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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

GLEICE PATRICIA DE OLIVEIRA

Estresse em equipe de atendimento pré-hospitalar de


urgência e emergência de Bauru

BAURU
2016
GLEICE PATRICIA DE OLIVEIRA

ESTRESSE EM EQUIPE DE ATENDIMENTO PRÉ-


HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE
BAURU

Pré-Projeto apresentado ao Centro


de Ciências da Saúde como requisito
parcial para realização do Trabalho de
Conclusão de Curso obrigatório, do
curso de Enfermagem da Universidade
do Sagrado Coração, Bauru – SP, sob
orientação da Prof. Ma. Solange Gallan
Vila.

BAURU
2016
Sumário

1. INTRODUÇÃO 4
2. JUSTIFICATIVA 5
3. OBJETIVO 6
3.1 OBJETRIVO GERAL 6
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 6

4. METODOLOGIA 7
4.1 TIPO DE ESTUDO 7
4.2 INSTRUMENTO 7

5. CRONOGRAMA 9
6. ORÇAMENTO 10
REFERENCIAS 11
APENDICE A 12
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1. INTRODUÇÃO

O estudo a ser realizado deu inicio a partir da compreensão da necessidade


de avaliação do nível de estresse que os profissionais do atendimento pré-hospitalar
de urgência e emergência de Bauru vivenciam no seu cotidiano.
Profissionais de saúde vêm sendo expostos a fatores estressantes próprios
do tipo de trabalho que realizam fato que possivelmente os torna bastantes
tendentes ao desenvolvimento de estresse, tem se a impressão de que um desses
setores potencialmente estressantes seja o de assistência de urgência e emergência
devido a permanecer constantemente em estado de ansiedade e alerta, por conta
das atividades e do ritmo do trabalho.
Os Serviços de Atendimentos Móveis de Urgência (SAMU) estão
regulamentados pela Portaria GM / MS nº 2.048, de 05 de novembro de 2002, que
instituiu o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência
e pelas Portarias GM / MS 1863 e 1864 de 29 de setembro de 2003.
O SAMU de Bauru iniciou suas atividades em dezembro de 2004 e ocupa
indiscutível posição dentro do Sistema Único de Saúde e tem grande importância na
sociedade. A central de atendimento de Bauru recebe os chamados / solicitação de
socorro e os avalia de acordo com a gravidade dos casos são determinados os
melhores recursos para o evento, que podem ser desde uma orientação até o
encaminhamento de uma UTI Móvel.
O Ministério da Saúde, por meio da portaria nº 1864/GM, 29 de setembro de
2003, art. 1º Instituiu o componente pré-hospitalar móvel previsto na Política
Nacional de Atenção às Urgências, por meio da implantação de Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU-192, suas Centrais de Regulação (Central
SAMU-192) e seus Núcleos de Educação em Urgência, em municípios e regiões de
todo o território brasileiro; Esse mesmo ministério considera que é essencial ao
Sistema Único de Saúde promover a educação continuada dos profissionais de
todas as áreas de atuação como forma de melhorar o seu atendimento.
Oliveira (2004) diz que a dinâmica, agilidade e objetividade no atendimento
ao paciente da emergência são indispensáveis, e neste processo não podem ocorrer
falhas. Trata-se de um ambiente de trabalho onde o tempo é limitado, as atividades
são inúmeras e a situação clínica dos usuários exige, muitas vezes, que o
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profissional faça tudo com rapidez para afastá-los do risco de morte iminente
causando assim uma ansiedade ainda maior comparado a outros setores da saúde.
Segundo Hargreaves (2000), o conceito de sistema de emergência pré-
hospitalar no Brasil surgiu a partir de 1986, com a criação do Grupo de Socorros de
Emergência (GSE) do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, com a incorporação
de médicos socorristas e unidades de suporte avançado de vida.
O atendimento pré-hospitalar (APH) é considerado
como toda assistência de saúde prestada em ambiente extra - hospitalar,
em que uma equipe multidisciplinar utiliza - se de equipamentos,
medicamentos e saberes, na execução de atividades que vão desde
aconselhamentos em saúde na prevenção de acidentes e incidentes, até a
mobilização de unidades móveis para o socorro de vítimas em situações de
urgências e emergência (SILVA, 2010).
O estresse pode ser abordado sob uma infinidade de pontos de vista e
diversas considerações, estudos e teorias já foram desenvolvidas buscando definir
oque é de fato o estresse.
Entre eles tem Bulhão (1994), que considera que o trabalho pode apresentar
consequências sobre o estado físico, mental e psicológico do sujeito, gerando os
efeitos de insatisfação, desconforto, sobrecarga de trabalho, fadiga, estresse,
doenças e acidentes de trabalho.
Segundo as considerações de Selye (2012), o estresse em saúde e a doença
é medicamente, sociologicamente, e filosoficamente o assunto mais significativo
para a humanidade.
O estresse dos profissionais de enfermagem é fator importante a ser
compreendido, pois a responsabilidade pela vida das pessoas e a proximidade do
sofrimento do outro é quase inevitável.
6

