajuda de
trabalhador não-remunerado de membro da unidade domiciliar;

Empregador - pessoa que trabalha explorando o seu próprio empreendimento,


tendo pelo menos um empregado e contando, ou não, com ajuda de trabalhador
não remunerado de membro da unidade domiciliar;

Trabalhador não-remunerado de membro da unidade domiciliar que era conta


própria ou empregador - pessoa que trabalha sem remuneração em
empreendimento de membro da unidade domiciliar que é conta própria ou
empregador.

Assim, vamos a mais um gráfico que irá permitir a fixação do conteúdo:

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Beleza? Vamos aos indicadores do mercado de trabalho, que são calculados com
base nos conceitos que estudamos.

5. Indicadores do Mercado de Trabalho

1) Taxa de participação na força de trabalho ou taxa de atividade (TA)

A TA é dada por:

Veja que este conceito mostra o percentual que a PEA representa do total da PIA,
dado que:

Portanto, a taxa de inatividade (TI) ou taxa de não participação é dada por:

Simples não? Basta decorar as fórmulas! Há de se fazer algumas constatações:

1) a TA é maior para os homens do que para as mulheres, apesar de este cenário


estar se revertendo nos últimos anos, com o aumento da participação feminina;

2) a participação adulta é maior do que a dos idosos e jovens, sendo que a idade de
entrada no mercado vem aumentando nos últimos anos, devido ao aumento de

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tempo de qualificação dos jovens, em conjunto com o adiamento de sua saída,
devido a políticas que dificultam a aposentadoria e a preferência dos agentes.

2) Nível de Ocupação (NO) e nível de desocupação (ND)

O NO é dada por:

Por consequência o ND é dada por:

É isso aí! Não tem nada demais neste conceito, basta decorar!

3) Taxa de desemprego (TD)

Esse é o indicador mais famoso do Brasil. Usualmente, os jornais costumam


mostrar o valor deste indicador para o Brasil. Não caia no truque, ND é uma coisa,
taxa de desemprego é outra. A TD é dada por:

Essa também é chamada de taxa de desocupação.

Da mesma forma como nos exemplos anteriores, eu pergunto, qual é a taxa de


emprego (TE), ou taxa de ocupação?

-“É assim, professor”:

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Se a CESPE te perguntar: a taxa de desemprego só


aumenta quando a PD aumenta, o que você vai responder? É isso mesmo! Errado!
Veja que a taxa depende do tamanho da PEA, se a PEA diminuir, a TD irá
aumentar.

Isso vale para qualquer destas taxas que calculamos! Vamos fazer alguns
exercícios propostos para fixar parte do conteúdo! Estes primeiros exercícios foram
inventados por mim, com vistas a tentar dar uma abordagem CESPE ao conteúdo
ensinado.

Com base nas informações abaixo, julgue as afirmativas:

População = 1000;
PINA = 300;
PNEA = 50; e
PD = 70

Exercício 1

A PIA desta economia tem 500 indivíduos.

Resolução
Errado. Lembrem-se do conceito:

Portanto:

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Exercício 2

A PEA desta economia tem 650 indivíduos.

Resolução
Perfeito! Veja:

Exercício 3

A população ocupada desta economia tem 300 indivíduos

Resolução

Errada! Veja:

Exercício 4

A taxa de atividade nesta economia é de 30%.

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Resolução

Esta é fácil:

Assim:

Alternativa errada.

Exercício 5

A taxa de desemprego na economia é de, aproximadamente, 10,7%.

Resolução

A taxa de desemprego é dada por:

Assim:

Exercício 6

Suponha que a PIA aumentou de 700 para 800 indivíduos da população.


Sabendo que o nível de ocupação ficou constante, a nova população ocupada
será de, aproximadamente, 662,85.

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Resolução

O NO é dado por:

Assim, anteriormente, ele tinha o valor de:

Assim, se a PIA aumento para 800, mas NO ficou constante, a nova população
ocupada será de:

Portanto, alternativa correta.

Retornando

Beleza pessoal? Ainda estão acordados? Hora de dar uma voltinha e respirar
um ar puro! Já estamos terminando a parte teórica, vamos lá!

4) Índice de Rotatividade de mão de obra

Gente, rotatividade é muito importante na Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT),


pois a rotatividade de mão de obra de uma empresa diz muito sobre a dinâmica da
mesma. Se fosse eu que fizesse a prova, com certeza, eu cobraria isso de vocês.

