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GESTÃO EM

ENFERMAGEM NA
ATENÇÃO BÁSICA

Simone Machado Kühn de Oliveira


O papel do enfermeiro
no gerenciamento de
Unidades Básicas de Saúde
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Descrever a organização estrutural das Unidades Básicas de Saúde.


„„ Listar os processos de gerenciamento das Unidades Básicas de Saúde.
„„ Identificar a atuação do enfermeiro no gerenciamento das Unidades
Básicas de Saúde.

Introdução
A atenção básica desempenha um papel fundamental na organização
do Sistema Único de Saúde (SUS), na medida em que se configura como
a porta de entrada da Rede de Atenção à Saúde (RAS), a qual organiza
todo o funcionamento do sistema. Dessa forma, o SUS precisa ser estru-
turalmente capaz de atender à demanda dos usuários que irão procurar
os seus serviços, de modo a oferecer condições seguras e dignas de
atendimento à população.
Em geral, na gestão do funcionamento da Unidade Básica de Saúde
(UBS) está o enfermeiro, que deve atuar gerenciando os processos admi-
nistrativos para prover o andamento das atividades da unidade de saúde.
Além disso, o enfermeiro, enquanto gestor da unidade de saúde, deverá
realizar a articulação contínua junto à Secretaria da Saúde e à Gestão
Municipal dos processos gerenciais da unidade.
Neste capítulo, você vai estudar a organização estrutural das UBSs e
conhecer os seus processos de gerenciamento, bem como compreender
a atuação do enfermeiro no gerenciamento das UBSs.
2 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

Organização estrutural das Unidades


Básicas de Saúde
A atenção básica se constitui como a porta de entrada da RAS, atuando também
como organizadora e o centro de comunicação da rede assistencial. Para que
essa finalidade seja alcançada de modo eficaz, o Ministério da Saúde (MS)
adotou a Estratégia Saúde da Família (ESF) como política prioritária do SUS,
primando pela execução de ações e intervenções de promoção da saúde e
prevenção de doenças e agravos.
A estrutura da UBS deve ser compatível com o dinamismo da equipe da
ESF no desempenho de suas atribuições com a comunidade e na necessidade
de acolher à demanda espontânea, fornecendo respostas para as carências de
saúde da população adstrita, de forma a garantir a continuidade dos cuidados
aos pacientes na unidade de saúde ou em seus domicílios, conforme a neces-
sidade (MOURA et al., 2010).
Nesse sentido, a estrutura física das UBSs deve estar adequada à realidade
de cada localidade, ao quantitativo de pessoas que pertencem ao seu território
adstrito, considerando suas especificações, e ao número de atendimentos
esperados rotineiramente. Além disso, as UBSs devem ser estruturadas de
modo que seja viabilizado o acesso de residentes, acadêmicos e estagiários
de instituições que formam profissionais da área da saúde na sua prática de
aprendizagem (BRASIL, 2008).
A ESF tem apresentado melhores índices de eficiência e qualidade na
prestação de serviços na atenção básica desde a sua implementação. Contudo,
muitas unidades de saúde ainda não apresentam a infraestrutura física adequada
para o exercício de suas atividades, prestando, muitas vezes, o atendimento
de forma improvisada.
A ESF se constitui como um processo de trabalho de cunho substitutivo
da atenção básica tradicional, na medida em que tem compromisso com a
promoção da saúde, incentivando mudanças de hábitos de vida, por inter-
médio do estímulo ao empoderamento de pessoas e famílias na manutenção
de sua saúde. Nesse sentido, as equipes de saúde da família devem procurar
estabelecer vínculos de compromisso e corresponsabilização entre a equipe
de saúde multiprofissional e a população adstrita, por meio do conhecimento
de pessoas e famílias e da comunidade, da busca ativa destes pelo acom-
panhamento contínuo dos processos saúde-doença já estabelecidos ou que
apresentam risco, do acolhimento e da abordagem acolhedora e humanizada
(MOURA et al., 2010).
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 3