2. JUSTIFICATIVA

O estresse é considerado um agente desencadeador de doenças físicas e


esgotamento emocional, podendo levar a equipe a situações desgastantes que leve
há ter atitudes desfavoráveis em relação ao trabalho e até mesmo na sua vida
pessoal. Levando em consideração essa condição torna-se importante avaliar se a
equipe de urgência e emergência que está submetida diariamente situações de
agravos à saúde e risco de vida de seus pacientes, pode desencadear no
profissional o estresse. Este projeto pode auxiliar na elaboração de estratégias de
enfrentamento do estresse favorecendo a otimização no desenvolvimento das
atividades destes profissionais, assim como, repercutir favoravelmente em sua
qualidade de vida.
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3. OBJETIVO

Determinar o nível de estrese a que está submetido à equipe de enfermagem


do serviço móvel de urgência e emergência de Bauru.

3.1 ESPECÍFICOS

Traçar o perfil sócio demográfico da equipe


Identificar os maiores estressores á que estão submetidos à equipe de
enfermagem do serviço móvel de urgência e emergência de Bauru.
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4. METODOLOGIA

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata se de uma pesquisa exploratória, quantitativa e descritiva com


profissionais de ambos os sexos, que ocupem os cargos de Enfermeiros e Técnicos
de Enfermagem, na equipe de atendimento de urgência e emergência Samu -
Bauru.

4.2 INSTRUMENTO

Como instrumento será aplicado questionário conhecido por escala de Bianchi


que é composto, por duas partes, sendo a primeira etapa coletas de dados para
caracterizar a população composto pelos seguintes itens: sexo, idade, cargo
ocupado e tempo de formado e tempo de experiência e a segunda parte é um
questionário com pergunta fechadas de múltipla escolha de 0 a 7 sendo considerado
0 para quando não executa, 1 quando considera pouco desgastante e 7 como
altamente desgastante e as perguntas são divididas por domínios que são as
atividades que envolvem a assistência e o gerenciamento do cuidado.
Para obter-se um resultado faz-se a soma dos escores das opções
selecionadas de cada domínio divide pelos números de itens, e obtém-se o escore
médio de cada domínio, a variação dos escores dos domínios é de 1,0 a 7,0.
Segundo Bianchi (2009) a análise de escore médio para o enfermeiro, para
cada item e para cada domínio, será considerado o nível de stress com a seguinte
pontuação de escore padronizado de forma que se o resultado for igual ou abaixo de
3,0 será considerado baixo nível de stress; se tiver o resultado de 3,1 a 5,9 será
considerado médio nível de stress; se o resultado for igual ou acima de 6,0 será
considerado alto nível de stress.
Serão considerados todos os aspectos éticos necessários para a realização
de uma pesquisa. O projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Sagrado Coração – USC. Os entrevistados assinarão o termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
O período de realização da pesquisa será determinado junto à chefia de
enfermagem do SAMU após a anuência do Comitê de Ética em Pesquisa.
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4.3 CASUÍSTICA
Farão parte do estudo, funcionários da equipe de enfermagem (enfermeiros e
técnicos de enfermagem) do Samu de Bauru que aceitarem participar da pesquisa
após a leitura e esclarecimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), com assinatura do participante da pesquisa e da pesquisadora (APÊNDICE
A). Consideraremos como critério de exclusão aqueles funcionários que estiverem
em férias ou licença saúde no período em que a pesquisa estiver sendo realizada.
Segundo Padilha (2013), o TCLE é um documento no qual é explicitado ao
participante e/ou seu responsável legal, de forma escrita, todas as informações
necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento, para o mais
completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual se propõe participar, das quais o
convidado pode consentir ou recusar, de forma autônoma, sua participação sem
prejuízo.

4.3 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


Os resultados serão apresentados através gráficos e/ou tabelas, avaliando-
se a melhor maneira de representa-los a fim de que proporcionem melhor
entendimento.

.
10

5. CRONOGRAMA

ETAPAS MÊS / ANO 2016

02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

Discussão sobre o
tema

Elaboração hipótese
e objetivos

Elaboração
justificativa
metodologia

Levantamento
bibliográfico

Apresentação do Pré
Projeto

Avaliação Comitê de
Ética e Autorização
SMS

Coleta de dados

Tabulação e análise
de dados

Revisão e Finalização

Apresentação final do
TCC

Fonte: Elaborado pela autora.


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6. ORÇAMENTO

MATERIAIS QUANTIDADE CUSTO

Xerox 200 100,00


Impressão 100 50,00
Total R$ 150,00

Fonte: Elaborado pela autora.


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REFERÊNCIAS verificar se está de acordo com o guia de normalização

BULHÕES I. Riscos do trabalho de enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca,


1994.

Disponível em:
<http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/4062/
art_BIANCHI_Escala_Bianchi_de_Stress_2009.pdf?sequence=1. Acesso em: 10
maio. 2016.

