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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVINCIA DO BENGO

INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE


FISIOTERAPIA DO CENTRO DE REABILITAÇÃO FISICA DE CAXITO
SOBRE LESÕES MUSCULOESQUELETICA RELACIONADO AO
TRABALHO, NO IIº TRIMESTRE DE 2023.

GRUPO Nº 06

CAXITO/ 2023
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE
FISIOTERAPIA DO CENTRO DE REABILITAÇÃO FISICA DE CAXITO SOBRE
LESÕES MUSCULOESQUELETICA RELACIONADO AO TRABALHO, NO IIº
TRIMESTRE DE 2023.

Pré-projecto que será apresentado ao


Instituto técnico de saúde do Bengo para
Obtenção do graú técnico médio de Fisioterapia

AUTORES DO GRUPO Nº07

1. Moises Miguel Capanda


2. Sofia Pascoal Da Trindade
3. Sónia António De Oliveira
4. Teresa António Diogo
5. Teresa Luzia Domingos
6. Teresa Da Costa Feio Sampreiro
7. Verónica De Carvalho Mário

ORIENTADOR
_______________________

Maria Rosa
CAXITO 2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4

PROBLEMÁTICA....................................................................................................................6

JUSTIFICATIVA......................................................................................................................7

OBJECTIVOS:..........................................................................................................................8

GERAL:....................................................................................................................................8

ESPECÍFICO:...........................................................................................................................8

II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................................9

2.1 Anatomia:............................................................................................................................9

2.1.1 Sistema musculoesquelético............................................................................................9

2.1.2 Biomecânica.....................................................................................................................9

2.2 Conceito............................................................................................................................10

2.2.1 Epidemiologia:...............................................................................................................11

2.2.1.1 Etiologia......................................................................................................................12

2.3 Fisiopatologia das LMERT...............................................................................................14

2.4 Sinais e sintomas...............................................................................................................15

2.5 Caracterização das principais LMERT.............................................................................15

2.6 Factores de risco................................................................................................................17

2.2.4Diagnóstico.....................................................................................................................19

2.7 Ergonomia e sua importância............................................................................................19

Fisioterapia do trabalho no tratamento das LMERT...............................................................20

IV METODOLOGIA............................................................................................................24
4.1 Tipo de estudo...................................................................................................................24

4.2 Local de estudo.................................................................................................................24

4.3 Populações ou universo.....................................................................................................24

4.1 Amostra.............................................................................................................................24

4.4 Critérios de inclusão..........................................................................................................24

4.5 Critério de exclusão..........................................................................................................24

4.6 Procedimentos usados na recolha de dados......................................................................24

4.7 Procedimentos éticos.........................................................................................................24

4.8 Procedimento de análise e processamento de dados.........................................................25

V CRONOGRAMA DO PROJECTO.................................................................................26

VI ORÇAMENTO DO PROJECTO...................................................................................26

VII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................27

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE RECOLHA DE DADOS...................................29

APENDICE B – CONSETIMENTO INFORMADO.............................................................30


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INTRODUÇÃO

Segundo Uva 2008, nas duas últimas décadas, as LME são referidas como relacionadas com o
trabalho, pois englobam as situações de acidente de trabalho, de doença profissional, de doença
relacionada com o trabalho e de doença agravada pelo trabalho. As LMERT referem-se a trabalhadores
de todos os setores e ocupações e constituem um problema com relevância em todo o mundo,
nomeadamente dos profissionais de saúde. As LMERT são cada vez mais um problema que requer atenção
por parte da comunidade científica. Estas lesões abrangem um grupo heterogéneo, através do agravamento
do sistema músculo-esquelético, causados por um processo crónico, desenvolvido aquando da atividade
laboral

Neste sentido, o termo LMERT inclui um conjunto de situações clínicas muito diversas que vão desde a
sintomatologia aos quadros patológicos, incluindo as doenças profissionais, doenças relacionadas com o
trabalho e as doenças agravadas pelo trabalho, isto é, o já referido conceito de «doença ligada ao trabalho»
ou «doença relacionada com o trabalho».Trata-se de síndromes álgicas crónicas que ocorrem durante a
realização das tarefas profissionais e, por isso, se denominam de “relacionadas com o trabalho” (Serranheira
et al., 2012a).

Estas lesões afetam um conjunto elevado de trabalhadores, diminuindo a sua qualidade de vida, originando
uma redução da motivação e da participação no trabalho, restrições de realização de algumas intervenções,
transferências de serviço, absentismo e até abandono precoce da profissão; com efeitos prejudiciais a nível
individual, social e familiar (Shojaei et al., 2017; Silva et al., 2018; Tinubu et al., 2010).

Atualmente, as empresas necessitam competir tanto no mercado nacional como internacional.


