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CURSO DE FISIOTERAPIA

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA
SAÚDE DO TRABALHADOR
FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO TRABALHADOR
CURSO DE FISIOTERAPIA

Trabalho apresentado para obtenção de nota da Formativa II, na Disciplina de Fisioterapia


na Saúde do Trabalhador.
Professora: Andreza Rodrigues

ANDREZZA DEMONIER GONÇALVES


ANGELA ROSA SILVA
CASSANDRA RODRIGUES DE OLIVEIRA
CHRISTIAN HOFFMANN
DALLYS CLYSTS DE OLIVEIRA ARAÚJO
ELIZANDRA ERCULANO ASSUNÇÃO
JOÃO FELIPE CARINI SOUZA
KAREN SANTOS COSTA
RAQUEL NUNES CASSARO
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INTRODUÇÃO
• O fisioterapeuta do trabalho estuda, avalia, previne e trata os distúrbios
da cinesiologia humana, decorrentes de alterações de órgãos ou
sistemas provocados pelo trabalho;
• O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO)
coloca o fisioterapeuta do trabalho como profissional formado em curso
superior de Fisioterapia, responsável pela avaliação, prevenção,
tratamento e reintegração do indivíduo as suas atividades laborais;
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INTRODUÇÃO
Entre as funções do fisioterapeuta do trabalho destacam-se:
• Tratamento de queixas e doenças músculo esqueléticas;
• Realização de orientações sobre ergonomia e postura dos
trabalhadores;
• Prevenção de queixas ou desconfortos relacionados com a região
musculoesquelética;
• Promoção de palestras sobre capacitação, treinamento preventivo e
conscientização das doenças do trabalho;
• Desenvolvimento de programas de ginástica laboral.
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TEORIA ESTÁGIO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO


O Fisioterapeuta deve conhecer a teoria de estágio de mudança de
comportamento proposta por James Prochaska e Carlo Di Clemente que é
separado em 6 estágios diferentes de mudança.
Série de estágios de mudança:
• Pré-contemplação – nesse estágio, não há preocupação com a questão.
• Contemplação – reconhece o problema e considera adotar mudanças
eventualmente.
• Preparação – inicia algumas mudanças, planeja, busca condições para
mudar, revisa tentativas passadas.
• Ação – realiza mudanças no ambiente e de comportamento, investe
tempo e energia na execução da mudança.
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TEORIA ESTÁGIO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO


• Manutenção – processo de continuidade do trabalho iniciado com ação
para manter os ganhos e prevenir a recaída.
• Recaída – falha na manutenção e retomada do hábito ou comportamento
a ser modificado, há retorno a qualquer dos estágios anteriores.
 
Para ter êxito no processo de mudança, não basta que o indivíduo tenha
informação, muitas vezes são necessárias estratégias e intervenções.
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Aumento da motivação Adoção de hábitos saudáveis


Resistência ao estresse Estabilidade emocional

Manutenção do Melhor autoimagem


condicionamento físico
Benefícios Redução de doenças

Trabalhadores mais engajados Melhoria no desenvolvimento


Aumento da produtividade e nos relacionamentos
Menor numero de acidentes Redução de custos de saúde
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FASES PARA IMPLEMENTAÇÃO


• Nas empresas, antes de tomar uma atitude, deve-se apresentar o projeto
para os gestores e trabalhadores, demonstrando os benefícios e a
importância para garantir maior motivação e satisfação;

• O fisioterapeuta deve conhecer as etapas pare implementação dos


programas;
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FASES PARA IMPLEMENTAÇÃO


• 1. Fase diagnóstica: avaliação do nível de saúde, nível de estresse, da
qualidade de vida e estilo de vida dos trabalhadores, por meio de
entrevistas/questionários.

• 2. Fase de planejamento: alinhamento com os líderes, gestores da


empresa, profissionais dos recursos humanos, consultores, profissionais
de saúde e segurança da empresa e do SESMT (NR 4) , para elaborar as
melhores estratégias e ações para serem desenvolvidas.
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FASES PARA IMPLEMENTAÇÃO


• 3. Implantação do programa: há necessidade da participação e
responsabilização de todos, empregados e gestores, para que o programa
de qualidade de vida seja institucional e efetivo.

• 4. Boa comunicação interna: com divulgação das ações, do calendário,


bem como dos resultados, inclusive externamente, para fins de marketing
da empresa.

