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Técnico em Enfermagem

PROCESSOS DO TRABALHO

Disciplina Online

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Objetivos ou expectativas de aprendizagem:

● Capacitar e contribuir com a formação dos discentes do Curso Técnico em


Enfermagem no conhecimento em Processos do Trabalho.
● Analisar e identificar a importância do Processo de Enfermagem para a
assistência.
● Desenvolver o conhecimento entre os discentes, orientando e ajudando em
suas dúvidas, para uma melhor compreensão do assunto a ser ministrado,
colaborando com o crescimento técnico, científico e estimular a busca por
conhecimento, para um excelente desenvolvimento profissional em Processos
de Trabalho.

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Tópicos a serem abordados em Processos do Trabalho.

UNIDADE I

● Etapas do Processo de Enfermagem


● Relação Enfermagem x Cliente

UNIDADE II

● Tipos de Pacientes.
● Técnicas de Entrevistas
● Exame Físico

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Introdução:

Olá prezado aluno(a)!

Seja bem-vindo (a), neste momento você está ingressando na disciplina de


Processos do Trabalho. Creio que esteja imaginando qual é a relevância desta
disciplina para seu futuro como técnico de Enfermagem. E quero dizer-te que é uma
disciplina de grande importância na sua carreira profissional, onde veremos sobre o
processo de enfermagem e suas etapas para a assistência.

A finalidade desta disciplina é fazer com que você, aluno(a) conheça sobre
estas etapas do processo de enfermagem, assim como a relação enfermagem cliente,
aprendendo como atuar na área da assistência de forma com ética e profissionalismo.

A divisão desta disciplina ocorrerá por unidade onde teremos Unidade I e II.
Na unidade 1 será apresentado sobre as etapas do processo de enfermagem e
relação enfermagem cliente, onde o Processo de Enfermagem foi introduzido pela
Professora Wanda de Aguiar Horta, na década de 1970, e desde este período vem
trazendo grandes inovações para a enfermagem e melhoria na assistência.

Na unidade II, será apresentado sobre os tipos de pacientes, técnicas de


entrevistas e exame físico. Nesta unidade será apresentado de forma clara e objetiva
as categorias dos pacientes por complexidade, assim como as técnicas utilizadas
para uma entrevista na assistência que envolve o levantamento de dados pessoais
do paciente e família, assim como o exame físico que após ser efetuado de forma
criteriosa pelo Enfermeiro(a) é possível realizar um levantamento de dados sobre o
estado de saúde do paciente.

Convido você a se dedicar ao estudo para que, ao final desta disciplina, você
esteja apto a promover uma assistência de enfermagem dentro dos princípios éticos
e com excelência profissional.

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UNIDADE I

1. ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM.

Processo de enfermagem é um método utilizado para se implantar, na prática


profissional, uma teoria de enfermagem. Após a escolha da teoria de enfermagem,
torna-se necessária a utilização de um método científico para que os conceitos da
teoria sejam implantados na prática. A ciência da enfermagem está baseada em uma
ampla estrutura teórica, e o processo de enfermagem é uma das ferramentas por
meio das quais essa estrutura é aplicada à prática da enfermagem, ou seja, é o
método de solução dos problemas do paciente.
A ideia de Processo de Enfermagem (PE) não é nova em nossa profissão, pelo
contrário, remonta ao surgimento da Enfermagem Moderna, quando Florence
Nightingale enfatizou que os enfermeiros deveriam ser ensinados a fazer
observações e julgamentos acerca delas. De fato, o termo processo de enfermagem
não existia na época, mas a recomendação de Nightingale expressa o conceito que
hoje se tem acerca desta ferramenta de trabalho.
No Brasil, o Processo de Enfermagem foi introduzido pela Professora Wanda
de Aguiar Horta, na década de 1970, que o definiu como a dinâmica das ações
sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano.
Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos
(Horta, 1979). Na perspectiva de Horta (1979) e neste guia, ser humano ou pessoa
refere-se ao indivíduo, família (ou pessoa significante), grupo e comunidade que
necessitam dos cuidados de enfermagem (COREN-SP, 2015).
O COFEN publicou a Resolução 358/2009, que dispõe sobre a SAE e a
implementação do Processo de Enfermagem em todos ambientes em que ocorre o
cuidado profissional de enfermagem, incluindo serviços ambulatoriais de saúde,
domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. De acordo com
essa Resolução, o Processo de Enfermagem deve ser realizado de modo deliberado
e sistemático, e organizado em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e
recorrentes, a saber:
● coleta de dados ou investigação;
● diagnóstico de enfermagem;
● planejamento da assistência de enfermagem;

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● implementação (prescrição de enfermagem);
● avaliação de enfermagem.

É somente na Resolução COFEN 358/2009 que se estabelece uma distinção


entre SAE e Processo de Enfermagem. A referida Resolução considera:
● Sistematização da assistência em enfermagem – SAE, organiza o trabalho
profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a
operacionalização do Processo de Enfermagem;
● O Processo de Enfermagem, é um instrumento metodológico que orienta o
cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional.

Importante ressaltar que conforme a Resolução 358/2009 no Art. 5º diz que: O


Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com o
disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 de junho
de 1987, que a regulamenta, participam da execução do Processo de Enfermagem,
naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.
Agora vamos conhecer as etapas do processo de enfermagem para melhor
compreensão do assunto. Iniciando com:

1.1 Coleta de dados ou investigação.

A coleta de dados ou investigação (anamnese e exame físico) é a primeira fase


do processo de enfermagem, ou seja, é o primeiro passo para a determinação do
estado de saúde do paciente. Essa fase consiste na coleta de informações referentes
ao estado de saúde do indivíduo, da família e da comunidade (definidos de acordo
com a teoria de enfermagem utilizada como marco conceitual), com o propósito de
identificar as necessidades, os problemas, as preocupações e as reações humanas
destes.
Portanto, torna-se imprescindível que as informações coletadas sejam o mais
precisas e fidedignas possível, para que seja estabelecido o perfil de saúde ou de
necessidades do paciente. Os dados referentes ao estado de saúde do paciente são
investigados de maneira direta ou indireta.
● Os dados diretos são aqueles coletados diretamente do paciente, por meio da
anamnese e do exame físico.

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● Os dados indiretos são aqueles obtidos por meio de outras fontes como, por
exemplo, familiares ou amigos, prontuários de saúde, registros de outros
profissionais da equipe multiprofissional, resultados de exames laboratoriais,
entre outras.

Os dados são classificados em duas categorias: objetivos (o que é observável)


e subjetivos (o que a pessoa afirma). A separação das informações em dados
subjetivos e dados objetivos auxilia o raciocínio crítico (raciocínio clínico), porque um
tipo complementa e esclarece o outro. Esses dados são indicações que possibilitam
um julgamento ou uma inferência sobre a existência ou não de um problema.
● Exemplo de dado subjetivo: “Estou com febre há dias, sinto-me cansado, e
tenho tossido muito.”
● Exemplo de dado objetivo: temperatura axilar de 38°C, frequência respiratória
de 32 rpm e raios X com presença de broncograma aéreo.

Para coletar dados, o enfermeiro necessita de um instrumento de coleta que


sirva de guia e que reflita a pessoa a ser cuidada e o ambiente onde o cuidado é
prestado. Essa coleta de dados pode ser direcionada pela criação e pela utilização
de instrumentos investigativos para o registro e a organização das informações
coletadas.
Ressalte-se, porém, que esses instrumentos devem ser elaborados para que
se obtenham informações específicas e relevantes em relação ao paciente, e de
maneira holística, assegurando-se que as esferas biológica, social, psicológica e
espiritual desse ser humano sejam levadas em conta, conforme a teoria de
enfermagem utilizada.
A elaboração de instrumentos para auxiliar na anamnese e no exame físico
diários embasados no marco teórico escolhido poderá ajudar os enfermeiros na
obtenção das evidências e na aplicação da teoria.
Outro aspecto importante durante a coleta de dados é que o enfermeiro deve
estar preocupado em conhecer a história pregressa e atual de saúde da pessoa. Isto
inclui estado de saúde, pontos fortes ou a respostas a problemas reais ou potenciais.
A história pregressa é importante porque pode servir como uma linha de base para a
interpretação da história atual. Mas, como distinguir os dados que pertencem à
história pregressa e à história atual? De fato, os dados que se referem à história

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pregressa são aqueles que pertencem ao passado e descrevem como determinados
dados costumavam se apresentar.
Por exemplo, ao perguntar à pessoa como é o seu padrão de eliminação
vesical, o enfermeiro está interessado em conhecer como esse padrão costumava
ser. Por sua vez, os dados que pertencem à história atual se referem a como a pessoa
está neste momento e, portanto, auxiliam na determinação de alterações agudas ou
graduais.
Em síntese, a coleta de dados é uma etapa essencial do Processo de
Enfermagem. A validade, a confiabilidade e a relevância dos dados poderão ser
determinantes para a acurácia (precisão) dos diagnósticos de enfermagem e definir o
sucesso das etapas diagnósticas, de planejamento, de implementação e de
resultados.