Olha, rotatividade é um indicador que mostra o quanto a empresa substitui sua mão
de obra. Por exemplo, vocês já foram no Mc Donalds e encontraram o mesmo
funcionário que te atendeu da última vez? Bom, não sei vocês, mas isso nunca
aconteceu comigo! Porém, a quantidade total de funcionários, normalmente, fica
constante. Assim, essa empresa é um caso clássico de alta rotatividade de mão
de obra.

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A rotatividade não implica desemprego, a única coisa que ocorre é que há uma
troca constante no corpo de funcionários, sem haver redução significativa. Portanto,
quando um empregado é mandado embora, ou pede as contas, ele é substituído
por outro! Quanto mais uma empresa faz isso, maior é a rotatividade de mão de
obra.

Essa rotatividade das empresas é afetada por vários fatores conjunturais da


economia, como taxa de crescimento da economia, inflação, etc. Mas, há algumas
características inerentes às empresas que faz com que elas possuam maior ou
menor rotatividade de mão de obra. Portanto, a rotatividade de mão de obra das
empresas é afetada por fatores conjunturais e específicos a cada empresa!

Porém, há alguns fatos já conhecidos que afetam a rotatividade, a saber:

- A rotatividade tende a ser mais alta, coeteris paribus, em empregos com


menores remunerações;

- Quanto maior a empresa, na média, a rotatividade tende a ser menor;

- Quanto maior a facilidade de obter emprego, maior será a taxa de


rotatividade da mão de obra de uma economia;

- Quanto mais tempo no serviço, menor a probabilidade de saída do


empregado.

Há diversas formas de calcular um índice de rotatividade (IR) para uma empresa, ou


mesmo para a economia como um todo, entretanto, para fins de prova, vamos
adotar o critério do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O critério é o seguinte:

( )

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Sendo o número de admissões e o de demissões no período . é o
estoque de empregos no período .

Vocês entenderam como funciona o indicador? Não? Então, vamos lá!

Primeiro defina qual a periodicidade de tempo em que você está trabalhando e para
qual você irá calcular o indicador. Suponha que você esteja trabalhando com mês,
assim, representa o mês em que você está (ou para qual você está calculando o
indicador). Por exemplo, se você está em Março e atribui o valor de 3 (três) para
este mês, representaria Fevereiro, que seria igual a 2.

Em seguida defina a abrangência territorial em que você irá trabalhar, ou seja, se


você quer calcular o índice para uma cidade, estado, país, etc.

Depois, ache a quantidade de empregados demitidos e admitidos no mês de


referência para qual você está calculando o indicador (na área de abrangência
definida) e veja qual destes valores é o menor. O menor valor dentre estes dois é o
que você irá utilizar. Em seguida, divida este valor pelo número de pessoas
empregadas no mês anterior ao de referência, ou seja, o estoque de trabalhadores.
Ao multiplicar este fator por 100 (cem), você terá o índice de rotatividade.

Beleza? Este não é tão simples, mas pense um pouquinho sobre ele e você verá
que não é tão complicado quanto parece, ok?

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6. Subemprego

A questão do subemprego é complexa e vai muito além de um estudo para


concurso público. Porém, isso não impede que nós façamos uma análise detalhada
de como isso vem sendo abordado na prova de AFT.

Assim, vou dar explicar as ideias gerais do texto (e da interpretação do IBGE)


para vocês!

Bom, primeiramente, superem aquela ideia que vocês tem de subemprego. Limpem
a mente e ampliem os conceitos, que é a própria ideia da OIT.

O Subemprego é uma situação intermediária entre o emprego e o desemprego!

Olha, o IBGE chama atenção para dois tipos de subemprego: por insuficiência de
horas trabalhadas e por sub-remuneração. Como estamos tratando de CESPE,
hora de definição literal:

Pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas

Define-se como subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas as pessoas


que trabalharam efetivamente menos de 40 horas na semana de referência, no seu
único trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos, gostariam de trabalhar
mais horas que as efetivamente trabalhadas na semana de referência e estavam
disponíveis para trabalhar mais horas no período de 30 dias, contados a partir do
primeiro dia da semana de referência.

