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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Escola Superior de Ciências Económicas

Tipos de Riscos Ergonómicos existentes na UP

Curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos


Trabalho

José Manuel Tomás Ginja

Chimoio
Outubro, 2023
José Manuel Tomás Ginja

Tipos de Riscos Ergonómicos existentes na UP

Trabalho apresentada à Escola Superior de


Ciências Económicas da Universidade
Púnguè como requisito de avaliação da
cadeira de Saúde Pública e Ergonomia.
Docente: PhD. Dizimalta Miquitaio

Chimoio
Outubro, 2023
Índice
1. Introdução....................................................................................................................... 4
1.1. Objectivos ................................................................................................................... 4
1.1.1. Geral........................................................................................................................ 4
1.1.2. Específicos............................................................................................................... 4
1.2. Metodologia ................................................................................................................ 5
1.2.1. Pesquisa bibliográfica .............................................................................................. 5
2. Fundamentação teórica ................................................................................................... 6
2.1. Ergonomia ................................................................................................................... 6
2.2. Riscos ergonómicos..................................................................................................... 7
2.2.1. Tipos de riscos ergonómicos existentes na UP.......................................................... 8
2.3. Ergonomia nos postos de trabalho administrativos ....................................................... 9
2.4. Doenças devido à falta de ergonomia......................................................................... 12
2.5.1. Dort ou Ler ............................................................................................................ 13
2.5.2. Dores nas costas e no pescoço ................................................................................ 14
2.5.3. Fadiga .................................................................................................................... 16
2.5.4. A visão no trabalho ................................................................................................ 16
2.5.5. A postura no trabalho informatizado ...................................................................... 17
2.6. Prevenção dos riscos ergonômicos no trabalho .......................................................... 18
3. Conclusão ..................................................................................................................... 19
4. Referências bibliográficas ............................................................................................. 20
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1. Introdução
A ergonomia desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar dos trabalhadores
e na prevenção de lesões relacionadas ao trabalho. Os riscos ergonômicos representam um
conjunto de fatores que podem afetar a saúde e o desempenho dos funcionários, e este trabalho
examinará esses riscos em detalhes.
Os riscos ergonómicos podem ser encontrados em uma variedade de ambientes de
trabalho, incluindo escritórios, locais de produção, serviços de saúde e muito mais. Eles
englobam fatores como postura inadequada, movimentos repetitivos, esforço excessivo,
vibrações, levantamento de cargas pesadas e iluminação inapropriada. Esses riscos não apenas
podem causar desconforto e lesões, mas também afetar negativamente a produtividade e a
qualidade do trabalho.
Esta introdução aos riscos ergonómicos destaca a importância de reconhecer, avaliar e
mitigar esses riscos nos locais de trabalho. Empresas e organizações que priorizam a ergonomia
não apenas protegem a saúde e o bem-estar de seus funcionários, mas também podem aumentar
a eficiência operacional, reduzir custos relacionados a licenças médicas e melhorar a satisfação
dos trabalhadores.
Portanto, compreender e gerenciar os riscos ergonômicos é uma parte fundamental da
gestão de segurança ocupacional e do bem-estar dos funcionários em qualquer setor. Neste
contexto, a ergonomia desempenha um papel vital na criação de ambientes de trabalho seguros
e eficazes que beneficiam tanto os trabalhadores quanto as organizações.
Este trabalho divide-se em três partes, sendo a primeira parte é referente a parte
introdutória; A segunda parte contempla a parte relativa ao desenvolvimento do trabalho, e a
terceira parte como último atende a parte da conclusão e referências bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar os tipos de riscos ergonómicos existentes na UP.

1.1.2. Específicos
 Definir os riscos ergonómicos;
 Descrever os diferentes tipos de riscos ergonómicos que existem nos ambientes de
trabalho;
 Explicar como esses riscos afectam a saúde física e mental dos trabalhadores.
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1.2. Metodologia
O método é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o objectivo, conhecimentos validos e
verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista. (Lakatos & Marconi, 2003)