1.2 Diagnóstico de Enfermagem.

Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos clínicos sobre as respostas


do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais,
e proporcionam as bases para a seleção de intervenções de enfermagem e para o
alcance de resultados pelos quais os enfermeiros são responsáveis.
O diagnóstico de enfermagem constitui a segunda etapa do processo de
enfermagem. Durante essa etapa, os dados coletados na investigação são analisados
e interpretados criteriosamente. Para realizar diagnósticos de enfermagem o
enfermeiro deverá ter capacidade de análise, de julgamento, de síntese e de
percepção ao interpretar dados clínicos.
Os diagnósticos de enfermagem baseiam-se tanto nos problemas reais
(voltados para o presente) quanto nos problemas potenciais (voltados para o futuro),
que podem ser sintomas de disfunções fisiológicas, comportamentais, psicossociais
ou espirituais.
Cabe ressaltar que os diagnósticos devem ser identificados e listados em
ordem de prioridade, com base no grau de ameaça ao nível de bem-estar do paciente,
proporcionando, assim, um foco central para as etapas subsequentes.
No Brasil, a expressão, diagnóstico de enfermagem, foi introduzida por Wanda
Aguiar Horta, na década de 60 e constitui-se em uma das etapas do processo de
enfermagem. Para Horta, o diagnóstico de enfermagem é a identificação das

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necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação, pelo
enfermeiro, do grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão.
Para comunicar as decisões sobre os diagnósticos de enfermagem do
indivíduo, da família ou da comunidade, é importante que se utilize um sistema de
linguagem padronizada. Há sistemas de linguagem específicos da enfermagem,
como a Classificação de diagnósticos da NANDA.

1.3 Planejamento da Assistência de Enfermagem.

O planejamento da assistência constitui a terceira etapa do processo de


enfermagem e consiste nos seguintes passos: estabelecimento de prioridades para
os problemas diagnósticos; fixação de resultados com o paciente, se possível, a fim
de corrigir, minimizar ou evitar problemas.
O planejamento da assistência de enfermagem consiste em um plano de ações
para se alcançarem resultados em relação a um diagnóstico de enfermagem.
Essa fase de planejamento da assistência ou mesmo de elaboração de um plano de
cuidados por escrito é importante:
● promover a comunicação entre os cuidadores
● direcionar o cuidado e a documentação
● criar um registro que pode ser usado mais tarde em avaliações, em pesquisas
e em situações de cunho legal.
● fornecer a documentação das necessidades de atendimento de saúde com a
finalidade de reembolso do seguro.

Desse modo, a fase de planejamento que faz parte dos conhecidos planos de
cuidados, hoje definidos como processo de enfermagem, possibilita que os
profissionais enfermeiros mantenham uma comunicação a partir do estabelecimento
de resultados esperados para cada necessidade (diagnósticos de enfermagem)
levantada durante a anamnese e o exame físico do paciente.
Operacionalmente, o planejamento inicia-se pela priorização dos diagnósticos
de enfermagem que foram estabelecidos, ou seja, o enfermeiro e sua equipe analisam
e determinam quais problemas ou necessidades do paciente são urgentes e precisam
de atendimento imediato e aqueles cujo atendimento poderá se dar a médio ou a
longo prazo.

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Os problemas urgentes são aqueles que interferem na estabilidade
hemodinâmica do paciente, levando-o a correr risco de morte. Quando possível, o
paciente deverá ser envolvido na discussão das prioridades de seus problemas. Os
resultados esperados constituem um componente essencial na fase de planejamento,
uma vez que, ao avaliar o alcance dos resultados o enfermeiro poderá definir
posteriormente se o diagnóstico de enfermagem foi minimizado ou solucionado – ou
seja, se as prescrições de enfermagem foram eficazes.
Portanto, os resultados esperados são de extrema importância na fase de
avaliação do processo de enfermagem, tornando-se indicadores do sucesso do plano
estabelecido. Além disso, os resultados esperados devem estar relacionados com a
reação humana identificada no enunciado do diagnóstico; ser centrados no paciente,
não no enfermeiro; ser claros e concisos; descrever um comportamento mensurável;
ser realistas (atingíveis) e determinados junto com o paciente; e apresentar um limite
de tempo.
Veja o exemplo a seguir:

Exemplo 1:
Diagnóstico de Enfermagem: Integridade da pele prejudicada relacionada à
emagrecimento, imobilização física, idade avançada, circulação alterada evidenciada
por hiperemia na região sacral.
Resultados esperados: o paciente apresentará melhora da integridade da pele na
região sacral em até 7 dias.

Exemplo 2:
Diagnóstico de Enfermagem: Déficit no autocuidado para banho relacionado à
sedação instituída evidenciado por sujidades no couro cabeludo.
Resultados esperados: o paciente irá adquirir capacidade de cuidar de si mesmo e
de sua higiene corporal em até 30 dias.

1.4 Implementação (Prescrição de Enfermagem)

A implementação constitui a quarta etapa do processo de enfermagem.


Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era uma proposta.
Essa fase ocorre quando o enfermeiro realiza, implementa as intervenções, estas

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implementações são vistas como as ações prescritas e necessárias para a obtenção
dos resultados esperados.
Como o cuidado de enfermagem é fornecido para ajudar no alcance dos
resultados esperados para o paciente, os enfermeiros devem centrar suas ações no
planejamento efetuado, certificando-se de que cada atividade implementada é
necessária e exigida.
Nesta fase é necessário que o profissional enfermeiro e os demais membros
da equipe de enfermagem (técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem), tenham
habilidades técnicas e psicomotoras específicas, a fim de que, durante a interação
com os pacientes, possam desenvolver uma relação de confiança.
Ao prescrever os cuidados de enfermagem, o enfermeiro deve estar atento aos
fatores relacionados e às características definidoras identificados na elaboração dos
diagnósticos de enfermagem, isto porque, ao fazer as prescrições, seu foco deve ser
reverter os fatores etiológicos associados aos diagnósticos e solucionar os sinais e
sintomas (características definidoras de um diagnóstico de enfermagem).
Cabe ressaltar que, no caso de diagnósticos de risco, as prescrições devem
ser focadas na alteração ou eliminação dos fatores de risco.
As prescrições devem incluir a ação a ser realizada (os verbos deverão estar
no infinitivo), conter uma frase descritiva (o quê, como, quando, onde, com que
frequência, por quanto tempo ou quando), quem deve realizá-la e a assinatura do
enfermeiro responsável por sua confecção.
Veja no exemplo a seguir:
● Diagnóstico de enfermagem: Integridade tissular prejudicada, relacionada a
imobilização física e circulação alterada, evidenciada por ferida com área de
solapamento de 8 cm na região trocantérica D.
● Resultado esperado: O paciente apresenta melhora no aspecto da lesão da
região trocantérica D e com redução da área de solapamento em até 15 dias.
● Prescrição de Enfermagem:
1. Realizar mudança de decúbito de 2/2 h. Não posicionar o paciente em decúbito
lateral direito. (Técnico de enfermagem). Horário: 8 h, 10 h, 12 h, 14 h, 16 h,
18 h, 20 h, 22 h, 0 h, 2 h, 4h, 6 h.
2. Fazer curativo em lesão trocantérica D com SF0,9% em jato e curativo de
alginato de cálcio, ocluindo-o com gaze e fita hipoalergênica hoje. Avaliar o
curativo diariamente e trocá-lo em 3 dias, ou antes, se estiver sujo, úmido, solto

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ou saturado. Realizar o registro sobre o aspecto e as dimensões da lesão.
(Enfermeiro). Horário: 08:30h.

Para ter uma diretriz sobre o que deve ser prescrito a fim de que os resultados
esperados sejam alcançados, o enfermeiro pode consultar a Nursing Intervention
Classification (NIC), uma taxonomia de intervenções de enfermagem.
A NIC começou a ser desenvolvida em 1987 na Universidade de Iowa, EUA.
O impulso para se iniciar esse trabalho sobre intervenções de enfermagem começou,
em parte, com o trabalho da NANDA, uma vez que, até então, a compreensão vigente
era de que, quando um enfermeiro formula um diagnóstico de enfermagem, ele tem
o dever de resolvê-lo ou minimizá-lo.

1.5 Avaliação de Enfermagem.

A avaliação ou evolução é a quinta etapa do processo de enfermagem,


consiste na ação de acompanhar as respostas do paciente aos cuidados prescritos e
implementados, por meio de anotações no prontuário ou nos locais próprios, da
observação direta da resposta do paciente à terapia proposta, bem como do relato do
paciente.
Nessa fase do processo de enfermagem (PE), o enfermeiro avalia a eficácia
da prescrição de enfermagem, respondendo a questões como estas: como o paciente
progrediu em termos dos resultados esperados (RE)? O paciente apresenta novas
necessidades? A prescrição precisa ser revista?
Desse modo, o enfermeiro avalia o progresso do paciente, institui medidas
corretivas e se necessário, revê a prescrição de enfermagem. A avaliação cuidadosa,
deliberada e detalhada de vários aspectos do atendimento ao paciente é a chave para
a excelência no fornecimento do atendimento de saúde.
Cabe reforçar que, mesmo sendo considerada a última etapa do processo de
enfermagem, a avaliação não o conclui, pois deve levar à reavaliação, que resulta em
reinício do processo. Ao realizar a avaliação diária, o enfermeiro irá detectando os
cuidados que devem ser mantidos, os que devem ser modificados e os que já podem
ser finalizados, ou seja, aqueles que já supriram as necessidades do paciente.

