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Unidade II

Unidade II
5 ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA À SAÚDE

5.1 Sistematização da Assistência de Enfermagem na Atenção Básica,


modelos propostos, acolhimento

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um método de prestação de cuidados da


assistência de enfermagem para o alcance dos resultados propostos baseados cientificamente (TANNURE;
PINHEIRO, 2013). A SAE propicia subsídios para a organização da assistência de enfermagem no que diz
respeito ao método, pessoal e instrumentos de trabalho, o que torna possível a operacionalização do
processo de enfermagem. Transforma‑se em um instrumento eficaz de gestão do cuidado também
em Unidades Básicas de Saúde (UBS), proporcionando assistência e realização de um acolhimento
humanizado à comunidade através do processo de enfermagem, traduzido num instrumento assistencial
que inter‑relaciona as informações coletadas durante a consulta de enfermagem com a finalidade de
constituir o planejamento do cuidado (MATOS; RODRIGUES; RODRIGUES, 2013).

O processo de enfermagem é uma ferramenta importante para a categoria profissional, a partir dele
o enfermeiro planeja a assistência, considerando a identificação dos problemas de saúde do paciente,
planeja a intervenção terapêutica, realiza uma avaliação sistematizada da assistência com vistas ao
alcance de resultados esperados (FONTES; LEADEBAL; FERREIRA, 2010).

O enfermeiro, ao desenvolver a sistematização das suas práticas, deve proporcionar um espaço de


fala e escuta, reforçando o vínculo entre profissional/usuário. Para tanto, não basta ser competente
somente na dimensão técnica, é preciso também desenvolver habilidades interpessoais para integrar
e fortalecer a relação entre o enfermeiro e a sua equipe e deles com o usuário. O desenvolvimento
de habilidades interpessoais é importante para criar habilidades do pensamento crítico, não devendo
supervalorizar uma em detrimento da outra (VARELA et al., 2012).

Observação

A SAE organiza o trabalho profissional quanto ao método de pessoal


e os instrumentos metodológicos, tornando possível a operacionalização
do processo de enfermagem, que orienta o cuidado profissional de
enfermagem e a documentação da prática profissional. Reforçada pela
Resolução nº 358/2009, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A UBS é considerada a porta de entrada da população à assistência, é ponto estratégico para acolher
suas necessidades, proporcionando um acompanhamento longitudinal e resolutivo (RODRIGUES;
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NASCIMENTO; ARAÚJO, 2011). A assistência de saúde é realizada por equipe multiprofissional que utiliza
seus saberes específicos para atender as necessidades do ser humano, de forma coletiva e individual
(LEAL; RIBEIRO; AFONSO, 2017).

A comunicação interpessoal tem se mostrado uma excelente ferramenta para o relacionamento dos
diversos sujeitos envolvidos na construção do plano de cuidados (VARELA et al., 2012). O Conselho Federal
de Enfermagem (Cofen) determinou a obrigatoriedade da SAE, sendo preconizado em todas as instituições
de saúde onde ocorra a atuação de um enfermeiro (MEDEIROS; SANTOS; CABRAL, 2012). Há ainda muitos
estudos e propostas sendo desenvolvidas para a SAE na Atenção Básica (SUHRE et al., 2017).

A atenção primária é uma abordagem que forma a base e determina o trabalho dos demais níveis
de atenção à saúde. É um dos eixos marcantes a respeito dos cuidados primários em saúde e surgiu em
1978 com a Declaração de Alma‑Ata, na qual os cuidados primários foram situados como estratégia
principal do sistema de saúde de um país (COUTINHO; BARBIERI; SANTOS, 2015). Ela organiza e
racionaliza o uso dos recursos, tanto básicos como especializados, direcionados para a promoção, a
manutenção e a melhora da saúde (STARFIELD, 2002). Quando os sistemas de saúde de um país estão
organizados com base na APS (Atenção Primária à Saúde), apresentam melhor desempenho, devido
principalmente à acessibilidade, integralidade e organização e otimização dos recursos (LIMA, 2011),
além de apresentarem redução da mortalidade, diminuição dos custos da atenção, maior acesso aos
serviços, redução das internações e atendimentos de urgência (MENDES, 2013).

No Brasil, o termo utilizado como equivalente à APS é a Atenção Básica (AB). (BRASIL, 2011b). O
modelo utilizado orientado na APS é a Estratégia Saúde da Família (ESF), que teve início em 1994 e
foi idealizado, inicialmente, como uma ferramenta de extensão da cobertura assistencial. Atualmente,
se configura como o maior programa assistencial no País e é considerado como um eixo estratégico
reorganizador do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem sido apontado, por sua extensão e cobertura,
como um modelo a ser seguido (ABRAHÃO, 2007; MENDES, 2013).

O Ministério da Saúde vem buscando estratégias para adequar os conhecimentos às novas propostas
de estruturação da atenção primária. A Política Nacional de Humanização (PNH – HumanizaSUS)
é uma proposta que atua a partir de orientações éticas, clínicas e políticas, que se traduzem em
arranjos de trabalho. Dentre as estratégias que norteiam esta política, evidencia‑se o acolhimento
(BRASIL, 2006c). O acolhimento considera toda a situação da atenção a partir das discussões sobre a
reorientação da atenção à saúde, direcionando a modificação do modelo tecnoassistencial, vai além
da recepção ao usuário.

Acolher significa humanizar o atendimento (HENNINGTON, 2005). O acolhimento possibilita


uma reflexão acerca dos processos de trabalho em saúde, pois estabelece uma relação concreta e de
confiança entre o usuário e o profissional ou a equipe, estando diretamente orientado pelos princípios
do SUS (BRASIL, 2010d), podendo atender às demandas da sociedade e estabelecer relação com os
outros serviços de saúde, de maneira regionalizada e hierarquizada. É um recurso destinado a apoiar a
qualificação do sistema de saúde, possibilita ao usuário o acesso a um cuidado justo e integral, a partir
do reconhecimento de que esse acesso é um direito humano fundamental (CARVALHO et al., 2008;
BARALDI; SOUTO, 2011). O acolhimento facilita, dinamiza e organiza o trabalho de forma alcançar a
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resolutividade do problema (CARDOSO et al., 2009). Aponta‑se o acolhimento como diretriz operacional
fundamental do modelo assistencial proposto pelo SUS, a fim de garantir não só a acessibilidade universal,
mas também a qualificação das relações, na qual escuta e atenção às necessidades são fundamentais
ao processo para que o serviço ofereça uma resposta resolutiva às demandas dos usuários (BREHMER;
VERDI, 2010).

Observação

O acolhimento é um conceito utilizado para expressar as relações que


se estabelecem entre usuário e profissionais na atenção à saúde.

No entanto, no seu princípio inicial, não se trata de uma simples relação de prestação de serviço.
O acolhimento implica uma relação cidadã e humanizada, de escuta qualificada (BRASIL, 2010d).
O desenvolvimento do acolhimento propõe a reorganização dos serviços e caracteriza‑se como
elemento‑chave para promover a ampliação efetiva do acesso à Atenção Básica (AB) e aos demais níveis
do sistema (RAMOS; LIMA, 2003). Relaciona‑se com o vínculo entre o usuário e o serviço de saúde,
buscando a adequação do serviço às necessidades, ambiente e cultura dos usuários, respeitando sua
privacidade, favorecendo a qualificação da assistência prestada e agindo positivamente no estado de
saúde do indivíduo e da coletividade (LIMA et al., 2007; GUERREIRO; BRANCO, 2011).

Além dos diferentes programas no âmbito da AB, são consideradas boas práticas aquelas realizadas
no cotidiano das unidades de saúde, que contribuem para a organização do processo de trabalho,
como: adaptação ou flexibilização dos atos normativos ao contexto da unidade, apoio matricial de
especialidades e realização de visitas domiciliares e de grupos terapêuticos ou de acompanhamento.
Para os gestores, a escuta seguida de orientação traz satisfação para o usuário e resolubilidade no
momento em que eles procuram o serviço de saúde. O bom trato ao usuário e o bom relacionamento
com a comunidade, mesmo sendo indiscutíveis, são valorizados na medida em que esclarecem ao usuário
as rotinas e procedimentos, fluxos e limites de atendimento (COELHO; JORGE; ARAÚJO, 2009).

Para o estudo do acolhimento, algumas dimensões são propostas. A primeira dimensão tem relação
com o diálogo, é imprescindível a disponibilidade para uma escuta ativa, qualificada e resolutiva, que
acolha o outro e as referências que o orientam. A segunda dimensão do acolhimento se refere à postura,
com a decisão do serviço de dar uma resposta à demanda do usuário, desde uma orientação verbal
ao atendimento clínico propriamente. A terceira dimensão é da reorganização do serviço de saúde,
organização interna; o acolhimento‑reorganização é enfatizado a partir de um exercício de planejamento,
sendo uma gestão colegiada ou uma gestão local autônoma, com apoio técnico‑operacional dos níveis
regional e central (LIMA et al., 2007; GUERREIRO; BRANCO, 2011).

O acolhimento, nas suas diferentes dimensões, desencadeia transformações no processo de


trabalho, nas relações estabelecidas nos espaços de cuidado e no âmbito organizacional dos serviços.
A interconexão da tríade acolhimento‑diálogo, acolhimento‑postura, acolhimento‑reorganização dos
serviços reconfigura e renova, assim, as ações na AB com o propósito de implementar a política de
humanização no SUS e consolidar seu modelo de atenção (GUERREIRO; BRANCO, 2011).
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Observação

Equipes relatam a dificuldade em se fazer, com qualidade, a escuta,


que exige atenção e disponibilidade, mediante a demanda volumosa e o
predomínio da lógica médica na prática dos profissionais e a expectativa da
sociedade. Em alguns casos se restringe a queixas.

6 MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NO BRASIL – SAÚDE DA FAMÍLIA:


CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO À SAÚDE E A ATUAÇÃO DO
ENFERMEIRO

Atualmente, o PSF (Programa de Saúde da Família) é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF),
em vez de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento
e finalização. A ESF é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para
finalizar esta reorganização.

Atenção Básica constitui‑se em um conjunto de ações que dão consistência prática ao conceito
de Vigilância em Saúde, que articula conhecimentos e técnicas provindos da epidemiologia, do
planejamento e das ciências sociais em saúde, articulando as bases de promoção, proteção e assistência,
a fim de garantir a integralidade do cuidado (FIGUEIREDO, 2012). A ESF é um modelo que procura
reorganizar a Atenção Básica de acordo com os preceitos do SUS (BRASIL, 1997a) e com o apoio do
Núcleo de Assistência à Saúde da Família, Nasf, estrutura vinculada à Atenção Básica de Saúde com
proposta de ampliar e aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na ESF, privilegiando a construção de
redes de atenção e cuidado.

Os cuidados dispensados na Atenção Básica precisam dar conta das necessidades de saúde da
população, em nível individual e/ou coletivo, de forma que as ações influam na saúde e na autonomia
das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde da comunidade. A Atenção Básica, principal
porta de entrada do sistema de saúde, inicia‑se com o ato de acolher, escutar e oferecer resposta
resolutiva para a maioria dos problemas de saúde da população, minorando danos e sofrimentos
e responsabilizando‑se pela efetividade do cuidado (BRASIL, 2011b). Para isso, é necessário que o
trabalho seja realizado em equipe, de forma que os saberes se somem e possam se concretizar em
cuidados efetivos dirigidos a populações de territórios definidos, pelos quais essa equipe assume a
responsabilidade sanitária.

Para que toda essa estrutura possa funcionar, dando respostas adequadas às necessidades dos
usuários, foi criada a Rede de Atenção à Saúde (RAS), que é um conjunto de serviços e equipamentos de
saúde, num determinado território geográfico, responsável pela oferta de serviços, acompanhamento
de como estão se relacionando, assegurando dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja
acompanhada de uma ampliação da comunicação entre os serviços, para garantir a integralidade da
atenção (BRASIL, 2011b).

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Algumas maneiras de organização das UBS e realidades socioepidemiológicas foram determinantes


para fixar o número de habitantes da área adstrita; assim, cada UBS localizada em grandes centros
urbanos e que não adota a ESF deve acolher no máximo 18 mil habitantes (BRASIL, 2011b). Àquelas
com ESF recomenda‑se, no máximo, 12 mil habitantes, em que cada equipe deve ser responsável por, no
máximo, 4 mil pessoas, sendo a média recomendada de 3 mil pessoas ou menos quanto maior o grau de
vulnerabilidade (BRASIL, 2011b).

Cada equipe de ESF deve ser constituída por, no mínimo, médico generalista ou especialista em
saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da
família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta
composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal (BRASIL, 2011b).

