Você está na página 1de 36

ORGANIZAÇÃO DA

ATENÇÃO À SAÚDE E
TERRITORIALIZAÇÃO

Jakelline Miranda Alves


Os três Cs
Conteúdos
Conteúdos Data

 REDES DE ATENÇÃO A SAÚDE 29/10/2023


 ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
 LINHAS DE CUIDADO EM SAÚDE

 ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE 05/11/2023


 O TERRITÓRIO DA SAÚDE: A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE E A
TERRITORIALIZAÇÃO
 AS DIVISÕES TERRITORIAIS DO SUS
Conteúdos
Conteúdos Data

 O DISTRITO SANITÁRIO COMO UNIDADE OPERACIONAL MÍNIMA DO SISTEMA 12/11/2023


DE SAÚDE
 OS VÁRIOS TERRITÓRIOS DO SUS: COEXISTÊNCIA OU INTEGRAÇÃO?
 OS TERRITÓRIOS DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS)
 Avaliação 19/11/2023
 TERRITORIALIZAÇÃO E SERVIÇOS DE SAÚDE: DESAFIOS OPERACIONAIS
 TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE
 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
Conteúdos
Conteúdos Data

 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 26/11/2023


 COMO ELABORAR O MAPA DO TERRITÓRIO
 INDICADORES DE SAÚDE
 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

 Avaliação 03/12/2023
REDES DE
ATENÇÃO A
SAÚDE
1- MARCO HISTÓRICO DAS RAS
2- SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL
3- CONCEITO E ORGANIZAÇÃO DAS RAS
4- PERSPECTIVAS FUTURAS

ROTEIRO
DA AULA
MARCO
HISTÓRICO
DAS RAS
Relatório Dawson - 1920
A proposta das Redes de Atenção à Saúde (RAS) foi
discutida pela primeira vez no Relatório de Dawson,
publicado em 1920, a partir do questionamento de como
garantir o acesso com equidade a toda a
população (OPAS, 1964).

Bertrand Dawson, médico, trabalhou na organização de


serviços de emergência na I guerra.

OPAS, 1964
Relatório Dawson - 1920
Estabelece a necessidade de RAS:

“... A Saúde só pode ser assegurada mediante uma


combinação de esforços...”

OPAS, 1964
SITUAÇÃO
DE SAÚDE
NO BRASIL
SITUAÇÃO
DE SAÚDE
NO BRASIL
Transição Epidemiológica
Tripla carga de doenças
Um dos maiores problemas do Sistema Único de
Saúde reside na incoerência entre a situação de
Doenças
condição de saúde brasileira de tripla carga de
infeciosas doença, com o forte predomínio relativo das
condições crônicas, e o sistema de atenção à saúde
adotado, que é fragmentado, episódico, reativo e
voltado prioritariamente para as condições e os
violência
Urbana eventos agudos.

Doenças
Crônicas

Mendes, 2011
Transição Demográfica

IBGE, 2010
Transição Epidemiológica
Predominância de Condições Crônicas

CONDIÇÕES
AGUDAS

CONDIÇÕES
CRÔNICAS

Mendes, 2011
CONCEITO E
ORGANIZAÇÃO
DAS RAS
Conceito

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) organizam-se por meio de pontos de


atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados serviços de saúde que
determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas
RAS o centro de comunicação é a Atenção Primária à Saúde (APS), sendo
esta ordenadora do cuidado.

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2010).


Conceito

A estrutura operacional das RAS expressa alguns componentes principais: centro de


comunicação (Atenção Primária à Saúde); pontos de atenção (secundária e terciária);
sistemas de apoio (diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de
teleassistência e de informação em saúde); sistemas logísticos (registro eletrônico em
saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte
em saúde); e sistema de governança (da rede de atenção à saúde).

FONTE: MENDES (2009).


Conceito

• A organização das RAS, para ser realizada de forma efetiva, eficiente e com qualidade, deve se estruturar
considerando os seguintes fundamentos: a economia de escala, a disponibilidade de recursos, qualidade e acesso, a
integração horizontal e vertical, os processos de substituição, os territórios sanitários e os níveis de atenção
(MENDES, 2011).
• As RAS devem se organizar com singularidade nos processos descentralizadores frente a outros setores sociais,
sendo seus pontos de atenção compostos por equipamentos de diferentes densidades tecnológicas e com
distribuição no território da melhor forma possível (MENDES, 2011).

FONTE: MENDES (2009).


Características Principais
Poliárquica- Formação de relações horizontais entre os pontos de atenção,
tendo APS como centro de comunicação

Acesso regulado aos outros níveis de atenção

Responsabilização por atenção contínua e integral

Compartilhamento de objetivos e compromissos com resultados


sanitários e econômicos

Cuidado multiprofissional

Centralidade nas necessidades de saúde da população

FONTE: MENDES (2011)


O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 4.279/10, estabelece diretrizes para a organização das
Redes de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). As redes estabelecidas na
portaria dividem-se em:

FONTE: MENDES, 2009.


Organização das RAS - Elementos

POPULAÇÃO E AS REGIÕES DE SAÚDE

RAS ESTRUTURA OPERACIONAL: Componentes


Elementos

MODELO LÓGICO DE ATENÇÃO

FONTE: MENDES (2011)


POPULAÇÃO E AS REGIÕES DE
SAÚDE

Região de Saúde - espaço geográfico contínuo


constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes (Dec. 7508).