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IMPORTANTE!
Você sabe a diferença de anotação para evolução de enfermagem?

● A anotação de enfermagem tem por finalidade registrar informações sobre a


assistência prestada a fim de comunicá-las aos membros da equipe de saúde
e é realizada por todos os membros da equipe de enfermagem. Do ponto de
vista legal, somente o que foi registrado pode ser considerado como
executado, portanto, no seu conteúdo devem constar todos os cuidados
realizados.

● A evolução de enfermagem é o registro feito pelo enfermeiro, após avaliar o


estado geral do paciente frente aos cuidados prestados e resultados
alcançados, após um período preestabelecido. Leva o enfermeiro a manter,
modificar ou suspender cuidados prescritos. Geralmente é efetuada a cada
24h, ou quando ocorre modificação no estado do paciente.

3. RELAÇÃO ENFERMAGEM X CLIENTE.

A enfermagem é uma profissão humanista, em seus princípios básicos, seu


discurso é humanista, embora muitas vezes, o profissional encontre-se agindo contra
seus princípios profissionais mais elevados. O objetivo da enfermagem é suprir a
ajuda que o paciente requer para satisfazer suas necessidades.
Tendo alcançado o seu objetivo, a equipe de enfermagem contribui
simultaneamente para a saúde física e mental do paciente. Como destacam alguns
autores, “cuidar é a razão de ser da enfermagem e consequentemente ética da
enfermagem, mas a ética do respeito transcende os limites da enfermagem, para ter
aplicações a todos os níveis da sociedade.
Atender o paciente de maneira mais humana deveria ser prioridade para todos
os profissionais de saúde. O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre
duas ou mais pessoas, o profissional e a pessoa que requer ajuda, que se dá através
do processo terapêutico (início, desenvolvimento e final) objetivando a resolução do
problema apresentado.
Primeiramente a maior dificuldade no relacionamento com os doentes é o
profissional de saúde, no caso o enfermeiro e técnico, é o de deixar transparecer seus

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problemas profissionais, muitas vezes descontando nos pacientes com um
relacionamento agressivo e frio.
Mesmo que o profissional de enfermagem não pratique esse relacionamento
inadequado eles ainda podem passar para o seu paciente a sensação de despreparo
profissional, pois o profissional de Saúde na maioria das vezes não está educado para
a abordagem psicológica dos doentes.
Ele ainda frisa que é indispensável uma aprendizagem a tal respeito sob a
orientação de alguém, seja um psicólogo ou não, para que assim se evite profissionais
semelhantes a máquinas que lançam perguntas exatas como, onde lhe dói? Desde
quando?
Essas perguntas penetram no ouvido do paciente como balas, trazendo assim
uma alteração no resultado do diagnóstico, como por exemplo, aumento de pressão,
taxas sanguíneas, batimentos cardíacos etc. Isso só vem a acrescentar a nos mostrar
tal quão é importante o relacionamento terapeuta-paciente.
Mas essa prática de relacionamento ainda é comum nas alas hospitalares,
porque é mais cômodo observar, descrever, palpar, manipular um corpo do que
acolher uma linguagem e envolver-se numa participação, num diálogo ou num silêncio
atencioso.
Nesse relacionamento inadequado o paciente passa a ser um "paciente-
objeto" dominado pelo agente do "saber-poder", uma relação ainda que superficial
nesse caso é reduzida à mais pobre expressão, ao "in"-pessoal. Para corrigir essa
relação é importante que o indivíduo se expresse e seja ouvido.

3.1 Humanização do profissional da saúde

O profissional da saúde deve entender que seu ofício vai além de cumprir
horário, de respeitar as normas de trabalho, entre outras responsabilidades. Lidar com
vidas humanas demanda, acima de tudo, um posicionamento individualizado com
estima e apreço.
Ao técnico em enfermagem compete respeitar a individualidade de seus
pacientes, não os vendo somente como um a mais para cuidar. Esse profissional deve
buscar uma proximidade ao tratar cada um, considerando sempre suas necessidades
físicas e emocionais.

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Sendo assim, cabe a você reconhecer sua vocação para demonstrar
humanização em seu relacionamento com os pacientes, como também colocar em
prática todo o aprendizado adquirido em sua formação técnica.

3.2 Relação entre técnico em enfermagem e paciente.

Como já citado no texto, a relação entre técnico em enfermagem e paciente,


sendo positiva, traz grandes benefícios para a recuperação do doente. Mesmo em
funções corriqueiras, como aferir a pressão arterial para o controle da pressão alta, o
profissional pode transmitir afeto e carinho, os quais são fatores muito importantes
para a cura.
Ao exercer essa profissão, a pessoa precisa saber manter a calma quando,
por exemplo, o paciente está em desespero ou ansioso pela sua recuperação. No
caso de sofrimento, dar uma palavra de acalento pode ser bastante significativo e
contribuir diretamente para o restabelecimento do enfermo.
Saber compreender, gostar de cuidar de pessoas e ser atencioso são algumas
características que possibilitam uma relação favorável e o bem-estar dos pacientes,
levando-os a cumprir o tratamento designado pelo médico.

3.3 Vínculo entre familiares e técnico em enfermagem.

Além disso, o técnico em enfermagem deve ter um bom relacionamento não


somente com os pacientes, mas também com seus familiares. Uma família que possui
algum ente querido que carece de cuidados médicos tem no técnico de enfermagem
uma ponte de ligação com o restante da equipe de saúde.
Por outro lado, o familiar também passa a ser um elo entre o técnico de
enfermagem e o paciente. Por meio de orientações dadas pelos profissionais da
saúde, os familiares sentem-se mais tranquilos, influenciando positivamente o
paciente na sua recuperação plena.

3.4 Distanciamento que a profissão exige.

Para os que estão na carreira de técnico em enfermagem, lidar com o


sofrimento de pacientes e familiares não é uma tarefa fácil. Enfrentar uma rotina de

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trabalho, vivenciando diferentes experiências de enfermidades, requer do profissional
um equilíbrio emocional para que tais sentimentos não permeiam sua vida.
Assim sendo, faz-se necessário manter um certo distanciamento em relação a
saber separar e lidar com diferentes sentimentos que afligem as pessoas das quais
precisa cuidar.
Como você acompanhou neste texto, a relação entre técnico em enfermagem
e paciente é algo a ser aprimorado a cada dia do exercício da profissão. Saber
oferecer cuidado, carinho e otimismo a familiares e pacientes requer vocação e
disposição em servir ao próximo.

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ATIVIDADE

1. Processo de enfermagem é um método utilizado para se implantar, na


prática profissional, uma teoria de enfermagem. No Brasil, o Processo de
Enfermagem foi introduzido pela Professora Wanda de Aguiar Horta, na
década de 1970, que o definiu como a dinâmica das ações sistematizadas
e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano. As fases do
Processo de Enfermagem são:
a) Coleta de dados ou investigação; diagnóstico de enfermagem; planejamento
da assistência de enfermagem; implementação (prescrição de enfermagem);
avaliação de enfermagem.
b) Coleta de dados ou investigação; diagnóstico de enfermagem; implementação
(prescrição de enfermagem); avaliação de enfermagem.
c) Coleta de dados ou investigação; diagnóstico de enfermagem; planejamento
da assistência de enfermagem; implementação (prescrição de enfermagem).
d) Diagnóstico de enfermagem; planejamento da assistência de enfermagem;
implementação (prescrição de enfermagem); avaliação de enfermagem.

2. Constitui a segunda etapa do processo de enfermagem. Durante essa


etapa, os dados coletados na investigação são analisados e interpretados
criteriosamente. Este conceito refere-se a qual etapa do processo de
enfermagem?

a) Coleta de dados ou investigação;


b) Diagnóstico de enfermagem;
c) Planejamento da assistência de enfermagem;
d) Implementação (prescrição de enfermagem);
e) Avaliação de enfermagem.

3. A quarta etapa do processo de enfermagem. Implementar significa


colocar em prática, executar o que antes era uma proposta. Nesta fase é
necessário que o profissional enfermeiro e os demais membros da equipe
de enfermagem (técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem), tenham
habilidades técnicas e psicomotoras específicas, a fim de que, durante a

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interação com os pacientes, possam desenvolver uma relação de confiança.
Este conceito refere-se a qual etapa do processo de enfermagem?

a) Coleta de dados ou investigação;


b) Diagnóstico de enfermagem;
c) Planejamento da assistência de enfermagem;
d) Implementação (prescrição de enfermagem);
e) Avaliação de enfermagem.

GABARITO

1=A /2=B /3=D

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UNIDADE II

4. TIPOS DE PACIENTES.

O Sistema de classificação de pacientes (SCP) é uma forma de determinar o


grau de dependência de um paciente em relação à equipe de enfermagem,
objetivando estabelecer o tempo despendido no cuidado direto e indireto, bem como
o qualitativo de pessoal para atender às necessidades biopsicosocioespiritual do
paciente.

