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FISIOTERAPIA:

SAÚDE DO
TRABALHADOR

Naylla Morais de Souza


Análise ergonômica
do trabalho
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Definir análise ergonômica do trabalho.


>> Listar as características da análise ergonômica do trabalho.
>> Elaborar um relatório de análise ergonômica do trabalho.

Introdução
Neste capítulo, você conhecerá o conceito de análise ergonômica do trabalho,
bem como o objetivo desse tipo de análise, que é voltada à ergonomia de
correção, não se limitando apenas a essa forma de ergonomia. Essa é uma
abordagem ampla sobre as relações entre trabalhador e empresa, a qual deve
ter todas as suas características estudadas para posterior aplicação prática.
As características de uma análise ergonômica do trabalho envolvem as fases
de análise de demanda, tarefa e atividade, bem como avaliações posteriores
do posto de trabalho, como análises de conforto ambiental, conforto acústico,
de luminosidade, entre outras variáveis analisadas. Nesse sentido, deve-se
respeitar as características do trabalhador e contribuir para o seu processo
de adequação ao trabalho, visando ao seu bem-estar no ambiente laboral.
Dessa forma, com o conhecimento conceitual e das características da análise
ergonômica do trabalho elencadas, você conhecerá os recursos ergonômicos
mais utilizados na complementação desse documento, que é obrigatório em
empresas e elaborado por profissionais com conhecimento em ergonomia,
como, por exemplo, o fisioterapeuta do trabalho. Após esse estudo, você verá
como elaborar análises ergonômicas do trabalho com informações concisas
e coesas sobre o trabalhador, o seu ambiente de trabalho e suas condições
de trabalho.
2 Análise ergonômica do trabalho

Conceito de análise ergonômica do trabalho


O conceito mais atual da ergonomia envolve a adaptação da máquina ao
homem, em um sistema de interação entre as partes. Contudo, essa preocu-
pação vai além da eficácia produtiva, uma vez que abrange todo o processo,
desde o projeto do produto até a verificação de formas de trabalho existentes,
não considerando a produção máxima que o trabalhador pode executar sem
compreender as consequências do impacto disso em sua saúde (WEBER, 2018).
A ergonomia engloba técnicas e métodos científicos na análise do trabalho
humano, podendo ser classificada de três formas quanto à sua contribuição
(WEBER, 2018):

„„ Ergonomia de concepção: quando ocorre na fase de projeto de produtos,


da máquina ou do ambiente.
„„ Ergonomia de correção: aplicada em situações reais existentes, como
problemas de fadiga e doenças ocupacionais.
„„ Ergonomia de conscientização: ocorre quando os problemas não são
resolvidos nas fases de concepção e correção, tornando-se necessá-
rio conscientizar o operador a trabalhar de forma segura e fornecer
treinamentos para a execução das atividades.

Quanto aos seus domínios de especialização, a ergonomia divide-se con-


forme a ocasião em que é efetuada (SOUZA et al.,2019):

„„ Ergonomia física: relacionada a anatomia humana, antropometria,


fisiologia e biomecânica.
„„ Ergonomia cognitiva: relacionada aos processos mentais, como per-
cepção, memória e raciocínio.
„„ Ergonomia organizacional: relacionada às otimizações de sistemas
sociotécnicos.
Análise ergonômica do trabalho 3

A importância dessas formas de ergonomia consiste em suas aplicações,


conforme o seu objetivo nos diferentes ambientes laborais. A análise er-
gonômica do trabalho (AET), desenvolvida por franceses, é um exemplo de
ergonomia de correção, pois visa a aplicar os conhecimentos da ergonomia
para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real do trabalho (IIDA,
2005). A elaboração de uma AET é um passo importante para se alcançar essa
adaptação da máquina ao homem, pois ela funciona como um mecanismo de
auxílio para a compreensão dos problemas existentes no processo produtivo
(CORRÊA; BOLETTI, 2015). Por meio do conhecimento prévio da demanda,
da tarefa ou da atividade, é possível aumentar a qualidade de vida do tra-
balhador em seus aspectos físicos, sensoriais, cognitivos, sociais e organi-
zacionais (WEBER, 2018).
O fisioterapeuta do trabalho é um dos profissionais habilitados para a
elaboração da AET, pois tem conhecimento técnico-científico sobre a anatomo-
fisiologia humana e a biomecânica corporal, itens importantes na avaliação e
em todo o processo que resulta na AET (CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E
TERAPIA OCUPACIONAL [Coffito], 2016). Outros profissionais com conhecimento
em anatomia, fisiologia, biomecânica corporal, organização do trabalho e com
curso de pós-graduação lato sensu de, no mínimo, 360 horas em ergonomia
em instituição pública ou privada credenciada pelo Ministério da Educação
também podem elaborar e assinar uma AET (BRASIL, 2016).
A Norma Regulamentadora de Ergonomia 17 (NR 17), publicada pelo Mi-
nistério do Trabalho e Emprego (atual Secretaria de Trabalho), estabelece os
parâmetros ergonômicos norteadores que permitem a avaliação da adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhado-
res. O objetivo dessas alterações é fornecer o máximo de conforto, segurança
e desempenho eficiente ao trabalhador, e isso deve ser a base da AET, pois
é uma forma de avaliar a adaptação das condições de trabalho às caracte-
rísticas psicofisiológicas do trabalhador (BRASIL, 1990). Por esse motivo, são
avaliados o levantamento, o transporte e a descarga individual de materiais,
bem como os equipamentos, o mobiliário, as condições ambientais e a orga-
nização do trabalho. Entre as premissas da AET, destacam-se a compreensão
da situação do trabalho e suas implicações, a elaboração de um diagnóstico
para investigar as situações mais preocupantes, a emissão de pareceres e a
busca por soluções para melhorias (CORRÊA; BOLETTI, 2015). Além disso, essa
é uma importante ferramenta utilizada para a gestão da saúde e segurança
ocupacional. Cabe ao empregador realizar as análises ergonômicas por meio
de um profissional da ergonomia, tornando-se importante que ele entenda
as três etapas da AET (Figura 1).
4 Análise ergonômica do trabalho

