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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

DÉBORA ATZORI SILVA


SARA KELEN LESLE SCUTASU
VIVIANE PIRES DA SILVA

INTERVENÇÕES PARA OS PRINCIPAIS MOTIVOS DE ESTRESSE NOS


ENFERMEIROS DO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IPATINGA/MG
2023
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

DÉBORA ATZORI SILVA


SARA KELEN LESLE SCUTASU
VIVIANE PIRES DA SILVA

INTERVENÇÕES PARA OS PRINCIPAIS MOTIVOS DE ESTRESSE NOS


ENFERMEIROS DO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentada como requisito parcial para
obtenção do título de bacharel em
enfermagem pela Faculdade Única de
Ipatinga.

Professora Orientadora: Fabiana


Figueiredo Beserra

IPATINGA/MG
2023
FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA

INTERVENÇÕES PARA OS PRINCIPAIS MOTIVOS DE ESTRESSE NOS


ENFERMEIROS DO SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como requisito parcial para obtenção


do título de bacharel em enfermagem pela Faculdade Única de Ipatinga.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________
Fabiana Figueiredo Beserra

_____________________________________
Banca avaliadora

_____________________________________
Banca avaliadora

_____________________________________
Banca avaliadora

IPATINGA/MG
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 ROTINA HOSPITALAR DOS ENFERMEIROS NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. 7
3 A PRESENÇA DO AGENTE ESTRESSE NA VIDA COTIDIANA ......................... 12
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 25
5 BUSCA PELA MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DO ESTRESSE ........................... 26
6CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 34
RESUMO

Este trabalho contempla o tema acerca das intervenções para os principais motivos
de estresse nos enfermeiros do setor de urgência e emergência, de forma delimitada
abordam-se os aspectos gerais e da enfermagem que envolvem o assunto. Nesse
sentido, a problemática central do presente trabalho se dá pelo questionamento: quais
são as estratégias de prevenção e diminuição do estresse no trabalho dos enfermeiros
de unidade de urgência e emergência? Para tanto, possui como objetivo geral a
apresentação de estratégias de prevenção e diminuição do estresse dos enfermeiros
nos setores de urgência e emergência, sendo especificamente, descreve-se as rotinas
hospitalares na urgência e emergência, bem como o levantamento dos principais
fatores estressantes. Para tanto, o presente trabalho traz consigo a elaboração de
uma linha lógica do entendimento da rotina hospitalar dos profissionais da
enfermagem nos setores de urgência e emergência; seguindo-se pela apresentação
das concepções gerais do agente estresse na vida cotidiana e em continuação
afunilando para os enfermeiros em si, levando em consideração as peculiaridades da
profissão. Tais exposições decorrem de pesquisa bibliográfica descritiva e qualitativa,
valendo de livros, dissertações, artigos científicos, bem como legislação e normas
pertinentes inerente à temática. Nessa esteira, observou-se que a rotina hospitalar na
urgência e emergência, perante os profissionais da enfermagem abarcam
peculiaridades ímpares, sendo que ainda, estão constantemente expostos a fatores
estressante, mas para tanto, para haver a minimização de tais ou até mesmo a
eliminação, é necessário a adoção de múltiplas estratégias, sendo que de início, no
arcabouço jurídico há leis e diretrizes que impõe a necessidade da valoração da
saúde, tanto física quanto mental dos trabalhadores; não obstante, as estratégias
devem partir também da gerência, buscando uma cultura pautada na humanização do
trabalho e identificação de fatores estressantes a fim de elimina-los.

Palavras-chave: Enfermagem; urgência; emergência; estresse.


ABSTRACT

This work addresses the issue of interventions for the main reasons for stress in nurses
in the urgency and emergency sector, in a delimited manner, general and nursing
aspects that involve the subject are addressed. In this sense, the central problem of
the present work is the question: what are the strategies for preventing and reducing
stress at work for nurses in the urgency and emergency unit? Therefore, this article
brings with it the elaboration of a logical line of understanding of the hospital routine of
nursing professionals in the urgency and emergency sectors; followed by the
presentation of the general concepts of the stressor agent in daily life and in the
continuation deepening to the nurses themselves, taking into account the peculiarities
of the profession. Such expositions result from descriptive and qualitative
bibliographical research, using books, dissertations, scientific articles, as well as
legislation and norms pertinent and inherent to the theme. In this wake, it was observed
that the hospital routine in urgency and emergency, before nursing professionals,
encompasses unique peculiarities, and they are still constantly exposed to stressors,
but for that, it is necessary to minimize such or even even elimination, it is necessary
to adopt multiple strategies, and, initially, in the legal framework there are laws and
guidelines that impose the need to assess the health, both physical and mental, of
workers; however, the strategies must also start from management, seeking a culture
based on the humanization of work and the identification of stressors to eliminate them.

Keywords: Nursing; urgency; emergency; stress.


5

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho contempla o tema acerca das intervenções para os principais


motivos de estresse nos enfermeiros do setor de urgência e emergência, de forma
delimitada abordam-se os aspectos gerais e da área da saúde que envolvem o
assunto.
De modo geral, pode-se dizer que as equipes de enfermagem possuem
papeis fundamentais na área da saúde, especialmente nos ambientes hospitalares,
por estarem em contato direto com os pacientes, além de estarem dispostos em maior
quantidade e prestando serviços contínuo (TRETTENE et. al., 2016).
Com o passar do tempo, a classe da enfermagem vem conquistando cada vez
mais espaço e reconhecimento, assumindo cada vez mais autonomia em suas
atribuições, o que acaba por gerar cada vez mais encargos. Todavia, a atuação do
profissional de enfermagem irá depender muito dos serviços que presta, sendo que
este estudo se preocupa em analisar especificamente os setores de urgência e
emergência, se guiando para os aspectos da rotina de tais (ASSIS; JESUS, 2012).
Não obstante, tem-se que o trabalho da enfermagem lida com diversos
obstáculos e desafios, que acabam por impactar diretamente a qualidade de vida e a
saúde dos próprios profissionais, merecendo destaque o estresse como intempere
(ASSIS; JESUS, 2012).
O Trabalho da enfermagem, em geral, é estressante e em unidades como o
pronto-socorro de um hospital terciário, existem fatores que possibilitam o sofrimento
emocional e físico e a fadiga, uma vez que o ambiente é instável e dinâmico e as
atividades são intensas. Essa vivência no cotidiano de trabalho interfere física, social
e emocionalmente na vida dos trabalhadores (BARROSO et. al., 2015).
Nesse contexto, a questão problema que orienta a pesquisa é a seguinte:
quais são as estratégias de prevenção e diminuição do estresse no trabalho dos
enfermeiros de unidade de urgência e emergência?
O enfermeiro possui seu papel importante e fundamental, necessitando
cuidados e decisões imediatas que podem gerar desgaste físico e mental,
concomitante ao estresse, por esse motivo torna-se indispensável propor intervenções
para diminuir e prevenir o estresse dos profissionais dessa área (OLIVEIRA et. al.,
2019).
6

Sendo assim, o objetivo geral do trabalho é apresentar estratégias de


prevenção e diminuição do estresse no trabalho dos enfermeiros de unidade de
urgência e emergência. Especificamente, pretende-se descrever o serviço hospitalar
dos enfermeiros na urgência e emergência como rotina, carga horária e assistência e
levantar os principais motivos de estresse nos enfermeiros de unidade de urgência e
emergência.
A fim de haver uma melhor compreensão, o texto está dividido em seis capítulos
a iniciar por esta introdução, sendo que em ponto seguinte, o capítulo segundo trata
acerca da rotina hospitalar dos enfermeiros nos setores de urgência e emergência. O
terceiro capítulo inicia um esboço acerca do estresse de modo geral na vida cotidiana.
O quarto capítulo traz à os resultados e discussões obtidas através da pesquisa
bibliográfica realizada. No capítulo quinto abarca os meios e efeitos da minimização
do estresse. E, por fim, no sexto capítulo, apresenta-se as considerações finais.
7

