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GESTÃO EM

ENFERMAGEM NA
ATENÇÃO BÁSICA

Simone Machado Kühn de Oliveira


O processo de enfermagem
na atenção básica à saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Descrever o processo de enfermagem na atenção básica à saúde.


„„ Identificar as ações de enfermagem associadas à atenção básica à
saúde.
„„ Ilustrar boas práticas referentes ao processo de enfermagem na aten-
ção básica à saúde.

Introdução
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é vista como um meio de qualificar,
ampliar e consolidar a atenção básica, haja vista que viabiliza que sejam
reorientados os processos de trabalho em saúde e, dessa forma, a aplica-
ção dos fundamentos, dos princípios e das diretrizes da Política Nacional
de Atenção Básica (PNAB) seja favorecida. Além disso, a ESF tem como
objetivo ampliar a resolutividade e o impacto na saúde das comunidades,
aproximando os serviços de assistência à saúde das suas residências.
O enfermeiro exerce um papel essencial na ESF, atuando como gestor
e prestando assistência direta aos pacientes. Esse profissional trabalha de
forma sistematizada, conforme preconizado pelo Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN), de forma a garantir a qualidade da assistência e a
otimização das suas atividades gerenciais.
Neste capítulo, você estudará o processo de enfermagem (PE) na
atenção básica à saúde e conhecerá as ações de enfermagem associadas
à atenção básica. Além disso, você vai estudar as boas práticas referentes
ao PE na atenção básica à saúde.
2 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

Processo de enfermagem na atenção básica


à saúde
Ao longo dos anos, o exercício da enfermagem se modificou, o que fez com
que essa profissão adquirisse um importante caráter tecnocientífico que mudou
a forma de se exercer o cuidado ao paciente. A atuação de Florence Nightin-
gale foi determinante nesse desenvolvimento, pois foi por intermédio do
seu trabalho que foi reconhecida a necessidade de o profissional enfermeiro
ter conhecimento científico para estar capacitado a ser sujeito ativo, o que é
fundamental para o tratamento e o cuidado dos doentes.
Florence abriu caminho para o desenvolvimento do pensamento crítico e
científico na Enfermagem quando embasou suas condutas assistenciais em
cálculos de taxa de mortalidade e estatísticas de qualidade do cuidado que
oferecia aos doentes.
A enfermagem como profissão foi regulamentada pela Lei nº. 7.498, de 25
de junho de 1986 (BRASIL, 1986). Depois de 30 anos de desenvolvimento
após a sua legalização, a lei ainda está em processo de consolidação. Apesar
de ser uma das mais antigas profissões na área da saúde e ter surgido pelo
reconhecimento da atuação de pioneiras no cuidado ao ser humano, como
Florence Nightingale, no século XIX, a profissão de enfermeiro ainda apre-
senta lacunas que precisam ser preenchidas para efetivar legitimamente a
organização do trabalho da enfermagem.
Os avanços tecnológicos e científicos da área da saúde ao longo das dé-
cadas exigiram que o enfermeiro tenha, atualmente, o pensamento crítico
como uma habilidade indispensável no desenvolvimento de suas atribuições
assistenciais. O pensamento crítico amplia a responsabilidade do profissional
de enfermagem e qualifica a assistência oferecida ao paciente. Para exercê-
-lo, o enfermeiro precisa ter conhecimento, ser reflexivo, curioso, confiante,
íntegro intelectualmente e perseverante (LUNNEY, 2004).
A tomada de decisão é parte da assistência de enfermagem, na medida em
que o enfermeiro irá se deparar, constantemente, com situações complexas, nas
quais precisará fazer uso do pensamento crítico para embasar seu julgamento
de acordo com as evidências clínicas e o método científico. A utilização do
método científico visa à resolução de uma demanda a partir de um método
de investigação que abrange o raciocínio, o julgamento e a tomada de decisão
(SAMPAIO; PELLIZZETTI, 2003).
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 3

O pensamento crítico e o método científico são fundamentais para a imple-


mentação do PE. Este se constitui como um método dinâmico e sistematizado
que é utilizado na realização do cuidado humanizado, o qual está direcionado
para a prestação da assistência de enfermagem eficiente e eficaz.
O pensamento científico fundamenta a resposta às situações que exigem
ação imediata, sendo amplamente utilizado no PE. Segundo Potter et al. (2017),
trata-se de uma abordagem que oportuniza a análise de um fato a partir de
uma série de etapas:

„„ coleta de dados;
„„ formulação de uma hipótese;
„„ teste das hipóteses;
„„ avaliação dos resultados visando à comprovação, ou não, da hipótese
testada.