Desta forma buscam grande produtividade a menor custo, o que gera, muitas vezes, ritmos de
trabalho intensos, turnos prolongados, ambientes ergonomicamente inadequados, pressão imposta
pelos superiores, entre outros fatores, que originam stress no ambiente laboral e alta incidência de
LMERT (Queiroz et al., 2008)

Para restaurar manter ou melhorar a capacidade funcional do trabalhador, o COFFITO (conselho federal de
fisioterapia e terapia ocupacional) estabeleceu atraves da resolução nº 351 que a fisoterapia do trabalho é
especialidade do profissional fisiorterapeuta, sendo este qualificado e legalmente habilitado para realizar
identificação, avaliação e observação das condições do local de trablho que proporcionem danos
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cinesiofuncionais ao trabalhador, sempre precavendo a empresas de risco e possiveis riscos que determinado
ambiente de trabalho oferece (WALSH; BERTONCELLO; LIMA, 2018).

A fisioterapia com objectivo de promover a redução do quadro algico, melhorar o complexo


cinesiofuncional, reduzir possiveis riscos no ambiente de trabalho e proporcionar melhora da qualidade de
vida atraves de prevenção ou tratamento de siintomas ou patologia, propicia beneficio ao trabalhador, uma
vez que, sabendo que o comprometimento das raizes nervosas por comprensão causam sintomas como dor
irradiada ou localizada, formigamento, parestesia ou paresia e que um músculo fadigado devido ao uso
excessivo de moviemntos repetitivos pode ocasionar fraquesas musculares, rigidez e até mesmo
tendinopatias (ZANDONAD et al; 2018).
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PROBLEMÁTICA

As lesões musculo esqueletica relacionada ao trabalho constitui um problema de saude publica a


nivel global e especificamente em Angola. Os profissionaisde fisioterapiafazem parte da equipa de
produtividade de uma nação. Os profissionais de fisioterapiaestão exposto a enes lesões devido a
sobrecarga no seu ambiente de trabalho. As sessões de fisioterapia são actividades que requer
esforços fisico e que pode ocasionar diversas lesões no trabalhador originando assim limitação na
prática das suas actividades, o aumento de disturbios musculoesqueletico ocasionado no trabalho
pode influenciar no desenvolvimento sócio-economico. Durante o nosso estágio curr icular
constatamos que vários profissionais não obedecem as regras posturais. A sobrecarga fisica e a
repetição das mesmas actividades é um factor que origina essas lesões musculoesqueletica.Com
base no exposto acima levou-nos na seguinte pergunta de partida:

Qual é o nivel de conhecimento dos profissionais de fisioterapia do centro de reabilitação fisica de caxito
sobre a aplicação da fisioterapia nas lesões musculoesquelética relacionado ao trabalho, no I-
trimestre de 2023?
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JUSTIFICATIVA

A escolha do presente tema de pesquisa surge com base no problema acima mencionado. A
realização deste estudo poderá aumentar no nivel de conhecimento quanto as lesões
musculoesqueletica e quanto a importância da aplicação da fisioterapia ergoonomica influenciando
assim não só no aumento de conhecimaneto mas também na inibição de trabalhadores com lesões
musculoesqueletica relacionado ao trabalho aumentando assim a produtividade de uma sociedade.
Nenhum pais mostra indice de desenvolvimento enquanto os elementos que o constitui encontram-
se doente ou acometido por uma moléstia. Na qualidade de futuros profissionais de fisioterapia nos
sentimos obrigado em abordar sobre o presente tema.
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OBJECTIVOS:

GERAL:

 Avaliar o nível de conhecimento dosprofissionais de fisioterapia do centro de reabilitação fisica


sobre aplicação da fisioterapia nas lesões músculoesqueletica relacionado ao trabalho.

ESPECÍFICO:

 Caracterizar os profissionais de fisioterapiasegundo o seu perfil socio-demográfico (idade,


nível académico e.t.c)
 Descrever as lesões musculoesquelética mais frequentes dos profissionais de fisioterapia
 Conhecer os recursos fisioterapêutico utilizado no tratamento das lesões
músculoesqueletica relacionado ao trabalho.
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II FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Anatomia:

2.1.1 Sistema musculoesquelético

O Profissional possui conhecimento teórico e prático em anatomia, durante toda a graduação e pós-
graduação, conhecendo as estruturas, os tipos, as classificações e detalhes que compõem o corpo
humano. O osso, a cartilagem, os ligamentos, os músculos, os tendões, o tecido sinovial, a bursa e a
fáscia formam o sistema musculoesquelético (GROSS; FETTO; ROSEN, 2000).

Os ossos, com exceção das superfícies articulares, são revestidos pelo periósteo (delicada
membrana conjuntiva) que se apresenta como um tecido altamente vascularizado e inervado. As
artérias do periósteo penetram no osso irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta
razão, o osso desprovido do seu periósteo deixa de ser nutrido (DÂNGELO; FATTINI,)

Os tendões possuem como função transmitir a força dos tecidos contráteis musculares ao osso, e a
outros tecidos conjuntivos como ligamentos e pele em que eles estejam inseridos. São também
constituídos de colágeno, substância basal e células. A zona onde o músculo se une ao tendão é
chamada de junção musculotendinosa, alguns tendões são envoltos por uma cobertura tubular de
paredes duplas denominada bainha do tendão ou peritendão, que é revestida com uma membrana
sinovial. (GROOS; FETTO; ROSEN, 2000).