Pessoas sub-remuneradas

Define-se como sub-remuneradas as pessoas ocupadas na semana de referência,


cuja relação do rendimento mensal habitualmente recebido de todos os trabalhos
por horas semanais habitualmente trabalhadas em todos os trabalhos é inferior a
relação do salário mínimo por 40 horas semanais.

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Tudo bem. Se uma pessoa trabalhou menos de 40 horas e queria trabalhar mais,
esta está sob condição de subemprego. A pessoa também estará em condição de
subemprego se a remuneração auferida através de seu trabalho é inferior a um
salário mínimo decorrente de trabalho em tempo integral.

Mas, essa é a única forma de enxergar subemprego?

Com vistas a ampliar este conceito, a OIT trabalhou no sentido de explicar o


subemprego em toda sua gênese. Toda a análise dessa organização visa enxergar
o subemprego como fenômeno decorrente de várias interações econômicas e
sociais.

Segundo a OIT, o objetivo da medição do subemprego é de melhorar a análise dos


problemas do emprego e contribuir para a formulação e avaliação de políticas e
medidas de curto e longo prazos, com o objetivo de promover o pleno emprego,
produtivo e livremente escolhido. Atentem-se que esta medição deve levar em
conta as capacidades produtivas dos trabalhadores.

É muito importante que vocês percebam que a OIT não vê o subemprego como
decorrente somente de decisões econômicas individuais e dos empresários.
Portanto, o conceito de desemprego da OIT vai além de modelos tradicionais
de funcionamento do mercado de trabalho, mas tenta abarcar questões
práticas e reais dos mais diversos casos de subemprego ao redor do mundo,
algo que, segundo a organização, os modelos teóricos seriam incapazes de
visualizar.

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Nas palavras da própria organização:

De acordo com o quadro conceptual aplicável à medição da mão-de-obra, a


medição do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado devem basear-
se, principalmente, nas atuais capacidades dos trabalhadores e na sua situação de
trabalho de acordo com o que for descrito por esses trabalhadores. Cai fora do
âmbito desta resolução o conceito de subemprego baseado em modelos teóricos
relativos a capacidades potenciais e aos desejos de trabalho da população em
idade de trabalhar.

Na verdade, a OIT enxerga o subemprego como uma subutilização das


capacidades produtivas dos trabalhadores e como inadequação da carga
horária trabalho.

Segundo a Organização, o subemprego ligado à duração do trabalho existe, quando


a duração do trabalho de uma pessoa com emprego é insuficiente em relação a
uma situação de emprego possível, que essa pessoa está disposta a ocupar e
disponível para o fazer.

Perceba que a o conceito da OIT é amplo, pois leva em conta fatores como a
subutilização das capacidades produtivas do trabalhador. A OIT visa criar critérios
de análise do subemprego que possam ser utilizados em qualquer lugar do mundo,
independentemente de questões tipicamente regionais que costumam dificultar a
aplicação do conceito.

Para que vocês possam entender isso melhor, a OIT levanta a questão do emprego
inadequado. Neste caso, a instituição destaca situações de trabalho que reduzem o
bem-estar dos trabalhadores, a saber:

- Emprego inadequado às qualificações (ou seja, pessoas que estão em empregos


que não utilizam totalmente suas capacidades e que, por este motivo, buscavam um
emprego mais adequado à sua qualificação)

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- Emprego inadequado ligado ao rendimento (tal como no caso do IBGE e


intrinsecamente ligado à produtividade do trabalho)

-Emprego inadequado ligado quanto a horas trabalhadas (neste caso, a OIT fala do
excesso de carga horária, que reduz o bem-estar).

Viram? A OIT separa o conceito de subemprego do emprego inadequado, apesar de


a mesma afirmar que os dois podem ocorrer juntos, detalhando cuidadosamente as
características de ambos e indo mais fundo nas características econômicas e
sociológicas do fenômeno subemprego. Assim, algumas coisas que são
consideradas como subemprego, a OIT considera emprego inadequado e vice-
versa.

Boa pessoal! Vamos fazer alguns exercícios.