Para que esse objetivo possa ser alcançado, a ESF inicia seu processo de
trabalho mapeando o seu território de abrangência e cadastrando a população
que ficará adstrita aos seus cuidados. Além disso, é realizado o diagnóstico de
saúde e o perfil epidemiológico da comunidade, a partir do qual será realizado
o planejamento das ações e a definição das prioridades de trabalho da equipe
de saúde da família (BRASIL, 2006).
As experiências da ESF demonstraram que a coexistência das equipes
de atenção básica tradicional e das equipes de saúde da família exercendo
suas atividades em uma mesma estrutura física pode gerar conflitos entre as
equipes e confusão advinda da vinculação entre a comunidade adstrita e a
equipe de saúde da família.
Dessa forma, evidenciou-se, cada vez mais, a necessidade de estruturar
a ESF com UBSs que tenham condições ambientais de oferecer a assistên-
cia preconizada nos objetivos da estratégia. Nesse sentido, o MS publicou
orientações estruturais que devem servir de parâmetros para fundamentar a
construção, o remodelamento e a reforma das UBSs, de modo a atender às
necessidades e às finalidades da ESF.
É fundamental que a UBS que vai contar com equipe de saúde da família
esteja integrada à comunidade, que o acesso seja facilitado e que a sua identi-
ficação esteja em um local de fácil visualização. Considerando a prerrogativa
da interdisciplinaridade do trabalho da equipe de saúde, as unidades precisam
ter espaços físicos que possam ser compartilhados por diferentes profissionais
em atividades diversas.
O MS definiu que cada equipe de saúde da família deverá ficar responsável
por 4 mil pessoas. Além disso, ele estabeleceu que uma UBS poderá comportar
no máximo cinco equipes de saúde da família.
Serão apresentados, a seguir, alguns parâmetros estruturais recomendados
pelo MS no Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde
da família, publicado em 2008, nos termos da Resolução da Diretoria sobre
a regulamentação técnica para planejamento, programação e avaliação de
projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EASs).
Os parâmetros apresentados se referem a uma UBS com uma equipe de
saúde da família:

„„ recepção/arquivo de prontuários;
„„ sala de espera com capacidade para 15 pessoas;
„„ sala de administração e gerência;
„„ sala de reuniões e educação em saúde;
„„ consultório com sanitário;
4 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

„„ consultório;
„„ sala de vacinas;
„„ sala de curativo/procedimentos;
„„ sala de nebulização;
„„ farmácia (sala de armazenamento de medicamentos);
„„ equipe odontológica;
„„ escovário;
„„ área de compressor;
„„ sanitário para usuário;
„„ sanitário para deficiente;
„„ banheiro para funcionários;
„„ copa/cozinha;
„„ depósito de materiais de limpeza;
„„ sala de expurgo, lavagem e descontaminação de materiais e instrumentos;
„„ sala de esterilização;
„„ sala de utilidades (apoio à esterilização);
„„ abrigo de resíduos sólidos;
„„ depósito de lixo;
„„ sala para Agentes Comunitários de Saúde (ACSs).

Além da estrutura mencionada acima, as UBSs com ESFs devem ter carac-
terísticas estruturais que precisam ser observadas para o adequado desempenho
das atividades da equipe. Nesse sentido, essas unidades devem ter instalações
elétricas que forneçam a luminosidade necessária, a ventilação adequada e
ambientes e mobiliários que permitam a limpeza e a desinfecção.
O MS destaca alguns fatores que devem ser observados:

„„ ambiência — a ambiência da UBS se refere ao espaço físico que deve


oportunizar um cuidado acolhedor e humanizado, tanto para a equipe
multiprofissional quanto para os usuários. Algumas características que
podem melhorar a ambiência nas unidades de saúde incluem: recepção
sem grades, placas que identifiquem os serviços e direcionem os flu-
xos de atendimento, acessibilidade para pessoas com deficiência, piso
antiderrapante, telefone público e cuidados com áreas externas, como
jardins, por exemplo.
„„ iluminação — a recomendação do MS é que os ambientes sejam bem
iluminados e que recebam o máximo possível de luminosidade natural.
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 5