A bainha tem por função lubrificar o tendão e guiá-lo em direção à inserção óssea, já o tecido
sinovial tem como funções produzir fluidos lubrificantes e fagocitar fragmentos estranhos e a
sinóvia possui intensa vascularização e inervação (GROOS; FETTO; ROSEN, 2000).

As bursas são pequenas bolsas de paredes finas, constituídas de fibras colágenas e revestidas de
membrana sinovial. São localizadas nas regiões onde os tecidos são submetidos à fricção, ou seja,
nas proximidades das inserções tendinosas e articulações. Pela relativa inelasticidade da fáscia, uma
pressão alta e anormal dentro de um compartimento fascial, pode comprometer a função dos nervos
e dos vasos sanguíneos que atravessam esse compartimento (GROSS; FETTO; ROSEN, 2000).
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2.1.2 Biomecânica

O comportamento postural adotado pelos trabalhadores é motivado pela fuga do desconforto,


contudo esta atitude tende a aumentara a solicitação e o gasto energético de grupos musculares
desnecessários causando o desenvolvimento de sintomas com dor, formigamento, câimbras entre
outros. Lima (2003) ressalva que a adaptação muscular no padrão postural refere-se à capacidade
de os músculos se adaptarem às funções que vivenciam.

Nenhuma postura de trabalho é neutra. Nenhuma “má postura” é adotada “livremente” pelo sujeito,
mas é resultado de um compromisso entre os pontos citados. Uma postura inadequada causa
tensões mecânicas nos músculos, ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas
ombros, punhos e outras partes do sistema músculo-esquelético (DUL; WEERDMEESTER, 1995).

Rio & Pires (2001) concluíram que, sob o ponto de vista biomecânico, por melhor que seja, a
postura sentada impõe carga significativa sobre os discos intervertebrais, cerca de 50%,
principalmente a região lombar, e se mantida estaticamente por período prolongado pode produzir
fadiga muscular e consequentemente dor. Devemos lembrar que os discos intervertebrais são
estruturas praticamente desprovidas de nutrição sanguínea e que o aumento em sua pressão interna
reduz a nutrição do mesmo promovendo uma degeneração desta estrutura, seu comprometimento
estrutural é menor quando comparado à postura em pé.

2.2 Conceito

A Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu uma LMERT como uma desordem que resulta
de uma série de fatores e na qual o ambiente de trabalho e o desempenho no mesmo contribuem
significativamente para a sua existência, mas em magnitudes diferentes, dada a causa da doença
(Douillet & Aptel, 2000).

Designam-se LMERT as lesões que resultam da ação de fatores de risco profissionais como a
repetitividade, a sobrecarga ou a postura adotada durante o trabalho. As LMERT geralmente
localizam-se no membro superior (LMEMSRT) e na coluna vertebral, mas podem ter outras
localizações, como os joelhos ou os tornozelos, dependendo a área do corpo afetada, da atividade
de risco desenvolvida pelo trabalhador (Uva, Carnide, Serranheira, Lopes, & Miranda, 2008).
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As LME são geralmente definidas como um conjunto de patologias que afectam os músculos,
tendões, ligamentos, articulações, nervos, discos intervetebrais, cartilagem, vasos sanguineos ou
tecidos moles associados e que podem ser causadas ou agravadas pelas actividades fisicas. As
LME abragem uma vasta gama de doenças inflamatórias e degenerativas do sistema
múculoesquelético e são caracterizadoas pela perda da função fisica do corpo que limitam as
actividades dos individuos afectados, assim como a sua participação na sociedade (Eupean
fundation for the improvement of leving and working condition ,2007).

2.2.1 Epidemiologia:

A incidência é maior entre os trabalhadores jovens, prevalecendo entre os 20 e 39 anos, em virtude


das pessoas iniciarem as suas actividades profissionais mais cedo (Walsh et al., 2004). A incidência
é também maior nas mulheres devido a questões hormonais, ao duplo trabalho (doméstico e
profissional), ao aumento do número de mulheres no mundo do trabalho e também pelo facto das
mulheres ocuparem os postos de trabalho menos diferenciados, portanto mais repetitivos e com
elevadas cadências. Por outro lado, existem ainda períodos do ciclo de vida da mulher em que há
maior incidência das LMELT, principalmente síndrome do túnel cárpico, como são os exemplos
paradigmáticos da gravidez e da menopausa (Rugelj, 2003; Serranheira et al., 2005).

