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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE

CURSO DE ENFERMAGEM

DAYANA LUIS DOS SANTOS


DANIELY MARIA SANTOS

SÍNDROME DE BURNOUT: IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DA


ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

ARACAJU
2018
DAYANA LUIS DOS SANTOS
DANIELY MARIA SANTOS

SÍNDROME DE BURNOUT: IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE DA


ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Projeto de Trabalho de Conclusão do


Curso de Enfermagem da Faculdade
Estácio de Sergipe, para obtenção da
nota da AV 2.
Orientador (a): Profª Ma. Ruth Cristine
Torres.

ARACAJU
2018
SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................ 03
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 04
2 OBJETIVOS........................................................................................................................ 06
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 06
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 06
3 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................ 07
3.1 Síndrome de Burnout..................................................................................................... 07
3.2 Ambiente de Trabalho da Equipe de Enfermagem................................................... 09
3.3 Qualidade da Assistência de Enfermagem X Síndrome de Burnout ..................... 11
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 12
5 ORÇAMENTO .................................................................................................................... 14
6 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17
APÊNDICE ............................................................................................................................. 19
3

RESUMO

A Síndrome de Burnout pode ser caracterizada por três eventos principais: exaustão
emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Objetivou-se
descrever as implicações trazidas pela Síndrome de Burnout para a qualidade da
assistência da equipe de enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura que será realizado através da busca de artigos científicos nas bases de
dados BDENF, LILACS e SciELO. Os artigos selecionados serão analisados através
de um instrumento onde serão descritos o título, autores, profissão dos autores,
método, periódico, ano de publicação, local de origem da pesquisa, objetivo do estudo
e principais resultados. Espera-se, através da realização dessa pesquisa, o
conhecimento detalhado sobre essa síndrome, suas principais causas e
manifestações clínicas, visando a criação de estratégias para o enfrentamento nas
instituições de saúde.

DESCRITORES: Síndrome de Burnout; Equipe de Enfermagem; Assistência.


4

1 INTRODUÇÃO

O ambiente de trabalho dos profissionais de saúde é composto por situações


que causam sensações de alegria, quando um paciente é curado, e de tristeza, visto
que lidar com o sofrimento físico e psíquico, dor e situações de morte é uma atividade
complexa e que exige um elevado preparo mental. Nessa perspectiva, o surgimento
de problemas de saúde e desenvolvimento de síndromes nos trabalhadores dessa
área está cada vez mais comum, levando ao adoecimento e redução da qualidade do
serviço desses profissionais (LACERDA et al., 2016).
A Síndrome de Burnout é um evento cada vez mais comum nos profissionais
de saúde, destacando-se a equipe de enfermagem, configura-se como a exaustão do
indivíduo nos aspectos relacionados ao trabalho, que pode ser caracterizada por três
eventos principais: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização
pessoal. Todos esses fatores interferem diretamente na qualidade do serviço prestado
e na vida pessoal do indivíduo (FARIAS et al., 2017).
Entre as principais causas para a ocorrência da síndrome, destacam-se:
sobrecarga de trabalho dos profissionais devido ao dimensionamento inadequado dos
recursos humanos e superlotação, recursos materiais deficientes, estrutura física
inadequada, carga horária excessiva, cobrança da chefia e relação com equipe
multiprofissional, pacientes e acompanhantes (SILVA et al., 2015).
Em relação as manifestações clínicas, o estresse configura-se como um dos
itens presentes em grande parte dos profissionais, o que interfere na realização de
todas as atividades laborais. Além disso, sinais e sintomas como insônia, depressão,
ansiedade, alterações cardiovasculares, mialgia, artralgia, doenças gástricas,
problemas pessoais e irritabilidade são comuns, causando graves problemas à saúde
do trabalhador (FERREIRA et al., 2016).
Quando se trata da equipe de enfermagem, esse quadro pode ser ainda mais
grave, pois esses profissionais estão em contato diário com os pacientes e
acompanhantes, possuem responsabilidades assistenciais e gerenciais e lidam com
todos os profissionais da equipe multidisciplinar, fato que leva a maior
responsabilidade e estresse da equipe (OLIVEIRA; LIMA; VILELA, 2017).
A Síndrome de Burnout é caracterizada como uma alteração decorrente da
exposição a estímulos negativos no ambiente de trabalho durante um longo período.
Essa síndrome exerce influência direta sobre o desempenho do profissional, visto que
5

