ERGONOMIA DO TRABALHO UNID 1

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1.00
ERGONOMIA DO TRABALHO
TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA
ERGONOMIA DO TRABALHO
Autor: Esp. Jaime Luiz Major
Revisor: Diego Augusto de Jesus Pacheco
INICIAR
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introdução
Introdução
Podemos entender o conceito de ergonomia como o conjunto de disciplinas
que estuda o ambiente de trabalho e a interação do trabalhador com as
máquinas, equipamentos e o sistema de produção, sejam eles, manufatura
ou serviços, e os agentes de riscos aos quais o trabalhador está exposto. Se
analisarmos, um trabalhador muitas vezes acaba passando mais horas no seu
trabalho do que na sua casa. É pensando nessa situação que a ergonomia
vem contribuir, tornando essas horas de trabalho mais produtivas.
Temos, portanto, a ergonomia como uma “ferramenta de trabalho” capaz de

tornar essas horas cada vez mais produtivas, um ambiente onde as condições
ergonômicas são adequadas trará melhorias no desempenho dos
trabalhadores e aumento de produtividade, sem comprometer os objetivos e
resultados da empresa. Para entender essa diferença, e como manter as
metas da organização e aumentar a produtividade, vamos analisar a
ergonomia e seus impactos na produção.
A ergonomia é interdisciplinar em várias áreas do conhecimento, sua

utilização nos permite resolver deficiências com relação à demanda de
produção, ocorrência de acidentes, surgimento de doenças ocupacionais e
psicológicas (estresse).
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Definição e Evolução da
Ergonomia
Figura 1.1 - Ergonomia no trabalho

Fonte: Aleksandr Davydov / 123RF.
A palavra ergonomia é originária do grego e é composta por duas palavras:
ergon que significa trabalho e nomos - normas, regras, leis. Visa adaptar o
trabalho às características do trabalhador, a fim de prover-lhe conforto,
segurança e melhor desempenho na realização das suas atividades de
trabalho (FALZON, 2007).
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A ergonomia visa organizar o ambiente de trabalho e os processos utilizados,

gerando segurança no trabalho e prevenindo acidentes e patologias
relacionados com os tipos de atividades realizadas pelos trabalhadores,
promovendo um ambiente saudável. A ergonomia (ou fatores humanos) tem
como objetivo a transformação do trabalho, implantando adaptações que
atendam às características e variações do trabalhador, bem como do
processo em que atua.
Podemos definir a ergonomia como sendo a avaliação da relação existente

entre o trabalhador e o ambiente onde realiza suas atividades, buscando
proporcionar aos trabalhadores conforto, segurança e bem-estar. Com o
passar do tempo as posturas inadequadas, a repetitividade das tarefas e
aspectos como: iluminação do ambiente, ruídos, temperaturas e estresse vão
afetando a saúde do trabalhador, impedindo que o mesmo consiga
desenvolver suas atividades laborais. Embora seja uma disciplina
relativamente nova, principalmente no Brasil, o conceito vem passando por
revisões, buscando uma “ampliação conceitual”, se considerarmos a
diversificação dos processos e serviços, as constantes necessidades de ajustes
nos postos de trabalho buscando melhorar cada vez mais as condições gerais
de trabalho, oferecendo maior conforto para o trabalhador, veremos que essa
ação demanda uma maior aplicação da ergonomia, o que gera uma
necessidade maior de revisão e ampliação de seu escopo.
Encontramos a ergonomia dividida em diferentes campos de atuação como

descrito a seguir:
1. Ergonomia física: é a parte da ergonomia que estuda a associação

do trabalho com o trabalhador no que se refere aos aspectos físicos
(anatomia, antropometria, fisiologia e biomecânica), verificando
postura, manuseio de materiais e equipamentos, a repetição de
movimentos e como esses influenciam no funcionamento das
articulações e musculaturas.
2. Ergonomia cognitiva: está relacionada com as características
mentais do trabalhador, questões como resposta motora, percepção,
raciocínio e memória, avaliando os processos mentais utilizados na
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execução das tarefas e analisando a maneira como afetam as

interações com os outros sistemas. Avaliam-se as respostas dos
indivíduos referentes aos processos de tomada de decisão; em
situações de estresse proveniente das rotinas de trabalho; sua
interação com as máquinas; esforço mental de trabalho;
desempenho, motivação e satisfação.
3. Ergonomia organizacional: é conceituada como macroergonomia,
uma vez que abrange aspectos como ambiente de trabalho, modo de
operação, fatores humanos, técnicas e instrumentos, com a
finalidade de proporcionar melhorias nas condições de trabalho no
ambiente organizacional.
A ergonomia organizacional estuda de maneira geral o sistema de trabalho e

a forma de organização desse sistema e a sua interferência na relação do
trabalhador com o seu trabalho, analisando qual é o clima organizacional,
culturas, políticas e processos, bem como os modelos de liderança e gestão
da organização.
Iida (2005, p. 2) define a ergonomia como "o estudo da adaptação do trabalho

ao homem". Nesse contexto, o autor alerta para a importância de se
considerar além das máquinas e equipamentos utilizados no processo, as
circunstâncias em que transcorre essa relação homem / trabalho, ou seja, não
somente o ambiente físico, mas também a perspectiva organizacional de
como é feita a programação e controle desse trabalho para alcançar os
resultados desejados.
Tipos de ergonomia
Como vimos anteriormente, a ergonomia visa avaliar da relação existente
entre o trabalhador e o ambiente onde realiza suas atividades, buscando
proporcionar aos trabalhadores conforto, segurança, bem-estar, e garantindo
a produtividade.
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Encontramos a ergonomia dividida em diferentes campos de atuação como

