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IPATINGA/MG
2023
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
IPATINGA/MG
2023
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
BANCA EXAMINADORA
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Fabiana Figueiredo Beserra
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Banca avaliadora
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Banca avaliadora
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Banca avaliadora
IPATINGA/MG
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 ROTINA HOSPITALAR DOS ENFERMEIROS NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. 7
3 A PRESENÇA DO AGENTE ESTRESSE NA VIDA COTIDIANA ......................... 12
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 25
5 BUSCA PELA MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DO ESTRESSE ........................... 26
6CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 34
RESUMO
Este trabalho contempla o tema acerca das intervenções para os principais motivos
de estresse nos enfermeiros do setor de urgência e emergência, de forma delimitada
abordam-se os aspectos gerais e da enfermagem que envolvem o assunto. Nesse
sentido, a problemática central do presente trabalho se dá pelo questionamento: quais
são as estratégias de prevenção e diminuição do estresse no trabalho dos enfermeiros
de unidade de urgência e emergência? Para tanto, possui como objetivo geral a
apresentação de estratégias de prevenção e diminuição do estresse dos enfermeiros
nos setores de urgência e emergência, sendo especificamente, descreve-se as rotinas
hospitalares na urgência e emergência, bem como o levantamento dos principais
fatores estressantes. Para tanto, o presente trabalho traz consigo a elaboração de
uma linha lógica do entendimento da rotina hospitalar dos profissionais da
enfermagem nos setores de urgência e emergência; seguindo-se pela apresentação
das concepções gerais do agente estresse na vida cotidiana e em continuação
afunilando para os enfermeiros em si, levando em consideração as peculiaridades da
profissão. Tais exposições decorrem de pesquisa bibliográfica descritiva e qualitativa,
valendo de livros, dissertações, artigos científicos, bem como legislação e normas
pertinentes inerente à temática. Nessa esteira, observou-se que a rotina hospitalar na
urgência e emergência, perante os profissionais da enfermagem abarcam
peculiaridades ímpares, sendo que ainda, estão constantemente expostos a fatores
estressante, mas para tanto, para haver a minimização de tais ou até mesmo a
eliminação, é necessário a adoção de múltiplas estratégias, sendo que de início, no
arcabouço jurídico há leis e diretrizes que impõe a necessidade da valoração da
saúde, tanto física quanto mental dos trabalhadores; não obstante, as estratégias
devem partir também da gerência, buscando uma cultura pautada na humanização do
trabalho e identificação de fatores estressantes a fim de elimina-los.
This work addresses the issue of interventions for the main reasons for stress in nurses
in the urgency and emergency sector, in a delimited manner, general and nursing
aspects that involve the subject are addressed. In this sense, the central problem of
the present work is the question: what are the strategies for preventing and reducing
stress at work for nurses in the urgency and emergency unit? Therefore, this article
brings with it the elaboration of a logical line of understanding of the hospital routine of
nursing professionals in the urgency and emergency sectors; followed by the
presentation of the general concepts of the stressor agent in daily life and in the
continuation deepening to the nurses themselves, taking into account the peculiarities
of the profession. Such expositions result from descriptive and qualitative
bibliographical research, using books, dissertations, scientific articles, as well as
legislation and norms pertinent and inherent to the theme. In this wake, it was observed
that the hospital routine in urgency and emergency, before nursing professionals,
encompasses unique peculiarities, and they are still constantly exposed to stressors,
but for that, it is necessary to minimize such or even even elimination, it is necessary
to adopt multiple strategies, and, initially, in the legal framework there are laws and
guidelines that impose the need to assess the health, both physical and mental, of
workers; however, the strategies must also start from management, seeking a culture
based on the humanization of work and the identification of stressors to eliminate them.
1 INTRODUÇÃO
ser composta por coordenador do serviço, que seja profissional oriundo da área da
saúde, com experiência e conhecimento comprovados na atividade de atendimento
pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de serviços e sistemas; responsável
Técnico, sendo médico responsável pelas atividades médicas do serviço; responsável
de enfermagem, sendo enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem
(BRASIL, 2002).