„„ ventilação — a ventilação influencia diretamente a salubridade dos


ambientes. Nesse sentido, os ambientes precisam ter janelas ou venti-
lação indireta (exaustores) que permitam a circulação de ar.
„„ pisos e paredes — o teto e as paredes devem ser revestidos com ma-
teriais laváveis e que tenham a superfície lisa. Os pisos precisam ter
superfície firme, regular e antiderrapante, de modo que não cause
trepidação em equipamentos com rodas.
„„ materiais de acabamento — não devem ser utilizados materiais porosos
ou texturizados nos acabamentos.
„„ cobertura — o MS recomenda que não sejam usadas calhas internas,
embutidas e confinadas. Além disso, ele ressalta que devem ser evitadas
lajes planas e impermeabilizadas que não tenham cobertura de proteção.
„„ portas — de acordo com o MS, as portas devem ser revestidas com
material lavável. Além disso, os puxadores devem estar adequados às
necessidades de pessoas com deficiência.
„„ janelas — são recomendadas janelas que tenham maior durabilidade,
como as de alumínio ou PVC. Devem ser utilizados materiais que ofere-
çam privacidade e segurança aos ambientes. Nos locais onde existe alta
ocorrência de insetos, devem ser usadas telas de proteção nas janelas.
„„ mobiliário — prateleiras, armários, estantes e mesas devem ter super-
fície (interna e externa) lisa e lavável.
„„ fluxo de pessoas e materiais — toda a estrutura da UBS deve estar
adequada à circulação de pessoas com deficiência, idosos, pessoas com
limitações, equipamentos, macas, cadeiras de roda, etc. O acesso de
pacientes às salas de procedimentos deve ser restringido, evitando-se
a circulação de pessoas em locais desnecessários para evitar a trans-
missão de infecções.
„„ sinalização — segundo o MS, os ambientes devem ser sinalizados por
meio de figuras ou texto, figuras em relevo (tátil) ou Braile e recursos
auditivos.
„„ área externa — o perímetro externo do prédio deve ter passeio de
proteção, sem vegetação costeando as paredes. Devem ser evitados
desníveis de qualquer natureza nas rotas acessíveis, além disso, o acesso
à UBS deve ter rampa.

A adequação estrutural e ambiental das UBSs ao processo de trabalho


das equipes de ESF é fundamental para que os objetivos estabelecidos pela
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) sejam alcançados. Nesse sentido,
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os gestores das três esferas governamentais precisam articular recursos e


estratégias para a viabilização de adaptações e reformas em unidades de saúde
já existentes e a construção de novas unidades que atendam às necessidades
estruturais para a prestação dos serviços de saúde à população.

Territorialização na ESF
A territorialização é um processo de responsabilização da equipe da ESF que possibilita
conhecer os condicionantes e determinantes de saúde da população da região onde
a unidade de saúde está inserida.
A adscrição da comunidade à unidade de saúde não se configura apenas como
uma regionalização formal para fins de atendimento, mas, sim, como um método
necessário para a definição e a consolidação das relações de compromisso entre
equipe e usuários (SANTOS; RIGOTTO, 2010).
A territorialização pode ser realizada a partir de diferentes divisões:
„„ território distrito — apropriada para municípios de grande porte, essa territoria-
lização é realizada de acordo com a lógica político-administrativa, possibilitando a
proximidade entre a população e a administração pública. Ela tem como objetivo
delimitar um território administrativo assistencial que contemple um conjunto de
pontos assistenciais e uma população adstrita.
„„ território área — trata-se de um território processo, sob responsabilidade de
uma UBS, com ações que priorizam a vigilância em saúde. Tem como objetivo o
planejamento de ações, organizando os serviços e viabilizando os recursos neces-
sários para o atendimento das demandas de saúde da comunidade residente no
território, visando a melhorar os indicadores de saúde.
„„ território microárea — configura-se em uma subdivisão do território/área sob a
responsabilidade da equipe de saúde. Corresponde, ainda, à área de trabalho dos
ACSs. Essa territorialização tem como objetivo delimitar os espaços onde estão
concentrados os grupos populacionais, de modo a identificar as demandas de
saúde das famílias que ali residem e promover o planejamento, a implementação e
o acompanhamento de ações e intervenções que busquem melhorar as condições
de saúde dessa população (SANTOS; RIGOTTO, 2010).
A territorialização é fundamental para o adequado processo de trabalho das equipes
da ESF, na medida em que permite a aproximação e a formação de vínculo entre as
equipes e a comunidade. Além disso, permite a realização do perfil epidemiológico da
população adstrita, oportunizando condições de realizar o planejamento de ações e
intervenções adequadas à cultura e aos costumes locais e que atendam às necessidades
da comunidade.
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Processos de gerenciamento das unidades


