Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
CDD – 620.82
Unidade 1 .09
.53
Gabarito
Referências .57
Introdução
O estudo da ergonomia é abrangente e requer
dos estudiosos uma análise profunda de questões re-
lacionadas ao ser humano e suas interações com o
ambiente. Destacam-se as questões físicas, cogniti-
vas e organizacionais que interagem com o trabalha-
dor, suas potencialidades e capacidades ao realizar
uma tarefa e as limitações de um sistema.
Em vista disso, as organizações têm se esfor-
çado para aumentar a qualidade e produtividade de
seus produtos e serviços levando-se em considera-
ção a saúde, segurança e conforto do ser humano
no ambiente de trabalho. Dores e sobrecargas de
trabalho são riscos à saúde do trabalhador, causam
redução da produtividade e diminuição de qualida-
de de produtos e serviços, ou seja, o custo humano
impacta diretamente nos objetivos organizacionais.
Ao se empregar os princípios da ergonomia
para a redução de não conformidades de trabalho, os
profissionais de saúde e segurança do trabalho, ges-
tores e diretores buscam estudar as possíveis situa-
ções que podem sobrecarregar o trabalhador no que
tange ao seu corpo físico e sua cognição, bem como
as relações de trabalho que possam causar estresse,
monotonia, agressividade, dentre outras consequên-
cias maléficas de ordem psicossocial.
A ergonomia pode contribuir na definição de
métodos de trabalho que permitam uma interação
homem – máquina - sistema saudável, equilibrada e
de acordo com os limites e capacidades de cada um
destes, considerando os aspectos biológicos do ser
humano, tecnológicos das máquinas e ferramentas e
de cultura e política organizacional.
Neste trabalho, abordaremos princípios da
ergonomia, seja ela de correção ou de concepção,
analisaremos também os tipos de ergonomia (física,
cognitiva e organizacional) e por fim abordaremos
assuntos relacionados a Norma Regulamentadora –
17, a norma brasileira de Ergonomia.
Unidade 1
1. Princípios e história da ergonomia
O polonês Wojciech Jastrzebowski é conside-
rado o primeiro estudioso moderno de ergonomia
ao escrever um artigo intitulado “The Science of
Work” (A Ciência do Trabalho). A saber:
“ Ergonomia
é uma disciplina científica relacionada ao
entendimento das interações entre os seres huma-
nos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de
teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim
de otimizar o bem-estar humano e o desempenho
global do sistema."
Fontem: International ergonomics association - iea (www.iea.cc)
1.5 Verbalizações
• Força muscular;
• Idade;
• Estatura;
• Massa corporal;
• Antecedentes de traumas e patologias;
• Nível e grau de instrução;
• Experiência profissional;
• Gênero;
• Etc.
• A demanda reformulada;
• Os prazos;
• A natureza das contribuições que se esperam do
ergonomista, seus prazos e grau de precisão;
• As condições de sucesso da intervenção, como
por exemplo, o acesso às situações de trabalho, do-
cumentos e pessoas, regras da intervenção, recursos
técnicos, modalidades de difusão dos resultados.
• Pessoas
• Ações
• Informações
• Entradas e saídas
• Máquinas
• Ambiente
• Condições organizacionais
• Materiais;
• Ferramentas;
• Cargas;
• Dimensões;
• Mobiliário;
• EPI / EPC;
• Dispositivos de informações;
• Controles;
• Substâncias químicas.
• Jornada;
• Turnos;
• Hora-extra;
• Salário;
• Plano de carreira;
• Relações de trabalho;
• Valorização social do trabalho;
• Trabalho em grupo;
• Rodízios;
• Estilos gerenciais.
• Realização do trabalho;
• Percepção do trabalho;
• Gestos e movimentos;
• Posturas e vícios;
• Ritmo de trabalho;
• Pausas e repousos;
• Fatores sociais;
• Técnicas de análise.
• Erros humanos;
• Incidentes críticos;
• Afastamentos;
• Falta de qualidade nos serviços.
Por fim, as recomendações ergonômicas são
o produto do esforço metodológico realizado nas
etapas iniciais e finais de uma AET. Por isso, a er-
gonomia é uma ciência e uma técnica, uma ciência
porque requer uma abordagem de pesquisa científica
e também porque demanda ações transformadoras
de cunho socioeconômico.
Não existe uma ação ergonômica sem a busca
pela transformação do trabalho, a melhoria dos pro-
cessos produtivos, da valorização do profissional na
empresa e sua proteção contra doenças ocupacio-
nais e acidentes de trabalho.
É importante que haja envolvimento de vários
profissionais e representantes da empresa para que
as recomendações ergonômicas sejam mais comple-
tas, menos restritivas e alcancem as expectativas de
todos envolvidos. Não se faz ergonomia sem envol-
vimento dos trabalhadores.
Segundo Guerín (2001), as recomendações er-
gonômicas contemplam uma apresentação do es-
tudo, objetivo, e resultados, o modelo operativo de
ação e os custos das modificações e perspectivas. Al-
guns exemplos de melhorias são: