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INTRODUÇÃO À FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

PROFª. NATHÁLIA TOLEDO PIATTI


naty_toledo@hotmail.com
DEFINIÇÃO

 A Fisioterapia Respiratória, pode definir-se como a


especialidade da Fisioterapia que utiliza estratégias, meios
e técnicas de avaliação e tratamento, não-invasivas, que
têm como objetivo a otimização do transporte de oxigênio,
contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar
disfunções a esse nível, promovendo a máxima
funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes

 A Intervenção do Fisioterapeuta em pacientes com


disfunção cardiorrespiratória ou em risco de as
desenvolver, baseia-se no seu Exame, Tratamento e
Avaliação dos resultados
LEGISLAÇÃO

 CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA


OCUPACIONAL (COFFITO)
RESOLUÇÃO Nº. 318, DE 30 DE AGOSTO DE 2006.
DOU nº. 33, Seção 1 de 15/02/2007

Designa Especialidade pela nomenclatura Fisioterapia


Respiratória em substituição ao termo Fisioterapia
Pneumo Funcional anteriormente estabelecido na
Resolução nº. 188, de 9 de dezembro de 1998
ABORDAGENS

A fisioterapia tem várias abordagens no tratamento dos


pacientes pneumopatas, dentre elas:

- Manutenção e/ou melhora da ventilação alveolar


- Prevenção de crises respiratórias
- Educação ao paciente
- Suporte ventilatório nos períodos de crise e/ou
insuficiência respiratória
- Melhora da capacidade física
TÉCNICAS E INTERVENÇÕES

Para atingir os seus objetivos o Fisioterapeuta utiliza


técnicas manuais e/ou instrumentais, o exercício, o
posicionamento, a educação e o aconselhamento

 A intervenção envolve exame adequado e avaliação dos


dados recolhidos que lhe permitam identificar, relacionar e
hierarquizar os problemas que podem beneficiar com a
sua intervenção, domínio da execução das técnicas de
tratamento e necessidade de avaliar os resultados da sua
intervenção ao nível da estrutura e função, da atividade e
da participação social
TÉCNICAS E INTERVENÇÕES

A sua intervenção em pacientes com disfunção


respiratória aguda, crônica ou crônica agudizada requer
um nível de experiência que só pode ser atingido com uma
prática continuada, um conhecimento atualizado, uma
avaliação constante dos resultados e uma atitude crítica e
reflexiva sobre a sua prática clínica
CAMPO DE ATUAÇÃO

 O fisioterapeuta atua nos diversos níveis do


atendimento aos pacientes com disfunções respiratórias
tais como:

- Unidades de Terapia Intensiva (UTI)


- Enfermarias
- Ambulatórios
- Domiciliar (Home Care)
- Unidades Básicas de Saúde (UBS)
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

 Devido ao quadro agudo do paciente, o atendimento


está mais focado na melhora da eficiência ventilatória e/ou
redução da sobrecarga dos músculos respiratórios,
objetivando evitar a falência destes músculos e,
consequentemente, a insuficiência respiratória
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

 Para isto, o fisioterapeuta atua de diversas maneiras:

- Prevenindo e/ou removendo o acúmulo de secreções


nas vias aéreas
- Utilizando suportes ventilatórios invasivos e não-
invasivos
- Modificando o posicionamento
- Avaliando constantemente a eficiência da troca gasosa
- Avaliando o estado hídrico, neurológico e nutricional
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

 O fisioterapeuta atua de maneira essencial no


manuseio dos ventiladores mecânicos. Porém, devido
aos problemas mais sistêmicos decorrentes das
pneumopatias, também deve considerar a prevenção
e/ou a reversão da perda muscular ocorrida durante o
período de internação e as demais condições
osteomusculares decorrentes das imobilizações em
curto, médio e longo prazo
ENFERMARIAS