afeta as relações entre os profissionais e entre o profissional e


paciente/acompanhante, reduz a produtividade, afasta o profissional de suas
atividades laborais devido a problemas de saúde e afeta diretamente a parte
psicossocial (LACERDA et al., 2016).
Diante deste contexto emergem as seguintes questões norteadoras: Como as
manifestações clínicas decorrentes da Síndrome de Burnout podem ser identificadas
nos profissionais de enfermagem? Quais as alterações físicas, psíquicas e sócias que
a síndrome pode causar nos profissionais? Como as complicações da Síndrome de
Burnout podem interferir na qualidade da assistência da equipe de enfermagem?
Nessa perspectiva, observa-se os malefícios trazidos pela Síndrome de
Burnout para os profissionais, sobretudo nos profissionais de enfermagem, que
possuem contato direto com outras classes profissionais, pacientes e acompanhantes
e desempenham diversas funções, desde o cuidado ao paciente até funções
administrativas. Por este motivo, a pesquisa justifica-se pela necessidade de
compreender os principais fatores causais da Síndrome de Burnout nos profissionais
de enfermagem para que seja possível elaborar medidas de prevenção para este mal.
Espera-se com esse estudo o aumento do conhecimento de acadêmicos e
profissionais de enfermagem sobre as principais causas, manifestações clínicas e
consequências da Síndrome de Burnout na equipe de enfermagem e de que forma
essa síndrome influencia na qualidade da assistência prestada por esses
profissionais, visando a elaboração de estratégias gerenciais para redução do
problema.
6

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Descrever as implicações trazidas pela Síndrome de Burnout para a qualidade


da assistência da equipe de enfermagem.

2.2 Objetivos Específicos

Explicar a Síndrome de Burnout;


Destacar os principais fatores de risco;
Explanar as principais manifestações clínicas da síndrome nos profissionais;
Relacionar as manifestações clínicas com a execução da assistência de
enfermagem.
7

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Síndrome de Burnout

Historicamente, a palavra Burnout foi inicialmente utilizada no mercado dos


foguetes, visto que era empregada para os itens que deixaram de funcionar devido a
exaustão. Esse termo passou a ser utilizado na década de 40 para descrever a falha
dos motores dos foguetes. Em 1974, o termo burnout foi utilizado pelo psicólogo
Freudenberge para descrever a exaustão de jovens funcionários de uma clínica. Em
1986, a psicóloga Maslach publicou o primeiro trabalho sobre o tema estafa
profissional (SAKAE et al., 2017).
O trabalho representa para o homem a sua fonte de sobrevivência, visto que é
através dele que se torna possível adquirir meios econômicos para suprir as
necessidades pessoais, além de representar a identidade pessoal e fonte de
reconhecimento. Porém, esse mesmo trabalho pode se tornar sinônimo de angústia e
sofrimento, principalmente quando se trata da área da saúde, onde outro ser humano
é o objeto de trabalho dos profissionais (FERREIRA; LUCCA, 2015).
O ambiente de trabalho e as condições encontradas nesse local influenciam
em outros aspectos da vida do profissional, principalmente quando se trata da
qualidade de vida. Condições favoráveis são diretamente proporcionais a melhores
resultados e satisfação de todos os envolvidos no processo de trabalho. Em
contrapartida, um ambiente de trabalho com fatores estressores constantes é
responsável pela exaustão física e emocional dos profissionais, seja qual for a área
de atuação (LACERDA et al., 2016).
Na saúde, o cuidado ao outro exigido pela área gera nos profissionais
sentimentos como tensão, medo, angústia e envolvimento emocional. Além disso, o
contato frequente com a dor do outro, morte e relação com diversos profissionais são
fatores que podem levar ao surgimento de sentimentos negativos relacionados ao
trabalho (CAMPOS et al., 2015).
Nessa perspectiva, é sabido que quando o trabalhador desempenha sua função
de maneira desprazerosa, maiores são as chances de desenvolver problemas
biopsicossociais decorrentes do descontentamento no trabalho. Além de doenças
físicas provenientes da tensão muscular, o desenvolvimento de síndromes que
envolvem aspectos psicológicos também pode acontecer (LUZ et al., 2017).
8