descrito a seguir: a ergonomia cognitiva avalia os processos mentais que o
trabalhador utiliza; a ergonomia organizacional avalia e propõe mudanças na
estrutura organizacional da empresa; e a ergonomia física avalia e orienta o
trabalhador quanto à saúde. Dentro do estudo da ergonomia podemos
encontrar quatro (4) tipos de ações aplicadas no ambiente de trabalho,
conforme apresentadas a seguir:
1. Ergonomia de correção: atua de maneira parcial e restrita,

modificando pontualmente elementos como a iluminação, os ruídos,
a temperatura, as dimensões e posicionamento do mobiliário (IIDA,
2005).
2. Ergonomia de concepção: realiza intervenções diretamente no
projeto do ambiente, com o objetivo de melhorar a organização do
trabalho, dos sistemas de produção, uso correto dos equipamentos e
melhor postura dos funcionários (IIDA, 2005).
3. Ergonomia de conscientização: busca através de palestras,
treinamentos e cursos oferecer aos trabalhadores educação a
respeito de hábitos e métodos de trabalho que podem ser
prejudiciais à saúde — como má postura, uso inadequado de
equipamentos e trabalho em excesso (IIDA, 2005).
4. Ergonomia participativa: tem como foco principal a criação de um
Comitê Interno de Ergonomia (CIE), que trabalha em prol da
conscientização e viabilização de um projeto ergonomicamente
correto e saudável, e que priorize a saúde dos trabalhadores (IIDA,
2005).
A implantação da ergonomia no trabalho traz vantagens para a empresa e aos

trabalhadores, tais como: melhorias na qualidade de vida e saúde, aumento
de produtividade, redução do absenteísmo por lesões e valorização
profissional.
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Origem da Ergonomia
De acordo com Falzon (2007), ergonomia é uma palavra de origem grega
composta de ergo ( trabalho ) e nomos ( leis ou normas ). Embora
oficialmente a ergonomia tenha surgido no século XX, verificamos que desde
a pré-história, o homem já buscava formas para adequar ou adaptar o
trabalho às suas condições. Adaptar ferramentas (armas) à sua sobrevivência,
afiando essa ferramenta para que a caça fosse mais fácil e melhorando a
forma de pegada da ferramenta, já nos mostra alguns conceitos que são
utilizados na atualidade. Portanto a necessidade de sobrevivência deu origem
à ergonomia.
Se compararmos com a ergonomia utilizada nos dias atuais, podemos

constatar que além dessas preocupações, temos ainda a necessidade de
reduzir os riscos de acidentes, amplificar a produtividade e desenvolver maior
confiança da empresa junto à comunidade.
O médico italiano Bernardino Ramazzini em sua busca por identificar as

causas dos problemas nos pacientes por ele tratados, visitava os locais de
trabalho. Em 1700 sua publicação “ De Morbis Artificum ” (Doenças
ocupacionais), foi a primeira a descrever a respeito de lesões relacionadas ao
trabalho.
Em 1857 o polonês W. Jastrzebowski publicou um artigo chamado “Ensaio de

Ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da
natureza”. Essa publicação em essência relata “o estudo dos movimentos do
corpo humano” e como aplicar esses movimentos no “trabalho”.
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saiba mais
Saiba mais
O assunto “ergonomia” é muito complexo e
extenso, e necessita um tempo maior de
estudo, tendo em vista as necessidades de
ampliação desse conhecimento, a fim de
diminuir a quantidade de afastamentos nas
empresas pela incidência de doenças ligadas
ao trabalho (LER/DORT), grande geradora de
problemas à saúde do trabalhador e
responsáveis pela redução de produtividade.
Com o objetivo de disponibilizar mais
informações sobre o assunto, apresento
como sugestão, locais onde você terá acesso
a mais informações sobre o assunto,
entendendo o que é, e por que precisamos
conhecer mais sobre o assunto ergonomia.
Fonte: Elaborado pelo autor.
ACESSAR
O conceito de ergonomia se expandiu a partir do desenvolvimento das

máquinas e sofisticação dos processos após a segunda guerra mundial,
dando origem em 1949 à Ergonomic Research Society .
Como conhecemos um pouco da origem da ergonomia, vamos estudar quais

os objetivos dessa palavra tão importante nos dias atuais e que muito
contribui para o bem-estar dos colaboradores dentro das organizações.
Objetivos da Ergonomia
A ergonomia tem como objetivo estudar a relação entre o homem e a
empresa, levando em consideração fatores físicos e psicológicos, visando
reduzir erros e obter ganhos em eficiência, bem como minimizar as fadigas, o
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estresse e acidentes, mantendo a saúde dos trabalhadores e, com todos

esses fatores mais equilibrados, torna o homem mais eficiente e a
organização mais competitiva. Nesse contexto a eficiência produtiva e a
motivação são resultados diretos dessas ações.
Porém, somente o empenho de um trabalhador, ou a colaboração de uma

área específica não trará os resultados esperados. Para que esses resultados
sejam alcançados será necessária uma equipe multidisciplinar, com membros
de diversas áreas da organização, e ainda saber que, caso necessário,
profissionais de outras áreas de conhecimento devem fazer parte do projeto
de ergonomia.
Evolução da Ergonomia
É importante salientar que desde o início da civilização o homem estava
sempre à procura de algo que pudesse de alguma maneira vir a facilitar o seu
trabalho, desenvolver ferramentas e armas que o auxiliassem não apenas na
atividade de caça, seu meio de sobrevivência, mas mais maneiras para se
defender. Vemos no desenvolvimento da história o homem criando desde
armas e ferramentas com madeira e pedra até ferramentas que lhe permitia
enfrentar grandes predadores e inimigos.
Podemos verificar que já nessa época, de maneira intuitiva, o homem já

procurava por dispositivos que o ajudassem no trabalho. No período da
produção artesanal, que antecede a Revolução Industrial, os artesãos já
buscavam adequar as suas tarefas às necessidades humanas.
Com o envolvimento da Inglaterra na Revolução Industrial e domínio da