Observação

A Estratégia Saúde da Família surgiu como Programa Saúde da


Família (PSF), que teve início com a implantação do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (Pacs), principalmente nas regiões Norte e Nordeste
do país, em 1991, com as finalidades de diminuir as mortalidades infantil e
materna. O Ministério da Saúde passa a enfocar na família como unidade
de ação para atender ao novo conceito de saúde, que considera o indivíduo
como um todo, e não simplesmente ausência de doença.

A equipe de saúde da ESF deve cadastrar‑se em apenas uma equipe, com carga horária de 40 horas
semanais, sendo 32 horas dedicadas a atividades na equipe de saúde da família, podendo, conforme
decisão prévia e autorização do gestor, dedicar até 8 (oito) horas do total da carga horária para prestação
de serviços na rede de urgência do município ou para atividades de especialização em saúde da família,
residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade, bem como atividades de
educação permanente e apoio matricial, exceção ao profissional médico (BRASIL, 2011a).

Todos os profissionais envolvidos nas equipes de ESF devem participar do processo de


territorialização, identificando situações de risco e vulnerabilidade, realizando busca ativa e
notificando doenças e agravos de notificação compulsória; devem cadastrar famílias e indivíduos.
Ações educativas, que interfiram no processo de saúde‑doença, devem ser incrementadas, bem
como o incentivo à mobilização e à participação da comunidade, com o intuito de efetivar o
controle social (BRASIL, 2011a).

O enfermeiro é o profissional que exerce privativamente a direção dos órgãos de enfermagem e integra
a estrutura básica de instituições de saúde, pública ou privada, e a chefia de serviço de enfermagem,
coordenando a atuação do auxiliar e do técnico. Ao enfermeiro cabe atender a saúde dos indivíduos
e famílias cadastradas, realizando consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e,
conforme protocolos, solicitar exames complementares, prescrever medicações e gerenciar insumos e
encaminhar usuários a outros serviços. Cabem a ele também as atividades de educação permanente
da equipe de enfermagem, bem como o gerenciamento e a avaliação das atividades da equipe, de
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maneira particular do agente comunitário de saúde (ACS), que ocupa na ESF papel fundamental para a
manutenção do vínculo entre os usuários e a unidade de saúde.

O médico (BRASIL, 2011a) é um profissional que se ocupa da saúde humana, promovendo saúde,
prevenindo, diagnosticando e tratando doenças, com competência e resolutividade, responsabilizando‑se
pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário. Para que possa atender à demanda dos
indivíduos sob sua responsabilidade, deve realizar atividades programadas e de atenção à demanda
espontânea, de forma compartilhada, consultas clínicas e pequenos procedimentos cirúrgicos, quando
indicado na unidade de saúde, no domicílio ou em espaços comunitários, responsabilizando‑se pela
internação hospitalar ou domiciliar e pelo acompanhamento do usuário. Além disso, o médico deve, em
um trabalho conjunto com o enfermeiro, realizar e fazer parte das atividades de educação permanente
dos membros da equipe e participar do gerenciamento dos insumos.

O agente comunitário de saúde (ACS) exerce o papel de elo entre a equipe e a comunidade, devendo
residir na área de atuação da equipe, vivenciando o cotidiano das famílias/indivíduo/comunidade com
mais intensidade em relação aos outros profissionais (FORTES; SPINETTI, 2004). É capacitado para reunir
informações de saúde sobre a comunidade e deve ter condição de dedicar oito horas por dia ao seu
trabalho. Realiza visitas domiciliares na área adscrito, produzindo dados capazes de dimensionar os
principais problemas de saúde de sua comunidade. Estudos identificam que o ACS, no seu dia a dia,
apresenta dificuldade de lidar com o tempo, o excesso de trabalho, a preservação do espaço familiar, o
tempo de descanso, a desqualificação do seu trabalho e o cansaço físico (MARTINES; CHAVES, 2007).
A esses profissionais cabe cadastrar todas as pessoas do território, mantendo tais registros sempre
atualizados, orientando as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis. Devem
acompanhá‑las, por meio de visitas domiciliares e ações educativas individuais e coletivas, buscando
sempre a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS. Devem desenvolver atividades
de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, mantendo como
referência a média de uma visita/família/mês ou, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade,
em número maior. A eles cabe:

O acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de


qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento
de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal
de acordo com o planejamento da equipe (BRASIL, 2011a).

O ACS também é responsável por cobrir toda a população cadastrada, com um máximo de
750 pessoas por ACS e de 12 ACS por Equipe de Saúde da Família (BRASIL, 2011a).

Ao técnico e auxiliar de enfermagem cabe, sob a supervisão do enfermeiro, realizar procedimentos


regulamentados no exercício de sua profissão tanto na unidade de saúde quanto em domicílio e outros
espaços da comunidade, educação em saúde e educação permanente (BRASIL, 2011a).

O cirurgião‑dentista é o profissional de saúde capacitado na área de odontologia, devendo desenvolver


com os demais membros da equipe atividades referentes à saúde bucal, integrando ações de saúde de
forma multidisciplinar. A ele cabe, em ação conjunta com o técnico em saúde bucal (TSB), definir o
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perfil epidemiológico da população para o planejamento e a programação em saúde bucal, a fim de


oferecer atenção individual e coletiva voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais,
de forma integral e resolutiva. Sempre que necessário, deve realizar os procedimentos clínicos, incluindo
atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase
clínica da instalação de próteses dentárias elementares, além de realizar atividades programadas e de
atenção à demanda espontânea e ao controle de insumos (BRASIL, 2011a). É responsável ainda pela
supervisão do técnico (TSB) e do auxiliar (ASB) em Saúde Bucal e por participar com os demais profissionais
da unidade de saúde do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da
UBS (BRASIL, 2011a).

Ao técnico em saúde bucal (TSB) cabe, sob a supervisão do cirurgião‑dentista, o acolhimento do


paciente nos serviços de saúde bucal, a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos,
a remoção do biofilme e as fotografias e tomadas de uso odontológicos, a limpeza e a antissepsia do
campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, e as medidas de biossegurança de produtos e resíduos
odontológicos. É importante que esse profissional integre ações de saúde de forma multidisciplinar,
oferecendo apoio e educação permanente aos ASB, ACS e agentes multiplicadores das ações de promoção
à saúde nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal. O auxiliar em saúde bucal (ASB) realiza
procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão, como limpeza, assepsia, desinfecção e
esterilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho, processa
filme radiográfico, seleciona moldeiras, prepara modelos em gesso, além das demais atividades atribuídas
ao TSB (BRASIL, 2011a).

Em um país tão diverso quanto o nosso, seguindo as diretrizes de atender às necessidades


específicas de cada população, diferentes realidades compõem o cenário da Atenção Básica,
entre elas as equipes de consultório de rua, a população ribeirinha da Amazônia Legal e Pantanal
sul‑mato‑grossense e a fluvial.

A equipe de consultórios de rua deve ter articulação com outras do território, como a Unidade Básica
de Saúde, o núcleo de apoio à Saúde da Família, os Centros de Atenção Psicossocial à Rede de Urgência e
outras instituições ligadas ao Sistema Único de Assistência Social (Suas). Naqueles municípios ou áreas,
sem consultórios de rua, o cuidado integral das pessoas nessa situação deve ser de responsabilidade das
equipes da UBS e dos Nasf do território onde elas estão concentradas (BRASIL, 2011a).

As Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (ESFR), cujas atividades são desenvolvidas em Unidades de
Saúde em localidades da comunidade, o acesso se dá por meio fluvial. Outras são as Equipes de Saúde da
Família Fluviais (ESFF), cujas equipes desenvolvem sua atividade laboral em Unidades Básicas de Saúde
Fluviais (UBSF) (BRASIL, 2011a). Ambas devem apresentar composição semelhante à estrutura já discutida,
sendo que as Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas devem contar ainda com um microscopista, nas
regiões endêmicas. Já as Equipes de Saúde da Família Fluviais devem levar em conta um técnico de
laboratório e/ou bioquímico na constituição da equipe multiprofissional, além dos profissionais de saúde
bucal, à semelhança do que foi descrito anteriormente, sempre associada à realidade epidemiológica e
às necessidades de saúde da população.

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A organização do Núcleo de Atenção à Saúde da Família (Nasf) está organizado em duas modalidades:
Nasf 1 e Nasf 2, e a composição de cada uma delas deverá ser definida pelos gestores municipais, a
partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
Os profissionais que compõem o Nasf 1 e 2, segundo o Código Brasileiro de Ocupações – CBO, são: médico
acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta;
fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra;
psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica);
médico do trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte‑educador);
e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós‑graduação
em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas (BRASIL, 2011a). A diferença
entre o Nasf 1 e o Nasf 2 é quanto à carga horária semanal e ao número de equipes de Saúde da Família
e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas. Esses núcleos devem funcionar em horário
de trabalho coincidente com o das referidas equipes que apoiam. A organização e o desenvolvimento do
processo de trabalho do Nasf dependem de algumas ferramentas já amplamente testadas na realidade
brasileira, como é o caso do Apoio Matricial, da Clínica Ampliada, do Projeto Terapêutico Singular (PTS) e
do Projeto de Saúde no Território (PST) (MARTINES; CHAVES, 2007).

• Apoio Matricial: busca mudar o padrão dominante de responsabilidade nas organizações, tem
por objetivo responsabilizar pessoas por pessoas, e não por processos; constitui‑se na proposta
do Nasf que se complementa com o processo de trabalho em “equipes de referência” (equipe SF),
caracterizada pelas tecnologias leves. Produz ação clínica direta com os usuários, pela tecnologia
leve, caracterizada pela ação técnico‑pedagógica, que produz apoio educativo com e para a equipe.

• Clínica Ampliada se direciona a todos os profissionais que fazem clínica, ou seja, os profissionais
de saúde na sua prática de atenção aos usuários. Ampliar a clínica significa ajustar os recortes
teóricos de cada profissão às necessidades dos usuários. Relacionada ao Apoio Matricial, propõe
a discussão em equipe de casos clínicos, especialmente os mais complexos, é um recurso clínico e
gerencial importantíssimo.

• Projeto Terapêutico Singular (PTS): compreende propostas de condutas terapêuticas articuladas


para um sujeito individual ou coletivo, baseando-se em conclusões de discussão coletiva, com
apoio matricial, se necessário. Pode ser dedicado a situações mais complexas, com características
próprias. É uma variação da discussão de “caso clínico”. Resulta da discussão em equipe como o
compartilhamento de opiniões e saberes na tentativa de ajudar a entender o sujeito, demandando
cuidados em saúde e respectiva definição de propostas de ações.

• Projeto de Saúde no Território (PST): é uma estratégia das Equipes de Saúde da Família e do
Nasf para desenvolver ações de saúde em um território, articulando os serviços de saúde com
políticas sociais, investindo na qualidade de vida e na autonomia das comunidades. O primeiro
objetivo é uma área e/ou população vulnerável ou em risco. A possibilidade de articulação,
pactuação e discussão com a sociedade, grupos e indivíduos oferece opções de reformular o
projeto de saúde para a comunidade. O PST auxilia ainda o fortalecimento da integralidade
do cuidado à medida que trabalha com ações identificados e solicitados pela comunidade,
vinculadas à clínica, à vigilância e à promoção da saúde.
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• Programa Saúde na Escola (PSE): tem por objetivo a atenção integral à saúde de crianças,
adolescentes e jovens do ensino público básico, nas escolas e Unidades Básicas de Saúde, aplicadas
pelas equipes de saúde da Atenção Básica e educação de forma integrada. A avaliação clínica e
psicossocial, a promoção e a prevenção são a primeira parte da promoção da saúde ambiental e
do desenvolvimento sustentável, prevenção das violências, da alimentação saudável e de práticas
corporais e atividades físicas nas escolas. Propostas de educação para a saúde sexual e reprodutiva,
a prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas são práticas aplicadas por este programa.

Observação

O enfermeiro atende quaisquer dos ciclos de vida com as propostas


preventiva e curativa, incluindo todas as raças, etnias e crenças, além de
não fazerem distinção das orientações sexuais. As atividades são realizadas
na unidade de saúde, em igrejas, ONGs e escolas, com atendimentos
individuais e coletivos.

