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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

UNOESC – CAMPUS DE XANXERÊ

ALEXANDRE GERALDO WASSERBERG

DESIGN APLICADO A MOBILIÁRIO URBANO

UTILIZANDO MATERIAIS SUSTENTÁVEIS

Xanxerê

2013
1

ALEXANDRE GERALDO WASSERBERG

DESIGN APLICADO A MOBILIÁRIO URBANO

UTILIZANDO MATERIAIS SUSTENTÁVEIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Design,


da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Unoesc Xanxerê,
como requisito parcial para o grau de Design.

Orientador: Profº. Walter Strobel Neto

Xanxerê

2013
2

ALEXANDRE GERALDO WASSERBERG

DESIGN APLICADO A MOBILIÁRIO URBANO

UTILIZANDO MATERIAIS SUSTENTÁVEIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Design,


da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Unoesc Xanxerê,
como requisito parcial para o grau de Design .

Aprovado em ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

______________________________

Prof. 1

______________________________

Prof. 2

______________________________

Prof. 3
3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de dedicar este trabalho para minha família, pelo incentivo e força nos
momentos de estresse durante todo o período de graduação.

Agradeço ao meu orientador, Walter Strobel Neto por estar me orientando durante todo o
período de graduação, e sempre que necessitei me orientou e mostrou os caminhos os quais
foram necessários para a conclusão deste projeto.

Agradeço Jaqueline Cecchet, pelo incentivo, força e pelas cobranças, as quais me fizeram
refletir e me dedicar a cada dia mais para ser uma pessoa melhor.

Aos amigos e colegas que sempre estiveram junto comigo em trabalhos, e projetos executados
em todo o período de graduação.

Ao meu colega de trabalho por me auxiliar, e estimular minha criatividade no


desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso.

E a todas as pessoas que fizeram parte da minha vida ate o presente momento, pois assim
pude crescer espiritualmente, profissionalmente, e assim levando exemplos bons, e ruins
ajudando na escolha de decisões importantes na minha vida, sempre buscando ser uma pessoa
melhor. Aqui fica meu agradecimento, muito obrigado!
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RESUMO

O presente trabalho busca, por meio do design de produto e design gráfico,


desenvolvimento de um mobiliário urbano utilizando de materiais sustentáveis. Para o
desenvolvimento do projeto foi utilizado da metodologia de Bruno Munari, aplicando todas as
etapas, as quais podem ser divididas em 3 etapas, primeiramente com a problematização,
aonde esta presente toas as fases de pesquisas bibliográficas e analises dos dados, fase de
criatividade e estruturação do projeto, passando para a Pratica, unindo toda a pesquisa e
aplicando-a no desenvolvimento e criação do projeto, entendendo todos os materiais e
buscando varias possibilidades as quais sejam de importância para a real criação do modelo,
aplicando na geração das alternativas e buscando através de medidas próximas das reais a
melhor escolha, possibilitando chegar a finalização com o Resultado final, mostrando o
projeto mais próximo de real podendo ate ser aplicado e desenvolvido, ate mesmo
comercializado, após todas as etapas aplicadas.

Palavra-chave: Design de produto, Mobiliário Urbano, Sustentabilidade.


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ABSTRACT

This paper seeks, through product design and graphic design, development of furniture
using sustainable materials. To develop the project used the methodology of Bruno Munari,
applying all the steps , which can be divided into 3 stages, first with the Curriculum, where is
this toas phases of literature searches and analyzes data, creativity and structuring phase
project , moving to the Practice , uniting all the research and applying it to the development
and project creation , understanding all materials and seeking various possibilities which are
of real importance to the creation of the model by applying the generation of alternatives and
seeking through measures close to the actual best choice, enabling to reach completion with
the final result , showing the project closer to real lace can be applied and developed ,
marketed until even after all the steps applied.

Keyword: Product Design. Urban Furniture. Sustainability.


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Lista de Ilustração
Figura 1: Fluxograma Metodologia Bruno Munari ............................................................... 26
Figura 2: Componentes do Problema .................................................................................... 28
Figura 3: Painel de Similares ................................................................................................ 34
Figura 4: Painel Público Alvo .............................................................................................. 35
Figura 5: Painel de Tendências ............................................................................................. 36
Figura 6: Painel de Conceitos ............................................................................................... 37
Figura 7: Alternativa 01 ....................................................................................................... 38
Figura 8: Alternativa 02 ....................................................................................................... 39
Figura 9: Alternativa 03 ....................................................................................................... 40
Figura 10: Alternativa 04 ..................................................................................................... 41
Figura 11: Alternativa 05 ..................................................................................................... 42
Figura 12: Alternativa 06 ..................................................................................................... 43
Figura 13: Modelo ............................................................................................................... 46
Figura 14: Estrutura Base ..................................................................................................... 47
Figura 15: Estrutura Parede Posterior ................................................................................... 48
Figura 16: Estrutura Superior ............................................................................................... 48
Figura 17: Estrutura Porta Lateral com Vidro ....................................................................... 49
Figura 18: Estrutura Identificação ........................................................................................ 50
Figura 19: Estrutura Banco................................................................................................... 50
Figura 20: Modelo 3D 01 ..................................................................................................... 52
Figura 21: Modelo 3D 02 ..................................................................................................... 53
Figura 22: Modelo 3D 03 ..................................................................................................... 53
Figura 23: Modelo 3D 04 ..................................................................................................... 54
Figura 24: Modelo 3D 05 ..................................................................................................... 54
Figura 25: Detalhamento Base Container ............................................................................. 55
Figura 26: Detalhamento Parede Posterior............................................................................ 56
Figura 27: Detalhamento Superior ........................................................................................ 57
Figura 28: Detalhamento Porta com Vidro ........................................................................... 58
Figura 29: Detalhamento Identificação do Abrigo ................................................................ 59
Figura 30: Detalhamento Banco ........................................................................................... 60
Figura 31: Detalhamento Modelo ......................................................................................... 61
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Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9

1.1 TEMA .......................................................................................................................... 9

1.2 PROBLEMA ................................................................................................................ 9

1.3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 10

1.3.1 Objetivos gerais .................................................................................................. 10

1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................... 10

1.4 Justificativa ................................................................................................................ 10

1.5 Metodologia Científica E Metodologia Do Design ...................................................... 11

1.6 Estrutura Do Trabalho ................................................................................................ 11

2 BASES DO CONHECIMENTO ..................................................................................... 12

2.1 DESIGN ..................................................................................................................... 12

2.1.1 Design Produto ................................................................................................... 13

2.1.2 Funções dos produtos industriais ...................................................................... 14

2.2 MOBILIÁRIOS URBANOS ...................................................................................... 18

2.2.1 Peças de Mobiliário Urbano............................................................................... 19

2.3 ERGONOMIA............................................................................................................ 19

2.4 SUSTENTABILIDADE ............................................................................................. 22

2.4.1 Materiais ............................................................................................................. 23

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN .................................................. 25

3.1 Metodologia do Projeto de Design .............................................................................. 25

3.1.1 Metodologia do Bruno Munari: ......................................................................... 26

3.2 PROJETO DE DESIGN ............................................................................................. 27

3.2.1 Problema............................................................................................................. 27

3.2.2 Definição Do Problema ...................................................................................... 27

3.2.3 Componentes Do Problema................................................................................ 28


8

3.2.4 Coleta dos Dados ................................................................................................ 29

3.2.5 Análise dos Dados ............................................................................................... 33

3.2.6 Criatividade ........................................................................................................ 38

3.2.7 Materiais e Tecnologia ....................................................................................... 44

3.2.8 Experimentação .................................................................................................. 45

3.2.9 Modelo ................................................................................................................ 45

3.2.10 Verificação ........................................................................................................ 46

3.2.11 Desenho Construtivo ........................................................................................ 47

3.2.12 Solução .............................................................................................................. 51

4 RESULTADO FINAL..................................................................................................... 52

4.1 MODELO 3D ............................................................................................................. 55

4.2 DESENHO TÉCNICO ............................................................................................... 52

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 62

REFERENCIAS ............................................................................................................... 62

ANEXOS ........................................................................................................................... 66
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1 INTRODUÇÃO

O design se caracteriza, por ser uma atividade projetual que busca o desenvolvimento
de projetos, os quais podem variar de produtos, até a comunicação visual, entre outros,
buscando um conhecimento em varias áreas, para o desenvolvimento de projetos, um todo
como uma ferramenta de solução dos problemas. O design esta dividido em duas partes,
sendo elas a gráfica, e industrial, subdividindo-as em mais especializações, dependendo do
grau de atuação. Entende-se o design aplicado à criação de produtos sustentáveis, vem com o
objetivo de inovar e beneficiar, o meio ambiente o qual esta presente todas as fontes
alimentares, necessárias para a nossa sobrevivência.

A elaboração desse projeto tem como objetivo principal o aplicar o Design a criação
de um mobiliário urbano utilizando recursos sustentáveis. Buscando atender a real
necessidade do público alvo, procurando uma solução sustentável, através de materiais
reaproveitáveis processos sustentáveis, beneficiando o meio ambiente o qual o ser humano é
dependente.

A partir disso apresenta-se uma solução, que busca atingir todos os elementos
trabalhados e envolvidos no desenvolvimento do projeto, com a escolha dos materiais, através
da execução do mesmo.

1.1 TEMA

Design aplicado a mobiliário urbano utilizando materiais sustentáveis.

1.2 PROBLEMA

Como projetar um mobiliário urbano utilizando materiais sustentáveis?


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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Desenvolver mobiliário urbano utilizando de materiais sustentáveis.

1.3.2 Objetivos específicos

 Entender o universo e legislação sobre mobiliário urbano.


 Estudar sustentabilidade e metodologia de projeto de objetos sustentáveis
 Projetar mobiliário urbano sustentável aplicando métodos de Design para objeto
sustentável.