As categorias de pacientes de nível de complexidade da assistência são:

I. Paciente de cuidados mínimos (PCM): paciente estável sob o ponto de vista


clínico e de enfermagem e auto suficiente quanto ao atendimento das
necessidades humanas básicas;
II. Paciente de cuidados intermediários (PCI): paciente estável sob o ponto de
vista clínico e de enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de
enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas;
III. Paciente de cuidados de alta dependência (PCAD): paciente crônico,
incluindo o de cuidado paliativo, estável sob o ponto de vista clínico, porém
com total dependência das ações de enfermagem para o atendimento das
necessidades humanas básicas;
IV. Paciente de cuidados semi-intensivos (PCSI): paciente passível de
instabilidade das funções vitais, recuperável, sem risco iminente de morte,
requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada;
V. Paciente de cuidados intensivos (PCIt): paciente grave e recuperável, com
risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo
assistência de enfermagem e médica permanente e especializada.

5. TÉCNICAS DE ENTREVISTAS.

Quando nos referimos a entrevista, descrevemos aquilo que chamamos de


entrevista compreensiva. Para os enfermeiros é esse estilo de entrevista que
proporciona a compreensão de como a pessoa é, de como ela encara o processo

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saúde-doença, quais são suas perspectivas em relação ao cuidado e como pode
participar do plano de cuidados que será estabelecido pelo enfermeiro.
A entrevista compreensiva é mais que um diálogo organizado entre duas
pessoas. Exige certas habilidades do enfermeiro, como saber ouvir e entender, saber
explorar os dados que o paciente traz, sem invadir seu espaço pessoal, demonstrar
interesse e conhecimento, ser receptivo e estabelecer comunicação com o paciente
para que ele se sinta à vontade em responder as perguntas.
Na enfermagem, a entrevista aparece como um instrumento efetivo no
desenvolvimento da prática profissional cotidiana, especialmente para a coleta de
dados, que, em geral, ocorre em uma fase inicial do contato entre paciente e
enfermeiro. Essa é a primeira e melhor oportunidade para o paciente dizer como
percebe seu estado de saúde.
Importante ressaltar que o exame físico poderá estabelecer-se em um clima
de confiança e de familiaridade se essa interação inicial for positiva. A entrevista
permite a leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não
verbal, que ela seja individualizada ou em um grupo específico - grupo focalizado.
Ademais, ela possibilita esclarecimentos para ambas as partes à medida que se
desenvolve, favorecendo a validação daquilo que está sendo dito.
Algumas sugestões importantes para uma boa entrevista:
● Procure falar apenas o necessário, para que possa ouvir mais atentamente o
que o paciente tem a dizer, evitando conclusões precipitadas que acabem
abreviando o raciocínio do paciente.
● Evite interrompê-lo durante suas colocações. Infelizmente, nossa necessidade
de falar é maior do que nossa capacidade de ouvir.
● Dê respostas claras e adequadas à compreensão e as perguntas do paciente.
Muitas vezes, a preocupação do paciente consigo mesmo diante da situação
de entrevista é o maior obstáculo à comunicação.

Lembrando que o objetivo da entrevista de coleta de dados é:


● Saber como o cliente está: condições físicas e psíquicas.
● Situar como o cliente é, suas características gerais e seus hábitos.
● Conhecer como o cliente percebe o processo saúde-doença: crenças e
valores.
● Identificar demandas de cuidado: percebidas pelo paciente e pelo enfermeiro.

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● Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológicas, emocionais, mentais,
espirituais e sociais.

É necessário acrescentar outros aspectos à condução da entrevista. Entender


e realizar a entrevista dessa forma ajuda tanto o enfermeiro como o paciente a situar-
se nesse contexto, o que propicia um clima de entrosamento, confiança e
proximidade. Assim, a entrevista pode ser didaticamente dividida em três fases:
introdução, corpo e fechamento.

● Introdução: o enfermeiro se apresenta, caso não o tenha feito anteriormente,


ao recepcionar o paciente. Deve chamar o paciente pelo primeiro nome,
precedido de senhor(a) ou Seu/Dona, e perguntar por qual nome/sobrenome
prefere ser chamado. Recomenda-se evitar o uso de apelidos ou títulos, como
vozinho(a) ou tio(a), que podem dar a falsa ideia de intimidade. E explicar que
necessita entrevistá-lo, colhendo informações a respeito de diversos assuntos,
os quais permitirão adequar a assistência de enfermagem a suas demandas.

● Corpo da entrevista: Após o primeiro momento, o enfermeiro dá início à


entrevista propriamente dita. A intenção é compreender o ser humano que está
diante de nós, a primeira pergunta a ser feita é: Como o(a) senhor(a) está?
Nesta fase, o paciente é encorajado e estimulado a expressar a percepção que
possui de sua história de saúde, contando detalhes a respeito do
funcionamento de seu corpo, de queixas, sentimentos, sofrimentos que possa
estar sentindo. É nesse momento que normalmente se inclui a queixa principal
do paciente.

● Fechamento da entrevista: nesta fase, o enfermeiro deve conscientizar o


paciente de que a entrevista está terminando, dando-lhe a oportunidade para
que exponha algo que ainda não tenha sido abordado e que julgue importante.
Ainda nesta fase, o enfermeiro precisa dar oportunidade ao paciente para que
ele também seja o entrevistador, dispondo-se a esclarecer suas dúvidas
quanto ao tratamento e as rotinas do hospital, além de começar a estabelecer
metas conjuntas a respeito do planejamento da assistência de enfermagem. É

21
também importante agradecer a colaboração e deixá-lo à vontade para
complementar algum dado que achar importante, caso lembre, posteriormente.

Com isso, a ênfase dada à entrevista realizada pelo enfermeiro tem como
objetivo estabelecer contato, ou seja, desenvolver um relacionamento caracterizado
pela confiança mútua, além de levantar dados importantes que irão nortear a
assistência.

6. EXAME FÍSICO.

Compreende-se por exame físico o uso de instrumentos e técnicas


propedêuticas com a intenção de realizar o levantamento das condições globais do
paciente, tanto físicas como psicológicas, no sentido de buscar informações
significativas para a enfermagem, capazes de subsidiar a assistência a ser prestada
ao paciente. Em conjunto com a entrevista, o exame físico, compõe a coleta de dados,
parte fundamental do processo de enfermagem.
Para realizar o exame físico, é necessário que o examinador possua
conhecimento prévios de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e outras ciências afins,
bem como conhecimento acerca da terminologia adequada para as evoluções e
anotações de enfermagem, dos passos propedêuticos para sua execução e do
relacionamento interpessoal a ser estabelecido entre enfermeiro e paciente.
Os passos propedêuticos fundamentais a serem empregados no exame físico
são: inspeção, palpação, percussão e ausculta, os quais devem ser realizados a partir
da utilização dos sentidos de visão, audição, tato e olfato. Esses sentidos podem ser
ampliados ao se utilizar instrumentos específicos, como o estetoscópio, o
oftalmoscópio, a fita métrica, o termômetro, as espátulas, etc.

6.1 Inspeção

A inspeção é um exame minucioso e criterioso, onde realiza a avaliação do


corpo quanto à forma, cor, simetria, odor e presença de anormalidades; primeiro da
pessoa como um todo e depois de cada sistema do corpo. O procedimento tem início
a partir do primeiro contato com o indivíduo, onde é desenvolvida uma “avaliação

22
geral”. À medida que prossegue com o exame, inicia-se a avaliação de cada sistema
corporal com a inspeção.
A inspeção requer uma boa iluminação, exposição adequada e o uso ocasional
de instrumentos (otoscópio, oftalmoscópio, lanterna de bolso e espéculos nasal e
vaginal) para ampliar a sua visão.

6.2 Palpação

A palpação utiliza o sentido do tato para avaliar os seguintes fatores: textura,


temperatura, umidade, localização e tamanho do órgão; e a presença de qualquer
edema, vibração ou pulsação, rigidez e espasticidade, crepitação, nódulos ou massas
e sensibilidade ou dor. Técnica que permite a obtenção de dados a partir do tato
(mais superficial) e da pressão (mais profunda). As diferentes partes das mãos devem
ser usadas para examinar segmentos distintos:
● palpação com a mão espalmada;
● palpação com uma das mãos sobrepondo-se a outra;
● palpação com a mão espalmada;
● usando-se apenas as polpas digitais;
● palpação usando-se o polegar e o indicador, formando uma pinça;
● palpação com o dorso dos dedos (avaliar temperatura);
● palpação em garra.

6.3 Percussão

Baseia-se nas vibrações originadas de pequenos golpes realizados em


determinada superfície do corpo. Para produzir sons que permitam avaliar as
estruturas, posição, tamanho, densidade de uma estrutura adjacente; pelo tipo de
som produzido. As técnicas de percussão são:
● percussão direta;
● percussão digito-digital (apenas o dedo médio da mão E toca a parte a ser
percutida);
● punho percussão com a borda da mão;
● percussão por piparote.