máquina a vapor, uma grande quantidade de pessoas migraram do campo
para a cidade, marcando o êxodo rural, evento este que mudou o mundo,
uma onda de produção em larga escala toma conta da Europa e em seguida a
América. Surgem então as primeiras fábricas, onde as condições de trabalho
eram precárias, homens, mulheres e crianças trabalhando em locais escuros e
sujos, tomados por muito barulho e extremamente perigosos. Nesse
ambiente o trabalhador laborava até 18 horas diárias, sendo submetido a
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condições precárias, sem férias, sem qualquer tipo de indenização, recebendo

um salário baixíssimo pago diariamente.
Já entre o fim do século XVIII e início do século XIX, Frederick Winslow Taylor
realizou estudos para organizar o trabalho tornando-o mais sistemático e
eficiente. O tema é novamente colocado em discussão com a publicação dos
princípios da “Administração Científica” (Frederick Taylor), os quais foram
motivados pelo desejo de encontrar uma maneira eficiente para realizar uma
determinada atividade, a partir da ideia inicial de que um trabalhador que não
tem a sua saúde prejudicada pelo processo pode produzir muito mais. No
mesmo século, a Administração Científica teve continuidade e foi aprimorada
por Lilian e Frank Gilbreth.
Em 1900, a fisiologia humana foi objeto de estudo voltado ao trabalho

(fisiologia do trabalho) e energia gasta em ambientes como: mina de extração
de carvão, fundições e outras situações, onde existe um gasto muito alto de
energia na realização das atividades e o ambiente de trabalho é
extremamente agressivo à saúde humana. Outros estudos foram realizados
avaliando a movimentação do corpo, observando: as fadigas físicas e
psicológicas, as posturas e o ambiente de trabalho (mobiliário, iluminação,
ventilação, temperatura, ruído, umidade, vibração etc.).
Durante quase cem anos, a ergonomia foi desenvolvida como sendo uma
área do conhecimento humano. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve
uma união de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas e biológicas.
Profissionais de várias áreas (psicologia, fisiologia, antropologia, medicina e
engenharia) reúnem forças e conhecimentos para solucionarem problemas
causados nos soldados devido à operação dos complexos equipamentos
militares. Os resultados desse trabalho seriam aproveitados na indústria no
período pós-guerra. Após a Segunda Guerra Mundial, o conceito de
ergonomia entra em expansão, surgindo então aquela que seria a “primeira
sociedade nacional de ergonomia”, fundada em 1949, pelo engenheiro
Kenneth Frank Hywel Murrell, a Ergonomic Research Society , e a Associação
Internacional de Ergonomia, organizada em Estocolmo, em 1959.
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A fim de que possamos compreender mais sobre a evolução da ergonomia, é

importante aprofundarmos o conhecimento a respeito da organização do
trabalho e a Administração Científica do Trabalho que assegurou
contribuições para essa matéria.
De forma resumida será apresentada a “Administração Científica do

Trabalho”.
Taylor (1856-1915) inicia sua carreira como um funcionário comum em uma

metalúrgica, alcançando o cargo de gerente industrial. Como qualquer líder,
ao ser promovido, os resultados começam a ser cobrados, por conhecer as
formas de realização do trabalho na empresa tinha plena convicção de que
para obter sucesso deveria organizar a produção, área deficiente da empresa.
Como não havia registros anteriores sobre a produção ou sobre os processos
de produção, Taylor começa a realizar experimentos. Os resultados desses
experimentos deram origem à sua teoria de organização do trabalho,
publicada como “Princípios da Administração Científica”, baseada inicialmente
na divisão do trabalho, pois segundo a Administração Científica do trabalho,
para alcançar eficiência na produção o “trabalho todo” deveria ser separado
em tarefas simples e que se repetissem, bastando apenas treinar o
funcionário para a tarefa, evitando dessa forma que as atividades fossem
realizadas no formato antigo, com cada trabalhador realizando suas
atividades como queria, criando suas próprias regras e ritmos de trabalho.
É nesse cenário que Taylor divide o trabalho e impõe uma sequência de

atividades, realizada em postos de trabalho, onde as tarefas são executadas
de forma simples e se repetindo, ou seja, define um fluxo contínuo de
produção, cria um padrão e cada posto de trabalho passa a produzir da
mesma maneira e a carga de trabalho dividida entre esses postos de trabalho
e os movimentos realizados sendo revistos a fim de eliminar movimentos
desnecessários, economizando tempo e energia.
Para reduzir a exaustão no trabalho e aumentar a eficiência do operário,

tomadas de tempo foram realizadas durante a execução das tarefas, dando
origem à “cronoanálise”.
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Além das preocupações relativas à organização da fábrica, assim como sua

eficiência, preocupou-se também em organizar o espaço fabril colocando em
ordem os elementos; máquinas e ferramentas e até o próprio trabalhador, na
tentativa de melhorar sua eficiência na fábrica.
reflita
Reflita
Taylor foi duramente criticado com relação à administração
científica sob a alegação de não dar atenção ao trabalhador
como a parte humana do processo, estabelecendo a empresa
como uma máquina. Considerando as críticas da época
procura-se entender se padronizar o método de trabalho é
uma forma de intensificar o trabalho ou uma maneira de
racionalizar as tarefas realizadas pelo trabalhador?
Fonte: Elaborado pelo autor.
A “Reengenharia”, criada por Michael Hammer e James Champy é um modelo