1.4 JUSTIFICATIVA

Este projeto é realizado com o objetivo de unir a necessidade das pessoas, que vem
cada vez perdendo seu espaço ao crescimento das cidades e a necessidade da utilização do
transporte público. O design urbano aplicado no desenvolvimento de um mobiliário urbano
utilizando de recursos sustentáveis vem com o objetivo de atender estas necessidades, e
levantar um conceito que muitas vezes as pessoas não têm conhecimento, a sustentabilidade
que como objetivo principal, traz a preocupação não só com o meio ambiente, mas sim com
as gerações futuras.
Este projeto também tem como objetivo secundário aumentar o uso do transporte
público, deixando de lado um pouco do preconceito da utilização do ônibus, fazendo com que
as pessoas deixem de utilizar veículos particulares, diminuindo o fluxo de veículos, fazendo
com que a poluição através do gás carbônico emitido pelos mesmos, diminua gradativamente
conforme aumente a utilização dos ônibus, apresentando um projeto de mobiliário urbano o
qual possa ser exclusivo e chame a atenção dos usuários.
A partir de um projeto que possa fazer com que as pessoas reflitam sobre o assunto, e
de forma gradativa mudem seus hábitos.
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1.5 METODOLOGIA CIENTÍFICA E METODOLOGIA DO DESIGN

Para garantir um bom resultado no desenvolvimento do projeto de design será


utilizada de uma pesquisa quantitativa, de natureza pratica que proporciona uma visão de
determinado assunto, sendo que o mesmo seja definido como problema em questão assim
determinado uma solução.

Após a realização desta primeira etapa, será realizada uma pesquisa secundária, feita
através de coleta de dados, utilizando de várias fontes, tais como bibliografias, livros,
apostilas entre outros meios informativos. Como Metodologia de Design será citada Bruno
Munari (1998, p20) A qual define que: “[...] é a atenção dedicada ao Método. A sua
identificação, descrição e estruturação de Metodologia Projetual, como elemento necessário
ao desenvolvimento do Design[...]”

1.6 ESTRUTURAS DO TRABALHO

O presente trabalho, em seu Capítulo I, define a problemática, a justificativa e os


objetivos que levaram a realização de tal projeto. Já no Capítulo II, criou-se uma base
cientifica para aprofundamento teórico, no qual são tratados os assuntos pertinentes o
mobiliário urbano, buscando entender quais são suas definições de produtos juntamente com
um estudo visando à sustentabilidade.
Na sequência, o capítulo III apresenta o modelo metodológico que irá apoiar no
andamento do projeto, utilizando dos processos de design, como parte criativa do produto, no
intuito de detalhar cada etapa para sua construção.
O Capítulo IV apresentou toda a fase de projeto expondo os resultados finais com a
apresentação do produto.
Por fim, as considerações finais serão expostas no capítulo V.
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2 BASES DO CONHECIMENTO

2.1 DESIGN

O design se encontra em todo o cotidiano aplicado em produtos tanto artesanais como


industriais, ou projetos gráficos, buscando passar ao público geral uma ideia as quais seja de
um fácil entendimento, podendo assim satisfazer quanto a produto, ou de uma rápida leitura
visual a fim de agradar aos olhos do público analisando um projeto gráfico. E isso só é
possível através de um estudo complexo e detalhado para que se possa chegar a uma
elaboração de um projeto adequado e objetivo.

Segundo Lobach (2001; p.6)

Podemos deduzir que o design é uma ideia, um projeto ou um plano para a solução
de um problema determinado. O design consistiria então na corporificação desta
ideia para, com a ajuda dos meios correspondentes, permitir a sua transmissão aos
outros. Já que nossa linguagem não é suficiente para tal, a confecção de croqui,
projetos, amostras, modelos constitui o meio de tornar visualmente perceptível a
solução de um problema.

Analisando a necessidade de um problema, pode-se buscar através do design uma


solução que atenda de forma exclusiva e conceitual, chegando a um resultado, seguindo uma
linha de pensamento que determine quais os principais pontos a ser levantados, determinando
os passos necessários para desenvolvendo uma nova ideia.

Assim Lobach (2001; p.6) afirma que: “começa pelo desenvolvimento de uma ideia,
pode concretizar-se em uma fase de projeto e sua finalidade seria a resolução dos problemas
que resultam das necessidades humanas”.

Chegando a uma solução de projeto o qual, através de todos os levantamentos de


pesquisa necessários, a fim de achar uma solução para o problema a ser levantado,
determinando os principais pontos que se possa idealizar um projeto tanto esteticamente
quanto funcional, com base nas necessidades que foram conceituadas nas pesquisas
elaboradas, fazendo com que o design seja o diferencial na elaboração de um projeto de
produto.
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Assim Bonsiepe (1982) nos define:

O desenho industrial é uma atividade projetual, responsável pela determinação das


características funcionais, estruturais e estético-formais de um produto, ou sistemas
de produtos, para fabricação em série. É parte integrante de uma atividade mais
ampla denominada desenvolvimento de produtos. Sua maior contribuição está na
melhoria da qualidade de uso e da qualidade estética de um produto,
compatibilizando exigências técnico-funcionais com restrições de ordem técnico-
econômicas.

Através destas características, pode-se então definir, todos os elementos necessários


para o desenvolvimento do produto, sendo assim contribuindo com a melhoria estética e a
qualidade e uso dos produtos.

2.1.1 Design Produto

Design industrial ou design de produtos tem por objetivo projetar produtos fabricados
de maneira industrial através de um sistema o qual segue um processo onde na maioria das
vezes se inicia na linha de produção. Pode-se afirmar segundo Lobach (2001, p.38) que: “Os
produtos industriais são objetos destinados a cobrir determinadas necessidades e são
produzidos de forma idêntica para um grande número de pessoas”.

Sendo assim padronizando determinado produto para que se possa ter uma linha de
fabricação muito mais rápida e pratica.

Segundo MANZINI (2008, p.20);

[...] papel do design industrial pode ser sintetizado como a atividade que, ligando o
tecnicamente possível como o ecologicamente necessário, faz nascer novas
propostas que sejam social e culturalmente apreciáveis. Uma atividade que possa ser
articulada, conforme o caso, em diferentes formas, cada uma delas dotada de suas
especificidades.

Assim após elaborar-se um estudo de design, é possível, realizar um projeto e adaptá-


lo no processo industrial seguindo uma linha de produção onde todas as peças que façam parte
do projeto, sejam de fácil montagem, e de forma rápida. Buscando uma produção em massa
no menor tempo possível.

Assim segundo Lobach (2001, p.21) Design Industrial é conceituado como um


processo de adaptação dos produtos de uso fabricados industrialmente, com determinadas
necessidades físicas e psíquicas dos usuários ou grupo de usuários.
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A utilização de produtos fabricados industrialmente faz com que seu processo seja
rápido e que atenda um grande número de unidades, em pouco tempo de fabricação, segundo
Lobach (2001) nos produtos utilizados por muitas pessoas, à cada individuo existem relações
menos marcantes, sendo que na maioria dos casos, não existem nenhuma identificação com
eles. Aqui não é economicamente possível produzir diversas variantes do produto, cabendo ao
designer industrial encontrar uma solução aceitável.

Através dos estudos é possível chegar a uma solução que seja de fácil e rápido
manuseio. Nesta fase o que conta também serão os materiais utilizados na fabricação do
produto. Sendo esse um dos principais pontos que deve-se analisar no processo de fabricação..
Assim Lobach (2001; p.52) afirma que: deve-se considera as necessidades gerais do
grupo no processo de projeto, de forma que o resultado “agrade” a maioria dos usuários.

Sendo assim projetar um único produto, que atenda as características funcionais e


estéticas, de modo com que agrade a grande maioria do público-alvo.

2.1.2 Funções dos produtos industriais

Ao determinar uma linha ao projeto é essencial que o mesmo atenda a todas as


necessidades do usuário sendo de fácil percepção na utilização de determinado produto
agradando o usuário em sua função prática e estética. Segundo Lobach (2001; p.54) os
aspectos essenciais das relações dos usuários com os produtos industriais são as funções dos
produtos, as quais se tornam perceptíveis no processo de uso e possibilitam a satisfação de
certas necessidades.

Assim ao cabe ao Designer na fase de projeto determinar todas as funções necessárias


para atender as necessidades de função, de modo que sejam estudados todos os pontos
essenciais que possam determinar o projeto.

Assim Lobach (2001; p.55) afirma que: “quando um designer industrial projeta
produtos industriais, determina as funções do produto”.

Assim pode-se então determinar formas as quais deve-se seguir e entender para que o
projeto de produto seja pratico e de fácil percepção do usuário para entender qual sua função
prática.
15

2.1.2.1 Funções Práticas


Segundo Lobach (2001; p.58) entende-se que nas funções praticas a preocupação com
os usuários deve ser com a ergonomia e corporal afirmando que: são funções práticas todas as
relações entre um produto e seus usuários que se situam no nível orgânico-corporal, isto é,
fisiológicas.

Tendo uma preocupação principal com o corpo, assim pode-se estruturar um produto
através de estudos ergonômicos atendendo as medidas necessárias, para que suas funções
atendam a real necessidade do produto.

A função pode ser definida como todas e quaisquer relações entre o produto e seu
usuário desta forma podem considerar que todo produto querendo ou não possui
uma função prática. A partir do momento em que um objeto existe automaticamente
ele possui uma “missão”, seja a de informar, o seja a função de ser confortável para
que o usuário se sentar. (FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

Pode-se então dizer que todo e qualquer produto, após projetado deve atender uma
função a qual esta destinada, independente de qual seja seu objetivo.

Citando o autor como exemplo as funções práticas de uma cadeira, (LOBACH, 2001;
p.58): “Por meio das funções praticas de uma cadeira se satisfazem as necessidades
fisiológicas do usuário, facilitando ao corpo assumir uma posição para prevenir o cansaço
físico”.

Assim PANERO (2002; p.57) afirma que: paradoxalmente uma cadeira correta, do
ponto de vista antropométrico, pode não ser confortável. No entanto, se o projeto
simplesmente não atender a todas as dimensões humanas e corporais, não há dúvida que o
resultado será o desconforto do usuário.

Sendo assim entende-se que, na elaboração de um projeto o qual não atenda as


medidas antropométricas, fica evidente que também não atenderá sua função de conforto,
como exemplo a cadeira mau projetada.

Nem sempre esta função prática é tão simples de ser cumprida, pois em muitos
casos, um grande designer cria uma cadeira, que é muito bonita, mas acaba não
sendo tão confortável, como deveria e isso a torna uma cadeira não muito prática.
Não podemos nos esquecer que no processo de uso do produto é que veremos se
suas características satisfazem as necessidades do usuário, desta forma, a partir do
momento em que temos um usuário totalmente insatisfeito com o produto, então
precisamos rever nosso projeto, pois algo não está sendo tão funcional como deveria
ou o usuário não está compreendendo o modo correto para sua utilização.
(FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)
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Estudado e compreendido as funções práticas do produto para a realização do projeto


deve-se preocupar com a estética fazendo que o projeto de produto seja além de prático e
agradável aos olhos do público na utilização do produto, passando então para o ponto estético
do projeto.