2 ROTINA HOSPITALAR DOS ENFERMEIROS NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Pelas máximas da experiência, a rotina hospitalar possui diferentes


concepções e características a depender do ambiente e profissionais que são
avaliados, pois, avaliando, neste caso em específico, a rotina e atuação de
enfermeiros em outros setores, é totalmente diferente ao comparar com aqueles que
atuam no âmbito da urgência e emergência (TRETTENE et. al., 2016).
Não obstante, o acesso aos serviços de saúde envolve temas multifacetados e
multidimensionais, que de modo geral, englobam também aspectos econômicos,
políticos, sociais, técnicos, simbólicos e organizacionais (ASSIS; JESUS, 2012).
Não é necessário realizar grandes reflexões para compreender que o acesso à
saúde, bem como a qualidade dos serviços prestados irão depender de diversos
fatores, como os supra mencionados, pois, de nada adiantaria um serviço de saúde
com profissionais altamente capacitados e com habilidades técnicas, sem uma
infraestrutura preparada para o atendimento e vice-versa (STACCIARINI; TRÓCOLI,
2001 apud TRETTENE et. al., 2016).
Seguindo nesse diapasão, há de se focar na atuação do enfermeiro, o qual faz
parte de uma grande engrenagem que movimenta o sistema de saúde, todavia, há de
se especificar ainda mais, no que tange à atuação nas urgências e emergências, na
medida em que envolvem rotinas, abordagens e impactos (tanto nos pacientes
quantos nos profissionais), de modo totalmente distinto (MELO, 2013).
Nas palavras de Montezelli, Peres e Bernardino (2011, p.349):

As atividades de enfermagem que constroem o seu processo de trabalho


estão pautadas em diversos subprocessos interligados. Estes se estruturam
com base nas práticas cuidativas e administrativas ou gerenciais e, para
execução das suas ações, sabe-se que desde a sua concepção como
profissão, o parcelamento do trabalho entre os diferentes membros da equipe
teve na gerência o elo de articulação das atividades e de sua integração ao
processo de trabalho em saúde como um todo.

Nessa esteira, a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, dispõe sobre a


regulamentação do exercício da enfermagem, sendo que em seu art.11, elenca as
atribuições do enfermeiro em suas atividades na enfermagem, havendo disposições
que lhe competem privativamente, tais como: a) direção do órgão de enfermagem
integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de
8

serviço e de unidade de enfermagem; b) organização e direção dos serviços de


enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras
desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação
dos serviços da assistência de enfermagem; d) cuidados diretos de enfermagem a
pacientes graves com risco de vida, entre outros. Como como integrante de equipe de
saúde, compete: a) participação no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
planos assistenciais de saúde; c) prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; d)
prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela
durante a assistência de enfermagem; e) assistência de enfermagem à gestante,
parturiente e puérpera; f) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto
(BRASIL, 1986).
Conforme exposto anteriormente, a atuação do enfermeiro nos serviços de
urgência e emergência, se mostram como sendo um universo completamente distinto,
com dinâmicas, organizações e técnicas completamente específicas para aquela
atuação (SANTOS et. al., 2016)

Nos serviços hospitalares de emergência, os enfermeiros são responsáveis


pela gerência do cuidado, que envolve o desempenho articulado de
atividades assistenciais e gerenciais, entre as quais se destacam: previsão e
provisão de recursos materiais, dimensionamento de pessoal, liderança da
equipe de trabalho e coordenação do processo assistencial. Em função
dessas atribuições, o enfermeiro assume posição de destaque na equipe de
saúde, o que lhe permite desenvolver estratégias que potencializam o
trabalho em equipe e a organização do ambiente assistencial visando a
qualidade do cuidado prestado. (SANTOS et. al, 2016, p.2)

Para melhor entendimento dos serviços que envolvem urgência e emergência,


torna-se necessário um conceito contundente e específico, para melhor compreender
a rotina hospitalar dos enfermeiros, contidos nos incisos I e II, do art.35-C, da Lei nº
9.656, de 3 de junho de 1998, traz que, a emergência é definida como risco imediato
de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do
médico assistente, enquanto a urgência assim entendidos os resultantes de acidentes
pessoais ou de complicações no processo gestacional (BRASIL, 1998).
Em complemento, a Portaria Nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, do Ministério
da Saúde, estipula os profissionais que devem compor as unidades de urgência e
emergência, expondo que a equipe de profissionais oriundos da área da saúde deve
9

ser composta por coordenador do serviço, que seja profissional oriundo da área da
saúde, com experiência e conhecimento comprovados na atividade de atendimento
pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de serviços e sistemas; responsável
Técnico, sendo médico responsável pelas atividades médicas do serviço; responsável
de enfermagem, sendo enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem
(BRASIL, 2002).
Não obstante, a referida portaria complementa os profissionais da área da
saúde que devem compor as unidades de urgência e emergência, tais como, médicos
reguladores que com base nas informações colhidas dos usuários, quando estes
acionam a central de regulação, são os responsáveis pelo gerenciamento, definição e
operacionalização dos meios disponíveis e necessários para responder a tais
solicitações, utilizando-se de protocolos técnicos e da faculdade de arbitrar sobre os
equipamentos de saúde do sistema necessários ao adequado atendimento do
paciente; médicos intervencionistas, sendo responsáveis pelo atendimento
necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e
durante o transporte; enfermeiros assistenciais, responsáveis pelo atendimento de
enfermagem necessário para a reanimação e estabilização do paciente, no local do
evento e durante o transporte; e auxiliares e técnicos de enfermagem com atuação
sob supervisão imediata do profissional enfermeiro (BRASL, 2002).
Quando se lida com urgências e emergências, a rotina, por sua vez, acaba se
mostrando, por muitas vezes, a vivência de desafios diários, dos quais englobam lidar
com casos completamente distintos, bem como difíceis, devendo somar o curto
espaço de tempo para lidar com as situações (MORAIS FILHO et. al., 2016).

No contexto do atendimento às urgências/emergências, o enfermeiro vive


muitos dilemas éticos e legais em relação à responsabilidade profissional,
autonomia em relação às demais categorias profissionais, além da
competência legal para realizar procedimentos. Atende o usuário grave que
se submete a procedimentos complexos, na maioria das vezes articulados a
protocolos qualificados com especificidades, também, para a atuação do
enfermeiro. Portanto, o momento no qual se dá o atendimento de emergência
exige rapidez e o enfermeiro precisa estar amparado legalmente para a sua
realização. (MORAIS FILHO et. al., 2016, p.19)

Nessa trilha, a rotina do enfermeiro em um único dia, em termos informais, pode


ser uma montanha-russa de emoções e vivências, pois, diversos fatores acabam por
por influenciar tanto na qualidade do serviço prestado, bem como na qualidade de vida
e a própria saúde do profissional, na medida em que o enfermeiro, assim como
10

qualquer outro profissional, é influenciado pelas características do serviço, neste caso,


o serviço de saúde que desempenha na prática profissional (SOKOLSKI;
VANDRESEN; SENFF, 2019).
Santos et. al. (2016) elencam que há características no serviço de saúde que
merecem destaque, por sua influência, sendo: a) porte da organização; b) hierarquias
profissionais; c) políticas de conduta; e d) condições de infraestrutura.
Neste ponto, merecem destaque, as particularidades do ambiente de trabalho,
que podem tanto facilitar, como ser um obstáculo na prática da enfermagem,
principalmente no que tange à autonomia dos profissionais da enfermagem (SANTOS,
2016).

