Você está na página 1de 13

Unidade de Aprendizagem 1

Atenção Hospitalar na
Rede de Atenção à Saúde
1.2 Hospitais nas Redes de Atenção à Saúde
no Paraná

Material de consulta:
Vídeo 1: Entenda como Funcionam as Redes de Atenção à
Saúde (RAS)

Vídeo 2: Sala de Convidados - Fiocruz e Vigilância em Saúde

Leitura Complementar 1 Parte 1: Portaria nº 4.279, de 30 de


Dezembro de 2010

Leitura Complementar 1 Parte 2: Diretrizes para


Organização da Rede de Atenção à Saúde do SUS

Leitura Complementar 2: Integralidade na Assistência à


Saúde: a Organização.

Leitura Complementar 3: Portaria nº 3.390, de 30 de


Dezembro de 2013

Leitura Complementar 4: Modelo de Avaliação do


Componente Hospitalar da Rede de Urgência e Emergência

26
APRESENTAÇÃO 1.2

Caro aluno, seja bem-vindo!

Neste módulo serão discuƟdos os Fundamentos sobre as Redes de Atenção à Saúde


(RAS): conceito, princípios organizaƟvos, estrutura operacional; Hospitais nas RAS: as
competências, as portarias ministeriais, a integração com os demais pontos de atenção; RAS
no Paraná e as respecƟvas linhas de cuidado; Rede de Atenção às Urgências e as respecƟvas
linhas de cuidado; Governança das RAS no Paraná: a atuação dos comitês de governança
macrorregionais das redes de atenção à saúde e a parƟcipação dos hospitais; Regulação dos
leitos hospitalares; e Vigilância Epidemiológica e Sanitária em Serviços de Saúde.

Bons estudos!
Fabíola Schirr

27
FUNDAMENTOS SOBRE AS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
(RAS): CONCEITO, PRINCÍPIOS
ORGANIZATIVOS, ESTRUTURA
OPERACIONAL
O QUE SÃO AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS?
O Ministério da Saúde, em 2010, na portaria nº. 4.279/2010 deĮniu as Redes de Atenção à Saúde
(RAS) como “arranjos organizaƟvos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que
integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logísƟco e de gestão, buscam garanƟr a integralidade do
cuidado”.
Vale pensar no conceito de redes como teias formadas de diversas categorias proĮssionais, que
diferenciam e compõem os diversos serviços ofertados pelo sistema saúde transmiƟndo informações e
experiências, que todos se apoiem, repassem conhecimento e assim a malha será tecida (MENDES, 2011).

Figura 1: Redes

Fonte: Adaptado de Mendes, 2011

O objeƟvo das RAS é a promoção e a conexão sistêmica, de serviços e ações de saúde com fornecimento
responsável e humanizado, de uma atenção conơnua, integral e de qualidade, bem como desenvolver em
termos de equidade e acesso a atuação do Sistema, com eĮciência econômica e eĮcácia clínica e sanitária.

28
É preciso destacar os conteúdos básicos das RAS que são: missão e objeƟvos comuns; atuação
de forma cooperaƟva e interdependente; intercâmbio constantemente de seus recursos; organizando-se
poliárquica, sem hierarquia entre os diferentes componentes, enfaƟzando que todos os pontos de atenção à
saúde são igualmente importantes e se relacionam horizontalmente; atenção conơnua nos níveis primário,
secundário e terciário; atenção integral com intervenções promocionais, prevenƟvas, curaƟvas, cuidadoras,
reabilitadoras e paliaƟvas; funcionamento sob coordenação da atenção primária à saúde; prestação de
atenção oportuna, em tempos e lugares certos, de forma eĮciente e oferta de serviços efeƟvos e seguros,
em consonância com as evidências disponíveis; focam-se no ciclo completo de atenção a uma condição de
saúde; têm responsabilidades sanitárias e econômicas inequívocas por sua população; e geram valor para a
sua população (MENDES, 2010).

Figura 2 – Reestruturação das redes de atenção - do sistema piramidal e hierárquico para o sistema de redes

Fonte: Mendes (2011)

A RAS consƟtuem-se de três elementos: a população, a estrutura operacional e o modelo de atenção


à saúde.

