Você está na página 1de 15

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUÇÃO E EXTENSÃO FAVENI

ENFERMAGEM DO TRABALHO

MARIA PATRÍCIA SANTANA ANDRADE SILVA

O ENFERMEIRO DO TRABALHO E A REDUÇÃO DE RISCOS


OCUPACIONAIS

ARACAJU/SE
2021
2

O ENFERMEIRO DO TRABALHO E A REDUÇÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de
forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos,
e assumindo total responsabilidade, caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.
(Consulte a 3ª cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO – O Enfermeiro do trabalho está sujeito a vários riscos que provem do ambiente de trabalho, tais
como os ambientes físicos, mentais, riscos de acidentes e doenças ocupacionais e até se submetem à situações
laborais nas quais são inapropriadas. Portanto, foi realizado um levantamento de revisão bibliográfica descritivo
que tem como objetivo descrever as funções da atuação do enfermeiro na saúde do trabalhador com ênfase na
redução de riscos ocupacionais. Mediante a um bom período de análise dos dados obtidos através dos artigos
selecionados, foi notado o campo de atuação do enfermeiro do trabalho e a expansão dentro do mercado de
trabalho, em que é necessário ser ampliado e implementado na políticas sobre a saúde do trabalhador assim
como a valorização e reconhecimento da equipe de enfermagem nas empresas.

Palavras-chave: Enfermagem do Trabalho. Redução. Atuação e Riscos Ocupacionais.

ABSTRACT - The Occupational Nurse is subject to several risks that come from the work environment, such as
physical and mental environments, risks of accidents and occupational diseases and even submit to work
situations in which they are inappropriate. Therefore, a descriptive bibliographic review survey was carried out,
which aims to describe the roles of nurses in occupational health with an emphasis on reducing occupational
risks. Through a good period of analysis of the data obtained through the selected articles, the field of work of
the occupational nurse and the expansion within the labor market was noted, in which it is necessary to be
expanded and implemented in the policies on occupational health as well. as the valuation and recognition of the
nursing team in companies.

Keywords: Nursing work. Reduction. Occupational Performance and Risks.


3

1 INTRODUÇÃO

Segundo Gomes (2007), na época da da II revolução industrial, a


tecnologia teve um avanço que se decorrou de forma rápida que trouxe o
auxílio de novas maquinas e assim também o aprimoramento de equipamentos
de informática que foram devidamentes controlados por empresas de grande
porte multinacionais. Contudo, houve o surgimento da III revolução industrial
que ficou marcada por uma sequência de mundaças, mas que cuminou no
mesmo objetivo da II revolução, os bens lucrativos.
É notado que ainda existem alterções no processo de trabalho que é
decorrente do capitalismo, porém com uma visão de maior produtividade em
um período menor de tempo, diminuindo os gastos e aumentando as
vantagens lucrativas. Entretanto é importante ser notado que a pressão
aumenta, justamente para que haja um lucro maior pelas empresas, onde as
mesmas não se concentram na busca de uma qualidade de vida mais favorável
para os trabalhadores (GOMES, 2007).
No ano de 1919 no Brasil, Gomes (2007) afirma que houve o surgimento
da primeira lei que garantia os direitos aos trabalhadores na indenização que
deveria ser paga pelo empregador em casos que ocorresse um acidente no
meio de trabalho. Para Gomes (2007), houve também uma nova lei que só deu
inicio quatro anos depois da primeira, denominada de “Lei Elói Chaves”, onde
trata a criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões onde logo passou a
ser esntendida para todas as classes de trabalhores das empresas.
Em 1980 foi dado o pontapé para a regulamentação da saúde do
trabalhador no Brasil, tendo inicio uma nova consciência do processo de
saúde-doença e trabalho (PAZ e KAISER, 2011).
Com todos os risco que o enfermeiro do trabalho detêm, dispõe-se
então o mesmo de uma assistência onde é levado em consideração o bem-
estar físico e mental, em que o mesmo deve implantar programas que orientem
e explanem aos trabalhadores quaisquer duvidas e que obtenham de
informações que decresçam os acidentes ocupacionais (CASTRO et al., 2010).
A Norma regulamentadores 32 (NR-32), descreve as situações de
exposições a riscos à saúde do trabalhador tais como as seguintes:

 Riscos biológicos;
 Riscos químicos;
4
 Riscos a radiação ionizante.