de reestruturação da organização, estruturada em meados da década de
1990 para atender tudo o que o mercado precisava. Objetiva fazer o uso de
um número menor de colaboradores, porém, de forma que estes tivessem
uma qualidade maior em suas qualificações. Entretanto, da mesma forma que
os princípios da Administração Científica de Taylor, a reengenharia também
foi comandada, algumas vezes, por funcionários de reputação duvidosa e tal
modelo foi utilizado “como desculpa” para justificar demissão em massa. Em
muitos fóruns, a reengenharia foi bastante criticada e tida como “ponte” para
os diversos desempregados “sem critério”. O conceito do modelo é muito
interessante e poderia ter sido utilizado para a definição de eficiência.
Devido às reclamações que se espalharam por todo o país na época da

administração científica, Taylor foi convocado pelo congresso nacional sobre o
novo método, pois havia a alegação de que os trabalhadores trabalhavam
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mais, produziam cada vez mais e ganhavam o mesmo salário, e havia ainda a
alegação de que o método era aplicado sob repressão. Taylor explica então
que na Administração Científica devido ao trabalho haver se tornado mais
prático e mais funcional, o gasto com energia do trabalhador tornou-se
menor, pois os movimentos eram reduzidos, por esse motivo o trabalhador
terminava por trabalhar menos e produzia mais, o que fazia com que
recebesse incentivos pelo bom desempenho.
Segundo a física, toda ação requer uma reação, e com a reação à

Administração Científica de Taylor ou Taylorismo, surgiu a Escola das Relações
Humanas onde seu ícone é Elton Mayo.
Elton Mayo realizou uma experiência entre 1927 e 1932, que consiste na
avaliação dos efeitos da iluminação na produção, revolucionando a relação
entre operário e trabalho e contrariando a abordagem de Fayol e da
Administração Científica de Taylor, dando ênfase não à estrutura e à tarefa,
mas às pessoas (CHIAVENATO, 1979). A experiência realizada por Mayo
permitiu chegar à conclusão que o aumento ou diminuição da produção não
depende apenas nos fatores físicos, existe o fator emocional identificado
através da valorização do trabalhador.
Conforme já citado anteriormente, o conceito de ergonomia tem se ampliado

continuamente, e quanto mais as pessoas conhecerem sobre a ergonomia e
suas aplicações, não somente se consolidará o conceito, como também este
se aperfeiçoa, conforme o que responde a sociedade.
No Brasil, não existem cursos de graduação para a formação de profissionais

de ergonomia, mas existem vários cursos de pós-graduação na área.
Parte das empresas que utilizam a ergonomia não tem uma área formada por
ergonomistas, apenas um grupo de profissionais que estão direta ou
indiretamente ligados à realização do trabalho e tudo a que ele se refere. Na
organização moderna, onde o ambiente é sempre de maior competitividade,
é bastante frequente que a ergonomia e a segurança do trabalho sejam
inseridos.
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Pensando em aplicar de maneira correta a ergonomia, as empresas criam e

mantêm o comitê de ergonomia, equipe multidisciplinar com a finalidade de
“garantir” na empresa que as relações entre trabalhadores e sistemas
aconteçam harmoniosamente. Os membros desse comitê precisam reunir-se
regularmente, planejando a inserção de ações instantâneas, além de
programar os próximos eventos com vistas à melhoria contínua.
De acordo com Iida (2005), existem profissionais ligados à saúde do

trabalhador, à organização do trabalho, ao projeto de máquinas e
equipamentos, trazendo consigo uma grande contribuição e conhecimentos
úteis a serem utilizados na solução de situações tidas como problemas
ergonômicos, entre esses profissionais estão:
Médicos do trabalho: colaboram na identificação das doenças

ocupacionais e do trabalho, realizando o acompanhamento de saúde
e criando um dossiê de “histórico de dor” por local de trabalho. Essa
prática serve como orientação para o “Comitê de ergonomia” na
revisão de processos tanto atuais quanto novos.
Engenheiro de projeto: sua contribuição está relacionada com o
projeto, a distribuição ordenada dos equipamentos e processos
dentro da área onde serão realizadas as atividades.
Engenheiros de produção: colaboram distribuindo o trabalho
evitando sobrecargas e estabelecem o fluxo de materiais, postos de
trabalho e métodos de avaliação do tempo.
Engenheiros de segurança e manutenção: têm a função de
encontrar áreas, máquinas e equipamentos, atividades de trabalho e
ambiente com potencial de riscos, acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho.
Desenhistas industriais: desenvolvem e desenham os croquis que
permitem desenvolver, definir e construir um produto.
Psicólogos: são profissionais que aplicam os conhecimentos de
psicologia no ambiente de trabalho, analisando processos cognitivos,
recrutamento, seleção e treinamento profissional.
Enfermeiros e fisioterapeutas: aplicam seus conhecimentos para
tratar e prevenir lesões e patologias ocupacionais.
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Programadores de produção: sua função é planejar e programar o

processo de produção conforme as necessidades de fabricação e as
demandas existentes.
Administradores: são responsáveis por coordenar a empresa
definindo suas metas e manter o controle na busca por alcançar seus
objetivos.
Compradores: realizam a cotação e negociam os valores com seus
fornecedores, emitindo pedidos de compra após avaliar as
funcionalidades do produto, equipamento ou máquina no
atendimento aos requisitos ergonômicos solicitados.
Quando a empresa ainda não possui um comitê de ergonomia, formado por

pessoas de todas as áreas da empresa atuando ativamente nas relações de
conforto ambiental, produtividade e qualidade de serviço ou ainda no início
da implantação da ergonomia, essas empresas acabam aplicando a
ergonomia de “ocasião”, que contribui conforme o momento ou motivo que é
implantado, sendo classificada como ergonomia de: Concepção, Correção,
Conscientização e Participação.
Ergonomia de concepção: tem como objetivo avaliar no projeto se a