Como marco teórico-conceitual, consideram-se características do ambiente


de trabalho do enfermeiro: autonomia, controle sobre o ambiente, relações
entre médicos e enfermeiros e suporte organizacional. A autonomia e o
controle sobre o ambiente representam a liberdade do enfermeiro para
resolução de problemas referentes à qualidade do cuidado. As relações entre
médicos e enfermeiros envolvem respeito profissional e comunicação efetiva
para construção de planos integrados de cuidado. O suporte organizacional
diz respeito às condições que a organização fornece para a prática
profissional dos enfermeiros. (GASPARINO; GUIRARDELLO; AIKEN, 2011
apud SANTOS, 2016, p.196)

Todavia, apesar de exposições conceituais, sabe-se que a prática se mostra


totalmente distinta da realidade, na medida em que levando-se em conta as máximas
da experiência, há diversos pontos que merecem destaque nas vivências e rotinas
dos profissionais da enfermagem nos serviços de urgência e emergência, tais como a
superlotação, sobrecarga de trabalho e muitas vezes, a ausência de infraestrutura,
sendo mister ressaltar, o fator humano, que é lidar com as diversas personalidades e
humores, não somente dos pacientes, mas dos familiares e acompanhantes
(TRETTENE, 2016).
Llapa-Rodriguez et. al. expõe cirurgicamente sobre a temática no seguinte
sentido:

Historicamente, estudos sobre o estresse ocupacional têm mostrado


sequencialmente um aumento na sua prevalência, despertando,
mundialmente, o interesse de cientistas em avaliá-lo como problemática de
saúde pública, especialmente, quanto a mensuração de fatores
determinantes, eventos e estímulos estressores no processo de trabalho.
(LLAPA-RODRIGUEZ, et. al., 2018, p.2)
11

Diversas são as dificuldades enfrentadas nas práticas da saúde, abrindo


espaço para reflexões, não somente acerca dos desafios, mas também sobre os
impactos que recaem sobre os enfermeiros na atuação nos serviços de urgência e
emergência (LLAPA-RODRIGUEZ, et. al., 2018) sendo que nos capítulos que
seguem, conforme este estudo se propôs, será dado enfoque ao estresse como fator.
12

3 A PRESENÇA DO AGENTE ESTRESSE NA VIDA COTIDIANA

Tomando partido para iniciar o aprofundamento ao cerne deste trabalho, torna-


se imperioso entender o que seria o estresse e como o mesmo surgiu perante a
sociedade, pois, apesar de parecer algo tão banal, que levando em conta as máximas
da experiência, o estresse é algo normal na vida e pode possuir diversas fontes, como
por exemplo, lidar com situações novas, frustrações, calor, o próprio trabalho, etc
(SILVA, 2013).
Apesar de estar intimamente ligado à área da saúde, o estresse inicialmente
foi estudado pela Física “para descrever uma força ou um conjunto de forças que,
aplicadas a um corpo, tendem a desgasta‑lo ou deforma‑lo” (PRADO, 2016, p.286).
Hans Selye em 1936, foi o primeiro a relatar a palavra estresse para seres vivos
a partir de experimentos no submetia animais a diversas situações agressivas, no qual
o mesmo sugeriu que o estresse era definido como uma espécie de síndrome
produzida por agentes de caráter aversivos, concluindo que o estresse poderia ter
diversas fontes (SILVA, 2013).
Em complemento, Selye (1936 apud SILVA, 2013) afirmava que o estresse é
um processo vital e fundamental que pode ser dividido em dois tipos, ou seja, quando
o ser humana passa por mudanças boas, há o estresse positivo e quando atravessa
alguma fase negativa, vivencia o estresse negativo.
Em uma ampliação da conceituação do estresse, Holmes e Rahe (1976 apud
SILVA, 2010, p.10) apresentaram que:

[...] estresse ou estressores podem ser definidos como qualquer demanda


interna ou social, que requer do indivíduo um ajuste de seu padrão de
comportamento habitual. Cada pessoa possui uma quantidade especifica de
energia adaptativa e esta energia é limitada. Durante um prolongado estresse
a pessoa torna-se vulnerável ao aparecimento de doenças, pois pode ter
ultrapassado a reserva de energia adaptativa que possuía, ocorrendo um
desequilíbrio orgânico em resposta às influências, tanto internas quanto
externas.

Já Rodrigues e Gaspari (1992 apud SILVA, 2010) explicitam que o estresse é


uma reação natural o qual está presente em todos os momentos de nossas vidas. É
tão importante e necessário que é possível viver sem ele, pois auxilia em todos os
momentos de adaptação que os seres humanos necessitam.
13

Ainda em complemento tem-se:

Os resultados mostraram que o estresse é caracterizado por uma síndrome


específica de fatos biológicos, apresentando‑se como uma resposta
inespecífica do corpo diante de exigências às quais está sendo submetido,
manifestando‑se de forma positiva (eustresse), que motiva e provoca a
resposta adequada aos estímulos estressores, ou negativa (distresse), que
intimida o indivíduo diante de situação ameaçadora, com predominância de
emoções de ansiedade, medo, tristeza e raiva (LIPP MEN, 2014; TANURE,
SANTOS, 2000 apud PRADO, 2016, p.286).

Silva e Salles (2016, p.237) expressão que:

[...] as principais fontes do estresse podem ser internas – relacionadas com a


personalidade e a maneira como a pessoa reage, ou externas - não
relacionado diretamente com o indivíduo, mas com o seu ambiente.
Isso significa dizer que tanto a vida pessoal quanto a vida profissional podem
ser fontes de estresse.

Os estudos referentes ao estresse não se limitam a busca pelos agentes


causadores, mas também se preocupam em como o interage com o corpo humano,
tanto nos aspectos físicos quanto psicológicos (SILVA; SALLES, 2016).
No âmbito da vida comum em sociedade, muitas vezes é ensinado que para
que seja possível começar a mensurar o dano suportado por um alguém, se faz
necessário avaliar o ser humano médio, avaliar o que há dentro do círculo que compõe
a pessoa, como é a vivência padrão, como lida com determinadas situações, ou seja,
avaliar as circunstâncias nas quais o ser humano médio vivencia. Tomando este ponto
de partida do ser humano médio, o mesmo se relaciona amorosamente com quem o
atrai, que atrai para si um círculo social por meio de contato e experiências, que estuda
para trabalhar, que mantém uma qualidade de vida para que possa ter uma saúde que
lhe der uma vida longínqua (SILVA, 2010).
Neste contexto, olhando através das experiências do homem médio, o estresse
vem de diversos fatores e em níveis diferentes, utilizando como exemplo intimamente
ligado a esta pesquisa, o estresse ocasionado por trabalhar no setor de emergência e
urgência de um hospital, que ao final do dia, a possível maior reação a se sentir é o
extremo cansaço (PRUDÊNCIO, 2016).
Assim sendo, os estudos de Selye apontaram que cada organismo reage de
forma diferente ao estresse, porém, da população estuda, foram percebidas
semelhanças, ou seja, alguns padrões, sendo que em regra geral o estresse possui
14

três fases, sendo: a) fase de alarme; b) fase de alerta; e c) fase de esgotamento


(SILVA, SALLES, 2016).
Benevides (2002 apud SILVA; SALLES, 2016, p.236) apresenta acerca destas
três fases da seguinte forma:

1) Fase de Alarme – é a fase em que o organismo é exposto ao agente


estressor, quando se ativa o estado de alerta
2) Fase de Resistência – A ativação do organismo permanece, entretanto,
manter a fase de alarme no mesmo patamar levaria o organismo rapidamente
à exaustão e, em consequência, a morte.
3) Fase de Esgotamento – persistindo o agente estressor, o mecanismo de
adaptação se rompe, reaparecendo sintomas da etapa de alarme, com
consequente de deterioração do organismo.

Seguindo no entendimento supra, é possível delinear um panorama acerca de


como o estresse ocorre na vida cotidiana, ou seja, na primeira fase, o momento em
que a pessoa é exposta a um agente estressor e percebe a situação a qual está e ela
o afeta; em seguida o corpo, como mecanismo de defesa o corpo tenta resistir ao
estresse, porém, os efeitos do mesmo começam a se somar; e por fim, com o continuo
estímulo do agente estressor, o mecanismo que tentava conter o estresse se esgota
e o corpo volta a primeira fase de alarme, porém, com sintomas de estresses de níveis
qualitativos e quantitativos elevados (SILVA; SALLES, 2016).
Seguindo nesta linha, tem-se que o estresse, por via de regra geral, passa por
fases no organismo humano, sendo que no momento em que o trabalhador é exposto
a determinado agente estressante, tal como o constante desestímulo, acumulo
excessivo de trabalho, repreensão, ausência de ergonomia, calor excessivo, entre
outros agentes estressores, o corpo durante determinado tempo tenta resistir a estes,
porém, quando se tornam contínuos ou permanentes, o mecanismo de resistência se
rompe e o corpo começa a ter reações negativas em decorrência do estresse
(BENEVIDES, 2002 apud SILVA; SALVES, 2016).
Para tanto, cada organismo possui seus limites e quando estes limites são
ultrapassados, é quando o estresse apresenta seus reflexos iniciais, sendo no próprio
indivíduo, causando a degradação da saúde mental e física do colaborador.
Para tanto, Silva (2010, p.22) elenca os principais reflexos do estresse
ocupacional no indivíduo, sendo:

Nesse sentido, pode-se entender como as principais síndromes e doenças


associadas e/ ou provocadas pelo estresse ocupacional as somatizações,
15

fadiga, distúrbios do sono, depressão, síndrome do pânico, síndrome de


Burnout, síndrome residual pós-traumática, quadros neuróticos
póstraumáticos, síndromes paranóides, além de alguns distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) ou lesões por esforços
repetitivos (LER), transtornos psicossomáticos, síndromes de insensibilidade,
alcoolismo, uso de outras drogas ilícitas e outros.