23
6.4 Ausculta

A ausculta consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo, como o coração,


os vasos sanguíneos, os pulmões e o abdome, através de um estetoscópio. Escolha
um estetoscópio com duas extremidades, um diafragma e uma campânula. O
diafragma tem uma borda plana e é mais adequado para sons altos e agudos
respiração, intestino e sons cardíacos normais. Segure o diafragma firmemente contra
a pele da pessoa, com firmeza suficiente para deixar um leve sinal anelar impresso
na pele após a retirada do instrumento.
A extremidade da campânula tem uma forma profunda, oca, em taça. É mais
apropriada para sons graves e baixos, como sons cardíacos extras ou sopros.
Segure-a levemente contra a pele da pessoa, o suficiente para formar uma vedação
perfeita. Pressionando-se com mais força, a pele age como um diafragma, eliminando
os sons graves.
A técnica do exame físico geralmente obedece a um sentido cefalocaudal,
considerando, em todo o seu desenvolvimento, a impressão geral que o examinado
transmite ao examinador, a simetria, integridade e a funcionalidade dos segmentos
examinados. Para que seja feita de maneira sistemática, o exame físico é
desenvolvido em dois momentos: exame físico geral e exame específico dos
sistemas.
Iniciaremos pelo exame físico geral, que consiste no exame externo do
paciente, incluindo as condições globais, como estado geral, estado mental, tipo
morfológico, dados antropométricos, postura, locomoção, expressão facial (fáceis),
sinais vitais, pele, mucosas e anexos.

● AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E ESTADO MENTAL.

O exame deve avaliar:

24
(BARROS, 2016) / (Fonte: Autoria própria, 2022).

● TIPO MORFOLÓGICO.

➔ Brevilíneo; Normolíneo; Longilíneo.

Fonte:https://www.passeidireto.com/arquivo/78345338/roteiro-exame-fisico-geral/2

25
● DADOS ANTROPOMÉTRICOS.

(Fonte: Autoria própria, (2022).

● FÁCIES.

(Fonte: Autoria própria, (2022).

26
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/78345338/roteiro-exame-fisico-geral/2

● SINAIS VITAIS.

(Fonte: Autoria própria, (2022).

● PULSO: O pulso é verificado utilizando-se a polpa dos dedos indicador e


médio, por meio da palpação de uma artéria. Características:

➔ Intensidade: Cheio ou filiforme.


➔ Ritmicidade: Regular ou irregular.
➔ Simetria: Iguais em ambos os membros

27
Locais para avaliação dos pulsos.

(Fonte: Autoria própria, (2022).

Fonte: https://blog.maxieduca.com.br/sinais-vitais-ssvv/

● FREQUÊNCIA CARDÍACA: Percepção de uma onda de pressão que é


transmitida através do sangue impulsionado do ventrículo esquerdo para a
aorta. A frequência cardíaca pode diferenciar-se do pulso devido a arritmias

28
cardíacas. Pode ser verificada por meio da ausculta do pulso apical ou
visualização do monitor (caso o paciente esteja monitorado).
➔ Verificar durante 1 minuto.
➔ Valor de normalidade: 50 a 100 bpm.

<50 bpm - BRADICARDIA.


>100 bpm - TAQUICARDIA

● FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: A contagem dos movimentos respiratórios


deve ser realizada sem que o paciente tenha consciência desse procedimento,
uma vez que a respiração pode assumir um padrão alterado.

➔ Verificar durante 1 minuto, avaliando características como ritmo, profundidade


e desconforto respiratório.
➔ Registrar dados sobre o padrão respiratório e condições de oxigenação do
paciente.
➔ Valor de normalidade: 12 a 20 rpm.

● PRESSÃO ARTERIAL: A pressão arterial consiste na tensão que o sangue


exerce nas paredes das artérias e depende do débito cardíaco, da resistência
vascular periférica e da elasticidade dos vasos.
➔ Deve ser verificada, de preferência, nos membros superiores, pelo uso de um
estetoscópio e de um esfigmomanômetro de tamanho apropriado.
➔ Se a pressão arterial estiver fora dos padrões basais do indivíduo ou das
recomendações das diretrizes, deverá ser mensurada novamente.

29
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/14052778/

● TEMPERATURA CORPORAL: A avaliação é feita com o auxílio de um


termômetro.
➔ Pode ser verificada na cavidade oral, Retal, Axilar e Pavilhão auricular.
➔ Na verificação da temperatura axilar, é preciso tomar cuidado para que
essa região esteja isenta da umidade do suor, pois o resultado da leitura
pode ser alterado.

● PELE.

Observar:
➔ Cor:
● Melanina: a quantidade de melanina é determinada geneticamente,
sendo aumentada por meio de exposição à luz solar.
● Caroteno: é um pigmento dourado, que existe na gordura subcutânea
nas regiões queratinizados do corpo, como as regiões palmar e plantar.
● Oxiemoglobina: é um pigmento vermelho, predominante em artérias e
capilares, que causa vermelhidão na pele quando em excesso e palidez
quando escasso.

30
● Desoxiemoglobina: é um pigmento mais escuro, menos avermelhado
e mais azulado.
➔ Umidade o Ressecamentos,
➔ Oleosidades e sudorese.
➔ Temperatura e Textura.
➔ Turgor o Prega cutânea.
➔ Presença de lesões e edemas → Sinal de Godet/Cacifo.

Icterícia: Coloração amarelada da pele, pode estar associada à presença


excessiva de caroteno ou a distúrbios hepáticos.

Cianose: Pele de coloração azulada, na qual pode ser indicativo de má perfusão


sanguínea periférica.

● MUCOSAS: devem ser inspecionadas com bastante rigor, verificando-se sua


coloração (normal é róseo-avermelhada) e hidratação. A presença de icterícia
e descoramento é evidenciada na mucosa ocular, e a cianose apresenta-se
frequentemente nos lábios e na língua

● ANEXOS.

● Inspeção: Distribuição, quantidade e cor dos pelos.


➔ Hipertricose: Aumento da quantidade de pelos.
➔ Hipotricose: Diminuição dos pelos.
➔ Alopecia: Ausência generalizada ou localizada de pelos.

● Formato, cor ou presença de lesões das unhas.


➔ Geralmente são róseas, lisas e convexas.
➔ Algumas doenças podem deformar as unhas (pneumopatias crônicas,
cardiopatias, congênitas e micoses).

31
Agora falaremos sobre o exame físico específico dos sistemas.

● EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO.

A realização do exame em etapas sucessivas (deitado, sentado e de pé)


pode torná-lo mais rápido e lógico, bem como reduzir as inúmeras mudanças de
posição.

➔ Propedêutica neurológica:
● Anamnese neurológica;
● Avaliação resumida do estado mental.
● Distúrbios das funções cerebrais superiores.
● Nível de consciência.

➔ Avaliação:
● Das pupilas.
● Da coluna.
● Do equilíbrio.
● Da função motora.
● Da função sensitiva.
● Coordenação.
● Reflexos.
● Dos nervos cranianos.

➔ AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

32
➔ AVALIAÇÃO PUPILAR.

O exame das pupilas deve ser realizado observando-se:


● Diâmetro: iguais: isocóricas e verificação se uma pupila é maior que a outra:
Anisocóricas.
● Simetria:
● Reação à luz: Reflexo fotomotor.

➔ AVALIAÇÃO DA COLUNA CERVICAL E LOMBOSSACRAL.

● Sinal de Kerning

Sinal de Kerning é pesquisado colocando-se o paciente em decúbito dorsal,


flexionando a coxa sobre a bacia, em ângulo reto, e, depois, realizando extensão da

33
perna sobre a coxa, observando-se
resistência, limitação e dor com a manobra.
Considera-se a prova positiva quando o
paciente referir dor ao longo do trajeto do
nervo isquiático e tentar impedir o movimento.

Fonte:https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acpmedicine/7428/meningite_bacteriana_aguda.htm

● Sinal de Brudzinski
Sinal da nuca de Brudzinski é
evidenciado quando a flexão da nuca
determina a flexão involuntária das
pernas e das coxas e expressão
fisionômica de dor.

Fonte:https://maestrovirtuale.com/sinal-de-kernig-exploracao-causas-e-utilidade/

● Sinal de Laségue

É pesquisado com o paciente em decúbito dorsal, com a perna em completa


extensão, fazendo-se a flexão da coxa sobre a bacia. A prova é positiva quando o
paciente refere dor no trajeto do isquiático. Pode-se realizar a dorsiflexão do pé e do
hálux, com a mesma resposta.

Fonte: https://www.o-que-e.com/o-que-e-sinal-de-lasegue/

34
➔ EQUILÍBRIO.

● Abasia - Impossibilidade de andar.


● Disbasia - Distúrbios de marcha.
● Equilíbrio Estático o Sinal de Romberg o Manobras de sensibilização.
● Equilíbrio Dinâmico.
➢ Solicitar ao paciente que caminhe normalmente e, depois, pé ante pé.
➢ A princípio, em marcha normal; depois nas pontas dos pés e, enfim,
nos calcanhares.
➢ Andar rapidamente, voltar rapidamente, ir para frente e para trás.

● AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA.

● O exame do sistema motor inclui a avaliação do tônus e da força muscular.


● O tônus muscular é avaliado palpando-se grupos musculares tanto em
repouso como em sua movimentação ativa:
➔ Flacidez (lesões no neurônio motor inferior)
➔ Rigidez (lesões de gânglios basais)
➔ Espasticidade (lesões no neurônio motor superior)

HIPOTONIA: Diminuição do tônus muscular;


HIPERTONIA: Aumento do tônus muscular;
MIOTONIA: Relaxamento lentificado após contração muscular;
DISTONIA: Contração muscular da musculatura agonista e antagonista.

● AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA.