Análise de demanda Análise de tarefa Análise de atividade


Em que são definidos os Para o estudo sobre as Onde se estuda o
problemas a serem resolvidos condições de trabalho nas comportamento
quais o trabalhador exerce humano no ambiente de
suas atividades trabalho

Figura 1. Divisão da AET.


Fonte: Adaptada de Corrêa e Boletti (2015).

Segundo Iida (2005), na análise de demanda, é importante entender as


dimensões do problema de modo amplo, e não apenas parcial. Caso o pro-
blema seja de difícil resolução, faz-se necessária uma negociação entre as
partes, com prazos e custos bem delimitadas para uma apresentação de
soluções para equipe. Já na análise de tarefa, são analisadas as discrepâncias
entre o que é prescrito e o que é executado, sendo comum em situações em
que as condições efetivas são diferentes das previstas. Além do maquinário
irregular, isso se estende aos trabalhadores que não cumprem o método
prescrito. Por fim, na análise de atividade, é preciso compreender que a
atividade é influenciada por fatores internos, como formação, experiência,
sexo, idade, motivação, sono e fadiga, e externos, como as condições em
que o trabalho é executado. Essa análise pode ser classificada em três tipos
principais (IIDA, 2005).

„„ Conteúdo do trabalho: seus objetivos, regras e normas.


„„ Organização do trabalho: constituição de equipes, horários, turnos.
„„ Meios técnicos: máquinas, equipamentos, arranjo e dimensionamento
do posto de trabalho, iluminação, ambiente térmico.

Com base nessas fases, o problema é estudado, com o auxílio de métodos


e ferramentas de avaliação ergonômica. Todos os itens — levantamento,
transporte e descarga individual de materiais, mobiliários dos postos de
trabalho, equipamentos dos postos, condições ambientais e organização de
trabalho — devem estar adequados às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. O profissional da área
de ergonomia, como o fisioterapeuta do trabalho, precisa compreender todos
os itens e ferramentas do processo, a fim de interpretar e planejar melhorias
ergonômicas a partir da AET. Além disso, ele é responsável pela realização
e a assinatura da AET, bem como por outras melhorias, como, por exemplo,
a implementação de cultura ergonômica e saúde do trabalhador, por meio
de ações de concepção, correção, conscientização, prevenção e gestão em
Análise ergonômica do trabalho 5

todos níveis de atenção à saúde e segurança do trabalho, estabelecidas por


meio da Resolução nº 465 (COFFITO, 2016).
Como em todo o planejamento, inicialmente, faz-se necessária a colabora-
ção do empregador e da equipe de trabalho. É interessante que o trabalhador
conheça a importância e permita a realização dessa análise, para que, em
um segundo momento, o empregador saiba do seu comportamento laboral,
de modo que os objetivos possam ser discutidos com todas as partes envolvi-
das no projeto e, posteriormente, seja elaborado um diagnóstico da situação
da empresa. Segundo Iida (2005), a formulação do diagnóstico (Figura 2) é
feita com base na busca pela causa que provoca o problema apontado na
demanda e envolve muitos fatores relacionados com o trabalho e a empresa.

Trabalhador Empresa

Características pessoais Meios técnicos

Sexo, idade, compleição física Contrato Posto de trabalho, máquinas,


Salários equipamentos

Conhecimentos Meios humanos

Tarefas prescritas
Escolaridade, Chefia, grupos, liderança
Formação profissional,
experiência Organização

Atividade de
trabalho

Produção
Saúde, erros, acidentes,
absenteísmos
Qualidade

Figura 2. Etapas de formulação do diagnóstico por meio da análise da situação do trabalho.