organização do trabalho e os sistemas de produção são compatíveis
no que se refere à saúde, segurança, postura correta do trabalhador,
uso correto de equipamentos e trabalho em grupo.
Ergonomia de correção: tem como objetivo, quando já existe o
problema, realizar correções pontuais nos sistemas de iluminação,
redução dos índices de ruído, controle de temperaturas e adequação
de mobiliários relacionada à dimensão e posição.
Ergonomia de conscientização: consiste em instruir o trabalhador
através de treinamentos sobre seus hábitos e formas de trabalho,
que acabam prejudicando a saúde, principalmente corrigindo hábitos
de postura e uso de equipamentos.
Ergonomia de participação: é quando o trabalhador ou usuário
participa do processo de desenvolvimento de máquinas,
equipamentos, mobiliário e processo de fabricação e/ou prestação
de serviços. A ergonomia de participação é efetiva quando o
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trabalhador ou usuário já possui conhecimentos prévios sobre o que

vem a ser ergonomia.
Traçando um paralelo entre o conceito de ergonomia e o conceito de

qualidade, igualmente atuais em constante ampliação de escopo, é possível
afirmar que, quando o conceito de qualidade é disseminado com sucesso em
uma organização, podemos entender que a organização ampliou, elevou seu
nível de maturidade em relação às práticas de qualidade, rumo à excelência.
A “Qualidade Total” está relacionada ao grau de maturidade organizacional

que a empresa possui. Quando uma organização é capaz de definir objetivos
claros voltados à qualidade, disseminar e gerir esses objetivos em todos os
níveis hierárquicos e em todos os colaboradores, é possível afirmar que o
“conceito” de qualidade total “invadiu” toda a organização.
Da mesma maneira, quando o conceito de ergonomia é construído e

consolidado em toda a organização, é possível afirmar que a
macroergonomia foi atingida pela empresa.
praticar
Vamos Praticar
A ergonomia pode ser definida como a avaliação da relação existente entre o
trabalhador e o ambiente onde realiza suas atividades, buscando proporcionar aos
trabalhadores conforto, segurança e bem-estar. Com o passar do tempo as
posturas inadequadas, a repetitividade e itens como: iluminamento, ruídos,
temperaturas e estresse vão afetando a saúde do trabalhador, impedindo que o
mesmo consiga desenvolver suas atividades laborais. Com base nessa afirmação,
sobre o objetivo da ergonomia, analise as afirmativas a seguir:
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I. Desenvolver e aplicar técnicas de adaptação de elementos do ambiente de

trabalho ao ser humano, gerando bem-estar e segurança ao trabalhador,
aumentando a produtividade.
II. Realizar avaliação dos fatores físicos e psicológicos, visando reduzir erros e obter
ganhos em eficiência para garantir o bem-estar e segurança ao trabalhador,
aumentando a produtividade.
III. Minimizar as fadigas, o estresse e os riscos ambientais no ambiente de trabalho,

mantendo a saúde dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, ser eficiente tornando a
organização competitiva.
IV. Desenvolver meios que auxiliem os trabalhadores nas suas necessidades mais
básicas, adaptando “meios ou ferramentas” que potencializam os resultados.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) III e IV, apenas.
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Antropometria
Conhecida como uma linha da antropologia, a antropometria, palavra

formada pela junção de duas palavras de origem grega – ántrophos (homem
ou ser humano) e métron (medida), trata das grandezas do corpo humano,
bem como análise e comparação de assuntos relacionados à genética e à
biologia do ser humano. Segundo Iida (2005, p. 2) “a antropometria trata das
medidas físicas do corpo humano”, principalmente no que se refere ao
tamanho e à forma do trabalhador. A antropometria tornou-se extremamente
importante, principalmente na indústria que necessita que as informações
antropométricas sejam cada vez mais precisas para atender as
especificidades dos produtos fabricados e as necessidades de produção. Até
meados de 1940 a antropometria tinha como objetivo determinar apenas
medidas como peso e estatura e conforme os sistemas foram se
desenvolvendo, passou-se a realizar também a análise das variações de
movimentos realizados na atividade, bem como os alcances desses
movimentos.
Com a mudança dos sistemas de trabalho que se tornaram cada vez mais
complexos, a antropometria assume um papel importante diante da
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necessidade de se conhecer com exatidão as grandezas físicas do

trabalhador, essas informações são fundamentais para a ergonomia e
principalmente no que se refere a desenvolver ou dimensionar o posto de
trabalho, desenvolvimento de produtos como cadeiras, mesas, máquinas e
equipamentos etc. Uma ferramenta desenvolvida observando-se os padrões
ergonômicos fará com que o operador não somente tenha um desempenho
melhor, como não sofra nenhum dano em suas estruturas
musculoesqueléticas.
É importante salientar que esses dados somente farão sentido para a

ergonomia se as atividades desenvolvidas pelo trabalhador também forem
analisadas.
A ergonomia utiliza as avaliações realizadas no campo da antropometria para

realizar adaptações nos ambientes de trabalho, de forma a adequar o
ambiente de trabalho ao trabalhador, gerando maior conforto na realização
de suas atividades. A antropometria estuda as dimensões e as partes do
corpo utilizando-se de três recursos para realizar os ajustes necessários de
ergonomia, a antropometria estática, a antropometria dinâmica e a
antropometria funcional, enquanto a ergonomia estuda a adaptação dos
membros do corpo ao ambiente de trabalho.
A antropometria divide-se em:
1. Antropometria estática: as medidas se referem ao corpo parado ou

com poucos movimentos e as medições realizam-se entre pontos
anatômicos claramente identificados. Ela deve ser aplicada ao projeto
de objetos sem partes móveis ou com pouca mobilidade, como no
caso do mobiliário em geral (IIDA, 2005, p. 110).
2. Antropometria dinâmica: mede os alcances dos movimentos. Os
movimentos de cada parte do corpo são medidos mantendo-se o
resto do corpo estático, é aplicada nos casos de trabalhos que
exigem muitos movimentos corporais ou quando se devem
manipular partes que se movimentam em máquinas ou postos de
trabalho (IIDA, 2005, p. 110).
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3. Antropometria funcional: são as medidas antropométricas