Ainda na NR-32, é retratado que a exclusão ou diminuição dos agravos


à saúde do trabalhador está diretamente ligada à sua capacidade de
compreender a importância dos cuidados que se deve ter bem como as
medidade preventivas que devem ser seguindas no ambiente de trabalho. As
más condições de trabalho existentes provocam a perda de capacidade laboral
em sua totalidade assim como os trabalhadores sofrem com as doenças
ocupacionais e até mesmo acidentes de trabalho que podem levar ao
afastamento temporário ou permanente (SCHMIDT, 2004).
Com base em artigos estudados e obtidos no Brasil e no exterior, os
acidentes de trabalho continuam a serem acometidos de forma significativa,
demonstrando que as precauções e as intervenções ainda não superam as
necessidades que garantam as medidas protetivas onde é necessário ser
levado em consideração as estratégias de reflexão a respeito das alterações do
comportamento e os motivos que geram a ocorrência de acidentes nos quais
ainda acontecem e continuam a serem ocorridos (SOUZA, 1999).

2 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento deste trabalho visa abordar os interesses a respeito


da saúde do trabalhador em relação à exposição aos riscos ocupacionais visto
que a boa parte dos acidentes podem ser diminuidas por meio de programas de
coordenações realizadas pelos próprios enfermeiros.
Portanto, o obejtivo geral do trabalho é de demonstrar as abordagens das
atribuições do enfermeiro do trabalho na promoção da saúde, prevenção e
recuperação nos riscos e acidentes ocupacionais, bem como também, ressaltar
as atribuições que o enfermeiro deverá está situado na prevenção contra as
patologias e os riscos ocupacionais que possam vir a surgir.

2.1 HISTÓRICO BÁSICO

A enfermagem é importante para os cuidados humanos assim como


para o crescimento na promoção, prevenção de doenças e acidentes para a
reabilitação da saúde. A área de trabalho está mais larga podendo sair de
áreas hospitalares para campos de pesquisa, empresas, indústrias e usinas ao
qual se diz respeito ao enfermeiro do trabalho (SILVA, 1989).
O enfermeiro ocupacional começou a atuar através de um processo
5
evolutivo originado na Inglaterra no século XIX. Por meio do seu início, países
industrializados começaram um movimento social na década de 60, onde
ocorreu uma discussão a respeito da saúde e segurança no trabalho (SILVA,
1989).
Segundo Silva et al. (1989), em 1974 na cidade do Rio de Janeiro, deu-
se início ao curso de pós-graduação em enfermagem do trabalho, que ocorreu
a inclusão da equipe de saúde ocupacional. Só após esse período foi então
que a enfermagem do trabalho passou a ser reconhecido como uma função
dentro das empresas.
Na década de 80 foi decretada a saúde do trabalhador nas empresas
brasileiras, devido ao aumento de acidentes acometidos no período de
trabalho. Já no ano 1990, foi implementado o Sistema Único de Saúde – SUS,
em que à saúde ocupacional foi definida como “Um conjunto de atividades em
que se destina através das ações de vigilância sanitária e epidemiológica à
promoção e proteção de saúde dos trabalhadores...” (MONTEIRO et al., 2007).
Implementado então o novo Decreto de lei de n. 5.452, de 1 de maio de
1943 a aprovação e consolidação das Leis de Trabalho que regulam as
relações individuais e coletivas de trabalho. Em 1978 foi aprovado então a
Portaria de n. 3.214 de 8 de junho as Normas Regulamentadoras (NR) e são
formadas por 36 NR sendo que as normas são um conjunto de coordenadas
sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e a saúde do
trabalhador (JUNIOR et al., 2014).
Sendo assim, estas NRs são subsídios das atividades do enfermeiro do
trabalho as quais foram selecionadas para vinculação devido a atuação do
profissional enfermeiro do trabalho, tornado de grande importância para a
prevenção e as realizações das atividades direcionadas a saúde do trabalhador
(JUNIOR et al., 2014).
Segundo Pinto et al. (2010), a Norma Regulamentadora NR-5 –
Comissão Interna de Prevenção a Acidentes – CIPA, e voltada para a
prevenção de acidentes e doenças provenientes do trabalho, no qual, é
adaptável ao trabalho com a prevenção da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
Desta forma, a CIPA nada mais é que a responsável em localizar os
riscos do processo de trabalho e preparar o mapa de riscos. Assim também
como participar da implementação e do controle de qualidade das medidas de
6
prevenção, fazendo com que haja divulgações aos trabalhadores de
informações sobre à segurança e saúde dos mesmos (PINTO et al., 2010).
Sendo assim, a CIPA deve sempre apoiar o enfermeiro do trabalho a
promover ações e treinamentos sobre noções em acidentes e doenças do
trabalho provenientes de exposição aos riscos na empresa, sobre a Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, como também as medidas de
prevenção (JUNIOR et al., 2014).
É então que se faz de extrema importância que o enfermeiro do trabalho
promova ações que sejam voltadas para à orientação dos trabalhadores que
envolva a ergonomia nos locais de trabalho principalmente nas atividades que
necessitem de mais intelectualidade e atenção constante, no intuito da
comodidade na organização do trabalho com atenção as normas de produção,
no modo operatório, na exigência do tempo, em determinar o conteúdo de
tempo, na agilidade de trabalho e conteúdo dos afazeres em busca de
condições ambientais de trabalho favoráveis às características psicofisiológicas
dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser realizado (JUNIOR et al.,
2014).

2.2 PAPEL DO ENFEMEIRO VOLTADO À SAÚDE DO TRABALHADOR

Para Silva et al. (2011), os profissionais que detem da especialização


em enfermagem do trabalho, estes devem se torna responsável em
acompanhar os trabalhadores assim como promover e zelar pela saúde dos
funcionários, motivando a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais,
proporcionando cuidados aos que precisam como também para aqueles que se
encontram acidentados.
Portando, a enfermagem do trabalho deve colaborar para uma melhoria
nas condições de trabalho devendo obter uma melhor qualidade de vida para
os trabalhadores. Sendo composto essa área de atuação a sistematização do
processo de enfermagem tais ela sendo:

a) Histórico;
b) Diagnostico;
c) Planejamento;
d) Intervenção;
e) Avaliação.
7

Ainda segundo Silva et al. (2011), com base no Ministério do Trabalho e


Emprego, é de responsabilidade do enfermeiro do trabalho de exercer ações
tais como, de higiene, medicina e segurança, com o intuito da valorização da
saúde do trabalhador.
O enfermeiro do trabalho também deve observar as condições de
segurança e periculosidade no ambiente de trabalho juntamente com a CIPA,
observando e traçando modelos de segurança que preservem a saúde do
funcionário (SILVA et al., 2011).
Cabe ao mesmo fazer levantamentos das doenças, acidentes e lesões
traumáticas que acontecem com os empregados aos quais precisam de uma
maior atenção para que não suja novos casos (SILVA et al., 2011).
Por meio de Junior et al. (2014), foi possível obter um fluxograma que
representa de forma resumida as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro do
trabalho, como é demonstrado na Figura 1 abaixo.

Figura 1 – Fluxograma das funções do Enfermeiro do Trabalho.

Prevenção de
acidentes e doenças
ocupacionais Deminuição de
acidentes e doenças
ocupacionais
Prestação de
cuidados aos
trabalhadores
Enf.ª do trabalho Qualidade de vida Estimulo ao
dos trabalhadores trabalho
Estudo das
condições de
segurança
Maior
Planejamento com produtividade
a CIPA ou com
SESMT

Fonte: Adaptado de Junior et al., 2011.


8
2.3 AÇÕES PREVENTIVAS DESENVOLVIDAS PELO ENFERMEIRO
OCUPACIONAL

As ações in loco desenvolvidas pela área da saúde ocupacional têm


como foco, torna adequado o bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores. Entretanto, é preciso que tenham medidas de incentivo a saúde
e prevenção de agentes perniciosos à saúde (CASTILHO et al., 2010).

2.3.1 Descoberta e precauções aos riscos decorrentes do ambito de


trabalho

Os riscos podem ser estabelecidos como a chance de algo ocorrer como


um acidente ou um tipo de doença durante o intervalo das atividades laborais.
Isto ocorre por causa da exposição do trabalhador a fatores de riscos que estão
expostos podendo ser descritos conforme demonstra a Figura 2 abaixo
(CASTILHO et al., 2010).