Figura 3 – Elementos ConsƟtuƟvos RAS

Fonte: Adaptado Brasil (2010a)

Sendo caracterizada pela instauração de relações horizontais entre os pontos de atenção, que são
conceituados como espaços onde se oferecem por meio de uma produção única, determinados serviços de
saúde a população. São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios, as unidades básicas de saúde
(UBS), as unidades ambulatoriais especializadas, os serviços de hemoterapia e hematologia, os centros
de apoio psicossocial, as residências terapêuƟcas, entre outros (MENDES, 2011).
O ponto principal e centro de comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), porque é o primeiro
nível de atenção, no qual a centralidade das necessidades é voltada para a saúde da população, na realização

29
de cuidados primários para os problemas coƟdianos de saúde, pela responsabilidade na atenção conơnua e
integral deste cuidado pela equipe mulƟproĮssional, pelo comparƟlhamento de objeƟvos e compromissos
com os resultados sanitários e econômicos, além de que é a parƟr do qual se realiza e coordena o cuidado
em todos os pontos de atenção (BRASIL, 2010a).

Figura 4 - Os atributos e as funções da atenção primária à saúde nas redes de atenção à saúde

Fonte: Adaptado de Mendes (2011)

Para melhoria de saúde da população, Estado e Municípios devem pactuar um compromisso


com arƟculação e integração para o funcionamento da RAS, que precisam abranger todos os pontos de
atenção da rede e o Sistema, com eĮciência e qualidade para os serviços e para o Sistema, essa pactuação é
realizada através de mecanismos formais de contratualização entre os entes reguladores/ Įnanciadores e os
prestadores de serviço, enfaƟzando a busca conơnua por uma gestão eĮcaz, eĮciente e qualiĮcada, de forma
a proporcionar a democraƟzação e a transparência ao SUS (BRASIL, 2010; MENDES, 2011).

Contratualização é deĮnida, neste contexto, como modo de pactuação da demanda


quanƟtaƟva e qualitaƟva na deĮnição clara de responsabilidades, de objeƟvos
de desempenho, incluindo tanto os sanitários, quanto os econômicos, resultando
dessa negociação um compromisso explícito entre ambas as partes. (BRASIL, 2010).

A contratualização busca estabelecer critérios e instrumentos de acompanhamento e avaliação de


metas, indicadores e resultados. Dentre os objeƟvos destacam-se (BRASIL, 2010):
• Melhorar o nível de saúde da população;
• Responder com efeƟvidade às necessidades em saúde;
• Obter um efeƟvo e rigoroso controle sobre o crescimento das despesas de origem pública com a saúde;
• Alcançar maior eĮciência gestora no uso de recursos escassos, maximizando o nível de bem-estar;
• Coordenar as aƟvidades das partes envolvidas;
• Assegurar a produção de um excedente cooperaƟvo;
• Distribuir os frutos da cooperação;
• Assegurar que os compromissos sejam cumpridos; e
• Disponibilizar, em tempo úƟl, a informação de produção, Įnanciamento, desempenho, qualidade
e acesso, de forma a garanƟr adequados níveis de informação ao cidadão.

Atenção! Para alcançar esses objeƟvos as partes precisam abordar as três áreas de aplicação que são:
cuidados primários, atenção especializada (ambulatorial e hospitalar) e cuidados de urgência e emergência.

30
POR QUE ORGANIZAR AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
NO SUS?
De acordo com a Portaria GM/ MS nº 4.279/2010, que insƟtui as Redes de Atenção à Saúde no SUS,
a organização das RAS foi uma táƟca empregada para superar a divisão da atenção e da gestão nas Regiões
de Saúde ocasionada pela fragmentação das ações e serviços de saúde e a busca pela qualiĮcação da gestão
do cuidado no contexto atual, aperfeiçoando o funcionamento políƟco-insƟtucional do Sistema Único de
Saúde (SUS) com vistas a assegurar ao usuário um conjunto de ações e serviços com efeƟvidade e eĮciência
(BRASIL, 2010a).

Saiba mais:
Agora o que você acha de acessar o link da Portaria 4.279/2010, que estabelece as diretrizes para a
organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para maiores
esclarecimentos?
hƩps://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html