relacionadas com a execução de tarefas específicas, cada parte do
corpo não se move isoladamente, mas há uma conjugação de
diversos movimentos para se realizar uma função, envolvendo
alcance das mãos, o movimento dos ombros, rotação do tronco,
inclinação das costas e o tipo de função que será exercido pelas
mãos (IIDA, 2005, p. 110).
praticar
Vamos Praticar
Os sistemas de trabalho se tornaram cada vez mais complexos, fazendo com que a
antropometria assuma um papel importante diante da necessidade de se conhecer
com exatidão as grandezas físicas do trabalhador para dimensionar o posto de
trabalho. Com base nessa necessidade responda: Quais são os elementos e etapas
de um estudo antropométrico?
I. Os elementos são dimensionamento do espaço, desenvolvimento de mobiliário e

definição de estatura física do trabalhador, seguindo as etapas de avaliação estática,
dinâmica e funcional.
II. Os elementos são dimensionamento do espaço e desenvolvimento de mobiliário,

seguindo as etapas de avaliação estática, dinâmica e funcional.
III. Os elementos são dimensionamento do espaço através das etapas de avaliação

funcional.
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IV. Os elementos são dimensionamento do espaço através das etapas de avaliação

estratégica, dinâmica e funcional.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
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Biomecânica
A biomecânica é a ciência que estuda o corpo humano e seus movimentos

com base nas leis, preceitos, métodos e fundamentos de anatomofisiologia e
suas causas no organismo do ser humano.
No ambiente de trabalho, os movimentos realizados pelo trabalhador no

desenvolvimento de suas atividades são estudados pela biomecânica
ocupacional, permitindo que problemas relacionados com a postura
inadequada, um dos maiores causadores de doenças e dores apresentados
pelos trabalhadores, possam ser efetivamente tratados.
A biomecânica ocupacional aplicada no ambiente de trabalho é responsável

pelo aumento da produtividade e melhorias no bem-estar dos trabalhadores,
é uma importante ferramenta para prevenir acidentes, gerando resultados
importantes para a saúde dos trabalhadores e para a empresa ao corrigir os
problemas gerados pela postura inadequada e movimentos desordenados ou
repetitivos, reduzindo os impactos causados ao trabalhador na realização de
suas atividades. A correta aplicação da biomecânica no ambiente de trabalho,
conscientizando os trabalhadores com relação aos movimentos e
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estimulando-os a utilizarem os músculos de maneira correta, aumenta a

eficiência produtiva e a disposição dos trabalhadores. A biomecânica tem
como um dos principais objetivos analisar e identificar quais são os reflexos
da atividade desenvolvida no corpo do trabalhador, bem como maneiras de
minimizar ou eliminar seus efeitos, adaptando as atividades de acordo com as
limitações do trabalhador, evitando danos físicos, adequando a tarefa ao
trabalhador.
A aplicação da biomecânica na organização reduz a quantidade de acidentes

de trabalho, pois o trabalhador que realiza suas atividades onde as exigências
musculares e articulares obedecem aos parâmetros de compatibilidade com a
sua capacidade tem menor probabilidade de acidentes. Através da correta
aplicação da biomecânica é possível prevenir ou reduzir a ocorrência de
doenças ocupacionais, adequando posturas e definindo a carga certa para
cada atividade, provendo o bem-estar aos trabalhadores através de melhorias
nas condições de trabalho no ambiente físico e jornadas de trabalho com
menor desgaste que farão com que haja redução do absenteísmo e despesas
com saúde, aumento da produtividade, além de elevar a competitividade.
Dessa forma, aplicar a biomecânica no ambiente de trabalho proporciona
benefícios não somente para os trabalhadores, mas também para a empresa
em termos de resultados.
A biomecânica possui aspectos que tornam os estudos mais específicos no

que se refere ao trabalho, tais como:
Trabalho estático : “exige contração contínua de alguns músculos,

para manter uma determinada posição” (IIDA, 2005, p. 162).
Trabalho dinâmico : “o trabalho dinâmico ocorre quando há
contrações e relaxamentos alternados dos músculos, corno nas
tarefas de martelar, serrar, girar um volante ou caminhar” (IIDA,
2005, p. 162).
A cinemática do movimento estuda os movimentos do corpo quando em

resposta a um estímulo na realização das atividades do trabalhador. Permite
assim a associação de todos os conceitos para realização da análise do
movimento, permitindo maior compreensão sobre como tratar e prevenir os
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problemas causados a partir da posição, velocidade e aceleração dos

movimentos.
Segundo Iida (2005, p. 162) “a biomecânica ocupacional é uma parte da

biomecânica geral, que se ocupa dos movimentos corporais e forças
relacionados ao trabalho”. Sua aplicação melhora o rendimento do
trabalhador, otimiza os movimentos, reduzindo os impactos nas articulações
e tecidos durante a realização de suas atividades, promovendo através do
controle de movimentos e ergonomia maior eficiência do trabalhador e
menor incidência de riscos de doenças ocupacionais e lesões através do
estudo das forças que atuam nos corpos, dividindo-se em biomecânica
interna e biomecânica externa.
A biomecânica interna é o estudo das articulações, músculos, ossos e

tecidos e a sobrecarga originada internamente no corpo humano,
bem como suas consequências para o corpo.
A biomecânica externa é o estudo das forças físicas que atuam
externamente no corpo referente às alterações de posicionamento
do corpo, ossos, articulações e tecidos, durante o movimento
verificando sua velocidade, aceleração e trajetória.
praticar
Vamos Praticar
A aplicação da biomecânica no ambiente de trabalho representa melhorias no
rendimento do trabalhador, reduzindo os movimentos e principalmente os
impactos causados ao corpo durante a realização das atividades, gerando maior
eficiência.
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Analise as afirmativas abaixo que definem biomecânica e destaca a diferença entre