A Organização Internacional do Trabalho revela que os problemas de saúde estão frequentemente


relacionados com as condições de trabalho; 29% dos trabalhadores consideram que o seu trabalho
põe em risco a sua vida; 23% dos trabalhadores estão ausentes do trabalho por razões de saúde
relacionadas com o trabalho; 37% dos trabalhadores realizam tarefas curtas e repetitivas; 57%
efectuam gestos repetitivos da mão ou do braço; 17% dos trabalhadores sentem dores musculares
nos braços e nas pernas; 30% dos trabalhadores sentem dores nas costas (Ergodin, 2002).

Estas lesões são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e pelos custos com
pagamentos de indemnizações na maior parte dos países industrializados. Além dos gastos com o
absentismo, indemnizações, tratamentos e processos de regresso ao trabalho ou reintegração ao
trabalho, a descriminação também é um aspecto relevante (Buckle e Devereux, 2002; Walsh et al.,
2004).
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As lesões músculo-esqueléticas, principalmente as lombalgias, ocupam os primeiros lugares entre


as doenças crónico-degenerativas no que diz respeito ao perfil de morbilidade em diversos países,
O custo anual com lesões músculo-esqueléticas tem sido estimado entre 1.0% e 2.5% do produto
nacional bruto de países como Inglaterra, França e Austrália (Silva et al., 2007).

Segundo van Duijin et al. (2004), a partir da recidiva de queixas, o trabalhador é visto como um
problema pela supervisão e pela gerência da empresa. Também é comum que seja discriminado
pelos colegas de trabalho,

2.2.1.1 Etiologia

As LMERT não têm origem, exclusivamente, em movimentos repetitivos, mas também em posturas
incorrectas prolongadas, na sobrecarga muscular estática, no excesso de força, nas temperaturas
extremas, na utilização de instrumentos vibratórios ou, muitas vezes, sem a presença de qualquer
um destes requisitos, predominado a presença de outros factores, nomeadamente os factores
individuais ou factores organizacionais psicossociais (Cole et al., 2005; Lieber et al., 2000; Sato,
2001; Serranheira et al., 2007; Stock et al., 2005; Tyrer, 1999; Uva et al., 2008; Verhagen, 2006 ).

Os efeitos destes factores dependem da sua duração, frequência e intensidade (magnitude). Por
exemplo, assumir a posição de sentado por períodos de tempo longos, em posições fixas e
incorrectas irá ter como consequência o aumento do stress biomecânico da coluna, pescoço e
membros superiores (Pillastrini et al., 2007).

Segundo Kumar, 1990, existem vários modelos explicativo sobre as causas das lesões
múculoesquelética:

 Teoria da Carga Cumulativa

A teoria da carga cumulativa tem por base a constituição e as características viscoelásticas dos
tecidos biológicos (todos os tecidos e materiais têm uma vida finita) que quando sujeitos a cargas,
em particular a cargas extremas, podem sofrer efeitos, nomeadamente deformações permanentes.
Desta forma, quando os tecidos são sujeitos a uma degradação mecânica, sobretudo à utilização
constante, repetida e prolongada no tempo, as possibilidades de auto-reparação biológica nem
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sempre são suficientes. As cargas repetidas podem, igualmente, originar processos de fadiga
cumulativa nos tecidos, reduzindo as suas capacidades de resistência. Finalmente, estas alterações
podem diminuir os valores limites de carga a partir dos quais os tecidos entram em ruptura,
(Kumar, 1990).

 Teoria da Sobrecarga

A aplicação de força implica a existência de um exercício físico, de uma carga de trabalho,


enquanto o termo sobrecarga pressupõe uma aplicação de força que excede o limite de tolerância
interna do tecido ou dos seus componentes. Todas as actividades físicas requerem que seja gerada
ou aplicada força na passagem de uma posição (postura) a outra (movimento) durante um
determinado período de tempo (duração). (Kumar, 1990).

Segundo Kumar 1990, assim, a sobrecarga é uma função da força, da duração, da postura e do
movimento. Estas variáveis constituem entidades complexas que podem ser apresentadas com
maior detalhe:

 Força
 Duração do “trabalho” ou da aplicação de força
 Postura e movimento na aplicação de força

 Teoria da Fadiga Diferencial

O trabalho, para que exista um valor acrescentado económico ou industrial, condiciona a existência
de situações onde podem existir, entre outras, a repetitividade. Durante o tempo de trabalho a
realização da actividade implica que o homem utilize um elevado número de músculos,
articulações e ossos para se movimentar. Estas exigências determinam que as posturas assumidas e
os modos operatórios sejam frequentemente realizados com movimentos e gestos assimétricos
(Garg; Badger, 1986; Kumar, 1987; Kumar; Garand, 1992a; Marras et al., 1993).