Não obstante os reflexos no próprio indivíduo, quando o trabalho é realizado


em um âmbito organizacional, ou seja, envolve outros indivíduos, a presença de
fatores estressantes impacta não somente o individual, mas a coletividade, bem como
os resultados organizacionais esperados (CUNHA, 2016).
Ora, pois, se um enfermeiro se mantém em um nível de estresse negativo, por
lógica o seu rendimento reduz, sua vontade de busca de novas tomadas de decisões
e rendimento. Em larga escala, o estresse pode afetar um setor inteiro, fazendo com
que o rendimento total deste despenque (LLAPA-RODRIGUEZ, et. al., 2018).
Mister ressaltar ainda, sobre a Síndrome de Burnout a qual pode ser entendida
como:

[...] o resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com


determinadas situações de estresse. Enquanto que o estresse ocupacional é
um esgotamento diverso que interfere na vida pessoal e profissional do
indivíduo, a síndrome de Burnout trata-se de um quadro clínico mental
extremo de estresse ocupacional. (SILVA, 2010 apud RAMOS, 2014, p.19)

A Síndrome de Burnout perante os profissionais da enfermagem, se mostra


bastante presente e um risco aos mesmos, sendo considerada uma epidemia entre
os trabalhadores que lidam com pessoas, apresentando uma alta incidência, ao ponto
de ser vista como uma questão de saúde pública e sendo considerada como um dos
“agravos ocupacionais de caráter psicossocial mais importante na sociedade atual por
se tratar de um sério processo de deterioração da qualidade de vida do trabalhador,
tendo em vista suas graves implicações para a saúde física e mental” (BATISTA;
BIANCHI, 2013 apud RAMOS, 2014, p. 19)
Complementa ainda Llapa-RodriguezI et. al. (2018, p.2) que:

Devido ao estatuto laboral sui generis, com o passar dos anos, o serviço
desempenhado pela enfermagem desencadeia sinais e sintomas de doenças
ocupacionais. Estes afetam enfermeiros, técnicos e auxiliares de
enfermagem alterando sua capacidade de trabalho e propiciando o
surgimento de exaustão emocional, irritabilidade, síndrome da fadiga crônica,
distúrbios do sono, transtornos depressivos, síndrome de esgotamento
profissional e estresse ocupacional.
16

Nesse sentido, Chiavenato (2005 apud CUNHA, 2016, p.9) expõe os principais
impactos do estresse no ambiente organizacional, sendo:

a) Custos de assistência médica: o estresse provoca impacto sobre a saúde


e bem-estar das pessoas. As organizações arcam com grande parte dos
custos de assistência médico-hospitalar de seus empregados. Além de
pagarem assistência médica e hospitalar, as organizações estão sujeitas à
responsabilidade por provocarem enfermidades associadas ao estresse. As
pesquisas revelam forte relação entre o estresse e perturbações mentais.
b) Absenteísmo e rotatividade: a insatisfação e o estresse também geram
custos indiretos para a organização, como o absenteísmo e a rotatividade. A
insatisfação é uma das principais causas do absenteísmo, que provoca um
custo organizacional muito alto. A insatisfação também acelera a rotatividade
organizacional, reduzindo assim, a produtividade do pessoal remanescente
porque também impacta as pessoas que permanecem na empresa. Quando
as pessoas saem da empresa, esta perde o investimento feito no
desenvolvimento dos empregados ao longo do tempo.
c) Baixo compromisso organizacional: o grau com que as pessoas se
identificam com a organização que as emprega declina em decorrência da
insatisfação e estresse. Violência no local de trabalho: grande parte da
violência que envolve os membros de uma organização é desencadeada por
níveis extremos de insatisfação e estresse.
d) Baixo desempenho: o desempenho pobre ou abaixo do normal significa
geralmente, uma discrepância ou desvio em relação às expectativas. Boa
parte dos problemas de desempenho está relacionada com o estresse e suas
implicações no trabalho.

Assim, é de se perceber que o estresse na vida cotidiana vai apenas de um


leve enfretamento de situações adversas, mas sim um processo de reação do corpo
a situações que o tiram de sua inercia e comodidade, na medida em que o estresse
pode ser tanto positivo quanto negativo, sendo que o ponto positivo abarca a
superação do corpo a uma nova adversidade, enquanto seu aspecto negativo está
intimamente ligado a deterioração do corpo, a depender de como o agente estressor
se comporta e a reação de cada organismo (PRADO, 2016).
17

4 METODOLOGIA

No tocante ao procedimento metodológico, utilizou-se pesquisa bibliográfica


descritiva e qualitativa, valendo de livros, dissertações, artigos científicos, bem como
legislação e normas pertinentes inerente à temática.
No que refere às legislações e normas utilizadas, todas pertencem ao cenário
jurídico-brasileiro e estão em vigor, sendo o Decreto nº 7.602, de 07 de novembro de
2011, Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998 e a
Portaria nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde, ainda, as
Convenções nº 197, de 15 de junho de 2006 e nº 155, de 22 de junho de 1981, ambas
oriundas das convenções de Geneva da International Labour Organization, sendo que
as legislações nacionais tiveram como base o site oficial do Planalto e as convenções
internacionais do site oficial da Organização Internacional do trabalho, para a
realização das referidas consultas e citações.
As demais referências foram obtidas por buscas da plataforma Scientific
Electronic Library Online (Scielo) no que tange a questões conceituais, valendo-se do
banco de dados dos últimos 15 anos, haja vista que tais concepções formadas pela
academia, são a base até os momentos atuais, utilizando as palavras-chave,
enfermagem, estresse, ambiente de trabalho, fatores estressantes, com a finalidade
de proporcionar melhores e mais precisas informações sobre o tema.
Ainda, tem-se que os dados foram organizados utilizando os softwares Word
e Excel Office, bem como as tabelas e gráficos contidos no corpo deste trabalho.
18

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para essa pesquisa, foi apresentado discussão acerca dos profissionais da


enfermagem que laboram nos setores de emergência e urgência e suas
peculiaridades, sendo que logo em seguida foi apresentado acerca do estresse como
um todo, levando em conta as peculiaridades do trabalho de enfermagem em urgência
e emergência, seguindo então para a relação de tal labor e o estresse.
Para efeitos desse trabalho, sabendo que o termo estresse possui duas
abordagens, a saber, eustresse e distresse, adotou-se, portanto, o ponto de agente
negativo (distresse)
Um dos pontos inerentes ao estresse é que este é comumente relacionado ao
instituto do trabalho, pois, uma das maiores buscas do capitalismo é a busca pela
produtividade do trabalho com o menor custo possível, sendo que, muitas vezes o
custo da manutenção e promoção da saúde física e mental do trabalhador é retirada
para o investimento na produção, ou seja, “o estresse está se tornando um problema
cada vez maior nas organizações, tendo como algumas causas a falta de tempo para
concluir os serviços e a necessidade de realizar muitas tarefas diferentes ao mesmo
tempo” (HENZ, 2013, p.1 apud SILVA; SALLES, 2016, p.237).
No âmbito trabalhista, Dejours (1987 apud SILVA, 2010, p.16) diz que “pode-
se entender estresse associado ao trabalho como um conjunto de perturbações
psicológicas ou sofrimento psíquico, associado às experiências de trabalho,
desencadeando o chamado estresse ocupacional”.
Noutro plano, Cooper (1993 apud SILVA, 2010, p.16) leciona que o estresse
ocupacional é “um problema de natureza perceptiva, resultante da incapacidade em
lidar com as fontes de pressão no trabalho, tendo como consequências, problema na
saúde física, mental e na satisfação no trabalho, afetando não só o indivíduo como as
organizações”.
Percebe-se que o estresse ocupacional está relacionado com o conflito na
busca pela conquista de rendimento profissional e a demanda dos empregadores em
ter colaboradores que seja “criativo, que saiba compreender processos e incorporar
novas ideias, tenha velocidade mental, saiba trabalhar em equipe, tome decisões,
incorpore e assume responsabilidades, tenha autoestima, sociabilidade e atue como
cidadão” (GOHN, 1999, p.95 apud SILVA, SALLES, 2016, p.238).
19

