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Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

APRESENTAÇÃO

O ambiente produtivo deve estar em constante tranformação. Alcançar um nível competitivo


exige muito das empresas. Sendo assim, as relações de trabalho são fundamentais no processo
produtivo. Afastamentos, cansaço, fadiga e erros devem ser antecipados e evitados.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai perceber que a análise ergonômica do trabalho
(AET) é uma das formas que a empresa tem de intervir no processo de produção. Os resultados
somente serão obtidos se a análise for realizada de forma criteriosa.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Descrever o processo de análise ergonômica do trabalho (AET).


• Discutir a sequência lógica da análise ergonômica do trabalho para resolver os problemas
no ambiente de trabalho.
• Resolver problemas ergonômicos utilizando a análise ergonômica do trabalho.

DESAFIO

Para atingir a eficiência, é necessário equacionar a carga de trabalho e adaptar a atividade ao


homem. Para isso, o dimensionamento dos postos de trabalho é fundamental.

Você se candidatou a uma entrevista de emprego em uma grande empresa, a qual está sempre
preocupada em aumentar seus níveis de produção e de eficiência no trabalho.

Neste momento, está sendo conduzida uma pesquisa interna em relação aos postos de trabalho.
Aproveitando a ocasião e, como o cargo que você irá assumir faz parte dessa pesquisa, o
recrutador pergunta qual a primeira etapa para um projeto de um posto de trabalho e quais
análises devem ser abordadas?

Qual a sua resposta na entrevista?


INFOGRÁFICO

A execução da análise ergonômica do trabalho (AET) para gerar resultados precisa ser realizada
de forma criteriosa, atendendo a uma série de etapas e requisitos. Somente assim o diganóstico e
o resultado terão efeitos satisfatórios.

Acesse o Infográfico e conheça quais são essas etapas e requisitos.


CONTEÚDO DO LIVRO

Os trabalhadores não devem ser vistos de forma separada da linha da produção. A ergonomia
tem o objetivo de inserir os funcionários no processo produtivo e pode contribuir de forma
significativa para a eficiência do processo.

No capítulo Análise ergonômica do trabalho (AET), parte integrante da obra Ergonomia e


conforto ambiental, você vai estudar de que maneira a análise ergonômica do trabalho pode
contribuir para a produção, mantendo a equipe de trabalho produzindo de forma mais eficaz e
por um período de tempo mais longo. Além disso, vai conhecer os processos que fazem parte da
AET e verificar a sequência do processo. Por fim, vai verificar a extensão na qual a análise pode
ser executada.

Boa leitura.
ERGONOMIA E
CONFORTO
AMBIENTAL

Fernando Pinheiro Weber


Análise ergonômica
do trabalho (AET)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever o processo de análise ergonômica do trabalho.


 Discutir a sequência lógica da análise ergonômica do trabalho para
resolver problemas no ambiente de trabalho.
 Resolver problemas ergonômicos utilizando a análise ergonômica
do trabalho.

Introdução
Em cenários cada vez mais competitivos, detalhes são fundamentais. No
processo de produção, não é diferente. Executar as tarefas com máxima
eficiência não é uma tarefa simples. As equipes de trabalho espelham a
eficiência da empresa e, portanto, devem receber treinamento e monito-
ramento constantes, já que podem ser peças-chave no sistema produtivo.
Neste capítulo, você vai verificar a importância da análise ergonômica
do trabalho (AET) nos processos produtivos e identificar os processos que
fazem parte dessa análise, bem como a sua sequência lógica. Por fim, vai
reconhecer as situações em que a análise pode ser aplicada.

Processo de análise ergonômica do trabalho


Cada vez mais os homens e as máquinas trabalham em conjunto — são estas
as situações de trabalho mais produtivas. Esse sistema necessita de equilíbrio:
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os homens, quando desempenham funções de forma mais satisfatória do que


as máquinas, não devem ter o seu trabalho transferido para elas; o contrário
também é verdadeiro.
Tornar o sistema de trabalho mais produtivo envolve uma série de fatores.
A organização do trabalho é um processo de interações sociais com rela-
ções interpessoais, teorias de poder, cultura e dinâmicas de grupo. Assim, as
mudanças solicitadas pelo ergonomista em uma análise ergonômica devem
levar em consideração esses fatores.
De acordo com Corrêa (2015), a AET é uma das formas de intervir no
processo de produção e contempla os aspectos físicos, psicológicos e fisiológi-
cos do trabalhador no ambiente produtivo. Deve, portanto, encontrar soluções
dentro do ambiente de trabalho com o objetivo de sanar problemas que afetam
a saúde do trabalhador.