Figura 2 – Tipos de riscos os trabalhadores estão expostos.

Agentes nocivos
A m b ie n t a is

Agentes químicos
R is c o s

Agentes biológicos

Assoviação dos
citados acima
O p e r a c io n a is

Mecânicos ou
R is c o s

acidentes

Ergonômicos

Fonte: Próprio autor (2020).

Como é visto nos riscos sitados acima, é preciso que sejam tomadas
medidas que englobem a segurança nos ambientes de trabalho, sendo
necessário ser elaborado um planejamento para a distribuição de materiais,
controlar as condições de ruídos, tornar a iluminação adequada para cada
setor correspondente (SILVA et al., 2011).
São necessárias medidas preventivas que nas quais, a enfermagem do
9
trabalho deve interpor de forma correta, promovendo assim as abaixo
destacadas no Fluxograma 1: (SILVEIRA, 1997).

Fluxograma 1: Medidas preventivas do enfermeiro do trabalho.

PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Promoção da saúde relacionada com a educação a dessensibilização dos
trabalhadores aos agentes estessores.

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Ações corretivas mediante à sintomatologia para diminuir os efeitos nocivos.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Ação de reabilitação onde a educação e a reeducação mantem ou reestrutura o
equilibrio do sistema.

Fonte: Adaptado de Silveira (1997).

2.3.2 Esquematização dos riscos ocupacionais

A esquematização dos riscos ocupacionais se dá através da produção


gráfica dos fatores que são adequados a por em risco a saúde dos
trabalhadores. Portanto, é preciso que todas as empresas que contém a CIPA,
desenvolvam uma esquematização de risco, de acordo com a portaria de nº 5
de 17/08/1992 do Departamento Nacional de Segurança do Trabalho do
Ministério do Trabalho (MATTOS e FREITAS, 1994).
É importante também que seja desenvolvido uma planta baixa onde
deverá conter a representação dos risco e também a distribuição dos locais de
grande fluxo de trabalhadores, para que assim garanta a visualização e possibilite
aos funcionários a diminuição dos riscos que existem no ambiente de trabalho
(MATTOS e FREITAS, 1994).

2.4 DOENÇAS OCUPACIONAIS E A ATUAÇÃO DO ENFEMEIRO DO


TRABALHO

2.4.1 Por meio da exposição de substâncias tóxicas

O homem evoluiu seus conhecimentos sobre os agentes químicos, e


10
notou que os mesmos podem prover danos físicos ou até provocar uma morte.
Tendo em vista que os agentes não são considerados inofensivos, estes foram
considerados como de risco a saúde humana, sendo assim, devem ser
utilizadas com os princípios de segurança (BELLUSCI, 2010).
A exposição do trabalhador aos agentes tóxicos podem causar um
quadro reversível ou não dependendo do tipo de agente ao qual o trabalhador
venha a se comprometer. Os meios pelos quais os agentes penetram no corpo
dos trabalhadores são por ingestão, inalação ou absorção que ocorre pela pele
ou pelas mucosas, chegando ao sangue e a linfa levando para todo o
organismo. Existem três tipos de fases da infestação: (BELLUSCI, 2010).

 Fase de exposição;
 Fase de toxicocinética;
 Fase toxicodinâmica.

Lima (1998) informa que o meio pelos quais os trabalhadores devem se


prevenir é com o uso dos EPIs, que são fornecidos pela empresa que são útei
para a proteção bem como o profissional de enfermagem do trabalho precisa
realizar atividade diárias e/ou treinamentos que excluam o trabalhador dos
riscos de contaminação de produtos químicos, utilizando os equipamentos
adequados como luvas de látex ou PVC, jalecos com mangas longas de tecido
de algodão, além de jalecos descartáveis, máscaras, toucas e sapatos
específicos.

2.4.2 Doenças ocupacionais decorrentes do aparelho respiratório

De acordo com Bellusci (2010), há cinco grupos de doenças do trato


respiratório, conforme é demonstrado abaixo:

I. Pneumoconioses;
II. Pneumopatias por poeiras de metal pessado;
III. Pneumopatias por poeiras vegertais;
IV. Asma ocupacional;
V. Alveolite alérgica.