O modelo de atenção à saúde uƟlizado até então era pautado em atuações curaƟvas, centrado apenas
no cuidado médico, com ações e serviços de saúde proporcionados a parƟr da oferta e não da procura, e
vinha se mostrando insuĮciente para dar conta dos desaĮos sanitários contemporâneos e, insustentáveis
para os enfrentamentos futuros.
Em outras palavras pode-se dizer que a diversidade do Brasil e de seus contextos regionais,
caracterizado por marcantes diferenças sócio-econômicas e de necessidades de saúde da população entre as
regiões, acarretado pela fragmentação dos serviços, programas, ações e práƟcas clínicas demonstrados por
vazios assistenciais signiĮcaƟvos, baixo Įnanciamento público, com ineĮciência no emprego dos recursos,
diminuição da integralidade da atenção à saúde, modelos de atenção inadequados, marcados pela contradição
entre a necessidade de atenção e a oferta de serviços, não alcançando o aumento das condições crônicas
e o declínio dos problemas agudos, a precarização e fragilidade na gestão do trabalho e a insuĮciência de
proĮssionais em número e alinhamento com a políƟca pública (MENDES, 2011; VILLAÇA, 2011).
Vale acrescentar o perĮl epidemiológico brasileiro, marcado pela persistência de doenças infecciosas,
parasitárias e desnutrição, diĮculdades na saúde reproduƟva com mortes maternas e óbitos infanƟs por causas
consideradas evitáveis, e a persistência das doenças crônicas e seus fatores de risco como sedentarismo,
tabagismo, alimentação inadequada, obesidade e o crescimento das causas externas em decorrência do
aumento da violência e dos acidentes de trânsito, trazendo a necessidade de ampliação do foco da atenção
para o manejo das condições crônicas, mas atendendo, concomitantemente, as condições agudas (BRASIL, 2010a).
Diante dos problemas expostos acima buscou-se que os gestores do SUS, considerados protagonistas
de todo processo de insƟtuição e organização do sistema de saúde, buscassem a superação dos problemas,
os desaĮos e a decisão pelo avanço na qualiĮcação da atenção e da gestão em saúde. Essa decisão abrange
aspectos éƟcos, técnicos e culturais, mas, principalmente, a realização do pacto políƟco cooperaƟvo entre
as instâncias de gestão do Sistema, para parceria de invesƟmentos e de recursos necessários à mudança
(BRASIL, 2010a).
No Brasil, a discussão em torno da busca por maior integração e organização do sistema de saúde
obteve nova ênfase a parƟr do Pacto pela Saúde, que acarretou em um acordo Įrmado entre os gestores do
SUS e traz a importância do aprofundamento da regionalização e da organização do sistema de saúde sob a
forma de redes como estratégias essenciais para consolidar os princípios de Universalidade, Integralidade e
Equidade, se concreƟzando em três dimensões (BRASIL, 2010b; MENDES, 2011):
• Pacto Pela Vida: compromisso com as prioridades que apresentam impacto sobre a situação
de saúde da população brasileira;
• Pacto em Defesa do SUS: compromisso com a consolidação os fundamentos políƟcos e
princípios consƟtucionais do SUS;
• Pacto de Gestão: compromisso com os princípios e diretrizes para a descentralização,
regionalização, Įnanciamento, planejamento, programação pactuada e integrada, regulação,
parƟcipação social, gestão do trabalho e da educação em saúde.

31
Destaca-se que essa reorientação e estruturação na assistência, citada anteriormente, era focada
na doença e no atendimento médico individualizado, e agora, permeia através das Redes de Atenção e do
fortalecimento da Lei 8080/1990 e dos princípios do SUS: integralidade, equidade e universalidade (SANTOS;
LACAZ, 2011).
Importante relembrar que a lei 8080/1990 deĮne o SUS como direito de todos e dever do Estado, tendo
como princípios básicos a equidade, integralidade e universalidade do direito à saúde do povo brasileiro;
e seus princípios organizacionais são acessibilidade, descentralização, hierarquização, resoluƟvidade e
regionalização (BRASIL, 1990).
Para que a organização das RAS ocorra de forma efeƟva, eĮciente e com qualidade, precisa ser
estruturada com base nos seguintes fundamentos: economia de escala, disponibilidade de recursos,
qualidade e acesso; integração horizontal e verƟcal; processos de subsƟtuição; territórios sanitários; e níveis
de atenção (MENDES, 2011).