A EAT não envolve somente as questões físicas dos funcionários, mas também soluções
de cunho cultural na forma da organização do trabalho. Abrange desde as instalações
físicas até a organização e a cultura do trabalho na empresa, fato este corroborado
pela Norma Reguladora (NR) nº. 17, item 17.6 (SÃO PAULO, 2007).

Para se ter uma análise, primeiro é necessário existir uma demanda, uma
situação a ser resolvida. A demanda pode ser gerada pela equipe de gestão
em segurança e medicina do trabalho, pela comissão interna de prevenção de
acidentes, ou mesmo pela diretoria. Enfim, não existe apenas uma pessoa ou
um departamento responsável por indicar algum problema.
Reconhecida a demanda, a AET vai resultar em ações ergonômicas com
o objetivo de definir a origem do problema, sendo a base para a elaboração
de um diagnóstico. Como premissas para a execução da AET, de modo a se
obter resultados de relevância dentro da empresa, cabe ressaltar os seguintes
requisitos, de acordo com Másculo e Vidal (2011):

 verificar a relação entre nível de produção, alto ou baixo, e a real ca-


pacidade produtiva instalada;
 ter como objetivo a eficiência produtiva;
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 atentar-se para o fato de que a busca incessante pela redução da força


de trabalho pode ocasionar aumento excessivo na carga de trabalho;
 analisar a capacidade de gestão da empresa sobre os fatores da orga-
nização do trabalho.

Para implementar os itens citados, a AET é dividida em três partes:

1. análise da demanda, responsável pelo entendimento geral da situação;


2. análise da tarefa, na qual se analisa o trabalho prescrito e as condições
físicas da organização da tarefa;
3. análise da atividade, que está relacionada com a forma de execução do
trabalho propriamente dito.

Para analisar melhor o trabalho humano, a ergonomia tem como base


várias técnicas e diversos métodos científicos, os quais observam a postura,
a exploração visual e o deslocamento do usuário. De acordo com a NR
nº. 17, a AET deve ser um método participativo e multidisciplinar, tendo
como objetivo resolver problemas complexos na execução das atividades,
alcançando, dessa forma, um nível de produtividade adequado e mantendo
o trabalhador apto a trabalhar de forma eficiente por todo o período previsto
(SÃO PAULO, 2007).
Com relação ao método de AET, a NR nº. 17 solicita que sejam executados,
no mínimo, os seguintes processos (SÃO PAULO, 2007):

1. Análise da demanda e do contexto — situa o problema a ser analisado.


2. Análise global da empresa — grau de evolução técnica, posição no
mercado, situação econômico-financeira.
3. Análise da população de trabalhadores — política de pessoal, faixa
etária, evolução da pirâmide de idades.
4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas: demanda de
trabalho, situações a serem estudadas.
5. Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades desen-
volvidas para executá-las — dados referentes ao homem, às máquinas,
aos operadores e ao meio ambiente de trabalho.
6. Estabelecimento de um pré-diagnóstico — deve ser explicitado às várias
partes envolvidas e definido o que será validado ou abandonado como
hipótese explicativa para o problema.
7. Observação sistemática da atividade e dos meios disponíveis para rea-
lizar a tarefa — é a constatação da posição de trabalho do colaborador.
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8. Diagnóstico — em virtude das situações analisadas em detalhe, esse


item tem como objetivo o conhecimento da situação de trabalho.
9. Validação do diagnóstico — a apresentação deve abranger todos os
autores envolvidos que podem confirmar a hipótese, rejeitar ou sugerir
alterações no diagnóstico apresentado. Somente os envolvidos no
processo de trabalho possuem a experiência e o conhecimento da reali-
dade. Além disso, estes são os maiores interessados nas modificações.
10. Projeto das modificações ou alterações — o profissional deve propor
soluções e melhorias das condições de trabalho no aspecto produtivo e na
saúde do trabalhador. Esse item é fundamental, pois a intervenção ergo-
nômica só vai ser completa quando o local de trabalho for transformado.
11. Cronograma de implementação das modificações ou alterações — o cro-
nograma é importante porque, dependendo do nível de modificação na
linha de produção ou no fluxo de trabalho, pode demandar reforma de
unidades ou compra de equipamentos. Caso a solicitação seja de alguma
autoridade competente (auditor fiscal do trabalho) ou de sindicato, este deve
ser informado sobre os prazos para serem regularizadas as inconformidades.
12. Acompanhamento das modificações/alterações — o acompanhamento do
profissional contratado vai depender da forma de contratação. Para fechar
o ciclo de transformação ergonômica após a implementação das mudanças,
é preciso avaliar o impacto das modificações sobre os trabalhadores.