Junior et al. (2014) descreve uma maneira pela qual ocorre o


comprometimento do aparelho respiratório que é proveniente da inalação do
material pelo trabalhador que atinge os brônquios, bronquíolos e alvéolos em
11
uma quantidade que se torna irreverssível de ser depurada. Portanto, cabe ao
enfermeiro do trabalho em conjunto com a CIPA, direcionar e prestar palestras
que oriente sobre este tipo de doença descriminando os meios que ocorrem a
contaminação e os tipos de prevenção.
É importante ser notado que o quadro clínico irá depender da
concentração que o trabalhador inalou, sendo levando em consideração
também o tamanho das partículas que foram inaladas e a duração à exposição
desses agentes (BELLUSCI, 2010).
O enfermeiro do trabalho deverá então passar informações necessárias
sobre as ações preventivas, educativas e diárias in loco com os trabalhadores
demonstrando os riscos e gravidades que são vivenciados pelos trabalhadores,
nos quais os mesmo se tornaram conscientes pelo próprio cuidado da sua
saúde evitando danos e riscos (JUNIOR et al., 2014).

2.4.3 Desordens psicológicas ocupacionais dos trabalhadores

Os distúrbios ocupacionais é proviniente do estresse que é identificado


com facilidade. Ao longo do expediente de trabalho, é visto que o estresse dá
início por meio da exposição de elevados índices de níveis de ruídos ou a
radiação, assim como a sobrecarga profissional e as pessímas condições das
tarefas solicitadas, promovendo desordens psicológicas aos trabalhadores
(REINERT E BULGACOV, 1999).
Ainda segundo os autores Reinert e Bulgacov (1999), há uma propensão
da psicologia pela qual define que o estresse é um processo de distúrbio que
detem da exigência ao trabalho.
Se faz necessário que o enfermeiro do trabalho tenha uma visão ampla
e perceptiva pondo em evidência as ações que previnam na possibilidade de
evitar futuros problemas de saúdes ocupacionais. (JUNIOR et al., 2014).

2.4.4 Perda auditiva induzida pelos ruídos – PAIR

Geralmente os ambientes de trabalho geram sons intermitentes e


desagradáveis conhecidos como ruídos ou barulhos, que são ondas sonoras
localizadas por meio do aparelho auditivo que mediante ao longo período
de tempo, os trabalhadores sofrem desgaste que pode comprometer a audição
ou até levar a surdez (KOMNISKI e WATZLAWICK, 2007). Para Bellusci
(2010), há três tipos da expressões da surdez, o trauma acústico, a surdez
12
temporária e a surdez permanente.
É necessário que o trabalhador esteja sempre consciente da importância
do uso obrigatório do EPI, garantindo assim a sua proteção onde parte do
corpo está exposto. Esses EPIs são o tampão (tipo plug) e os protetores do tipo
fone (concha), que protege dos ruídos que são liberados durante o serviço pela
empresa (KOMNISKI e WATZLAWICK, 2007).
A equipe de enfermagem do trabalho deve fornecer a correta orientação
de como é aplicado o protetor articular e os responsáveis pela prevenção deve
fornecer palestras educativas mostrando a importância do uso destes
equipamentos (BAGGIO e MARZIALE, 2001).

2.4.5 Lesões por esforços repetitivos ou por distúrbios


osteomusculares causados pelo trabalho – LER ou DORT

No ambiente de trabalho, pode ocorrer lesões no aparelho


musculoesquelético, que gera o rompimento de nervos, tendões, fáscias e
outros tecidos em qualquer região do corpo (PEDROTTI, 2010).
Pedrotti (2010) mostra que as lesões podem ser classificadas em quatro
níveis, sendo as demonstradas no Fluxograma 2.

Fluxograma 2: Niveis de lesões causados pelo trabalho.

Desconforto no local em que foi afetado, sendo considerado como


sintoma leves.
Nível I

Dor no qual é mais incomoda e intesa, modificações na sensibilidade local


e torna o trabalhador a um nível mais baixo da sua produtividade.
Nível II

Dor mais intensa que se expande, diminuindo a força muscular e edema


localizado.
Nível III

Processo fibrótico, reduzindo a circulação local e impobilita o trabalha,


provocando depressão e a ansiedade caracterizando esse quadro.
Nivel IV

Fonte: Pedrotti (2010).