HARGREAVES, LHH. Sistema de Emergência Pré-Hospitalar. In: TIMERMAN, S,


RAMIRES, JAF, BARBOSA, JLV, HARGREAVES, LHH. Suporte Básico e Avançado
de Vida em Emergências. Brasília (DF): Câmara dos Deputados. Coordenação de
Publicações, 2000, p.437- 457

SILVA, F. S.; LIMA, F. J. P.; TOURINHO, F. S. V. Serviço de Atendimento Móvel de


Urgência (SAMU) e a Exposição aos Riscos Biológicos. Revista de Emergência
Clínica, v. 5, n. 23, p. 57-61, 2010.

SOUZA, VHS, Mozachi, N. O. Hospital: Manual do ambiente hospitalar. Curitiba:


Real Ltda, 2009.

SANDOR SZABO, YVETTE TACHE & ARPAD SOMOGY, The legacy of Hans
Selye and the origins of stress research. Disponível em:
<http://www.selyeinstitute.org/wp-content/uploads/2013/06/The-legacy-of-Hans-
Selye44.pdf. Acesso em: 08 maio. 2016.

Ministério da Saúde. Portaria GM / MS nº 2.048, de 05 de novembro de 2002.


Política Nacional de Atenção às Urgências. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica%20Nacional.pdf> Acesso em:
18 maio. 2016.

Ministério da Saúde. Portaria nº 1864/GM, 29 de setembro de 2003. Política


Nacional de Atenção às Urgências. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica%20Nacional.pdf> Acesso em:
18 maio. 2016.

OLIVEIRA, E. B. et al. A inserção do acadêmico de enfermagem em uma unidade de


emergência: A psicodinâmica do trabalho. Revista Enfermagem – UERJ, v.12, p.181,
2004.
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APENDICE A - ESCALA BIANCHI DE STRESS

Este questionário tem a finalidade de levantar dados para conhecer a sua


opinião quanto ao desempenho de suas atividades. Não precisa identificação.
Assinale a alternativa que revele a sua percepção, levando em consideração:

0 1 2 3 4 5 6 7

Não se aplica Pouco Médio Pouco


“não faço” desgastante desgastante

PARTE 1
Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )

Faixa etária:
( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) mais de 50 anos

Cargo: Unidade a que pertence:____________________

Tempo de formado:
( ) menos de 1 ano
( ) de 2 a 5 anos
( ) de 6 a 10 anos
( ) de 11 a 15 anos
( ) mais de 16 anos

Tempo de trabalho nessa unidade:


( ) menos de 4 ano
( ) de 5 a 10 anos
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( ) de 11 a 15 anos
PARTE 2

1. Previsão de material a ser usado 01234567


2. Reposição de material. 01234567
3. Controle de material usado 01234567
4. Controle de equipamento 01234567
5. Solicitação de revisão e consertos de equipamentos 01234567
6. Levantamento de quantidade de material existente na unidade 01234567
7. Controlar a equipe de enfermagem 01234567
8. Realizar a distribuição de funcionários 01234567
9. Supervisionar as atividades da equipe 01234567
10. Controlar a qualidade do cuidado 01234567
11. Coordenar as atividades da unidade 01234567
12. Realizar o treinamento 01234567
13. Avaliar o desempenho do funcionário 01234567
14. Elaborar escala mensal de funcionários 01234567
15. Elaborar relatório mensal da unidade 01234567
16. Admitir o paciente na unidade 01234567
17. Fazer exame físico do paciente 01234567
18. Prescrever cuidados de enfermagem 01234567
19. Avaliar as condições do paciente 01234567
20. Atender as necessidades do paciente 01234567
21. Atender as necessidades dos familiares 01234567
22. Orientar o paciente para o auto cuidado 01234567
23. Orientar os familiares para cuidar do paciente 01234567
24. Supervisionar o cuidado de enfermagem prestado 01234567
25. Orientar para a alta do paciente 01234567
26. Prestar os cuidados de enfermagem 01234567
27. Atender as emergências na unidade 01234567
28. Atender aos familiares de pacientes críticos 01234567
29. Enfrentar a morte do paciente 01234567
30. Orientar familiares de paciente crítico 01234567
31. Realizar discussão de caso com funcionários 01234567
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32. Realizar discussão de caso com equipe multiprofissional 01234567


33. Participar de reuniões do Departamento de Enfermagem 01234567
34. Participar de comissões na instituição 01234567
35. Participar de eventos científicos 01234567
36. O ambiente físico da unidade 01234567
37. Nível de barulho na unidade 01234567
38. Elaborar rotinas, normas e procedimentos 01234567
39. Atualizar rotinas, normas e procedimentos 01234567
40. Relacionamento com outras unidades 01234567
41. Relacionamento com centro cirúrgico 01234567
42. Relacionamento com centro de material 01234567
43. Relacionamento com almoxarifado 01234567
44. Relacionamento com farmácia 01234567
45. Relacionamento com manutenção 01234567
46. Relacionamento com admissão/alta de paciente 01234567
47. Definição das funções do enfermeiro 01234567
48. Realizar atividades burocráticas 01234567
49. Realizar tarefas com tempo mínimo disponível 0123456
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50. Comunicação com supervisores de enfermagem 01234567
51. Comunicação com administração superior 01234567

Sugestões e comentários

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