1.2.1. Pesquisa bibliográfica


Consiste na colecta e sistematização da informação consultada em obras que versão
sobre o tema em estudo com o objectivo de fornecer uma base teórica que servira de suporte
para todo o processo de pesquisa, bem como para a elaboração dos instrumentos para a colecta
de dados.
Segundo Lakatos e Marconi (2003), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida em material
já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
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2. Fundamentação teórica
2.1. Ergonomia
Segundo Bresolin (2019) o termo ergonomia vem do grego, sendo “ergon” referente ao
trabalho e “nomos” referente a regras. Sendo assim, para Dul e Weerdmeester (2012, citado por
Bresolin, 2019) a ergonomia é a ciência que estuda adaptações e melhorias nos projectos, nas
máquinas, nos equipamentos e nos processos, visando o bem-estar, a segurança, o conforto e a
eficácia nas tarefas ou processos executados.
Assim sendo, Bezerra (2015) a ergonomia é a interacção entre o homem e o trabalho,
ou seja, é o modo com que o homem se relaciona com o ambiente físico e com os métodos
utilizados para projectar e controlar o trabalho nesse ambiente. A ergonomia pesquisa as
características físicas, psicofisiológicas e sociais no trabalho, incluindo o sexo, a idade, a
motivação, o salário, a comunicação, a luz, os ruídos, a disposição mobiliária e muitos outros
factores.
Uma definição concisa da Ergonomia é a seguinte:
“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e
ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e
psicologia na solução dos problemas surgidos desses relacionamentos”. (Ergonomics
Research Society)

Os objectivos da ergonomia (segurança, saúde e bem-estar) estiveram sempre presentes


desde os primórdios do desenvolvimento do Homem. O Homem pré-histórico afixou na ponta
de uma vara, uma lasca de pedra afiada para construir um instrumento que lhe permitisse caçar
de uma forma mais confortável, segura e eficaz, estava inconscientemente a utilizar os
objectivos da ergonomia (Rebelo, 2017).
Em 2003, Lida afirma ser importante salientar que é mais fácil modificar o trabalho para
que este se adapte ao homem do que o inverso, pois o projeto do trabalho se adequa a capacidade
e a limitação humana.
Segundo o relato de Carvalho e Ferreira (2006, citado por Bezerra, 2015), a ergonomia
teve sua origem formal durante a Segunda Guerra Mundial, quando instrumentos bélicos foram
adaptados aos seus operadores e as condições desfavoráveis das actividades realizadas, estas
modificações bem-sucedidas deram origem, posteriormente, a Ergonomics Research Society,
fundada em 1949, na Inglaterra. A palavra ergonomia foi utilizada pela primeira vez pelo
investigador polaco, Wojciceh Jastrezebowski que, em 1857, a definiu como a ciência do
trabalho. É de destacar que nesta definição, o conceito de trabalho é muito amplo, entendido
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não apenas como consumo energético num posto de trabalho, mas algo que coloca em jogo
aspetos estéticos, morais e racionais decorrentes da vida das pessoas (Jastrezebowski, 1857,
referido em Rebelo, 2017, citado por Miguel, 2019).
A ergonomia intervirá nos seguintes domínios:
 Os limites físicos do homem: postura, esforços musculares;
 Exigências quanto aos dispositivos de comando;
 Exigências quanto às informações a prestar ao operador;
 Influência do ambiente físico;
 Aspetos psicossociais.

Através da ergonomia é possível contribuir para a conceção e avaliação de postos de


trabalho, de tarefas e ambientes, tornando-os compatíveis com as necessidades, as
competências e as limitações do trabalhador.

2.2. Riscos ergonómicos


Os riscos ergonómicos referem-se a condições de trabalho que podem causar
desconforto, fadiga, estresse e lesões musculosqueléticas devido a demandas físicas excessivas
ou inadequadas em relação às capacidades dos trabalhadores.

Os riscos ergonómicos são factores que interfiram na saúde mental ou física de um


trabalhador, ocasionadas por cansaço físico, cansaço mental que geram momentos de muita
exaustão e momentos de falta de atenção (Duarte & Mauro, 2010, citado por Caldas et al.,
2021).
São os agentes ergonómicos caracterizados pela falta de adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas do trabalhador.
Os riscos ergonómicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos
(do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de
trabalho.
Os riscos ergonómicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado
emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT,
cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças
nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade,
problemas de coluna, etc.
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Para evitar que estes riscos comprometam as actividades e a saúde do trabalhador, é


necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade,
conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições
no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento
entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