QUAL A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE


ATENÇÃO À SAÚDE?
Atenção Primária à Saúde Centro de comunicação
Atenção Secundária e Terciária Pontos de atenção
como pontos de atenção
Sistemas de apoio DiagnósƟco e terapêuƟco, de assistência farmacêuƟca, de informação
em saúde e teleassistência
Sistemas logísƟcos UƟlização de registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas
de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde
Sistema de governança Rede de atenção à saúde

Segundo Mendes (2009) a estrutura operacional das RAS tem os seguintes componentes principais:

Figura 5 – Esquema da RAS

Fonte: Rede HumanizaSUS. Ministério da Saúde, 2015

32
Os pontos de atenção secundária e terciária, são deĮnidos pelas redes temáƟca de atenção à saúde
conhecidos como: Centros de Apoio Psicossocial (CAPSs), nas redes de atenção à saúde mental; Centros
de Especialidades Odontológicas (CEOs), nas redes de atenção à saúde bucal; Unidades de Terapia Renal
SubsƟtuƟva (TRSs), nas redes de atenção às doenças renais; Centro de Referência de Atenção aos Idosos, nas
redes de atenção aos idosos; as maternidades nas redes de atenção às mulheres e às crianças etc.
Sendo assim, os pontos de atenção secundário e terciário são formados por unidades hospitalares e
por unidades ambulatoriais, estas úlƟmas, podendo estar situadas no hospital ou em outro espaço.

33
RAS NO PARANÁ E AS
RESPECTIVAS LINHAS DE
CUIDADO
No Paraná, a implementação da RAS e o fortalecimento da APS têm sido realizados de forma integrada
e arƟculada à Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar, tendo como linhas de cuidado prioritárias:
Saúde da Mulher; Atenção Materno-InfanƟl, da Criança e do Adolescente; Saúde do Idoso; Atenção às
Condições Crônicas; Atenção à Pessoa com DeĮciência; Saúde Mental; e Saúde Bucal (CECÍLIO, 2012; PARANÁ,
2020).
Já a Rede de Atenção às Urgências (RAU) é voltada para ações e serviços que atendam às necessidades
de saúde da população em situação de urgência, além de ações integradas e direcionadas à prevenção e
à resposta às situações emergenciais de natureza coleƟva (emergências em saúde pública, acidentes com
múlƟplas víƟmas, etc.).
A RAU tem como pressupostos: acolher o usuário; classiĮcar o risco assistencial do quadro de acordo
com o grau de urgência; estabelecer o diagnósƟco deĮniƟvo; aplicar as medidas terapêuƟcas necessárias
de acordo com o grau de resoluƟvidade do ponto assistencial; e encaminhar o usuário para a conƟnuidade
terapêuƟca (PARANÁ, 2020).
De acordo com resultado da classiĮcação de risco, ocorre a idenƟĮcação do grau de urgência
e a priorização de atendimento para o tratamento. Assim, o acolhimento e a classiĮcação de risco estão
entre as ações prioritárias para a
implementação em todos os pontos
assistenciais da rede de urgência até
2023 – ação fundamental para garanƟr
tempo oportuno para o atendimento
às situações de maior necessidade e
organizar o Ňuxo da rede assistencial
locorregional (PARANÁ, 2020).

FIGURA 6 - Componentes da Rede


Estadual de Atenção às Urgências

Fonte: PARANÁ, 2020

34
GOVERNANÇA DAS RAS NO
PARANÁ
A governança é deĮnida pela Organização das Nações Unidas como exercício da autoridade
administraƟva, econômica e políƟca, para regular os negócios do Estado. InsƟtui-se de complexas relações,
mecanismos, processos e insƟtuições por meio dos quais os grupos sociais e os cidadãos arƟculam seus
interesses, exercem seus direitos e obrigações e mediam diferenças (RONDINELLI, 2006).
Referente a Governança é importante destacar os fatores básicos para formação e sucesso, entre eles
os antecedentes das organizações que pretendem formar a rede, que envolvem o contexto em que ocorre
a sua formação como aspectos socioeconômicos, políƟcos e tecnológicos, além de assuntos perƟnentes
às histórias pregressas das organizações (familiaridade entre elas, lideranças, conŇitos, conĮança prévia
e interdependência). Além disso, os princípios dessas organizações também devem ser considerados
(consciência de autonomia, objeƟvos convergentes, interdependência e percepção de reciprocidade).