• 5. Gerenciamento do programa: monitoramento da adesão dos


funcionários e resultados obtidos.
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EXEMPLOS DE ATUAÇÃO
Entre as ações a serem desenvolvidas, temos:
• Programa de prevenção de riscos;
• Ginástica laboral;
• Ergonomia com implantação de melhorias;
• Check postural;
• Quick massagem;
• Massagem antiestresse;
• Técnicas de relaxamento;
• Academias na empresa ou parcerias com academias e clubes;
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EXEMPLOS DE ATUAÇÃO
• Salas de descompressão;
• Orientação nutricional e cardápio saudável no refeitório;
• Palestras;
• Treinamentos;
• Assistência fisioterapêutica (Pilates, RPG)
• Acompanhamento odontológico e psicológico;
• Monitoramento de hipertensão, sobrepeso, obesidade e de sintomas de
estresse;
• Grupos
Ainda são para
promovidas trabalhadores
ações com senso
que desenvolvam dependência de edrogas.
de cidadania responsabilidade social e ambiental,
formando grupos de voluntariado, cursos sobre reciclagem e cuidados com o meio ambiente, além de
atividades de lazer, de integração social, gincanas e jogos corporativos.
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RESULTADOS
• Redução de doenças e de custos com assistência médica;
• Melhoria no estilo de vida, na autoestima dos funcionários e melhor
satisfação interna;
• Aumento na motivação;
• Aumento da preocupação com qualidade de vida;
• Melhoria nos relacionamentos, trabalhadores mais engajados com a
empresa e com responsabilidade social;
• Aumento da produtividade, competitividade, melhora na imagem da
empresa;
• Redução de custos, aderência à ISO 9000 e às exigências de qualidade.
As dificuldades encontradas em mensurar os resultados dos programas têm relação com a falta de gerenciamento
adequado dos dados, com o excesso de trabalho e ritmo intenso, com a falta de engajamento de líderes e gestores, e
com a falta de recursos financeiros.
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GINÁSTICA LABORAL
“A ginástica laboral é a habilidade de exercitar o corpo no ambiente de
trabalho com o intuito de desenvolver o corpo e a mente do trabalhador
para a sua jornada de trabalho” (OLLAY; KANAZAWA, 2016).

