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FACULDADE DE JAGUARIÚNA

Engenharia de Produção

Análise ergonômica do trabalho em uma empresa metalúrgica


no interior de São Paulo.
Eduardo Ferreira de Souza - eduardosouza1986@hotmail.com
Rodrigo Edésio Nucci – Rodrigo.edesio.nuci@hotmail.com
Professor Orientador – Eduardo Martinho Rodrigues - edumartinhorodrigues@bol.com.br

Resumo
Este artigo tem por objetivo apresentar estudo ergonômico em torno CNC modelo
FTC 50, para identificar cargas no posto de trabalho para o operador utilizando–se
de uma avaliação qualitativa para compreender as variáveis de risco ergonômico e
possibilidades de intervenções. No presente estudo realizou-se uma revisão de
literatura e estudo em campo contemplando a relação existente entre homem versus
trabalho e vinculações à legislação vigente no país. Como resultado do trabalho
identificou-se as cargas predominantes na execução das atividades comparando-se
os dados primários, resultantes da observação durante a pesquisa. Conclui-se que o
processo e o ambiente de trabalho admitem ajustes, apresentando-se algumas
alternativas de melhoria de ambiente e de processo produtivo, que a empresa
estudada poderá utilizar.
Palavras Chaves: Homem, Trabalho, Cargas de trabalho, Processo.
Abstract
This article aims to present an ergonomic study on CNC lathe model FTC 50, to
identify loads in the workplace for the operator using – a qualitative assessment to
understand the risk variables and possibilities of ergonomic interventions. In this
study there was a literature review and field study contemplating relationship
between man and the bindings work versus current legislation in the country. As a
result of prevailing charges was identified in the implementation of activities
comparing the primary data resulting from the observation during the search. It is
concluded that the process and the workplace concede adjustments, some
alternatives of improvement of the environment and of the production process, the
company studied may use.

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Keywords: Man, Work, Case workloads, Process.


1- INTRODUÇÃO.
A ergonomia esta cada vez mais presente nas organizações nos dias de hoje,
visando evitar prejuízos à saúde psicofisiológica dos trabalhadores.
Nessa pesquisa é utilizado método de avaliação que identificam futuros
problemas e possibilidades de soluções para ambientes de trabalho, com a
finalidade de se criar condições mais apropriadas e melhores resultados na
interação homem versus atividade.
Com foco na ergonomia do posto de trabalho, trata-se no presente artigo de um
domínio de elevada expressão que possui interface com aspectos fisícos do trabalho
dentre estes transporte de cargas, posturas inadequadas, movimentos repetetitivos,
aplicação de força excessiva com membros superiores, e com o meio ambiente de
trabalho e organização do trabalho compreendendo o ritmo, ciclo de trabalho, tempo
concedido para execução de tarefas, fatores de atenção e psicossociais, variáveis
estas que de modo consolidado resultam da radicalização de modos de produção na
organização taylorista do trabalho, presente nas indústrias de transformação
notadamente em setor de usinagem.

2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
A ergonomia visa o conforto na execução do trabalho, para evitar fadiga
fisiológica dentro do ambiente de trabalho. Neste contexto, conforme ( AÑES,
C.R.R, 2003 ). “Ergonomia pode ser definida como o trabalho interprofissional que,
baseado num conjunto de ciências e tecnologias, procura o ajuste mútuo entre o ser
humano e seu ambiente de trabalho de forma confortável e produtiva, basicamente
procurando adaptar o trabalho às pessoas”.
A ergonomia vem evidenciando que não se pode mais aceitar velhos
procedimentos no projeto do trabalho, tal como considerar que os operadores são
apenas um “par de mãos”. Os trabalhadores devem ser considerados como seres
integrais, contribuindo para o trabalho de uma forma mais humana, deixando de ser
“carregadores de sacos ou puxadores de enxada”. TOMASINI (2001).
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A falta de atenção para as condições e qualidade de vida do trabalho