Etapas da análise ergonômica do trabalho


A intervenção ergonômica promove mudanças nos meios físico e organiza-
cional e no ambiente de trabalho. Conforme citado no tópico anterior, são
realizados três tipos de análises: análise da demanda, análise da tarefa e
análise da atividade, todas amplamente consagradas na literatura. Somente
assim podem ser estabelecidos programas de treinamento e aperfeiçoamento
e pode-se obter dados de produtividade fundamentados. Aqui, vamos abordar
as etapas da AET, as quais devem estar presentes em todos os estudos de caso.

Análise da demanda
O processo de AET, de acordo com a NR nº. 17, inicia-se pela demanda (SÃO
PAULO, 2007). Essa etapa deve contextualizar e expor o problema proposto e os
entraves encontrados. Existem algumas hipóteses fundamentais que devem ser
propostas para que a intervenção ergonômica ocorra. Se realizada corretamente,
Análise ergonômica do trabalho (AET) 5

as informações geradas na análise da demanda serão de qualidade, o que é


fundamental para o processo de intervenção ergonômica. Por outro lado, as
falhas nessa etapa podem resultar em intervenções nulas ou até negativas na
organização do trabalho. Portanto, essa fase é considerada a mais expressiva
da AET, devendo ser considerados os seguintes itens no seu desdobramento,
de acordo com Wisner (1987 apud CORRÊA, 2015):

 representatividade do autor da demanda;


 origem da demanda;
 problemas aparentes e fundamentais;
 perspectivas de ação;
 meios disponíveis.

Em síntese, a análise da demanda, quando elaborada corretamente, torna


possível verificar se os problemas ocorrem por falta de treinamento, por exemplo.
Assim, o objetivo a ser atingido é compreender os reais motivos da origem dos erros,
buscando soluções para intervir de forma adequada na organização do trabalho.

Análise da atividade
Na análise da atividade, é verificada a real condição de trabalho, questionando-se
o motivo da atividade e como as tarefas estão sendo cumpridas. É realizada por
meio da observação das atividades físicas e mentais exercidas pelo trabalhador.
A análise das atividades mentais está relacionada ao nível de discrimina-
ção e interpretação das informações. Já a análise das atividades físicas está
relacionada à postura e aos deslocamentos necessários para a execução das
tarefas. Ao avaliar a atividade, é possível verificar se existe procedência no
questionamento da demanda. A pesquisa da análise da atividade deve analisar
as características do trabalhador, os fatores do ambiente que influenciam o tra-
balho e a forma como os colaboradores recebem as informações e as assimilam.
Portanto, a análise é resultado desse conjunto de fatores, sendo possível inserir
o trabalhador no centro do processo e torná-lo um princípio ativo, para atender
a novas demandas de produção.

Análise da tarefa
Nessa etapa, devem ser compreendidos e identificados dois pontos: a prescrição
(instrução de trabalho) e os requisitos físicos envolvidos na execução da tarefa.
Na prescrição da tarefa estão envolvidos os elementos do ambiente no qual
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a tarefa está inserida, o que compreende o leiaute, o mobiliário, os níveis de


ruído, a iluminação, os equipamentos, entre outros elementos presentes no
local de trabalho. Os requisitos físicos da tarefa estão associados com o
trabalho muscular propriamente dito (estático/dinâmico), a postura requerida
para a execução do trabalho e o acesso às informações e aos dispositivos de
controle, por exemplo.
A análise da tarefa também pode ser interpretada como uma forma de apre-
ensão real do trabalho, visando a diminuir o trabalho improdutivo e a aumentar
o trabalho produtivo. Essa interpretação amplia a importância da análise em
questão, pois esse pode ser o meio de aumentar o nível de eficiência da produção.