6.1 Atenção Primária à Saúde e a Estratégia Saúde da Família: o território


no contexto da saúde/visita domiciliária

A visita domiciliar (VD) é uma oportunidade diferente de cuidado, visando à promoção da saúde da
comunidade com suporte técnico‑científico, com ação que se desenvolve em um espaço fora da unidade
de saúde. Na prática, o que se observa com maior frequência é a realização da VD para intervir ou
minimizar o processo saúde‑doença (MENDES, 2009). Utiliza uma tecnologia leve, permitindo o cuidado
à saúde de forma mais humana, acolhedora, possibilitando o estabelecimento de laços de confiança
entre os profissionais e os usuários, a família e a comunidade, ampliando o acesso da população às ações
da saúde no domicílio (TAKAHASHI; OLIVEIRA, 2001).

A ESF prevê a atenção domiciliar à saúde como forma de assistência àqueles que precisam de
cuidados contínuos, principalmente, como instrumento de diagnóstico local e programação das ações
a partir da realidade. Um dos principais papéis da VD está no estabelecimento de vínculos com a
população, bem como seu caráter estratégico para integralidade e humanização das ações; reflete em
maior responsabilização dos profissionais com as necessidades de saúde da população, de sua vida social
e familiar (ROMANHOLI; CYRINO, 2012; SAKATA et al., 2007).

A atenção à saúde no domicílio deve construir novas formas de cuidado que considere a realidade
de vida das pessoas, suas necessidades e limites, sua participação no processo, bem como a integração
do olhar da equipe multiprofissional (MERHY; FEUERWERKER, 2007). No dia a dia do serviço de saúde,
o profissional costuma prescrever estilos de vida, hábitos, alimentação, exercícios, medicamentos que
provocam reações diversas. Nem sempre o profissional está preparado para escutar o usuário, seus
valores, seus desejos, suas formas de resolver, muitas vezes incompatíveis com algumas prescrições.
Este processo ainda é mais complexo nos casos de doenças crônicas ou acamados que precisam de
múltiplos cuidados.

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Saiba mais

Para conhecer as possibilidades de atuação nas visitas domiciliares, acesse:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.


Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar/Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013b. Disponível em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf>.
Acesso em: 10 out. 2018.

A organização e o planejamento das VDs são desafios que devem respeitar, além do território, as
características da população e dos profissionais. O fato de o cuidado em saúde ser produzido num
território não institucional, o domicílio, pode produzir desconforto, angústia, desafios, mas também
pode compor alternativas complementares à organização do cuidado. O foco é estabelecer rotinas
diferenciadas de visita conforme risco/estrato social, presença de agravos crônicos etc. e instituir
prioridades como forma de aprimorar os serviços prestados pela ESF, que podem facilitar a organização
das VDs, sem, contudo, se transformarem em regras rígidas que aprisionem esse processo de trabalho
vivo em rotina normativa (CUNHA, 2013).

A equipe de saúde que realiza as VDs é composta também de Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
que devem ser um elo entre o serviço e população, um facilitador para a identificação de problemas e
possibilidades de auxílio ao usuário. Contudo, Jardim e Lancman (2009) afirmam que é preciso considerar
a complexidade e os desafios possivelmente implicados na dupla inserção dos ACS: o agente e o sujeito,
simultaneamente. O fato de o ACS trabalhar e viver na comunidade possibilita a compreensão da
realidade, devendo ter o cuidado para ser um elo, e não um distanciamento.

A VD, assim como as demais ações de saúde, além de ser registrada nos prontuários, deve alimentar
os sistemas de informações em saúde, fundamentais para o planejamento e avaliação dessas ações
(ANDRADE et al., 2014).

Lembrete

A visita domiciliar (VD) é uma oportunidade diferente de cuidado, ela


possui ação que se desenvolve em um espaço fora da unidade de saúde.

O território é base das iniciativas e as equipes atuam na identificação de situações de risco social,
potencializam a consolidação das redes locais, uma vez que a aproximação da população ao serviço de
saúde a aproxima aos serviços de assistência social e outros. No entanto é preciso que se compreenda
o território para além de um espaço geográfico e material/econômico, mas social, cultural, com suas

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dimensões simbólica e imaginária (SÁ, 2009), que condicionam igualmente os problemas de saúde e a
possibilidade de enfrentá‑los.

Território não deve ser entendido somente como uma área geodemográfica, restrito a delimitações
de fronteiras entre um bairro ou outro para a formalização de informação de morbimortalidade ou das
ações da vigilância. É, antes de mais nada, um espaço vivo e dinâmico, sujeito a alterações sociais, não é
só o conjunto dos setores do censo para a contagem das pessoas, da população. É um espaço “vivo” de
produção de subjetividades em autonomia (SANTOS, 1996).

Conhecer o território de forma indicada e diferenciada, estabelecendo vínculo com a população,


compromisso e responsabilidade, oferece a possibilidade de gerir as condições de saúde da população
(BRASIL, 2010b). Embora complexa, a construção desse processo resulta em um instrumento de
acompanhamento e avaliação de resultados, estabelecer metas e indicadores com objetivo de melhorar
a saúde da população, bem como responder com efetividade às suas necessidades (BRASIL, 2012a).

Esse processo de conhecimento do território pode ser construído com base nos seguintes eixos:

a. Informação em saúde para conhecer e caracterizar o território


em questão e possibilitar um processo de identificação desse espaço
geográfico pelos diferentes atores sociais envolvidos, a partir da coleta e
da produção de informações;

b. Produção do cuidado à saúde, com o objetivo de utilizar a elaboração


comunitária do conhecimento sobre o território (equipamentos sociais,
esportivos e educacionais) como um espaço para a reflexão dos processos
de trabalho;

c. Constituição das redes de cuidado, oferecendo múltiplos espaços de


compartilhamento e construção de cuidado à saúde nos territórios pelo
estabelecimento de pactuações e de distintos fluxos, permitindo o percurso
do usuário sobre os pontos de atenção (BRASIL, 2012a).

O serviço de saúde deve levar em conta o conhecimento do território onde se vai atuar, o que
significa ir além dos muros da Unidade Básica de Saúde (UBS). É fundamental conhecer o território
que constitui a área de abrangência da unidade de saúde (US) para identificar como vivem, adoecem e
morrem as pessoas. Para desenvolvermos uma assistência à saúde mais resolutiva, deveremos identificar
os problemas de saúde mais relevantes e prioritários para a comunidade naquele momento para, a
partir destes, estabelecermos a proposta de intervenção (MAFRA; CHAVES, 2004). A contínua construção
do processo de territorialização é a base da discussão e construção do modelo de assistência à saúde
para aquela comunidade, especificamente. Dados referentes ao contexto econômico, social, cultural e
epidemiológico local devem ser considerados e reavaliados frequentemente, devido às características
mutáveis. É vital a participação dos usuários no Conselho Local de Saúde, que é o espaço democrático
garantido pelos princípios do SUS para apresentar suas opiniões e necessidades.

52
ENFERMAGEM INTEGRADA

7 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO

A Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS (PNH) foi criada pelo Ministério da Saúde, em
2003, a partir do reconhecimento de experiências inovadoras e concretas que compõem um “SUS que
dá certo” (MARTINS; LUZIO, 2017).

Podem ser apontados avanços na descentralização e na regionalização da atenção e da gestão da


saúde, através da ampliação dos níveis de universalidade, equidade, integralidade e controle social.
De outro lado, a fragmentação e a verticalização dos processos de trabalho enfraqueceram as relações
entre os diferentes profissionais da saúde e entre estes e os usuários (BRASIL, 2004b).

As iniciativas de humanização para a saúde se apresentam, em geral, de modo vago e associadas


a atitudes humanitárias, de caráter filantrópico, voluntárias, e não como um direito à saúde.
Raras vezes o trabalhador é incluído nessas práticas (BRASIL, 2004b). Desta maneira, a humanização
se define como o aumentar o grau de corresponsabilidade dos diferentes atores que constituem a
rede SUS, na produção da saúde, implica mudança na cultura da atenção dos usuários e da gestão
dos processos de trabalho (BRASIL, 2004b).

A Política Nacional de Humanização da atenção e gestão do SUS tem como propósitos (BRASIL, 2004b):

• contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes da humanização;

• fortalecer iniciativas de humanização existentes;

• desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção;

• aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos


modelos de atenção e de gestão;

• implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados no SUS e


experiências coletivas bem‑sucedidas.

Com o objetivo de direcionar a implantação das mudanças de humanização, foram propostos três
macro‑objetivos relacionados a seguir:

• ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores e aos conselhos de


saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e hospitalar, com ênfase nos hospitais
de urgência e universitários;

• incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos gestores, dos
conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil;

• divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de formação e produção de


conhecimento em articulação com movimentos sociais e instituições.
53
Unidade II

A humanização como estratégia de interferência no processo de produção de saúde leva em


conta que sujeitos sociais, quando mobilizados, convocados, são capazes de transformar realidades
transformando‑se a si próprios nesse mesmo processo (BENEVIDES; PASSOS, 2005).

A humanização, como um conjunto de estratégias para alcançar a qualificação da atenção e da


gestão em saúde no SUS, com a avaliação dos serviços oferecidos, foi possível identificar prioridades na
Política Nacional de Humanização e estabelecer focos, que são:

• redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;

• atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critérios de risco;

• implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

• garantia dos direitos dos usuários;

• valorização do trabalho na saúde;

• gestão participativa nos serviços.

Pensando nas várias frentes de atuação, cada um tem seu papel proposto, no eixo das instituições
do SUS, pretende‑se que a PNH faça parte dos planos estaduais e municipais dos vários governos,
discutidos e aprovados pelos gestores e pelos conselhos de saúde correspondentes (VASCONCELOS;
MARTINS; MACHADO, 2014).

No eixo da gestão do trabalho, a promoção de ações que assegurem a


participação dos trabalhadores nos processos de discussão e decisão,
fortalecendo e valorizando o compromisso com o processo de produção de
saúde e seu crescimento profissional.

No eixo da educação permanente, indica‑se que a PNH participe da


elaboração do conteúdo profissionalizante na graduação, na pós‑graduação
e na extensão em saúde, vinculando‑a aos Polos de Educação Permanente e
às instituições formadoras.

No eixo da informação/comunicação, sugere‑se a inclusão no debate da


saúde, visando à ampliação do domínio social sobre a PNH, objetivando a
maior adesão possível.

No eixo da atenção, propõe‑se democratização da gestão dos serviços e da


ampliação da atenção integral à saúde, promovendo a intra e a intersetorialidade
com responsabilização sanitária pactuada entre gestores e trabalhadores.

No eixo do financiamento, propõe‑se a integração de recursos vinculados a


programas específicos de humanização e outros recursos de subsídio à atenção,
unificando‑os e repassando‑os fundo a fundo mediante adesão, com compromisso,
54
ENFERMAGEM INTEGRADA

dos gestores à PNH. No eixo da gestão da PNH, indica‑se a pactuação com as


instâncias intergestoras e de controle social do SUS, o acompanhamento, o
monitoramento e a avaliação sistemáticos das ações realizadas, de modo integrado
às demais políticas de saúde, estimulando a pesquisa relacionada às necessidades
do SUS na perspectiva da Humanização (BRASIL, 2004b).

Em todas as esferas do SUS há possibilidade de implantação das PNH, na Atenção Básica, com a
elaboração de projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social, considerando
as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde; incentivando práticas promocionais de saúde;
estabelecendo formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a otimização dos
serviços, o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do sistema e, ainda, o
comprometimento com o trabalho em equipe, de modo a aumentar o grau de corresponsabilidade, e
com a rede de apoio profissional, visando à maior eficácia na atenção em saúde (BRASIL, 2006c).

Também se aplica na urgência e na emergência, nos prontos‑socorros, nos prontos atendimentos,


na assistência pré‑hospitalar e em outros postos para acolher a demanda por meio de critérios de
avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência; comprometer‑se
com a referência e a contrarreferência, aumentando a resolução da urgência e emergência, provendo
o acesso à estrutura hospitalar e a transferência segura, conforme a necessidade dos usuários, e definir
protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças
e as necessidades do sujeito (VASCONCELOS; MARTINS; MACHADO, 2014).

Todas as propostas atendem aos princípios que merecem ser relembrados, como a transversalidade,
sendo inserida em todas as políticas e programas propostos pelo SUS. A PNH busca a relação de trabalho,
pessoas e grupos sem a referência de hierarquia. Reconhece que as especialidades se completam e
interagem através de quem é assistido, estimulando a corresponsabilidade (BRASIL, 2006c).

Outro princípio é a indissociabilidade entre gestão e assistência, partindo do pressuposto que a


gestão interfere diretamente na atenção à saúde. Trabalhadores e usuários devem conhecer e participar
ativamente da gestão e do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de
saúde coletiva. Contempla ainda a participação do usuário e da família no seu próprio cuidado, sendo
responsável pelo seu tratamento e de seus familiares.