O Design é um processo criativo que visa desenvolver produtos, preocupando-se se


sua função estará sendo compreendida pelo usuário, desta forma podemos
considerar que um projeto de sucesso depende da avaliação do usuário, ele precisa
cumprir todas as suas funções: prática, estética e simbólica. No caso, como estamos
nos referindo unicamente a função prática, podemos simplesmente considerar que
para um objeto de design ser funcional, sua relação com o usuário precisa estar
clara, de forma a cumprir sua função. (FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

Projetando um produto final que atenda os objetivos propostos, sendo funcional e


confortável ao público-alvo.

2.1.2.2 Função Estética

Pode-se definir como a característica a qual pode ser percebida pelo usuário através do
visual, entende-se que será a primeira impressão do público por ser uma característica visual.

Pode ser definida pelas relações entre o produto e o usuário, no processo de


percepção, o seja a análise dos impactos psicológicos que aquela peça causou ao
usuário. Uma forma mais simples de explicar essa relação com o usuário é
simplesmente pararmos para pensar no impacto que a estética de um produto causa
em nossas vontades. (FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

O autor Lobach passa que o designer industrial tem por objetivo na elaborar um
projeto de produto, que faça o usuário identificar-se com o produto para que o agrade e que
chame a sua atenção assim:

Podemos perceber que a estética é uma das primeiras características que o usuário
observa no produto, primeiro, pois é por essa característica que somos motivados
primeiramente para comprarmos os produtos e depois iremos verificar sua
funcionalidade, que muitas das vezes só é percebida pós a compra do produto.
(FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

Sendo um dos elementos principais na elaboração de projeto buscando a simetria do


produto ao ambiente o qual será exposto para sua utilização, estimulando uma compreensão
através do sentido sensorial como afirma LOBACH (2001; p.59) a função estética é a relação
entre um produto e um usuário no nível dos processos sensoriais.
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De uma forma mais clara, podemos interpretar que a função estética tem como
objetivo mostrar a beleza do produto, de forma que agrade o público pela qual é
destinada. Analisando mais afundo podemos dizer que dependendo da estética do
produto, sentimentos são despertados no consumidor, fazendo com este se sinta
satisfeito e adquira o produto, ou despertando uma necessidade de que as outras
funções sejam observadas para que a compra possa ser efetivada.
(FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

2.1.2.3 Função Simbólica

Esta função se da devida a uma simbologia, o que o produto pode representar para
público, unindo todas as características, sendo esta responsável pela sensação, a qual o
usuário tem ao visualizar o produto.
“É definida pelas relações entre o produto e o usuário. Estas relações são estabelecidas
através de experiências e sensações vivenciadas pelo usuário no momento da utilização do
produto, são aspectos que acabam por ter suas características enfatizadas.”
(FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

Além da estética também se pode apontar como um dos elementos principais no


projeto de um produto a função simbólica, assim estimulando o usuário a relembrar de
experiências passadas.

A função simbólica marca um sentido, uma idéia para o produto de forma que este
possa se tornar uma peça conhecida e interpretada dependendo da atitude e
entendimento do usuário. Bem, eu sei que tudo isso ainda está meio complexo, mas
se analisarmos que a função prática precisa estar ok para que a forma de um objeto
justifique sua função, como por exemplo, uma cadeira que não se pode sentar, o que
não faz muito sentido. Também se pensarmos que a função estética analisa a beleza
do produto de acordo com o público a que é destinado, podemos considerar a função
simbólica como uma forma de analisar o significado do objeto, entendendo sua
simbologia, que precisa estar de acordo com sua função e sua estética.
(FUNCIONALIDADE SUSTETÁVEL, 2008)

Derivando-se dos aspectos estéticos do produto a função simbólica se manifesta por


seus elementos como a forma, cor, superfícies e outros afirma o autor LOBACH (2001, p.64).

Assim pode-se dizer então que existe uma relação entre as funções estéticas e
simbólicas tornando-se uma relação mútua entre si.
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2.2 MOBILIÁRIOS URBANOS

O mobiliário urbano desempenha um papel determinante na presença das pessoas nas


áreas mais frequentadas, agradáveis e confortáveis da cidade. A distribuição de bancos,
luminárias podem contribuir para incentivar uma relação mais positiva e animada entre os
seus visitantes desses espaços. (KRAUEL, 2007, p.25)

Pode-se entender que o mobiliário urbano são peças as quais são projetadas para
espaços públicos os quais atendam a uma necessidade humana, sendo ela das mais diversas
formas.

O mobiliário urbano segundo o autor MORTHÉ (1998) seria determinado objeto que
tem por objetivo atender às necessidades do usuário e como segundo ponto decorar a cidade.

Atendendo as características de função prática e estética, dando funcionalidade a peça


e unindo com o objetivo de decoração representada pela função estética. Mas muito alem de
decorar ela deve ser funcional.

Muitos dos mobiliários urbanos trazem na maioria das vezes em seu elemento o
objetivo de suprir a uma necessidade assim pode-se dividi-los em vários tipos de mobiliário,
abrindo um leque de produtos para o desenvolvimento do projeto.

Segundo MOURTHÉ (1998, p.10,11): “A função do mobiliário urbano vai além de


decorar a cidade, ao mesmo tempo em que sublinha que estes equipamentos não devem ser
tomados como uma peça isolada, com uma função pacífica – e só”.

Ideia do que possa ser um mobiliário vai de autor a autor. Para isso pode-se denominar
um mobiliário urbano um elemento que contribui para atender às necessidades dos usuários,
tendo uma utilidade publica voltada a um grande número de pessoas, assim disponibilizando
conforto, e em muitos casos utilizados para o lazer, como por exemplo: bancos, mesas, ponto
de ônibus, lixeiros, iluminação, caixas de correios entre outros equipamentos.

MOURTHÉ (1998, p.11,12) também afirma que seu papel interativo entre espaços
públicos e usuários influencia e é influenciado pelos comportamentos sociais e expressões
culturais regionais – que tem de ser levados em conta.
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Obtendo então um conceito envolvendo elementos que possam ser utilizados nas
estruturas e equipamentos, fornecendo informação, proteção, conforto ao público entre outros.
Assim Lamas (2000, p.20) define que:

O mobiliário urbano situa - se na dimensão setorial, na escala da rua, não podendo


ser considerado de ordem secundária, dadas as suas implicações na forma e
equipamento da cidade. É também de grande importância para o desenho da cidade e
a sua organização, para a qualidade do espaço e comodidade.

2.2.1 Peças de Mobiliário Urbano

MOURTHÉ (1998, p.12) classifica os produtos como equipamentos e nos passa que a
sua parte funcional seja de rápida percepção do usuário:

Sob o ponto de vista do mobiliário urbano como equipamentos funcional e da interface


direta com o usuário, há categorias distintas, como:

 Elementos decorativos: esculturas e painéis em prédios;


 Mobiliário de serviço: telefones públicos, caixas de correio, latas de lixo, abrigos de ônibus, cabines
policiais, banheiros públicos, fradinhos, protetores de arvores;
 Mobiliário de lazer: bancos de praça, mesas de jogos, projetos para idosos, projetos para crianças,
projetos para atletas e jovens;
 Mobiliário de comercialização: bancas de jornal, quiosques, cadeiras de engraxate, mesas para cafés e
bares em áreas publicas;
 Mobiliário de sinalização: placas de logradouros (ruas), placas informativas, placas de transito e
sinalização semafórica;
 Mobiliário de publicidade: outdoors e letreiros computadorizados.

Entendendo assim a classificação dos equipamentos, e dividindo-os é possível ver um


amplo campo que se abre diretamente com a palavra mobiliário urbano, compreendendo e
entendendo um pouco sobre os produtos.

2.3 ERGONOMIA
Segundo Munari (1998) ergonomia é a ciência que estuda as maneiras de melhorar as
condições dos trabalhos no local de trabalho. Vale-se das contribuições advindas do
conhecimento da autonomia humana, da fisiologia e da medicina do trabalho.

Assim tornando um estudo essencial contribuindo para o desenvolvimento do projeto


fazendo com que se tenha um conhecimento básico sobre a fisiologia e estudo corporal. Para
que o desenvolvimento do produto supra às necessidades dos usuários. Conforme Iida (2005,
p.22): “A ergonomia tem contribuído para a vida cotidiana, tornando os meios de transporte
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mais cômodos e seguros, a mobília doméstica mais confortável e os aparelhos


eletrodomésticos mais eficientes e seguros”.

Estudando todas as formas e condições em que o nosso corpo passa durante o dia
buscando analisar as posições e corrigir de forma discreta e eficiente sem a percepção do
usuário, mas fazendo com que o produto seja satisfatório e confortável. Segundo Iida (2005,
p.15)

Hoje, os estudos ergonômicos são muito amplos, podendo contribuir para melhorar
as residências, a circulação de pedestres em locais públicos, ajudar pessoas idosas,
crianças em idade escolar, aquelas portadores de deficiências físicas e assim por
diante.

Então ao projetar um produto de mobiliário urbano é imprescindível a percepção de


que existe um nicho muito grande em relação ao público, sendo assim deve-se pensar em
todos os usuários de maneira geral. Atendendo todas as especificações de circulação física
para pedestres, idosos e portadores de necessidades especiais, através de um estudo
ergonômico.

Assim Panero (2002, p. 59) afirma que:

Parece óbvio que o projeto de cadeiras e assentos deve levar em conta a distribuição
do peso corporal suportado pelas extremidades dos ísquios sobre uma área maior.
Um estofamento adequado do assento poderia ser a solução para tal.

Entende-se então que em meio do estudo ergonômico podemos obter as medidas as


quais seguem um padrão para que na elaboração do projeto seja possível determinar as
medidas as quais seja objetiva ao usuário do produto final estudando as medidas
antropométricas.

O autor Panero (2002, p.60) trás uma análise da altura de assento:

Uma análise básica no projeto de assentos é a altura do topo da superfície de assento


em relação ao piso. Se esta superfície for muito alta a parte inferior das coxas será
comprimida, o que pode causar considerável desconforto alem de dificultar a
circulação sanguínea. Se a altura do assento não permite um contato das solas dos
pés com o piso diminui a estabilidade do corpo. Se a altura do assento for muito
baixa, as pernas podem ficar estendidas à frente, deixando os pés sem estabilidade.
21

Buscando através desta analise pode-se então definir como um dos principais pontos
em um projeto onde existe um grande número de pessoas para sentar-se, a altura dos assentos,
o qual se tona importante para que não cause um certo desconforto ao público-alvo.