Fonte: Adaptada de Iida (2005).
6 Análise ergonômica do trabalho

Contudo, após esse diagnóstico, ainda podem ser estabelecidas reco-


mendações ergonômicas, com o intuito de descrever as etapas necessárias
para resolver o problema em detalhes, como as responsabilidades de cada
pessoa da equipe envolvida, de acordo com seu cargo, tarefas ou atividades
e ações na empresa. Para isso, faz-se necessária a delimitação de conceitos
importantes na AET. Por exemplo, um cargo é o conjunto de tarefas ou atribui-
ções e responsabilidades a serem exercidas regularmente por um indivíduo;
uma tarefa refere-se ao conjunto de atribuições de um cargo e, por vezes,
é similar a uma atividade que também se refere ao que o ocupante do cargo
realiza no exercício de sua função, ou, ainda, a uma ação relacionada a um
nível mais detalhado da tarefa (IIDA, 2005). A partir desse conhecimento,
de acordo com a NR 17 (BRASIL, 1990), a AET dever ser datada e impressa, com
folhas numeradas e rubricadas. Além disso, ela deve contemplar, obrigato-
riamente, as etapas de execução descritas na Figura 3.

Discussão e restituição
Análise das tarefas,
Explicitação da dos resultados aos
atividades e situções
demanda do estudo trabalhadores
de trabalho
envolvidos

Avaliação e revisão das Recomendações


intervenções efetuadas
Avaliação da eficiência ergonômicas
com a participação dos
das recomendações específicas para os
trabalhadores,
supervisores e gerentes postos avaliados

Figura 3. Etapas de execução da AET, de acordo com a NR 17.


Fonte: Adaptada de Brasil (2007a).

Muitas ferramentas ergonômicas são utilizadas na elaboração da AET,


como National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), National
Aeronautics and Space Administration–Task Load Index (NASA–TLX), Ovako
Working Posture Analysing System (OWAS), Rapid Entire Body Assessment
(REBA) e Rapid Upper Limb Assessment (RULA).com apoio normativo da NR 17.
Essas ferramentas são utilizadas com frequência durante a elaboração da AET,
como, por exemplo, em uma análise da organização do trabalho cujo objetivo
é conhecer o sistema de funcionamento, a jornada de trabalho, as pausas,
quais são as necessidades mais alarmantes questionadas pelo usuário; nesses
Análise ergonômica do trabalho 7

casos, quando há necessidade de uma avaliação mais subjetiva, podem ser


incluídos questionários, como o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh,
o Índice de Capacidade para o Trabalho e o Questionário Nórdico Padronizado.

Características da análise ergonômica


do trabalho
A demanda de uma AET deve ser elaborada de forma clara e com um problema
específico como foco (WEBER, 2018). A NR-17 possui um documento principal
(BRASIL, 1990) e dois documentos anexos. O documento principal contém os
parâmetros gerais sobre a adaptação do trabalho ao homem. Já o Anexo I
aborda o trabalho dos operadores de checkout (BRASIL, 2007a), ao passo que
o Anexo II aborda o trabalho de teleatendimento e/ou telemarketing (BRASIL,
2007b). Nessa norma, a organização do trabalho deve levar em consideração as
normas de produção, o modo operatório, a exigência de tempo, a determinação
do conteúdo do tempo, o ritmo do trabalho e o conteúdo das tarefas. As AETs
do trabalho devem contemplar, no mínimo (BRASIL, 1990, documento on-line):

a) descrição das características dos postos de trabalho no que se refere ao mobili-


ário, utensílios, ferramentas, espaço físico para a execução do trabalho e condições
de posicionamento e movimentação de segmentos corporais;
b) avaliação da organização do trabalho demonstrando:
1. trabalho real e trabalho prescrito;
2. descrição da produção em relação ao tempo alocado para as tarefas;
3. variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo varia-
ções sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais frequentes;
4. número de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em turnos e
trabalho noturno;
5. ocorrência de pausas interciclos;
6. explicitação das normas de produção, das exigências de tempo, da determinação
do conteúdo de tempo, do ritmo de trabalho e do conteúdo das tarefas executadas;
7. histórico mensal de horas extras realizadas em cada ano;
8. explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou dinâmicas do sistema
osteomuscular;
c) relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas pela
Medicina do Trabalho nos prontuários médicos;
d) relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional,
se realizadas no âmbito da empresa;
e) registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com relação
aos aspectos dos itens anteriores;
f) recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claros e objetivos,
com definição de datas de implantação.
8 Análise ergonômica do trabalho