No Brasil, o PE começou com Wanda Horta, a qual se baseou na Teo-


ria das Necessidades Humanas Básicas, de Maslow, e na denominação de
necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, de João Mo-
hana. O PE proposto por Horta era composto por seis etapas: histórico de
enfermagem, diagnóstico, plano assistencial, plano de cuidados, evolução e
prognóstico (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Atualmente, o PE está orga-
nizado em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
coleta de dados (ou histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem,
planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem
(BARROS; LEMOS, 2017).
O COFEN, por intermédio da Resolução nº. 358, de 15 de outubro de 2009,
estabeleceu que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deve
ser implementada em todos os locais onde ocorrer o cuidado de enfermagem,
sejam eles públicos ou privados. A SAE é composta por recursos humanos
e materiais, bem como pela ideologia da instituição em que a assistência de
enfermagem é prestada.
Nesse sentido, a SAE se configura como um método científico que é
implementado na prática da assistência, oferecendo maior segurança aos
pacientes, qualificação da assistência de enfermagem e uma maior autonomia
ao enfermeiro nas tomadas de decisão.
4 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

A metodologia utilizada para a implementação da SAE é o PE, o qual se


apresenta como uma metodologia de resolução de problemas na prática de
enfermagem com base no método científico (BARROS; LOPES, 2010).
Na atenção básica, o PE é desenvolvido visando a buscar a resolução
dos problemas apresentados pelo paciente na consulta de enfermagem. Esse
processo se desenvolve em cinco fases distintas: investigação, diagnóstico,
planejamento, implementação e avaliação (ALVIM, 2013).

Investigação
A investigação consiste na coleta constante, planejada e sistematizada de
informações de uma pessoa, da família ou da comunidade sobre o seu estado
de saúde, de modo que seja realizada a monitoração de evidências que com-
provem ou não a existência de problemas ou de fatores de risco à integridade
da sua saúde. Na investigação, portanto, é feita a coleta de dados (anamnese)
e o exame físico.
Na anamnese, o enfermeiro coleta informações sobre o histórico de saúde
do paciente, determinantes e condicionantes da sua saúde e condições atuais
de saúde, enquanto o exame físico é realizado a partir de dados subjetivos (o
que o paciente relata ou refere) e dados objetivos (o que o enfermeiro observou
a partir do exame minucioso do paciente).

Diagnóstico
O diagnóstico consiste na avaliação clínica acerca da reação de uma pessoa, da
família ou da coletividade frente a problemas de saúde existentes ou iminentes
e processos de vida. Nessa avaliação, o enfermeiro realiza o diagnóstico dos
riscos, dos sinais e dos sintomas da doença e das necessidades de cuidado
da pessoa.

Planejamento
Nessa etapa, são estabelecidas as prioridades que precisam de atenção ime-
diata. Além disso, no planejamento são determinados os resultados esperados
e definidas quais serão as intervenções e o plano de cuidados do paciente.
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 5

A partir da priorização dos cuidados de enfermagem é realizada uma


perspectiva dos resultados que se busca alcançar com a ação implementada,
ou seja, os resultados esperados (p.ex., em caso de dor aguda relacionada
ao cálculo renal, espera-se que o paciente apresente redução da intensidade
da dor em até 30 min).

Implementação
A implementação é o momento em que a estratégia é colocada em prática e as
respostas iniciais são acompanhadas. Nela, avalia-se a necessidade de inter-
venção rápida e é feita a prescrição de enfermagem. Nesse momento também
é realizada a reavaliação da intervenção e a implementação de modificações,
caso seja necessário.

Avaliação
Nessa etapa, é apurada a abrangência dos resultados almejados e são defini-
das as alterações que devem ser feitas no plano de cuidados. A seguir estão
elencadas as ações realizadas.