2.2.1. Tipos de riscos ergonómicos


Estes riscos podem ser classificados em: Físicos (Temperaturas exageradas - frio ou
calor, Ruídos, Vibrações, Radiações), Químicos (Agentes químicos, substâncias químicas),
Biológicos (Bactérias, Vírus, Fungos, Parasitas), Ergonómicos e Psicossociais (Desorganização
e problemas na gestão do trabalho), inclui-se ainda, acidentes ocasionados por falta de
sinalização, uso de produtos, uso ou falta do uso de instrumentos e proteções, pouca limpeza e
higienização, erro em rotulagem de produtos e problemas na utilização de máquinas (Feitosa et
al., 2013).
Ou podemos dizer que os tipos dos riscos ergonómicos mais comuns são: trabalho físico
pesado; posturas incorrectas; posições incômodas; repetitividade, monotonia; ritmo excessivo;
trabalho em turnos e trabalho noturno; jornada de trabalho.
Na UP, os riscos ergonómicos existentes são os seguintes: postura inadequada durante
as atividades, jornada de trabalho prolongada, situação de estresse, esforço físico, monotonia
e repetitividade, imposição de rotina intensa e controle rígido de produtividade.
Tais riscos segundo Caldas et al. (2021) também estão presentes no dia a dia
envolvendo profissionais que atuam na área da educação. Por relevância de diversos fatores,
como uma grande carga horária, repetitividade, posições desconfortáveis e frequentes, trabalho
exaustivo e diversos tipos de estresse no ambiente de trabalho têm gerado problemas a esses
profissionais. Esses aspectos direcionados a uma rotina exaustiva do profissional da área, onde
a dedicação necessita ser mental e física para com os atos com o próximo, quando devido a
muito esforço, suas ações podem gerar riscos para os próprios profissionais, para outros
profissionais ou para os pacientes.
A capacidade física e/ou mental para o trabalho é utilizada no objetivo de enfrentar os
desafios encontrados/vivenciados, sejam esses, físicos ou psicológicos, causados pelas
actividades realizadas no exercer do trabalho momentaneamente e no futuro. Deve-se então,
haver um equilíbrio entre as demandas ocupacionais e a saúde daquele trabalhador (Silva et al.,
2018).
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Alguns exemplos do que os riscos ergonómicos podem causar: Lesão por Esforço
Repetitivo (LER), Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), dores musculares,
alteração do sono, doenças nervosas, cansaço físico, diabetes, taquicardia, tensão, ansiedade,
problemas de coluna, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), etc.
O ambiente de trabalho deve se definir como um ambiente saudável e livre de riscos,
acidentes, doenças e/ou sofrimetos, visto que pode interferir severamente na estabilidade de
saúde daquele profissional, muitas vezes gerando tais riscos degenerativos, levando ao
desgaste, sofrimento no convívio de trabalho, desconforto, falta de atenção e fadiga (Castelo et
al., 2018).
Em resumo, podemos dizer que, esses riscos podem ser categorizados em três principais
domínios:
1. Riscos Físicos
Postura inadequada: Posições de trabalho que forçam os trabalhadores a adotar posturas
desconfortáveis ou não naturais, como ficar em pé por longos períodos ou dobrar-se
frequentemente.
Movimentos repetitivos: Atividades que envolvem movimentos repetitivos, como
digitação contínua, podem levar a lesões por esforço repetitivo (LER).
2. Riscos Cognitivos
Carga mental excessiva: Tarefas que exigem concentração extrema ou tomada de
decisões constantes podem resultar em fadiga mental e erros.
Falta de clareza nas instruções: Instruções ambíguas ou complexas podem levar a mal-
entendidos e erros.
3. Riscos Organizacionais
Jornadas de trabalho longas: Horas de trabalho excessivas e falta de pausas podem
aumentar a fadiga e diminuir o desempenho.
Pressão por produtividade: Expectativas irrealistas de produtividade podem incentivar
o trabalho apressado e aumentar o estresse.

2.3. Ergonomia nos postos de trabalho administrativos


A União Europeia, proporciona a melhoria das condições de trabalho, com o objetivo
de promover o bem-estar, principalmente ao nível da proteção contra os riscos ergonómicos na
utilização de ecrãs de visualização, adotou a Diretiva n.º 90/270/CEE que foi transposta para o
direito interno português pelo Decreto-Lei n.º 349/93, de 1 de outubro, tendo já sofrido algumas
alterações através da Lei n.º 113/99, de 3 de agosto. Existe também, o Decreto-Lei n.º 243/86,
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de 20 de agosto, que aprova o regulamento geral de segurança e higiene no trabalho nos