básicas de saúde
A atenção básica atua como coordenadora dos demais níveis de atenção que
integram a RAS, configurando-se, ainda, como a porta de entrada do SUS. A
UBS está próxima das comunidades, resolvendo demandas comuns, realizando
ações que priorizam a promoção de saúde, a prevenção de doenças e agravos,
o tratamento e a cura de doenças e o acompanhamento e a reabilitação de
doentes, visando, sempre, ao bem-estar e à saúde da população.
Nesse sentido, a família passou a receber atenção central, entendida como
parte integrante do ambiente e do meio social em que está inserida. A partir
da territorialização, são construídos laços de corresponsabilização da saúde
entre a equipe e a comunidade assistida pela ESF.
As funções gerenciais exercidas na maioria das vezes pelo enfermeiro das
UBSs exigem, desses profissionais, habilidades e competências que vão além
dos cuidados assistenciais de saúde aos seus pacientes. Elas precisam ser exer-
cidas a partir dos princípios e das diretrizes do SUS, transformando práticas
antigas, reorientando os processos de trabalho, desenvolvendo estratégias de
gerenciamento de recursos e o planejamento e a organização dos serviços e
realizando a gestão de recursos humanos, a articulação com outras esferas da
administração e o atendimento resolutivo das demandas dos usuários.
A competência de gerenciar uma equipe multiprofissional de saúde e satis-
fazer as perspectivas dos usuários da unidade de saúde exige um profissional
equilibrado que seja capaz de superar as dificuldades e as limitações que o
sistema público de saúde apresenta, além de lidar com a escassez de recursos
estruturais, materiais e humanos diante da demanda crescente de usuários.
Além disso, o profissional precisa estar capacitado para lidar com as relações
interpessoais da equipe e da comunidade, minimizando possíveis conflitos
(FERNANDES; MACHADO; ANSCHAU, 2009).
Dessa forma, para ter um desempenho satisfatório, é preciso que o gestor da
atenção básica tenha desenvolvido competências gerenciais que o possibilitem
alcançar as metas propostas pela ESF, motivando sua equipe, qualificando os
serviços e melhorando a satisfação dos usuários. As competências gerenciais
são o alicerce das organizações, haja vista que é o gestor quem conduz todo
o seu funcionamento (DANTAS; MELO, 2001; QUINN et al., 2003).
Competência é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que
uma pessoa apresenta no desenvolvimento do seu trabalho, o que vai agregar
valor a si mesma e à organização em que atua. Os componentes que levam ao
desenvolvimento das competências estão relacionados com o conhecimento,
8 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

ou seja, o saber alcançado pelo indivíduo — suas atitudes (vinculadas à sua


personalidade) e suas habilidades — e o saber fazer —, as quais o direcionarão
a um desempenho elevado.
Na prática do gerenciamento da UBS, o enfermeiro deverá sistematizar suas
ações, de modo a conseguir conciliar suas atividades assistenciais de enfer-
meiro e suas competências gerenciais para que possa conduzir adequadamente
a unidade. Para isso, ele deve planejar suas ações, organizar e coordenar os
serviços, realizar a gestão dos recursos materiais e humanos, supervisionar
o trabalho realizado na unidade, avaliar os processos de trabalho e as ações
realizadas e articular as relações com os diferentes agentes responsáveis pelo
funcionamento da UBS.

Planejamento
Em uma abordagem estratégica, o planejamento de saúde se dá por um pro-
cesso democrático e contínuo que abrange dimensões técnicas e políticas. O
planejamento deve documentar e anunciar as políticas de saúde definidas pelos
diferentes agentes sociais que estão envolvidos nesse processo.
Nesse sentido, o plano local é a principal ferramenta orientadora da gestão
dos serviços, auxiliando na supervisão e na avaliação do trabalho da equipe.
O planejamento deve contemplar diferentes aspectos da atenção:

„„ territorialização;
„„ cobertura populacional;
„„ perfil demográfico e epidemiológico da população adstrita;
„„ indicadores da qualidade e da integralidade da atenção em saúde
oferecida;
„„ acessibilidade aos serviços;
„„ humanização da assistência.

O gestor da atenção básica deve, ainda, participar da elaboração do Plano


de Saúde para a região de abrangência da unidade de saúde, o qual deverá ser
aprovado e acompanhado pelo Conselho de Saúde. A partir da elaboração do
plano, o gestor poderá realizar encontros para discutir a territorialização junto
à equipe multiprofissional da unidade, aos líderes comunitários e aos repre-
sentantes da Secretaria Municipal de Saúde. Esses encontros podem ocorrer
em quatros diferentes momentos, de forma a permitir a troca de informações
e experiências dos envolvidos.
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 9