 Atua desde os cuidados pré e pós-operatórios e


também nas agudizações

 No pré e pós-operatório visa avaliar todos os fatores


pré-operatórios que podem aumentar as
probabilidades das complicações pós-operatórias e,
quando considerar relevante, melhorar o
condicionamento físico do paciente, para fazer com que
ele tenha condições de superar as cirurgias de longa
duração com o menor risco pós-operatório
ENFERMARIAS

 No pós-operatório imediato o tratamento


fisioterapêutico visa reduzir a dor do paciente,
aumentar sua mobilidade, melhorar sua capacidade
ventilatória e reduzir os riscos intrínsecos da
hospitalização
AMBULATÓRIOS

 O tratamento fisioterapêutico está mais focado na


melhora do condicionamento físico e na educação do
paciente, que objetiva aumentar a independência do
paciente, reduzir a sintomatologia e,
consequentemente, melhorar sua qualidade de vida

 A melhora da capacidade física previne e/ou melhora as


comorbidades das doenças respiratórias
 É importante notar que, independente do local em que
o tratamento fisioterapêutico se encontre, pode ser
definido como um serviço multiprofissional contínuo
para pacientes com doenças respiratórias e suas
famílias, visando melhorar o nível de independência e a
função do paciente na comunidade
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 ESTETOSCÓPIO

 ESFIGMOMANÔMETRO

 OXÍMETRO DE PULSO
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 MANOVACUÔMETRO
PImáx/PEmáx

 VENTILÔMETRO
Volumes e capacidades
pulmonares

 PEAK FLOW
Pico de fluxo
expiratório
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Incentivadores Respiratórios

Respiron - fluxo Voldyne - volume

 Aparelhos para auxiliar a remoção de secreção


Shaker

Flutter

Acapella
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Aparelhos para treinamento e condicionamento


muscular respiratório

Threshold – PEP e IMT Powerbreathe digital Powerbreathe analógico


UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Fluxômetros de parede
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Micronebulizadores

 Macronebulizadores
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Máscara de Venturi

 Cateter Nasal
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Sondas de aspiração nasotraqueal

 Aspirador portátil
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 AMBU
UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Ventilação Não-Invasiva (VNI)

EPAP CPAP BIPAP


UTENSÍLIOS E APARELHOS UTILIZADOS

 Ventilação Invasiva (VMI)


CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

 A aplicabilidade de técnicas de Fisioterapia Respiratória


tem se tornado fundamental ao paciente pneumopata seja
no âmbito ambulatorial e/ou no hospitalar e tem se
mostrado uma forte aliada à diminuição da
morbimortalidade destes pacientes, contribuindo não
somente de forma curativa, mas podendo atuar nos níveis
de assistência preventiva e de promoção da saúde
CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA

Sendo assim, a disciplina Fisioterapia Respiratória


proporciona a formação de profissionais capacitados a
trabalhar nas disfunções respiratórias em todos os níveis
de assistência por meio de saberes que contribuam para o
crescimento e autonomia profissional, estimulando nos
discentes o desenvolvimento do espírito investigativo e
crítico, comprometido com a realidade
EMENTA

Estrutura do ambulatório e da enfermaria


Infecções Pulmonares
Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
Asma
Afecções Pleurais
Atelectasia
Inaloterapia
Procedimentos Desobstrutivos e Expansivos
Procedimentos visando o aumento do tempo expiratório
 Procedimentos cinesiológicos
Ventilação não Invasiva
RX e gasometria arterial
OBJETIVO GERAL

 Ter embasamento teórico-prático para desenvolver


atividades de prevenção e intervenção fisioterapêutica
em pacientes acometidos de enfermidades do sistema
respiratório, no âmbito ambulatorial e/ou hospitalar,
associando conhecimentos morfológicos, fisiológicos e
semiológicos à clínica
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conhecer a estrutura e utensílios de um ambulatório e


enfermaria de Fisiot. Respir. e suas correlações com a
atuação do fisioterapeuta junto à equipe multi-
profissional