„„ Avaliação do quadro clínico atual do paciente.


„„ Avaliação da precisão do diagnóstico de enfermagem.
„„ Verificação da adequação das metas estabelecidas.
„„ Determinação da abrangência das metas.
„„ Identificação dos fatores que dificultaram ou oportunizaram o alcance
dos objetivos.

É importante ressaltar que as etapas do PE se correlacionam, ocorrendo


concomitantemente, e que, quando são realizadas de forma adequada, elas
beneficiam o julgamento clínico do enfermeiro. As ações são definidas e sus-
tentadas, por intermédio do PE, a partir da reflexão crítica sobre as condições
de saúde do paciente, realizando-se, nesse momento, a manutenção das ações
necessárias e a exclusão das julgadas desnecessárias (CHAVES; SOLAI, 2013).
O North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) é um sis-
tema criado e implementado por enfermeiras norte-americanas, que visa ao
desenvolvimento de uma classificação capaz de padronizar os diagnósticos que
serão usados por profissionais de enfermagem. O NANDA descreve a reação
do paciente diante da doença, oportunizando a realização do diagnóstico de
enfermagem.
6 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

O Nursing Intervention Classification (NIC) apresenta as intervenções


que os profissionais de enfermagem realizam, tanto independentes quanto
colaborativas, no cuidado direto ou indireto ao paciente.
O Nursing Outcomes Classification (NOC) oferece, ao enfermeiro, os
possíveis resultados atuais e os desejados com a intervenção realizada. Dessa
forma, o profissional poderá realizar a comparação entre os resultados, de
forma a avaliar a eficácia de suas ações.
A utilização dessas taxonomias apresenta uma série de vantagens no exer-
cício da enfermagem, entre as quais podem ser destacadas:

„„ o estabelecimento de uma linguagem comum entre os profissionais


de enfermagem;
„„ a promoção do desenvolvimento do conhecimento do enfermeiro;
„„ a elaboração de indicadores de qualidade na assistência de enfermagem
oferecida ao paciente;
„„ a otimização das tomadas de decisão clínica;
„„ a organização das informações de enfermagem;
„„ a avaliação contínua e o aperfeiçoamento da assistência de enfermagem
(CHAVES; SOLAI, 2013).

A determinação do diagnóstico de enfermagem é a etapa que liga as demais


etapas assistenciais. O profissional de enfermagem precisa levar em considera-
ção, na escolha do resultado, os elementos definidores e os fatores relacionados
ao diagnóstico, observando, ainda, as características do paciente que podem
influenciar os resultados. Ao escolher as intervenções, o enfermeiro precisa
optar por aquelas que se relacionam com os diagnósticos e os resultados, pela
facilidade de implementação, pela aceitação da intervenção e pelas habilidades
para a implementação (ALVIM, 2013).
A implementação do PE na atenção básica organiza a atividade de enfer-
magem, o que permite que o enfermeiro realize as atividades assistenciais
de forma dinâmica e segura, de modo a otimizar o cuidado ao paciente. Ao
realizar a assistência de forma eficiente e eficaz, o enfermeiro ganha tempo
para exercer suas atividades gerenciais e conseguir, dessa forma, conciliar
todas as suas atribuições na Unidade Básica de Saúde (UBS).
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 7

Diagnósticos de enfermagem
A Resolução nº. 358/2009 do COFEN estabelece em seu Art. 4º:

Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº. 7.498, de 25 de


junho de 1986 e do Decreto nº. 94.406, de 08 de junho de 1987, que a
regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo
de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem
esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem
acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um
dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição
das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a
essas respostas. (BRASIL, 2009, documento on-line).