Na literatura pertinente acerca da temática Rout e Rout (2002 apud Martins,


2011 apud SILVA, SALLES, 2016, p.239) apresentam os fatores que causam as
reações do estresse podem ser divididos em seis grupos, sendo eles:

1. Fatores intrínsecos ao trabalho: envolvem condições inadequadas de


trabalho, turno, carga horária, remuneração, viagens, riscos, nova tecnologia
e quantidade de trabalho;
2. Estressores relacionados ao papel no trabalho: envolvem tarefas
ambíguas, conflitos na execução de tarefas e grau de responsabilidade;
3. Relações no trabalho: envolvem relações difíceis com o chefe, colegas,
clientes e
subordinados;
4. Estressores da carreira: envolvem falta de perspectiva de
desenvolvimento, insegurança devido a reorganizações funcionais ou crises
que afetam o emprego;
5. Estrutura organizacional: envolve falta de participação em decisões, estilos
problemáticos de gerenciamento e pobre comunicação no trabalho;
6. Interface trabalho-casa: envolve os problemas que surgem da relação de
conflito entre as exigências do trabalho e familiares.

Ainda, em complemento, conforme explicitado anteriormente, o ambiente


laboral dos enfermeiros dos setores de emergência e urgência, é caracterizado por
condições peculiares, que diferem de outros setores da saúde.
Dentro de um contexto geral, a academia se preocupou em tentar entender os
principais fatores e/motivos que originassem a presença do estresse, sendo que para
tanto, nos momentos que seguem, será apresentado um compilado de artigos
selecionados que lidam com a temática relacionada ao estresse e os profissionais da
saúde, vejamos:

Quadro 1 - Artigos sobre estresse e seus autores


TÍTULO DOS ARTIGOS AUTORES
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO, 2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Fatores contribuintes para estresse na urgência e emergência em tempos NETO, 2020
de pandemia do COVID-19: o enfermeiro em foco.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO, 2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
20

Stress na equipe de enfermagem da urgência e emergência: a acupuntura VILLELA;


como estratégia de cuidado. SANTIAGO, 2015
Absenteísmo na equipe de enfermagem em serviços de emergência: FERRO, 2018
implicações na assistência.
Serviço de emergência hospitalar SUS: fluxos de atendimento a pacientes BRANCO, 2020
suspeitos ou confirmados para COVID-19.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Nível de complexidade assistencial e dimensionamento de enfermagem no CASAROLLI, 2015
Pronto-Socorro de um hospital público.
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO, 2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Estresse ocupacional em profissionais de enfermagem que atuam em AZEVEDO, 2018
unidades de urgência e emergência.
Fatores contribuintes para estresse na urgência e emergência em tempos NETO, 2020
de pandemia do COVID-19: o enfermeiro em foco.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO,2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Absenteísmo na equipe de enfermagem em serviços de emergência: FERRO, 2018
implicações na assistência.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Equipe de enfermagem de emergência: riscos ocupacionais e medidas de MARTINS, 2014
autoproteção.
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO, 2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Absenteísmo na equipe de enfermagem em serviços de emergência: FERRO, 2018
implicações na assistência.
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO, 2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Dificuldades do enfermeiro no gerenciamento da unidade de pronto socorro BUGS, 2017
hospitalar.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Estresse do enfermeiro no setor de urgência e emergência. FREITAS, 2015
Dificuldades do enfermeiro no gerenciamento da unidade de pronto socorro BUGS, 2017
hospitalar.
21

Boas práticas de liderança do enfermeiro no contexto hospitalar. IGNACIO, 2021


O olhar de enfermeiros assistenciais frente a implantação do programa Lean SANTOS, 2021
nas emergências hospitalares.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Dificuldades do enfermeiro no gerenciamento da unidade de pronto socorro BUGS, 2017
hospitalar.
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Produzir saúde suscita adoecimento? As contradições do trabalho em ROSADO,2015
hospitais públicos de urgência e emergência.
Dificuldades do enfermeiro no gerenciamento da unidade de pronto socorro BUGS, 2017
hospitalar.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Equipe de enfermagem de emergência: riscos ocupacionais e medidas de MARTINS, 2014
autoproteção.
Estresse ocupacional em profissionais de enfermagem que atuam em AZEVEDO, 2018
unidades de urgência e emergência.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Absenteísmo na equipe de enfermagem em serviços de emergência: FERRO, 2018
implicações na assistência.
Serviço de emergência hospitalar SUS: fluxos de atendimento a pacientes BRANCO, 2020
suspeitos ou confirmados para COVID-19.
Boas práticas de liderança do enfermeiro no contexto hospitalar. IGNACIO, 2021
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
A liderança exemplar na perspectiva de enfermeiros do atendimento pré- GRIVOL, 2020
hospitalar: estudo descritivo.
Boas práticas de liderança do enfermeiro no contexto hospitalar. IGNACIO, 2021
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Estresse ocupacional em profissionais de enfermagem que atuam em AZEVEDO, 2018
unidades de urgência e emergência.
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
22

Nível de complexidade assistencial e dimensionamento de enfermagem no CASAROLLI, 2015


Pronto-Socorro de um hospital público.
O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. STACCIARINI, 2001
Estresse dos profissionais de saúde nas unidades hospitalares de MELO, 2013
atendimento em urgência e emergência.
Absenteísmo na equipe de enfermagem em serviços de emergência: FERRO, 2018
implicações na assistência.
Fonte: dados da pesquisa

Seguindo nessa linha, é de se perceber a vastidão de questões inerentes ao


estresse laboral vivenciados pelos profissionais da saúde, o qual abre espaço para
diversas problemáticas.
Para tanto, é necessário abrir espaço para realizar uma análise mais
aprofundada e questionar os principais fatores que originam o estresse perante os
profissionais da área da saúde, no contexto hospitalar e em relação a equipe de
enfermagem em si, bem como as suas desenvolturas, pelo quadro e gráfico abaixo, é
possível verificar os principais motivos e as relações de menções pelos referidos
autores, vejamos:

Quadro 2 - Relação entre fatores/motivos de estresse, quantidade de menções e percentual


representativo
Fatores/Motivos Quantidade de menções Percentual
Número reduzido e/ou falta de funcionários 3 5.5%
Ambiente e/ou estruturas físicas inadequadas 6 10.9%
Carga de trabalho excessiva e/ou prolongadas horas de
6 10.9%
trabalho
Defasagem salarial e/ou questões de remuneração --- ---
Materiais e equipamentos em condições precárias e/ou
4 7.3%
insuficientes
Superlotação e/ou falta de leitos hospitalares 2 3.6%
Sobrecarga de trabalho e/ou ritmo acelerado, exaustivo e
6 10.9%
tenso
Carga emocional e/ou contato com sofrimento e morte 2 3.6%
Trabalhos em turnos e/ou dupla jornada de trabalho 3 5.5%
Exposição a agressões físicas e verbais e/ou
4 7.3%
relacionamento com os pacientes e acompanhantes
Comunicação ineficaz e/ou relações interpessoais 3 5.5%
Mudança do fluxo assistencial em decorrência à pandemia 2 3.6%
0
1
2
3
4
5
6
Número reduzido e/ou falta de funcionários

5.5%
profissional
Ambiente e/ou estruturas físicas inadequadas
poder de decisão

Carga de trabalho excessiva e/ou prolongadas horas


de trabalho

10.9% 10.9%
do papel profissional
Defasagem salarial e/ou questões de remuneração

5.5%
assistenciais desnecessárias

Materiais e equipamentos em condições precárias

7.3%
e/ou insuficientes

Superlotação e/ou falta de leitos hospitalares

3.6%
Sobrecarga de trabalho e/ou ritmo acelerado,
exaustivo e tenso

10.9%
Carga emocional e/ou contato com sofrimento e morte

3.6%
Trabalhos em turnos e/ou dupla jornada de trabalho
anteriores e apresentado no gráfico 1, a seguir.
Ser rigoroso consigo mesmo para liderar sua equipe e/ou