No primeiro momento, pode ser realizado o relato de experiências pessoais


sobre o SUS e a discussão e a reconstrução coletiva de antigos conceitos,
tais como cidadania, saúde e serviços de saúde, bem como a identificação de
pontos positivos e negativos do sistema de saúde. O segundo momento pode
abordar a história do território onde a comunidade está inserida, sua cultura,
suas particularidades e os aspectos relevantes.
O terceiro momento pode contemplar a caracterização atual do território, o
que inclui a situação geográfica, os aspectos demográficos, sociais e econômi-
cos, os determinantes e condicionantes sociais em saúde, a situação da saúde
da população e a organização da atenção à saúde. O quarto momento deve
envolver a análise das informações obtidas nos outros momentos, a definição
dos objetivos, o estabelecimento das estratégias a serem adotadas na busca pelo
alcance dos objetivos propostos, a programação das ações e o desenvolvimento
de mecanismos para acompanhamento e avaliação das atividades.
O planejamento é fundamental na gestão dos serviços de saúde, na medida
em que envolve aspetos essenciais para o desenvolvimento do trabalho da
unidade de saúde. Ele deve envolver os diferentes agentes sociais, de modo a
gerar a corresponsabilização das atividades gerenciais e assistenciais na busca
contínua pela qualidade na prestação dos serviços, bem como pela eficiência
e eficácia da atenção em saúde (DANTAS; MELO, 2001).

Organização e coordenação
A organização de uma unidade de saúde contempla um conjunto de servi-
ços e ações que são desenvolvidas para possibilitar a estruturação física e
o aprimoramento dos colaboradores, por meio da aplicação oportuna dos
recursos essenciais para o oferecimento de serviços de assistência à saúde
com qualidade à população.
A estrutura organizacional da unidade de saúde como um processo de
divisão e ordenação dos serviços precisa, fundamentalmente, da utilização
de instrumentos de coordenação, comunicação, padronização dos procedi-
mentos operacionais, acompanhamento, supervisão e avaliação do trabalho.
Para otimizar esses processos, faz-se necessária a utilização de um sistema
informatizado que oportunize o acesso e a geração de dados fidedignos ca-
pazes de fundamentar o processo decisório e a elaboração de propostas de
ações e intervenções.
10 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

Gestão de pessoas
Nas UBSs, a gestão de pessoas contempla a realização do dimensionamento de
pessoal, a elaboração das escalas de trabalho da enfermagem, o acompanha-
mento, a supervisão e a avaliação de desempenho da equipe e a programação
e a realização de atividades de educação continuada (SANTOS; MIRANDA,
2007).

Supervisão
A supervisão se configura como uma atividade gerencial que compreende a
orientação constante dos colaboradores, com vistas ao seu aprimoramento
e, consequentemente, à melhora do seu desempenho na execução de suas
atribuições. Nesse sentido, a supervisão deve ser realizada a partir da aná-
lise dos processos de trabalho da equipe da UBS, identificando fraquezas e
demandas para que seja possível buscar alternativas de reorganização dos
processos, de modo a solucionar os problemas encontrados e aprimorar os
serviços oferecidos à comunidade.
Na execução de suas atividades de supervisão, o gestor poderá utilizar
técnicas ou instrumentos que o auxiliem, como por exemplo:

„„ observação direta;
„„ entrevistas com usuários e equipe de saúde;
„„ avaliação qualitativa e quantitativa dos serviços;
„„ pesquisas de satisfação;
„„ reuniões de equipe;
„„ revisão de documentos técnicos e indicadores de saúde;
„„ mapas de produtividade e relatórios estatísticos;
„„ fichas de avaliação e acompanhamento e outros.

Avaliação
O acompanhamento e a supervisão dos serviços irão fundamentar a avaliação
geral do desempenho da unidade e a avaliação individual de cada colaborador
na execução de suas atribuições. O gestor poderá utilizar instrumentos e
mecanismos de avaliação que lhe forneçam subsídios para a elaboração de
um relatório de desempenho, tais como:
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 11

„„ análise qualitativa dos serviços oferecidos pela unidade de saúde;


„„ análise quantitativa dos serviços de saúde (cobertura e produtividade);
„„ resolutividade no atendimento aos usuários;
„„ acesso aos serviços de diferentes níveis de complexidade da RAS;
„„ impacto das ações e intervenções de saúde na comunidade;
„„ índices de morbidade, mortalidade geral, mortalidade por causa (p.ex.,
idade, sexo, etc.);
„„ incidência e prevalência de doenças;
„„ distribuição dos atendimentos ambulatoriais realizados na unidade de
acordo com idade, sexo, etc.

Gerenciamento de recursos materiais


A gestão dos recursos materiais da unidade de saúde contempla todos os
processos que envolvem a cadeia de suprimentos de equipamentos, instrumen-
tos, materiais e insumos necessários para o pleno andamento das atividades
assistenciais e administrativas da unidade. Nesse sentido, o gerenciamento
compreende ações de previsão das demandas, provisão daquilo que está em vias
de terminar, organização dos estoques e controle contínuo de todo o processo.