O protagonismo, corresponsabilidade e autonomia são o terceiro princípio. Com a participação na


construção de propostas de atenção, há maior adesão, os usuários não são só pacientes, os trabalhadores
não são simples cumpridores de funções, são todos atores responsáveis, que reconhecem a importância
de sua atuação, autônoma e construtiva (BRASIL, 2010e).

Para que estas propostas saiam do papel ou do discurso e se tornem ação, sugerem‑se métodos de
inclusão de trabalhadores, usuários e gestores nos processos de trabalho. A comunicação e o espaço
entre os três grupos de participantes provoca movimento que produz mudança contínua, estimulando
novos modos de cuidar e de organizar o trabalho, sendo recurso para a produção de saúde, ou seja, a
inclusão das diferenças nos processos de gestão e cuidado humanizam a assistência.

São estratégias para implantação das PNH:


55
Unidade II

7.1 Acolhimento

Identificar no usuário suas expectativas e reais necessidades é a responsabilização do trabalhador/equipe


pelo usuário, acompanhando‑o desde a sua chegada até a sua saída no serviço de saúde. Ao ouvir sua queixa,
preocupações e angústias, com uma escuta qualificada, oferece a possibilidade de analisar a demanda, garantindo
atenção integral, resolutiva e responsável através do envolvimento das redes internas e externas dos serviços,
como outros serviços de saúde, para continuidade da assistência quando necessário, incluindo sua cultura
e saberes. Possui articulação com os outros serviços de saúde para garantir a eficácia de encaminhamentos
(VASCONCELOS; MARTINS; MACHADO, 2014).

7.1.1 Gestão participativa e cogestão

Significa a inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão que será exercida por um conjunto
mais ampliado de sujeitos que compõem a organização, assumindo‑se que todos são gestores de seus
processos de trabalho.

A PNH distingue arranjos de cogestão em dois grupos: o primeiro diz respeito à organização do espaço
coletivo de gestão que permita o acordo entre necessidades e interesses de usuários, trabalhadores e
gestores; o segundo deles refere‑se aos mecanismos que garantem a participação ativa de usuários e
familiares no cotidiano das unidades de saúde, acompanhando o atendimento das prioridades estabelecidas.

Devem ser garantidas a organização de espaços coletivos de gestão para a produção de acordos e
pactos entre usuários, trabalhadores e gestores, garantindo o atendimento das necessidades percebidas
pela comunidade. São exemplos: Colegiados Gestores de Hospitais, Colegiado Gestor da Unidade de
Saúde, Mesas de Negociação Permanente, Contratos de Gestão, Contratos Internos de Gestão, Câmara
Técnica de Humanização (CTH), Gerência de Porta Aberta, entre outros. São espaços que permitem a
experimentação da cogestão na saúde (BRASIL, 2010d).

7.1.2 Ambiência

O espaço físico deve ser acolhedor e propiciar condições para o usuário confiar na assistência, refletindo
na maior possibilidade de adesão ao tratamento proposto. Organização de espaços saudáveis e acolhedores
de trabalho traduz um duplo desafio, que é o de sintonizar “o que fazer” com o “como fazer”. A soma de
diferentes campos do saber e das profissões, tais como dos arquitetos, dos engenheiros, dos médicos, dos
nutricionistas, dos enfermeiros, dos usuários, entre outros, valoriza o processo de construção coletiva a
partir de diferentes olhares. Trata‑se, assim, de um modo de fazer que afirme as especificidades do saber
de cada um em uma relação de interferência para a produção de um objetivo comum, refletindo em um
ambiente adaptado a cada comunidade, espelhando suas características (BRASIL, 2006c).

7.1.3 Clínica ampliada e compartilhada

Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da


comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um
cuidado e tratamento de acordo com cada caso, individualizado, com a criação de vínculo com
56
ENFERMAGEM INTEGRADA

o usuário, por adesão à proposta desenvolvida com ele, para ele. A vulnerabilidade e o risco
do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas, mas
também leva em conta a história de quem está sendo cuidado, de modo a possibilitar decisões
compartilhadas e compromissadas. Usa outros enfoques além da avaliação orgânica, qualifica o
diálogo e as relações, entendendo‑as como terapêuticas. Responsabiliza o usuário no compromisso
com sua terapia e doença (BRASIL, 2010e).

7.1.4 Valorização do trabalhador

Dá visibilidade à experiência dos trabalhadores e estimula sua participação na tomada de decisão,


entende que o trabalhador é quem detém mais informação sobre suas necessidades, acreditando na sua
capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho (BRASIL, 2006c).

O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa segue a


proposta da clínica ampliada e oferece possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e
análise do que gera sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que
propicia os acordos de como agir no serviço de saúde (BENEVIDES; PASSOS, 2005).

7.1.5 Defesa dos direitos dos usuários

Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o
conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde
a recepção até a alta. O conhecimento destes direitos oferece espaço de qualificação da relação usuário
e serviço (BRASIL, 2004b).

7.1.6 Formação e intervenção

As PNH são vivenciadas e reinventadas continuamente por princípio, através de cursos e oficinas
de formação/intervenção e a partir da discussão dos processos de trabalho. Atendem aos princípios de
adequação às mudanças constantes de perfil do usuário e demandas de saúde. Em todo o Brasil, os
trabalhadores são formados técnica e politicamente e reconhecidos como multiplicadores e apoiadores
da PNH em suas localidades.

Saiba mais

Para saber mais sobre a política de humanização, acesse o site a seguir:

BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE. Publicações. Brasília: BVSMS, [s.d.].


Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/humanizacao/pub_destaques.
php>. Acesso em: 15 out. 2018.

57
Unidade II

7.2 Programas de saúde na atenção básica

A Atenção Básica caracteriza‑se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,
que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento,
a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma
atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e
condicionantes de saúde das coletividades (BRASIL, 2012d).

A Atenção Básica ou Atenção Primária à Saúde é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários
nos sistemas de saúde. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, diagnóstico precoce,
solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento de
maior complexidade (MACHADO; LIMA; VIANA, 2008).

A Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo
no local mais próximo da vida das pessoas (BRASIL, 2012d).

No Brasil, há diversos programas governamentais relacionados à Atenção Básica, sendo um deles a


Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das
Unidades Básicas de Saúde (UBS) (MACHADO; LIMA; VIANA, 2008).

A Atenção Básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua,
que atendem pessoas em situação de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o
Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs). Tais
programas são alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades.

Quanto aos programas de atenção à saúde, destaca-se a Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de


setembro de 2017 (BRASIL, 2017).

Seção I

Das Políticas Gerais de Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde

Art. 2º São políticas gerais de promoção, proteção e recuperação da Saúde:

I – Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), na forma do Anexo I;

II – Política Nacional de Vigilância em Saúde;

III – Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, instituída pela


Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001;

58
ENFERMAGEM INTEGRADA

IV – Política de Saúde Mental, instituída pela Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, na


forma do Anexo II;

V – Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), na forma do Anexo III;

VI – Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituída pelo Decreto


nº 5.813, de 22 de junho de 2006, na forma do Anexo IV;

VII – Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS‑SUS), na forma do Anexo V.

Seção II

Das Políticas de Controle de Doenças e Enfrentamento de Agravos de Saúde

Art. 3º São políticas de controle de doenças e enfrentamento de agravos de saúde:

I – Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de


Saúde Pública, na forma do Anexo VI;

II – Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violência, na


forma do Anexo VII;

III – Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio, na forma do Anexo VIII;

IV – Política Nacional para Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), na forma do Anexo IX.

Seção III

Das Políticas Voltadas à Saúde de Segmentos Populacionais

Art. 4º São políticas voltadas à saúde de segmentos populacionais:

I – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), na forma do


Anexo X;

II – Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na


Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde;

III – Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, na forma do Anexo XI;

IV – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM);

V – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, na forma do Anexo XII;

59
Unidade II

VI – Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, na forma do Anexo XIII;

VII – Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, na forma do Anexo XIV;

VIII – Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, na forma do Anexo XV;

IX – Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto


nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009, na forma do Anexo XVI;

X – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a


Lei, em Regime de Internação e Internação Provisória, na forma do Anexo XVII;

XI – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade


no Sistema Prisional no Âmbito do SUS (PNAISP), instituída pela Portaria Interministerial
MS‑MJ nº 1, de 2 de janeiro de 2014, na forma do Anexo XVIII.

Seção IV

Das Políticas de Promoção da Equidade em Saúde

Art. 5º São políticas de promoção da equidade em saúde:

I – Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, na forma do Anexo XIX;

II – Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das


Águas (PNSIPCFA), na forma do Anexo XX;

III – Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e


Transexuais, na forma do Anexo XXI.

CAPÍTULO II

DAS POLÍTICAS DE ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE

Seção I

Das Políticas Gerais de Organização da Atenção à Saúde

Art. 6º São políticas gerais de organização da atenção à saúde:

I – Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), na forma do Anexo XXII;

II – Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente), instituída por pactuação da


Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de 12 de fevereiro de 2004;
60
ENFERMAGEM INTEGRADA

III – Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte, na forma do Anexo XXIII;

IV – Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP), na forma do Anexo XXIV;

V – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), na forma do


Anexo XXV;

VI – Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde, na forma do Anexo XXVI;

VII – Política Nacional de Medicamentos (PNM), na forma do Anexo XXVII;

VIII – Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), instituída pela Resolução


CNS nº 338, de 6 de maio de 2004, na forma do Anexo XXVIII.

Seção II

Das Políticas de Atenção a Agravos Específicos

Art. 7º São políticas de atenção a agravos específicos:

I – Política de Atenção à Saúde das Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo no


âmbito da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista, instituída pela Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, na forma do Anexo XXIX;

II – Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida, na forma


do Anexo XXX;

III – Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade, na forma do


Anexo XXXI;

IV – Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica, na forma do


Anexo XXXII;

V – Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Renal, na forma do Anexo XXXIII;

VI – Política Nacional de Atenção de Alta Complexidade em Traumato‑Ortopedia, na


forma do Anexo XXXIV;

VII – Política Nacional de Atenção em Oftalmologia (PNAO), na forma do Anexo XXXV;

VIII – Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras
Hemoglobinopatias, na forma do Anexo XXXVI;

61
Unidade II

IX – Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica, na forma do Anexo XXXVII;

X – Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, na forma do


Anexo XXXVIII.

CAPÍTULO III

DAS POLÍTICAS DE ORGANIZAÇÃO DO SUS

Art. 8º São políticas de organização do Sistema Único de Saúde (SUS):

I – Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa (ParticipaSUS), na forma do


Anexo XXXIX;

II – Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, na forma do Anexo XL;

III – Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, aprovada na 2ª Conferência


Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, realizada em 2004, e na 147ª Reunião
Ordinária do Conselho Nacional de Saúde, realizada em 6 e 7 de outubro de 2004;

IV – Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, na forma do Anexo XLI;

V – Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS), na forma do Anexo XLII.

Fonte: Brasil (2017a).

7.2.1 Hipertensão e diabetes

Entre as políticas propostas, podemos apontar o Hiperdia (Sistema de Gestão Clínica de Hipertensão
Arterial e Diabetes Mellitus da Atenção Básica), que se destina ao cadastramento e acompanhamento
de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema
Único de Saúde (SUS). Este programa permite gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição
de medicamentos e insumos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados (PORTAL
DA SAÚDE, 2018).

O impacto epidemiológico causado pela hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus
(DM), doenças crônicas, apresentam elevado custo para o serviço de saúde e grande repercussão na
morbimortalidade, sendo alvo de grandes estudos, investimentos científicos e medidas de adesão ao
tratamento (PESSOA, 2015).

A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de
pressão arterial –PA (PA ≥ 140/90 mmHg). Frequentemente, está associada às alterações funcionais
e/ou estruturais dos órgãos‑alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às alterações metabólicas,

62
ENFERMAGEM INTEGRADA

com aumento do risco para doenças cardiovasculares fatais e não fatais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010).

O relatório da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico), divulgado pelo Ministério da Saúde, aponta a frequência de diagnóstico
médico prévio de hipertensão arterial de 24,1%, sendo maior em mulheres (26,3%) do que em homens
(21,5%) (BRASIL, 2015f).

O termo diabetes mellitus (DM) refere‑se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas,


caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras,
resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina (WHO, 1999).

Ainda segundo as estimativas da referida pesquisa, o percentual de indivíduos (≥ 18 anos) que


referiam diagnóstico médico prévio de diabetes foi de 6,9%, variando entre 6,5% e 7,3%, destacando‑se
o maior percentual em mulheres, 7,2%, do que em homens, 6,5% (BRASIL, 2015f).