O diagnóstico de enfermagem se configura como um julgamento clínico acerca da


resposta da pessoa, da família ou da coletividade frente às demandas de saúde reais
ou iminentes, ou seja, o diagnóstico de enfermagem é o fundamento para a escolha
das intervenções de enfermagem (LUNNEY, 2004).
As hipóteses diagnósticas devem ser realizadas ao longo do processo de coleta de
dados, por meio de um guia formal de coleta, de modo que sejam obtidos os dados
necessários para os diagnósticos. Caso uma hipótese diagnóstica seja descartada,
uma nova busca por indícios adicionais deverá ser realizada. Se o paciente não puder
cooperar, os diagnósticos podem ter sua validação realizada a partir das informações
fornecidas pelos familiares ou por outros profissionais da equipe de saúde.
A seguir estão listados os tipos de diagnóstico de enfermagem.
„„ Diagnóstico de enfermagem real (tem características que o definem): descreve
respostas humanas factíveis.
„„ Diagnóstico de enfermagem de risco: descreve potenciais respostas humanas
que podem se desenvolver em uma pessoa, família ou coletividade em situação
de vulnerabilidade. Não tem características definidoras.
„„ Diagnóstico de enfermagem de promoção à saúde: trata-se do julgamento
clínico de motivação de uma pessoa, família ou coletividade para melhorar o
bem-estar e materializar o seu potencial de saúde (BRITO et al., 2013).
A seguir estão listados os componentes fundamentais dos diagnósticos de enfer-
magem, segundo Chaves e Solai (2013).
„„ Enunciado diagnóstico (p.ex., estilo de vida sedentário).
„„ Fatores relacionados: a causa do problema (p.ex., estilo de vida sedentário rela-
cionado ao conhecimento insuficiente sobre os benefícios à saúde proporcionados
pelo exercício físico e interesse insuficiente em atividades físicas).
„„ Características definidoras: sinais, sintomas, manifestações clínicas ou evidências
que levaram o enfermeiro a concluir sobre a existência do problema (p.ex., estilo
8 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

de vida sedentário relacionado ao conhecimento insuficiente sobre os benefícios


à saúde proporcionados pelo exercício físico e interesse insuficiente em atividades
físicas, evidenciado por falta de condicionamento físico e média de atividade física
diária inferior à recomendada para a idade e sexo).
„„ Fatores de risco: estão relacionados às características ambientais e às condições
fisiológicas ou psicológicas, genéticas ou químicas que ampliam a vulnerabilidade
de um indivíduo, uma família ou da coletividade.
A realização de um diagnóstico de enfermagem exige, do enfermeiro, conhecimentos
tecnocientíficos e a utilização do julgamento clínico no processo de tomada de decisão
em relação aos cuidados do paciente. Nesse sentido, o diagnóstico de enfermagem se
concretiza como base fundamental de ações e intervenções cujo objetivo é alcançar
resultados que beneficiem o paciente.

Ações de enfermagem associadas à atenção


básica à saúde
A assistência de enfermagem na atenção básica se dá por uma série de ati-
vidades que permeiam ações de promoção de saúde, prevenção de doenças,
diagnóstico e cuidados de enfermagem aos pacientes, supervisão da equipe de
enfermagem, atividades de educação em saúde e planejamento, implementação
e avaliação contínua de ações e intervenções de saúde que busquem melhorar
a qualidade de vida da comunidade.
A UBS pode se configurar como uma grande oportunidade para a realização
de ações de promoção de saúde, as quais podem beneficiar imensamente a
comunidade adstrita. Por intermédio do levantamento do perfil epidemiológico
da população adstrita, podem ser elencados grupos prioritários para a realização
de encontros terapêuticos (FRACOLLI; CASTRO, 2012).
Esses encontros podem ser organizados pela equipe multiprofissional da
UBS a partir da classificação de diferentes necessidades ou condições de
saúde, como, por exemplo:

„„ grupos de idosos;
„„ grupos de hipertensos e diabéticos;
„„ grupos de gestantes;
„„ grupos de adolescentes;
„„ grupos de saúde mental, etc.
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 9