Também é possível ter uma análise da profundidade dos assentos pois ao determinar
as medidas é possível chegar ao mais próximo do conforto ao público afirma o autor Panero
(200, p. 63):

Outra análise básica no projeto de cadeiras e similares é a profundidade do assento,


se muito grande, a borda frontal da cadeira ira pressionar a área logo atrás dos
joelhos, interrompendo a circulação sanguínea das pernas e pés. A compressão dos
tecidos poderá causar ainda irritação e desconforto.

Também como aspecto importante em um projeto de assento é a profundidade a qual,


é responsável por causar um desconforto nas pernas ao sentar-se, pois se não projetado
corretamente pode interromper a circulação das pernas até o pé.

Analisando o desconforto das pernas Panero (2002, p.63) nos afirma que: para aliviar
o desconforto nas pernas, o usuário pode mover suas nádegas para frente, mas com isso suas
costas ficarão sem apoio, a estabilidade corporal é menor e maior força muscular será exigida
para manter o equilíbrio.

Outro ponto importante de ser analisado é o encosto onde se apoia a região lombar
assim através do autor Panero (2002, p.65,66) em sua análise passa que:

Embora o encosto, no que se refere a tamanho, conformação e posicionamento, seja


um dos aspectos mais importantes para garantir uma acomodação adequada entre
usuários e assentos também PE o componente mais difícil de ser dimensionado.
Passa a ter principal função do encosto é a região lombar, ou parte inferior das
costas. Esta é a parte inferior côncava que se estende aproximadamente da cintura
ate maio das costas.

É necessário, portanto que o arquiteto ou designer se familiarize com as analises


antropométricas envolvidas no projeto de cadeiras afins, e sua relação com imperativos da
biomecânica da ergonomia. (PANERO, 2002, p.60)

Defini-se então que para um assento confortável, é necessário atender uma série de
especificações as quais deixem mais confortável um assento, o qual será de extrema
importância neste projeto de mobiliário urbano.
22

2.4 SUSTENTABILIDADE

O conceito sustentabilidade segundo Neves (2011, p.25) tem origem em 1987 quando
o presidente da Comissão mundial sobre o Meio ambiente e Desenvolvimento, apresentou a
Assembleia Geral da ONU um documento, que ficou conhecido como Relatório Brundtland.
Conceituando o desenvolvimento sustentável como “aquele que atende as necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias
necessidades”.

Assim pode-se então compreender que as preocupações com o meio ambiente já eram
bem claras nas décadas passadas. Com o objetivo de prevenir as ações do homem sem
comprometer as gerações futuras.

Entende-se que a sociedade esta crescendo, no entanto Neves (2011) afirma que:

São mundos que não se dissociam, ambientes que se completam. Um planeta sadio
depende da saúdo de todas as partes. O homem tem afetado o mundo pala a
utilização de forma indiscriminada dos recursos naturais, depredando e destruindo
seu meio ambiente.

Para que isso seja possível entende-se que um papel importante para que isso ocorra,
esta destinada ao design. Pois esta diretamente envolvido em projetos os quais fazem com que
sonhos se tornem realidade, sem afetar o meio ambiente, prevenindo e discutindo dentro de
projetos as possibilidades de materiais sustentáveis. Se preocupando na fase direta ou indireta
da produção de um determinado produto.

Segundo Manzini (2008, p23);

Propor o desenvolvimento do design para a sustentabilidade significa, portanto,


promover a capacidade do sistema produtivo de responder à procura social do bem-
estar utilizando uma quantidade de recursos ambiental drasticamente inferior aos
níveis atualmente praticados. Isto requer gerir de maneira coordenada todos os
instrumentos de que se possa dispor (produtos, serviços e comunicação) e dar
unidade e clareza às próprias propostas. Em definitivo, o design para a
sustentabilidade pode ser reconhecido como uma espécie de design estratégico [...]

Para o design é indispensável se pensar a sustentabilidade sendo de grande importância


para aplicar-se em conceitos nos projetos, analisando os recursos e diferentes formas de se
aplicar sustentabilidade.
23

2.4.1 Materiais

Em um projeto sustentável a ideia de sustentabilidade vem com o objetivo de, buscar


recursos os quais sejam menos agressivos ao meio ambiente de modo que não afete as futuras
gerações e possa auxiliar novas tecnologias e novos materiais para os desenvolvimentos de
produtos totalmente sustentáveis.

Segundo autor Manzini (2008, p.147) o designer tem um papel relevante na escolha e
aplicação dos materiais empregados em produtos de produção em série, mesmo sabendo que
não vai estar envolvido com a origem ou com o fim destes materiais ao cessar o ciclo de vida
dos produtos.

Pode se considerar o mesmo em relação à escolha das fontes energéticas necessárias


ao funcionamento do produto durante o uso, e juntamente com a estrutura buscando na
inovação algo que possa ser trabalhado sem afetar o meio ambiente.

Assim segundo Lima (2006, p.12)

Num projeto de produto típico, a escolha definitiva de um ou mais materiais é


formalmente estabelecida na etapa de detalhamento (também considerada como
especificação do produto) sendo, em geral, reflexo de uma sequencia de
levantamentos estudos e avaliações que vêm ocorrendo desde o inicio da atividade
projetual.

Com o crescimento em tecnologia pode-se notar que um investimento em materiais


sustentáveis vem abrindo novas portas para todas as áreas desde a industrial, ate a energética,
fazendo com que os impactos ambientais sejam as menores possíveis.

Segundo Manzini (2008, p.169):

Existem ainda diversos processos de transformação (de uma forma ou de outra) de


energia que as tornam uteis ao homem e as suas necessidades: O aquecimento, a
iluminação, o movimento, a produção de produtos e etc..

Assim fazendo com que entre em um nicho muito amplo de tecnologias sendo possível
chegar a uma determinada fonte renovável capaz de suprir as necessidades do projeto a fim de
se tornar mais limpa.

Para minimizar, ou até reverter essa situação, é necessário o desenvolvimento de


projetos e de novas tecnologias que proporcionem a redução da geração de resíduos,
o uso racional de recursos naturais, tais como a energia e a água, e a utilização de
materiais ambientalmente corretos. Para se adequarem aos padrões sustentáveis,
fornecedores de materiais e seus produtos devem ser avaliados a partir dos seguintes
aspectos: funcionalidade; desempenho; durabilidade; estética; custos; prazos de
entrega/execução; manutenção e reposição de materiais; domínio da tecnologia;
sustentabilidade. (CUNHA, 2009)
24

Na pesquisa de materiais que atendam aos tópicos apresentados, busca em todos os


elementos pontos significativos com relação a sua funcionalidade, durabilidade, custos, entre
outros. Os quais se encaixaram de melhor forma para a realização.

A tecnologia dos materiais sustentáveis procura técnicas específicas, tecnologias


limpas e materiais apropriados de modo a estimular uma atitude social e
ecologicamente correta. Para o planejamento e desenvolvimento de um material é
necessário estudar todo o seu ciclo de vida desde a matéria-prima até ao produto
final tendo uma preocupação aos vários fatores de impacto ambiental. A avaliação
do ciclo de vida dos materiais concretiza-se combinando o econômico com os
interesses ecológicos, ou seja, menos matérias-primas, energia, detritos, embalagens
e mais reciclagem, diminui custos de produção, aumenta o lucro e influencia
positivamente a balança ecológica. Para os produtos sustentáveis, sempre que
possível, deve-se optar por energias renováveis. Os materiais utilizados devem estar
o mais próximo possível de seu estado natural para que sejam facilmente
recuperados. Materiais compostos são de difícil recuperação e reciclagem, pois
muitas vezes não é possível a segregação dos componentes originais.”
(MORGANDINHO, 2009)

Buscando um reaproveitamento de materiais, os quais se encaixam de maneira


significativa para a elaboração do projeto.

Através dos materiais os quais sejam possíveis tirar um maior proveito seja ele um
material reciclável ou reaproveitável, tirando do meio ambiente e reutilizando-os para a
estruturação do projeto, com um conceito realmente sustentável.
25

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN

3.1 Metodologia do Projeto de Design


A metodologia aplicada do Projeto de Design será de Bruno Munari por se tratar de
uma metodologia básica e objetiva fazendo com que seja mais fácil compreendida nas
escolhas dos seus passos.
A metodologia é dividida em passos, onde é possível em cada um deles compreender
as necessidades do projeto e chegar a decisões de etapas as quais não atrapalhem no
desenvolvimento do projeto.
Assim segundo Munari (1998, p.342) entende-se as etapas a partir de sua metodologia
de pesquisa.
Como primeiro plano é levantado um problema que se origina de uma necessidade,
para que se possa ser utilizado na solução do projeto. Depois de levantado o problema se faz
uma definição com o objetivo de dividir o material para que se possa analisar e buscar
entender qual o problema de determinada situação. Definido os principais pontos do
problema, se faz uma lista o qual apontamos os componentes do problema separando-os em
tópico específicos para um melhor entendimento que será necessário para a próxima etapa.
Assim pode-se classificar como elementos pré-concepção aonde se encontra toda a parte de
pesquisa do projeto.
Depois de elaborada as etapas da pré-concepção, parte-se então para a coleta de dados
onde se encontra toda a parte de projeto separada em detalhes para que se possam definir os
principais pontos, partindo em seguida para as analises dos dados, onde se podem analisar os
dados partindo das informações obtidas na coleta de dados para que se possa por fim partir a
etapa da criatividade. Etapa a qual passa a ser mais pratica. Começando então a definir o
projeto a partir dos dados colhidos, realizando uma geração de alternativas as quais pode ser
seguida da escolha dos materiais e tecnologia aplicados no produto.
Pode-se definir então esta fase como concepção a qual esta definida o corpo do projeto
onde toda a parte criativa e funcional da metodologia é estruturada.
Assim passando para a parte a qual se define como a fase de modelação do projeto,
experimentação onde pode-se estruturar modelos, possibilidades de materiais e técnicas a
serem aplicadas no projeto, passando para a fase de modelo aonde se aplica todos os materiais
e possibilidades de se produzir o produto, para que se possa validar o projeto passando para o
desenho de construção realizando um desenho detalhado de todo o projeto para a sua
26

construção. Finalizando com a solução do projeto parte a qual se da todo o detalhamento do


projeto, buscando atender a todos os objetivos esperados.