FONTE: LIMA et al (2012);SES (2013) MINISTÉRIO DA SAÚDE (2011)


• Melhoram os resultados sanitários nas condições crônicas
• Diminuem as referências a especialistas e a hospitais
• Aumentam a eficiência dos sistemas de atenção à saúde
• Produzem serviços mais custo/efetivos
• Aumentam a satisfação das pessoas usuárias

PERSPECTIVAS
FUTURAS
Referências
OPAS. Organizacion Panamericana de La Salud. Informe Dawson: El futuro de los servicios médicos y afines-1920. Washington, 1964.
Mendes, EV. As Redes de Atenção. Organização Panamericana de Saúde. 2011.
LIMA, LD et al. Regionalização da Saúde no Brasil. In: Giovanela, LG et al. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil.2ª Ed. Revidada e Ampliada. Editora Fiocruz, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes da Politica Nacional de Saúde Bucal. Brasília DF: 2006.
BRASIL. A política nacional de saúde bucal do Brasil: registro de uma conquista histórica. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2006.
BRASIL. Constituição Federal de 1988.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 17: Saúde Bucal. Brasília DF, 2007.
BRASIL.. PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).
BRASIL. Decreto 7508. DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. Regulamenta a Lei no 8.080.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Histórico de Cobertura da Saúde da Família. Acessado em: 26/08/2013. Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/abnumeros.php#historico
BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto SB-Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal - Resultados Principais. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 2011.
BRASIL. Redes integradas de saúde. 2013. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21125
BRASIL. Redes de Atenção à Saúde. RAS. 2013. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=35699&janela=1
BRASIL. Redes Temáticas. 2013. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=41371&janela=1
SES-RS. Rede Chimarão. http://www.saude.rs.gov.br/conteudo/333/?Entre_na_Rede_Chimarr%C3%A3o
ATENÇÃO
INTEGRAL À
SAÚDE
• Ações de educação em saúde até a reabilitação, considerando o contexto
social, familiar e cultural do indivíduo;
• Trata-se de um conceito amplo que reflete uma estratégia frente à
necessidade de concepção de um novo modelo para a saúde, tendo como
um dos segmentos fortes a atenção primária e a ênfase na Medicina
Preventiva, que se afirma como opção para reestruturação dos sistemas
de saúde com base na atenção integral, articulando-se com as modernas
práticas de gestão, utilizando a epidemiologia clínica como ferramenta e
voltando-se à informação em saúde, a partir da vigilância, alicerçando-se ATENÇÃO
na promoção da saúde e na prevenção de riscos e doenças. INTEGRAL À
SAÚDE
• O cuidado de usuários deve se dar de forma integral. Essa atenção integral
só é possível se o cuidado for organizado em rede.
• Cada serviço deve ser repensado como um componente fundamental de
integralidade do cuidado, como uma estação no circuito que cada
individuo percorre para obter a integralidade de que necessita.

ATENÇÃO
INTEGRAL À
SAÚDE

MALTA (2010)
• As linhas de cuidado são percursos assistenciais padronizados com foco
em ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. Elas são
basicamente o “roteiro” de um usuário em uma rede organizada de saúde.
• As linhas de cuidado expressão os fluxos assistenciais que devem ser
garantidos ao usuário, no sentido de atender às suas necessidades de
saúde.
• As linhas definem as ações e os serviços que devem ser desenvolvidos nos
diferentes pontos de atenção de uma rede (nível primário, secundário e
terciário) e nos sistemas de apoio.
LINHAS DE
CUIDADO
EM SAÚDE
• As linhas de cuidado desenham o itinerário terapêutico dos usuários na
rede.
• As linhas de cuidado fornecem uma referencia para prever um conjunto
mínimo de atividades e procedimentos necessários e estimar seus custos.
• As linhas de cuidado funcionam como instrumento de trabalho em duas
áreas de atuação dos profissionais e trabalhadores em saúde:
• Gestão
• Assistência LINHAS DE
CUIDADO
EM SAÚDE
• Na gestão, as linhas de cuidado podem orientar os gestores públicos a
planejar, programar e avaliar:
• As modalidades de atendimento que o sistema de saúde precisa oferecer à
população;
• Os procedimentos necessários (exames, tratamentos, etc) para prevenir e
detectar precocemente os agravos à saúde.
• Quantos e quais tipos de serviços assistências os sistemas de saúde locais
devem oferecer para o controle dos diferentes agravos à saúde.
LINHAS DE
CUIDADO
EM SAÚDE
• Os tipos de linhas de cuidado
• Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo das linhas de cuidado é
“orientar o serviço de saúde de forma a centrar o cuidado no paciente e
em suas necessidades; demonstrar fluxos assistenciais com planejamentos
terapêuticos seguros nos diferentes níveis de atenção; estabelecer o
percurso assistencial ideal dos indivíduos nos diferentes níveis de atenção
de acordo com suas necessidades”
LINHAS DE
CUIDADO
EM SAÚDE
• Os tipos de linhas de cuidado disponíveis no Ministério da Saúde, são:
• Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Adulto
• Asma
• Câncer de mama
• Depressão no adulto
• Diabetes Mellitus tipo 2
• Dor Torácica
• Hepatites Virais
• Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Adulto LINHAS DE
• HIV / Aids no adulto
CUIDADO
• Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
• Insuficiência Cardíaca (IC) no adulto
EM SAÚDE
• Obesidade no adulto
• Pessoas com Demência
• Puericultura e Hebicultura
• Tabagismo
• Transtornos de Ansiedade no adulto
• Transtornos por uso de álcool no adulto
• Transtorno do Espectro Autista (TEA) na criança
• Síndrome de infecção congênita pelo vírus Zika (SCZ)
LINHAS DE
CUIDADO
EM SAÚDE

Você também pode gostar