Quando a organização do trabalho é avaliada, deve-se estar atento às


documentações referentes ao trabalho real e ao trabalho prescrito durante
a análise da demanda e das tarefas. O trabalho real consiste nas tarefas que
o trabalhador executa todos os dias em seu ambiente de trabalho, as quais
são chamadas de tarefas reais. Já o trabalho prescrito é aquele que está
definido e escrito nas atribuições do cargo; assim, quando o trabalhador
realiza tarefas que estão prescritas na sua atribuição de cargo, ele realiza
as tarefas prescritas. É importante sempre observar a situação real de tra-
balho, levando em consideração a divisão do trabalho prevista em relação a
hierarquia organizacional, escolaridade, formação pessoal e experiência, por
exemplo. A partir disso, a descrição da produção em relação ao tempo alocado
para as tarefas é referenciada conforme a realidade daquele trabalhador.
Em uma entrevista detalhada, é possível reunir anotações sobre variações
diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo variações
e intercorrências mais frequentes. Nesse sentido, há empresas que adotam
sistemas em que essas variáveis são registradas, o que pode ser útil em uma
análise comparativa. No entanto, é interessante uma abordagem o menos
mecânica possível, a fim de reunir informações vindas do trabalhador em
uma análise de tarefas.
A análise do posto de trabalho tem o objetivo de analisar a tarefa,
a postura e os movimentos do trabalhador, bem como as exigências físicas e
cognitivas do trabalho executado (IIDA, 2005). A NR 17 estabelece que, quando
as atividades exigem solicitação intelectual e atenção constantes, como em
salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou
análise de projetos, as condições de conforto são (BRASIL, 1990):

a)  Os níveis de ruído, a serem medidos por meio de decibelímetro nos


postos e no ambiente de trabalho. É indicado que os níveis de ruído
sejam medidos próximo à zona auditiva, e as demais variáveis, na
altura do tórax do trabalhador. Assim, a medição de ruído em salas
de reunião de escritório, por exemplo, deve obedecer ao limite de 30 a
40dB(A) ou 25 a 35NC, entre outras especificações de locais de trabalho
que devem ser consultadas na NBR 10.152.
b)  O índice de temperatura efetiva deve ficar entre 20 e 23°C, podendo
ser medido por meio de um termômetro de globo bulbo seco úmido.
c)  A velocidade do ar não deve ser superior a 0,75 m/s, podendo ser
medida por meio de anemômetro.
d)  A unidade relativa do ar não deve ser inferior a 40%.
Análise ergonômica do trabalho 9

A análise dos trabalhos estático e dinâmico é feita por meio do estudo


das posturas do trabalhador durante as suas atividades. O trabalho estático
exige contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada
posição. Já no trabalho dinâmico, essas contrações e relaxamentos dos mús-
culos são alternadas. As posturas referem-se a posicionamentos de partes
do corpo. De acordo com Iida (2005), existem três situações em que a má
postura pode produzir danos:

„„ nos trabalhos estáticos;


„„ nos trabalhos que exigem muita força;
„„ nos trabalhos que exigem posturas desfavoráveis.

Outras condições, quando somadas a essas posturas, como o trabalho


em pé em níveis de trabalho pesado, leve ou de precisão, também devem ser
avaliadas concomitantemente (Figura 4).

Ombros
relaxados Ombros
relaxados

Postura ereta
Postura ereta

Área de circulação Pelve em


para pernas alinhamento
neutro

Articulações Área de circulação


do joelho para pernas
e quadris
alinhadas
Articulações do
Pés apoiados quadril, joelho e
no chão pés alinhados
com a linha de
gravidade

Figura 4. Alturas das mesas recomendadas para o trabalho em pé, semissentado e sentado.
Fonte: Adaptada de CGBear/Shutterstock.com.
10 Análise ergonômica do trabalho

As condições ambientais do trabalho são exemplos de medidas que devem


ser adequadas às características dos trabalhadores. Quando o objetivo é o
conforto ambiental, o foco é a boa adequação do trabalhador ao ambiente
laboral para a realização de uma tarefa; se o objetivo é o conforto térmico,
então está relacionado com os processos de transferência de calor (p. ex.,
condução, convecção, evaporação e condensação) e radiação, sendo ade-
quado em situações em que há equilíbrio entre a produção e a perda de
calor (WEBER, 2018).
As condições de luminosidade no posto de trabalho também são impor-
tantes. Todas as superfícies do campo visual devem possuir a mesma ordem
de luminosidade, além de ser dada a devida atenção às adaptações na forma
de funcionamento do comportamento do olho, como nos ofuscamentos. De
acordo com Weber (2018), os ofuscamentos podem ser classificados em:

„„ relativos: por excessivos contrastes de claridade em diferentes partes


do campo visual.
„„ absolutos: quando a fonte de luz é muito clara, tornando difícil a
adaptação.
„„ adaptativos: de forma temporária quando saímos de um quarto escuro.

A iluminação deve ser medida por meio de luxímetro com fotocélula


corrigida para a sensibilidade do olho humano, para conforto visual e bom
desempenho óptico (Figura 5). Além disso, as condições devem ser atingidas
em função do ângulo de incidência, com ênfase no nível de luminância ade-
quada, ou seja, quantidade de luz refletida ou emitida sobre uma superfície
de forma adequada, com equilíbrio especial das luminâncias das superfícies,
uniformidade temporal da iluminação e eliminação do ofuscamento com luzes
apropriadas (KROEMER; GRANDJEAN, 2007).
Análise ergonômica do trabalho 11

Limite superior
do campo visual

r
ula
oc
ção ma
ta i
Ro máx

Linha de visão

Rotação
ocular ideal
ZONA IDEAL Visão d
DE VISUALIZAÇÃO e pé
PARA Visão
MONITORES senta
da

Ângulo mínimo
para visão em
Limite de discriminação veículos
de cores
Ângulo mínimo
para visão em
Limite inferior cabines de avião
do campo visual

Figura 5. Representação do campo de alcance do olho humano.