35
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E
SANITÁRIA
Segundo as Diretrizes Nacionais de Vigilância em Saúde (BRASIL, 2010c, p. 20 e 21):

36
HOSPITAIS NA REDE DE
ATENÇÃO: AS COMPETÊNCIAS,
AS PORTARIAS MINISTERIAIS, A
INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS
PONTOS DE ATENÇÃO
A Portaria nº 2.395, de 11 de outubro de 2011, que organiza o Componente Hospitalar da Rede de
Atenção às Urgências no âmbito do SUS, a Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, que insƟtui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e a Portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013, insƟtui a PolíƟca
Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se
as diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS) (BRASIL, 2011;
BRASIL, 2013).
O Componente Hospitalar integra a Rede de Atenção às Urgências e tem como objeƟvo o cuidado
integral e qualiĮcado aos pacientes em situação de urgência e emergência. A organização por meio da
ampliação e qualiĮcação das Portas de Entradas Hospitalares de Urgência, das enfermarias clínicas de
retaguarda, dos leitos de Cuidados Prolongados e dos leitos de terapia intensiva, além da organização das
linhas de cuidado prioritárias de traumatologia, cardiovascular e cerebrovascular (BRASIL, 2011; BRASIL, 2013).
ConsƟtui-se como diretrizes do Componente Hospitalar: Universalidade, equidade, integralidade no
atendimento ás urgências; Humanização da atenção, centrado no cuidado integral do usuário; Atendimento
priorizado, mediante a ClassiĮcação de Risco segundo grau de sofrimento, urgência e gravidade do caso;
Regionalização do atendimento ás urgências, com arƟculação dos diversos pontos de atenção e acesso
regulado aos serviços de saúde; Atenção mulƟproĮssional, insƟtuída por meio de práƟcas clínicas cuidadoras
e baseada em gestão de linhas de cuidados.
A organização do Componente Hospitalar tem o intuito de qualiĮcar o atendimento à demanda
espontânea e/ou referenciada de outros pontos de atenção de menor complexidade no atendimento aos
pacientes em situação de urgência ou emergência. GaranƟndo retaguarda no atendimento de média a alta
complexidade, ofertando procedimentos diagnósƟcos, leitos clínicos de retaguarda, leitos de Cuidados
Prolongados e Leitos de UTI. Reforçando a garanƟa do cuidado hospitalar nas linhas prioritárias: traumatologia,
cardiovascular e cerebrovascular.

Saiba mais:
Agora vamos complementar os estudos lendo a Portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013.
hƩps://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.html

37
Os hospitais na RAS devem estar inseridos de forma integrada e sistêmica, como organizações que
compõem os pontos de atenção de diferentes redes temáƟcas de atenção à saúde, integrado de maneira
arƟculada com os outros pontos de atenção à saúde e com os sistemas de apoio (MENDES, 2011).
Os hospitais tem a função de atender às condições agudas ou aos momentos de agudização das
condições crônicas, conforme estabelecido em diretrizes clínicas baseadas em evidências. Para isso, os
hospitais em redes devem ter uma densidade tecnológica compaơvel com o exercício dessa função e devem
operar com padrões óƟmos de qualidade (MENDES, 2011).
Nos hospitais disƟntos pontos de atenção à saúde coexistem como o ambulatório de pronto
atendimento, a unidade de cirurgia ambulatorial, o centro cirúrgico, a maternidade, a unidade de terapia
intensiva, a unidade de hospital/dia, entre outros.
O hospital deverá ser integrado e arƟculado com os demais componentes pertencentes a Rede de
Urgência e Emergência: Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; Atenção Básica em Saúde; SAMU 192;
Sala de Estabilização; Força Nacional de Saúde do SUS; UPA 24h e o conjunto de serviços de urgência 24h e
Atenção Domiciliar; por meio de pactuações consolidadas a parƟr do Plano de Ação Regional (BRASIL, 2011).
Todos os pontos de atenção à saúde são igualmente importantes para que se cumpram os objeƟvos
das redes de atenção à saúde, se diferenciam, apenas, pelas disƟntas densidades tecnológicas que os
caracterizam.
Para inserção dos hospitais na RAS serão necessárias várias implantações e rearranjos como de
recursos humanos, de competências, de equipamentos, de ferramentas de gestão e de instalações İsicas,
para que ocorra uma atenção hospitalar no lugar certo, com o custo certo e com a qualidade certa.
Entre as implantações e rearranjos estão (BRASIL, 2013):

Ademais a gestão hospitalar precisará contar como invesƟmento na introdução de tecnologias de


gestão da clínica, a parƟr do desenvolvimento e incorporação de diretrizes clínicas, construídas com base em
evidências.
Para Įnalizar o texto é imprescindível ressaltar que todos os serviços citados e os componentes
pontuados no texto, documentos e na aula são essenciais para que o SUS consiga seguir adiante e devemos
conhecê-los, uƟlizá-los e mulƟplicá-los.

38

Você também pode gostar