3.1.1 Metodologia do Bruno Munari:

Figura 1: Fluxograma Metodologia Bruno Munari

Fonte: o autor

Pode-se perceber então como a metodologia de Bruno Munari é objetiva e prática,


possibilitando chegar a uma conclusão de projeto atendendo a todas os objetivos esperados,
obedecendo a todas as etapas que fazem parte do processo e ferramentas do design aplicados e
estruturados para um melhor entendimento do problema passando pelas etapas seguintes
chegando a solução final que pode ser um produto que atenda a todas as necessidades criadas
ao longo do desenvolvimento do projeto de design aplicado no capitulo seguinte. Iniciando
com um problema passando por todas as etapas, definindo como principais etapas a
criatividade, os materiais e tecnologia, desenhos criativos e chegando a uma solução.
27

3.2 PROJETO DE DESIGN

3.2.1 Problema

De acordo com a metodologia de Munari (1998) como primeira etapa o “problema”


que expõe o problema a ser resolvido, e queremos alcançar uma solução, buscando atender a
todas as necessidades.

No projeto a “necessidade” de como projetar um mobiliário urbano, com um conceito


sustentável buscando a inovação, utilizando de materiais sustentáveis.

3.2.2 Definição Do Problema

Conforme o autor Munari logo após a definição do problema é normal apresentar uma
ideia a qual já se resolva o problema apontado. Na fase de definição do problema o designer
deverá apresentar o problema como todo e limitar pontos os quais se deve trabalhar.
A definição do problema no projeto pode referir o produto: mobiliário urbano
(telefones público, latas de lixo, abrigo de ônibus, banheiros públicos, cabines policiais, etc..)
buscando como conceito recursos sustentáveis (materiais, fontes de energia). Elaborando
como apresentação o modelo 3D conceituado. Delimitando a necessidade dos elementos para
a criação do projeto.
De acordo com Munari (1998), qualquer que seja o problema a identificação dos
componentes do problema simplifica a resolução deles.
A partir de uma delimitação representada por um fluxograma, figura 01 delimitou se
que o mobiliário urbano será um abrigo de ônibus por existir certa necessidade do público
encontrada em cidades brasileiras, utilizando de um container para a estrutura, sendo um
material que pode ser reaproveitado ao final de sua vida útil. Utilizando como componente
direto para a estruturação do projeto, o conceito do produto visa sustentabilidade, o
reaproveitamento de materiais, utilização de fontes de energia limpa definido então o conceito
do projeto.
Tornado o produto, e de fácil locomoção para levá-lo para outros locais quando
necessário, por se tratar de um produto leve e já preparado para o transporte para vários
locais, sem se preocupar com a sua montagem e desmontagem caso haja a necessidade de
relocação do abrigo do ônibus. Assim pode-se então definir e delimitar as etapas necessárias
para a realização do projeto a partir de pontos os quais sejam de principal importância,
representado na figura 02.
28

3.2.3 COMPONENTES DO PROBLEMA

Figura 2: Componentes do Problema

Fonte: o autor

A partir de um problema é possível fazer uma relação dos principais pontos,


necessários para a fase de coleta e análise dos dados, dividindo as etapas para que possamos
entender e estudar cada fase identificando todos os elementos a serem pesquisados.
Iniciando com um entendimento do mobiliário urbano, tendo o conhecimento das
inúmeras peças mobiliarias, a pesquisa foco foi o abrigo de ônibus, sabendo de sua utilidade
pública e da real necessidade dos usuários do transporte público, os quais muitas vezes estão
expostos ao clima, a poluição dos transportes nas vias públicas.
Como conceito sustentável, foi pesquisado materiais os quais tenham um menor
impacto ao meio ambiente, direta ou indiretamente, utilizando de materiais reutilizáveis,
como materiais descartados que possam ser reutilizados, retirando-os do meio ambiente e
destinado os mesmos para que possam atender a outras necessidades, ou dando novas funções.
Como containers descartados em portos ocupando espaços e sujando o meio ambiente por
falta de lugares para seu destino, após o termino de sua vida útil. Assim como matérias
entende-se que as fontes de energia limpa também fazem parte do conceito sustentável.
Utilizando do sol como fonte de energia, e tendo a tecnologia acessível a nossa disposição,
então que através da energia solar possamos alimentar o abrigo de ônibus independentemente
29

podendo assim ser transportado para diversos locais sem precisar de uma fonte a qual serviria
como carga para o abrigo.

3.2.4 Coleta dos Dados

A importância do reaproveitamento de materiais, depositados no meio ambiente, faz


refletir e buscar uma maneira de reutiliza-los, disponibilizando inúmeros materiais os quais
podemos utilizar para a construção do projeto.

3.2.4.1 Contêiner
Por serem estruturas feitas em aço, os contêineres são muito resistentes e condutores
de calor, para a utilização em construções deve-se colocar um isolante térmico, como forma
de preenchê-lo e revesti-lo.

Este tipo de construção é muito utilizada como alternativa rápida de abrigo.


Atualmente esta sendo utilizado nas construções civis, construindo edificações de alto nível,
aplicando o material na estrutura, e revestindo-os completamente para escondê-los, ficando
imperceptível aos olhos de quem vê. Pode-se tirar vantagens em relação a este material sendo
o mesmo retirado do meio ambiente se tornando uma estrutura super ecológica, por ser
resistente, e durar por grande tempo.

A utilização de contêineres para a construção de projetos, nos trás inúmeras vantagens


por serem de rápida construção e muito econômica, além de serem ecologicamente corretas, e
serem utilizados como transporte por oito anos, e após serem descartados. Muitas vezes
ocupando os espaços em portos.

O descarte inapropriado de contêineres tem inspirado grandes projetos de arquitetura


sustentável pelo mundo a fora. Além de terem vida útil para o mercado náutico de
aproximadamente 8 anos tendo uma vida útil de produto de 100, o que geraria uma
média de 92 anos de “inutilidade forçada”, também é porque sai mais barato para
uma companhia de navegação comprar novos contêineres do que transportá-los
vazios de volta para casa, o que cria uma pilha de containers nos portos e por lá
ficam a sorte de todo o descaso, podendo estes se transformarem em poderosos
agentes de resolução de um fator tão essencial, o de moradia para as pessoas.
(PLANETA CONTAINER, 2011)
30

Entende-se então que o container será uma peça fundamental para a construção do
projeto por se tratar de uma estrutura durável e barata, tendo em vista o grande acumulo de
estruturas deixadas nos portos ao descaso das transportadoras náuticas.

Além disso, os containers são feitos de metal, incrivelmente estruturados, sem


mencionar sua resistência à chuva, incêndio e outras intempéries. Eles estão
disponíveis numa grande variedade de tamanhos (o mais comum sendo de 2,44 m de
largura, 2,59 m de altura e 12,19 m de comprimento), o reaproveitamento desses
insumos os fazem ideais para casas ou escritórios modulares, é a inteligência
sustentável à favor do homem. (PLANETA CONTAINER, 2011)

Portanto é possível utilizar container como estrutura para um abrigo de ônibus, por ter
medidas as quais sejam bem aproveitadas, com a rapidez na construção, reaproveitando-os
para novas ideias, utilizando o conceito sustentabilidade como conceito principal,
favorecendo o homem.

3.2.4.2 Vidro Reciclado


Na busca de materiais para a composição do projeto, foi pesquisado inovações dentro
de um processo, o qual esta acessível a todos nos dias de hoje. Assim entende-se que o vidro
seja uma solução não muito resistente, mas barata e reaproveitável.

É neste sentido que a reciclagem do vidro é de fundamental importância, já que no


Brasil são produzidas em média 900 toneladas de embalagens de vidro e seu
reaproveitamento é de 100%. O vidro reciclado tem praticamente todas as
características do vidro comum, podendo passar pelo processo várias vezes, sem
perder suas características e qualidades. Estima-se que mais de 40% das embalagens
de vidro produzidas no Brasil são de material reciclado e a expectativa é que este
número aumente. Assim podemos dizer que, o vidro se torna um material totalmente
sustentável, sendo o mesmo é reaproveitado diversas vezes. Para tanto devemos
conhecer o processo de reutilização para que tenhamos um conhecimento mais
amplo do material a ser utilizado. Todo o processo de reciclagem pode ser separado
em etapas: Primeiro, separa-se os vidros por cores e tipos; Depois, o vidro bruto é
estocado em tambores; Em seguida utiliza-se o eletroímã para separar os metais que
podem gerar contaminação; Após a separação ele é lavado com água; O vidro é
triturado e encaminhado para uma peneira vibratória; Em seguida o vidro é passado
novamente pelo eletroímã, que fará uma nova separação dos metais que ainda
restaram nos cacos; Depois ele é fundido em uma temperatura alta acima de 1300
ºC; Por fim o vidro é utilizado pelas vidrarias na moldagem e criação de novas
embalagens.(REAPROVEITAMENTO DO VIDRO, 2011)

Assim após todas as etapas aplicadas na reciclagem do vidro, ele poderá ser utilizado
para a fabricação de novas embalagens, bijuterias, fibras, composição de asfaltos, entre outros
que podem ser derivados do vidro.
31

3.2.4.3 Energia Solar


Em busca de uma fonte de energia, capaz de atender a todas as necessidades, sendo a
mesma uma energia limpa, a fonte solar.

O conceito de energia solar é dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa


(em certo sentido, da energia térmica) proveniente do sol, e posterior transformação
dessa energia captada em alguma forma utilizável pelo homem, seja diretamente
para aquecimento de água ou ainda como energia elétrica ou mecânica.
(KARDOVSKY, 2010)

Sendo a mesma capaz de se utilizada, em diversas formas, como aquecimentos de


água, energia elétrica ou mecânica, abrindo então um grande leque capaz de definir qual será
a principal fonte de energia a qual atendera as nossa necessidades tendo um conhecimento
básico de sua estrutura e funcionamento.