➔ Sensações mecanorreceptivas (sensações de tato e posição do corpo);


➔ Sensações termorreceptivas (frio e calor);
➔ Sensação a dor (ativada por qualquer fator que lesione o corpo);
➔ O exame da sensibilidade superficial inclui o tato, a dor e a temperatura;

35
➔ A sensibilidade profunda é composta pela sensibilidade vibratória, pela
sensibilidade à pressão e pela sensibilidade cinética postural;
➔ Para o exame sensitivo, peça ao paciente para fechar os olhos e pesquise a
sensibilidade nos membros superiores, no tronco e nos membros inferiores, de
maneira comparativa. Utilizando-se uma gaze ou algodão seco;
➔ Para sensibilidade térmica, utiliza-se tubos de ensaio contendo água fria e
água quente;
➔ Para sensibilidade à dor superficial, utiliza-se um objeto de ponta romba

● AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBELAR E DA COORDENAÇÃO


MOTORA.

➔ Prova dedo-nariz: Tocar a ponta do nariz com o indicador com os olhos abertos
e fechados;
➔ Prova calcanhar-joelho.
● Em decúbito dorsal,
● O paciente deve tocar o joelho com o calcanhar, com os olhos abertos e
fechados.
● A dismetria é a incapacidade que o paciente tem de alcançar o alvo com
precisão.
➔ Prova dos movimentos alternados.
➔ Solicitar ao paciente que realize movimentos rápidos e alternados, abrir e
fechar a mão, pronação e supinação, extensão e flexão dos pés.

● AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS.


➔ I par de nervos craniano (nervo olfatório) - Com os olhos fechados, o
paciente deve identificar odores familiares, cada narina deve ser testada
separadamente.
➔ II par de nervos cranianos (nervo óptico) - O paciente deve cobrir um dos
olhos, fixando seu olhar no nariz do examinador, que move o seu dedo na
frente do paciente, do campo temporal ao campo nasal. O paciente deverá
informar quando estiver visualizando o dedo do examinador.

36
➔ III, IV e VI pares de nervos cranianos (nervos oculomotor, troclear e
abducente) - Pede-se ao paciente para seguir o dedo do examinador em
movimento, para o lado, para cima e para baixo. Com o uso de uma lanterna,
testam-se os reflexos pupilares. Encostar delicadamente uma gaze na
superfície temporal de cada córnea.
➔ V par de nervos cranianos (nervo trigêmeo) - O paciente fecha os olhos, e
com uma gaze o examinador toca a fronte, o queixo e a face lateral do rosto.
O paciente deve descrever o tipo de toque. Pedir ao paciente que abra a boca
amplamente e, com as mãos, tentar fechá-la.
➔ VII par de nervos cranianos (nervo facial) - Avaliar a simetria dos
movimentos faciais enquanto o paciente sorri, assobia, franze as sobrancelhas
e cerra as pálpebras. Testa-se a diferenciação entre doce e salgado.
➔ VIII par de nervos cranianos (nervo vestibulococlear) - Cobrir um dos
condutos auditivos e testar a audição por meio de um som. O paciente fica de
olhos fechados e em pé, com as pernas aproximadas, braços e pernas
paralelos ao corpo (Se manter assim por 10 seg.).
➔ IX par de nervos cranianos (nervo glossofaríngeo) - Observar a elevação e
a contração do palato mole e úvula enquanto o paciente diz “ah”. Avaliar o
reflexo de deglutição. Avaliar capacidade de discriminar entre o gosto doce e
salgado no terço posterior da língua.
➔ X par de nervos cranianos (nervo vago) - Tocar a parte posterior da língua
com um abaixador para desencadear o reflexo de vômito.
➔ XI par de nervos cranianos (nervo acessório) - Avaliar a capacidade do
paciente de encolher os ombros e de fazer rotação com a cabeça contra uma
resistência imposta.
➔ XII par de nervos cranianos (nervo hipoglosso) - O paciente deve empurrar
a ponta da língua contra a bochecha, para ambos os lados.

● EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO.

● CABEÇA
➔ Posição.
➔ Movimentos involuntários.

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➔ Tremores

● CRÂNIO
➔ Tamanho
➢ Microcefalia.
➢ Macrocefalia.
➔ Lesões
➔ Cistos sebáceos
➔ Tumores ósseos
➔ Hematomas ou Nódulos
➔ Características dos cabelos.
● FACE
➔ Expressão.
➔ Coloração da pele.
➔ Manchas o Fácies

● OLHOS

➔ Pálpebras.
➢ Fenda palpebral.
➢ Fechamento e abertura das pálpebras.
➢ Glândulas de Zeiss, Mol e Meibomius.
➢ Presença de edema.
➢ Simetria, presença e distribuição dos cílios.
➔ Músculo orbicular.
➢ Movimento de piscar.
➔ Presença de ptose palpebral
➔ Característica dos globos oculares
➢ EXOFTALMIA: Protusão dos globos oculares.
➢ ENOFTALMIA: Afundamento dos globos oculares.
➢ ESTRABISMO: Desvio

38
➢ NISTAGMO: Movimentos involuntários, rítmicos e repetidos
➔ Conjuntivas
➢ Coloração
➢ Congestão
➢ Secreção
➔ Integridade da Córnea.
➔ Esclerótica
➢ Coloração, pigmentação, presença de hemorragias.
➔ Aparelho lacrimal
➢ Obstruções
➔ Acuidade visual
➢ O paciente deve acompanhar com o olhar a movimentação de
determinado objeto, da direita para esquerda, para cima e para baixo.
Testar cada olho separadamente
➔ Íris
➢ Observar sinais de iridociclite aguda
➔ Pupilas
➢ Devem ser esféricas, negras e isocóricas → Verificar a reação
fotomotora.

● NARIZ E SEIOS PARANASAIS.

➔ Observar a forma e tamanho do nariz.


➔ Examinar a superfície externa do nariz.
➢ Simetria.
➢ Deformidades.
➢ Movimento das asas do nariz.
➔ No exame endonasal.
➢ Verificar a presença de sangue, secreções, crostas e avaliar a
integridade da mucosa.
➢ Observar o septo nasal.

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➔ Seios paranasais.
➢ Por meio da palpação, verificar se há hipersensibilidade.

● OUVIDOS.

➔ Ouvido externo (Pavilhão auricular).


➢ Orelha → Observar forma, tamanho, deformações; o exame do
conduto auditivo externo é realizado com um otoscópio e deve
observar-se a quantidade de cerume e presença de secreções.
➔ Ouvido médio.
➔ Ouvido interno.
➢ Não pode ser visualizado

● BOCA

➔ Integridade e coloração da cavidade bucal.


➔ Hálito o Lábios o Palato.
➔ Úvula.
➔ Gengivas.
➔ Dentes
➢ Quantidade e conservação.
➢ Cáries ou lesões.
➔ Língua.
➢ Tamanho, coloração e característica das papilas.
➔ Tonsilas palatinas.
➔ Orofaringe.

● PESCOÇO
➔ Tamanho.
➔ Postura.
➔ Rigidez da nuca.
➔ Presença de cicatrizes, cianose, ingurgitamento das veias jugulares.

40
➔ Verificar se há aumento das glândulas parótidas ou submaxilares.
➔ Glândula Tireoide.
➢ Tamanho, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade e volume.
➔ Estase jugular.
➢ Deve ser examinada com o paciente em decúbito de 45º.
➔ Carótidas.
➢ Pulsação.
➔ Linfonodos.
➢ Palpar os linfonodos da região cervical, movendo a pele para cima
sobre os tecidos subjacentes.

● EXAME FÍSICO DO APARELHO CIRCULATÓRIO

➔ INSPEÇÃO.
➢ Ictus cordis.
➢ Levantamento sistólico do precórdio → Hipertrofia do ventrículo direito.
➢ Pulsações epigástricas e supra esternais.

➔ PALPAÇÃO.
➢ Palpar o ictus cordis.
➢ Pesquisa de frêmitos.

➔ AUSCULTA.
➔ Bulhas cardíacas.
➢ B1: Fechamento das valvas mitral e tricúspide.
➢ B2: Fechamento das valvas pulmonar e aórtica Sopros.

ANAMNESE DO APARELHO CIRCULATÓRIO.


➔ Investigar a dor.
➢ Tipo.
➢ Localização.
➢ Intensidade.

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➢ Irradiação.
➢ Duração.
➢ Fatores relacionados à melhora e piora.
➢ Associação com náuseas, vômitos, sudorese, palpitação, tontura,
síncope
➔ Fadiga e dispneia.
➢ Verificar os fatores de desencadeamento, melhora e duração dos
episódios.
➔ Pressão Arterial.
➢ Tem uma relação direta com o débito cardíaco e a resistência vascular
sistêmica.
➢ A queda na pressão arterial repercute na diminuição da filtração
glomerular, com consequente diminuição na diurese, ganho de peso e
edema nos membros.

➔ O padrão de sono dos pacientes deve ser realizado, pois o baixo débito
cardíaco influencia nesse padrão.
➔ Além das queixas, o paciente deve informar sobre tratamentos anteriores, e
antecedentes familiares e pessoais.

● EXAME FÍSICO GERAL RELACIONADO AO CARDIOVASCULAR.

➔ Inspecionar o conforto do paciente.


➔ Coletar sinais vitais e dados antropométricos.