Fonte: Adaptada de CodexSerafinius/Shutterstock.com.

Além desses fatores, a avaliação do trabalho manual sentado ou que


tenha de ser feito em pé exige mobiliário que atenda ao estabelecido na
NR17 e que permita variações posturais, com ajustes de fácil acionamento,
de modo a prover espaço suficiente para o conforto do trabalhador. Para isso,
alguns parâmetros são necessários, como monitores de vídeo e teclados com
mecanismos de regulagem, bancada com medidas calculadas, inclusive para
zonas de alcance a partir do ombro do operador em posição de trabalho, plano
de trabalho com bordas arredondadas e assentos conforme padronização
normativa.
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, devem ser obser-
vadas as exigências de digitação: não deve ser levado em consideração o
número individual de toques sobre o teclado para efeito de remuneração. Assim,
12 Análise ergonômica do trabalho

o empregador não deve solicitar um número máximo de toques reais maior


que 8 mil por hora trabalhada, e o tempo efetivo de entrada de dados não deve
exceder o limite máximo de 5 horas, com, no mínimo, uma pausa de 10 minutos
para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada de trabalho.
O Anexo I da NR17 regulamenta o passo a passo das condutas ergonômicas
dos sistemas de autosserviço e checkout, como supermercados, hipermer-
cados e comércio atacadista, estabelecendo que o trabalho dos operadores
de checkout deve (BRASIL, 2007a):

„„ atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores;


„„ assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, res-
peitando os ângulos-limite e as trajetórias naturais dos movimentos,
com mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas;
„„ disponibilizar apoio para os pés, independentemente da cadeira;
„„ adotar, em cada posto de trabalho, um sistema de esteira eletrome-
cânica para melhor movimentação de mercadorias nos checkouts com
cumprimento de 2,70 metros ou superior.

O Anexo II da NR17 regulamenta as condutas ergonômicas do trabalho


em atendimento de telemarketing/teleatendimento, setores e postos que
envolvem essa atividade, compreendendo-se call center como um ambiente
de trabalho cuja principal atividade é feita via telefone e/ou rádio, com uso
simultâneo de terminais de computador (BRASIL, 2007b).
A partir da compreensão do objetivo e das características da AET, por
meio da NR 17 e seus anexos, é possível ter uma base para a elaboração de
um relatório de AET, levando-se em consideração as diferentes ferramentas
ergonômicas como meios auxiliares essenciais para essa elaboração.

O método NASA-TLX é de fácil aplicabilidade e auxilia na compreensão


da carga de trabalho. Esse método está relacionado ao esforço que
o trabalhador executa para que sua atividade de trabalho seja realizada e tem
eficácia na avaliação de percepção individual diante de situações reais do
trabalho. O método NASA-TLX envolve os seguintes aspectos gerais: demanda
mental, demanda física, demanda temporal, rendimento, esforço e nível de
frustração. O NASA-TLX é um ótimo instrumento para ser utilizado na AET.
Análise ergonômica do trabalho 13

Elaboração de relatório de análise


ergonômica do trabalho
A elaboração de um relatório de AET engloba uma extensa teoria, bem como o
conhecimento das ferramentas ergonômicas que são recursos auxiliares nas
avaliações posturais, as quais se diferenciam pelos fatores analisados e os
dados de entrada (SOUZA et al., 2019). Essas ferramentas fornecem recursos
de cálculo para estabelecer o limite de peso recomendável em determinadas
atividades de trabalho e consistem em registros importantes de análises sobre
queixas álgicas e de agravos à saúde. Além disso, elas reúnem informações
sobre satisfação no ambiente de trabalho e são ótimos fundamentos para
propostas futuras relacionadas com a atuação empresarial, como nos casos
de expansão empresarial, além de serem um ótimo indicativo de saúde e
segurança ocupacional. Dessa forma, o melhor método a ser utilizado é
aquele que se enquadra à necessidade da sua avaliação (SOUZA et al., 2019).

Método OWAS
O método OWAS é utilizado na análise das posturas das costas, dos braços,
das pernas e do esforço do trabalhador (Figura 6), fornecendo uma categoria
de ação em que se pode analisar a frequência e o tempo em que o traba-
lhador fica em cada postura em sua tarefa. Assim, é possível avaliar cada
postura, fornecendo pontos, bem como o nível de esforço avaliado por carga.
A porcentagem de tempo em determinada postura apresenta categorias de
ação, mensurando também a força empregada e as propostas de categorias
de ação conforme a pontuação. De acordo com Souza et al. (2019), existem
quatro classes de posturas, conforme descrito a seguir.