Entre as síndromes, destaca-se a Síndrome de Burnout, caracterizada pela


exaustão física e emocional do trabalhador. Essa exaustão possui vários fatores
causais, variando desde a convivência com outros profissionais da equipe
multidisciplinar até o contato direto com pacientes e acompanhantes, ambos os fatos
exigindo muito preparo emocional dos trabalhadores (LUZ et al., 2017; MERCES et
al., 2017).
Inicialmente, quando a Síndrome de Burnout passou a ser discutida na
sociedade, a exaustão que caracteriza a doença era vista como consequência da
irritabilidade, perda de motivação, sobrecarga de trabalho, fadiga e depressão, todos
esses sentimentos relacionados ao desempenho do trabalho. Após algumas
discussões, três dimensões foram definidas para caracterizar a Síndrome de Burnout,
são elas: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional
(PROENCI et al., 2017).
A exaustão emocional ocorre quando o indivíduo apresenta esgotamento dos
sentimentos emocionais que são essenciais para o trabalho com o outro,
principalmente quando se trata dos serviços de saúde, onde os pacientes buscam
conforto na assistência, atenção e escuta qualificada dos profissionais. É considerado
o primeiro sinal de alerta da síndrome, onde o profissional vem mostrando pouca
energia para lidar com as adversidades do trabalho (MERCES et al., 2017; PROENCI
et al., 2017).
Outra experiência vivenciada pelos profissionais acometidos pela Síndrome de
Burnout é a despersonalização, representada pela impessoalidade, indiferença com
os colegas de trabalho, pacientes e acompanhantes e desenvolvimento de atitudes
negativas. Além disso, o profissional passa a realizar a sua autoavaliação de maneira
negativa, destacando a fragilidade do seu serviço e mostrando baixo autoestima
(SAKAE et al., 2017).
Ainda em relação as dimensões da Síndrome de Burnout, outro problema
encontrado é a baixa realização profissional, onde o indivíduo se sente insatisfeito
quanto ao seu trabalho, demonstrando a sensação de ineficácia profissional, fato que
passa a refletir na vida pessoal. Essa avaliação negativa de si mesmo causa
desconforto e desestimula o ser humano a buscar melhorias, tornando a situação cada
vez mais séria e prejudicial para o desempenho em todos os aspectos (DALMOLIN et
al., 2014).
9

Dessa maneira, todas as dimensões envolvidas nessa síndrome trazem


reflexos no desempenho profissional e os principais fatores envolvidos para a sua
ocorrência são: sobrecarga de trabalho, ambiente agitado e desorganizado, carga
horária elevada, baixa remuneração, competitividade, problemas com gestores,
profissionais e pacientes, situações de precariedade de materiais e equipamentos
para a assistência, entre outros. Esses fatores estão relacionados ao ambiente de
trabalho, gestão e características individuais (FERREIRA; LUCCA, 2015).
Quando se trata da Síndrome de Burnout na Equipe de Enfermagem, diversos
estudos mostram o elevado número de casos desse problema nesse público, fato
explicado pela gama de responsabilidades atribuídas a essa classe profissional, por
se tratar dos profissionais da equipe multidisciplinar que mais possuem contato com
o paciente e pela sobrecarga de trabalho a qual estão expostos na maioria das vezes
(SILVA et al., 2015).