Das fontes de energia renováveis, como a energia eólica, hidroelétrica, biomassa e a


radiação solar são responsáveis por grande parte da energia disponível na terra..
Apenas uma minúscula fração da energia solar disponível é utilizada. Sendo assim
podemos aproveitar o sol como fonte de energia solar. Os métodos de captura da
energia solar classificam-se em diretos ou indiretos: Direto significa que há apenas
uma transformação para fazer da energia solar um tipo de energia utilizável pelo
homem. Exemplos: A energia solar atinge uma célula fotovoltaica criando
eletricidade. (A conversão a partir de células fotovoltaicas é classificada como
direta, apesar de que a energia elétrica gerada precisará de nova conversão - em
energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.) (ENERGIA
SOLAR, 2010)

Assim busca-se entender o processo de captura da energia no seu processo direto e


indireto, sendo capaz de identificar todos os elementos necessários para a aplicação no
projeto.
“Será necessário entender o processo indireto significa que precisará haver mais de
uma transformação para que surja energia utilizável: Placas solares e células
fotovoltaicas, As células fotovoltaicas funcionam de acordo com um fenômeno
físico básico designado “efeito fotoelétrico.” (A ENERGIA SOLAR, 2010).

Entendendo então o processo indireto capaze de definir materiais, os quais serão


aplicados no projeto para que se possa ter um melhor resultado.

“Quando um número suficiente de fótons colide com uma placa semicondutora,


como o silício, podem ser absorvidos pelos seus elétrons à superfície. A absorção de
energia adicional permite que os elétrons (com carga negativa) se libertem dos
átomos. Os elétrons tornam-se móveis, e o espaço que ficou é preenchido por outro
eletro de uma camada inferior do semicondutor. Consequentemente, um dos lados
da bolacha de silício possui uma maior concentração de elétrons do que o outro, o
que origina uma voltagem entre os dois lados. Ligar os dois lados com um fio
32

elétrico permite que os elétrons afluam ao outro lado da bolacha gerando corrente
elétrica.” (A ENERGIA SOLAR, 2010).

Assim é possível entender todo o processo de transformação da energia solar em


eletricidade, tornado uma ferramenta tecnologia muito útil, no presente e pra um futuro.

3.2.4.4 Lâmpadas Led


As lâmpadas de led vêm crescendo no mercado, e substituindo as lâmpadas
fluorescentes. Por mais que não sejam de tamanha eficiência, sua durabilidade, e economia
são extremamente eficientes.
“Esse tipo de utilização, em que a tecnologia nova é adaptada para substituir as
anteriores e, assim, ser consumida imediatamente é chamado de “mimetização” ou
“retrofit” pelos luminotécnicos. O uso dos LEDs no formato de lâmpadas pré-
existentes já é muito interessante, pois embora tenha um custo inicial elevado, o
LED tem vida útil muito mais longa do que as incandescentes e fluorescentes, além
de ter um consumo de energia muito baixo, o que compensa o custo inicial. A
utilização das “lâmpadas” compostas por LEDs é especialmente boa no uso externo,
porque sua reprodução de cor ainda não é excelente (em torno de IRC80, enquanto
as fluorescentes chegam a IRC85-95 e incandescentes IRC100). Embora já seja
satisfatória, tende a melhorar ainda mais.” (Forte e Ferraz, 2010)

Embora não seja uma solução de iluminação muito barata é possível entender que ela
se paga, pela sua economia e durabilidade, se tornando uma peça fundamental na questão
sustentável.

3.2.4.5 Pneu reciclado


Para o preenchimento do piso, é possível utilizar de um material facilmente
encontrado, com o aumento da circulação de automóveis, o crescimento da utilização de pneu
é eminente.
“Hoje em dia já não há mais razão para se jogar pneus em aterros, pois já existem
novas maneiras de reciclá-los e outras ainda sendo desenvolvidas. O fato de
ocuparem muito espaço em aterros tem sido o maior problema, 75% do pneu este
vazio e não sabe exatamente quanto levará para se decompor, acarretando assim o
risco de não haver mais espaço em aterros para armazená-los. Uma vez que se troca
seu pneu usado por um novo há dois destinos que ele pode seguir. Se estiver em
boas condições, ele poderá ser enviado para fabricas, onde o pneu ganhara uma nova
vida. Ou, seu pneu será cortado em pedaços para ser reutilizado. Já existem
processos os quais o pneu passa para dar um segundo destino, entre esses processos
esta a reciclagem mecânico-quimico. Esta combinação de processo químico e de
moagem que consegue de vulcanizar resíduos do pneu. Este processo funciona tão
bem que sua composição pode ser vendida no mercado para outros fins. Há muitos
produtos que pode ser criados a partir dos pneus reciclados, podem ir além da
imaginação. Ao separar os arames de metal da borracha, é possível reaproveitar
apenas a borracha para a fabricação de outros produtos.” (Como seu pneu é
reciclado, 2010).
33

Assim após processado todo o material, é possível utilizar de diferentes formas assim
facilmente aplicado como piso emborrachado, trazendo inúmeras qualidades para sua
aplicação.

3.2.5 Análise dos Dados

Finalizada a coleta dos dados, pode-se relacionar os pontos mais significantes, para
que se tenha o desenvolvimento. Iniciando pelo conhecimento em materiais, levando um
conceito sustentável, e aplicando em uma forma estrutural a qual representara o mobiliário
urbano evidenciando em sua estrutura a preocupação com o meio ambiente.
Utilizando de materiais sustentáveis, reaproveitados, dando a eles um uma segunda
função. Destinado cada um para funções as quais sejam de melhor aplicação. Qual a
localização das células fotovoltaicas, para que se possa ter uma melhor captação do sol, toda a
estrutura elétrica necessária para a construção do sistema de iluminação, material necessário
para a convecção do espaços publicitários, o piso emborrachado como preenchimento de
superfícies.
Representando os painéis de similares, conceitos, tendências, e público alvo com o
objetivo de simplificar em forma de imagens as necessidades para o desenvolvimento e
criação do projeto abrigo de ônibus.
34

Figura 3: Painel de Similares

Fonte: o autor

Através do painel de similares pode-se observar que existem diversas formas para
estruturar um projeto de um ponto de ônibus. Colocando em primeiro plano o seu funcional,
atendendo as necessidades, buscando um conceito inovador, e utilizando de toda a tecnologia
oferecida para suas funções, e aproveitando seus espaços para fins comerciais.
Observa-se então que os abrigos de ônibus, tem além de estético, sua função o qual em
muitas figuras acima observa-se que leva mais para a estética, do que a funcional.
35

Figura 4: Painel Público Alvo

Fonte: o autor

O painel do público alvo são pessoas que utilizam do transporte publico como seu
principal meio de locomoção, muitas vezes ficando expostas as condições do clima e com o
estresse das filas e monotonia, fazendo com que este trajeto se torne cansativo. Assim como
primeira ideia projetar algo que possa ser aconchegante ao usuário, desenvolvendo um abrigo
de ônibus que realmente atenda as necessidades das pessoas.
Observa-se um grande numero de usuários, que se encontram em filas a espera de um
ônibus, um problema que esta exposto nas grandes cidades, e vem crescendo a cada ano que
passa.
36

Figura 5: Painel de Tendências

Fonte: o autor

No painel de tendências da um destaque para os containers que alem de serem super


ecológicos, revelando inovação e inúmeras possibilidades de se trabalhar nas construções
utilizando sua estrutura como base no projeto do ponto de ônibus. Visando que se trata de
uma peça que pode ser encontrado nos portos, sendo descartável e não reutilizado para o
transporte de cargas após 8 anos de uso. Dando-nos inúmeras possibilidades de estruturação
do projeto tendo em vista que se trata de uma estrutura de aço e com medidas proporcionais as
quais necessita-se para a confecção do abrigo de ônibus, utilizando da criatividade
construindo varias formas e estilos embelezando as cidades. Entende-se então que o contêiner
pode ser projetado e utilizado de varias formas, na figura 5, aparece contêineres sendo
utilizados desde um escritório a uma moradia, mostrando as inúmeras possibilidades de
contrução.
37

Figura 6: Painel de Conceitos

Fonte: o autor

Como conceito desse projeto utiliza-se a sustentabilidade, buscando através de


materiais descartáveis como o contêiner, estruturando a base do projeto, e outro recurso
sustentável a energia limpa, energia renovável buscando nos painéis solares uma forma de
transformar a energia de forma que não afete o meio ambiente. Fazendo com que o abrigo de
ônibus se torne totalmente sustentável, estruturando com o contêiner e alimentado o mesmo,
com a energia solar recursos que já se encontram disponíveis no nosso cotidiano, visando à
tecnologia em nosso projeto, realiza-se então a fase de criatividade seguindo a metodologia
apresentada de Bruno Munari, buscando na geração das alternativas chegar a um produto final
que atenda a todas as necessidades do público alvo.
Imagens que mostrem a geração de alternativas levando em consideração analisem das
outras etapas as quais fazem parte do desenvolvimento do projeto de design.
38

3.2.6 Criatividade

Nesta fase, utiliza-se da criatividade, como principal etapa, gerando alternativas,


esboços, a colocando no papel as ideias quais será o inicio de todo o projeto de produto.

3.2.6.1 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS


Nas gerações de alternativas serão aplicada as informações presentes na criatividade
com o objetivo de representar o produto de forma visual.

Figura 7: Alternativa 01

5
4
3

Fonte: o autor

Na alternativa 1, figura de número 7 estabelece a estrutura de um contêiner,


aproveitando suas laterais e portas para a proteção do público, sendo explorada com o vidro
ou polímero para propagandas e publicidade, foram projetadas as rampas para a acessibilidade
na parte frontal do abrigo esta localizada a informação com o nome do ponto de ônibus, junto
com o mapa da cidade e um vidro ou polímero para a proteção frontal do abrigo, por se tratar
de um container como estrutura pode-se estar movimentando o mesmo com o auxilio de um
caminhão sendo ele móvel para qualquer lugar da cidade, assim revezando os abrigos, e
movimentado-os para que se possa ter um melhor aproveitamento do espaço público nas vias.
39

Todo o container esta alimentado por uma fonte de energia solar, através de células
fotovoltaicas localizadas na parte superior do abrigo, estando totalmente protegida de
possíveis vândalos que venham a depredar o mesmo.
Assim para um melhor entendimento do desenho numera-se todas as principais
características do produto.
01. Rampa de acesso;
02. Piso contêiner;
03. Proteção frontal;
04. Barra de ferro, branco;
05. Proteção lateral.