Diagnóstico e recomendações
A qualidade do trabalho e do trabalhador depende muito da organização do
trabalho. Nesse sentido, as empresas investem em inúmeras ferramentas para
corrigir falhas e antecipar problemas — a AET é uma delas. O diagnóstico da
AET é um importante dispositivo para a empresa e o trabalhador, possibilitando a
ambos se protegerem. O diagnóstico deve apontar os problemas encontrados nos
postos de trabalho e sugerir mudanças para a melhoria do processo. As melhorias
têm vários enfoques: pode significar o aumento do conforto do trabalhador, a
adaptação do posto de trabalho para obter maior segurança ou o aperfeiçoamento
do conforto ambiental (ruídos, vibrações, temperatura e luminosidade), por
exemplo. Enfim, podem ser propostas várias sugestões de melhorias.
No diagnóstico, devem ser registradas as diferenças e adaptações necessá-
rias para a atividade em questão. O caderno de encargos e recomendações
ergonômicas é o documento no qual devem ser inseridas as sugestões de
mudanças e indicadas as adequações da atividade e/ou da tarefa. Por fim, o
diagnóstico deve representar um resumo da AET, citando todas as fases da
análise e identificando a origem do problema.

Resolução de problemas com a AET


Conforme mencionado nos tópicos anteriores, a intervenção no trabalho pode
ocorrer de diversas formas. As empresas se preocupam em manter um nível
de produção constante e, para isso, a organização do trabalho com o objetivo
de antecipar os problemas e corrigir falhas iniciais no processo é fundamental.
A AET pode ser aplicada em uma orquestra sinfônica, por exemplo. O
trabalho dos violinistas provoca uma série de dores devido à quantidade de
Análise ergonômica do trabalho (AET) 7

horas envolvidas na execução da atividade e ao grande número de movimentos


executados. De acordo com Costa (2003), em um estudo realizado na orquestra
sinfônica vinculada ao governo do Distrito Federal, foram estudadas as dores
relatadas pelos violinistas: dos seis integrantes que participaram do estudo,
cinco apresentavam queixas de dores e já haviam procurado ajuda médica em
diferentes momentos da carreira.
Para explicar e evidenciar os motivos das queixas, foi aplicada a AET com
foco na atividade. Realizada a AET, foi possível evidenciar a necessidade que
os músicos têm de gerenciar a dor para continuar no exercício da profissão,
caracterizando uma condição “normal” da profissão. A organização do trabalho
avaliada deixa pouca margem para minimizar a ocorrência das dores, pois
picos de demanda associados com alto grau de perfeição e períodos reduzidos
de descanso após as intensas solicitações impedem a recuperação dos pro-
fissionais, forçando-os, dessa forma, a ultrapassar os seus próprios limites, e
fazendo-os conviver continuamente com dores e desconforto.
Esses fatores corroboram com a literatura indicada no estudo, evidenciando
que a organização do trabalho tem uma provável interferência nas doenças dos
trabalhadores. A Figura 1 é apenas um exemplo de postura dos violinistas.

Figura 1. Exemplo de postura do violinista.


Fonte: Elnur/Shutterstock.com.
8 Análise ergonômica do trabalho (AET)

Já Maia (1999) realizou um estudo analisando a AET no trabalho de en-


fermeiros lotados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com a
pesquisa, os maiores fatos geradores de estresse são o conteúdo do trabalho,
as condições de trabalho e os fatores organizacionais. Como uma das con-
clusões da pesquisa, vale destacar a necessidade de mudança dos fatores
organizacionais: a concepção da unidade ainda usava conceitos de Taylor, o
qual acreditava na divisão absoluta da tarefa. O estudo ainda apontou a neces-
sidade de implementar um dos objetivos da ergonomia na unidade: trazer o ser
humano para dentro do processo, torná-lo integrante do sistema de produção.
Nota-se, portanto, a relevância e os inúmeros lugares de aplicação da
AET, bem como as diferentes conclusões retiradas de cada estudo. Os estudos
corroboram também a necessidade de se estudar os problemas de maneira
aprofundada. Conforme já citado, as análises simples e as respostas fáceis
possivelmente vão induzir a análises erradas ou superficiais.
10 Análise ergonômica do trabalho (AET)

CORRÊA, V. M. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2015.


COSTA, C. P. Quando tocar dói: Análise ergonômica do trabalho de violistas de orquestra.
2003. 147 f. Dissertação (Mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia.
Brasília: UNB, 2003.
MAIA, S. C. Análise ergonômica do trabalho do enfermeiro na unidade de terapia intensiva:
proposta para a minimização do estresse e melhoria da a qualidade de vida no trabalho.
1999. 167 f. Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal de Santa Catarina, Centro
Tecnológico. Florianópolis: UFSC, 1999.
MÁSCULO, F. S.; VIDAL, M. C. Ergonomia: trabalho adequado e eficiente. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.
SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho. Norma Regulamentadora NR nº. 17 — Er-
gonomia (117.000-7). 2007. Disponível em: <http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/
LEGIS/CLT/NRs/NR_17.html>. Acesso em: 31 jul. 2018.
DICA DO PROFESSOR

A AET é um importante elemento nos processos produtivos. Além da importância da saúde, da


segurança, do bem-estar e da eficiência, não devemos esquecer que, no Brasil, existe uma norma
regulamentadora em relação a esse assunto.