1. Postura normal: sem necessidade de medida corretiva.


2. Postura levemente prejudicial: pode ser necessária uma medida
corretiva.
3. Postura prejudicial: é necessário corrigir a postura o mais rápido
possível.
4. Postura extremamente prejudicial: são necessárias medidas imediatas
de correção.
14 Análise ergonômica do trabalho

DORSO

Inclinado
1 Reto 2 Inclinado 3 Reto e torcido 4 e torcido

ex: 2151 RF
BRAÇOS

DORSO
Inclinado 2
Dois braços Um braço Dois braços BRAÇOS
1 para baixo 2 para cima 3 para cima
Dois para baixo
1
PERNAS
Uma perna
ajoelhada 5
PESO
Até 10 kg
LOCAL 1
Duas pernas Uma perna Duas pernas Remoção de
1 retas 2 reta 3 flexionadas refugos RF
PERNAS

Uma perna Uma perna Deslocamento Duas pernas


4 flexionada 5 ajoelhada 6 com pernas 7 suspensas

Figura 6. Categorias de análises de posturas e tempo de esforço do método OWAS.


Fonte: Paim et al. (2017).

Método RULA
O método RULA é uma adaptação do OWAS, utilizando esquemas de postura
do corpo com tabelas de risco de exposição a fatores de cargas externos.
Assim, a demonstração do risco de desenvolver doenças ocupacionais é
mais simples. Esse método é muito utilizado para a análise das sobrecargas
concentradas no pescoço e nos membros inferiores durante execução das
atividades laborais (SOUZA et al., 2019).
Análise ergonômica do trabalho 15

Para o método RULA, o corpo é dividido em duas partes: A e B, que são os


membros superiores e os inferiores (pescoço, tronco, pernas e pés). A análise
é feita de acordo com as angulações do corpo e dos membros, com pontuação
de 1 a 7, sendo 1 o menor risco e 7 o maior risco de lesão (Figura 7).

Braço
Antebraço Total grupo A + músculo + força = total C
Pulso

Pontuação
final

Pescoço
Total grupo B + músculo + força = total D
Tronco

Figura 7. Representação do cálculo da pontuação final do método RULA.


Fonte: Adaptada de Souza et al. (2019).

Método NIOSH
O NIOSH é um órgão do governo norte-americano que desenvolveu uma
equação que permite calcular o limite de peso recomendável, levando-se em
consideração fatores como a manipulação assimétrica de cargas, a duração da
tarefa, a frequência dos levantamentos e a qualidade da pega. Essa equação
considera os critérios a seguir para estabelecer os limites de carga, de acordo
com o Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17 (BRASIL, 2002).

„„ Biomecânico: limita o estresse na região lombossacral.


„„ Fisiológico: limita o estresse metabólico e a fadiga associada a tarefas
repetitivas.
„„ Psicofísico: limita a carga conforme a percepção da capacidade do
trabalhador.
16 Análise ergonômica do trabalho

O NIOSH é uma ótima ferramenta para estimar os limites de carga, o que


é essencial em empresas cujos serviços envolvem a descarga de materiais.
No entanto, essa ferramenta não é aplicável às tarefas em que a frequência
de levantamento é elevada (mais de seis levantamentos por minuto). Além
disso, deve-se estar atento ao termo localização-padrão de levantamento
que é empregado na definição dos fatores da equação, sendo uma referência
no espaço tridimensional para avaliar a postura de levantamento, conforme
a Figura 8.

Vertical Ponto de
Vista superior
projeção (Mp)
Horizontal
Distância
H
horizontal
Lateral

Ponto médio entre


os tornozelos (MT)

V Distância
vertical

Horizontal

H
Ponto médio entre
os tornozelos (MT) Ponto de projeção do
ponto médio da pega (MP)
Distância
horizontal

Figura 8. Posição padrão NIOSH.


Fonte: Adaptada de Souza et al. (2019).
Análise ergonômica do trabalho 17

Após a definição da localização-padrão de levantamento, fundamental


para a realização dos procedimentos de cálculo da equação de NIOSH, faz-se
necessário conhecer o significado de cada variável utilizada nessa equação,
descrita a seguir.