Figura 8: Alternativa 02

3
2

Fonte: o autor

A alternativa 2, figura 8 aproveita-se toda a estrutura do container, para que se possa


ter um maior aproveitamento de suas laterais e portas, aplicando junto a estrutura o vidro ou
polímero o qual esta destinado a propagandas publicitárias e a outras informações as quais
sejam necessárias para o abrigo de ônibus. O banco do abrigo foi projetado de meia altura o
qual é possível o público escolher ou em pé, ou sentado, nas laterais foi utilizada de rampas
40

para acessibilidade, proteção do público ficou localizada principalmente em uma lateral e


atrás, deixando a lateral direita da figura livre para uma melhor observação quando esta a
espera de um ônibus. Todo o seu sistema elétrico e de iluminação será abastecido através de
células fotovoltaicas localizadas na parte superior do abrigo ficando a exposição do sol
durante todo o dia recarregando as baterias que se encontram montadas no abrigo. Assim
podendo também ficar iluminada no período da noite.
01. Rampa de acesso;
02. Banco duas alturas;
03. Proteção lateral e informativo;
04. Informativo abrigo de ônibus.

Figura 9: Alternativa 03

2
3
4

Fonte: o autor

Na alternativa 3, figura 9, foi projetado um container todo fechado priorizando a


proteção do público-alvo, contra o clima, e condições a que estão expostas no seu dia a dia.
Suas portas abririam no momento em que chegasse o ônibus liberando a passagem das
pessoas somente quando o ônibus estivesse parado aumentando a segurança dos passageiros
em seu meio estaria a informação do dia, mês e ano junto com a temperatura informando as
41

pessoas, em sua estrutura o container poderá ser aproveitado com a utilização de publicidade
aproveitando o espaço para propaganda. Nesse projeto também foi utilizado de rampas para a
acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades físicas terem o devido acesso ao abrigo,
nesse projeto a principal preocupação foi com a proteção do público deixando-o mais
protegidos, sua fonte de energia seria das células fotovoltaicas localizadas na parte superior
do container abastecendo as lâmpadas de leds e trilhos elétricos para que se tenha uma total
funcionalidade do projeto.
01. Rampa de acesso;
02. Portas deslizantes;
03. Informativo do abrigo, temperatura, horário, dia.
04. Proteção lateral e estrutural.

Figura 10: Alternativa 04

Fonte: o autor

Na alternativa 4, figura 10 foi elaborada uma ideia mais simples buscando atender
apenas as necessidades do público da proteção, contra o tempo e o clima, o banco projetado
para que se possa explorar todo o espaço do contêiner, em sua estrutura foi aplicada o vidro
42

ou polímero, onde é possível explorar campanhas publicitárias e informativas, na parte


superior direita da imagem se encontra o nome do abrigo informando de qual seria o ponto, na
parede do lado esquerdo da figura se encontra um informativo nos mostrando o dia, mês, e
ano junto com a temperatura, informações para quem se encontra na rua a espera de um
ônibus.
01. Banco abrigo de ônibus;
02. Proteção lateral com informações;
03. Informativo abrigo de ônibus.

Figura 11: Alternativa 05

Fonte: o autor

Na alternativa 5, figura 11 foi possível detalhar o projeto determinando principais


características do produto o qual atenderá a todas as necessidades propostas, assim
reaproveitando a estrutura e construindo o abrigo de ônibus auto sustentável, gerando a sua
própria energia através dos painéis fotovoltaicos projetados na parte superior do container
captando a luz do sol e gerando sua própria energia alimentado seus componentes elétricos de
leds pois são mais econômicos. A base revestida com material reciclado como restos de pneu
deixando o mais seguro sem possibilidades de escorregar e com as rampas de acessibilidade
43

para pessoas portadoras de necessidades físicas, e um autofalante projetado para pessoas com
necessidades visuais. O banco projetado para pessoas ficarem em meia altura e sentadas
possibilitando as mesmas ficarem de pé ou sentadas como acharem necessário. A parte de
vidro ou polímero foi projetada para servir como espaço publicitário e informativo.
Finalizando a fase das gerações de alternativas passa então para o processo de
materiais e tecnologias onde pode-se então buscar os principais materiais o quais serão
utilizados para a produção do produto final.
01. Rampa de acesso;
02. Piso emborrachado;
03. Banco duas alturas;
04. Proteção lateral com informações em led.
05. Identificação do abrigo de ônibus.
A alternativa escolhida foi a 05, porém foram realizadas alterações as quais foram
necessárias, para a digitalização da alternativa digitalizada. Como pode-se observar não foi
aplicado painéis em led na lateral, e principal alteração se da no banco, buscando maior
espaço para os usuários.

Figura 12: Alternativa 06

Fonte: o autor

Na figura 13 apresenta o modelo das gerações de alternativas digitalizado com o


objetivo de, detalha-se mais suas estruturas e visualizar quais as alterações necessárias para
que se possa ser corrigida.
44

Este modelo segue as características das alternativas as quais é possível identificar


quais necessidades foram aplicadas no modelo. Como a identificação de todas as principais
estruturas compostas no abrigo de ônibus.
Detalhando nesta imagem todos os pontos principais do abrigo.
Finalizando o capitulo 3 com as gerações e um modelo pré definido, do abrigo de
ônibus, referenciando os principais pontos os quais serão relevantes para um conceito
sustentável.
Iniciando então a aplicação dos materiais e tecnologias acessíveis, assim modelando o
projeto e especificando todas as peças e materiais os quais serão utilizados no
desenvolvimento do projeto. Apresentando os resultados os quais definiram o capitulo 4.

3.2.7 Materiais e Tecnologia

Utilizando programas de computadores capazes de modelar e digitalizar o abrigo de


ônibus, pode-se apresentar uma alternativa mais clara com relação à estruturação do projeto,
para uma possível análise, e chegando o mais próximo do real possível.
O abrigo de ônibus ficara exposto à condição estrema do clima por isso será
estruturado a partir de um container, sendo o mesmo de aço, e vidro em suas laterais, e
estrutura posterior, sendo responsável pela publicação de propagandas, e layouts informativos.

3.2.7.1 Estrutura Base


Estrutura base do container, principal peça responsável pela estruturação e montagem
das outras peças as quais compõem o projeto fazendo com que o abrigo ganhe forma. Esta
peça é toda em aço, com recortes na estrutura principal definindo suas medidas e dimensões,
no piso será aplicado uma camada de pneu reciclado, após passar pelo processo mecânico –
químico, aplicando a matéria de borracha, para uma maior aderência.

3.2.7.2 Estrutura Parede Posterior


Será reaproveitada á estrutura das paredes do container como forma de proteção,
juntamente com o vidro reclicado, após passar pelo processo industrial. Este conjunto é
responsável pela proteção posterior, podendo também estar sendo utilizado como espaço
publicitário para comerciais e informativos assim cada abrigo de ônibus poderá ter uma
propaganda.
45

3.2.7.3 Estrutura Superior


Estrutura superior, sendo umas das principais peças do abrigo, pois em suas peças
estará montada toda a parte elétrica necessária, estando montadas na parte superior as células
fotovoltaicas, abaixo as baterias no-breaks responsáveis por armazenar a energia, e poder ser
utilizada em dias nublados, e período da noite, onde não haverá o predomínio do sol, assim
utilizando as lâmpadas de leds responsáveis pela iluminação noturna. E também estará nesta
peça os suportes para transporte do mobiliário.

3.2.7.4 Estrutura Porta com Vidro


Responsável pelas proteções laterais as portas também fazem parte de estruturação do
container, na parte superior estará à estrutura de vidro reciclado, onde poderá ser aplicado o
mapa informativo, representando sua localização e detalhes de rotas dos abrigos.

3.2.7.5 Estrutura Identificação


Estrutura de identificação, esta é responsável pelo endereço o qual o ponto esta
localizado, com o nome da rua, e nome do abrigo caso tenha um nome como homenagem,
podendo assim localiza-lo no mapa com mais facilidade. Esta peça será fabricada a partir de
sobras metálicas do container, sendo o mesmo um material reaproveitável.

3.2.7.6 Estrutura Banco


Como estrutura do banco optou-se por construí-lo em uma peça única e uniforme
atendendo as medidas antropométricas as quais encontra-se nos anexos representadas por uma
tabela, buscando o conforto do usuário, ele será fabricado através de uma estrutura em aço
dando um acabamento em borracha. Deixando-o mais confortável e também reaproveitando
os materiais citados a cima.

3.2.8 Experimentação

Como se trata de um trabalho acadêmico não haverá uma experimentação.

3.2.9 Modelo
46

Apresentaremos então nesta fase os modelos digitalizados em 3D, utilizando do


programa Solidworks 2010, com o auxilio do Ilustrator CS5, para aplicá-la no ambiente.
Deixando a percepção de todo o modelo, pois assim podemos ter uma ideia real de suas
dimensões.

Figura 13: Modelo

Fonte: o autor

No modelo da figura 13 esta representando a estrutura principal, digitalizada


virtualmente, definindo então como será o abrigo de ônibus, representando no desenho sua
modelação, passando então para etapas de verificação, e construção do projeto.

3.2.10 Verificação

Após apresentação dos modelos pode-se fazer uma análise, e comparativo para definir
qual será a alternativa que mais se adéqua as necessidades dos usuários, a partir de pontos
positivos e negativos, depois de suas adequações na fase de experimentação.
Assim determinamos que, um ponto o qual no foi possível determina-lo como a
solução do projeto, foi a estrutura do banco, o qual se delimita a um número pequeno de
usuários que possam estar sentados, ponto significativo para a necessidade do público que
seria, posição sentada.
47

Apresentando então, um modelo de banco o qual pode-se dizer que aproveitou melhor
o espaço interno do container atendendo a um maior número de usuário na posição sentada,
atendendo as necessidades do publico, sendo o diferencial para a escolha do modelo final.

3.2.11 Desenho Construtivo

Figura 14: Estrutura Base

Fonte: o autor

Estrutura base do container, principal peça responsável pela estruturação e montagem


das outras peças as quais compõem o projeto fazendo com que o abrigo ganhe forma.
48

Figura 15: Estrutura Parede Posterior

Fonte: o autor

Estrutura parede posterior com o vidro, responsável pela proteção posterior, podendo
também estar sendo utilizado como espaço publicitário para comerciais e informativos, assim
cada abrigo de ônibus poderá ter uma propaganda.