Déficit de recursos humanos e/ou falta de reconhecimento


Utilização inadequada da atenção terciária e/ou indefinição
Descontentamento com o trabalho e/ou cobranças

Exposição a agressões físicas e verbais e/ou


relacionamento com os pacientes e acompanhantes
Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 1 - Fatores estressantes

Comunicação ineficaz e/ou relações interpessoais

5.5% 5.5% 5.5%


Mudança do fluxo assistencial em decorrência à

3.6%
pandemia
3
2
3
3

Ser rigoroso consigo mesmo para liderar sua equipe


e/ou poder de decisão 5.5%
Descontentamento com o trabalho e/ou cobranças
assistenciais desnecessárias

Utilização inadequada da atenção terciária e/ou


3.6% 3.6%
indefinição do papel profissional

Déficit de recursos humanos e/ou falta de


5.5%
3.6%
5.5%
5.5%

5.5%

reconhecimento profissional
entre as quantidades de menções e os fatores estressantes, pautado nos quadros
23

Em complemento, para uma melhor análise, há de se acrescentar uma relação


24

De largada, o gráfico supra relaciona dezesseis espécies de fatores


estressantes e a quantidade de vezes em que são mencionados nas obras citadas
nos quadros 1 e 2, sendo que através da leitura do mesmo, tem-se que a sobrecarga
de trabalho e/ou ritmo acelerado, exaustivo e tenso, ainda, o ambiente e/ou estruturas
físicas inadequadas, bem como carga de trabalho excessiva e/ou prolongadas horas
de trabalho, ocupam 32,7% do percentual total, sendo, 10,9% cada, estando estes
fatores no topo de menções.
Velt et. al., 2018 e Bezerra, Silva e Ramos, 2012 (apud FERRO et. al., 2018,
p.400) expressam que:

Os serviços de UE funcionam como “portas abertas”, e enfrentam sérios


problemas de funcionamento, como: estrutura física precária, tecnologia
insuficiente, déficit de equipamentos e materiais, Recursos Humanos (RH)
escassos, além de situações relacionadas à rotina de trabalho,
relacionamento interpessoal e clima de competitividade, o que pode
ocasionar estresse ocupacional e interferir no desempenho do trabalho
prestado.

Em suas pesquisas Medeiros Neto et. al. (2020, p.8) expressam que “os
profissionais de enfermagem estão rotineiramente submetidos a tensão e ao estresse
devido a longas horas de trabalho, sendo um fator que contribuir muito para a
promoção do estresse ocupacional”.
Em continuação, com quatro menções, os fatores inerentes à materiais e
equipamentos em condições precárias e/ou insuficientes, exposição a agressões
físicas e verbais e/ou relacionamento com os pacientes e acompanhantes, estando
relacionados a 7,3% cada.
Seguindo nessas linhas McAdam et. al. (2012 apud TRETTENE, 2016)
expressam que a exposição à agressões físicas e verbais, bem como ter que lidar
com os pacientes e acompanhantes, se mostra como um fator estressante bem
comum na vida do enfermeiro, ao passo em que faz parte da rotina dar assistência
aos familiares, estes que por sua vez se mostram hostis e em elevado nível de
estresse.
O número reduzido e/ou falta de funcionados, carga de trabalho excessiva e/ou
prolongadas horas de trabalho, trabalhos em turnos e/ou dupla jornada de trabalho,
comunicação ineficaz e/ou relações interpessoais, ser rigoroso consigo mesmo para
liderar sua equipe e/ou poder de decisão, descontentamento com o trabalho e/ou
25

cobranças assistenciais desnecessárias e déficit de recursos humanos e/ou falta de


reconhecimento profissional, são fatores que acabam por serem mencionados três
vezes por diferentes autores, sendo estes ocupando o percentual de 5,5% cada.
Ferro et. al. (2018) relatam que a ausência de profissionais da enfermagem
mostra como um problema comum e grave perante a saúde, não somente brasileira,
mas em um nível mundial, sendo que tal afeta diretamente a qualidade dos serviços
prestados e a sobrecarga sobre os demais membros da equipe.
Ainda, em suas pesquisas Ferro et. al. (2018), obtiveram dos entrevistados o
questionamento acerca da ausência de reconhecimento, benefícios e valoração, que
isso acaba acarretando fatores estressantes.
Em complemento, Grivol et. al. (2020) relatam que aos profissionais que lidam
com os serviços de urgência e emergência, em especial, os que ocupam cargo de
liderança nesta área estão propensos a realizar uma autoavaliação dinâmica, visto
que liderar pessoas é uma tarefa complexa, demandando manejo ao lidar com valores
humanos, sentimentos, direitos e deveres e, portanto, requerendo que os profissionais
inseridos no setor sejam rigorosos consigo mesmos.
São relacionados e mencionados duas vezes pelos autores, a superlotação
e/ou falta de leitos hospitalares, carga emocional e/ou contato com sofrimento e morte,
mudança de fluxo assistencial em decorrência à pandemia e utilização inadequada da
atenção terciária e/ou indefinição do papel profissional, são tidas como causas em
3,6% dos artigos estudados.
Nas pesquisas de Llapa-Rodriguez et. al. (2018), estes perceberam que a
questões referentes a escassez de tempo para a realização das atividades de
assistência, bem como outros fatores, tal como o elevado número de pacientes,
redução expressiva de recursos humanos e a sobrecarga de trabalho, se
correlacionam a redução dos prazos para o cumprimento das ações, o que por sua
vez, podem acabar comprometendo a qualidade dos serviços prestados e
consequentemente, leva o profissional da enfermagem à exaustão física e mental,
frente a tais adversidades que são se somando numa sequência lógica, uma fator leva
ao outro.
Conforme expressam Bezerra, Silva e Ramos (2012 apud TRETTENE, 2016,
p.246), há diversos fatores ocupacionais que expõe os enfermeiros que atuam na
urgência e emergência ao estresse, sendo: “[...] escassez de recursos humanos, recursos
materiais e instalações físicas inadequadas, carga horária de trabalho, plantões noturnos,
26

interface trabalho-lar, relacionamentos interpessoais, trabalhar em clima de competitividade


e distanciamento entre teoria e prática.”
Sokolski, Vandresen e Senff (2019) ainda expõe que um dos desafios
enfrentados nos setores de urgência e emergência é no que diz a respeito da grande
procura de pacientes que poderiam ser atendidos em unidades básicas de saúde,
pois, como o próprio nome sugere, os serviços são destinados a casos reais de
emergência e urgência, sendo que, ainda complementam com as altas complexidades
que as doenças apresentam e que devido à demora de transferência de pacientes,
seja de um hospital para outro ou de uma área para outra, acaba por super lotar
determinadas áreas dos hospitais, resultando na ausência de condições necessárias
para o atendimento.

Toda essa superlotação de pacientes resulta em algumas dificuldades vividas


pelos profissionais, como o estresse relacionado à sobrecarga de trabalho,
ao grande número de pacientes, reclamações, afazeres e a pouca quantidade
de profissionais para realização dos atendimentos.
[...]
O serviço de emergência é considerado um setor muito estressante,
ocasionando desgaste físico e mental dos trabalhadores, com efeitos
prejudiciais na saúde dos mesmos. (GARÇON, 2019; GOMES, 2013 apud
SOKOLSKI; VANDRESEN; SENFF, 2019, p.209)

Melo et. al. (2013), acrescenta que “os profissionais da enfermagem que estão
lotados nos setores de emergência e urgência são vencedores quando se fala em
estresse, pois estão ligados diretamente à doença, a dor e a morte”, sendo ainda que,
os mesmos não somente se desgastam pela alta demanda de carga de trabalho, mas
também pelas questões inerentes às tarefas árduas que tem desempenhar, em razão
dos cuidados e peculiaridades dos pacientes (SALOMÉ; MARTINS; ESPÓSITO, 2009
apud MELO et. al., 2013).
Os estudos mostram que estresse ocupacional “emerge no campo da saúde
como um problema real entre os profissionais de enfermagem, devido a característica
exaustiva do trabalho e as diversas atribuições desenvolvidas por estes profissionais”
(LLAPA-RODRIGUEZI et. al., 2018, p.2-3).
Neste contexto, percebe-se as consequências existentes no estresse quando
atinge a coletividade, pois, quando o agente estressante ultrapassa o mecanismo de
contenção, a produtividade é afeada negativamente, prazos começam a seres
perdidos, o ambiente de trabalho passa a ser hostil, há a ocorrência de baixo esforço
e empobrecimento no relacionamento entre os colaboradores (CUNHA, 2016).
27