Exercício 7

(AFT/MTE – ESAF/2003) De acordo com o IBGE, os trabalhadores


desalentados são aqueles que desistem de procurar emprego porque:
a) não encontram qualquer tipo de trabalho ou não encontram trabalho com
remuneração adequada ou de acordo com suas qualificações.
b) não pertencem a nenhum sindicato.
c) não estão dispostos a trabalhar, independentemente do salário, pois
valorizam o lazer acima de todas as coisas.
d) trabalharam efetivamente menos de 40 horas em todos os trabalhos da
semana de referência.
e) trabalharam efetivamente mais de 40 horas em todos os trabalhos da
semana de referência.

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Resolução
Essa é bem fácil! Basta irmos ao conceito de desalentados. Letra (a).

Exercício 8

(AFT/MTE – ESAF/1998) Com relação aos conceitos básicos envolvendo o


mercado de trabalho, podemos firmar que:
a) não se incluem no conceito de desemprego aquelas pessoas que, não
estando empregadas, abandonaram a busca de emprego.
b) é considerado desempregado todo o membro da população residente que
não possui emprego.
c) é considerado desempregado todo o membro da população residente que
não possua carteira de trabalho assinada.
d) não são computadas no desemprego aquelas pessoas que nunca
trabalharam.
e) o fato de um indivíduo estar em idade ativa caracteriza-o como sendo
membro da PEA (População Economicamente Ativa).

Resolução

Pense comigo, se uma pessoa está desempregada, mas não está procurando
emprego, ela não faz parte da PEA. Nós aprendemos na aula que o desemprego
tem a ver com desocupação, que é algo inerentemente ligado à PEA. Portanto, se
uma pessoa não tem emprego e não está procurando, essa não se inclui no
conceito de desemprego. Portanto, a alternativa (a) está correta.

Só para destacar, as alternativas (b) e (d) fazem menção a duas situações que não
necessariamente são incluídas entre os desocupados, pois pode tratar-se de vários
casos, como alguém da PINA, por exemplo.

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Exercício 9

(AFT/MTE – ESAF/2010) Avalie as seguintes considerações sobre o


subemprego e emprego, oriundas da Resolução Relativa à Medição do
Subemprego e das Situações de Emprego Inadequado, da Organização
Internacional do Trabalho – OIT, e assinale a opção incorreta.
a) A medição do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado
devem basear-se, principalmente, nas atuais capacidades dos trabalhadores e
na sua situação de trabalho de acordo com o que for descrito por esses
trabalhadores.
b) O conceito de subemprego é baseado em modelos teóricos relativos a
capacidades potenciais e aos desejos de trabalho da população em idade de
trabalhar.
c) O subemprego reflete a subutilização da capacidade produtiva da
população com emprego, incluindo a que resulta de um sistema econômico
deficiente ao nível nacional ou regional.
d) O subemprego, ligado à duração do trabalho, existe quando a duração do
trabalho de uma pessoa com emprego é insuficiente em relação a uma
situação de emprego possível, que essa pessoa está disposta a ocupar e
disponível para fazê-lo.
e) O emprego inadequado ligado ao rendimento resulta de uma organização
insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade de utensílios,
equipamentos ou formação insuficientes, ou de uma infra-estrutura deficiente.

Resolução

Esta aqui é mais difícil, vamos lá:


a) Perfeito. A análise do subemprego deve levar em conta as capacidades
produtivas dos trabalhadores.
b) Errada. Lembrem-se: a OIT não vê o subemprego como decorrente somente de
decisões econômicas individuais e dos empresários. Portanto, o conceito de
desemprego da OIT vai além de modelos tradicionais de funcionamento do
mercado de trabalho, mas tenta abarcar questões práticas e reais dos mais

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diversos casos de subemprego ao redor do mundo, algo que, segundo a
organização, os modelos teóricos seriam incapazes de visualizar.
c) Subutilização das capacidades produtivas é um fator ligado intrinsecamente ao
subemprego
d) Este é o conceito de subemprego ligado à duração do trabalho
e) Esta é uma questão importante. Veja que esta é uma das formas de emprego
inadequado listadas e que, por hipótese, está ligada à produtividade do trabalho.

Exercício 10

(AFT/MTE – ESAF/2006) Suponha uma economia que possua as seguintes


características: População total = 1000 pessoas; população em idade ativa =
800 pessoas; população desocupada = 200 pessoas; população
economicamente ativa = 600 pessoas. Podemos afirma que nessa economia, a
taxa de desocupação e a taxa de inatividade são (aproximadamente),
respectivamente:
a) 33% e 25%
b) 25% e 25%
c) 20% e 20%
d) 33% e 40%
e) 25% e 20%

Resolução

Vamos calcular.