Gestão do orçamento e finanças dos recursos


financeiros de saúde
O gestor da UBS participa indiretamente da gestão do orçamento da sua
unidade. Desse modo, ele deve incentivar a participação democrática da
comunidade na análise e proposição orçamentária do município, além disso,
deve incentivar a participação popular na prestação de contas da gestão mu-
nicipal, observando como estão sendo utilizados os recursos orçamentários
previstos para a saúde.

Articulação
O gestor de uma UBS precisa realizar constantemente a articulação entre os
diferentes agentes sociais que estão envolvidos no processo administrativo
da instituição, ou seja, ele será o elo entre a comunidade, os trabalhadores de
saúde, os dirigentes da Secretaria Municipal de Saúde e a gestão municipal,
interagindo ativamente para viabilizar condições que sejam favoráveis para a
execução plena das atividades da UBS com eficiência e eficácia.
12 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

Nesse sentido, o gestor da unidade poderá promover ou participar de:

„„ reuniões de equipe, comunidade e dirigentes de saúde;


„„ contatos por meio de memorandos ou comunicações internas;
„„ realização de seminários e rodas de conversa com os diferentes agentes,
visando à exposição de demandas e à articulação de alternativas e
soluções viáveis para resolvê-las.

A integração do gestor da unidade de saúde com a comunidade onde ela


está inserida possibilita a construção de um projeto de saúde participativo e
democrático, no qual a população tem voz ativa no planejamento e na progra-
mação das ações de saúde, aumentando, assim, a sua adesão aos programas
de saúde e consolidando os vínculos com a equipe. Essa articulação pode se
dar pelo contato com associações de moradores, reuniões com a comunidade,
implementação do Conselho Local de Saúde, etc. (FERNANDES; MACHADO;
ANSCHAU, 2009).
A gestão das UBSs é determinante na consolidação da atenção básica,
no desenvolvimento dos serviços assistenciais e no desempenho da equipe
multiprofissional no exercício de suas atribuições. A competência do gestor
vai influenciar diretamente o desempenho da equipe e a produtividade da
unidade de saúde.
Desse modo, torna-se evidente a necessidade de criar e desenvolver ha-
bilidades e competências gerenciais dos profissionais que irão atuar como
gestores das UBSs. Um gestor eficiente e eficaz oportuniza condições para
o desenvolvimento dos processos de trabalho de qualidade, ajustados para
a realidade local, que sejam capazes de impactar positivamente a comuni-
dade, proporcionando, com isso, a melhoria das relações interpessoais entre
a equipe e os usuários, visando à corresponsabilização pelas ações de saúde
e à manutenção da unidade.

Medidas de morbidade
As medidas de morbidade são amplamente utilizadas no planejamento das ações
de saúde de uma UBS. Elas são parte importante dos indicadores epidemiológicos que
serão utilizados para que o gestor possa traçar o perfil epidemiológico da população
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 13

adstrita à sua unidade e planejar os recursos materiais e humanos necessários para


atender sua clientela com qualidade, eficiência e eficácia.
A morbidade pode ser conceituada como um conjunto de eventos em saúde (doen-
ças ou agravos) que atingem uma determinada população. As medidas de morbidade
mais utilizadas em epidemiologia para calcular a frequência que um determinado
evento em saúde ocorre são a incidência e a prevalência (TIETZMANN, 2014).
A incidência aponta o número de novos casos de uma doença em um período de
tempo definido na população que apresenta risco de desenvolver a doença.
A prevalência aponta a proporção de indivíduos, em uma determinada população,
que têm uma doença (casos novos + casos antigos) em um determinado período.
É importante destacar que, no cálculo da prevalência, o numerador engloba o total
de pessoas doentes (casos novos + casos já existentes) em um período definido
(PEREIRA, 1995).
A prevalência pode ser entendida como uma fotografia dos casos da doença em
uma população em um ponto definido do tempo. Sua interpretação é um pouco mais
complexa do que a incidência, haja vista que resulta do número de indivíduos que
tiveram a doença no passado e permanecem doentes no presente.
Desse modo, evidencia-se que a incidência é a medida de morbidade mais acon-
selhável na mensuração de doenças agudas que têm uma duração menor, enquanto
a prevalência é mais indicada na mensuração de doenças crônicas. As duas medidas
se constituem como ferramentas essenciais para o desenvolvimento de estudos
epidemiológicos e o planejamento de ações em saúde.