Associar princípios básicos da Fisiot. Resp. às carac-


terísticas do paciente enfermo sob o ponto de vista
fisiopatológico, ventilatório e funcional
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Desenvolver conhecimentos específicos a fim de


compreender a importância das abordagens preventiva e
terapêutica nas diversas alterações funcionais, com o
objetivo de realizar o diagnóstico fisioterapêutico e
programar o tratamento adequado a cada caso
PROCEDIMENTOS DE ENSINO

O curso se desenvolverá por meio de encontros que


incluirão aulas expositivas orais com discussões dirigidas
e interativas; mostra de vídeos para serem discutidos;
atividades práticas a serem desenvolvidas no laboratório
de semiologia e atividades estruturadas na clínica escola
e clínicas conveniadas com a instituição de ensino.

Leitura e aplicação de dispositivos legais voltados para


a resolução de problemas constantes dos planos de aula,
envolvendo atividades e realização de pesquisas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

 Será composto de três etapas:


Avaliação 1 (AV1), Avaliação 2 (AV2) e Avaliação 3 (AV3),
que deverão ser realizadas por meio de provas que
valerão, no mínimo, 8,0 (oito) pontos .

 A valoração de outras atividades acadêmicas de


ensino poderá ser incluída não podendo ultrapassar
20% da composição do grau final, que será de até
10,0 (dez) pontos.
 A AV1 contemplará o conteúdo ministrado da
disciplina até a data de sua realização, incluindo as
atividades estruturadas.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da


disciplina, inclusive o das atividades estruturadas.
Para aprovação na disciplina o discente deverá:
1. Atingir resultado final, igual ou superior a 6,0,
calculado a partir da média aritmética entre os graus
das avaliações, sendo consideradas apenas as duas
maiores notas obtidas dentre as três etapas de
avaliação, sendo que a menor delas deve ser igual ou
superior a 4,0.
2. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

IRWIN, S. Fisioterapia Cardiopulmonar. São Paulo: Manole,


2003.
PRYOR, J.A.;WEBBER,B.A. Fisioterapia para problemas
respiratórios e cardíacos.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2002.
SARMENTO, G.,J.,V. Recursos em Fisioterapia
Cardiorrespiratória. São Paulo: Manole, 2012.
SCANLAN, C.L. Fundamentos da terapia respiratória de
Egan. São Paulo: Mosby, 2009.
TARANTINO, A.B. Doenças Pulmonares. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
ULTRA , R.B. Fisioterapia Intensiva. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2009.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

PRESTO, B.P; PRESTO, L.D.N. Fisioterapia Respiratória:uma


nova visão. Rio de Janeiro: BP. 2005.
ROCCO, P. R.M; ZIN, W. Fisioterapia: teoria e prática clínica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
TURK, W.E.; CAHALIN, L. P. Fisioterapia Cardiorrespiratória.
Porto Alegre: Artmed, 2007.
SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia respiratória no paciente
crítico: rotinas clínicas. São Paulo: Manole, 2005;
MACHADO, M. G. R. Bases da Fisioterapia Respiratória ?
Terapia Intensiva e Reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008;
SARMENTO, G.J.V. Fisioterapia Hospitalar - Pré e Pós-
operatórios. São Paulo: Manole, 2008
INDICAÇÃO MATERIAL DIDÁTICO

 Barbara A. Webber; Jennifer A. Pryor, Fisioterapia para


Problemas Respiratórios e Cardíacos, editora: Guanabara
Koogan, edição: 2, ano:2002
- Capítulo: Técnicas Fisioterápicas, nº de páginas: 54
 Sérgio Saldanha Menna Barreto, Pneumologia, editora:
Artmed, edição: 1, ano:2009
- Capítulo 12 - Pneumonia Adquirida na Comunidade em
Adultos Imunocompetentes
- Capítulo 13 – Asma
- Capítulo 15 - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
- Capítulo- Tuberculose
- Capítulo 25 - Derrame Pleural
- Capítulo 26 - Pneumotórax
- FIM – OBRIGADA!

SEJAM BEM-VINDOS!
Um ótimo semestre para todos!

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