A taxa de desocupação é igual à taxa de desemprego:

Já a taxa de inatividade é:

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Questões resolvidas em aula

Com base nas informações abaixo, julgue as afirmativas:

População = 1000;
PINA = 300;
PNEA = 50; e
PD = 70

Exercício 1

A PIA desta economia tem 500 indivíduos.

Exercício 2

A PEA desta economia tem 650 indivíduos.

Exercício 3

A população ocupada desta economia tem 300 indivíduos

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Exercício 4

A taxa de atividade nesta economia é de 30%.

Exercício 5

A taxa de desemprego na economia é de, aproximadamente, 10,7%.

Exercício 6

Suponha que a PIA aumentou de 700 para 800 indivíduos da população.


Sabendo que o nível de ocupação ficou constante, a nova população ocupada
será de, aproximadamente, 662,85.

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Exercício 7

(AFT/MTE – ESAF/2003) De acordo com o IBGE, os trabalhadores


desalentados são aqueles que desistem de procurar emprego porque:
a) não encontram qualquer tipo de trabalho ou não encontram trabalho com
remuneração adequada ou de acordo com suas qualificações.
b) não pertencem a nenhum sindicato.
c) não estão dispostos a trabalhar, independentemente do salário, pois
valorizam o lazer acima de todas as coisas.
d) trabalharam efetivamente menos de 40 horas em todos os trabalhos da
semana de referência.
e) trabalharam efetivamente mais de 40 horas em todos os trabalhos da
semana de referência.

Exercício 8

(AFT/MTE – ESAF/1998) Com relação aos conceitos básicos envolvendo o


mercado de trabalho, podemos firmar que:
a) não se incluem no conceito de desemprego aquelas pessoas que, não
estando empregadas, abandonaram a busca de emprego.
b) é considerado desempregado todo o membro da população residente que
não possui emprego.
c) é considerado desempregado todo o membro da população residente que
não possua carteira de trabalho assinada.
d) não são computadas no desemprego aquelas pessoas que nunca
trabalharam.
e) o fato de um indivíduo estar em idade ativa caracteriza-o como sendo
membro da PEA (População Economicamente Ativa).

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Exercício 9

(AFT/MTE – ESAF/2010) Avalie as seguintes considerações sobre o


subemprego e emprego, oriundas da Resolução Relativa à Medição do
Subemprego e das Situações de Emprego Inadequado, da Organização
Internacional do Trabalho – OIT, e assinale a opção incorreta.
a) A medição do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado
devem basear-se, principalmente, nas atuais capacidades dos trabalhadores e
na sua situação de trabalho de acordo com o que for descrito por esses
trabalhadores.
b) O conceito de subemprego é baseado em modelos teóricos relativos a
capacidades potenciais e aos desejos de trabalho da população em idade de
trabalhar.
c) O subemprego reflete a subutilização da capacidade produtiva da
população com emprego, incluindo a que resulta de um sistema econômico
deficiente ao nível nacional ou regional.
d) O subemprego, ligado à duração do trabalho, existe quando a duração do
trabalho de uma pessoa com emprego é insuficiente em relação a uma
situação de emprego possível, que essa pessoa está disposta a ocupar e
disponível para fazê-lo.
e) O emprego inadequado ligado ao rendimento resulta de uma organização
insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade de utensílios,
equipamentos ou formação insuficientes, ou de uma infra-estrutura deficiente.

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Exercício 10

(AFT/MTE – ESAF/2006) Suponha uma economia que possua as seguintes


características: População total = 1000 pessoas; população em idade ativa =
800 pessoas; população desocupada = 200 pessoas; população
economicamente ativa = 600 pessoas. Podemos afirma que nessa economia, a
taxa de desocupação e a taxa de inatividade são (aproximadamente),
respectivamente:
a) 33% e 25%
b) 25% e 25%
c) 20% e 20%
d) 33% e 40%
e) 25% e 20%

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1–F
2 –V
3–F
4–F
5–V
6–V
7–a
8–a
9–b
10 – a

Mais um passo concluído em direção à aprovação. Mantenha o foco e não pare de


estudar, o edital está aí!

Um abraço e bons estudos.

jeronymo@estrategiaconcursos.com.br

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