Figura 16: Estrutura Superior

Fonte: o autor
49

Estrutura superior, sendo umas das principais peças do abrigo, pois em suas peças
estará montada toda a parte elétrica necessária, estando montadas na parte superior as células
fotovoltaicas, abaixo as baterias no-breaks responsáveis por armazenar a energia em dias
nublados e a noite período em que não haverá o predomínio do sol, as lâmpadas de leds
responsáveis pela iluminação noturna. E os suportes para transporte do mobiliário.

Figura 17: Estrutura Porta Lateral com Vidro

Fonte: o autor

Responsável pelas proteções laterais as portas também fazem parte de estruturação do


container, na parte superior estará a estrutura de vidro aonde poderá ser aplicado o mapa
informativo, representando sua localização e detalhes de rotas dos abrigos.
50

Figura 18: Estrutura Identificação

Fonte: o autor

Estrutura de identificação, esta é responsável pelo endereço o qual o ponto esta


localizado, com o nome da rua, e nome do abrigo caso tenha um nome como homenagem,
podendo assim localiza-lo no mapa com mais facilidade.

Figura 19: Estrutura Banco

Fonte: o autor
51

Como estrutura do banco optou-se por construí-lo em dois níveis podendo assim os
usuários estar sentado ou em pé fazendo com que possa ter duas opções de posição ou ate
mesmo estar utilizando a parte mais alta como bancada apoiando materiais, bolsas ou objetos
pesados.

3.2.12 SOLUÇÃO

Finalizando a todas as etapas, desde o problema, até a etapa de desenho construtivo


chegando então a uma solução. Transformando toda a fase de pesquisas, e criatividades na
conclusão e solução do projeto. Assim então apresentando um projeto que, como estrutura
materiais sustentáveis retirados do meio ambiente e reaproveitando-os para a construção de
um abrigo de ônibus autossustentável.
Utilizando de um container como estrutura para o abrigo, sendo ele fabricado todo em
material de aço, altamente resistente, e durável. Podendo reaproveitar quase toda a estrutura
para a construção, sendo que de um único container seja possível fabricar mais três unidades,
sendo o mesmo de fácil manuseio, e construção. Um abrigo de ônibus que pode ser
transportado para qualquer lugar da cidade, sempre que necessário.
O abrigo de ônibus também disponibilizará acesso a pessoas portadoras de
necessidades físicas, por ter em sua estrutura rampas de acesso para cadeirantes também
estarem protegidos.
Toda a parte de iluminação será alimentada através de células fotovoltaicas montadas
na superfície superior do container, subtraindo do sol sua fonte de energia limpa, carregando
baterias no-breaks para que se possa durar por mais tempo. Sua iluminação se da a partir de
lâmpadas de leds as quais são mais econômicas fazendo com que o consumo de energia seja o
mais baixo possível, durando por mais tempo o possível ligado.
O piso do container será revestido com pneus triturados, e reaproveitados para que se
tenha uma maior aderência, retirando-os também do meio ambiente.
Para utilizar os abrigos de ônibus como espaços publicitários, aplica-se em sua
estrutura, vidro reciclado o qual se torna mais barato e já esta sendo utilizado por varias
indústrias como forma de reaproveitar material muitas vezes jogado ao relento.
Assim chegando a um projeto totalmente sustentável, desde materiais reaproveitados,
ate sua fonte de energia limpa, evidenciando o principal conceito sustentabilidade.
Apresentando no capítulo 4 o resultado final com o detalhamento de peças, podendo construir
um modelo protótipo a partir de suas medidas.
52

4 RESULTADO FINAL
Como resultado final do projeto, apresenta a solução através de desenhos técnicos,
rendering, e situação de uso com o objetivo de detalhar, e especificar principais pontos para a
construção de uma modelo de protótipo.

4.1 MODELO 3D

Nas seguintes figuras, observa-se a aplicação do modelo em 3D, com a utilização de


luzes apresentando o abrigo de ônibus em uma situação de uso noturna.

Figura 20: Modelo 3D 01

Fonte: o autor

Na figura 27, vista lateral direita, demonstrando os detalhes laterias da porta com
rampa de acesso.
53

Figura 21: Modelo 3D 02

Fonte: o autor

A figura 28, esta representa a posição frontal, dando ênfase ao tamanho do banco, e o
espaço para cadeirantes.

Figura 22: Modelo 3D 03

Fonte: o autor

No modelo da figura 29, pode-se analisar a vista lateral esquerda, demonstrando


novamente o espaço para cadeirantes, e a rampa de acesso, projetados para o lado esquerdo
sendo possível o acesso em ambos os lados.
54

Figura 23: Modelo 3D 04

Fonte: o autor

Demonstra-se na figura 30, a luminosidade do abrigo de ônibus, sendo a mesma toda


iluminada com lâmpadas led. Embora sejam mais caras, elas são mais econômicas, e
resistentes.

Figura 24: Modelo 3D 05

Fonte: o autor

Na figura de número 31, é possível detalhar a peça de identificação do abrigo de


ônibus, sendo ela bem iluminada e bem posicionada, para que seja de fácil visualização do
55

usuário que chega no abrigo. Esta peça esta direcionada a chegada do abrigo, localizada na
parte superior esquerda, com tamanho o suficiente para sua visualização.

Assim após as imagens em 3D é possível ter uma melhor visualização de como será o
abrigo de ônibus, em detalhes próximos do real.

4.2 DESENHO TÉCNICO


Através dos desenhos técnicos, pode-se entender como a fase de desenho construtivo,
onde estão especificadas as peças, nas respectivas vistas frontal, lateral e superior, dividindo-
as para uma melhor compreensão das dimensões, as quais necessárias na construção de um
modelo de protótipo. Encontra-se nos anexos em tamanho A3.

Figura 25: Detalhamento Base Container

Fonte: o autor

Desenho técnico detalhado da base estrutural do container nos mostrando as principais


medidas necessárias para a construção de um modelo. Detalhando-nos as medidas de largura,
profundidade, e altura. Assim podemos analisar as medidas e estrutura-las em um ambiente o
qual não fique desproporcional ao tamanho do projeto. Representando as medidas da rampa
de acesso, para cadeirantes com as medidas.
56

Figura 26: Detalhamento Parede Posterior

Fonte: o autor

Detalhamento da peça estrutural posterior, a qual será responsável pela proteção


posterior, e uma das peças fundamentais para a fixação da estrutura superior a qual dará
estabilidade e firmeza na estrutura. Nesta peça também estará fixada o vidro o qual poderá ser
utilizado para propagandas publicitárias, e informações visuais suas medidas fazem com que
tenha um espaço amplo para aplicar informações.
57

Figura 27: Detalhamento Superior

Fonte: o autor

Detalhamento da parte superior na qual se encontrara os painéis fotovoltaicos, e no-


breaks, lâmpadas de leds, responsáveis por toda a parte elétrica do projeto, assim estando toda
a iluminação do abrigo de ônibus, ficando imperceptível para os depredadores, e vândalos.
58

Figura 28: Detalhamento Porta com Vidro

Fonte: o autor

Desenho técnico, com o detalhamento da porta e o vidro da porta, responsáveis pelas


proteções laterais do abrigo de ônibus, onde poderá ser utilizado para propagandas e
comerciais, sendo que umas das portas recebera uma aplicação de leds, contendo informações
de hora, data e temperatura abastecida pela energia solar, responsável por toda a parte elétrica
e funcional do projeto.
59

Figura 29: Detalhamento Identificação do Abrigo

Fonte: o autor

Peça responsável por identificar o ponto, ou abrigo de ônibus, explorando sua medida
podemos informar o endereço da rua e nome do abrigo assim o público identificara de forma
mais rápida sua localização.
60

Figura 30: Detalhamento Banco

Fonte: o autor

Detalhamento do banco, aplicado em um tamanho razoável podendo assim quando


montado junto ao container ter um espaço dedicado para cadeirantes, estrutura com assento
baixo para o publico gestante, e uma área mais alta com o intuito de representar um assento
mais auto ou ate poderá servir como bancada para apoiar materiais.
61

Figura 31: Detalhamento Modelo

Fonte: o autor

A partir deste modelo é possível referencias as medidas e proporções do mobiliário,


tendo um planejamento de espaços em locais de mais ou menos acessos de pessoas, podendo
assim determinar o modelo a necessidade e a circulação de usuários.
62

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho objetivou a aplicação do design como ferramenta e solução para a


construção de um Mobiliário Urbano através de materiais sustentáveis, utilizando
conhecimentos do design de produto, e ferramentas da metodologia uma estruturação para um
projeto, que venha a atender os objetivos especificados, em cima de um conceito de
sustentabilidade, buscando nos materiais uma solução eficiente.

Assim aplicando, e organizando as etapas da metodologia, ter uma conhecimento geral


do conteúdo abordado e trabalhando no projeto, iniciando com uma pesquisa, em cima dos
principais elementos envolvidos com o objetivo de ter um conhecimento básico, mas
suficiente para a elaboração do projeto, estruturando, e organizando este conhecimento na
metodologia, trabalhando a criação, e construção, de modo que possa chegar a um produto
final, com conceitualização de sustentabilidade aplicado a um mobiliário urbano.

O produto desenvolvido procura unir, um abrigo de ônibus, trabalhando a


sustentabilidade, através dos materiais aplicados, com o objetivo de ser um produto ecológico,
fazendo com que se retire materiais prejudiciais ao meio ambiente, reaproveitando-os e
estruturando-o de forma criativa, estética e funcional.

As limitações durante as etapas, surgiram devido a região em que me localizo, pelo


fato de não haver um contato direto, com os materiais aplicados no projeto, fazendo com que
se tenha um projeto um projeto bem definido, porém foi possível, trabalharas etapas buscando
em referencias bibliográficas e visuais, uma percepção estruturas, física e material.

Portanto mesmo com estas dificuldades, foi possível chegar a um projeto que atendeu
a todos os objetivos expostos no trabalho. A partir de um resultado satisfatório, para a
confecção do abrigo de ônibus com materiais sustentáveis.
63

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66

ANEXOS A

Medidas antropométricas corporais.

Fonte:

Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd149/antropometria-contribuicao-na-area-da-ergonomia.htm>

Medidas de inclinação para rampas de acesso.

Fonte: Disponível em: <http://blog.ceime.com.br/wp-content/uploads/2013/06/CEIME2.png>


67

Tabela com medidas antropométricas.

Fonte:

Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd149/antropometria-contribuicao-na-area-da-ergonomia.htm>

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