Principalmente:
➢ Pressão arterial.
➢ Características dos pulsos.
➢ Frequência cardíaca.
➢ Peso e volume de diurese.
➔ Identificar e avaliar a dispneia.
➢ Dispneia de esforço.

42
➢ Dispneia de decúbito (ortopneia).
➢ Dispneia paroxística noturna.
➢ Dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes.
➔ Nível de consciência.
➔ Pele, mucosas e anexos.
➔ Fadiga.
➔ Alterações do sono.
➔ Estase jugular.
➔ Ascite.
➔ Edemas

● EXAME FÍSICO DO APARELHO RESPIRATÓRIO

● ANAMNESE DO APARELHO RESPIRATÓRIO.


➔ Dispneia.
➔ Tosse.
➢ Início, frequência, intensidade, característica.
➔ Expectoração
➢ Coloração, odor, qualidade e quantidade.
➔ Dor torácica.
➢ Localização, duração, intensidade, tipo de dor, existência de outros
sintomas.
➔ Rouquidão.

43
➢ Dados relativos a doenças comuns de infância, doenças respiratórias
pregressas, alergias, imunizações, história familiar, história profissional
e estilo de vida.

● INSPEÇÃO

➔ Estática.
➢ Condições da pele.
➢ Pelos e sua distribuição.
➢ Presença de circulação colateral.
➢ Abaulamentos → Derrame pleural, aneurisma de aorta.
➢ Retrações → Atelectasias, lesões fibróticas.
➢ Tipo de tórax.
➔ Dinâmica.
➢ Movimentação da caixa torácica.
➢ Frequência respiratória → 12 a 20 incursões por minuto.

● PALPAÇÃO

➔ Palpação da traqueia.
➢ Pesquisa de massas, crepitações ou desvio da linha média
➔ Estrutura da parede torácica.
➢ Presença de crepitações, hipersensibilidade, tônus muscular, presença
de massas, edema e frêmito palpável.
➔ Expansibilidade torácica.
➔ Frêmito toracovocal.
➢ Identificar regiões com aumento, diminuição ou ausência do frêmito.
➔ Frêmito brônquico.

44
● PERCUSSÃO.

➔ Percussão dígito-digital do tórax em localizações simétricas, dos ápices em


direção às bases, primeiro, em um dos lados do tórax, e em seguida, no mesmo
nível.
➔ Sons.
➢ Claro pulmonar.
➢ Hipersonoro.
➢ Timpânico.
➢ Maciço.
➢ Submaciço.
➔ O tecido pulmonar normal apresenta som ressonante ou claro pulmonar, com
timbre grave e oco.
➔ Também é utilizada para avaliar a excursão diafragmática

● AUSCULTA.
➔ Sons respiratórios normais.
➢ Som traqueal.
➢ Som brônquico.
➢ Murmúrio vesicular.
➢ Som broncovesicular.
➔ Ruídos adventícios.
➢ Crepitações ou estertores finos.
➢ Crepitações grossas ou estertores grossos ou bolhosos.
➢ Roncos.
➢ Sibilos.
➢ Atrito pleural.
➢ Cornagem ou estridor.
➔ Sons vocais transmitidos.
➢ Broncofonia.
➢ Egofonia.

45
➢ Pectoriloquia áfona

● EXAME FÍSICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO.

● ANAMNESE DO SISTEMA DIGESTÓRIO.

➔ Hábitos Alimentares.
➔ Alteração de peso.
➔ Sialorréia ou ptialismo.
➔ Soluço.
➔ Disfagia.
➔ Pirose.
➔ Náuseas.
➔ Vômitos.
➔ Eructação.
➔ Dispepsia.
➔ Hábito intestinal.
➔ Dor.
➔ Antecedentes pessoais.
➔ Antecedentes familiares.

● INSPEÇÃO.

➔ Forma.
➔ Simetria.
➔ Características da pele.
➔ Acidentes anatômicos (abaulamentos, retrações, cicatrizes, circulação
colateral, hérnias e movimentos peristálticos visíveis).
➔ Cicatriz umbilical.

46
● AUSCULTA.

➔ Devido à sensibilidade do abdome ao toque, a palpação antes da ausculta


pode modificar os sons peristálticos.
➔ Avaliação dos ruídos hidroaéreos, que são decorrentes dos movimentos
peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo das alças intestinais.
➔ Utilizar o estetoscópio com diafragma previamente aquecido.
➔ Iniciar a ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, no sentido horário.
➔ Podem ser necessários até 5 minutos de ausculta contínua antes que se possa
➔ determinar a ausência de ruídos hidroaéreos
➔ Os ruídos hidroaéreos devem ser descritos quanto a frequência e intensidade

● PERCUSSÃO

➔ A percussão direta ou indireta do abdome auxilia na determinação do tamanho


e da localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distúrbios
de gases, líquidos e massas.
➔ Inicia-se levemente a percussão no quadrante inferior direito, prosseguindo
pelos demais quadrantes no sentido horário.
➔ Os sons produzidos pela percussão são:
➢ Timpânicos.
➢ Hipertimpânicos.
➢ Maciço.
➢ Submaciço.
➔ Um abdome protuberante, a presença de submacicez em ambos os flancos
sugere a ocorrência de ascite.

● PALPAÇÃO.

➔ A palpação do abdome pode ser superficial e profunda.


➔ Determinar tamanho, forma, posição e sensibilidade de órgãos, além da
identificação de massas e acúmulo de fluidos.

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➔ Os quatro quadrantes devem ser palpados em sentido horário.
➔ À medida que a palpação é realizada, deve ser observada a expressão do
paciente, em busca de manifestação de desconforto ou dor.
➔ Procedimentos especiais.
➢ Sinal de McBurney.
➢ Sinal de Rosving.
➢ Sinal de Murphy.
➢ Sinal de Jobert.
➔ O fígado pode ser palpado por meio de duas técnicas.
➢ Técnica bimanual.
➢ Mãos em garra

● EXAME FÍSICO DO APARELHO URINÁRIO.

● ANAMNESE DO APARELHO URINÁRIO

➔ Queimação, dor, urgência ou hesitação para urinar.


➔ Hematúria.
➔ Cor e odor da urina alterados.
➔ Presença de febre nos últimos dias.
➔ Dores nas costas
➔ Perdas urinárias aos esforços.
➔ Urgência para urinar na ausência de infecção.
➔ Sensação de que, após ter urinado, ainda resta urina na bexiga.
➔ Necessidade de acordar frequentemente à noite.
➔ Histórico médico e familiar.
➔ Uso de medicamentos.
➔ Fatores capazes de desencadear insuficiência renal

● INSPEÇÃO

➔ Em condições normais, a inspeção pouco informa sobre alterações.

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➔ Avaliar a presença de abaulamentos no flanco e na fossa ilíaca ou bilateral.
➔ Observar a coloração, o aspecto e o odor da urina.
➔ Verificar a presença de sinais de insuficiência renal (edema periorbital, sacral
e de extremidades, coloração e turgência da pele, estado mental alterado,
sinais de encefalopatias urêmica, arritmias, hálito urêmico, alterações do peso
e volume urinário).

● PERCUSSÃO.

➔ Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito-digital.


➔ A punho-percussão é de grande valia para determinar dados sindrômicos nos
processos inflamatórios renais.
➢ Sinal de Giordano.
➔ A percussão da bexiga deve ocorrer a 5 centímetros da sínfise púbica e o som
obtido nessa região deve ser timpânico.

● PALPAÇÃO

➔ Embora os rins normais sejam praticamente inacessíveis à palpação, ela é o


método semiológico que fornece melhores informações.
➔ Técnicas que auxiliam na avaliação de massas e líquidos.
➢ Método de Devoto.
➢ Método de Israel.
➔ Os rins são indolores, duros, consistência paraquimentosa, superfície regular,
e de formato não muito nítido.
➔ O rim direito é mais facilmente palpável.
➔ A palpação da bexiga deve ser prosseguida após o paciente ter urinado.

● EXAME FÍSICO DOS GENITAIS

● EXAME FÍSICO FEMININO.


➔ EXAME DAS MAMAS.

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➔ Inspeção estática.
➢ Deve ser realizada na mulher com os membros superiores ao
longo do corpo, sentada, tronco desnudo, voltada para o
examinador:
❖ Número (par)
❖ Localização
❖ Divisão (4 quadrantes)
❖ Forma:
➢ Globosa,
➢ Periforme,
➢ Discóide ou plana
➢ Pendente.
❖ Mamilos:
➢ Protuso,
➢ Semi Protuso,
➢ Pseudoinvertido,
➢ Invertido,
➢ Hipertrófico.
➔ Inspeção dinâmica.
➢ Solicita-se que a mulher eleve os braços e, depois, coloque as mãos no
quadril, realizando movimentos e contrações musculares para diante.
➢ Observar a presença de retrações e abaulamentos.

● PALPAÇÃO

➔ Movimentos firmes e suaves


➔ Gânglios.
➢ Supraclaviculares.
➢ Infraclaviculares.
➢ Axilares:

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❖ Palpar aprofundando-se tanto quanto possível à procura de
linfonodos → Caso sejam localizados, registrar o número,
volume, localização, sensibilidade, consistência e mobilidade.
➢ Das mamas:
❖ Palpar delicadamente e de maneira ordenada, obedecendo a
divisão dos quadrantes → Iniciar no quadrante superior externo,
seguindo o sentido horário.