A falta de adesão ao tratamento e poucas ações de saúde voltadas para o controle da hipertensão
arterial são fatores para o aparecimento de complicações em órgãos ricamente vascularizados,
denominadas lesões de órgão‑alvo (PESSOA, 2015).

Assim como na fisiopatologia da hipertensão arterial, no diabetes mellitus há intensa relação entre
fatores genéticos e ambientais que determinam as alterações no metabolismo e a carência absoluta e/ou
relativa de insulinas, provocando estado de hiperglicemia crônica, no qual os mecanismos de glicogenólise
e gliconeogênese ganham destaque. A contínua hiperglicemia causa lesão vascular, principalmente nos
rins, retina e periferia de membros inferiores, levando, com frequência, à hemodiálise, perda da visão e
amputação de extremidades (PESSOA, 2015).

Tanto para HAS e DM, a promoção e prevenção são fundamentais, tendo como alvo as medidas
de controle dos fatores ambientais (excesso de peso, sedentarismo, dislipidemia, hipertensão, glicemia
prévia alterada). A realização de exercício físico regular e a alimentação saudável são medidas práticas
que, mesmo com componente genético, reduzem o aparecimento e as complicações das DCNT (doenças
crônicas não transmissíveis) (PESSOA, 2015).

O Hiperdia tem como propostas fundamentais a realização de promoção de saúde, tratamento,


educação em saúde, diagnóstico precoce, prevenção e rastreamento das complicações, comorbidades e
estímulo da adesão ao tratamento.

Mesmo acompanhado pelo Hiperdia, o usuário não tem garantia de manter níveis pressóricos
adequados (SOUZA et al., 2014), reforçando a necessidade de um programa articulado com outros
serviços de saúde e sociais; no caso dos portadores de hipertensão e diabetes, não é somente distribuindo
medicamentos que se garante um controle da doença (BOAS et al., 2011).

Entre as várias complicações sérias e dispendiosas que afetam os indivíduos com diabetes, aquelas
com os pés representam a maior parte. O impacto socioeconômico do pé diabético envolve gastos
63
Unidade II

com tratamentos, internações, incapacitações físicas e sociais, como perda de emprego e produtividade.
A dor, ansiedade e perda na qualidade de vida também causam grande impacto na vida das pessoas com
essa patologia e suas famílias, sendo difíceis de quantificar (VIEIRA‑SANTOS et al., 2008).

Programas que associam a educação específica para os pés, sapatos terapêuticos e cuidados com a
pele e unhas podem reduzir as doenças do pé diabético. A educação, aliada ao exame regular dos pés e
classificação do risco, pode reduzir a ocorrência das lesões nos pés em até 50% dos pacientes. Os cinco
pontos básicos de prevenção do pé diabético são: inspeção regular e exame dos pés e dos calçados;
identificação do paciente de alto risco; educação do paciente, da família e dos profissionais de saúde;
uso de calçados apropriados e tratamento da patologia não ulcerativa, tais como os calos e as alterações
patológicas de unhas (PAULA et al., 2016).

O cuidado dos pés diabéticos é complexo, exige colaboração de pacientes e profissionais da


saúde, para que se possa identificar precocemente os problemas, e assim evitar o desenvolvimento de
complicações. Ressalta‑se a importância de ações voltadas para as pessoas portadoras de DM, para a
identificação precoce e prevenção das complicações. As feridas em extremidade de membros inferiores
constituem uma complicação frequente e interferem de forma significativa na qualidade de vida do
portador (PAULA et al., 2016).

7.3 Programa Nacional de Controle da Tuberculose

A tuberculose ainda se configura como um problema de saúde pública. No mundo, segundo a


Organização Mundial da Saúde (OMS), estima‑se que em 2014 ocorreram cerca de 9,6 milhões de casos
da doença. Desse total, 80% estão concentrados em 22 países, sendo que o Brasil ocupa a 18ª posição
nessa classificação (WHO, 2009).

Se os números são preocupantes, a mortalidade por tuberculose é ainda pior. Em 2014, um milhão
de mortes no mundo foram atribuídas à tuberculose e, no Brasil, cerca de 4.400. O conhecimento dos
indicadores epidemiológicos é importante para o planejamento de atividades dos programas de controle
da tuberculose (WHO, 2009).

Do total de óbitos que, em 2014, apresentou a tuberculose como causa básica, 39% não foi registrado.
Entre o total de óbitos em que a tuberculose surge como causa associada, 38,3% não foi notificado.
A subnotificação representa uma falha no serviço de vigilância epidemiológica e influencia na permanência
da cadeia de transmissão da doença (BRASIL, 2011d).

A associação da tuberculose com a infecção pelo HIV e a propagação de cepas resistentes representam
desafios adicionais em escala mundial (BRASIL, 2016c).

Observação

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo


Mycobacterium tuberculosis, que se aloja no pulmão ou em outras partes
64
ENFERMAGEM INTEGRADA

do corpo. Vejamos exemplos: como tuberculose miliar (forma mais grave,


ocorre quando o bacilo entra na corrente sanguínea e chega a todos os
órgãos, havendo grande risco de meningite); tuberculose óssea (se dá
quando o bacilo consegue penetrar e se desenvolver nos ossos); tuberculose
ganglionar (pode acometer os gânglios do tórax, virilha, abdômen ou, mais
frequentemente, do pescoço); e tuberculose pleural (ocorre quando o bacilo
afeta a pleura, tecido que reveste os pulmões, causando intensa dificuldade
em respirar, não é contagioso).

Em 1993, a OMS declarou a TB uma emergência mundial e passou a recomendar a estratégia Dots,
sigla em inglês que significa tratamento diretamente observado de curta duração, como resposta global
para o controle da doença. Esta estratégia fundamenta‑se em cinco componentes (WHO, 2009):

• Compromisso político com fortalecimento de recursos humanos e garantia de recursos financeiros,


elaboração de planos de ação e mobilização social.

• Diagnóstico de casos por meio de exames bacteriológicos de qualidade.

• Tratamento padronizado, com a supervisão da tomada da medicação e apoio ao paciente.

• Fornecimento e gestão eficaz de medicamentos.

• Sistema de monitoramento e avaliação ágil, desde a notificação até o encerramento do caso.

Diagnosticar e tratar correta e prontamente os casos de TB pulmonar são as principais medidas para
o controle da doença, bem como encontrar precocemente o paciente e oferecer o tratamento adequado,
interrompendo a cadeia de transmissão da doença (SBPT, 2009).

Entre as estratégias, temos a busca ativa de sintomáticos respiratórios (SR) como atividade de saúde
pública orientada a identificar precocemente pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três
semanas (sintomático respiratório), consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando à
descoberta dos casos bacilíferos. A busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos
os serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário) (AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2005).
Em populações com alto risco de adoecimento, como a prisional, sugere‑se que a busca seja realizada
em indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a duas semanas, desde que seja garantido o
suporte laboratorial (BRASIL, 2016c).

Na busca ativa, utiliza‑se como estratégia interrogar sobre a presença e duração da tosse à
clientela dos serviços de saúde, independentemente do motivo da procura pelo serviço; orientar os SR
identificados para a coleta do exame de escarro e coletar duas amostras de escarro, uma no momento
da identificação e outra no dia seguinte; estabelecer fluxo para conduta nos casos positivos e negativos
à baciloscopia; acompanhar rotineiramente os indicadores sugeridos: proporção de sintomáticos
respiratórios examinados, proporção de baciloscopias positivas e proporção da meta alcançada
(AMERICAN THORACIC SOCIETY, 2005).
65
Unidade II

O tratamento diretamente observado (TDO) constitui um acompanhamento na forma de administrar


os medicamentos, sem mudanças no esquema terapêutico: o profissional treinado passa a observar a
tomada da medicação do paciente, desde o início do tratamento até a sua cura, de todos os diagnosticados,
pois não é possível predizer os casos que irão aderir ao tratamento (FRIEDEN; SBARBARO, 2007).

O tratamento diretamente observado vai além da deglutição dos medicamentos. É necessário


construir um vínculo entre o doente e o profissional de saúde e o serviço de saúde. Identifica‑se a
necessidade de remover as barreiras que impedem a adesão, através da reabilitação social, melhora da
autoestima e qualificação profissional (BRASIL, 2011d).

A modalidade de TDO a ser adotada deve considerar a realidade do paciente e estrutura de


saúde. É desejável que a tomada observada seja diária, de segunda a sexta‑feira. No entanto, se a
opção de três vezes por semana for a única possível, deve ser explicado ao paciente a necessidade
da tomada diária, incluindo os dias em que o tratamento não será observado. O uso de incentivos
(lanche, auxílio‑alimentação e outros) e facilitadores de acesso (vale‑transporte) é recomendado como
motivação para o todo (BRASIL, 2011d).

Para a implementação do TDO, existem as seguintes modalidades de supervisão:

• domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local por ele solicitado;

• na unidade de saúde: observação em unidades de ESF, UBS, serviço de atendimento de HIV/aids


ou hospitais;

• prisional: observação no sistema prisional; e

• compartilhada: quando o doente recebe a consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO
em outra, mais próxima em relação ao seu domicílio ou trabalho.

O local de administração do medicamento ou a opção por observação não diária deve dizer respeito
às dificuldades do doente, e nunca do serviço. Para definir se o tratamento foi observado, convenciona‑se
que este doente deverá ter tido no mínimo 24 tomadas observadas na fase de ataque e 48 tomadas
observadas na fase de manutenção (BRASIL, 2016c).

O tratamento tem grande índice de abandono, especialmente pela duração, as reações adversas
podem ser divididas em dois grandes grupos, reações adversas menores, em que normalmente não é
necessária a suspensão do medicamento antiTB; e reações adversas maiores, que, em geral, causam a
suspensão do tratamento. A maioria dos pacientes completa o tratamento sem qualquer reação adversa
relevante. Os fatores de risco mais referidos para o desenvolvimento de efeitos maiores são: idade maior
de 40 anos; dependência química ao álcool (ingestão diária de álcool > 80 g); desnutrição (perda de
mais de 15% do peso corporal); história de doença hepática prévia; e coinfecção pelo vírus HIV, em fase
avançada de imunossupressão. As reações adversas mais frequentes ao esquema básico são: mudança
da coloração da urina (ocorre universalmente), intolerância gástrica (40%), alterações cutâneas (20%),
icterícia (15%) e dores articulares (4%). Deve ser ressaltado que quando a reação adversa corresponde
66
ENFERMAGEM INTEGRADA

a uma reação de hipersensibilidade grave como plaquetopenia, anemia hemolítica, insuficiência renal, o
medicamento suspeito não pode ser reiniciado após a suspensão, pois na reintrodução a reação adversa
é ainda mais grave (BRASIL, 2016c).

A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. Nos casos


pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico
bacteriológico da doença. Têm a vantagem de serem os de menor custo e de apresentarem um índice
de contaminação menor. Os antimicobacterianos testados, em geral, são estreptomicina, isoniazida,
rifampicina, etambutol e pirazinamida. A identificação da espécie é feita por métodos bioquímicos e
fenotípicos ou pode ser analisada por meio de técnicas moleculares (SBPT, 2009).

A suscetibilidade à infecção é praticamente universal. A maioria das pessoas desenvolve imunidade


parcial à doença, cerca de 5% dos indivíduos não conseguem impedir a multiplicação dos bacilos e
adoecem na sequência da primoinfecção. Outros 5%, apesar de bloquearem a infecção nesta fase, adoecem
posteriormente por reativação desses bacilos ou em consequência de exposição a uma nova fonte de
infecção. A competência do sistema imunológico pode interferir no risco de adoecimento, como no HIV.
Outros fatores relacionados à competência imunológica são doenças ou tratamentos imunodepressores;
idade – menor do que 2 anos ou maior do que 60 anos; e desnutrição. O período de incubação pode se
estender por muitos anos, e mesmo décadas, a contar de dois anos da primoinfecção.

A vacina BCG é prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos, com obrigatoriedade para
menores de 1 ano, como dispõe a Portaria nº 452, de 6 de dezembro de 1976, do Ministério da Saúde
(BRASIL, 2008), e a Portaria nº 3.318, de 28 de outubro de 2010, que institui em todo território nacional
os calendários de vacinação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2010a). Trata‑se de uma vacina atenuada
e cada dose administrada contém cerca de 200 mil a mais de 1 milhão de bacilos. A administração da
vacina é intradérmica, no braço direito, na altura da inserção do músculo deltoide. Essa localização
permite fácil verificação da existência de cicatriz para efeito de avaliação do programa e limita as reações
ganglionares à região axilar (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2001). Quando administrada, a vacina
não protege os indivíduos já infectados pelo Mycobacterium tuberculosis nem evita o adoecimento por
infecção endógena ou exógena, mas oferece proteção a não infectados contra as formas mais graves,
tais como a meningoencefalite tuberculosa e a tuberculose miliar, na população menor de 5 anos.
Não está recomendada a segunda dose da vacina BCG no Brasil (Nota Técnica no 66/CGPNI/Devep/SVS/MS,
de 24 de maio de 2006).