3.2 Ambiente de Trabalho da Equipe de Enfermagem

A Síndrome de Burnout é desencadeada por fatores estressores que estão no


ambiente de trabalho. Tratando-se da equipe de enfermagem, é fato que esses
profissionais desempenham função na ocupação considerada como uma das mais
estressantes, o que pode ser destacado como um fator de risco a mais para o
desenvolvimento dessa síndrome, antes mesmo de saber a quais fatores a equipe
está exposta no ambiente de trabalho (ANDOLHE et al., 2015).
A equipe de enfermagem é composta pelo enfermeiro, técnico e auxiliar de
enfermagem, cada um com sua atribuição legal e importância na assistência ao
paciente. Em relação aos campos de atuação, esses profissionais desempenham
suas atividades em instituições hospitalares, ambulatórios, serviço de atenção básica
à saúde, à domicílio, entre outros. Cada local possui suas características de acordo
com o público atendido e demanda de atividades (GASPARINO; GUIRARDELLO,
2015; FERREIRA et al., 2016).
Os profissionais de enfermagem muitas vezes se deparam com condições de
trabalho insatisfatórias para o desempenho da sua função. Entre os problemas que
podem ser destacados, um de grande importância e que dificulta a realização do
trabalho de maneira adequada é o dimensionamento inadequado do pessoal de
enfermagem, onde muitas vezes a equipe se depara com a quantidade de pessoas
10

em menor número, gerando uma sobrecarga de trabalho e consequentemente


diminuição da qualidade da assistência (OLIVEIRA et al., 2017).
Além disso, outro fator responsável por causar estresse no ambiente de
trabalho da equipe de enfermagem é a superlotação, onde os profissionais precisam
atender a uma demanda maior do que o serviço suporta, o que pode levar a falta de
recursos materiais, sobrecarga de trabalho e maior risco de eventos adversos devido
a exaustão física e psíquica (MOURA et al., 2014).
Existem setores que fazem parte do campo de trabalho da enfermagem que
exigem um preparo psicológico maior dos profissionais, como por exemplo em
unidades de terapia intensiva, serviços de oncologia e de cuidados paliativos, urgência
e emergência, visto que nesses locais existe o risco iminente de morte e um sofrimento
por parte dos pacientes e seus acompanhantes, fato que pode ser responsável pela
exaustão emocional dos envolvidos no processo de trabalho e do cuidado (ANDOLHE
et al., 2015).
Ao se tratar da relação entre os profissionais da equipe de enfermagem e da
equipe multidisciplinar, é fato que em muitas situações isso também de torna um fator
estressor para os envolvidos no processo de trabalho, visto que nem sempre a
autonomia da profissão é respeitada e em alguns momentos ocorre assédio moral
entre as classes. Essa falta de interação é considerada um grave problema, tendo em
vista a importância que cada profissão tem para o cuidado holístico ao paciente
(OLIVEIRA; LIMA; VILELA et al., 2017).
Outros fatores aos quais a equipe de enfermagem está exposta que podem
desencadear a Síndrome de Burnout são: carga horária extensa de trabalho, risco de
acidentes químicos, físicos e biológicos pela manipulação de medicamentos e
materiais biológicos, falta de recursos materiais, inadequação da estrutura física e
instalações, violência moral por parte dos gestores e cargos de chefia e violência
verbal vinda dos pacientes e acompanhantes (FARIAS et al., 2017).
Com base nas informações referentes aos principais fatores estressores que a
equipe de enfermagem lida diariamente na sua jornada de trabalho, nota-se a
importância da prevenção dessa síndrome junto a esses profissionais, visto que a
qualidade da assistência está diretamente ligada aos aspectos psicológicos e físicos
desses profissionais. Dessa forma, medidas de relaxamento, valorização dos
colaboradores e ambiente de trabalho adequado são importantes para o bem-estar
laboral (FREITAS et al., 2014).
11