13
Estes fatores podem acontecerem devido as causas multifatoriais,
aparecendo diante de pessímas posturas indo até fatores psicossociais e
emocionais. Mas, estes fatores podem ser resolvidos por meio de adaptações
do posto de trabalho e a adição de posicionamentos que sejam mais funcionais
e menos pessados, tendo em vista as estratégias preventivas sobre educação
a saúde, reeducando a postura no trabalho (RENNER, 2005).
Portanto, para que obtenha ótimos resultados, na redução destes
diagnósticos, é preciso uma boa educação e reeducação que sejam passadas
orientações aos trabalhadores por meio destes profissionais de saúde, essa
redução é bem sucedida por causa que os profissionais se salientam a estes
fatores cuidadosamente (PETROTTI, 2010).
É também notado que os intervalos de descansos durante uma atividade
e outra, práticas de exercícios de aquecimento e alongamento, são métodos
que previnem os trabalhadores, onde podem ser incluídas pelos enfermeiros
do trabalho, atuando na prevenção em prol de melhorias na qualidade de vida
do trabalhor (PEDROTTI, 2010).

3 CONCLUSÃO

É visto que os profissionais tem uma ação muito importante para a saúde
do trabalhador, visto que o enfermeiro do trabalho tem como principal objetivo,
a enfase da prevenção dos acidentes ocupacionais no ambiente de trabalho e
o tratamento de enfermidades ocasionadas pela alta taxa de atividades
impostas aos trabalhadores.
Por isso, é de grande importância a produção de medidas preventivas
para os trabalhadores, onde é percebida em uma larga concordância dentre os
autores, a atuação do enfermeiro envolvida a prevenção dos trabalhadores.
Porém, há poucos autores e trabalhos desenvolvidos sobre as
emergências voltada para o ensino de produção de implementações de
esquemas de risco e a difícil missão de estabelecer a epidemiologia setorial de
uma empresa.
Portanto, foi possível desenvolver um ensino sobre a atuação do
enfermeiro como um profissional de diferentes tarefas e conhecimentos sobre a
área que mais expande no mercado e principalmente diante de tantos
acontecimentos atuais no mundo e que necessita ganhar mais espaço e mais
reconhecimento da categoria dos enfermeiros.
14

4 REFERÊNCIAS

BAGGIO, M. C. F.; MARZIALE, M. H. P. A participação da enfermagem do trabalho no


programa de conservação auditiva. Rev. Latino-Am. Enfermagem. São Paulo, vol.9,
n.5, p.97-99, set-out. 2001. Disponível em:
<http//www.scielo.br/pdf/rlae/v9n5/7805.pdf>. Acesso em: 11 out. 2020.

BELLUSCI, S. M. Doenças profissionais ou do trabalho. – 11. ed. São Paulo: Senac,


2010.

CASTILHO, K. F.; OLIVEIRA, D. L. T.; BRASILEIRO, M. E. Riscos ocupacionais no


Brasil no período de 2005 a 2009: Uma revisão. Rev. Eletr. de Enfer. Centro de
Estudos de Enfermagem e Nutrição. Goiás, n.1, v.1, p.1-17, jan-jun. 2010. Disponível
em:
<http://www.cpgls.ucg.br/ArquivosUpload/I/File/V%20MOSTRA%20DE%20PRODUO
%20CIENTIFICA/SAUDE/28-.pdf>. Acesso em: 08 out. 2020.

Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Norma Regulamentadora 32 – NR-


32. Revisão: COREN-SP 2007. São Paulo: Demais Editoração e Publicação Ltda; 2007.

GOMES, A. C. Ministério do trabalho: uma história vivida e comentada. – Rio de


Janeiro: CPDOC, 2007.

JACQUES, M. G. O nexo causal em saúde/doença mental no trabalho: uma demanda


para a psicologia. Rev. Psicol Soc. Belo Horizonte, v.19, n.1, p. 112-119, 2007.
Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/psoc/v19nspe/v19nspea15.pdf>.
Acesso em: 05 out. 2020.