Quanto à biossegurança, há medidas de proteção individual como o uso de máscaras para atendimento
de SR ou pacientes com tuberculose diagnosticada. Tudo deve ser feito em locais adequados para a
utilização correta, como barreiras físicas que identifiquem a partir de onde as máscaras têm de ser
usadas e descartadas adequadamente. É recomendado o uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro
e da União Europeia, ou N95, padrão dos Estados Unidos, para profissionais de saúde ou visitantes
(acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco de transmissão (quartos de isolamento respiratório,
ambulatório para atendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB com suspeita de ou
resistência comprovada aos fármacos antiTB) (ATS; CDC; IDSA, 2005).

67
Unidade II

É necessário treinamento especial para uso das máscaras PFF2 ou N95, uma vez que devem ser
perfeitamente adaptadas ao rosto do funcionário, elas podem ser reutilizadas desde que estejam
íntegras e secas.

Para os pacientes com tuberculose pulmonar ou SR com potencial de transmissão, o uso de máscaras
cirúrgicas é recomendado em áreas onde haja falta de estrutura de ventilação adequada como salas
de espera e emergências, enquanto se aguarda definição do caso, ou deslocamento de pacientes do
isolamento para exames ou procedimentos (BRASIL, 2016c).

Saiba mais

Para informações adicionais sobre cada uma das políticas de saúde, acesse:

BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE. Acervo da Biblioteca. Brasília: BVSMS,


2017. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2018.

7.4 Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela

O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas 7 milímetros, de patas e corpo rajados, mas é
capaz de transmitir doenças diferentes, entre elas se destacam a dengue, o zika vírus, a febre amarela e
a chikungunya. A doença que se desenvolve depende do vírus que o mosquito carrega. Evidentemente,
nem todos os mosquitos dessa espécie estão infectados. O mosquito se reproduz velozmente, em especial
nos dias de verão. O ovo é depositado pela fêmea do mosquito nas paredes dos criadouros, próximo à
superfície da água. Dos ovos, nascem as larvas; daí, para a proliferação, é um voo (BRAGA; VALLE, 2007).

A descoberta de que a febre amarela era transmitida pelo Aedes aegypti veio de Cuba e das pesquisas
do cientista Carlos Finlay. No Brasil, o mosquito foi o responsável pela transmissão da febre amarela
urbana, que assombrou o país no início do século XX. O sanitarista Oswaldo Cruz montou um exército
com 5 mil agentes, no que ficou conhecido como “brigadas mata‑mosquito”, que visitavam as residências
lavando caixas d’água, desinfetando ralos e bueiros, limpando telhados e calhas, eliminando qualquer
suspeita de foco. De acordo com especialistas, isso impulsionou a criação de medidas para a erradicação
e, em 1955, o Brasil foi considerado pela Organização Pan‑Americana da Saúde (Opas) um país livre do
Aedes aegypti (LOURENÇO; RODRIGUES, 2017).

Para efeito de definições, a dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima‑se que 50 milhões de infecções ocorram
anualmente no mundo (BRAGA; VALLE, 2007).

O zika é outro vírus transmitido pelo mosquito e que foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de
2015. Ele recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em
macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda. A febre chikungunya

68
ENFERMAGEM INTEGRADA

é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do
vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Em swahili, chikungunya significa “aqueles que se dobram”
, um dos idiomas da Tanzânia. Refere‑se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira
epidemia documentada, na Tanzânia, entre 1952 e 1953 (VASCONCELOS, 2015).

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por
mosquitos Aedes aegypti, vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão
em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores
infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa (VASCONCELOS, 2015).

Em 2018, até 21 de abril, foram notificados 101.863 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução
de 20% em relação ao mesmo período de 2017 (128.730). Também houve queda expressiva no número de
óbitos. A redução foi de 44%, passando de 72 em 2017 para 40 em 2018. A principal forma de transmissão é
pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão
de sangue. Existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN‑1, DEN2, DEN‑3 e DEN‑4 (BRASIL, 2018).

Em relação à chikungunya, foram registrados 29.675 casos prováveis. A redução é de 65% em relação
ao mesmo período do ano passado, quando foram catalogados 86.568 casos. Em 2018, houve quatro
óbitos confirmados laboratorialmente. Em 2017, no mesmo período, foram 83 mortes. O mosquito
adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no
organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas (BRASIL, 2018).

Foram registrados 2.985 casos prováveis de zika em todo o País, uma redução de 70% em relação ao mesmo
período de 2017 (10.286). Em 2018, foi catalogado um óbito pela doença. O principal modo de transmissão
descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Outras possíveis formas de transmissão precisam ser avaliadas
com mais profundidade, com base em estudos científicos. Conforme estudos aplicados na Polinésia Francesa,
não foi identificada a replicação do vírus em amostras do leite, assim como a doença não pode ser classificada
como sexualmente transmissível. Também não há descrição de transmissão por saliva (BRASIL, 2018).

Em termos diagnósticos não temos certeza de imediato se estamos diante de um doente com
dengue ou zika, ou até mesmo de uma forma mais branda de chikungunya. Como a dengue, a infecção
pelo vírus chikungunya causa febre alta de início agudo, dores fortes em músculos e articulações
(principalmente tornozelos, punhos e mãos) e na cabeça. No entanto, em suas formas clínicas clássicas,
a chikungunya provoca, além da dor, inflamação nas articulações, o que não acontece com a dengue.
As dores podem ser tão intensas a ponto de impedir o doente de realizar atividades rotineiras, como tomar
banho sozinho, vestir‑se ou pentear os cabelos. Além dessa diferença entre as doenças, a chikungunya
com relativa frequência se torna crônica, fato inexistente na dengue (SOUZA, 2016).

Lembrete

O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas 7 milímetros, de


patas e corpo rajados, mas é capaz de transmitir doenças diferentes, entre
elas se destacam a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya.
69
Unidade II

A síndrome de Guillain‑Barré é uma reação a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e tem
como manifestação a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos. Os sintomas começam pelas pernas,
podendo irradiar para o tronco, os braços e a face. A síndrome pode apresentar diferentes graus de
agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos
quatro membros. O principal risco é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, devido
à dificuldade para respirar, podendo levar à morte (SNCC, 2015b).

De julho de 2017 a julho de 2018, o Brasil registrou 415 mortes por febre amarela. No total,
1.266 infecções foram confirmadas. Historicamente, o vírus da febre amarela tem um padrão de
sazonalidade e costuma atuar entre julho e junho do ano posterior. Por isso, esse é o período escolhido
pelo Ministério da Saúde para monitoramento (BRASIL, 2018).

Em relação às manifestações clínicas, resumidamente pode‑se descrever cada uma como:

• Dengue: pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente,
sua primeira manifestação é a febre alta (39° a 40 °C), de início abrupto, que em geral dura de
2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza,
dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.

• Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. A forma grave da doença inclui dor abdominal
intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros.

• Chikungunya: os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações
dos pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos
e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Os sintomas
iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar
uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado.
Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

• Zika: cerca de 80% das pessoas infectadas pelo zika vírus não desenvolvem manifestações clínicas.
Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas
vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Sintomas menos frequentes são: edema
generalizado no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna
e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. A dor nas articulações pode persistir
por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem,
excepcionalmente, evoluir para óbito (LARA NETO, 2015).

A microcefalia pode estar relacionada à infecção por zika vírus na gestante. Em 2013, foram notificados
167 casos de crianças que nasceram com a doença, em 2016, foram 3.893 ocorrências suspeitas associadas ao
vírus zika. Especialista nas chamadas arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, Pedro Vasconcelos (2015)
explica que a associação entre zika e microcefalia mostrou que este vírus pode causar problemas graves
semelhantes a outras doenças infecciosas relacionadas a formações congênitas, como a rubéola. Quando
as infecções ocorrem nas primeiras semanas de gestação, maior a chance de o vírus alcançar o feto e as
complicações tendem a ser mais graves, às vezes incompatíveis com a vida, aponta (SÃO PAULO, 2012).
70
ENFERMAGEM INTEGRADA

Além dos casos que envolvem limitações sérias, que podem inclusive levar à morte do bebê, incluem
complicações gravíssimas, podendo ocorrer pequenas más‑formações no sistema visual, auditivo ou em
algum outro órgão. São crianças que terão sequelas e precisarão de acompanhamento em longo prazo
para que as limitações motoras e neurológicas sejam as menores possíveis (SÃO PAULO, 2012).

• Febre amarela: seus sintomas iniciais incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça
intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria
das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. Cerca de 15% dos pacientes apresentam um breve
período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia (especialmente do
trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de
20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer (SÃO PAULO, 2012).

Tanto na febre amarela como na dengue, não há transmissão para outra pessoa pelo contato direto
ou por suas secreções, nem através da água nem dos alimentos. O período de incubação após a picada
pelo inseto varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias (VASCONCELOS, 2015).

Em todos os tipos de manifestação é indicada a procura do serviço de saúde para identificação da


gravidade e minimização do risco de complicações e contágio.

A notificação é importante para levantamento epidemiológico e providências relacionadas às


medidas de vigilância e prevenção (SÃO PAULO, 2012).

Figura 13 – Sintomas da dengue

71
Unidade II

Figura 14 – Sintomas da zika

Figura 15 – Sintomas da chikungunya

72
ENFERMAGEM INTEGRADA

Figura 16 – Sintomas de febre amarela

Não existe tratamento específico para dengue, chikungunya, infecção pelo vírus zika ou febre
amarela. Os sintomas são tratados com medicação para a febre acetominofeno (paracetamol) e as
dores articulares (anti‑inflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao
risco de hemorragia. Propõe‑se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
Nas formas graves, o enfermo pode ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as
complicações e o risco de óbito (LARA NETO, 2015).

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra dengue, zika ou chikungunya. Portanto, a única
forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os
possíveis criadouros. Roupas que diminuam a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos
são mais ativos, oferecem proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos.
Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros
proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas
acamadas e trabalhadores noturnos). Contra a febre amarela, o Sistema Único de Saúde oferta vacina
para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de uma dose durante toda
a vida, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside
em áreas com recomendação da vacina contra febre amarela e indivíduos que vão viajar para esses
locais devem se imunizar (SOUZA, 2016).

73
Unidade II

A vacinação contra febre amarela é ofertada na rotina dos municípios com recomendação nos
seguintes estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás,
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Excepcionalmente o Espírito Santo (LARA NETO, 2015).

A pessoa que contrai a febre amarela e sobrevive adquire imunidade, no entanto, em relação à
dengue ela pode pegar novamente, mas nunca pelo mesmo tipo de vírus, pois existem quatro formas
de vírus da dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4), portanto o indivíduo fica imune contra o tipo de vírus que
provocou a sua doença, podendo ser contaminado pelas outras três formas conhecidas. Ainda não há
estudos suficientes para afirmar sobre a imunidade em relação ao vírus zika (WHO, 2012).

Há constatação de que a infecção pelo vírus durante a gravidez tem relação direta com outra epidemia,
a de casos de microcefalia, entre outros comprometimentos da zika congênita. Em amostras de sangue
e tecidos de bebês nascidos com microcefalia, foi identificada a presença do vírus zika. Essa é uma
situação inédita na pesquisa científica mundial. A OMS e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças
(CDC) dos Estados Unidos também confirmam a relação. As investigações sobre o tema, entretanto, são
recentes e continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua
atuação no organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade para a gestante.
Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez (CDC; PAHO, 2011).

O diagnóstico da microcefalia pode ser feito no primeiro exame físico do recém‑nascido, que é
rotina nos berçários e deve ser realizado em até 24 horas do nascimento. A OMS recomenda que o
perímetro cefálico seja medido entre 24 horas após o nascimento e o sexto dia de vida. Este período é
um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. No entanto,
deve-se ter o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período
da gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes
aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga
comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de
água parada em casa ou no trabalho (BRAGA; VALLE, 2007).

Recentemente foram publicadas portarias para restringir a área afetada pelas infecções por
Aedes, vejamos:

7.4.1 Portarias

A Portaria GM/MS nº 2.121 (BRASIL, 2015c) altera a Política Nacional de Atenção Básica, reforçando
as ações voltadas ao controle e redução dos riscos em saúde pelas Equipes de Atenção Básica. Favorece,
ainda, o papel do Agente Comunitário de Saúde.