A explicação deste desequilíbrio inicia-se no tecido conjuntivo responsável pela transmissão de


força a nível articular (componente cinética do movimento) que não suporta cargas prolongadas ou
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repetidas e solicitações de nível de desempenho elevado durante longos períodos. Surge a instalação
de fadiga, nos músculos envolvidos que condiciona a produção de força. Dessa forma, os
coeficientes viscoelásticos e de atrito (fricção) do tecido conjuntivo, vão sofrer efeitos ou
deformações desproporcionadas, alterando consequentemente a estabilidade a nível articular
(Kumar; Narayan, 1998).
2.3 Fisiopatologia das LMERT

Segundo Tyrer (1999), os grupos musculares mais frequentemente envolvidos incluem os do


pescoço e ombros, em particular o trapézio, tanto o flexor como o extensor do antebraço e os
pequenos músculos da mão.

Segundo Serranheira (2008), os sintomas de LMERT surgem de modo insidioso,


predominantemente ao fim do dia de trabalho (ou nos picos de produção). Geralmente observa-se
melhoria com o repouso e nos períodos de afastamento do local de trabalho, como as ―folgas‖, os
fins-de-semana e os períodos de férias.

A dor surge geralmente na região das estruturas afectadas, como acontece nas tendinites e nas
tenossinovites, sendo agravada pela mobilização da articulação subjacente ou pela pressão aplicada
localmente. No entanto, no caso das lesões por compressão nervosa, a dor irradia a todo o território
da região afectada (Serranheira et al., 2008).

Caso a exposição aos factores de risco desencadeantes se mantenha, os sintomas, inicialmente


intermitentes, tornam-se gradualmente mais persistentes e continuados, permanecendo durante a
noite, dificultando a conciliação do sono e prolongando-se até nos períodos de repouso. Nesta fase
os sintomas passam a ser desencadeados mesmo por esforços ou estímulos mínimos, interferindo
não só com o trabalho mas também com as mais simples actividades do quotidiano. Numa fase
posterior podem aparecer espontaneamente ou ser desencadeados por estímulos tão diversos como a
ansiedade ou as alterações de temperatura ambiente (Serranheira et al., 2008).

De acordo com Kingma et al. (2008), a actividade de levantamento de cargas realizada de forma
incorrecta pode ter como consequência as LMERT, pois esta actividade faz com que os movimentos
resultem em grandes forças de compressão e cisalhamento da coluna vertebral, o que pode resultar
em lesão dos discos intervertebrais, músculos e ligamentos. Gonzalez et al. (2008) defende a
realização de uma história clínica e ocupacional completa e um exame físico com especial atenção
17

aos membros superiores. Os exames complementares devem ser solicitados de acordo com sua
hipótese diagnóstica e com a necessidade de se estabelecer possíveis diagnósticos diferenciais,
assim como para o correcto estabelecimento do nexo causal com o trabalho.
2.4 Sinais e sintomas

As LMERT caracterizam-se por sintomas como a dor (a maior parte das vezes localizada, mas que
pode irradiar para diversas áreas corporais); parestesias na área afectada ou em áreas próximas;
sensação de peso; fadiga ou desconforto localizado; sensação de perda ou mesmo perda de força.
Normalmente estes sintomas agravam-se no final do dia de trabalho e aliviam com as pausas ou o
repouso e nas férias. (Cole et al, 2005; Uva et al, 2008).

A sintomatologia associada às LMERT abrangem um vasto conjunto de sinais e sintomas que


podem ir desde a fadiga localizada até à dor intensa, incluindo desconforto, parestesias, edema e dor
ligeira. No entanto, e muitas das vezes no seu início, algumas LME manifestam-se apenas por dor
ou desconforto, sem que exista qualquer sinal ou sintoma de uma lesão clara e específica,
dificultando o diagnóstico precoce (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, 2008;
Fonseca & Serranheira, 2006).

Caso a exposição a fatores de risco se mantenha, os sintomas que inicialmente eram intermitentes,
tornam-se persistentes, com tendência a agravar em períodos de repouso interferindo, não só com a
capacidade de trabalho, como com as atividades do dia-a-dia. Nesta fase, os sintomas passam a ser
desencadeados mesmo por esforços ou estímulos mínimos. Numa fase posterior podem aparecer
espontaneamente ou ser desencadeados por estímulos tão diversos como a ansiedade, o esforço,
mesmo que ligeiro, alterações de temperatura ambiente, edema da zona afetada e mesmo uma
hipersensibilidade a todos os estímulos (Uva, Carnide, Serranheira, Miranda, & Lopes, 2008).
2.5 Caracterização das principais LMERT

As principais lesões músculo-esqueléticas referidas por grande número de autores são as que
seguidamente se apresentam, sistematizadas pelas diferentes áreas anatómicas (Serranheira; Lopes;
Uva, 2004):

Ombro:
 Tendinose
 Bursite sub-acrómio-deltoideia;
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Cotovelo:
 Epicondilite;
 Epitrocleite;
 Síndrome do canal radial;
 Síndrome do canal cubital;
 Bursite do cotovelo.