biomecânica interna e externa.
I. Biomecânica estuda o corpo humano, seus movimentos e suas causas no

organismo do ser humano; a biomecânica interna estuda as forças físicas que
atuam externamente no corpo referente a alterações de posicionamento do corpo,
e a externa estuda a sobrecarga interna e suas consequências para o corpo.
II. Biomecânica estuda o corpo humano, seus movimentos e suas causas no

organismo do ser humano; a biomecânica interna estuda a sobrecarga interna e
suas consequências para o corpo, e a externa estuda as forças físicas que atuam
externamente no corpo referente a alterações de posicionamento do corpo.
III. Biomecânica é o estudo da mecânica dos organismos vivos; a biomecânica

interna estuda as forças físicas que agem sobre os corpos, e a externa é o estudo
das articulações, dos órgãos, tecidos e dos sistemas do corpo.
IV. Biomecânica é o estudo de organismos vivos; a biomecânica interna estuda as

forças articulares nos movimentos, e a externa estuda as grandezas musculares do
corpo humano.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
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Fisiologia
Na Europa, especialmente na Alemanha e França e países como Noruega,

Dinamarca e Suécia, na metade da década de 1900, surgem os estudos sobre
a fisiologia humana com vistas ao trabalho (fisiologia do trabalho) e gastos
energéticos aplicando os conhecimentos sobre fisiologia já vistos em
laboratório em outros ambientes como: extração de carvão, fundições e
outras situações, onde o gasto energético humano é extremo e o ambiente
estritamente agressivo à saúde humana.
A fisiologia é o campo da biologia que busca o entendimento do corpo

humano, estudando seu funcionamento, descrevendo as funções físicas,
mecânicas e bioquímicas dos órgãos, sua estrutura e importância para a
sobrevivência. É a parte da biologia que nos permite conhecer o
funcionamento do organismo e as atividades que cada estrutura desenvolve,
compreendendo os processos necessários para a manutenção da vida.
Sendo um ramo da biologia, a fisiologia através de estudos busca explicar a

origem da vida do ser humano, sua manutenção e propagação, tendo como
temática o funcionamento e equilíbrio do homem através da explicação dos
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fatores físicos, químicos e bioquímicos e anatômicos. A fisiologia estuda o

funcionamento do organismo, buscando a compreensão das particularidades
das células, tecidos e sistemas nervoso, muscular, circulatório etc. O corpo
humano possui uma série de processos que são responsáveis por garantir
seu funcionamento, ou seja, é uma máquina extremamente perfeita e estudá-
lo é essencial para proporcionar a saúde ao trabalhador, evitando doenças
ocupacionais e gerando qualidade de vida.
Para atuar de forma preventiva e garantir que o trabalhador tenha sua saúde
preservada e livre de doenças relacionadas ao trabalho, a ergonomia faz uso
das noções de fisiologia humana para entender os impactos do trabalho na
vida do trabalhador, pois o trabalho causa implicações na saúde do
trabalhador como: tendinites, estresse, problemas circulatórios, dores de
cabeça, patologias nas articulações etc.
A preocupação da ergonomia está nas condições de trabalho, de forma geral,

iluminação, temperaturas, ruído e outros fatores que podem influenciar no
organismo, através da identificação dos impactos do trabalho no dia a dia do
trabalhador, atuando de forma preventiva para garantir que os trabalhadores
sejam saudáveis.
praticar
Vamos Praticar
A fisiologia busca explicar a origem da vida do ser humano, tendo como temática o
funcionamento e equilíbrio do homem através da explicação dos fatores físicos,
químicos e bioquímicos e estudando o funcionamento do organismo. Nesse
contexto responda: Qual é a importância da fisiologia para a ergonomia?
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I. Auxiliar a ergonomia na manutenção das condições de trabalho, e outros fatores

que podem influenciar no organismo.
II. Desenvolve o equilíbrio do homem através da explicação dos fatores físicos,

químicos e bioquímicos.
III. Avaliar de maneira preventiva os impactos do trabalho na vida do ser humano.
IV. Atuar na prevenção de patologias que possam ocorrer devido ao determinado

tipo de trabalho.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) IV, apenas.
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indicações
Material
Complementar
LIVRO
Ergonomia: Projeto e Produção. 3ª edição

revista.
Itiro Iida e Lia Buarque de Macedo Guimarães
Editora: Blucher
ISBN: 9788521209331
Comentário: Neste livro os autores apresentam
atualizações com referência às mudanças que
ocorreram em função da tecnologia da informação e
meios de divulgação de informações e a relação desses
sistemas com o trabalhador no ambiente de trabalho.
Com base no crescimento da ergonomia e sua
abrangência em todos os segmentos, atendendo todas
as camadas de trabalhadores da sociedade e,
14/4/22, 10:24 Ead.br
principalmente em pesquisas, os autores apresentam