contribuem para o aumento substancial na incidência dos Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que englobam as lesões por
esforços repetitivos (LER)TOMASINI (2001).
A relação entre o trabalho e a saúde requer a implantação e implementação, por
parte das organizações de políticas de prevenção, construindo uma cultura
organizacional, em que seja propícia a realização da missão da organização com a
garantia da qualidade de vida e realização das pessoas (SANTOS, Hamilton
D’Ambros 2011). As empresas em geral devem atentar para as condições de
trabalho dos trabalhadores visando qualidade de vida das pessoas envolvidas no
processo, inclusive para os aspctos cognitivos.
No projeto do trabalho e nas situações cotidianas, a ergonomia sempre focaliza
o homem. As condições de insegurança, de insalubridade, de desconforto e de
ineficiência são eliminadas quando adequadas às capacidades físicas e psicológicas
do homem. (TOMASINI 2001).
As melhorias implementadas na operação de setup - troca de ferramentas -
estão normalmente focadas em técnicas de produção enxuta (PE). Entretanto,
combinações dessas técnicas com análises da interface homem/trabalho não são
comumente empregadas (ROSA, L. R. / VIDOR, G. / AMARAL, F. G. Simpep 2009).
Em um setor de usinagem deve ser aplicada a interface homem/trabalho para o
melhor resultado e evolução de processo, como estratégia para a redução das riscos
ergonomicos no trabalho.
Nesta perspectiva, deve-se considerar o acentuado grau de exigência para com
o desempenho do trabalhador polivalente que ocasiona a degradação de sua saúde
física e mental, por meio da análise das sobrecargas de trabalho e reação do
trabalhador para atitudes que provocam o estresse (CHIARIELLO, C. L. / EID, F.
Simpep, 2009).
Segundo (Gonçalvez M. 2008) o ato de levantar um peso está incluindo muitas
vezes nos movimentos que realizamos durante o dia. Mesmo que sua massa seja
pequena, realiza-se este levantamento manual de carga muitas vezes
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automaticamente, sem que o trabalhador tenha consciência dos mecanismos de


exigência orgânica necessária para que esta carga possa ser elevada ou
sustentada. Um levantamento seguro de um objeto ao nível do solo, requer que o
trabalhador mantenha a coluna lombar ereta, fletindo os joelhos para abaixar o
corpo, e levantar com os músculos da perna, manter o objetivo próximo ao corpo,
levantar de maneira lenta sem solavancos, girar com os pés em vez do tronco e
posicionar corretamente pés, queixo, braços e mãos. (GONÇALVES . M 1998 ).
Para TOMASINI (2001) a ergonomia pode contribuir para solucionar um
grande número de problemas sociais relacionados com a saúde, segurança,
conforto e eficiência.
No Brasil, é importante registrar que a legislação brasileira, em particular
a NR 17, prevê a realização de análises ergonômicas do trabalho, o que certamente
pode estimular esse movimento dentro das empresas TOMASINI (2001).
A NR 17 conforme item 17.1 visa a estabelecer parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. Já o item 17.1.1. cita que as condições de trabalho incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à
própria organização do trabalho. E o item 17.1.2 cita a importância da avaliação
ergonomica e a necessidade da empresa em avaliar a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador
realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as
condições de trabalho.
Programa de ergonomia na empresa para TOMASINI (2001) deve
caracterizar-se por uma visão sistêmica e uma abordagem multidisciplinar, além de
levar em consideração a produtividade e os aspectos humanos. A abordagem
multidisciplinar deve ser considerada para a formação do time que irá atuar no
processo, bem como deve-se levar em conta as experiências e conhecimentos de
cada um de seus componentes.
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O estudo da antroprometria tem um papel importante na análise ergonômica


nas empresas. Conforme (AÑES 2003) a antropometria trata das medidas físicas do
corpo humano. A origem da antropometria remonta-se à antigüidade pois Egípcios e
Gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo. O
reconhecimento dos biotipos remonta-se aos tempos bíblicos e o nome de muitas
unidades de medida, utilizadas hoje em dia são derivados de segmentos do corpo.
A importância das medidas ganhou especial interesse na década de 40
provocada de um lado pela necessidade da produção em massa, pois um produto
mal dimensionado pode provocar a elevação dos custos, e, por outro lado, devido
ao surgimento dos sistemas de trabalho complexos onde o desempenho humano é
crítico e o desenvolvimento desses sistemas dependem das dimensões
antropométricas dos seus operadores. Atualmente a antropometria (antropologia
física) associada aos valores culturais (antropologia cultural) constituem um ponto
importante nas questões que envolvem transferência de tecnologias, é a
denominada antropotecnologia.