3.3 Qualidade da Assistência de Enfermagem X Síndrome de Burnout

Quando o indivíduo procura o serviço de saúde, sua maior intenção é ser bem
atendido e ter seus problemas sanados a partir de um atendimento eficaz e de
qualidade. A equipe de enfermagem é responsável por grande parte da assistência
aos pacientes durante a sua permanência em uma instituição de saúde, fato que
atribui a essa classe profissional grande responsabilidade pela satisfação e segurança
do paciente, exigindo a realização de um trabalho com responsabilidade e bom
desempenho (GASPARINO; GUIRARDELLO, 2015).
A segurança do paciente é um tema que vem sendo abordado com maior
intensidade nos últimos anos devido ao elevado número de casos de eventos
adversos apontados por estudos nacionais e internacionais, o que alertou as
entidades responsáveis pela vigilância dos serviços de saúde. Nessa perspectiva,
pensar em segurança do paciente envolve questões como infraestrutura adequada,
disposição de recursos materiais e equipamentos e recursos humanos em quantidade
adequada (RODRIGUES; SANTOS; SOUSA, 2017).
Diante da importância de fatores como qualidade da assistência e segurança
do paciente, as implicações trazidas pelo cuidado praticado por um profissional
acometido pela Síndrome de Burnout vão influenciar diretamente nesses fatores, visto
que o bem-estar físico, psíquico e espiritual são determinantes para o
desenvolvimento do trabalho de forma adequada e satisfatória (GOMES; GOMES,
2015).
As manifestações clínicas apresentadas pelos profissionais com a Síndrome
de Burnout são: dores musculares e articulares, alterações psicológicas como
ansiedade, insônia, irritabilidade e depressão, cefaleia, fadiga, problemas
cardiovasculares, úlceras gástricas, entre outras. Pode-se perceber a magnitude dos
problemas trazidos por essa doença, visto que afeta vários sistemas do organismo
(FARIAS et al., 2017).
Todas as manifestações clínicas apresentadas pelos profissionais de
enfermagem acometidos pela Síndrome de Burnout remetem a falta de estímulo para
o desenvolvimento do trabalho, com prejuízos para a instituição de saúde e pacientes.
Desse modo, a qualidade da assistência e a Síndrome de Burnout estão em vias
distintas, visto que a ocorrência da primeira é negativamente influenciada pela
segunda (TITO et al., 2013).
12

4 MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo utilizará como método a revisão integrativa da literatura, a


qual tem como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre
o tema investigado, ou seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências
disponíveis para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na temática.
Para a elaboração da presente revisão integrativa as seguintes etapas serão
percorridas: definição da questão norteadora (problema) e objetivos da pesquisa;
estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão das publicações (seleção da
amostra); busca na literatura; análise e categorização dos estudos, apresentação e
discussão dos resultados (MENDES; GALVÃO; SILVEIRA, 2008).
Para guiar a pesquisa, formulou-se as seguintes questões: Como as
manifestações clínicas decorrentes da Síndrome de Burnout podem ser identificadas
nos profissionais de enfermagem? Quais as alterações físicas, psíquicas e sócias que
a síndrome pode causar nos profissionais? Como as complicações da Síndrome de
Burnout podem interferir na qualidade da assistência da equipe de enfermagem?
Será realizado no período entre agosto e setembro de 2018 a busca das
publicações indexadas nas seguintes bases de dados: Base de Dados em
Enfermagem (BDENF), e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online
(SciELO).
Optou-se por estas bases de dados e biblioteca por entender que atingem a
literatura publicada nos países da América Latina e Caribe, como também referências
técnico-científicas brasileiras em enfermagem e incluem periódicos conceituados da
área da saúde. Será utilizado o cruzamento dos descritores Síndrome de Burnout,
Equipe de Enfermagem e Assistência. Destaca-se que será utilizado o operador
boleano and.
Os critérios de inclusão serão: artigos publicados entre 2013 e 2018, nos
idiomas português e inglês, gratuitos e disponíveis na íntegra. Como critérios de
exclusão: monografias, dissertações e teses, artigos duplicados nas bases de dados
e aqueles que não atenderem ao tema proposto.
Os resumos serão avaliados, e as produções que atenderem os critérios
previamente estabelecidos, serão selecionadas para este estudo, e lidas na íntegra.
Será elaborado um instrumento para a coleta das informações, a fim de responder à
13