Mão e punho

 Síndrome do túnel cárpico;


 Tendinoses
 Tendinites dos flexores extensores do punho;
 Doença de De Quervain;
 Fenómeno de Raynaud;
 Cãibras da mão

Coluna vertebral

 Hernia discal
 Lombalgia
 Lombocitalgia
 Cervicalgia
 Cervicobraquialgia

As lesões podem, igualmente, ser classificadas de acordo com a tipologia das patologias. Buckle e
Devereux (Buckle; Devereux, 1999) destacam alguns dos seus principais aspectos:

Lesões a nível dos tendões

 Tendinoses
 Tendinites
 Tenossinovites
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 Sinovites
 Peritendinites
 Epicondilites (lateral ou mediana)
 Doença de De Quervain

Lesões dos nervos periféricos

 Síndrome do túnel cárpico


 Síndrome do canal radial
 Síndrome do túnel cubital
 Síndrome do desfiladeiro toráccico
 Neurites digitais

Lesões musculares

 Distonia focal
 Fibromiosite
 Miosites
 Mialgia
 Tensão muscular cervical

Lesões a nível articular ou dasbolsas sinoviais

 Orteoartites
 Bursites
 Capsulites
2.6Factores de risco

A maioria das LMERT desenvolve-se ao longo do tempo. Normalmente, nãoexiste uma causa
única para estas lesões, resultando frequentemente dacombinação de vários fatores.Assim, são
vários os fatores que podem contribuir para a manifestação deLMERT,(Uva et al., 2008; Radwin,
et al., 2002):

Fatores físicos relacionados diretamente com o trabalho:


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 Elevada repetição de movimentos;


 Movimentação manual de cargas / aplicação da força, por exemplo,levantar, transportar,
puxar, empurrar, etc;
 Pressão direta sobre os tecidos humanos;
 Posturas forçadas ou estáticas, por exemplo mãos acima do nível dosombros ou posição
sentada ou de pé durante muito tempo;
 Movimentos de torção rápidos e súbitos;
 Ambiente térmico de trabalho – exposição excessiva ao calor e aofrio;
 Exposição a vibrações;
 Iluminação deficiente;
 Deficiente conceção do posto de trabalho / desajustamento entrecaracterísticas individuais e
posto de trabalho;
 Elevados níveis de ruído, suscetíveis de causar tensão física.

Fatores organizacionais/psicossociais:

 Trabalho monótono e repetitivo;


 Ritmo elevado de trabalho;
 Ausência de pausas para descanso;
 Manutenção da mesma posição por um período excessivo;
 Tempo de trabalho não controlado pelos trabalhadores;
 Trabalho exigente, falta de controlo sobre as tarefas executadas, baixos níveis de
autonomia;
 Falta de apoio por parte dos colegas e chefias;

 Outros fatores psicossociais, tais como, stresse, ausência de satisfação no trabalho, etc.

Fatores individuais:

 Antecedentes clínicos;
 Idade;
 Caraterísticas antropométricas (peso e altura).
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Estes fatores podemexercer uma ação separadamente ou combinados. Contudo, na


atividadeprofissional pesam um conjunto vasto de fatores aliados a condições detrabalho
desfavoráveis que potenciam o surgimento deste problema de saúdenos trabalhadores e
trabalhadoras.(Serranheira et al., 2008)

2.2.4Diagnóstico

O diagnóstico cinesiológico funcional é compreendido como uma avaliação física e funcional,


caracterizada pela análise e estudo das estruturas e funcionamento dos desvios físicos funcionais de
um indivíduo através de metodologias e técnicas próprias, com a finalidade de identificar e
quantificar as alterações apresentadas, considerando os desvios dos graus de normalidade para os
de anormalidade (Conselho Federal De Fisioterapia E Terapia Ocupacional, 2001).

Avaliação postural é essencial para qualquer planejamento de intervenção fisioterapêutica e para o


acompanhamento da sua evolução. A biofotogrametria computadorizada é um método que
apresenta duas grandes vantagens na efetividade de sua aplicação clínica, baixo custo do sistema de
fotointerpretação de imagens e a precisão e reprodutibilidade dos resultados, motivos pelos quais
se utiliza constantemente esse método de avaliação (Rodrigues; Romeiro, 2009).

Actualmente este tipo de atividade tem sido adotada de forma complementar ao programa de
controle médico de saúde ocupacional, objetivando avaliar do âmbito anatômico, biomecânico e
cinesiológico as capacidades do trabalhador quanto à realização de movimentos básicos e
necessários para a prática laboral. Esta avaliação, se torna então um importante instrumento
utilizado pela fisioterapia do trabalho baseado em conceitos e metodologias da fisiologia humana
associados as intervenções ergonômicas como o objetivo de detectar e prevenir as lesões
músculoesqueléticas que por consequência otimiza o desempenho e a produtividade no trabalho
(Kaizer; Ramos, 2009).