estabelecimentos comerciais, de escritórios, entre outros serviços, que menciona vários
requisitos importantes, entre eles: o ambiente de trabalho, a iluminação, o ruído, métodos e
ritmos de trabalho e condições gerais de trabalho. Em relação às prescrições mínimas de
segurança e saúde nos locais de trabalho, a Portaria nº 987/93, de 6 de outubro e o Decreto-Lei
nº347/93, de 1 de outubro, estabelecem as prescrições mínimas relativas aos edifícios de
trabalho, postos de trabalho, qualidade do ar, meios de emergência, iluminação, conforto
térmico, segurança, condições de trabalho. No que diz respeito a mesa de trabalho/secretária,
as dimensões desta e a sua construção são muito importantes para uma boa instalação fisiológica
dos trabalhadores nos seus postos de trabalho com computadores. (Miguel, 2019)
Actualmente, 75% dos postos de trabalho envolvem a utilização frequente de
computadores. Isto significa que passamos mais tempo sentados, e menos tempo em
deslocações, seria aceitável pensar que se passou para uma situação melhor para os
trabalhadores, no entanto, os problemas relacionados com a segurança e a saúde dos
trabalhadores não reduziram, pelo contrário têm vindo a aumentar (Rebelo, 2017).
Na maioria das situações estes problemas estão relacionados com a utilização de
equipamento de escritório desajustado ou mal concebido, que após algum tempo de utilização,
pode ser responsável pelo acontecimento de dores no sistema musculosquelético.
As condições ambientais, tais como a utilização de iluminação artificial, até quando
existe luz natural, e ainda a existência de ambientes térmicos à base de sistemas de ar
condicionado, têm sido apontados como responsáveis por problemas respiratórios e de visão
como por exemplo vista seca. (Miguel, 2019)
Figura 1- Exemplos de problemas mais comuns em trabalhadores de escritório

Fonte: Rebelo (2017)


A figura 1, mostra as zonas corporais onde têm ocorrido com maior frequência
problemas relacionados com o trabalho administrativo. É de evidenciar que a coluna e os
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membros superiores são as zonas onde se apura o maior número de queixas assim como lesões,
normalmente estas lesões não aparecem de um momento para o outro, desenvolvem-se
ao longo do tempo.
A actividade de trabalho num escritório pode ser muito distinta de trabalhador para
trabalhador de acordo com a profissão e as exigências das tarefas que tem que realizar.
Segundo Rebelo (2017) podemos, no entanto, registar algumas tarefas que são comuns
à maior parte dos trabalhadores:
 A introdução de dados, onde o trabalhador olha predominantemente para o documento,
olhando de realce para o ecrã. Durante quase todo o tempo de trabalho interage com o
teclado introduzindo os dados. A postura estática sentada é uma constante, sendo que o
trabalho é repetitivo, logo o grau de satisfação demonstrado pelos trabalhadores é baixo.
 O trabalho de administração é caracterizado por várias tarefas que o trabalhador tem de
realizar. Neste caso é o olhar para o ecrã, interagindo-se com o teclado, documentos e
dossiers que possam estar sobre a secretária/mesa de trabalho. Ainda que se continue a
verificar posturas estáticas, estas são mantidas por períodos de tempo curtos.
Segundo Miguel (2019) a organização do trabalho envolve as tarefas que os
trabalhadores têm de fazer, os horários de trabalho e as pausas permitidas. No posto de trabalho,
os aspetos físicos, são a cadeira, a secretária, o computador, periféricos (rato, teclado, entre
outros) e o software utilizado. Finalmente, o trabalhador com capacidade e limitações, que lhe
permitirão responder às condições da organização determinado espaço físico e ambiental.
A ergonomia, parte do estudo introduzido desta situação para diagnosticar eventuais
problemas para o trabalhador e para o sistema de trabalho, fornecendo medidas concretas para
minimizar ou eliminar os problemas.
O planeamento adequado do espaço de um posto de trabalho administrativo é tão
importante como o tipo de mobiliário e equipamentos que utilizamos.
Actualmente, as empresas têm vindo a estabelecer políticas económicas que passam pela
redução do espaço. Este procedimento, tem provocado problemas graves aos trabalhadores,
manifestados essencialmente pelo aumento dos problemas musculosqueléticos, por distúrbios
psicológicos e pela diminuição da produtividade. De modo a evitar o aparecimento destes
problemas aconselham-se as seguintes recomendações (Rebelo, 2017):
 Um trabalhador sentado em frente a um computador, deve ter um espaço livre e
desimpedido à sua volta de um 1,8 m2;
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 Os corredores de ligação entre postos de trabalho devem ter uma largura mínima de
75 centímetros;
 Os corredores principais, que dão acesso a saídas de emergência, devem ter uma largura
mínima de 200 centímetros;
 Os corredores secundários, que fazem a ligação entre grupos de trabalho, devem ter uma
largura mínima de 120 centímetros;
 Os trabalhadores que necessitam de comunicar com frequência entre si, devem estar
colocados lado a lado.