A Portaria GM/MS nº 1.813 (BRASIL, 2015a) declara Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional (Espin) contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, permitindo a atuação da
Força Nacional do SUS. Este ato, respaldado pelo Decreto Presidencial nº 7.616, de 17 de novembro
de 2011, é realizado nas situações em que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção,
controle e de riscos, danos e agravos à saúde pública, permitindo a atuação da Força Nacional do SUS.
74
ENFERMAGEM INTEGRADA

7.4.2 Notas técnicas

A Nota Técnica, publicada pelo DAB em 23 de dezembro de 2015, traz orientações em relação à
aplicação da Portaria nº 2.121 (BRASIL, 2015c). Especifica também as ações que deverão ser desenvolvidas
pelas equipes, destrinchando as atividades a serem realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde
junto aos domicílios e famílias.

7.5 Políticas Públicas de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT)

O marco do início das políticas públicas data do governo Vargas (1930‑1945), voltadas para as
questões trabalhistas. Por longo período no País, só tinham direito à assistência à saúde as pessoas que
estivessem legalmente empregadas, com auxílio à saúde focado nos trabalhadores urbanos.

No entanto, é apenas em 1978 que a CLT, em seu Capítulo V, apresenta as Normas Regulamentadoras
de Segurança e Medicina do Trabalho, modificadas para atender ao trabalhador celetista.

Saiba mais

Para acompanhar e entender as propostas das políticas de saúde aos


trabalhadores, é importante a leitura na íntegra da portaria a seguir:

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 1.823, de


23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e
da Trabalhadora. Brasília: Ministério da Saúde, 2012a. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html>.
Acesso em: 15 out. 2018.

Na Constituição Federal (BRASIL, 1988), no art. 200 – Ao SUS compete, além de outras atribuições,
nos termos da lei: no Inciso II – executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as
de saúde do trabalhador; e Inciso VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o
do trabalho. Tem‑se a preocupação com a saúde do trabalhador especificamente.

Na Lei nº 80.080 (BRASIL, 1990), em seu art. 6º, estão incluídas no campo de atuação do
Sistema Único de Saúde (SUS): Inciso I – a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de
vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral,
inclusive farmacêutica.

A saúde do trabalhador é o conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância
epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como
visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos
das condições de trabalho (BRASIL, 1990).

75
Unidade II

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT) tem por finalidade definir os
princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados nas três esferas de gestão do SUS, federal,
estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde do trabalhador,
com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da
morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.

A PNSTT tem por objetivos fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integração com
os demais componentes; promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis; garantir
a integralidade na atenção à saúde do trabalhador; ampliar o entendimento de que a saúde do
trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal, devendo a relação saúde‑trabalho ser
identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; incorporar a categoria trabalho
como determinante do processo saúde‑doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo‑a nas
análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde; assegurar que a identificação da
situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a
atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde, seja
observada no momento de cada intervenção em saúde; assegurar a qualidade da atenção à saúde do
trabalhador usuário do SUS.

A atenção à saúde do trabalhador contempla três níveis de atuação: a) ações destinadas à definição
dos perigos e dos riscos inerentes a um processo de trabalho e à consequente promoção de medidas
que visam ao adequado controle dos perigos e riscos e de controle médico, assim como um programa
que permita a coleta e a análise dos dados gerados; b) a assistência à saúde com condutas clínicas
e ocupacionais e um sistema de benefícios justo; e c) a abordagem e a conduta apropriadas aos
determinantes sociais, individuais ou de grupos, que impactam negativamente na saúde da maioria dos
trabalhadores (CHIAVEGATTO; ALGRANTI, 2013).

Estabelecem‑se como estratégias de implantação: integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador


junto aos demais componentes e com a Atenção Primária à Saúde; análise do perfil produtivo e da
situação de saúde dos trabalhadores; estruturação da Renast no contexto da Rede de Atenção à Saúde:
ações de ST junto à APS; ações de ST junto à urgência e emergência; e ações de ST junto à atenção
especializada (ambulatorial e hospitalar). Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial;
estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; desenvolvimento e
capacitação de recursos humanos; apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.

8 PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS

A resolução do Cofen nº 567 (BRASIL, 2018) regulamenta a competência da equipe de enfermagem


no cuidado às feridas. De acordo com essa resolução, cabe ao enfermeiro capacitado a avaliação e
prescrição de coberturas para tratamento das feridas crônicas.

Esta resolução determina que cabe ao enfermeiro avaliar, prescrever e executar curativos em todos
os tipos de feridas em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e supervisionar a equipe de
enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com feridas.

76
ENFERMAGEM INTEGRADA

Entende‑se por ferida a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor


extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico ou mecânico.

Deve‑se considerar fatores que interferem no processo de cicatrização como idade e o seu estado
nutricional, pacientes acamados ou em uso de cadeira de rodas para evitar lesões por pressão que
podem surgir devido à pressão contínua em proeminências ósseas.

A cicatrização é um processo sistêmico, isso significa que depende do organismo como um todo,
seu estado nutricional, emocional, psicossocial e ambiental, evitando focar‑se apenas na ferida,
realizando controle rigoroso de doenças de base como HAS e DM. Pacientes com (DM) e hipertensão
arterial sistêmica (HAS) possuem maior probabilidade de desenvolver feridas crônicas por complicações
vasculares, podendo ser potencializados por outros fatores como o tabagismo e a obesidade. Fatores
que comprometem a perfusão tecidual, aumentando o risco de desenvolver lesões e dificultando a
cicatrização quando elas ocorrem.

A pele é composta de três camadas: uma superficial, a epiderme; uma intermediária, a derme; e uma
mais profunda, a hipoderme. Elas encontram‑se unidas entre si, cada uma com características e funções
específicas. Quando a integridade do tecido cutaneomucoso sofre uma lesão, imediatamente inicia o
processo de reparação, que varia de acordo com a competência de cada organismo. Esse procedimento
pode ser dividido em três fases:

• Inflamatória: inicia‑se imediatamente no momento em que ocorre a lesão. Nessa fase ocorre
formação de trombos, ativação do sistema de coagulação, desbridamento da ferida e defesa
contra infecções através das células do sistema imune. Prepara-se o local afetado para o
crescimento de tecido novo. Ocorre a agregação plaquetária e formação de trombócitos, que
liberam mediadores vasoativos, fatores quimiotáticos e fatores plaquetários e, em seguida, o
processo inflamatório, caracterizado pelo aumento do fluxo sanguíneo e aparecimento dos sinais
flogísticos (dor, calor, rubor, edema e perda de função). A resposta inflamatória é facilitada por
mediadores bioquímicos de ação curta como a histamina e serotonina e os mais duradouros
como bradicinina e prostaglandinas. Primeiro os monócitos e neutrófilos realizam fagocitose
das bactérias e decomposição do tecido necrosado. Posteriormente os macrófagos ativam os
fibroblastos e as células endoteliais.

• Proliferativa: inicia a reconstituição da lesão com a formação de tecido de granulação composto


de novos vasos sanguíneos e brotos endoteliais, fibroblastos, macrófagos e colágeno, este processo
ocorre 72 horas após a lesão e prolonga‑se por até três semanas. O colágeno é responsável pela
consistência e força da cicatriz e formação da matriz celular. Posteriormente ocorre a epitelização
por meio dos queratinócitos, que são direcionados para as bordas da ferida, efetua-se a construção
de um tecido novo.

• Maturação: inicia‑se por volta da terceira semana e estende‑se por até dois anos. Tem por objetivo
oferecer a resistência do tecido e a recuperação de algumas propriedades. Ocorre um aumento da
resistência do tecido, o volume da cicatriz diminui gradualmente e a coloração passa aos poucos de
vermelho para o branco pálido, característico do tecido cicatricial. O equilíbrio entre a produção e
77
Unidade II

a degradação de fibras de colágeno é essencial. Caso haja um desequilíbrio nesta fase, formam‑se
cicatrizes chamadas queloidianas ou hipertróficas, que alteram as propriedades da pele.

A cicatrização pode ser classificada em:

— Primeira intenção: ocorre em feridas pequenas onde as bordas estão próximas, não apresentam
infecção nem muito edema, e as bordas são unidas por meio de sutura.

— Segunda intenção: ocorre grande perda de tecido, maior afastamento das bordas com ou sem
infecção, as características impedem a sutura e as lesões são mantidas abertas, deixando‑as
se fecharem por meio de epitelização. Pode ser seguida de aproximação mecânica após uma
primeira fase de cicatrização.

— Terceira intenção: durante o processo de aproximação das bordas da ferida, ocorre abertura da
lesão, também conhecido como deiscência, devendo ser identificada a causa, para posterior
tratamento, podendo ser indicado a limpeza ou desbridamento. Indica‑se aguardar a formação
de tecido de granulação saudável para posterior captação das bordas da lesão.

O enfermeiro, ao realizar a avaliação da ferida, deve avaliar todo seu aspecto a fim de decidir qual
o melhor tratamento a ser seguido. Considera a área de abrangência e extensão da lesão através de
medidas de largura e comprimento para realização de comparação e evolução da ferida. Avalia o aspecto
da área adjacente, que se estende ao redor da ferida, observando se está integra, lacerada, macerada,
com presença de eczema, celulite, edema, corpos estranhos ou sujidades. Avalia o aspecto da lesão, tipo
de tecido predominante (granulação, esfacelo ou necrose). Quanto ao exsudato, é importante observar
a quantidade e a característica, no que se refere à coloração, o volume, se muito ou pouco, se fluido
ou espesso, purulento, hemático, seroso ou serossanguíneo, além da presença ou não de odor. É preciso
considerar dor, uma vez que na pele encontramos uma variada rede de terminações nervosas sensitivas,
permitindo a realização de estímulos mecânicos, térmicos e dolorosos provenientes de meio externo, tipo
de dor apresentada (pontada, queimação, ardência ou latejante), tempo e intensidade, se cessa com uso de
analgésicos e se vem acompanhada de sinais flogísticos. A presença de infecção, quando ocorre uma lesão
à barreira da pele, facilitando a penetração de agentes patogênicos, tem como agentes mais comuns os
Staphylococcus aureus e Streptococcus aureus, retardando o processo de cicatrização. A identificação
precoce de infecção nas feridas é fundamental para determinar o tratamento com coberturas apropriadas
e remover os tecidos desvitalizados. A maioria dos serviços especializados em tratamento de feridas possui
protocolos bem delineados, com formulários apropriados com informações do estado geral de saúde do
paciente, proporcionando evolução à resposta do tratamento proposto e possibilitando o detalhamento do
aspecto da ferida. Todos os itens descritos devem constar no registro diário da evolução da lesão.

O processo de cicatrização de uma lesão ou ferida se dá de maneira gradativa, preparando e reparando


a pele. São tecidos participantes destes processos:

• Tecido de granulação: com coloração rósea ou avermelhada, é de extrema importância no processo


de cicatrização, aparentemente brilhante e úmido. É rico em colágeno, localizado na superfície
da lesão, indolor, porém sangra ao mínimo toque, implicando muito cuidado na realização da
78
ENFERMAGEM INTEGRADA

limpeza e no curativo. Este tecido não pode ser friccionado ou removido, deve ser protegido e
mantido em meio úmido para proliferar até que se torne um tecido fibroso.

• Tecido epitelial ou de epitelização: aparece posteriormente na ferida como um novo tecido róseo
e brilhante, desenvolve‑se a partir das bordas, favorecendo o fechamento da ferida. Com o passar
do tempo, o epitélio torna‑se mais espesso e sedimentado.

• Tecido macerado: caracterizado pela borda esbranquiçada, indica o extravasamento de líquido e


exsudato, e o excesso de umidade na ferida dificulta a exsudação. A permanência de coberturas
por longos períodos sem substituição também contribui para umidade excessiva.

• Esfacelo (necrose de liquefação): é uma membrana fibrosa, composta de conjunto de células mortas
acumuladas no exsudato; dificulta o crescimento das células saudáveis e, consequentemente,
a aproximação das bordas da ferida. Pode ter bactérias e leucócitos, com aparência de tecido
fibrinoso, que se adere ao leito da ferida. Pode cobrir grandes áreas. É considerado um tecido
inviável e deve ser removido.

• Fibrina: é proteína formada no plasma, a partir da ação da trombina sobre o fibrinogênio e que
é o principal componente dos coágulos sanguíneos. Contribui para a cicatrização, desde que não
seja em excesso, o que pode deixar as bordas com restrição de crescimento.