Atuação do enfermeiro no gerenciamento das


Unidades Básicas de Saúde
As competências do enfermeiro em uma UBS vão além das atividades assis-
tenciais, na medida em que esse profissional, na maioria das vezes, atua como
gestor da unidade, sendo responsável por todas as questões administrativas
que envolvem o funcionamento da instituição. Nesse sentido, o profissional
de enfermagem precisa desenvolver habilidades e competências gerenciais
indispensáveis para uma atuação eficiente e eficaz como gestor.
O primeiro desafio do enfermeiro enquanto gestor da UBS é conseguir
conciliar sua responsabilidade de assistência direta à saúde dos pacientes com
as atividades de gestão da unidade de saúde. Além disso, esse profissional
deverá coordenar a atuação de diferentes profissionais de saúde em um mesmo
espaço, articulando ações conjuntas que tragam benefícios aos pacientes.
14 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

No decorrer do seu processo de trabalho na saúde coletiva, o enfermeiro


deverá ter atuação constante e dinâmica em diferentes processos que deverão
funcionar concomitantemente e que fazem parte das suas atribuições diárias.
A gerência de uma unidade de saúde é determinante no desenvolvimento de
suas ações e serviços e, quando realizada com eficiência e eficácia, constitui-
-se como um importante instrumento de efetivação das políticas de saúde
fundamentais para o SUS (OHIRA; CORDONI JUNIOR; NUNES, 2014).
Essa dicotomia (assistência e gerenciamento) que permeia a atividade dos
enfermeiros na atenção básica se configura como uma atividade complexa
e desafiadora, a qual vai exigir, desse profissional, conhecimento técnico e
científico nas duas áreas de atuação para que ele possa exercer suas atribuições
com planejamento, organização e a qualidade que essas responsabilidades
demandam. Nesse sentido, suas ações devem ser pautadas pela sua autoava-
liação crítica contínua, devendo sempre refletir sobre a eficiência e a eficácia
das suas ações assistenciais e gerenciais.
A atuação gerencial do enfermeiro deve partir da realização do diagnóstico
organizacional da unidade onde trabalha. Anualmente, devem ser realizadas
avaliações que permitam a realização do diagnóstico da organização, apon-
tando fraquezas e demandas, para que possam ser incluídas no planejamento
organizacional as alternativas de solução dos problemas encontrados. Ao
mesmo tempo, o diagnóstico também deve permitir a análise das forças da
instituição, ou seja, pontos positivos e ações que obtiveram sucesso e que devem
ser incentivadas e mantidas. O diagnóstico organizacional é uma importante
ferramenta de gestão, a qual pode nortear a conduta gerencial.
A partir do diagnóstico, o enfermeiro poderá propor à equipe a realização
de um plano de ação, organizando a conduta gerencial, estabelecendo a pro-
gramação de ações em saúde e organizando a agenda assistencial e adminis-
trativa. Para exercer duas funções tão distintas, como a assistência de saúde
e a gestão administrativa de uma instituição, ter organização é indispensável
(KINDEL, 2011).
O enfermeiro deve ter uma agenda diária com a programação das atividades
assistenciais, tais como acolhimento, consulta de enfermagem, supervisão
das atividades da equipe técnica, participação em grupos de promoção de
saúde e prevenção de doenças e visitas domiciliares. Além disso, sua agenda
precisa ter inclusas, diariamente, as rotinas administrativas fundamentais para
o funcionamento da unidade (p.ex., gestão da equipe, controle de suprimen-
tos, gestão de resíduos, supervisão das atividades dos ACSs, etc.) (OHIRA;
CORDONI JUNIOR; NUNES, 2014).
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 15