2.4. Doenças devido à falta de ergonomia


A falta de ergonomia dentro da empresa pode causar diversos danos à saúde física e
psíquica dos funcionários, entre os problemas mais comuns estão as DORT (Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), também conhecidas como LER (Lesões por
Esforços Repetitivos).
Essas doenças são causadas por má postura, equipamentos de proteção inapropriados,
posições em que as articulações são forçadas e movimentos repetitivos (Sakata e Issy, 2003,
citado por Bezerra, 2015). De acordo com Renner (2005, citado por Bezerra, 2015) os sintomas
iniciais são comumente confundidos com os da fadiga muscular, estes se não tratados levam ao
desenvolvimento das lesões. A LER/DORT atingem, em sua maioria, a coluna vertebral e os
membros superiores (Junior, 2005, citado por Bezerra, 2015).
Entre algumas doenças relacionadas ao trabalho estão, as lombalgias que são as maiores
causas de afastamento dos trabalhadores, o Dedo em Gatilho, as Epicondilites do cotovelo,
Síndrome do Canal Cubital, Síndrome do Desfiladeiro Torácico, Síndrome do Interósseo
Anterior, Síndrome do Pronador Redondo, Tendinite da porção Longa do Bíceps e a Tendinite
do Supraespinhoso (Michel, 2008).

2.5. As principais doenças no trabalho informatizado


O computador tornou-se últimos anos, uma ferramenta utilizada pela sociedade
existente em diversos locais, assim como, no trabalho, em casa e nas escolas. A medida em que
as pessoas passam mais tempo diante do computador, a intensidade de uso vem apontando uma
série de doenças ocupacionais. As mais conhecidas doenças causadas pelo uso inadequado de
microcomputadores são os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), as
lesões por esforços repetitivos (LER) que seria outra denominação para as Dort, e alguns
distúrbios visuais e psíquicos, como a fadiga e o estresse. (Silva, 2005)
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2.5.1. Dort ou Ler


As doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT ou LER), segundo
Mendes (2002, p. 68, citado por Silva, 2005), “denominam um conjunto de distúrbios que se
caracteriza pela ocorrência de sintomas tais como dor, parestesia (dormência, formigamento,
diminuição da sensibilidade), sensação de peso e/ou fadiga, que acontecem principalmente nos
membros superiores”.
A dor é o principal sintoma, desencadeado ou agravada pelo movimento, por mudanças
bruscas de temperatura e pelo estresse emocional. Os fatores ambientais, tais como,
temperaturas quente ou fria podem tornar os tecidos moles e os nervos mais suscetíveis a danos
e fadiga. (Smith, 2005, citado por Silva, 2005)
De acordo com Smith (2005, citado por Silva, 2005),” as condições ergonômicas do
posto de trabalho, tais como, a natureza das atividades de trabalho e o design do posto de
trabalho e dos equipamentos podem contribuir para os Dort por interferirem nos fatores
biomecânicos. Essas condições interagem como um sistema produtor de sobrecarga para a
pessoa, o que pode levar à fadiga”.
Para o autor, podem ser consideradas Dort as tendinites, as tenossinovites, a síndrome
do túnel do carpo e a síndrome DeQuervain, são elas:
 Tendinite – Inflamação aguda ou crônica dos tendões. Manifesta-se com mais
frequência nos músculos flexores dos dedos, geralmente são provocados por dois
fatores; movimentação frequente e o período de repouso insuficiente. Manifesta-se
através de dor na região que é agradada por movimentos voluntários. Associados a dor,
manifestam-se também edema e crepitação da região.
 Tenossinovitte – Inflamação aguda ou crônica das bainhas dos tendões. Assim como a
tendinite os dois principais fatores causadores da lesão são a movimentação frequente e
o período de repouso insuficiente. Manifesta-se através de dor na região que é agravada
por movimentos voluntários.
 Síndrome DeQuervain – Constricção dolorosa da bainha comum dos tendões do longo
abdutor do polegar e do extensor curto do polegar. Estes dois tendões têm uma
característica interessante: ocorrem dentro da mesma bainha, quando friccionados.
Costumam se inflamar. O principal sintoma é a dor muito forte, no dorso do polegar. O
principal fator causador, é o ato de fazer força torcendo o punho.
 Síndrome do Túnel de Carpo – Compressão do nervo mediano no túnel do carpo. As
causas mais comuns são as exigências de flexão do punho, a extensão do punho e a
tenossinovite ao nível do tendão dos flexores – neste caso os tendões inflamados levam
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a uma compreensão crônica e intermitente da estrutura mais sensível do conjunto que


compõe o túnel do carpo: o nervo mediano.
A tensão pode influenciar o comportamento de uma pessoa ao lidar com um ambiente
de trabalho inadequado e desconfortável, atingindo no desempenho e no consumo exagerado
de bebidas e de cigarros. Uma pessoa tensa pode modificar os métodos de trabalho,
desenvolvendo comportamentos ruins em relação à sua própria saúde e bem-estar.
Os factores ergonómicos de risco para a Dort, tal como, a frequência de movimentos
repetitivos e a duração da exposição podem ser vinculadas diretamente às exigências de ritmo
de trabalho e de carga de trabalho que são estabelecidos pela organização. (Fogliatto, 2005)