Não obstante, a referida portaria complementa os profissionais da área da
saúde que devem compor as unidades de urgência e emergência, tais como, médicos
reguladores que com base nas informações colhidas dos usuários, quando estes
acionam a central de regulação, são os responsáveis pelo gerenciamento, definição e
operacionalização dos meios disponíveis e necessários para responder a tais
solicitações, utilizando-se de protocolos técnicos e da faculdade de arbitrar sobre os
equipamentos de saúde do sistema necessários ao adequado atendimento do
paciente; médicos intervencionistas, sendo responsáveis pelo atendimento
necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e
durante o transporte; enfermeiros assistenciais, responsáveis pelo atendimento de
enfermagem necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do
evento e durante o transporte; e auxiliares e técnicos de enfermagem com atuação
sob supervisão imediata do profissional enfermeiro (BRASL, 2002).
Quando se lida com urgências e emergências, a rotina, por sua vez, acaba se
mostrando, por muitas vezes, a vivência de desafios diários, dos quais englobam lidar
com casos completamente distintos, bem como difíceis, devendo somar o curto
espaço de tempo para lidar com as situações (MORAIS FILHO et. al., 2016).
Devido ao estatuto laboral sui generis, com o passar dos anos, o serviço
desempenhado pela enfermagem desencadeia sinais e sintomas de doenças
ocupacionais. Estes afetam enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem alterando sua capacidade de trabalho e propiciando o
surgimento de exaustão emocional, irritabilidade, síndrome da fadiga crônica,
distúrbios do sono, transtornos depressivos, síndrome de esgotamento
profissional e estresse ocupacional.
16
Nesse sentido, Chiavenato (2005 apud CUNHA, 2016, p.9) expõe os principais
impactos do estresse no ambiente organizacional, sendo:
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.5%
profissional
Ambiente e/ou estruturas físicas inadequadas
poder de decisão
10.9% 10.9%
do papel profissional
Defasagem salarial e/ou questões de remuneração
5.5%
assistenciais desnecessárias
7.3%
e/ou insuficientes
3.6%
Sobrecarga de trabalho e/ou ritmo acelerado,
exaustivo e tenso
10.9%
Carga emocional e/ou contato com sofrimento e morte
3.6%
Trabalhos em turnos e/ou dupla jornada de trabalho
anteriores e apresentado no gráfico 1, a seguir.
Ser rigoroso consigo mesmo para liderar sua equipe e/ou
3.6%
pandemia
3
2
3
3
5.5%
reconhecimento profissional
entre as quantidades de menções e os fatores estressantes, pautado nos quadros
23
Em suas pesquisas Medeiros Neto et. al. (2020, p.8) expressam que “os
profissionais de enfermagem estão rotineiramente submetidos a tensão e ao estresse
devido a longas horas de trabalho, sendo um fator que contribuir muito para a
promoção do estresse ocupacional”.
Em continuação, com quatro menções, os fatores inerentes à materiais e
equipamentos em condições precárias e/ou insuficientes, exposição a agressões
físicas e verbais e/ou relacionamento com os pacientes e acompanhantes, estando
relacionados a 7,3% cada.
Seguindo nessas linhas McAdam et. al. (2012 apud TRETTENE, 2016)
expressam que a exposição à agressões físicas e verbais, bem como ter que lidar
com os pacientes e acompanhantes, se mostra como um fator estressante bem
comum na vida do enfermeiro, ao passo em que faz parte da rotina dar assistência
aos familiares, estes que por sua vez se mostram hostis e em elevado nível de
estresse.
O número reduzido e/ou falta de funcionados, carga de trabalho excessiva e/ou
prolongadas horas de trabalho, trabalhos em turnos e/ou dupla jornada de trabalho,
comunicação ineficaz e/ou relações interpessoais, ser rigoroso consigo mesmo para
liderar sua equipe e/ou poder de decisão, descontentamento com o trabalho e/ou
25
Melo et. al. (2013), acrescenta que “os profissionais da enfermagem que estão
lotados nos setores de emergência e urgência são vencedores quando se fala em
estresse, pois estão ligados diretamente à doença, a dor e a morte”, sendo ainda que,
os mesmos não somente se desgastam pela alta demanda de carga de trabalho, mas
também pelas questões inerentes às tarefas árduas que tem desempenhar, em razão
dos cuidados e peculiaridades dos pacientes (SALOMÉ; MARTINS; ESPÓSITO, 2009
apud MELO et. al., 2013).