A agenda mensal do enfermeiro deve contemplar reuniões de equipe (que


podem ser semanais ou quinzenais) para a realização do acompanhamento das
atividades da unidade, sua produção e apresentação e discussão de demandas
assistenciais e administrativas. As reuniões de equipe são momentos de grande
importância para o gerenciamento da unidade, na medida em que oportunizam
o diálogo, a aproximação, a troca de experiências e o compartilhamento de
saberes entre os diferentes profissionais que compõem a equipe de saúde.
Além disso, é possível que haja, nessas reuniões, atividades de capacitação
e treinamento que podem ser realizadas após a apresentação e a discussão
da pauta do dia. Depois da capacitação, a reunião pode se transformar em
uma oportunidade de confraternização e motivação da equipe, por meio de
dinâmicas integrativas que oportunizem a melhoria dos relacionamentos
interpessoais e possibilitem a criação de um clima organizacional favorável
e acolhedor.
A atividade gerencial do enfermeiro deve contemplar um momento de
escuta da população que é acolhida pela sua unidade. A comunidade precisa
ter um canal aberto para expressar seus anseios, expor suas dificuldades e
apresentar alternativas e sugestões de melhorias que possam ser discutidas com
a equipe e implementadas quando estiverem no limite de atuação da unidade de
saúde. Aquelas que estiverem acima da competência do enfermeiro podem ser
apresentadas aos dirigentes da Secretaria da Saúde e negociadas e articuladas,
de modo a viabilizar a reorganização necessária ou a adoção de medidas que
beneficiem os usuários e os trabalhadores da saúde (KINDEL, 2011).
Nesse sentido, a atuação do enfermeiro como gestor da unidade de saúde
precisa ser aberta, democrática e acolhedora, de modo a permitir a participa-
ção da população adstrita na elaboração e a execução das ações de saúde. O
enfermeiro precisa conhecer a comunidade onde sua unidade está inserida,
aprender sua cultura, bem como os hábitos e costumes locais, procurando se
integrar à comunidade, aproximando as pessoas e estabelecendo vínculos de
confiança e, até mesmo, de amizade.
A participação popular é fundamental na execução das atividades da uni-
dade de saúde. Quando a comunidade se inteira das condições da unidade,
dos recursos disponíveis, das carências e do empenho da equipe em fazer o
melhor com os meios que têm, ela passa a entender o esforço dos trabalhadores
da saúde, diminuindo críticas advindas da falta de conhecimento sobre o
funcionamento do sistema (DANTAS; MELO, 2001).
16 O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde

Na sua atuação como gestor da UBS, o enfermeiro precisa ter a habilidade


de resolver problemas. O enfrentamento das demandas diárias, tanto assis-
tenciais quanto administrativas, requer, desse profissional, atitude proativa e
dinâmica, sendo que os problemas precisam ser analisados visando à resolução
rápida, eficiente e eficaz.
É imprescindível que o enfermeiro mantenha o registro completo de suas
atividades assistenciais e gerenciais, de modo a ter acesso rápido às informações
sobre suas condutas caso seja necessário. A documentação da unidade (p.ex.,
controle de ponto dos membros da equipe, escalas de enfermagem, livro de
ocorrências, etc.) deve ficar sob sua responsabilidade.
Imprevistos e problemas podem surgir a qualquer momento na rotina
atribulada do enfermeiro, por essa razão, planejar e organizar sua agenda é
extremamente importante para otimizar seu trabalho na unidade de saúde.
Sem planejamento e organização, o profissional não será capaz de realizar
suas atividades diárias, tampouco resolver os problemas que poderão surgir
durante o dia de trabalho.
A formação desses profissionais deve contemplar o desenvolvimento de
competências gerenciais para capacitar enfermeiros gestores que estejam
aptos a compreender a real dimensão da atividade de gestão. A formação
deve abordar a gestão democrática e participativa, na qual o autoritarismo
dá lugar para o compartilhamento de responsabilidades, gerando respeito
e confiança e fazendo a equipe caminhar junto na direção da excelência na
realização do seu trabalho.
É importante ressaltar que as ações administrativas e gerenciais dos en-
fermeiros devem ir ao encontro do atendimento das demandas sociais e de
saúde básicas da comunidade, impactando positivamente a qualidade de vida
dessas pessoas. Desse modo, fica evidente a responsabilidade do trabalho do
enfermeiro, na medida em que não se trata apenas de aumentar a produtividade
dos serviços prestados pela UBS, mas, sim, atuar de modo que suas ações e
serviços beneficiem todos.
O papel do enfermeiro no gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde 17

A implementação da ESF em uma UBS se configura como


um processo complexo, o qual demanda uma série de
ações de planejamento e envolve toda a equipe multi-
profissional que integra essa equipe.
Para que se obtenha sucesso na implementação da es-
tratégia, é necessário que o enfermeiro conheça todo o
processo de gestão dos serviços de saúde.
Você pode conhecer mais sobre esse processo aces-
sando o link a seguir.

https://qrgo.page.link/QUNEK

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde:
saúde da família. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2008. (Série A. Normas e
Manuais Técnicos). Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.
php?conteudo=publicacoes/manual_estrutura_ubs. Acesso em: 14 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf. Acesso
em: 14 maio 2019.
DANTAS, T. C. C.; MELO, M. L. C. O trabalho do gerente em unidade básica de saúde:
possibilidades de uma prática. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 54, n. 3, p. 494-499,
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