2.5.2. Dores nas costas e no pescoço


As dores mais frequentes nos usuários de microcomputador são as dores nas costas e no
pescoço. Estas dores são frequentes devido à má postura e o tempo em que a pessoa passa
sentado em frente a tela. Permanecer na mesma posição pode facilitar a ocorrência da dor,
afetando outras partes do corpo.
Segundo Sellers (1995, p. 75, citado por Silva, 2005), “ao forçar em excesso músculos,
nervos tendões e juntas usados no computador, pode-se criar um estado de tensão corporal
repetitivo, que é frequentemente denominado sobrecarga estática”.
Ainda conforme Sellers (1995, p. 75, citado por Silva, 2005), “em relação a coluna e ao
pescoço, é importante ter em mente que o torso é um sistema de partes inter-relacionadas. Uma
série de sintomas nos braços, nas pernas, na cabeça e no peito pode indicar problemas de coluna
ou pescoço, incluindo adormecimento, formigamento, dores agudas, queimação, falta de força
muscular e rigidez”.
A postura saudável das costas permite que a espinha mantenha sua curva natural em
forma de S. O sentar tende a inclinar a pélvis para trás, achatando a curva lombar. Esta posição
resulta no desnível e no aumento da pressão que se dá sobre os discos espinais. Permanecer
horas e horas circundando os ombros e segurando a cabeça para frente, cria um esforço
adicional na arte superior da espinha. (Sellers, 1999, p. 77, citado por Silva, 2005)
De acordo com Sellers (1999, p. 78, citado por Silva, 2005), “o pescoço pode ser um
fator difícil de perceber na dor relacionada ao computador, pois os problemas na parte superior
da espinha podem acarretar sintomas nas mãos e nos braços, como o formigamento e a
dormência, com ou sem dor no pescoço ou nas costas”.
Algumas medidas simples podem ajudar a aliviar os sintomas e até mesmo a prevenir
problemas nas costas e pescoços. Uma das melhores maneiras de evitar a sobrecarga nas costas
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e no pescoço é mudando de posição e de postura com regularidade. Utilizar o encosto da cadeira


para apoiar somente a parte inferior das costas é melhor posição que mantém a curva lombar
correta. (Sellers, 1999, p. 78, citado por Silva, 2005)

2.5.3. Estresse
O estresse segundo Pires (2001, p. 81, citado por Silva, 2005), “é constituído por um
conjunto de respostas, específicas e/ou generalizadas do nosso organismo, diante de estímulos
externos ou internos, concretos ou imaginários, que são percebidos como pressões – ameaças
ou desafios – e que exigem a entrada em ação de mecanismos propiciando meios adequados de
reação e preservando nossa integridade, nosso equilíbrio e nossa vida”.
Cada vez mais, as pessoas se colocam como estressadas no seu ambiente de trabalho e
quase sempre está associada a sensações de desconforto. O fenómeno do estresse pode ter
consequências tanto negativas como positivas, sendo que situações de extrema alegria também
podem gerar estresse, assim como a tristeza e a dor. (Mendes, 2002, p. 187, citado por Silva,
2005)
O estresse ocupacional é um novo campo de estudo que surgiu com o aparecimento de
doenças vinculadas ao estresse no trabalho, e pode ser visto como consequência relações
complexas entre condições do trabalho, condições externas ao trabalho e características do
trabalho. (Mendes, 2002, p. 190, citado por Silva, 2005)
Os usuários de computadores de acordo com Sellers (1995, p. 80, citado por Silva,
2005), enfrentam ainda outras fontes de estresse:
 a monotonia da digitação, as horas de olhar fixo à tela;
 a falta de interação social;
 a falta de movimento físico;
 a falta de autonomia, independência e controle sobre o trabalho efetuado;
 a monitoração tecnológica desenvolvida para seguir eletronicamente o trabalho em
computador e enviar as informações aos supervisores.
Cada pessoa reage de forma diferente ao stress, pois o nível de tensão apropriado para
uma pessoa, pode não ser apropriado para a outra. O ideal é encontrar um equilíbrio saudável
entre a tensão positiva, a motivante e a sobre carga de tensão. Para prevenir a sobre carga,
começa-se prestando a atenção aos sintomas e tomando providencias para reduzir o stress e
relaxar. (Sellers, 1995, p. 81, citado por Silva, 2005)
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2.5.4. Fadiga
Existem vários tipos de fadiga, mas todas podem ser compreendidas como a diminuição
reversível da capacidade funcional de um órgão ou sistema a partir do seu uso acima de certos
limites. Entre os tipos estão as fadigas visuais e auditivas, a fadiga muscular, fadiga simples ou
generalizada e a fadiga crónica e mental. Todas desempenham praticamente os mesmos
sintomas como o cansaço, a desmotivação, irritabilidade, a falta de atenção e disposição.
Quando o corpo não esta bem, não responde às adaptações do ambiente, essas reações tendem
a aparecer ocorrendo à diminuição do desempenho dentro da organização.
De acordo com Sellers (1995, p. 7, citado por Silva, 2005), “a fadiga ocular é a queixa
mais frequente dos usuários de computadores. Quanto mais tempo ficar diante de um
computador mais será a chance de desgaste dos olhos, com uma inadequada iluminação, mas
condições do monitor, uma leve dor de cabeça e alguns sintomas de estresse”.
Segundo Brandimiller (1999, p. 81, citado por Silva, 2005), “a maioria dos sintomas
aparecem no fim da jornada de trabalho ou depois de várias horas de trabalho. Com a fadiga
visual cai o rendimento do trabalho, que fica lento e mais sujeito a erros”. Alguns sintomas
gerais que aparecem são através dos olhos como lacrimejamento, ardência, vermelhidão, olhos
pesados, visão embaçada, dor de cabeça, enjoo e tontura.
Sellers (1995, p. 9, citado por Silva, 2005), mostra algumas dicas para prevenir a fadiga
ocular e evitar o trabalho excessivo dos olhos:
 Faça intervalos de quinze minutos ou reestruture seu horário de trabalho para
possibilitar várias tarefas visuais;
 Execute que não envolva o uso do computador frequentemente;
 Controle as luzes e o monitor em seu ambiente de trabalho isso, alivia a fadiga
muscular;
 Faça sempre exames de visão;
 Em caso de ressecamento utilize colírios lubrificantes que são contraindicações.