Muito embora a antropometria tenha sua sustentação feita modernamente, a


história mostra, ser antiga a preocupação do homem em mensurar o corpo, e, ao
longo do tempo as proporções do corpo foram estudadas por filósofos, artistas,
teóricos e arquitetos ( MELLO, S.I.L, 2000).

A tecnologia é efetiva na medida que o homem pode operar e manter às


máquinas por ele projetadas. Um projeto bem desenvolvido tira vantagens das
capacidades humanas, considera as limitações e amplifica os resultados do sistema.
Fica evidente a necessidade do perfeito conhecimento das características físicas e
sócioculturais dos usuários de ferramentas e equipamentos, pois considerando as
ferramentas como extensões do próprio homem para executar o seu trabalho com o
máximo de eficiência e conforto, isto só será possível se na concepção destas, o
usuário for analisado e considerado ( AÑES, C.R.R, 2003).

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3- METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório focado na observação do posto de


trabalho com o operador em atividade normal, com avaliação qualitativa,
desenvolvido em uma empresa metalúrgica do interior do Estado de São Paulo.
Conforme Gil (1991, p.45) a pesquisa exploratória “visa maior familiaridade com o
problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses”. Aplicou-se
observação direta do posto de trabalho identificando as cargas existentes em
contraposição à legislação em vigor – NR 17 – Ergonomia.

4- RESULTADOS
Os levantamentos foram realizados de forma qualitativa observando-se a
jornada de trabalho de 6 horas de um operador de maquinas no torno CNC FTC 50,
em que na maioria do tempo o trabalhador permanece em pé. O trabalhador recebe
preliminarmente o lote de peças a serem usinadas dispondo-as em uma bancada ao
lado da máquina e para a movimentação destes materiais utiliza-se de um pórtico
para ajudar na transferência das peças a serem usinadas. Na sequência procede
aos ajustes da peça na placa de fixação do torno, faz a lubrificação da peça a ser
usinada com óleo de corte manualmente, digita dados de programação conforme o
desenho que entregue pelo setor de processo contando com um teclado suspenso
na altura de seu peito. A operação é iniciada, fazendo o acompanhamento visual da
usinagem no painel que fica a 90° (graus). Ao final do processo de produção, retira a
peça do torno com a abertura da porta da máquina e utiliza-se novamente do
pórtico.
Conforme Djair Lugli (2005) a carga de trabalho diz respeito à quantidade de
exigências a que são submetidos os trabalhadores na realização da atividade. Essa
carga pode ser subdividida de forma específica nas seguintes categorias:
A. Carga Sensorial (C.SE) – São estímulos recebidos pelas pessoas ( auditivo,
visuais, táteis, etc.).

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B. Carga Cognitiva (C.CO) – Uso da memória, atenção, raciocínio,


conhecimento.
C. Carga Afetiva (C. AF) – Necessidade do relacionamento humano na interação
dentro do trabalho como, por exemplo, atendimento ao solicitado pela
supervisão, relacionamento com outros trabalhadores, atendimento ao
público.
D. Carga visual (C. VI) – São as exigências sobre o aparelho ótico.
E. Carga músculo - esquelética (C.ME ) É a exigência sobre o corpo através da
solicitação de certos segmentos do corpo em função da atividade executada
envolvendo, tronco, membros superiores e membros inferiores.

Ao realizar os levantamentos das cargas verificou-se presencialmente passo a


passo as atividades do operador com o manejo no torno CNC modelo FTC 50
(Ilustrado na Figura 1).

Figura 1- Torno CNC ModeloFTC 50.

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Foram avaliados três processos similares com peças de tamanhos distintos. No


quadro 1 quantificam-se as cargas existentes na produção de uma peça bruta com
peso de 3 kg. (Metal fundido com sobremetal).