• Tecido necrótico: resultante da morte celular e tecidual e perda da função orgânica e do


metabolismo de forma irreversível. Pode ser reabsorvido quando em pequena quantidade, sendo
removido se interferir na recuperação da borda da lesão. Tem como característica coloração preta,
marrom ou acastanhada. O processo chamado autólise oferece ao organismo uma forma natural
de realizar a desintegração de células desvitalizadas, necróticas, pela ação leucocitária. Esse
processo é conhecido como desbridamento autolítico.

O desbridamento pode ser realizado de maneira cirúrgica, sendo a remoção completa do tecido necrótico
executada em centro cirúrgico; ela é indicada quando o paciente necessita de uma intervenção mais
urgente e para necroses de coagulação e liquefação. Outra modalidade de desbridamento é o instrumental,
com a remoção do tecido desvitalizado de forma gradativa e seletiva em diversas sessões; pode ser realizado
à beira leito ou em sala de curativo com a utilização de material cortante como bisturi, tesoura, pinças
e coberturas hemostáticas, podendo ser combinado com outras técnicas, como o processo enzimático e
autolítico. Esta técnica pode ser realizada pelo enfermeiro devidamente capacitado com conhecimento e
formação específica que lhe proporcione habilidades e atitude. Por fim temos o desbridamento enzimático
que consiste na aplicação tópica de substâncias enzimáticas e proteolíticas que atuam como desbridantes
diretamente em tecidos necróticos, a escolha da enzima deve ser feita após avaliação do tipo de tecido que
se quer desbridar. Recomenda‑se proteger a pele perilesional para evitar a maceração do tecido.

Para um diagnóstico acertado e a proposta de tratamento, o profissional deve avaliar o aspecto da


ferida para identificar a cobertura com objetivo de criar um ambiente adequado, que facilita o processo
de cicatrização. Pode ser considerada a possibilidade de utilizar mais do que uma cobertura na ferida,
respeitando a maturação da ferida.
79
Unidade II

Coberturas, indicações e cuidados:

• Ácidos graxos essenciais (AGE): registrado pela Anvisa como cosmético, é indicado para uso
em pele íntegra, visando a prevenção de lesões e favorecendo a nutrição celular e hidratação da
pele, que forma uma película protetora. Contraindicado para mucosas e feridas abertas.

• Alginato de cálcio e sódio: possui alta efetividade microbiana, previne contaminação externa,
limpando a ferida e propiciando a cicatrização, sendo indicados em lesões cavitárias; úlceras
venosas; lesões por pressão; queimaduras de 2º grau e áreas doadoras de enxerto, além de lesões
com pouco sangramento. Contraindicados em necroses secas, devem ser trocados sempre que
estiverem saturados, sua permanência máxima é de 7 dias.

• Bota de unna: promove a compressão no membro, aumentando o retorno venoso e melhora


a drenagem linfática. Indicada quando há alteração vascular. Mantém meio úmido para
cicatrização, sendo indicada em úlceras venosas e edema linfático de membros inferiores,
recomendada a pacientes que deambulam. A troca da bota de unna pode ser feita a cada 7 dias
e prevê capacitação do profissional para colocação do material. Por ficar fechada por 7 dias, e é
totalmente contraindicada para feridas abertas e infectadas.

• Carvão ativado com prata: tem ação bactericida, absorve exsudato neutralizador de odor e é
indicado em feridas de moderado a muito exsudato, superficiais ou profundas, infectadas ou não,
com ou sem tecido necrótico; deve ser trocado sempre que estiver saturado, e sua permanência
máxima é de 7 dias. Exige um curativo secundário para conter o exsudato drenado. Importante
ressaltar que esta placa não pode ser cortada, caso a ferida seja menor que o tamanho da placa,
as bordas devem ser protegidas, evitando queimaduras.

• Colagenase: promove desbridamento enzimático suave e não invasivo; é indicado para feridas
com tecido desvitalizado, propiciando a limpeza da borda e, consequentemente, a facilidade de
cicatrização. Deve ser trocada sempre que estiver saturada ou a cada 24 horas.

• Hidrogel: proporciona ambiente úmido, evita ressecamento e desbrida áreas de necrose. É indicado
para feridas limpas não infectadas com áreas necróticas ou esfacelo. Recomendado para tecido
pouco necrótico. Deve ser trocado em feridas infectadas: no máximo em 24 horas, e em tecidos
com necrose, no máximo a cada 72 horas.

• Malha de acetato de celulose: evita a aderência do curativo ao leito da ferida. É um curativo


primário, aplicado direto na lesão e pode acompanhar um curativo secundário. Indicada para
feridas como queimaduras (primeiro ou segundo grau), abrasões, enxertos, úlceras venosas, entre
outros. Deve ser trocada em média a cada 24 horas.

• Microfibra: curativo superabsorvente, gel macio e coesivo que se adapta ao leito da ferida,
mantém ambiente úmido ideal para a cicatrização e controle do excesso de exsudato,
que provocaria o esfacelamento das bordas. Promove o desbridamento autolítico de
tecido necrótico, com a redução natural do tecido desvitalizado, mantendo o meio úmido.
80
ENFERMAGEM INTEGRADA

O curativo vai se desprendendo de acordo com a reepitelização, pode permanecer até 14


dias de acordo com o fabricante.

• Papaína: possui ação bactericida e desbridamento químico, ação anti‑inflamatória, diminui edema
local. A concentração equivocada na aplicação pode levar a ressecamento das bordas e dificuldade
de regeneração do tecido. Deve ser usada com critério conforme apresentação, 2% – tecido de
granulação; 4% – granulação e secreção purulenta; 6% – necrose de liquefação; 8% – necrose
de liquefação mais necrose de coagulação; 10% – necrose de coagulação. Deve ser trocada duas
vezes ao dia ou conforme saturação do curativo.

• Placa de hidrocoloide: impermeável à água e micro‑organismos, isola o leito da ferida do


meio externo, evitando o seu ressecamento e a perda de calor. Mantém ambiente úmido, e é
indicada em abrasões, lacerações, cortes superficiais, queimaduras, rachaduras de pele, lesão por
pressão e úlceras diabéticas, feridas cirúrgicas. Serve também para prevenção de lesões de pele,
e é contraindicada para feridas contaminadas ou infectadas. Deve ser trocada a cada 7 dias ou
quando houver presença de fluido na ferida.

Princípios básicos para realização de curativos:

Seguem os princípios de hidratação da ferida, manutenção da integridade da borda da ferida,


limpeza da ferida e estimulação dos processos de regeneração, seguindo as fases fisiológicas: a limpeza
da ferida deve ser feita com soro fisiológico 0,9% na temperatura da pele; avalie se a técnica
tem de ser estéril ou limpa; mantenha o leito da ferida úmido; utilize coberturas que favoreçam
a cicatrização, preservando meio úmido; preencha cavidades evitando o acúmulo de líquidos e
exsudatos; proteja as bordas da ferida; oclua com material hipoalérgico; desbride quando necessário,
indicando se autolítico ou mecânico; utilize cobertura conforme a apresentação do estágio de
cicatrização do tecido; registre em prontuário o procedimento realizado e a evolução da ferida,
com as características dela.

Saiba mais

Para informações adicionais sobre a regulamentação da atuação do


enfermeiro no cuidado de feridas, acesse:

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Anexo da Resolução Cofen


nº 0567/2018. Brasília, 2018. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/
wp‑content/uploads/2018/02/ANEXO‑RESOLU%C3%87%C3%83O‑567‑2018.
pdf>. Acesso em: 17 out. 2018.

81
Unidade II

Resumo

No contexto das doenças infectocontagiosas, pudemos perceber que


a Vigilância em Saúde é responsável por ações de vigilância, prevenção
e controle; responde também pela vigilância de fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, programando
práticas com base nos dados epidemiológicos.

Para propor intervenções preventivas das doenças transmitidas pelo


Aedes aegypti, é importante reconhecer as diferenças e semelhanças entre
as infecções de dengue, zika vírus, febre amarela e chikungunya. Doenças
com o mesmo vetor de vírus diferentes e manifestações idem. As ações de
extinção do vetor continuam sendo as de maior relevância, com melhores
resultados e, para isso, as campanhas de educação em saúde enfatizam
a redução das áreas de criadouro do mosquito e a busca precoce de
identificação das características das manifestações clínicas e diagnóstico
preciso, otimizando as práticas preventivas assertivas.

Quanto a feridas, há algum tempo, o tratamento das lesões deixou de


ser apenas enfocado na realização da técnica de curativo, com avaliação
do estado geral do paciente, exame físico direcionado de acordo com a
etiologia da lesão, escolha do tratamento e da cobertura a ser utilizada, além
do registro de enfermagem e projeção prognóstica. Requer compreensão
da fisiologia da pele, fisiologia da cicatrização, conhecimento científico e
sobre os tipos de coberturas existentes no mercado.

Exercícios

Questão 1. (Cetro 2014, adaptada) O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren‑SP),
ciente de que a equipe de enfermagem possui um papel fundamental nos processos que envolvem a
atenção ao paciente, assumiu, para o ano de 2010, o compromisso de promover uma grande campanha
pela segurança do paciente, esclarecendo a categoria de enfermagem para lançar um novo olhar sobre
as práticas cotidianas e identificar falhas no processo passíveis de gerar erros. De acordo com a cartilha,
assinale a alternativa que apresenta três passos à segurança do paciente.

A) A identificação do paciente, ações que visem manter a segurança do paciente e a utilização


segura de tecnologia.

B) A identificação do paciente, a comunicação segura e a utilização de tecnologia com segurança.

C) A identificação do paciente, a integralidade da assistência e a comunicação segura.

82
ENFERMAGEM INTEGRADA

D) A identificação do paciente, a preservação na autonomia dos pacientes e a utilização da tecnologia


com segurança.

E) A identificação do paciente, a comunicação efetiva e a segurança na utilização de tecnologia.

Resposta correta: alternativa E.

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: a identificação correta do paciente deve ser realizada para evitar inúmeros erros e
riscos para a segurança do paciente, como os de administração de medicamentos, transfusão sanguínea,
procedimentos realizados em pacientes errados ou até entrega de bebês às famílias erradas.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: são três passos à segurança do paciente: a identificação do paciente, a comunicação


efetiva e a segurança na utilização de tecnologia.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: apenas a identificação do paciente está na lista dos 10 passos.

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: preservação na autonomia dos pacientes não faz parte dos 10 passos de segurança.

E) Alternativa correta.

Justificativa: a segurança do paciente é um tema que tem trazido grandes preocupações aos gestores
dos serviços de saúde e à equipe de enfermagem, e, nesse sentido, tem sido também um tema bastante
abordado em processos seletivos de todos os níveis de atenção, seja na forma de redação, questões
objetivas ou dissertativas. Dentre os 10 passos para a segurança do paciente estão sua identificação,
comunicação efetiva e segurança na utilização de tecnologia.

Questão 2. (Instituto AOCP 2015, adaptada) Um enfermeiro, em sua prática diária, estabeleceu que a
mudança de decúbito de um paciente deve ocorrer a cada 2 horas, repassou esta ordem sistematicamente
à sua equipe, cabendo aos membros dela checar a realização do procedimento em impresso próprio, tão
logo o procedimento seja executado. Esta ação sistemática desse enfermeiro é correspondente a qual
etapa do processo de enfermagem?

A) Planejamento de enfermagem.

83
Unidade II

B) Diagnóstico de enfermagem.

C) Prescrição de enfermagem.

D) Avaliação de enfermagem.

E) Histórico de enfermagem.

Resolução desta questão na plataforma.

84
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 7

INDEX.PHP?DADOS=12. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=12>.


Acesso em: 21 nov. 2018.

Figura 13

SINTOMAS‑DENGUE.JPG. Disponível em: <http://www.corensc.gov.br/wp‑content/uploads/2016/03/


SINTOMAS‑DENGUE.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.

Figura 14

SINTOMAS‑ZIKA.JPG. Disponível em: <http://www.corensc.gov.br/wp‑content/uploads/2016/03/


SINTOMAS‑ZIKA.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.

Figura 15

SINTOMAS‑CHIKUNGUNYA.JPG. Disponível em: <http://www.corensc.gov.br/wp‑content/


uploads/2016/03/SINTOMAS‑CHIKUNGUNYA.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.

Figura 16

FEBRE‑AMARELA‑SINTOMAS‑FEBRE‑DORES‑NAUSEAS‑FADIGA‑HEMORRAGIA‑‑.
JPG. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2018/janeiro/31/
febre‑amarela‑sintomas‑febre‑dores‑nauseas‑fadiga‑hemorragia‑‑.jpg>. Acesso em: 21 nov. 2018.

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Textuais

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Acesso em: 15 ago. 2018.

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