5 BUSCA PELA MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DO ESTRESSE

Como exposto anteriormente, o estresse pode afetar profundamente não


somente o indivíduo, mas também o ambiente de trabalho, para isso, é necessário
uma contrapartida para minimização dos efeitos do estresse (SILVA; SALLES, 2016).
Já sabido, as condições de trabalho possuem grande influência e são grandes
fontes estressantes, ora, um ambiente insalubre que não possui ventilação, quente,
ausente de ergonomia, como consequência lógica, causará estresse em diversos
níveis em quem estiver laborando naquele local (SILVA; SALLES, 2016).
Na mesma medida, o contrário é verdadeiro, pois, um local de trabalho
totalmente salubre, no qual os colaboradores se sintam bem consigo mesmos, o
desempenho aumentará (SILVA; SALLES, 2016).
Para que o cenário ideal de salubridade no ambiente de trabalho ocorra, é
necessário ter em mente no que tange acerca do clima organizacional, que na
conceituação de SILVA (2013, p.10) que:

O clima organizacional pode ser definido como a qualidade do ambiente que


é percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que
influencia o seu comportamento. É aquela "atmosfera psicológica" que todos
nós percebemos quando entramos num determinado ambiente e que nos faz
sentir mais ou menos à vontade para ali permanecer, interagir e realizar,
também podemos dizer que são as relações existentes neste ambiente que
constrói o clima organizacional, sendo este dependente das ações humanas
e suas relações.

Assim sendo, em havendo um clima organização que promova a saúde física


e mental de seus trabalhadores, como consequência positiva, haverá um maior
desempenho, pois, afirma Rio (1998 apud LIMA, 2018, p.33) que “a redução do
estresse impacta diretamente nos resultados da empresa, o trabalhador evolui seu
desempenho e a produtividade, aumentando também a rentabilidade da empresa”.
Ainda, Lima (2018) afirma que a redução do estresse reflete no aumento da
produtividade, diminuição de casos de afastamento por doenças ocupacionais,
melhora na autoestima e físico dos trabalhadores e a redução de acidentes.
Para tanto, a melhor maneira para lidar com o estresse ocupacional é por meio
da prevenção, ou seja, a busca de medida que evitem agentes estressante no
ambiente, reduzir o estresse e caso ocorra, que os impactos sejam minimizados
(CUNHA, 2016).
28

Não obstante, o estresse ocupacional é espécie no que tange à temática da


segurança e saúde do trabalho, o que por sua vez se mostra como algo preocupante,
sendo que a Segurança do Trabalho é tido como uma ciência que busca a promoção
e proteção da segurança e salubridade do trabalhador no ambiente de trabalho,
sendo, “uma série de medidas técnicas, administrativas, médicas e, sobretudo,
educacionais e comportamentais, empregadas a fim de prevenir acidentes, e eliminar
condições e procedimentos inseguros no ambiente de trabalho” (FERREIRA, 2012,
p.28).
A segurança e saúde ocupacional, é tido como uma preocupação, não somente
no âmbito nacional, mas também como algo alarmante em níveis internacionais,
sendo que internacionalmente, se exterioriza por meio da Organização Internacional
do Trabalho, à qual é uma das agência da Organização das Nações Unidas (ONU)
que busca promover a justiça social, possuindo uma estrutura tripartite, na qual há
representação de governos, organizações de empregadores e trabalhadores de 183
Estados-membros (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2020).
Dentre as centenas de convenções, recomendações e protocolos, em materia
inerente a esta pesquisa, inicialmente merece a Convenção nº 155 Convenção sobre
a segurança, a saúde dos trabalhadores e o ambiente de trabalho.

ARTIGO 4
1 - Qualquer membro deverá, à luz das condições e da prática nacionais e
em consulta com as organizações de empregadores e trabalhadores mais
representativas, definir, pôr em prática e reexaminar periodicamente uma
política nacional coerente em matéria de segurança, saúde dos trabalhadores
e ambiente de trabalho.
2 - Essa política terá como objetivo a prevenção dos acidentes e dos perigos
para a saúde resultantes do trabalho quer estejam relacionados com o
trabalho quer ocorram durante o trabalho, reduzindo ao mínimo as causas
dos riscos inerentes ao ambiente de trabalho, na medida em que isso for
razoável e praticamente realizável. (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 1981, p.1)

Merece menção também a o artigo 5 da Recomendação nº 197 de 2006, a qual


traz consigo diretrizes para um sistema nacional em relação à saúde e segurança no
trabalho.

5. Ao promover uma cultura nacional preventiva de segurança e saúde,


conforme definido no artigo 1 (d) da Convenção, os Membros devem
procurar: (a) aumentar a conscientização do público e do local de trabalho
sobre segurança e saúde no trabalho por meio de campanhas nacionais
vinculadas, quando apropriado; (b) promover mecanismos para a oferta de
educação e treinamento em segurança e saúde no trabalho, em particular
29

para a gerência, supervisores, trabalhadores e seus representantes e


funcionários do governo responsáveis pela segurança e saúde; (c) introduzir
conceitos de segurança e saúde ocupacional e, quando apropriado,
competências, em programas de educação e treinamento profissional; (d)
facilitar o intercâmbio de estatísticas e dados de segurança e saúde
ocupacional entre autoridades relevantes, empregadores, trabalhadores e
seus representantes; (e) fornecer informações e conselhos aos
empregadores e trabalhadores e suas respectivas organizações e promover
ou facilitar a cooperação entre eles, com vistas a eliminar ou minimizar, na
medida do possível, os perigos e riscos relacionados ao trabalho; (f)
promover, no local de trabalho, o estabelecimento de políticas de segurança
e saúde e comitês conjuntos de segurança e saúde e a designação de
representantes de segurança e saúde ocupacional dos trabalhadores, de
acordo com as leis e práticas nacionais; e (g) abordar as restrições de
microempresas e pequenas e médias empresas e contratados na
implementação de políticas e regulamentos de segurança e saúde
ocupacional, de acordo com as leis e práticas nacionais. (INTERNATIONAL
LABOUR ORGANIZATION, 2006, p.1)

Desta forma, é de se perceber que a International Labour Organization possui


papel fundamental no que tange à matéria de saúde e segurança do trabalho, para
tanto, não cabe neste trabalho elencar todas as convenções, recomendações e
protocolos, pois se trata de uma longa lista elaborada em mais de um século de
grandes esforços.
Quando se trata sobre a segurança e a salubridade ocupacional em âmbito
nacional, é primordial, antes de mais nada, consultar os ditames Constitucionais, pois,
na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 há preceitos de segurança
e saúde no trabalho.
Os legisladores constituintes originários, na elaboração da Constituição Federal
de 1988, deixaram de forma explicita no art. 7º, XXII, que é direito dos trabalhadores,
sejam eles, urbanos ou rurais, a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio
de normas de saúde, higiene e segurança” (BRASIL, 1988, p.3).
A legislação brasileira busca a implementação de políticas que visam
justamente a qualidade de vida do trabalhador, sendo que por meio do Decreto nº
7.602, de 07 de novembro de 2011, foi instituída a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho, na qual em suas diretrizes constam:

DIRETRIZES
IV - As ações no âmbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se de acordo com as
seguintes diretrizes:
a)inclusão de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de
promoção e proteção da saúde;
30

b)harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção,


proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do
trabalhador;
c)adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco;
d)estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador;
e)promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da
segurança e saúde nos locais de trabalho;
f)reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no
trabalho e o estímulo à capacitação e à educação continuada de
trabalhadores; e
g)promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e
saúde no trabalho. (BRASIL, 2021)

Assim sendo, o enfrentamento ao estresse no local de trabalho possui como


objetivo intrínseco a minimização ou moderação dos efeitos sobre o bem estar
psicológico e físico do indivíduo e uma congruência coletiva, buscando um ambiente
salubre (SILVA; SALLES, 2016).
Seguindo nesse diapasão, quando se busca melhorias, realmente expressivas
e que se sustentem, no ambiente de trabalho, especialmente no que tange aos
agentes estressores SILVA, 2013, p.13) diz que é necessário:

[...] investir em programas práticos capazes de intervir no que acontece "da


pele para dentro" das pessoas, e que, portanto, não se limitem a oferecer
apenas teorias, modelos e conceitos. Programas estruturados, que priorizem
a otimização dos comportamentos produtivos através da redução de estresse
e reatividade, bem como do aumento do discernimento e do bem-estar do
colaborador.