Os grupos podem ser um importante momento de reflexão conjunta entre


a equipe e as pessoas participantes acerca de suas condições de saúde, suas
dificuldades e o modo como enfrentam as limitações. O compartilhamento de
diferentes experiências de vida é fundamental para que as pessoas percebam
que não enfrentam dificuldades sozinhas e que é possível superá-las, apesar
de parecer impossível.
Essa troca de experiências favorece a corresponsabilização do cuidado,
tornando pacientes e profissionais de saúde solidários na busca pela melhoria
da qualidade de vida das pessoas. Além disso, a formação do vínculo pro-
veniente da aproximação da comunidade com a unidade de saúde favorece
a maior adesão dos indivíduos e da comunidade às orientações, aos planos
de cuidado e às ações de promoção de saúde propostas pela equipe de saúde.
O enfermeiro deve presidir os encontros, mostrando-se disponível e aces-
sível à população, que precisa se sentir confortável para procurá-lo quando
houver necessidade. Os grupos devem ter no máximo 15 participantes e en-
contros a serem realizados com frequência semanal, quinzenal ou mensal. O
objetivo desses encontros é oportunizar mudanças na qualidade e no estilo
de vida das pessoas e famílias.
As ações de prevenção de doenças podem ser realizadas na atenção básica
a partir de campanhas ou eventos que conscientizem a população sobre a
necessidade de prevenir a transmissão de doenças e de adotar estilos de vida
saudáveis, visando a evitar o surgimento de doenças crônicas. Além disso,
como integrante da equipe de saúde, é compromisso do enfermeiro realizar
ações que tenham como objetivo o controle e a erradicação de doenças imu-
nopreveníveis (TAVARES; TOCANTINS, 2015).
A atenção básica se configura como um cenário dinâmico, no qual muitas
estratégias podem ser planejadas e implementadas para controlar doenças
imunopreveníveis. O enfermeiro tem a responsabilidade de atender às dire-
trizes estabelecidas no Programa Nacional de Imunizações e na PNAB para
o controle e a erradicação de doenças imunopreveníveis.
Para isso, é preciso realizar a avaliação da situação epidemiológica da popu-
lação adstrita, o planejamento de ações que oportunizem a disponibilização de
imunobiológicos, as campanhas e ações de vacinação, etc. O acompanhamento
das crianças em idade de vacinação adstritas à unidade, conforme o calendário
nacional de imunizações do Ministério da Saúde (MS), deve ser realizado pelo
enfermeiro, que irá coordenar as ações dos agentes comunitários de saúde
(ACSs) na realização da busca ativa de pacientes que estiverem com a vacinação
atrasada, da conscientização das famílias sobre a importância da vacinação e
da informação sobre a disponibilidade dos horários de vacinação na unidade
10 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

de saúde. Além disso, o enfermeiro deve se responsabilizar pela manutenção


da sala de vacinas, de forma a garantir que não faltem imunobiológicos e que
estes sejam acondicionados e armazenados conforme a normatização do MS
para garantir a sua eficácia quando administrados.
O enfermeiro pode, ainda, realizar a vacinação de crianças e adultos na
UBS e supervisionar os técnicos de enfermagem na realização dessa atividade.
Ele deve, ainda, zelar pelo cumprimento dos devidos registros de vacinação,
tanto na carteirinha do paciente como nos arquivos da unidade.
A atividade assistencial do enfermeiro na UBS contempla duas ações
essenciais: a realização do acolhimento à demanda espontânea e da consulta
de enfermagem. No acolhimento, o enfermeiro fará a avaliação inicial do
paciente, realizando a classificação de risco para direcioná-lo ao profissional
mais capacitado a lhe oferecer o atendimento necessário para atender à sua
demanda com tempo de espera adequado à sua necessidade (FRACOLLI;
CASTRO, 2012).
A consulta de enfermagem poderá ser realizada oportunizando o atendi-
mento aos pacientes em geral e em horários agendados para o atendimento de
pacientes específicos, tais como gestantes, idosos, etc. No atendimento reali-
zado pelo enfermeiro no acolhimento à demanda espontânea e na consulta de
enfermagem, esse profissional deverá se valer da SAE, conforme preconizado
pelo COFEN, e registrar todas as suas atividades.
O enfermeiro deve supervisionar os procedimentos de enfermagem re-
alizados pelos técnicos de enfermagem na unidade de saúde. Além disso,
é função dele realizar todos os procedimentos de enfermagem que estejam
acima das competências tecnocientíficas dos profissionais de enfermagem
de nível técnico, conforme determina o Código de Ética dos profissionais de
Enfermagem (BRASIL, 2017).
Cabe, ainda, ao enfermeiro da UBS, a realização do planejamento, da
organização e da implementação de ações de educação em saúde para a equipe
multiprofissional e para a comunidade adstrita. Nesse sentido, podem ser
realizadas palestras, oficinas, cursos e seminários sobre diferentes assuntos
na UBS, em escolas, associações de moradores ou outros locais ou eventos
organizados pelo município.
Todas as ações planejadas e realizadas na UBS precisam receber orien-
tação e supervisão direta do enfermeiro, que deve oportunizar à sua equipe
as condições necessárias para a implementação das atividades propostas. O
acompanhamento das atividades precisa ser contínuo e a avaliação deve se dar
de forma constante para que seja possível identificar as condições que possam
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 11