Os estudos mostram que estresse ocupacional “emerge no campo da saúde
como um problema real entre os profissionais de enfermagem, devido a característica
exaustiva do trabalho e as diversas atribuições desenvolvidas por estes profissionais”
(LLAPA-RODRIGUEZI et. al., 2018, p.2-3).
Neste contexto, percebe-se as consequências existentes no estresse quando
atinge a coletividade, pois, quando o agente estressante ultrapassa o mecanismo de
contenção, a produtividade é afeada negativamente, prazos começam a seres
perdidos, o ambiente de trabalho passa a ser hostil, há a ocorrência de baixo esforço
e empobrecimento no relacionamento entre os colaboradores (CUNHA, 2016).
27
ARTIGO 4
1 - Qualquer membro deverá, à luz das condições e da prática nacionais e
em consulta com as organizações de empregadores e trabalhadores mais
representativas, definir, pôr em prática e reexaminar periodicamente uma
política nacional coerente em matéria de segurança, saúde dos trabalhadores
e ambiente de trabalho.
2 - Essa política terá como objetivo a prevenção dos acidentes e dos perigos
para a saúde resultantes do trabalho quer estejam relacionados com o
trabalho quer ocorram durante o trabalho, reduzindo ao mínimo as causas
dos riscos inerentes ao ambiente de trabalho, na medida em que isso for
razoável e praticamente realizável. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 1981, p.1)
DIRETRIZES
IV - As ações no âmbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se de acordo com as
seguintes diretrizes:
a)inclusão de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de
promoção e proteção da saúde;
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de, não somente atuação, mas também de constante adequação dos recursos
humanos, com finalidade de evitar que os profissionais da enfermagem sejam
expostos a tais agentes estressores, na qualidade e quantidade ordinárias (LLAPA-
RODRIGUEZ et. al., 2018)
33
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
indiretamente seus rendimentos na prestação dos serviços sendo que tais estresse
ocupacional podem se somar, causando distúrbios do sono, depressão, síndrome do
pânico, síndrome de Burnout, desenvolvimento de lesões por esforços repetitivos,
tendência ao alcoolismo e uso de drogas ilícitas.
Em avanços, buscando responder a questão problema foi possível constatar
que no que tange a questões relacionadas à segurança e saúde do trabalhador,
inicialmente, o cenário jurídico-brasileiro possui enorme preocupação com tais, pois,
tanto há a presença de legislações e normas regulamentadoras sobre tais temáticas,
sendo que em complemento, as empresas têm adotado cada vez mais uma postura
humanista e procurado trazer para si uma culta organizacional voltada para o
colaborador, buscando e implementando medidas para reduzir e até eliminar a
exposição do colaborador ao agente estressante.
Por fim, por meio deste estudo, a análise dos fatores relacionados ao estresse
ocupacional dos enfermeiros nos setores de urgência e emergência, mostram a
pertinência da temática, bem como a necessidade de acompanhamento, não somente
das condições de trabalho, mas também a saúde dos referidos profissionais, ainda, o
desenvolvimento de estratégias, ampliação de pesquisas na área e incentivo a
melhorias por partes das empresas e órgãos governamentais, pois, apesar de já haver
movimentos em direção à melhorias dos problemas, estes ainda se mostram muito
presentes no cotidiano do trabalho da enfermagem na urgência e emergência.
35
REFERÊNCIAS
ASSIS, Marluce Maria Araújo; JESUS, Washington Luiz Abreu de. Acesso aos
serviços de saúde: abordagens, conceitos, políticas e modelo de análise. Ciência e
Saúde Coletiva: Revista da Assosciação Brasileira de Saúde Coletiva, Rio de
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https://cienciaesaudecoletiva.com.br/edicoes/acesso-aos-servicos-de-saude-direito-
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9656compilado.htm. Acesso em: 26 mar.
2023.
CARVALHO, Ana Elizabeth Lopes de; FRAZÃO, Iracema da Silva; SILVA, Darine
Marie Rodrigues da; ANDRADE, Maria Sandra; VASCONCELOS, Selene Cordeiro;
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https://www.scielo.br/j/reben/a/qsBMxY3MxBW3TXmF5sPSwnm/?lang=pt&format=p
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SANTOS, José Luís Guedes dos et al. Estratégias utilizadas pelos enfermeiros para
promover o trabalho em equipe em um serviço de emergência. Revista Gaúcha de
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http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.01.50178. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/index.php/rgenf/article/view/50178. Acesso em: 26 mar. 2023.