A busca pela minimização dos fatores estressantes exige a necessidade de


atuação de uma gestão mais presente, formulando políticas que venham atuar na
tomada de decisões a partir das informações coletadas acerca dos aspectos
geradores de estresse, sendo que é de se destacar ainda, a importância de
desenvolver intervenções educativas no ambiente de trabalho. “Essas ações podem
ajudar os profissionais de saúde a desenvolver habilidades pessoais em lidar com as
condições críticas características do seu trabalho e capacitá-los a reconhecer
potenciais fatores de risco, que favorecem o estresse ocupacional” (MASIERO et. al.,
2018 apud CARVALHO et. al., 2019, p.5).
Carvalho et. al. (2019) ainda evidenciam ainda mais em suas pesquisas a
necessidade de uma gestão com uma cultura voltada na identificação dos agentes
estressores, na medida em que tal pode reduzir os problemas e contribuir para a
qualidade de vida dos enfermeiros, sendo que a falta de controle de tais fatores
estressores podem ter implicações cruciais, não somente no colaborador em si, mas
31

também na relação paciente-profissional da saúde e nas questões inerentes a erros


clínicos.
Em complemento, acerca da necessidade de uma gerência com cuidados no
estresse ocupacional, Llapa-Rodriguez et. al. (2018, p.4) em suas pesquisas conclui
que:

Frente aos resultados, é preciso criar estratégias gerenciais que possibilitem


mitigar os efeitos estressantes causados pelos fatores analisados, tais como:
adequação do quantitativo profissional, implementação de melhorias nas
ações de gerenciamento, distribuição adequada da escala de serviço,
comunicação efetiva entre as equipes, melhoria das condições de trabalho e
educação continuada.

Noutro giro, o estresse ocupacional está relacionado ao bem-estar do


trabalhador em suas condições de trabalho, sendo que o termo “bem-estar” pode ser
entendido como a “prevalência de emoções positivas e a percepção que o indivíduo
desenvolva e expresse suas habilidades, potenciais e alcance suas metas de vida.
Esse conceito inclui tantos os aspectos afetivos quanto cognitivos” (PASCHOAL;
TAMAYO, 2008 apud SILVEIRA, 2019, p.25).
Não obstante, há de se relevar a peculiaridade dos serviços prestados pelos
profissionais da enfermagem, na medida em que seus trabalhos são centrados em
cuidados holísticos dos indivíduos e sua família, o que por sua vez implica em altos
níveis de complexidade e exigência, sendo que quando se preocupa com o bem-estar
dos referidos profissionais com o desenvolvimento de estratégias que promovam
felicidade, satisfação, motivação e contribui para um melhor engajamento da equipe
e, consequentemente, uma melhora da assistência prestada (PRESTES et al., 2010;
COELHO; SILVA; MOREIRA, 2017 apud SILVEIRA, 2019, p.25).
Carvalho et. al. (2019, p.5) apresentam ainda que:

Como forma de minimizar os fatores estressores, destaca-se as discussões


com colegas, especialmente, quando elas são organizadas imediatamente
após um evento estressante, caracterizado como o apoio em curto prazo.
Também é importante organizar sessões programadas onde casos
estressantes possam ser discutidos regularmente.

Diversas pesquisas apontam a enfermagem como sendo uma profissão que se


correlaciona com o estresse ocupacional, sendo um risco, na medida em que sofre
diversas influências ocasionadas tanto pela organização do trabalho em si, quanto
pelo processo deste, sendo ainda, que as pesquisas ainda mostram a necessidade
32

de, não somente atuação, mas também de constante adequação dos recursos
humanos, com finalidade de evitar que os profissionais da enfermagem sejam
expostos a tais agentes estressores, na qualidade e quantidade ordinárias (LLAPA-
RODRIGUEZ et. al., 2018)
33

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalmente, avançando para os momentos finais, cumpre relembrar a


problemática a qual este trabalho se propôs debruçar, sendo: quais são as estratégias
de prevenção e diminuição do estresse no trabalho dos enfermeiros de unidade de
urgência e emergência?
Para tanto, visando apresentar as respostas para o referido questionamento, o
presente trabalho realizou uma linha lógica até chegar ao cerne da questão, ao passo
em que primeiro foi necessário entender as concepções gerais acerca da rotina
hospitalar dos profissionais da enfermagem nos setores de urgência e emergência,
sendo que nessa esteira, foi possível perceber que a atuação de tais profissionais,
movimentam a grande engrenagem do sistema de saúde, e a atuação nas urgências
e emergências envolvem rotinas, abordagens e pactos totalmente ímpares. Para
tanto, a emergência é compreendida como risco imediato à vida ou de lesões
irreparáveis, enquanto a urgência, são resultados de acidentes pessoais ou
complicações no processo gestacional.
Seguindo nesse diapasão, buscando adentrar ao cerne da questão, foi
necessário seguir a esteira lógica para primeiro compreender o fenômeno do estresse
no contexto geral, sendo que a partir dos esforços realizados foi possível elaborar um
entendimento próprio, no sentido de que o estresse, trata-se de uma resposta natural
dos seres vivos em relação ao ambiente em que convive, bem como consigo próprio,
perante situações das quais os mesmos vivenciam e os obriga a sair do estado de
inercia ou de comodidade, fazendo com que ocorra uma reação de fuga ou
enfrentamento do agente causador do estresse, sendo que o mesmo pode advir de
diversos fatores, podendo o estresse possuir aspectos positivos e negativos perante
o ser.
Noutro giro, abarcando tanto a rotina hospitalar dos enfermeiros na urgência e
emergência, bem como o estresse como intempere na vida, foi possível perceber que
o exercício de tal profissão e suas características expõe os trabalhadores à fatores
estressantes, tais como, número reduzido de e/ou falta de funcionários, carga de
trabalho excessiva, sobrecarga de trabalho, carga emocional, lidar com familiares e
amigos dos pacientes que se encontram hostis, entre outros.
Por conta de estarem expostos a diversos fatores estressantes, tais acabam
por afetar negativamente a saúde física e mental dos enfermeiros, bem como afeta
34

indiretamente seus rendimentos na prestação dos serviços sendo que tais estresse
ocupacional podem se somar, causando distúrbios do sono, depressão, síndrome do
pânico, síndrome de Burnout, desenvolvimento de lesões por esforços repetitivos,
tendência ao alcoolismo e uso de drogas ilícitas.
Em avanços, buscando responder a questão problema foi possível constatar
que no que tange a questões relacionadas à segurança e saúde do trabalhador,
inicialmente, o cenário jurídico-brasileiro possui enorme preocupação com tais, pois,
tanto há a presença de legislações e normas regulamentadoras sobre tais temáticas,
sendo que em complemento, as empresas têm adotado cada vez mais uma postura
humanista e procurado trazer para si uma culta organizacional voltada para o
colaborador, buscando e implementando medidas para reduzir e até eliminar a
exposição do colaborador ao agente estressante.
Por fim, por meio deste estudo, a análise dos fatores relacionados ao estresse
ocupacional dos enfermeiros nos setores de urgência e emergência, mostram a
pertinência da temática, bem como a necessidade de acompanhamento, não somente
das condições de trabalho, mas também a saúde dos referidos profissionais, ainda, o
desenvolvimento de estratégias, ampliação de pesquisas na área e incentivo a
melhorias por partes das empresas e órgãos governamentais, pois, apesar de já haver
movimentos em direção à melhorias dos problemas, estes ainda se mostram muito
presentes no cotidiano do trabalho da enfermagem na urgência e emergência.
35

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