estar influenciando negativa ou positivamente o andamento e a continuidade


dos serviços assistenciais e as ações e intervenções de saúde da unidade.
Nesse sentido, as questões que podem estar interferindo negativamente a
produtividade da unidade precisam ser levadas prontamente à apreciação de
todos na reunião de equipe para que estas possam ser resolvidas da melhor
forma possível e não prejudiquem a assistência aos pacientes. Da mesma
forma, os pontos positivos devem ser ressaltados para que a unidade consiga
aprimorar e qualificar o atendimento oferecido à comunidade.
A atuação do enfermeiro na atenção básica proporciona, a esse profissional,
condições de realizar diferentes atividades assistenciais, gerenciais, educativas
e de pesquisas, na medida em que se configura como um terreno fértil para a
coleta de dados capazes de gerar indicadores que servirão de base para estudos
epidemiológicos e pesquisas, os quais podem embasar condutas e ações de
enfermagem. Dessa forma, o enfermeiro que entende as diversas dimensões
de atuação na atenção básica se torna um profissional diferenciado e capaz
de exercer a profissão em toda a sua plenitude.

As prescrições de enfermagem são um roteiro de ações que devem ser realizadas


pela equipe de enfermagem no cuidado aos pacientes, ou seja, elas representam a
dinamização do plano de cuidados assistenciais (CHAVES; SOLAI, 2013).
Na realização da prescrição de enfermagem, o enfermeiro deve enumerar as ações
utilizando o verbo no infinitivo e realizando o aprazamento dessas ações. Os verbos
que serão utilizados precisam estar adequados às ações prescritas. Veja a seguir.

Ações Verbos

Ação Executar, administrar, aplicar,


pesar, mudar, alternar, etc.

Ajuda Auxiliar, facilitar, permitir, fornecer,


acompanhar, ajudar e outros

Supervisão Avaliar, controlar, supervisionar,


inspecionar, observar, entre outros

Encaminhamento Encaminhar, conduzir, dirigir, levar, etc.


Fonte: Adaptado de Chaves e Solai (2013).
12 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

A prescrição de enfermagem deve ser realizada de forma concisa, com linguagem


clara e específica. Ela precisa ser checada quando realizada e, em seguida, devem ser
feitos os registros de todos os cuidados que foram prestados ao paciente, bem como
dos que não foram realizados (com a devida justificativa do porquê isso não ocorreu).
As prescrições de enfermagem são parte fundamental da assistência de enfermagem,
por essa razão devem ser realizadas em todas as consultas de enfermagem.

Boas práticas no processo de enfermagem na


atenção básica à saúde
Ao exercer suas atribuições de assistência à saúde na atenção básica, o enfer-
meiro deve pautá-las na ética e em valores e princípios que o respaldem em
suas ações e intervenções. O Código de Ética dos profissionais de Enfermagem
é o documento que guia e orienta a conduta de enfermeiros e técnicos de
enfermagem em qualquer local onde exerçam suas atribuições assistenciais
e/ou gerenciais.
O trabalho do enfermeiro na UBS contempla, ainda, a gestão do cuidado em
saúde — prática fundamental ao profissional de enfermagem. Segundo Cecílio
(2011), a gestão do cuidado pode ser realizada em cinco diferentes dimensões:
“individual, familiar, profissional, organizacional, sistêmica e societária”.
A dimensão individual do cuidado se trata da dimensão relacionada ao
autocuidado. O enfermeiro, na atenção básica, deve estimular o autocuidado,
o empoderamento do indivíduo em relação aos cuidados com a manutenção
da sua saúde e o desenvolvimento da sua autonomia, buscando melhorar a
sua qualidade de vida.
A dimensão familiar do cuidado está relacionada ao cuidado em família.
Essa dimensão envolve diferentes sujeitos se inter-relacionando na gestão do
cuidado: pessoas da família, cuidadores, amigos, etc. As maiores dificuldades
na gestão do cuidado familiar estão relacionadas aos conflitos familiares que
podem surgir devido à responsabilização individual de cada membro familiar
no cuidado ao paciente, às exigências de cuidado continuado, às relações entre
cuidadores, paciente e familiares, etc. O enfermeiro da atenção básica pode
orientar paciente e familiares sobre os cuidados necessários com o paciente.
Além disso, esse profissional pode realizar visitas domiciliares para avaliar e
ajudar a elaborar um plano de cuidados e realizar procedimentos de enfermagem
ou intervenções quando for necessário.
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 13