Atividades C.SE C.CO C.AF C.VI C.ME


Operador recebe a peça a ser
usinada em uma bancada ao lado de x x
sua máquina.

Operador pega a peça utilizando um


x x x
pórtico para coloca-la na máquina.

Operador acerta os ajustes da peça


x x x x
na placa de fixação da máquina.

Operador procede à lubrificação da


peça a ser usinada dentro da x x x x
máquina com óleo de corte.

Operador faz a programação


conforme desenho da máquina
x x x x
utilizando um teclado suspenso na
altura de seu peito.

Operador faz o acompanhamento da


operação de usinagem observando o
x x x
comportamento dinâmico da máquina
e painel.

Operador desloca novamente o


x x x
pórtico no plano da peça.

Operador desaperta a placa de


x x x
fixação da máquina e retira a peça.
Quadro 1 - exemplifica as cargas exercidas por atividade com peça com peso de 3 Kg.

O Gráfico 1 ilustra as cargas presentes do processo de usinagem de uma peça


com peso de 3 kg.
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Gráfico 1 – Avaliação das cargas de uma peça com peso de 3 kg.

Através da avaliação na execução das tarefas a peça de 3 Kg os resultados


apontam uma variação de cargas ergonômicas nas atividades de usinagem
destacando-se: 7 (sete) na categoria de carga visual, em 6 (seis) delas o operador
tem a carga sensorial, 6 (seis) com carga músculo – esquelética; 4 (quatro) com
carga cognitiva e 3 (três) com cargas afetivas.
No quadro 2 quantificam-se as cargas existentes na produção de uma peça
bruto com peso de 15 kg. (Metal fundido com sobremetal).

Atividades C.SE C.CO C.AF C.VI C.ME


Operador recebe a peça a ser
usinada em uma bancada ao lado de x x x
sua máquina.

Operador pega a peça utilizando um


x x x
pórtico para coloca-la na máquina.

Operador acerta os ajustes da peça


x x x x
na placa de fixação da máquina.

Operador procede à lubrificação da


peça a ser usinada dentro da x x x x
máquina com óleo de corte.

Operador faz a programação x x x x

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conforme desenho da máquina


utilizando um teclado suspenso na
altura de seu peito.

Operador faz o acompanhamento da


operação de usinagem observando o
x x x
comportamento dinâmico da máquina
e painel.

Operador desloca novamente o


x x x
pórtico no plano da peça.

Operador desaperta a placa de


x x x
fixação da máquina e retira a peça.
Quadro 2 – Avaliação das cargas exercidas por atividade com peça até 15 Kg.

O Gráfico 2 ilustra as cargas presentes do processo de usinagem de uma peça


com peso de 15 kg.

Gráfico 2 – Avaliação das cargas de uma peça com peso de 15 kg.

Através da avaliação na execução das tarefas a peça de 15 Kg os resultados


apontam uma variação de cargas ergonomicas descantado-se: 7 (sete) na categoria
de carga visual, 7 ( seis) carga músculo – esquelética, 6 (seis) delas o operador tem
a carga sensorial, 4 (quatro) com carga cognitiva e 3 (três) com Cargas afetivas.
No quadro 3 quantificam-se as cargas existentes na produção de uma peça
bruto com peso de 80 kg. (Metal fundido com sobremetal).
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Atividades C.SE C.CO C.AF C.VI C.ME


Operador recebe a peça a ser
usinada em uma bancada ao lado de x x x
sua máquina.

Operador pega a peça utilizando um


x x x
pórtico para coloca-la na máquina.

Operador acerta os ajustes da peça


x x x x
na placa de fixação da máquina.

Operador procede à lubrificação da


peça a ser usinada dentro da x x x x
máquina com óleo de corte.

Operador faz a programação


conforme desenho da máquina
x x x x
utilizando um teclado suspenso na
altura de seu peito.

Operador faz o acompanhamento da


operação de usinagem observando o
x x x
comportamento dinâmico da máquina
e painel.