LPR = LC × HM × VM × DM × AM × FM × CM

„„ CC — constante de carga: é o peso máximo recomendado para um


levantamento em localização-padrão e em posição sagital. A equação
emprega seis coeficientes, que variam entre 0 e 1, segundo as condições
de levantamento.
„„ HM — fator de distância horizontal: é determinado por meio de
HM = 25/H, onde H é a distância horizontal entre a projeção sobre o solo
do ponto médio entre as pegas da carga e a projeção do ponto médio
entre os tornozelos. Caso não possa ser medido, ele é equivalente a
H = 20 + w/2 se V > 25 cm ou H = 25 + w/2 se V < 25 cm, onde W é a extensão
da carga no plano sagital e V é a altura das mãos em relação ao solo.
O fator toma o valor 1 se a carga é levantada junto ao corpo ou a menos
de 25 cm.
„„ VM — fator de altura: é estabelecido em 22,5% da diminuição do peso
em relação à constante de carga para o levantamento até o nível dos
ombros e para o levantamento a partir do nível do solo. Valerá 1 quando
a carga estiver situada a 75cm do solo e diminuirá à medida que se
distancia desse valor. Determina-se: VM = (1 – 0,003 [V – 75]), onde V é
a distância vertical entre o ponto de pega e o solo. Mas se V > 175 cm,
então VM = 0.
„„ DM — fator de deslocamento vertical: é a diferença entre as alturas
inicial e final da carga. Corresponde a cerca de 15 % da diminuição na
carga quando o deslocamento acontecer desde o solo até um pouco
acima da altura dos ombros. DM = (0,82 + 4,5/D)D = V1 – V2, onde V1 é
a altura da carga em relação ao solo na origem do movimento e V2 é
a altura ao final. Se D < 25 cm, então DM = 1.
„„ AM — fator de assimetria: é o tipo de movimento que inicia e termina
fora do plano mediossagital. Corresponde a 30% da diminuição para
levantamentos que impliquem torções no tronco de 90°. Se o ângulo
de torção for superior a 135°, então AM = 0. AM = 1 – (0,0032A).
„„ FM — fator de frequência: é o número de levantamentos por minuto,
pela duração da tarefa de levantamento e pela altura; há uma tabela
de frequência.
18 Análise ergonômica do trabalho

„„ CM — fator de pega: é obtido segundo a facilidade da pega e a altura


vertical de manipulação da carga. É classificado em má, regular e
bom. A determinação do fator de pega é classificada de acordo com
V < 75, onde uma pega boa, regular e má equivale a 1.00, 0.95, 0.90,
respectivamente. Se V ≥ 75, esses valores são 1.00, 1.00, 0.90, onde V
é a altura da carga.

Além dessas variáveis, o índice de levantamento (IL) é calculado dividindo-


-se a carga real (CR) pela equação de NIOSH, reescrita com os valores dos
coeficientes, chamada de LPR. O resultado do IL deve ser interpretado da
seguinte forma: se < 1, os trabalhadores não terão problemas de saúde ocu-
pacional; se 1 < IL < 2, a condição pode ser insegura e há risco médio de lesão;
se IL > 2, considera-se uma tarefa inaceitável (BRASIL, 2002).

O Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh investiga os hábitos


de sono durante o último mês. Ele é constituído de 19 questões em
autorrelato e 5 direcionadas ao cônjuge ou companheiro de quarto. Quanto
maior for a pontuação, pior será a qualidade de sono. Seus componentes são:
qualidade subjetiva do sono, latência do sono, duração do sono, eficiência
habitual do sono, alterações do sono, uso de medicamentos para dormir e
disfunção diurna do sono. Esse questionário é utilizado como meio auxiliar
na avaliação da qualidade de sono, principalmente dos funcionários do turno
noturno, e serve de parâmetro para futuras intervenções.

Método REBA
O método REBA avalia as posturas não previstas. Derivado do OWAS e do
RULA, a análise do REBA consiste na somatória de pontos dos grupos A (tronco,
pescoço e pernas) e B (braços e pulsos), sendo adicionadas as pontuações
de carga, força e apoio.
A pontuação de carga e força consiste em:

„„ +0: a carga ou força aplicada é inferior a 5 kg.


„„ +1: a carga ou força aplicada está entre 5 e 10 kg.
„„ +2: a carga ou força aplicada é superior a 10 kg.
Análise ergonômica do trabalho 19

Uma pontuação adicional +1 ocorre quando a força é aplicada bruscamente.


A pontuação de pega da carga consiste em:

„„ +0: pega boa.


„„ +1: pega regular.
„„ +2: pega ruim.
„„ +3: pega inaceitável.

O Quadro 1, a seguir, apresenta os níveis de risco do método REBA.

Quadro 1. Níveis de risco e ações recomendadas de acordo com o método


REBA

Nível de Nível de
Pontuação Intervenção e posterior análise
ação risco

0 1 Inapreciável Não necessária

1 2–3 Baixo Pode ser necessária

2 4–7 Médio Necessária

3 8–10 Alto Prontamente necessária

4 11–15 Muito alto Atuação imediata

Fonte: Souza et al. (2019, p. 261).