Na Dica do Professor a seguir, conheça mais detalhes sobre a AET.

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EXERCÍCIOS

1) A análise ergonômica do trabalho é uma maneira de intervir na produção. Quais são


os aspectos do trabalhador contemplados nessa intervenção?

A) Psíquicos, sociais e as relações familiares.

B) Físicos, psicológicos e sociológicos.

C) Relações interpessoais, amizades dentro da empresa e relações sociais.

D) Psicológicos, físicos e histórico de doenças do trabalhador.

E) Físicos, psicológicos e o número de afastamentos do último ano de trabalho.

2) A análise ergonômica do trabalho envolve uma série de premissas. Em qual


alternativa estão presentes apenas premissas corretas?

A) A relação entre nível de produção e a real capacidade instalada.


B) O foco deve ser apenas no trabalhador.

C) As máquinas devem ser evidenciadas no estudo, pois cabe aos homens se adaptarem às
máquinas.

D) Análise da demanda e análise da atividade.

E) Sempre reduzir ao máximo o número de trabalhadores.

3) A norma regulamentadora 17 estabelece uma série de processos a serem cumpridos


na análise ergonômica do trabalho. Qual alternativa cita os processos previstos pela
NR-17?

A) Análise da demanda, verificação das condições de trabalho e análise do setor financeiro.

B) Diagnóstico, análise global e análise do setor de recursos humanos.

C) Definição das situações de trabalho, projeto das modificações e descrição das tarefas
prescritas.

D) Definição das tarefas, diagnóstico e certificação de processos ISO.

E) Verificação de normas internas, análise da população de trabalhadores, capacidade de


gestão da empresa.

4) A intervenção ergonômica propõe mudanças em quais ambientes da empresa?

A) A intervenção ergonômica promove uma mudança de cultura da empresa, sem precisar


modificar as instalações físicas.
B) As instalações físicas são modificadas, organizando melhor os setores.

C) A intervenção ergonômica propõe mudanças no ambiente de trabalho, tornando-o mais


seguro.

D) As modificações que são propostas têm o objetivo de modificar apenas a organização do


trabalho.

E) A intervenção ergonômica pode propor mudanças nos meios físicos, organizacionais e no


ambiente de trabalho.

5) Antecipar falhas e evitar erros são preocupações de todas empresas, por isso a análise
ergonômica do trabalho é uma importante ferramenta. De que forma essa
ferramenta deve ser utilizada?

A) É uma análise simples e de fácil execução, acessível a todos da empresa.

B) A empresa não deve impor dificuldades para a execução da AET. Os membros da CIPA
recebem treinamento e estão aptos a executar a análise.

C) Para a execução da análise, é necessário que seja realizada por um ergonomista. Somente
esse profissional tem conhecimento para realizar a análise de forma rápida e eficaz.

D) A AET deve ser realizada de maneira criteriosa. Análises superficiais e rápidas, sem
histórico de dados, podem gerar até resultados negativos.

E) As análises devem ser executadas por equipes multidisciplinares, facilitando o trabalho e


reduzindo o tempo de execução. Dessa forma, a execução é simples e rápida.

NA PRÁTICA
A AET, quando corretamente utilizada, gera inúmeros benefícios. O aperfeiçoamento das
atividade em grandes empresas é constante. A execução da AET exige uma análise criteriosa,
porque somente assim os processos têm uma melhoria significativa. Evitar a alta rotatividade de
trabalhadores também é importante sob o ponto de vista de gestão.

Veja de que forma a AET tirou conclusões sobre essas questões.


SAIBA MAIS

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

A análise ergonômica do trabalho como ferramenta para a elaboração e o desenvolvimento


de programas de treinamento

Leia esta dissertação e entenda como a análise ergonômica do trabalho pode auxiliar na
elaboração de treinamentos, desenvolvendo o colaborador cada vez mais como um importante
instrumento de trabalho.

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Análise Ergonômica do Trabalho NR-17

A análise ergonômica do trabalho não é apenas uma ferramenta disponível para melhorar a
ergonomia nas empresas, mas também está relacionada à NR-17. Acesse o vídeo e verifique as
etapas de implantação da AET.

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