ao final de cada capítulo casos de aplicação. Este livro
traz conhecimentos que podem contribuir para a
melhoria do conforto e produtividade dos
trabalhadores.
FILME
Tempos Modernos
Ano: 1936
Comentário: O filme apresenta como funcionava o
processo de trabalho no passado, como eram as
tarefas diárias, os trabalhadores exerciam funções pré-
definidas que não mudavam durante sua permanência
no trabalho. A ideia de transformar o trabalhador em
máquina é percebida, com a empresa desenvolvendo
uma máquina que permitia o funcionário fazer suas
refeições durante a realização do trabalho para não
paralisar a produção, mostrando o quão exaustivo era
o processo de produção, que de tempos em tempos
tem a velocidade de produção aumentada, o
trabalhador realizando trabalho com grande índice de
movimentos repetitivos, em pé, com pouco espaço para
movimentação e principalmente com alto índice de
cobrança, não havendo preocupação com o
trabalhador. As situações de trabalho fizeram com que
o trabalhador adoecesse, entrando em surto, repetindo
os movimentos realizados no desenvolvimento de suas
atividades. O filme Tempos Modernos nos deixa clara a
necessidade de se garantir a ergonomia nos ambientes
de trabalho. Assista ao trailer:
14/4/22, 10:24 Ead.br
TRAILER
14/4/22, 10:24 Ead.br
conclusão
Conclusão
A ergonomia contribui para melhoria das situações de trabalho nas empresas.
Este trabalho nos permite entender a definição de ergonomia e quais os tipos
existentes, conhecendo sua origem através do estudo “Ensaios de ergonomia
ou ciência do trabalho”, sobre os movimentos do corpo humano e sua
aplicação no trabalho, entendemos o seu principal objetivo, “promover a
interação, mais harmônica possível, entre o homem (trabalhador)” e sua
evolução desde a organização do trabalho pós-revolução Industrial, seguindo
através do surgimento da sociologia do trabalho, chegando até os dias atuais.
Com o propósito de agregar conhecimentos sobre a importância, imensidão

do conceito e aplicação da ergonomia estudamos a antropometria e sua
importância na definição dos postos de trabalho, os mobiliários e dispositivos
que compõem o posto de trabalho; o estudo dos movimentos do corpo na
realização de tarefas a fim de evitar desconfortos e doenças nos
trabalhadores, através da biomecânica e, por fim, a fisiologia estudando os
distúrbios psicofisiológicos relacionados a aspectos como: abundância de
trabalho, tarefa, clima na organização, código de trabalho, exigência, metas
etc. e até mesmo “assédio moral”.
referências
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Referências
Bibliográficas
BARBOSA, R. P. Avaliação de risco e impacto ambiental . São Paulo: Érica,
2014. [Recurso on-line]. ISBN: 97885365221510.
BARSANO, P. R. Higiene e segurança do trabalho . São Paulo: Érica, 2014.

[Recurso on-line]. ISBN: 9788536514154.
CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos . São Paulo: Atlas,

1979.
CORRÊA, V. M. Ergonomia : fundamentos e aplicações. Porto Alegre:

Bookman, 2015. [Recurso on-line]. ISBN: 9788536514154.
FALZON, P. Ergonomia . São Paulo: Blucher, 2007. [Recurso on-line]. ISBN:

9788521204121.
IIDA, I. Ergonomia : projeto e produção. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgard
Blucher, 2005. ISBN: 8521203543.
SANTOS, V.; ZAMBERLAN, M. C. Projeto Ergonômico de Salas de Controle .

São Paulo: Fundación Mapfre-Sucursal Brasil, 1992.

ERGONOMIA DO TRABALHO UNID 1

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Temos, portanto, a ergonomia como uma “ferramenta de trabalho” capaz de

A ergonomia é interdisciplinar em várias áreas do conhecimento, sua

Figura 1.1 - Ergonomia no trabalho

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Porém, somente o empenho de um trabalhador, ou a colaboração de uma

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Com o envolvimento da Inglaterra na Revolução Industrial e domínio da

condições precárias, sem férias, sem qualquer tipo de indenização, recebendo

Em 1900, a fisiologia humana foi objeto de estudo voltado ao trabalho

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De forma resumida será apresentada a “Administração Científica do

Taylor (1856-1915) inicia sua carreira como um funcionário comum em uma

É nesse cenário que Taylor divide o trabalho e impõe uma sequência de

Para reduzir a exaustão no trabalho e aumentar a eficiência do operário,

Além das preocupações relativas à organização da fábrica, assim como sua

Fonte: Elaborado pelo autor.

A “Reengenharia”, criada por Michael Hammer e James Champy é um modelo

Devido às reclamações que se espalharam por todo o país na época da

Segundo a física, toda ação requer uma reação, e com a reação à

Conforme já citado anteriormente, o conceito de ergonomia tem se ampliado

No Brasil, não existem cursos de graduação para a formação de profissionais

Pensando em aplicar de maneira correta a ergonomia, as empresas criam e

De acordo com Iida (2005), existem profissionais ligados à saúde do

Médicos do trabalho: colaboram na identificação das doenças

Programadores de produção: sua função é planejar e programar o

Quando a empresa ainda não possui um comitê de ergonomia, formado por

Ergonomia de concepção: tem como objetivo avaliar no projeto se a

trabalhador ou usuário já possui conhecimentos prévios sobre o que

Traçando um paralelo entre o conceito de ergonomia e o conceito de

A “Qualidade Total” está relacionada ao grau de maturidade organizacional

Da mesma maneira, quando o conceito de ergonomia é construído e

I. Desenvolver e aplicar técnicas de adaptação de elementos do ambiente de

III. Minimizar as fadigas, o estresse e os riscos ambientais no ambiente de trabalho,

Está correto o que se afirma em:

Conhecida como uma linha da antropologia, a antropometria, palavra

necessidade de se conhecer com exatidão as grandezas físicas do

É importante salientar que esses dados somente farão sentido para a

A ergonomia utiliza as avaliações realizadas no campo da antropometria para

A antropometria divide-se em:

1. Antropometria estática: as medidas se referem ao corpo parado ou

3. Antropometria funcional: são as medidas antropométricas

I. Os elementos são dimensionamento do espaço, desenvolvimento de mobiliário e

II. Os elementos são dimensionamento do espaço e desenvolvimento de mobiliário,

III. Os elementos são dimensionamento do espaço através das etapas de avaliação

IV. Os elementos são dimensionamento do espaço através das etapas de avaliação

Está correto o que se afirma em:

A biomecânica é a ciência que estuda o corpo humano e seus movimentos

No ambiente de trabalho, os movimentos realizados pelo trabalhador no