2.7 Ergonomia e sua importância

A ergonomia é um conjunto de estudos que visam à organização metódica do trabalho em função


do fim proposto e das relações entre o homem e a máquina. Sua aplicação serve também para
minimizar os acidentes de trabalho. (Oliveira Netto, Tavares, 2006).
22

De acordo com Lida 2005, a ergonomia é o estudo da aplicação do trabalho ao homem. Isso não
envolve apenas aspectos fisicos, mas também o aspecto de organização, a visão ampla da
ergonomia abrange actividades de planejamento e projecto que ocorrem antes, durante e após o
trabalho ser realizado.

A ergonomia tem por objectivo proporcionar ao homem condições de trabalho que sejam
favoraveis, com o intuito de torná-lo m.ais productivo por meio de ambiente de trabalho saudaveis
e seguros, que solicite dos trabalhadores menor exigência e, por consequência, concorra para um
menor desgaste e um maior resultado, (Barbosa Filho, 2010).

Se tratando consequências Lida 2005, afirma que a ergonomia procura reduzir a fadiga, estresse,
erros e acidentes, proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, durante a
relação com o sistema productivo. Actravés desse metódo a eficiência virá como consequência.

Falando sobre a ergonomia Minicucci (1995 à 1997), demonstra que seu objectivo é estudar:

 As caracteristicas materias do trabalho, como o peso dos instrumentos, a resistência dos


comandos, a dimensão do posto de trabalho;
 O meio ambiente fisico (o ruído, iluminação, vibrações, ambientes térmico);
 A duração da tarefa, os horários, as pausas no trabalho;
 O modelo de treinamento e aprendizagem;
 A postura durante a execução de uma tarefa;
 As lideranças e ordens dadas

Fisioterapia do trabalho no tratamento das LMERT

A formação de um profissional Fisioterapeuta é essencialmente direcionada para a área da saúde,


com teoria e práticas de técnicas fisioterápicas. Por esse motivo, muitas vezes, bloqueia seu perfil
empreendedor por não ter conhecimento dos embasamentos legais que permeiam a profissão, bem
como o mercado de trabalho (Kleinowski, 2010).
23

A Fisioterapia do Trabalho é uma especialidade que surgiu a partir do crescimento das


organizações e complexidade das tarefas, abordando aspectos da ergonomia, biomecânica,
exercícios laborais e recursos terapêuticos na recuperação de queixas ou desconforto físicos, sob
um enfoque multidisciplinar, com o propósito de melhorar a qualidade de vida e desempenho do
trabalhador. (Baú, 2002).

O fisioterapeuta tem diferentes atuações no ambiente ocupacional, para Baú (2002), o


fisioterapeuta do trabalho pode atuar: na prevenção de queixas músculoesqueléticas; em estudos
ergonômicos do trabalho; intervindo ergonomicamente na conscientização, correção ou concepção
na empresa; educando através de palestras de capacitação, treinamento preventivo e
conscientização; orientando o trabalhador em relação a aspectos ergonômicos e posturais durante a
realização das atividades de trabalho, como nas atividades fora do ambiente de trabalho;
verificando a biomecânica nas atividades ocupacionais e avaliação postural; ensinando técnicas de
reeducação postural, para prevenir lesões ocupacionais; implantando exercícios laborais e
pesquisando sobre a saúde ocupacional e assim possibilitando a divulgação do conhecimento para
outros profissionais da área.

O fisioterapeuta do trabalho é diferenciado dos outros profissionais da área, pois não só atua em
grande parte do tempo no ambiente natural da clínica de fisioterapia e hospital, como também indo
ao ambiente onde estão os problemas, nesse caso a indústria (Wiczick; Demarchi, 2006).Em
especial na orientação sobre postura e movimentos adequados, o que contribui para que o
colaborador adquira consciência corporal e haja em prol de sua saúde, ou seja, os próprios
trabalhadores são empoderados actraves da dissiminação de comportamentos saudaveis afim de
evitar patologias crônicas e degenerativas. Enquanto o fisioterapeuta simplifica a adoção de boas
práticas que minimizam riscos como, (Baú, 2002):

 Esforço fisico
 Levantamento de peso
 Postura inadequada
 Control rigido de productividade
 Estress
 Trabalhos em periodos notorno
24

 Jornadas de trabalho prolongada


 Monotonia e repetitividade
 Imposição de rotina intensa

Através deste programa de atuação da fisioterapia preventiva do trabalho no ambiente industrial, é


possível melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, as empresas apresentam um elevado
índice de patologias associadas a LER/DORT, absenteísmo, afastamento e acidente de trabalho
foram os fatores avaliados. Pôde-se constatar a eficácia da fisioterapia preventiva, a qual reduziu
de maneira significativa às incidências de lesões ocupacionais nos postos de trabalho. Os distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho são fundamentais para a elaboração de uma proposta
ergonômica e cargas cognitiva, psíquica e física do trabalhador, otimizando o desempenho da
tarefa, o rendimento do trabalho e a produtividade (Wiczick; Demarchi, 2006).