A dimensão profissional do cuidado se configura como a dinâmica de


relacionamento entre o enfermeiro, a equipe multiprofissional e os usuários
da UBS. Ela deve ser norteada por três características essenciais:

„„ postura profissional pautada na ética;


„„ competência técnica do enfermeiro;
„„ habilidade em formar vínculo com o paciente, de modo a conquistar
sua confiança e uma maior adesão ao plano de cuidados.

A dimensão organizacional do cuidado é a dinâmica de trabalho da


equipe. O enfermeiro deve orientar essa dinâmica, estimulando a comunicação,
o trabalho em equipe e a corresponsabilização do cuidado aos pacientes e da
equipe. Além disso, ela abrange as funções administrativas relacionadas ao
gerenciamento da unidade.
A dimensão sistêmica do cuidado se refere à construção de conexões
formais entre os serviços de saúde, constituindo as linhas ou redes de cuidado,
com vistas a garantir a efetividade do princípio da integralidade de cuidado
(CECÍLIO, 2011).
No desempenho de suas atividades de assistência à saúde dos pacientes,
o enfermeiro precisa demonstrar habilidades e competências cognitivas,
psicomotoras e afetivas que o tornem capaz de decidir a ação que deve ser
realizada, as razões pelas quais a ação precisa ser realizada, como esta deve ser
executada e quem o fará, os recursos que serão necessários para a sua realização
e com que finalidade ela deve ser feita. Para que essas questões possam ser
respondidas, o profissional enfermeiro precisa ter uma boa comunicação com
a equipe e os pacientes (CHAVES; SOLAI, 2013).
A comunicação realizada de forma adequada e efetiva se torna uma enorme
contribuição para o trabalho do enfermeiro e da equipe multiprofissional. Para
facilitar o trabalho assistencial, o enfermeiro deve realizar o registro escrito
de todas as suas ações e condutas. Os registros são fundamentais no processo
de cuidado, na medida em que retratam a realidade percebida na execução da
assistência e possibilitam a comunicação efetiva e fidedigna entre a equipe,
tornando-se um importante documento para fins judiciais (GARCIA et al.,
2017).
Nesse sentido, os registros devem ser efetuados objetivamente, com lin-
guagem clara e precisa e de fácil entendimento para que equipe e usuários
possam compreender o que está registrado. O enfermeiro deve realizar o devido
registro de todas as atividades realizadas na UBS em diferentes locais, de modo
a organizar e otimizar a localização de um registro quando for necessário.
14 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

A seguir são citados exemplos de registros.

„„ Prontuário do paciente: realização dos registros, conforme a SAE, de


consultas de enfermagem, acolhimento, realização de procedimentos,
administração de medicamentos, realização de exames, etc.
„„ Livro de ocorrências da unidade: aspectos ou situações que podem
ser considerados relevantes para a continuidade dos serviços da unidade
(p.ex., registros de intercorrências assistenciais ou administrativas).
„„ Livro de registro de ações coletivas: registros de reuniões da equipe,
grupos terapêuticos, atividades de educação em saúde, etc.
„„ Livros de registros de exames: registros dos exames realizados pelo
enfermeiro (p.ex., testes rápidos, exames citopatológicos de colo de útero).
„„ Fichas de produção dos serviços da unidade: registros da sala de
vacinas, fichas de notificação de doenças e agravos, visitas domici-
liares, campanhas de promoção de saúde e/ou prevenção de doenças,
entre outras.
„„ Escalas de enfermagem: escalas mensais da equipe de enfermagem e
escalas de sítios funcionais.
„„ Livro de controle de materiais de consumo da enfermagem: docu-
mento utilizado para o controle dos materiais e insumos utilizados nos
procedimentos de enfermagem.