Esta é uma ação que pode ser desenvolvida pelo fisioterapeuta, visando
melhorar a regularidade da pratica de atividade física, flexibilidade,
coordenação motora, agilidade, resistência, maior mobilidade e melhor
postura, entre outros, que tem como resultado final, um melhor
desempenho no trabalho, gerando benefício mutuo para funcionários e
patrões.
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GINÁSTICA LABORAL
Como implementar um bom programa de ginastica laboral?
• O fisioterapeuta deve conhecer o perfil dos funcionários e das atividades
realizadas na empresa, e esse conhecimento pode ser adquirido com
visitas, entrevistas e questionários realizados no âmbito de trabalho.
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GINÁSTICA LABORAL
4 princípios básicos para o desenvolver um bom programa:
• 1: Diagnóstico do perfil de saúde e de qualidade devida dos
trabalhadores.
• 2: Avaliação da biomecânica, identificando quais os riscos biomecânicos
encontrados no setor, no desenvolvimento das atividades, as regiões e os
segmentos expostos aos riscos biomecânicos e regiões em que há maior
ocorrência de dores e, ainda, a intensidade de dor.
• 3: Elaborar o tipo de ginástica indicada e o cronograma da atividade por
setor, este último deve ser pactuado com os líderes de produção, a fim de
garantir que as atividades sejam executadas sem empecilhos.
• 4: Planejar as séries de exercícios e materiais que serão utilizados.
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GINÁSTICA LABORAL
Garantindo o melhor resultado
• Empresa:
Para garantir a maior eficácia da ginastica laboral faz-se necessário realizar
uma sensibilização na empresa sobre a importância e os benefícios da
ginástica laboral, apresentação de como será realizada e os horários em
que será desenvolvida.
• Fisioterapeuta:
Além de uma boa avaliação e elaboração do protocolo, ao executar as
atividades do fisioterapeuta deve: se comunicar com clareza, de forma que
seja claro o atendimento, dinamizar as ações, ter empatia e boa relação
com os funcionários
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GINÁSTICA LABORAL
Tipos de Ginastica Laboral
De acordo com sua avaliação, você deverá decidir qual será o tipo
adequado para cada perfil de empresa.
• Preparatória: realizada no início da jornada de trabalho, tem como
objetivo mobilizar articulações, melhorar a flexibilidade e postura corporal,
estimular a coordenação e equilíbrio e tem duração de 10 a 15 minutos
• Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho. É indicada para
atividades que envolvam repetitividade de movimentos e sobrecarga
estática, posturas fixas, pois tem como objetivo alongar os pequenos
grupos musculares mais sobrecarregados, melhorar a circulação local e
reduzir tensão muscular. Tem duração de 5 a 10 minutos.
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GINÁSTICA LABORAL
• Relaxamento: é realizado no final da jornada de trabalho e objetiva
alongar musculatura (grandes e pequenos músculos), melhorar a
circulação e percepção corporal e tem duração de 10 a 15 minutos.
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
Aliada na promoção de saúde dos trabalhadores, por possibilitar a identificação de
riscos presentes no ambiente, no processo produtivo, na realização das atividades
dos trabalhadores e na organização do trabalho, além de propor recomendações e
intervenções.
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
As atividades do trabalho se caracteriza por um exercício rotineiro de
gestos, posturas e atividades mentais que obrigam o corpo a submeter-se
às demandas do sistema produtivo;
• Principais riscos para complicações de LER/DORT
Por meio da análise ergonômica do trabalho, pode-se compreender a
atividade dos trabalhadores, destacando-se a comunicação, postura e
esforços físicos;
Alguns determinantes são relacionados à empresa, como a organização
formal do trabalho e outras relacionadas ao trabalhador, como por exemplo,
as características pessoais, idade, experiências e outros.
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
Análise Ergonômica Do Trabalho (AET)
• O fisioterapeuta do trabalho tem competência técnica para realizar a
análise e emitir laudo ergonômico.
• Atuando na prevenção, elaboração de campanhas educativas, vistoria e
fiscalização nas empresas.
• Construída com a participação dos trabalhadores, pois exige o
conhecimento das tarefas e atividades desenvolvidas. Para a elaboração
da AET, faz – se observação direta das situações de trabalho, registros
fotográficos, vídeos, entrevistas e aplicam – se métodos quantitativos por
meio de ferramentas ergonômicas.
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
Segundo o Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora de Ergonomia
– NR17 (BRASIL, 2002), compreende por 12 etapas:
• 1. Análise da demanda;
• 2. Análise global da empresa;
• 3. Análise da população trabalhadora;
• 4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas;
• 5. Descrição e análise das tarefas prescritas e reais;
• 6. Estabelecimento do pré-diagnóstico;
• 7. Descrição das atividades e meios para executá-las;
• 8. Estabelecimento do diagnóstico;
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
• 9. Validação do diagnóstico;
• 10. Descrição de recomendações;
• 11. Desenvolvimento de cronogramas de implementação das
recomendações;
• 12. Gerenciamento das recomendações.
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PROGRAMA DE ERGONOMIA
O fisioterapeuta do trabalho:
• Avalia, previne e trata distúrbios ou lesões decorrentes das atividades no
trabalho;
• Realiza o estudo ergonômico do trabalhos;
• Profere palestras de conscientização, capacitação e treinamento
preventivo de doenças ocupacionais;
• Realiza avaliação postural dos trabalhadores e análise biomecânica das
tarefas nos postos de trabalho;
• É responsável pelo programa de tratamento ambulatorial de queixas
musculoesqueléticas com a utilização de todos os recursos
fisioterapêuticos disponíveis;
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CONCLUSÃO
Fisioterapeuta atuante na área da saúde do trabalhador:
• Auxilia na elaboração de campanhas educativas;
• Estimula a instituição de programas de promoção de saúde nas
empresas, de capacitar profissionais e equipes, de realizar a vigilância do
perfil epidemiológico de adoecimentos dos trabalhadores;
• Faz vistoria e fiscalização nas empresas;
• A partir delas, podem-se instituir intervenções que efetivamente transformem
a situação de trabalho, minimizando riscos e promovendo a saúde do
trabalhador.
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CONCLUSÃO
• Além de atuar na prevenção e promoção da qualidade de vida, o
fisioterapeuta também pode atuar diretamente na disfunções já
instauradas, utilizando os recursos que tem a sua disposição;
• Para ter efetividade, o profissional deve estar sempre alinhado com os
gestores da empresa, e assim garantir os objetivos almejados tanto para a
empresa quanto para os colaboradores.
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OBRIGADO!
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REFERÊNCIAS
OLLAY, C. D.; KANAZAWA, F. K. Ginástica laboral: método de trabalho,
planejamento e execução de aulas. São Paulo: Editora Andreoli, 2016a.

PINTO,S.N. Fisioterapia na saúde do trabalhador. Editora e Distribuidora


Educacional S.A. Londrinha, 2017.

RIBEIRO, D.C.A.A importância da fisioterapia juntamente com a


ergonomia no ambiente de trabalho: revisão bibliográfica. Pós-
Graduação em Ergonomia. Manaus, 2017.

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