O fisioterapeuta do trabalho em processo de elaboração da AET trabalha


com a análise da demanda, da tarefa e da atividade e, ao formar um objetivo,
realiza a formação de diagnóstico. Em seguida, ele inicia os processos de
exigência mínimas da composição de uma AET, que incluem uma avaliação
ergonômica que deve englobar as características antropométricas do traba-
lhador, como sexo, idade, peso e altura, e os dados de trabalho, como cargo,
setor, tarefas, função real e prescrita, jornada de trabalho, ritmo de trabalho,
questionamentos sobre trabalho com posturas estáticas por longos períodos,
programas de capacitação para a execução de tarefas, monotonia e questões
como sobrecarga de trabalho mental. Pode-se, ainda, implementar a análise
com uso de checklist e questionários, como o Questionário Bipolar baseado
na ISO 20664, por exemplo.
20 Análise ergonômica do trabalho

Além disso, são realizadas discussões dos resultados com os trabalha-


dores, com recomendações específicas nos postos de trabalho, apontadas
durante a análise. A partir desse momento, são revisadas as recomendações
e, principalmente, as intervenções propostas com todos os empregadores
e trabalhadores. Por último, é importante avaliar as deficiências das reco-
mendações, pois, dessa forma, pode-se compreender os pontos de falhas e
seguir com a busca de melhorias, visando a um processo adequado de AET.
Portanto, não se deve apenas buscar problemas, e sim apresentar melhorias
a partir do conhecimento do local em que elas são necessárias.

Os trabalhadores de uma indústria farmacêutica de porte médio


atuam em um laboratório de análises clínicas recém-inaugurado. Após
o primeiro mês de trabalho, eles apresentam reclamações sobre dores nas costas
e nos braços, motivo pelo qual foi solicitada uma AET nessa área de trabalho.
O profissional de ergonomia inicia a sua AET com a avaliação de inadequações
ergonômicas dos postos de trabalho. Os passos foram os seguintes: análise da
demanda do problema, com o estudo do local do laboratório e a descrição de
sua situação global; entrevistas aos gestores em relação às dúvidas sobre meios
técnicos, como aquisição de mobiliários e meio de gestão aderido por aquele
laboratório; análise da tarefa na qual foram verificados os postos e as condições
do trabalho, com uso de questionário de índice de capacidade para o trabalho,
método OWAS, REBA e NIOSH, devido ao carregamento de caixas com material
de laboratório; análise das atividades, avaliando o comportamento desses
trabalhadores em seu ambiente laboral, se cumpriam as predeterminações da
empresa, entre outras.
Após essas etapas, foram definidas as inadequações do ambiente laboral,
que consistiam em cadeiras sem encosto para os braços, falta de ajustes nos
mobiliários e indisciplina no posicionamento dos trabalhadores em relação à
postura sentada e ao carregamento de peso. Portanto, os trabalhadores negli-
genciavam as formas corretas de instrução dadas pela empresa em registros
escritos, porém sem treinamento de pessoal. As recomendações feitas pelo
profissional de ergonomia, com sugestões detalhadas de soluções para as falhas
diagnosticadas a partir dos resultados dos questionários e dos registros de
imagens, foram as seguintes: adequação do mobiliário e treinamento com pro-
fissional de ergonomia, além de indicação de prazos e custos financeiros, a cargo
do gestor, dos funcionários e dos profissionais responsáveis pelo treinamento.
Análise ergonômica do trabalho 21

Referências
BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Nota técnica nº 287/2016/CGNOR/DSST/SIT.
Esclarecimentos acerca do profissional capacitado para realizar Análise Ergonômica
do Trabalho, segundo a Norma Regulamentadora 17, e para ministrar treinamentos
em Ergonomia. Brasília, DF: MTE, 2016. Disponível em: https://468b17be-8669-4429-
bb63-5a9dab66c920.filesusr.com/ugd/b608fa_a6516a8202484715b2945f9c35bd8898.
pdf.Acesso em: 7 out. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Portaria nº 3.751, de 23 de novembro de 1990.
Norma regulamentadora nº 17. Brasília, DF: MTE, 1990. Disponível em: https://enit.
trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Manual
de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17. 2 ed. Brasília, DF: MTE, SIT, 2002.
BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Portaria
SIT nº 8, de 30 de março de 2007. Norma Regulamentadora nº 17 – Anexo 1. Brasília, DF:
MTE, 2007a. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/
SST_NR/NR-17-Anexo-01.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho (MTE). Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Portaria
SIT nº 9, de 30 de março de 2007. Norma Regulamentadora nº 17 – Anexo 2. Brasília, DF:
MTE, 2007b. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/
SST_NR/NR-17-Anexo-02.pdf. Acesso em: 7 out. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (COFFITO). Resolução
nº 465, de 20 de maio de 2016. Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do
Trabalho e dá outras providências. Brasília, DF: COFFITO, 2016. Disponível em: https://
www.coffito.gov.br/nsite/?p=5020. Acesso em: 7 out. 2020.

CORRÊA, V. M.; BOLETTI, R. R. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre:


Bookman, 2015.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao
homem. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.
SOUZA, D. A. et al. Ergonomia do ambiente construído. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
WEBER, F. P. Ergonomia e conforto ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

Leitura recomendada
MASCULO, F. S.; VIDAL, M. C. (Orgs.). Ergonomia: trabalho adequado e eficiente. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.
22 Análise ergonômica do trabalho

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