A utilização de protocolos de atendimento, manuais técnicos e procedi-


mentos operacionais padrão (POPs) ajudam a melhorar a comunicação entre
a equipe e a padronizar a conduta de todos os profissionais de enfermagem,
transformando-se em um importante instrumento de assistência qualificada ao
paciente. O enfermeiro deve priorizar a informação direta, evitando distorções
provenientes da falta de entendimento das suas orientações.
O enfermeiro deve exercer suas atividades de assistência ao paciente na
atenção básica, de forma a valorizar os diferentes sujeitos que interagem no
processo do cuidado à saúde. A formação de vínculo entre o paciente e o
profissional de enfermagem favorece o desenvolvimento da confiança e da
adesão ao plano de cuidados estabelecido em comum acordo. Isto oportuniza
condições para a recuperação do paciente, produzindo diferentes níveis de
autonomia e corresponsabilização do cuidado.
A humanização do cuidado é fundamental no processo de cuidar da ati-
vidade de enfermagem e amplamente recomendado na Política Nacional de
Humanização (PNH) da atenção e gestão do SUS — HumanizaSUS —, do
MS. Para favorecer a formação de vínculo entre equipe e pessoas, famílias
O processo de enfermagem na atenção básica à saúde 15

e comunidade, é preciso estimular o diálogo, levando em consideração as


diferentes formas de pensamento, hábitos e costumes, culturas, crenças e
saberes, bem como necessidades e expectativas, respeitando-se, ainda, as
particularidades (FRACOLLI; CASTRO, 2012).
O plano de cuidados deve ser individualizado, elaborado a partir da realiza-
ção do PE e apresentado de forma dialogada, não impositiva, ao paciente, com
linguagem clara e acessível. Devem ser respeitados os limites de compreensão
relacionados à idade, ao grau de escolaridade e à capacidade cognitiva do
paciente, que deve ser ouvido quanto às suas expectativas, além disso, as
dúvidas devem ser esclarecidas até que o enfermeiro perceba que ele conse-
guiu realmente compreender as suas orientações. Nos casos de pacientes que
apresentam dificuldades cognitivas, o plano de cuidados deve ser entregue
por escrito, de forma a garantir que as orientações serão seguidas.
A atenção básica se constitui como uma grande oportunidade de realizar a
assistência de enfermagem de forma efetiva, eficaz, humanizada e pautada pela
conduta ética, de modo a viabilizar o atendimento dos princípios e diretrizes
estabelecidos na PNAB. Nesse sentido, o enfermeiro precisa realizar suas ativi-
dades assistenciais, garantindo a efetivação do PE, desenvolvendo as ações que
podem e devem ser realizadas na assistência ao paciente e norteando sua conduta
por práticas seguras e qualificadas que valorizem o seu exercício profissional.

Na sua prática diária da assistência à saúde do paciente na atenção básica, o enfermeiro


atua diretamente na administração de medicamentos injetáveis. Algumas medicações
podem provocar reações importantes, o que exige, desse profissional, conhecimento
sobre o manejo da situação.
Uma grande polêmica surgiu em torno da competência do enfermeiro na ad-
ministração da penicilina benzatina nas UBSs do SUS devido a relatos de reações
adversas, principalmente de reação anafilática em unidades que não têm, muitas
vezes, os recursos necessários para reverter o quadro. Esse medicamento é utilizado
principalmente no tratamento da sífilis adquirida e da sífilis na gestação.
Com o objetivo de esclarecer aos profissionais de saúde sobre a administração desse
medicamento e regulamentar essa conduta, o COFEN publicou a Nota Técnica nº.
03, de 21 de junho de 2017, a qual emite parecer sobre a administração da penicilina
benzatina nas UBSs.
Você pode ler a Nota Técnica nº. 3 na íntegra acessando o link a seguir.

https://qrgo.page.link/1T2CF
16 O processo de enfermagem na atenção básica à saúde

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