2.5.5. A visão no trabalho


Segundo Brandimiller (1999, p. 79, citado por Silva, 2005), “quando trabalhamos no
micro computador, geralmente nossos olhos estão ocupados o tempo todo com a leitura de
documentos ou da tela. O trabalho visual exige muito esforço dos músculos oculares,
aparecendo sintomas de desconforto visual, sensações desagradáveis nos olhos e perturbações
na visão, esse desconforto é a fadiga visual”.
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Recomenda Brandimiller (1999, p. 103, citado por Silva, 2005), “que para evitar o
ofuscamento, as luminárias devem esconder as lâmpadas e ser distribuídas de tal forma que sua
luz não incida diretamente nos olhos de quem esta trabalhando”.
Conforme Brandimiller (1999, p. 104, citado por Silva, 2005), “lâmpadas nuas, mesmo
as fluorescentes, e globos com lâmpadas incandescentes são ofuscantes e inadequadas para
trabalho em microcomputador Quando há luminárias fluorescentes fixadas ou embutidas no
teto, a posição ideal da mesa é ficar ao lado ou entre as luminárias. A luminária situada na frente
da mesa pode causar algum ofuscamento e atrás pode causar reflexo na tela e sombras no posto
de trabalho”.
A fadiga visual pode surgir em função de uma iluminação inadequada da posição
incorreta do monitor e/ou documentos. Essa falta de adequação dos instrumentos de trabalho,
além de provocar dores nos olhos pode propiciar dores em outra parte do corpo como pescoço,
costas e nuca. A maioria desses sintomas aparece no fim da jornada de trabalho. (Brandimiller,
1999, p. 81, citado por Silva, 2005)