Operador desloca novamente o


x x x
pórtico no plano da peça.

Operador desaperta a placa de


x x x
fixação da máquina e retira a peça.
Quadro 3 - Avaliação das cargas exercidas por atividade com peça de até 80 Kg.

O Gráfico 3 Ilustra as cargas presentes do processo de usinagem de uma peça


com peso de 80 kg.

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Gráfico 3 – Avaliação das cargas de uma peça com peso de 80 kg.

Através da avaliação na execução das tarefas a peça de 80 Kg os resultados


apontam uma varia=ção de cargas ergonomicas descantado-se: predominam neste
caso 7 (sete) etapas com carga visual e 7 (sete) com carga músculo – esquelética,
em 6 (seis) delas o operador tem a carga sensorial, 4 (quatro) carga cognitiva e 3
(três) com Cargas afetivas.

5 - DISCUSSÃO
Neste posto de trabalho CNC modelo FTC 50 foram avaliados os dados colhidos
na empresa estudada, em que são produzidas em média lote mensal de 40 peças
de 3 kg , 30 peças de 15 kg e 06 peças de 80 kg e avaliando as análises das cargas
concluí - se que na operação do torno CNC FTC 50 as cargas que o operador se
expõe de forma continúa são as cargas visual, carga Músculo- esquelética e carga
sensorial. A peça pesando 3 Kg, difere-se das demais pois ela exerce menos
esforço músculo- esquelética do operador, mas se iguala para as outras categorias
para cargas cognitiva e afetiva. As peças de 3 kg exigem menor esforço fisico do
que as demais, apesar da maior produção.

6- CONCLUSÃO
Conclui-se através desse estudo que há necessidade de mudanças no posto de
trabalho levando em consideração as cargas predominantes no processo de
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usinagem identificadas nesse estudo: Carga Visual, Carga Musculo esquelética e


carga sensorial. Para tanto, recomenda-se como intervenções possíveis:
- Melhorar a iluminação conforme descrito na NBR 5413 prevista na NR-17, para
o operador visualizar melhor as peças, os desenhos e realizar ajustes na
programação da máquina;
- Utilizar o pórtico em maior frequência para reduzir os esforços nos menbros
superiores e sobre o tronco;
- Ajustar o paínel da máquina para cada operador considerando que o
equipamento está fixo, possibilitando ajustes para o campo visual;
- Banco semi sentado para o descanso do trabalhador devido a posição
ortostática durante um o trabalho.

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AÑES, C.R.R. Antropometria na ergonomia. Disponivel em:
http://www.ergonet.com.br/download/antropometria-ciro.pdf. Acesso em: 22 jun.2012.
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em:<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf
Acesso em 07/Novembro/2012.
COUTO, H. A. Ergonomia aplicada ao trabalho em 18 lições. Belo Horizonte: Ergo, 2002.
CHIARIELLO, C. L. / EID, F. Os revês da polivalência: Sobrecarga de trabalho e estress:
Simpep, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
GONÇALVES M. Variáveis biomecânica analisadas durante o levantamento manual de carga.
Mortirz. Volume 4. Numero 2, Dezembro 1998.
LUGLI DJAIR. Organização do trabalho. Disponivel em: http://www.lugli.com.br/wp-
content/uploads/2010/01/09-organizacao_do_trabalho.pdf. Acesso em 21 Ago.2012.
MELO, S.L.L. e SANTOS, S.G. Antropometria em biomecânica: caracteística, princípios e
modelos antropométricos. Revista Brasiliera de cineantropometria & desempenho humano. Volume
2.-Numero 1-Pag. 97 a 105. 2000.
ROSA, L. R. / VIDOR, G. / AMARAL, F. G. Melhorias na operação de troca de ferramenta
baseado em uma análise ergonômica do trabalho: Simpep, 2009.
SANTOS, Hamilton D’Ambros. Análise de Risco ergonômico em posto de tornearia de uma
indústria Metalúrgica: Universidade de Taubaté, 2011.
TOMASINI, Arno. Desenvolvimento e aplicação de modelos de gestão ergonomica para uma
empresa da industria metalurgica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,2001.

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