● EXPRESSÃO MAMILAR.

➔ Toda secreção que surgir sem a presença de lactação ou gravidez deverá


receber atenção especial.
➢ Classificação → Serosa, serossanguinolenta, purulenta, situação
normal, colostro, secreção láctea.

● EXAME DA GENITÁLIA EXTERNA

➔ Principais Queixas.
➢ Pruridos, ardores, corrimentos, sangramentos inesperados, lesões,
alterações da coloração da pele, alteração da sensibilidade ou de
volume dos genitais.
➔ A posição Ginecológica ou de Litotomia é a mais adequada.
➔ O esvaziamento prévio espontâneo da bexiga é importante.
➔ Inspeção de genitália externa.
➢ Clitóris
❖ Tamanho e forma
➢ Meato Uretral
❖ Secreção.
➢ Grandes e pequenos lábios
❖ Simetria, coloração, integridade, secreção
➢ Introito vaginal
❖ Hímem.

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➢ Condições do Períneo

● EXAME FÍSICO MASCULINO

● INSPEÇÃO

➔ Presença e distribuição dos pelos


➔ Base dos pelos o Pele (vermelhidão ou escoriações)
➔ Tamanho e forma do pênis
➔ Face ventral e dorsal do corpo do pênis → Edema, coloração, nódulos ou lesão
➔ Expor a glande → Tamanho do prepúcio, secreções, lesões, inflamação na
glande.

● PALPAÇÃO

➔ Nas partes dorsal, ventral e lateral → Massas tumorais ou áreas endurecidas.


➔ Recolocar o prepúcio sobre a glande para aliviar o risco de parafimose.
➔ Orientar o paciente quanto ao acúmulo de esmegma, que pode ocorrer no caso
de higiene deficiente.

● EXAME DO ESCROTO E VIRILHA

➔ O tamanho do escroto varia de acordo com a temperatura ambiente.


➔ Atrofia ou déficit de desenvolvimento do escroto podem estar associados a
criptorquidismo.
➔ A palpação dos testículos deve ser feita separadamente observando tamanho,
forma, textura e hipersensibilidade.
➔ Palpar o epidídimo.
➔ Palpar o cordão espermático.
➔ O exame da virilha deve ser realizado com o paciente em posição supina e
repetido na posição em pé → Inspecionar a região inguinal procurando hérnias

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- Mão direita para palpar a região inguinal direita e mão esquerda para palpar
a região inguinal esquerda.
➔ Palpar a região femoral → Aumento de gânglios linfáticos.

EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR

● EXAME DA FORÇA MUSCULAR.


➔ Capacidade de preensão → Aperto de mão.
➔ Teste de bíceps → Flexão do braço enquanto o enfermeiro aplica
resistência.
➔ Membros inferiores → Aplica-se uma resistência na altura no tornozelo
e solicita-se ao paciente que eleve a perna.
➔ Palpar o músculo para determinar o tônus muscular.

● GRAU DE MOBILIDADE.

COLUNA CERVICAL

➔ Rotação lateral
➢ O paciente deve rodar a cabeça de um lado para o outro.
➔ Inclinação lateral.
➢ O paciente deve tentar tocar o ombro com a orelha
➔ Rotação externa e abdução.
➢ O paciente deve tentar alcançar, o braço por trás da cabeça, a borda
superior da escápula contralateral
➔ Rotação interna e adução
➢ O paciente deve alcançar o acrômio contralateral com o braço.
➔ Extensão
➢ Os braços do paciente abduzidos a 90°, cotovelos em linha reta.
➔ Flexão

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➢ O paciente deve flexionar o cotovelo, tentando tocar a face anterior do
ombro com a mão.
➔ Pronação
➢ É avaliada com os cotovelos fletidos no nível da cintura.

• MÃO E PUNHO

➔ Flexão e extensão do punho


➢ O paciente flexiona e estende o punho
➔ Desvio ulnar e radial.
➢ Movendo-se o punho de um lado para o outro, efetuam-se os desvios
ulnar e radial.
➔ Supinação e pronação.
➢ Testadas com o cotovelo.
➔ Flexão e extensão digital.
➢ O paciente mantém o punho cerrado e solicita-se que estenda dos
dedos. Na flexão os dedos fecham-se tocando a palma da mão
➔ Abdução e adução digital.
➢ O paciente deve afastar os dedos uns dos outros e tornar a aproximá-
los

• QUADRIL E PELVE

➔ Abdução
➢ Solicita-se ao paciente que afaste ao máximo a perna, observando o
movimento.
➔ Adução.
➢ O paciente deve cruzar as pernas alternadamente.
➔ Flexão.
➢ O paciente deve levar o joelho em direção ao tórax.
➔ Flexão, extensão e rotação externa.

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➢ O paciente deve descruzar as pernas e apoiar a face lateral do pé no
joelho oposto
➔ Extensão
➢ O paciente deve ficar sentado, braços cruzados, com as costas eretas,
e elevar as pernas.
➔ Rotação interna e externa
➢ São testadas com os movimentos anteriormente citados.
➔ Flexão
➢ O paciente deve fletir o joelho simetricamente, até ficar em posição de
cócoras.
➔ Extensão
➢ Com o paciente ereto, observar se os joelhos estão totalmente
estendidos.
➔ Rotação interna e externa
➢ O paciente deve rodar o pé em sentido medial e lateral

• TORNOZELO E PÉ

➔ Flexão plantar e movimentação dos dedos.


➢ Andar na ponta dos dedos.
➔ Dorsiflexão.
➢ Andar sobre os calcanhares.
➔ Inversão.
➢ Andar sobre a borda lateral dos pés.
➔ Eversão.
➢ Andar apoiando-se na borda medial dos pés

• COLUNA LOMBAR

➔ Flexão.
➢ Curvar para frente, ao máximo, de joelhos estendidos e tentando tocar
os pés.

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➔ Extensão.
➢ Com uma mão sobre a espinha ilíaca, pede ao paciente para que se
curve para trás o máximo que conseguir.
➔ Inclinação lateral.
➢ Fixando a crista ilíaca, pedir ao paciente para inclinar-se à direita e
depois à esquerda.
➔ Rotação lateral.
➢ O examinador fica atrás do paciente, fixa sua pelve com uma das mãos
e coloca a outra sobre o ombro oposto, e com o tronco fixo, gira a pelve
e o ombro.

● ARTICULAÇÕES

● INSPEÇÃO

➔ Volume articular, edema → Derrames, espessamento dos tecidos sinoviais e


das margens ósseas.
➔ Deformidades → Mau alinhamento dos ossos.
➔ Rigidez articular, movimentos articulares

• PALPAÇÃO

➔ Partes moles.
➢ Queixas álgicas, intumescências, edema, gradiente térmico, tônus
muscular, consistência e contorno de cada músculo, rigidez articular,
hipersensibilidade.
➔ Parte óssea.
➢ Protuberâncias, forma, deformidades, estalidos, crepitação, perda de
continuidade óssea e dor.

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ATIVIDADE

4. Referente às categorias de pacientes de nível de complexidade da


assistência, analise o conceito e marque ao nível que se refere. “paciente
crônico, incluindo o de cuidado paliativo, estável sob o ponto de vista
clínico, porém com total dependência das ações de enfermagem para o
atendimento das necessidades humanas básicas.”
a) Paciente de cuidados mínimos (PCM).
b) Paciente de cuidados intermediários (PCI).
c) Paciente de cuidados de alta dependência (PCAD).
d) Paciente de cuidados semi-intensivos (PCSI).

5. Compreende-se por exame físico o uso de instrumentos e técnicas


propedêuticas com a intenção de realizar o levantamento das condições
globais do paciente, tanto físicas como psicológicas, no sentido de
buscar informações significativas para a enfermagem, capazes de
subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente. Os passos
propedêuticos fundamentais a serem empregados no exame físico são:

a) Inspeção, palpação, ausculta e percussão.


b) Inspeção, percussão, ausculta e palpação.
c) Inspeção, ausculta, percussão e palpação.
d) Inspeção, Palpação, percussão e ausculta.

GABARITO

3=C /4 =D

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CONCLUSÃO

Neste módulo podemos observar que o Processo de Enfermagem é um


método que sistematiza a assistência de enfermagem possibilitando um cuidado mais
humanizado. É composta por etapas que são: histórico de enfermagem, diagnóstico
de enfermagem, plano assistencial, prescrição de enfermagem e evolução de
enfermagem. Podemos perceber que este processo proporciona maior segurança,
experiência e familiaridade com o instrumento para melhoria da assistência da
enfermagem.
Contudo é importante colocar em prática o processo de enfermagem de forma
correta, para que a assistência possa ter êxito e evolução. Trazendo para o paciente
conforto, promoção de saúde e boa recuperação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

Conselho Federal de Enfermagem. Resolução 543/2017. Disponível em:


http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-5432017_51440.html acesso em
27/05/2022 as 15:43h.

Jarvis, Carolyn. 7. ed. Guia de exame físico para enfermagem / Carolyn Jarvis;
tradução Keila Dutka ... [et al.]. – 7. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Barros, A. L. B. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no


adulto. 3 ed. Porto Alegre. Artmed, 2016.

Tannure, M. C. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2


ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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