2.5.6. A postura no trabalho informatizado


Conforme Seller (1995, p. 50, citado por Silva, 2005), “as indicações mais recentes
sugerem que se siga a postura através da qual o corpo se sente melhor, sendo assim, a ênfase
recai sobre o conforto. Para está confortável, precisa-se de uma cadeira que possa acomodá-lo
em uma escala de posturas diferentes no decorrer de um dia de trabalho”.
Ainda segundo Brandimiller (1999, p.37, citado por Silva, 2005), “o risco é maior
quando se esta trabalhando com um pouco mais depressa, pois esses movimentos acabam sendo
executados de forma brusca ou quando se esta movimento um objeto mais pesado. Muitas vezes
esses movimentos são feitos para não se levantar da cadeira ou para não se deslocar com a
cadeira a todo o momento”.
Conforme Brandimiller (1999, p. 38, citado por Silva, 2005), “movimentar o pescoço
cansa menos os músculos do que o manter muito tempo na mesma posição. E movimentar
demais pode causar desconforto ou dor muscular. Para diminuir o trabalho excessivo dos
músculos do pescoço, convém manter o documento bem ao lado do monitor, na mesma altura
da tela”.
De acordo com Sellers (1995, p. 74, citado por Silva, 2005), é recomendável que “sente-
se em uma posição confortável que distribua o peso sobre a espinha, enquanto apoia a curva
lombar. Os braços devem estender-se a partir dos cotovelos, assim as mãos podem usar o
teclado sem precisar suspender-se para cima e para traz do pulso”.
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Segundo Brandimiller (1999, p. 40, citado por Silva, 2005) “qualquer postura do corpo
mantida durante muito tempo acaba tornando-se incomoda. Alguns tipos de serviços
executados em microcomputadores fazem com que o olhar fique prolongamente fixado na tela
do computador ou em documentos. Quem trabalha nesta situação é sério candidato a sintomas
de desconforto e mesmo dor na nuca, distúrbios na coluna serviçal e nos músculos do pescoço”.
No entanto, algumas posições de trabalho tornam-se rapidamente desconfortáveis
porque exigem esforços excessivos de certos músculos, assim como: costas afastadas do
encosto da cadeira, cabeça inclinada para baixo ou para cima, cabeça virada para um dos lados,
corpo inclinado para um dos lados e tronco torcido para um dos lados. (Brandimiller 1999, p.
40, citado por Silva, 2005)
Conforme Brandimiller (1999, p. 129, citado por Silva, 2005), “quando se trabalha
sentado movimenta-se menos o corpo do que quando se trabalha em pé. Essa é a grande
desvantagem do trabalho sentado, pois o corpo precisa de movimento. Por isso, a primeira
condição para o conforto postural é poder mudar de posição enquanto se está trabalhando
sentado”.

2.6. Prevenção dos riscos ergonômicos no trabalho


Para prevenir os riscos ergonómicos que podem comprometer a saúde do trabalhador e
suas atividades, é necessário analisar o ambiente, identificando os perigos e avaliando os riscos
associados a eles. Com base nisso, logo em seguida é essencial implementar as medidas de
prevenção adequadas, observando a saúde dos trabalhadores e disponibilizando informações
pertinentes para que eles se tornem agentes ativos nessa prevenção. Dentre as providências
fundamentais, estão as melhorias nas condições do local e no processo em geral de trabalho,
modernização de máquinas e equipamentos (cadeiras, por exemplo), mudanças no ritmo de
trabalho, postura adequada e aumento do conforto, etc. (Lapa, 2021)

2.7. Respeite limites físicos, emocionais e psicológicos


Todos temos limites que devem ser respeitados, sejam físicos, emocionais ou
psicológicos. Quando uma tarefa exercida ultrapassa esses limites, é importante ficar atento
para o que isso pode vir a causar. (Lapa, 2021)
Nos limites físicos, por exemplo, é mais fácil diagnosticar o problema, como sono,
cansaço e algumas doenças específicas. Os limites emocionais e psicológicos, por outro lado,
são um pouco mais complicados de serem constatados, pois variam de dia para dia e dependem
do nível de estresse do indivíduo.
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3. Conclusão
Após a elaboração do trabalho e a concretização dos objectivos conclui-se que, os riscos
ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde
do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo
sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares,
hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do
aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é
necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade,
conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições
no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento
entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
Entre os riscos ergonómicos mais comuns que podemos citar, estão: postura inadequada
durante as atividades, jornada de trabalho prolongada, situação de estresse, levantamento de
peso, esforço físico, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa, trabalhos em
período noturno e controle rígido de produtividade.
Tais riscos ergonômicos no trabalho podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos,
alterando o organismo e o estado emocional dos trabalhadores – o que afeta, obviamente, a sua
saúde, segurança e produtividade.
Para ajudar na prevenção de riscos ergonômicos que podem comprometer a saúde do
trabalhador e suas atividades, é necessário analisar o ambiente, identificando os perigos e
avaliando os riscos associados a eles.
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4. Referências bibliográficas
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canteiros de obras e formas de prevenção. Trabalho de Conclusão. Departamento
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Lakatos, E. V., & Marconi M. A. (2003). Metodologia Cientifica (4ª ed.). São Paulo: Atlas.
Lapa, R. P. (2021). Os riscos ergonômicos no trabalho estão entre os fatores que podem
acarretar em uma série de danos à saúde dos trabalhadores: A qualidade de um
ambiente de trabalho depende de uma série de fatores. Segurança tem futuro.
Miguel, C. I. C. (2019). Avaliação de Riscos Ergonómicos nos Postos de Trabalho
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SUPGA/SERPRO. Monografia. Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FASA,
Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Brasília /DF.

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