questão norteadora desta revisão, composto pelos seguintes itens: título/ano, autores,
objetivo do estudo, principais resultados e reflexos na qualidade da assistência de
enfermagem. Após a leitura das pesquisas selecionadas na íntegra, será realizada a
análise e organização das temáticas de acordo com a similaridade dos temas.
Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, os dados obtidos por meio dessa
seguirão princípios éticos, foram seguidas as normas da NBR 10520, que especifica
as características exigíveis para a apresentação de citação, a NBR 6023 que
estabelece o que será incluído nas referências, e a Lei dos direitos autorais 12.853/13
que dispõe em seu Art. 1º. Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob
esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos (ABNT, 2002).
Com o intuito de descrever e classificar os resultados, evidenciando o
conhecimento produzido sobre o tema proposto, realizou-se a análise, categorização
e síntese das temáticas (MENDES, GALVÃO, SILVEIRA, 2008).
14

5 ORÇAMENTO

Itens Unidade Quantidade Valor Total


unitário
Cartucho para Unidade 02 350,00 700,00
impressora
Encadernação Unidade 03 35,00 105,00
capa dura
Encadernação Unidade 03 4,00 12,00
capa simples
Gasolina Litro 50 4,50 225,00
Papel A4 Resma 04 14,00 56,00
Tradução de 1.200,00
Artigo
Xerox Unidade 500 0,10 50,00
Submissão do artigo
Total 2.348,00
15

6 CRONOGRAMA

ATIVIDADES MESES
MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Delimitação do
tema e escrita
do projeto
Revisão da
literatura
Seleção da
questão para a
revisão
Estabeleciment
o de critérios
de inclusão e
exclusão para
determinação
da amostra
Definição das
informações
que serão
extraídas dos
estudos
Avaliação dos
estudos
incluídos na
revisão
Interpretação
dos resultados
Apresentação
da revisão,
proporcionand
o um exame
16

crítico dos
achados
Apresentação
em Eventos
Científicos
Apresentação
do TCC
17

REFERÊNCIAS

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síndrome de burnout em profissionais de enfermagem. Psicologia, Reflexão e
Crítica, v. 28, n. 4, p. 764-771, 2015.

DALMOLIN, G. L. et al. Sofrimento moral e síndrome de Burnout: existem relações


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Americana de Enfermagem, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 1-8, jan./fev., 2014.

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FERREIRA, W. F. S. et al. A Síndrome de Burnout em um hospital militar e sua inter-


relação com a enfermagem. Revista Ciência & Desenvolvimento, Vitória da
Conquista, v. 9, n. 2, p. 124-145, jul./dez., 2016.

FREITAS, A. R. et al. Impacto de um programa de atividade física sobre a


ansiedade, depressão, estresse ocupacional e síndrome de Burnout dos
profissionais de enfermagem no trabalho. Revista Latino-Americana de
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GASPARINO, R. C.; GUIRARDELLO, E. B. Ambiente da prática profissional e


burnout em enfermeiros. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, Fortaleza,
v. 16, n. 1, p. 90-96, jan./fev., 2015.

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SAKAE, T. M. et al. Prevalência da Síndrome de Burnout em Funcionários da


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SILVA, R. N. S. et al. Síndrome de Burnout em Profissionais da Enfermagem. Saúde


em Foco, Teresina, v. 2, n. 2, p. 94-106, ago./dez., 2015.

TITO, R. S. et al. Síndrome de Burnout em enfermagem pediátrica e neonatal:


revisão da literatura. Enfermagem em Foco, v. 4, n. 3/4, p. 194-197, 2015.
19

APÊNDICE
INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS
SELECIONADOS

Quadro 1. Instrumento de coleta de dados dos artigos científicos selecionados.


TÍTULO/ANO AUTORES OBJETIVO PRINCIPAIS REFLEXOS NA
DO ESTUDO RESULTADOS QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM

Fonte: Elaborado pelas autoras. Aracaju/SE, 2018.

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