JUNIOR, A. R. O. J.; SANTOS, E. O.; PINTO, V. S.; SANTOS, C. M. F. Atuação do


enfermeiro na saúde do trabalhador: um enfoque na prevenção. Documento
eletrônico. Disponível em:
<https://repositorio.bahiana.edu.br:8443/jspui/handle/bahiana/51>. Acesso em: 06 out.
2020.

KOMINISKI, T. M.; WATZLAWICK, L. F. Problemas causados pelo ruído ao ambiente


do trabalho. Rev. Eletrônica Lato Sensu. Paraná, ano 2, nº1, p.01-06, jul. 2007.
Disponível em: 05 out. 2020.

LIMA, F. H. A. Biossegurança no uso de Cabine de Segurança Biológica no


manuseio de substâncias químicas, drogas e radioisótopos. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 1998.

MATTOS, U. A. O.; FREITAS, N. B. B. Mapa de risco no Brasil: as limitações da


aplicabilidade de um modelo operário. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. v. 10, n. 2,
jun. 1994. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v25n5/03.pdf>. Acesso em: 08
out. 2020.

MONTEIRO, M. S.; SANTOS, E. V.; KAWAKAMI, L. S.; WADA, M. O ensino de


vigilâncias à saúde do trabalhador no Curso de Enfermagem. Rev. Esc. Enferm.
15

USP. São Paulo, v.41, n.2, p.306-310, 2007. Disponível em:


<http//www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n2/18.pdf>. Acesso em: 06 out. 2020.

PAZ, P. O.; KAISER, D. E. A busca pela formação especializada em enfermagem do


trabalho por enfermeiros. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre, vol.32, n. 1, p.23-30,
mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v32n1/a03v32n1.pdf>.
Acesso em: 06 out. 2020.

PEDROTTI, I. A; PEDROTTI, W. A. Doenças profissionais ou do Trabalho. – 4. ed. –


São Paulo: Servanda, 2010.

PINTO, A. L. T.; WINDT, M. C. V. S.; CÉSPEDES, L. Segurança e Medicina do


Trabalho. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.

REINERT, M.; BULGACOV, S. Mudança organizacional e estresse ocupacional. Foz do


Iguaçu, ENANPAD, 1999, Resumo dos trabalhos. Disponível em
<https://www.medtrab.ufpr.br/arquivos%20para%20download/saude_mental/MUDAN
%C7A%20ORGANIZACIONAL%20ESTRESSE%20OCUPACIONAL1.pdf>. Acesso
em: 08 out. 2020.

RENNER, J. S. Prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.


Rev. Boletim Saúde. Porto Alegre, v.19, n.1, p.73-80, jan-jun. 2005. Disponível em:
<https://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/v19_n1_08prevencaodisturbios.pdf>.
Acesso em: 12 out. 2020.

SCHMIDT, D. R. C. Qualidade de vida no trabalho de profissionais de enfermagem


atuantes em unidades de bloco cirúrgico [dissertação de mestrado]. Ribeirão Preto, SP:
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2004. p.13.

SILVA, G. B. Enfermagem profissional: análise crítica. 2ª Ed.; São Paulo: Cortez,


1989.

SILVA, L. A.; SECCO, I. A. O.; DALRI, R. C. M. B. Enfermagem do trabalho e


ergonomia: prevenção de agravos à saúde. Rev. Enferm. UERJ. Rio de Janeiro, v.19,
n, 2, p.317-323, abr-jun. 2011. Disponível em:
<http//www.facenf.uerj.br/v19n2/v19n2a24.pdf>. Acesso em: 06 out. 2020.

SILVEIRA, D. T. Consulta-Ação: educação e reflexão nas intervenções de


enfermagem no processo trabalho-saúde-adoecimento. 1997. 132f. Dissertação
(Mestrado Expandido em Assistência de Enfermagem) – Universidade Federal de
Santa Catarina e Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFSC/UFRGS, Porto
Alegre, 1997. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13296/000158266.pdf?sequence= 1>.
Acesso em: 08 de out. 2020.

SOUZA, M. Acidentes ocupacionais e situações de risco para a equipe de enfermagem:


um estudo em cinco hospitais do Munícipio de São Paulo [dissertação de mestrado].
São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 1999.

Você também pode gostar