Ginástica Laboral

Ginástica Laboral (GL) é definida como a realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho,
durante o horário de expediente, para promover a saúde dos funcionários e evitar lesões de esforços
repetitivos ou doenças ocupacionais. Consiste em alongamentos, relaxamento muscular e
flexibilidade das articulações.(Baú, 2002):

Apesar da prática da Ginástica Laboral ser coletiva, ela é moldada de acordo com a função
exercida pelo trabalhador. Podendo ser dividida em (Baú, 2002):

 Ginástica Laboral Compensatória: visa proporcionar o equilíbrio funcional, com duração


de 5 a 10 minutos durante a jornada de trabalho,(Baú, 2002).

 Ginástica Laboral Preparatória: consiste na realização de exercícios específicos dentro


do local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica, realizada no início da
jornada de trabalho, tem a duração aproximada de 10 a 12 minutos, tem por objetivo,
preparar o indivíduo para o trabalho de velocidade, força ou resistência,(Baú, 2002).
25

Entre as ferramentas utilizadas na procura de melhoria da qualidade de vida, a GL tem tomado


lugar de destaque em vários segmentos industriais. A GL tem um papel importante também no
funcionamento da cognição. A explicação para isso reside na melhor oxigenação de todo o
organismo e principalmente do cérebro. As atividades físicas mantêm o bom estado funcional do
organismo contribuindo também para a socialização das pessoas, valores estes desprezados pelo
atual ritmo de vida.28 Uma das mais importantes causas de desajustes que levam a quadros
dolorosos do sistema musculoesquelético é o despreparo físico. LER/DORT. A ginástica laboral
vem provando ter muitos benefícios tanto para o trabalhador, atuando na prevenção de
LER/DORT, diminuindo tensões musculoesqueléticas, promovendo relaxamento e amenizando
fadiga muscular, e quanto para a empresa, reduzindo o índice de absenteísmo e acidentes de
trabalho, (Wiczick; Demarchi, 2006).
26

IV METODOLOGIA

4.1 Tipo de estudo

Será realizado um estudo descritivo transversal com abordagem qualitativa.

4.2 Local de estudo

O estudo será realizado no centro de reabilitação fisica de caxito, situado na provincia do Bengo.

4.3 Populações ou universo

A população em estudo será constituída pelos profissionas do centro de reabilitação fisica de


caxito

4.1 Amostra

Será extraída uma amostra de forma aleatória do tipo probabilistico

4.4 Critérios de inclusão

Serão incluídos todos osprofissionais de fisioterapia que aceitarem participar do estudo após
esclarecimento dos objectivos.

4.5 Critério de exclusão

Serão excluidos todos os aqueles que por algum motivo se neguem a participar do estudo ou
estavam ausentes no dia do inquérito.

4.6 Procedimentos usados na recolha de dados

Para a recolha de dados será utilizado um questionário que será elaborado pelos autores deste
estudo.

4.7 Procedimentos éticos


27

Para que a investigação efectuada respeite as questões de índole ética e moral, serão tomadas
medidas preventivas de modo a garantir a protecção dos direitos dos sujeitos envolvidos no
estudo.

O projecto será apresentado à Comissão Científica do Instituto Técnico de Saúde do Bengo,


através de um formulário específico que por sua vez enviará um ofício a direcção de juventude e
desporto da provincia do Bengo.

4.8 Procedimento de análise e processamento de dados

O tratamento dos dados será efectuado através de um banco de dados em planilha do programa
Excel e Word 2013, após recolha por leitura óptica dos inquéritos por entrevista e apresentados
em forma de tabelas.

3.9.Variáveis em Estudo

 Variáveis sociodemográficas.
 Dados da patologia
 Intervenção em fisioterapia.
28

V CRONOGRAMA DO PROJECTO

Meses do ano 2023


Nº Actividades DEZ. JAN. FEV MAR. ABR. MAI.
.
01 Aprovação do tema
02 Elaboração do protocolo de
investigação

03 Aprovação do protocolo
pela
Comissão Científica
04 Recolha de dados

05 Processamento de dados
06 Redação da monografia
07 Entrega do trabalho para censura
08 Acertos finais

09 Entrega definitiva do trabalho a


Comissão Científica
10 Defesa do Trabalho de Fim do Curso
29

VI ORÇAMENTO DO PROJECTO

Descrição Quantos Preço Unitário Total (Kwanzas)

Impressão

Encadernação

Cópias do Trabalho

Impressão em capa dura

Logística

Gasto com Comunicações

TOTAL
30

VII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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estamos a avaliar o que queremos avaliar?. Saúde e Trabalho; Vol.7: 69-88.
33

APENDICE B – CONSETIMENTO INFORMADO


34

Apêndice A –Roteira De Entrevista

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
MINISTÉRIO DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS DE SAÚDE DO BENGO

Questionário para recolha de dados

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